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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

LARISSA OTTO

VARIAÇÃO ANUAL DA POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA NA CIDADE DE


CURITIBA

PONTAL DO PARANÁ
2018
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LARISSA OTTO

VARIAÇÃO ANUAL DA POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA NA CIDADE DE


CURITIBA

Projeto de Trabalho de Conclusão de Curs o


apresentada como requisito à conclusão da disciplina de
Oficina IV, no curso de graduação em Oceanografia ,
Setor de Ciências da Terra, da Universidade Federal do
Paraná.

Orientação: Dr. Marcelo Sandin Dourado (CEM-UFPR)

PONTAL DO PARANÁ
2018
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ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1 - Índice de Pasquill ............................................................................................... 12
Tabela 2 - Cronograma de atividades ............................................................................... 13
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ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1 - Localização de Curitiba.........................................................................................8
Figura 2 - Mapa da rede de monitoramento da Qualidade do ar .................................. 10
Figura 3 - Localização estação INMET ............................................................................. 11
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ...........................................................................................................6
2 OBJETIVOS ...............................................................................................................7
2.1 OBJETIVO ESPECÍFICO .........................................................................................7
3 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA .............................................................................8
4 MATERIAIS E MÉTODOS .......................................................................................9
4.1 BASE DE DADOS .....................................................................................................9
4.2 DIREÇÃO DO VENTO ........................................................................................... 11
4.3 ÍNDICE DE PASQUILL .......................................................................................... 12
5 CRONOGRAMA ..................................................................................................... 12
6 REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 13
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1 INTRODUÇÃO

A problemática da poluição vem conquistando grande notoriedade


mundialmente, fato que é comprovado pela crescente consciência ambiental
manifestada pela população nos últimos anos. Como a sociedade está em constante
desenvolvimento, as mudanças no ambiente em que vivemos, ocasionadas pela
emissão de poluentes no meio, são perceptíveis. Sendo esta problemática aliada não
somente a poluição dos corpos hídricos, fauna, flora e solos, mas também à presente
na atmosfera.
A poluição do ar tem sido, desde a primeira metade do século XX, um
grave problema nos centros urbanos industrializados, com a presença cada
vez maior dos automóveis, que vieram a somar com as indústrias, como
fontes poluidoras (BRAGA, BÖHM, PEREIRA, & SALDIVA, 2001).

O aumento das grandes camadas de poeira, de substâncias nocivas que são


formadas na atmosfera e as mudanças dos parâmetros atmosféricos geram, por
exemplo, aumento na frequência de doenças respiratórias na população. No ambiente
os impactos são distintos, sendo um exemplo a destruição da camada de ozônio.
Essas são provas práticas e consolidadas, de que os níveis de poluentes atmosféricos
que vêm sendo emitidos, são maiores que nosso planeta pode suportar.
A poluição atmosférica pode ser definida como qualquer substância que possua
natureza nociva, ofensiva ou imprópria para a vitalidade da fauna e flora, juntamente
com a ameaça a segurança da população e danos aos materiais. Isso se dá pelo uso
que a própria população faz do meio, segundo o Portal do Meio Ambiente (1996). A
partir disso podemos dar início a estudos das taxas de variação de poluentes na
atmosfera.
Após a identificação dos problemas ambientais, surgiu a necessidade de criar
leis que estabelecessem parâmetros a serem seguidos, a fim de preservar e conservar
o meio ambiente. Esses parâmetros envolvem a análise de poluentes atmosféricos
como o NO2 (g), SO2 (g),O3(g) e CO (g), (𝑔), por exemplo. O CONAMA criou a Resolução
Nº 003/ 1990 que estabelece o parâmetro onde a emissão de poluentes de uma
empresa não pode Com o estudo e comprovação de que uma empresa está
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descumprindo as legislações, e ultrapassarando a média geométrica anual de


