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Disciplina: ESTUDOS AVANÇADOS EM EPISTEMOLOGIA E METODOLOGIA DA

GEOGRAFIA

Docente: Rodrigo Dutra


Discente: Everton Melo

Ensaio sobre as estratégias utilizadas pelos camponeses ante o processo de urbanização


no município de Paulista/PE

O processo de colonização das Américas acarretou implicações que se refletem nas


estruturas econômicas, de poder e nos modos de ser, saber e pensar, sobretudo nos países latino-
americanos. No Brasil, a imposição eurocêntrica na produção do espaço se reflete até hoje nos
processos de modernização e urbanização, de modo geral, e nas regiões e municípios, de modo
específico, pois ainda se encontram associados a um modelo hegemônico de desenvolvimento.
De acordo com Valter Cruz (2017):
Esse processo de constituição da colonialidade do poder, do saber, do ser e da natureza
tem na conquista ibérica do continente americano seu momento inaugural. A partir do
domínio ibérico, dois processos articuladamente conformam a nossa história posterior:
a modernidade e a organização colonial do mundo (CRUZ, p. 15, 2017).
Na esteira da modernidade e da organização colonial do mundo o atual projeto de
desenvolvimento urbano e seus diversos impactos e conflitos socioambientais, orientado por
um viés desenvolvimentista em andamento no município de Paulista/PE, vem se intensificando
e se espraiando em direção ao espaço agrário municipal. Por outro lado, em contraposição,
experiências e práticas de agricultura de base agroecológica revelam as potencialidades dos/as
agricultores/as no convívio e conservação da agrobiodiversidade local e as estratégias de r-
existências adotadas face a pressão urbana exercida sobretudo pela especulação do capital
imobilário. Conforme aprofundam Malheiro e Cruz (2019) tais “projetos provocam, também,
processos de grandes rupturas e fraturas metabólicas que afetam paisagens, ecossistemas e toda
a dinâmica geo-biofísica das áreas onde são implantados, promovendo mudanças e
reestruturação socioespacial e ambiental na escala local e até regional”.
O discurso do paradigma desenvolvimentista enquanto noção de progresso esteve
atrelado aos diversos enfoques do mundo moderno (Diegues, 1992) e como tal, tem servido para
reforçar o consenso do campo como espaço do atraso a ser superado e da modernização agrícola
e a urbanização como modelo de desenvolvimento inexorável a ser seguido. Desse modo,
"evidencia-se, assim, o discurso do desenvolvimento como um discurso de poder, que se propõe
a transformar um estado de coisas" (Limonad, 2020). Na perspectiva colonial-capitalista:
todas as formas de organização social, política e econômica orientadas por princípios
que têm a natureza como principal sustentação da vida tornar-se-iam subjugadas ao
sistema do capital e seu processo desenvolvimentista, fundamentado na acumulação
desigual de riquezas e de poder oriunda da exploração exaustiva da natureza e do
trabalho (FERREIRA, p. 181, 2017).
Ao longo do século XX, a questão da integração regional se impõe e, nesse contexto, o
Brasil concebe uma política econômica de desenvolvimento, que almeja a unificação do
território e a integração nacional. Tais políticas territorias concebidas sob a égide do
desenvolvimento capitalista mirando a almejada integração nacional produziram diversos
custos de ordem social, econômica e ambiental (Andrade, 2004). Os danos ambientais
resultantes da modernização agrícola viabilizados pela introdução do pacote tecnológico da
Revolução Verde a partir da década de 1950, e aprofundados na década de 1980 com a inserção
dos transgêncios, com vistas a reforçar uma dinâmica de reprodução do capital no campo, estão
diretamente associados com a implantação e a difusão desse modelo de desenvolvimento no
território brasileiro (Machado & Machado Filho, 2014). A expansão das relações de trabalho
capitalista no espaço agrário tem buscado inviabilizar as estratégias de r-existências
camponesas visando submeter os trabalhadores, a terra e os bens naturais a lógica do capital.
Nesse sentido, a modernização capitalista do espaço agrário, as formas assumidas pela
industrialização e a indissociável crise urbana evidenciam as especificidades que o
desenvolvimento e a consolidação do capitalismo apresentam na formação social brasileira na
contemporaneidade (Rangel, 2000).
Nesse período, o município de Paulista não fugiu ao que ocorreu em diversas regiões do
país e passou por consideráveis tranformações econômicas, políticas e territoriais atreladas, em
um primeiro momento, ao processo de industrialização vinculado ao sitema regional de
produção (Andrade, 1981) de considerável expressão representada especificamente pela
indústria têxtil sediada no município (Leite Lopes, 1988) seguido de uma tendência a
urbanização, orientada sobremaneira no presente momento histórico, por um processo que tem
impulsionado a expansão da dinâmica capitalista no espaço agrário, acarretando implicações das
