Você está na página 1de 1

 

A senescência é o envelhecimento normal, o que envolve algum grau de declínio


cognitivo. No declínio cognitivo do envelhecimento normal é esperado que as
funções cognitivas fluidas comecem a declinar por volta dos 30 anos enquanto as
funções cristalizadas começa o declínio a partir dos 60 anos. Sintomas como apatia,
instabilidade de humor, alucinações, não são característicos do envelhecimento
normal podendo ser causados por degeneração neuronal ou alguma outra
condição que o idoso já apresentava. Déficits de funções executivas maiores do que
o considerado normal também podem sinalizar demência. A demência, também
chamada de transtorno neurocognitivo maior, é causada por degeneração neuronal
oriunda de condições subjacentes como por exemplo a doença de Alzheimer ou a
doença de Parkinson. Por ter origem neurodegenerativa prejuízos causados de
outra formas, como por exemplo tumores e traumas não são considerados
demências.
     Uma das maiores diferenças entre senescência e demência e o efeito que esta
ultima tem na funcionalidade e independência do idoso. A demência é capaz de
afetar a funcionalidade do idoso ao ponto deste precisar ajuda para realizar tarefas
simples como fazer compras, por exemplo. Uma das formas de avaliar a
funcionalidade de um idoso é através das atividades de vida diária (AVDs). As AVDs
são atividades básicas de autocuidado, como tomar banho ou escovar os dentes.
Caso um idoso demonstre prejuízo nessas atividades sendo que antes ele era capaz
de realiza-las, e tais prejuízos sejam por motivos de déficits cognitivos, isso é um
indicados de uma possível demência, visto que prejuízos nas AVDs não são
esperados na senescência.

          O que nos permite fazer tal afirmação é o fato do córtex frontal, que é onde
se localiza o córtex pré-frontal, ser a primeira área a demonstrar declínio
metabólico na demência. O córtex pré-frontal é uma área de grande importância
para as funções executivas (embora não seja sozinho o responsável por todas as
funções executivas) e portanto é esperado que a queda do metabolismo no córtex
frontal como um todo afete as funções executivas. A queda no metabolismo em
áreas do cérebro pode ser verificado por tomografia por emissão de pósitrons
(PET).

Você também pode gostar