80mg/m³, ou de uma média diária de 240 mg/m³, para poluentes primários. E para
poluentes secundários a média geométrica anual é de 60 mg/ m³ ou média diaria de
150 mg/m³ dos poluentes. Odescomprimento desses parâmetros dão o poder ao
órgão ambiental de aplicar multas pelo descumprimento das mesmas.
O estudo apresentado se dá através da análise de dados da poluição
atmosférica e dados climatológicos na cidade de Curitiba através do índice de pasquill,
a fim de analisar a variação dos poluentes presentes na atmosfera e sua estabilidade
sobre a cidade, assim a caracterizando. A cidade conhecida como “cidade verde” está
em um grande desenvolvimento, é caracterizada por possuir um grande centro
industrial localizado a oeste da cidade. Esse setor está juntamente situado com bairros
em grande desenvolvimento, apresentando uma demanda de veículos automotores e
novas indústrias, crescente. Esse desenvolvimento é perceptível através da qualidade
do ar e da ocorrência de doenças respiratórias que vem se tornando cada vez mais
decorrente na população, assim afetando a qualidade de vida (Bakonyia et al, 2004).

2 OBJETIVOS

Este trabalho tem como objetivo, estudar a variação de poluentes atmosféricos


na região metropolitana de Curitiba.

2.1 OBJETIVO ESPECÍFICO

A. Investigar a variação dos poluentes atmosféricos;


B. Analisar a variabilidade das variáveis meteorológicas no mesmo
período;
C. Relacionar a variação das variáveis meteorologicas com os dados dos
poluentes atmosféricos;
D. Estimar o parâmetro de Paquill;
E. Investigar as condições meteorológicas dos eventos de maiores níveis
de poluição do ar.
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3 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA

Curitiba é uma cidade capital com uma extensão de 434,67 km² localizado a
935m acima do nível do mar, sendo uma das poucas capitais do Brasil que não está
localizada no litoral do país. Situada acima do primeiro planalto possui como barreira
natural a serra do mar localizada a leste de seu território (FIGURA 1).

Figura 1 - Localização de Curitiba

A localização da cidade, ao sul do país e ao sul do trópico de capricórnio,


juntamente com a sua elevação em relação ao nível do mar e da distância do nível do
mar, irá controlar o nível de radiação solar que o município recebe. Isso faz com que
a variação de temperatura seja maior em Curitiba do que em outros municípios que
estejam próximos. Com a predominância dos sistemas intertropicais atmosféricos
durante os meses de dezembro, janeiro e fevereiro, onde temos temperaturas mais
elevadas surgindo decorrente do maior índice de radiação recebido durante esse
período. Já nos meses de junho, julho e agosto, com menores temperaturas e menor
taxa de radiação recebida os sistemas atmosféricos polares que predominam. Assim
tendo um clima mesotérmico úmido com verões quentes (Danni-Oliveira, 1999).
A cidade possui um centro industrial chamado de Cidade Industrial de Curitiba
(CIC), que representa cerca de 10,39% da área total de Curitiba. Nessa região são
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encontradas empresas de grande porte, com variados seguimentos tendo como


exemplo a Bosch com produção de peças e metalúrgicas, Furukawa com produções
de cabos e a empresa Kenji onde atua na produção de produtos químicos. Esses são
apenas alguns segmentos que estão localizado na região.
A cidade possui também uma ampla região metropolitana com grandes polos
industriais como araucária que possui empresas de refinamento de petróleo e grandes
centros de beneficiamento de grãos. Possuindo também grandes empresas
multinacionais na produção de automóveis.
Todas essas empresas que rodeiam a cidade de Curitiba fazem com que tenha
um grande fluxo de automóveis em direção ao centro e as marginais da cidade, tendo
assim diversos pontos que é necessário o monitoramento da atmosfera.

4 MATERIAIS E MÉTODOS

4.1 BASE DE DADOS

Os dados foram obtidos através do portal de boletim da qualidade do ar do


Instituto Ambiental do Paraná (IAP). O IAP possui diversas estações de medição dos
parâmetros atmosféricos instaladas em locais estratégicos para cobrir de melhor
forma a extensão da cidade. Em Curitiba as estações estão localizadas no Santa
Cândida, Cidade Industrial (CIC), Praça Ouvidor Pardinho, Boqueirão e na Santa
Casa. Já em Araucária possui estações localizadas em Assis e REPAR. Os pontos
podem ser Observados na FIGURA 2.
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Estações Manuais