mais adversas para os agricultores camponeses e para a agrobiodiversidade.
Nesse contexto, observa-se que a urbanização do território no município está
estreitamenterelacionada com a lógica privada do mercado imobiliário, e o Estado, sobretudo
em sua instância municipal, tem criado as condições necessárias para a construção de
empreendimentos imobiliários voltados para os setores de serviços, comércio e especialmente
condomínios residenciais. Reconhece- se, a partir da observação do processo vigente de
expansão urbana em tela, a pressão exercida sobre o espaço agrário municipal e uma tendência
a incorporação e fragmentação dessas terras pelo mercado imobilário. Essa tendência pode ser
observada no avanço da área construída, sobretudo em função de grandes empreendimentos
imobiliários, como no loteamento e venda das terras, e através da exploração dos recursos
naturais da região. O ônus desse processo tem inviabilizado a (re)produção camponesa,
provocado a destruição da agrobiodiversidade local, traduzida pela descontiuidade da presença
dos/as agricultores/as e dos seus saberes e suas práticas tradicionais de manejo dos
agroecossistemas, pelo desmatamento da cobertura vegetal e da perda de nascentes, pela morte
incomensurável de espécies da fauna e da flora locais e o empobrecimento da diversidade
sociocultural e ecológica.
Diante disso, notabiliza-se a insustentabilidade do projeto de desenvolvimento que
atravessa a realidade dos/as agricultores no espaço agrário de Paulista, seja pelo processo de
urbanização do território sintonizado com uma lógica privada do capital imobiliário e, por
conseguinte, incompatível com a complexidade ambiental da região (Leff, 2003), seja pela
desvalorização das práticas e saberes tradicionais dos/as agricultores/as que se apoiam nos
conhecimentos acumulados ao longo do tempo (Santos, 2010).
Os problemas que foram evidenciados são experimentados pelos/as agricultores que
vivem no espaço agrário municipal, a exemplo da comunidade Sítio do Ronca, localizado na
região da Mata do Ronca, como também na comunidade Mumbeca e Sítio Canoas; experiências
inseridas na realidade que integra a abrangência espacial deste estudo. Tais experiências são
atravessadas, em diferentes escalas, pelo processo de desenvolvimento urbano no município de
Paulista. Em contraposição, essas experiências r-existem e permanecem vivas, convivendo com
a complexidade do ambiente e conservando a agrobiodiversidade, assim, gestando as condições
reais de manutenção da vida na Terra. Mediante o exposto, observa-se duas racionalidades
opostas nessa região, de um lado a racionalidade economicista (Leff, 2003), norteada pelo
desenvolvimento capitalista, portanto pela lógica do mercado, que reduz a comunidade humana
e o ambiente a coisas; e do outro, os expoentes de uma racionalidade ambiental, orientada pelos
princípios agroecológicos (Leff, 2002).
Nota-se por exemplo, de um lado, a intensificação da urbanização sobre o rural, com a
incorporação de terras do espaço agrário pelo mercado imobilário, descontinuando experiências
e práticas de agricultores/as e os impactos e conflitos socioambientais consecutivos desse
desenvolvimento. Por outro lado, observa-se nas experiências de agricultura a reprodução e
conservação da agrobiodiversidade como importante estratégia de r-existência camponesa de
permanência na terra e covivência com a complexidade ambiental frente a pressão urbana, visto
que as práticas agroecológicas, além de conservar o ambiente e promover autonomia, tem
alimentado a continuidade dos/as agricultores no espaço agrário.
Nessa perspectiva, os estudos de investigação buscam elucidar as estratégias utilizadas
pelos camponeses ante o processo de urbanização decorrente do processo contraditório do
desenvolvimento capitalista do espaço (Harvey, 2005), correlacionando com a concepção
multidimensional de território abordada em Haesbaert (2006), além dos estudos sobre
Agroecologia para compreender como se realizam as experiências postas em prática pelos
camponeses no Brasil. Desde a perpspectiva da Agroecologia, os agricultores e agricultoras tem
se organizado socialmente e ressignificado sua presença no campo e na cidade, antes vistos como
pequenos produtores atrasados fincados a seu “pedaço de chão” resistindo a inexorável
modernização. O próprio aforisma modernizador associado a imagem do paradigma
desenvolvimentista da agricultura moderna é foco de críticas contundentes em função do perfil
unilinear inerente a mentalidade monocultural, conforme Shiva (2003) bem aprofunda tal
problemática.
Portanto, contrapondo-se ao paradigma hegemônico, os camponeses experienciam a
Agroecologia como uma poderosa estratégia social de r-existência capaz de viabilizar a sua
(re)produção e permanência na terra bem como valorizar suas potencialidades, seus saberes e
práticas tradicionais de manejo dos agroecossistemas que tem sido fundamentais para a
conservação da agrobiodiversidade local. Nesse contexto, os processos culturais, os saberes e
práticas agroecológicas, experimentados e compartilhados pelos agricultores, são um elemento
central da agrobiodiversidade (Santili, 2009).
Assim, nesta proposta de pesquisa, compreende-se a Agroecologia a partir de três
dimensões: ciência, prática e movimento. Como ciência, caracteriza-se pela construção de uma
teoria crítica que questiona radicalmente o paradigma hegemônico de desenvolvimento
contraditório do capital, especialmente um de seus principais pilares: a agricultura industrial
agroquímica, e passa a formular bases teórico-metodológicas para o manejo sustentável dos
agroecossistemas. Enquanto prática, tem sido gestada de acordo com os príncios agroecológicos
de convivência e conservação da agrobiodiversidade. Como movimento tem orientado as
organizações sociais e envolvido diversos segmentos da sociedade engajados na luta pela terra,
pela soberania e segurança alimentar e nutricional, na economia solidária e na igualdade de
gênero (Petersen, 2012). Nesse sentido, a transição para a Agroecologia é reconhecida como
um meio de repensar os modos de vida através das relações e das práticas humanas em
convivência com a natureza (Casado et al., 2000), sendo considerada por Schmitt & Petersen
(2009) como um processo socialmente construído.
A trajetória da pesquisa será orientada por essas reflexões, considerando que a
Agroecologia está intimamente relacionada e permite responder as questões centrais do estudo,
sobretudo no que se refere a compreensão da importância das práticas agroecológicas frente aos
impactos socioambientais decorrentes do processo de desenvolvimento e as estratégias de r-
existências utilizadas pelos agricultores camponses para a sua permanência na terra,
(re)produção e conservação da agrobiodiversidade local. Dessa maneira, evidencia-se a
relevância dessas experiências como possibilidades reais de convivência e de manutenção dos
agroecossistemas e, nesse contexto, a Agroecologia se realiza com a experimentação e a
proposição de alternativas concretas (Caporal & Costabeber, 2000).
Desse modo, buscamos compreender as experiências e práticas agroecológicas gestadas
pelos/as agricultores/as que se organizam enquanto associação no sentido de fortalecer a
agricultura camponesa e discutir alternativas de desenvolvimento no enfrentamento dos
conflitos decorrentes da expansão urbana. Nesse sentido, destaca-se a Associação dos
Proprietários e Produtores Rurais da Mata do Ronca, uma organização civil fundada na década
de 1980 que vem servindo como um espaço e um instrumento de articulação e fortalecimento
dos agricultores.
Tal organização tem buscado dialogar com a gestão municipal na busca pela criação do
Conselho de Desenvolvimento Agrário, entretanto, os agricultores tem encontrado muitos
entraves ao tentar estabelecer essa interlocução. Os agricultores salientam a importância do
conselho municipal para o controle social e a incidência política da população camponesa, além
da formulação de políticas públicas orientadas para atender as demandas e necessidades da
região. Além do fortalecimento da agricultura camponesa, a criação desse conselho, segundo
os agricultores, servirá como um instrumento de luta para o enfrentamento da expansão urbana
promovida pela especulação do capital imobiliário, por meio da elaboração de um plano diretor
participativo, os camponeses almejam discutir com a nova gestão municipal a necessidade de
se realizar um novo zoneamento com vistas a redifnir o rural e o urbano no município para
assegurar a salvaguarda da agrobiodiversidade local.
A associação também tem se articulado com outras organizações, como no caso da
parceria estabelecida com o Centro de Educação e Formação em Medicina Popular – CEFOMP
Paulista/PE. O CEFOMP é uma associação civil de direito privado, sem fins lucrativos
localizada no centro do município de Paulista. O objetivo dessa organização é a promoção da
saúde humana e ambiental, bem como a valorização da sabedoria popular por meio das práticas
agroecológicas no cultivo, produção e comercialização de remédios naturais a base de plantas
medicinais. Nessa perspectiva, buscam despertar na sociedade o interesse pela sabedoria
popular por meio de formações e seminários realizados no âmbito da instituição.
Ante o processo de desenvolvimento urbano o CEFOMP tem gestado conjuntamente com
as agricultoras e agricultores do município uma articulação no sentido de fortalecer a experiência
desses sujeitos e discutir alternativas de desenvolvimento no enfrentamento dos conflitos
decorrentes da expansão urbana.
Dessa articulação, destaca-se a realização do I Seminário da Agricultura Familiar de Base
Agroecológica do Município de Paulista em parceria com a Associação dos Proprietários e
Produtores Rurais da Mata do Ronca, com o Instituto Federal de Pernambuco (Campus Paulista)
e com o Núcleo de Educação, Pesquisa e Práticas em Agroecologia e Geografia – NEPPAG
Ayni/UFPE.
Fotografia 20: I Seminário da Agricultura Familiar de Base Agroecológica do Município de Paulista