Estações Automáticas

Figura 2 - Mapa da rede de monitoramento da Qualidade do ar


Cada estação possui dados climáticos (temperatura e umidade) e dados de
índice de qualidade do ar (IQA) por poluente, sendo avaliado os índices de:
 Dióxido de nitrogênio (NO2)
 Dióxido de enxofre (SO2)
 Ozônio (O3)
 Monóxido de carbono (CO)
 Material particulado (MP)
Os dados serão analisados do ano de 2012 a 2016, sendo ele dividido entre as
estações para melhor analise, esse período foi escolhido para realizar uma
caracterização da emissão de poluentes e dos ventos na região.
Os dados de direção, velocidade do vento, pluviosidade, temperatura, umidade
e nebulosidade são obtidos do instituto nacional de meteorologia através de seu banco
de dados. Os dados obtidos são de uma estação meteorológica de Curitiba localizada
na latitude de -25.43 e na longitude de -49.26. Podendo ver sua localização na Figura
3.
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Figura 3 - Localização estação INMET

4.2 DIREÇÃO DO VENTO

Para obter a média diária da direção do tempo é necessário fazer o cálculo de


vetor através da metodologia de Mtsuta (EPA, 2000), pela média da direção do vento,
p podemos adquirir esse resultado através da seguinte formula.
𝑢 = −|𝜈| sin 𝜃𝑖
𝑣 = −|𝑣| cos 𝜃𝑖
𝜃 = 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔 (𝑣/𝑢 )
𝑠𝑒 (𝜃 ≤ 180) 𝜃 = 𝜃 + 180
𝑠𝑒 (𝜃 ≥ 180) 𝜃 = 𝜃 − 180
Onde u indicara a componente de direção do vento em graus e v indica a velocidade
do vento indicado em m/s. Temos 𝜽𝒊 indicando a direção em que o vento está e θ
indicando a direção média do vento.
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4.3 ÍNDICE DE PASQUILL

Através do índice de pasquill podemos indicar a classe de estabilidade da


atmosfera, esse índice é obtido através da velocidade do vendo e o índice de radiação
solar recebida. Esse método possibilita a classificação de como os poluentes
atmosféricos irão se dispersar pela atmosfera. A classificação é dada através da
Tabela 1.

Radiação solar (I) Cobertura noturna de nuvens


Velocidade do vento a (W/m²) (cn)
10m do solo (m/s) I > 700 350 ≤ I ≤ 700 I < 350 Cn ≥ 4/8 Cn ≤ 3/8

<2 A A –B B - -
2–3 A–B B C E F
3–5 B B–C C D E
5–6 C C –D D D D
>6 C D D D D
Onde: A: extremamente instável D: neutra
B: moderadamente instável E: fracamente estável
C: fracamente instável F: moderadamente estável

Tabela 1 - Índice de Pasquill

Com base nesta tabela podemos caracterizar o comportamento dos poluentes


atmosféricos existentes na atmosfera. Podendo ser iniciado a avaliação dos dados,
assim obtendo resultados.
5 CRONOGRAMA

Para realizar o tabalho é necessário o esboço de um cronograma para ser


seguido. Sendo apresentado a seguir.

Meses/ Junho Julho Agosto Setembro Novembro Dezembro Janeiro Fevereiro Março Abril Maio
Atividades 2018 2018 2018 2018 2018 2018 2018 2018 2018 2018 2018

Referencial
teórico

Obter dados

Analise de
dados
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Descrição
dos
parametros

Conclusão

Tabela 2 - Cronograma de atividades

6 REFERÊNCIAS

AZUAGA, D. Danos Ambientais Causados por Veículos Leves no Brasil. (2000)


193p. Tese( Pós - Graduação) - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE
JANEIRO, Rio de Janeiro, 2000.
BAKONYIA, S. M., DANNI-OLIVEIRAA, I. M., MARTINSB, L. C., & BRAGAC, A. L. .
Poluição atmosférica e doenças respiratórias em crianças na cidade de
Curitiba, PR , Revista Saúde Pública, Curitiba, PR. 695-700 , (2004.
BRAGA, BÖHM, PEREIRA, & SALDIVA. Poluição atmosférica e saúde humana.
Revista USP, 58-71, (2001).
DANNI-OLIVEIRA, I. M. Aspectos Climáticos de Curitiba-PR: uma contribuição para o
ensino médio. RA'E O Espaço Geográfico, 229-253, (1990).
EPA. Meteorological Monitoring Guidance for Regulatory Modeling Applications,
(2000).

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