Fonte: O autor, 2019

Esse seminário teve como eixo orientador das discussões o tema “Resistência
Camponesa no município de Paulista” que suscitou o debate sobre os conflitos decorrentes do
desenvolvimento urbano em curso no município, bem como a destruição da agrobiodiversidade
local e as implicações desse processo para a população camponesa. Esse evento criou um espaço
de diálogo entre os sujeitos envolvidos e possibilitou conhecer parte da diversidade do território
da população camponesa, bem como viabilizou o reconhecimento de parte das demandas e
potencialidades da região.
Como fruto dessa articulação entre o CEFOMP e a Associação Camponesa mencionada,
destacamos a luta pela criação do Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional
(CONSEA Municipal), o intercâmbio e troca entre agricultores e agentes do CEFOMP, bem
como o envolvimento entre sujeitos da população rural e urbana do município. A criação do
CONSEA Municipal é uma luta gestada pelo CEFOMP e impulsinada e fortalecida pela
associação, como resultado dessa luta salienta-se a criação da Comissão de Segurança
Alimentar e Nutricional do Município, composta por diversos sujeitos da sociedade civil
organizada, dentre os quais notabilizam-se integrantes do CEFOMP, da Associação
Camponesa, de sindicatos e movimentos sociais.
Essa articulação foi responsável pela realização de conferências municipais para debater
os desafios e os limites para a criação do CONSEA Municipal e nesse sentido, ressaltamos a
organização e realização da II Conferência de Segurança Alimentar e Nutricional do Município
de Paulista que teve como mote orientador do debate o tema “Comida de verdade no campo e
na cidade na luta por direitos”, ocorrida no ano de 2019.
Na discussão realizada com base na fala de cada participante foi deliberado que todos
os presentes pudessem formular propostas para o município que foram homologadas através do
registro de todas as delegadas e delegados da conferência. Nesse contexto, destacam-se alguns
questionamentos formulados pelos sujeitos presentes na conferência, tais como: de que maneira
o poder executivo dialoga sobre os assuntos com os demais setores relacionados com a política
de SAN? Quais as intervenções de apoio às iniciativas que seguem na discussão da criação do
Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional no município de Paulista? Como os demais
setores do governo municipal interagem entre si, no sentido da criação de uma política de
Segurança Alimentar e Nutricional? Qual a situação real da mulher e do homem do campo e
demais seguimentos que discutem essa temática hoje no município de Paulista? Esses
quesitonamentos suscitaram as reflexões e discussões e foram responsáveis pela elaboração das
propostas da conferência.
Ressaltamos também a parceria entre a Associação Camponesa e o Instituto
Agronômico de Pernambuco (IPA) no sentido de fortalecer as práticas e valorizar os saberes
dos agricultores camponeses. Essa parceria entre o IPA e associação tem possibilitado a
criação de agroecossistemas resilientes e viabilizado processos de transição agroecológica dos
agricultores que rompem com o modelo convencial da agricultura moderna baseada no pacote
tecnológico da Revolução Verde. Nesse sentido, tem ressignificado a compreensão dos
camponeses sobre o manejo dos seus agroecossistemas, fomentando práticas agroecológicas
responsáveis pela conversação da agrobiodiversidade local. Nesse contexto, as estratégias
camponesas são exemplos de potencialidade e sabedoria, sobretudo no cuidado com a saúde
humana e ambiental, entretanto o reconhecimento e a valorização dos seus saberes é um fator
imprescindível, e ainda que esses saberes sejam considerados primitivos pelo pensamento
monocultural ocidental, é a partir dessa sabedoria popular que se viabiliza a percepção da vida
desde uma perspectiva integrada como bem aprofunda Pereira (2005):
São inúmeros casos ilustrativos que estão presentes em nossas terras, e que são um
potencial social e ecológico, e que apesar de na concepção ocidental dominante serem
lidas como atrasadas primitivas, são avançadas. Conseguem lidar com a vida em seu
conjunto, integrando dimensões que foram separadas na sociedade moderna, e que
muito está custando para serem resgatadas (PEREIRA, 2005, p. 271).

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