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CXC 80-2020
Adotado em 2020.
CXC 80-2020
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INTRODUÇÃO A
As alergias alimentares, uma hipersensibilidade alimentar imunomediada, são um problema crescente deG
segurança de alimentos em todo o mundo e surgiram como um grande problema de saúde pública e pessoal.E
Embora as alergias alimentares possam afetar uma proporção relativamente pequena da população, uma reação2
alérgica pode ser grave ou potencialmente fatal. Além disso, é cada vez mais evidente que as pessoas com
alergias alimentares experimentam uma redução muito significativa na qualidade de vida, algumas das quais
poderiam ser atenuadas por uma abordagem harmonizada da gestão de alergênicos na cadeia de alimentos.
Os alergênicos são uma preocupação constante de segurança de alimentos para consumidores que sofrem de
alergias alimentares, aqueles que têm pessoas com alergias alimentares sob seus cuidados, empresas de
alimentos (EAs) e autoridades competentes.
Com o aumento da preocupação com a saúde representada por alergênicos alimentares, surge a expectativa de
que as EAs tomem medidas para declarar com precisão a presença de ingredientes alergênicos, minimizar o risco
e, quando possível, prevenir a presença não intencional de alergênicos e que as autoridades competentes
forneçam orientação e supervisão, onde necessário, para as EAs em investigações de reclamações de
alergênicos alimentares. EAs, incluindo produtores, processadores, atacadistas, distribuidores, importadores,
exportadores, varejistas, transportadores e operadores de serviços de alimentação, todos têm uma função na
gestão de alergênicos.
Em um mercado global, é fundamental que haja um entendimento harmonizado dessa questão e das medidas
necessárias para resolvê-la. As práticas de gestão de alergênicos devem fazer parte das boas práticas de higiene
(BPHs) e, quando apropriado, dos sistemas HACCP, na fabricação, varejo e serviços de alimentação.
Os alergênicos precisam ser gerenciados em toda a cadeia de suprimentos e no processo de produção.
Tratamentos letais para micro-organismos patogênicos, como aquecimento, processamento em alta pressão, etc.
geralmente não destroem as proteínas alergênicas. Os processos que degradam as proteínas, como a hidrólise
enzimática ou ácida, não devem ser considerados para eliminar ou destruir completamente as proteínas
alergênicas.
Caracterização de perigo
A natureza alergênica de alguns alimentos deve ser identificada como um perigo para a segurança de alimentos de indivíduos
suscetíveis. As alergias alimentares são causadas por uma reação imunológica adversa (hipersensibilidade) a certas proteínas
alimentares. As alergias a alimentos podem ser classificadas por seu mecanismo imunológico :
● mediada por imunoglobulina E (IgE) (hipersensibilidade imediata) ,
● não mediada por IgE (hipersensibilidade retardada ou mediada por células), e
● mista IgE e não mediada por IgE.
Os sintomas mediados por IgE normalmente se desenvolvem dentro de minutos a 1-2 horas após a ingestão do alimento. As
alergias alimentares não mediadas por IgE e mistas de IgE e não IgE apresentam seus sintomas várias horas após a ingestão
do alimento. Os sintomas de alergia alimentar mediada por IgE podem incluir comichão na boca, urticária, inchaço dos lábios
e olhos, dificuldade em respirar, queda da tensão arterial, diarreia e, na sua forma mais grave, anafilaxia; e pode resultar em
morte.
Embora muitos alimentos diferentes possam causar reações alérgicas em indivíduos suscetíveis, a maioria das alergias
alimentares em uma base global é causada por uma variedade de proteínas em oito alimentos / grupos de alimentos (e produtos
derivados). Estes são1
● cereais que contêm glúten (ou seja, trigo, centeio, cevada e aveia2, espelta ou suas cepas híbridas)
● crustáceos;
● ovos;
● peixes;
● leite;
● amendoim;
● soja; e
● nozes.
1 Os alimentos listados, com uma exceção (ou seja, eliminação de sulfitos), são referidos na Norma Geral para a Rotulagem
de Alimentos Pré-embalados (CXS 1-1985) como os alimentos e ingredientes conhecidos por causar hipersensibilidade e que
devem sempre ser declarados .
2 Embora a aveia não contenha glúten, ela é comumente produzida no mesmo local que os cereais que contêm glúten, como
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3A doença celíaca é uma doença grave para toda a vida, na qual o sistema imunológico do corpo ataca seus próprios tecidos
quando o glúten é consumido. Isto causa danos no revestimento do intestino e resulta na incapacidade do corpo de absorver
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Responsabilidades da EA
As EAs são incentivadas a ter políticas e procedimentos de gestão de alergênicos documentados e detalhados,
específicos para o negócio. A implementação de políticas e procedimentos de gestão de alergênicos:
● permite que uma empresa demonstre que está tomando todas as medidas necessárias para eliminar ou
reduzir a probabilidade de um alergênico estar presente de forma não intencional em um alimento;
● aumenta a precisão das declarações de ingredientes alergênicos;
● oferece uma oportunidade para que as empresas demonstrem habilidades e conhecimentos adequados na
gestão de alergênicos; e
● reduz o risco para o consumidor com alergia alimentar pela presença de um alergênico não intencional.
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SEÇÃO I - OBJETIVOS A
G
Este Código fornece orientações para que as EAs, incluindo os produtores primários, desenvolvam políticas eE
procedimentos para identificar os alergênicos em todas as áreas de produção, preparação e serviço de alimentos,2
e depois implementem práticas de gestão de alergênicos, incluindo controles para:
● prevenir ou minimizar o potencial de contato cruzado com alergênicos, que é de risco para o consumidor
com uma alergia alimentar;
● prevenir ou minimizar o potencial da presença de alergênicos não declarados em um alimento devido a
erros que surgem na cadeia de fornecimento;
● garantir que a rotulagem correta do alergênico seja aplicada aos alimentos pré-embalados; e
● garantir que informações precisas possam ser fornecidas aos consumidores no ponto de venda, quando
o alimento não estiver pré-embalado
As ferramentas de gestão e orientação deste Código são uma abordagem proativa para a gestão eficaz dos
alergênicos na produção, preparação e serviço de alimentos, e redução de riscos para os consumidores, em
vez de uma resposta reativa quando detectado um perigo à segurança de alimentos em um alimento.
A gestão de alergênicos também envolve a rotulagem dos alergênicos. Enquanto este Código aborda controles
para garantir que o rótulo correto seja aplicado durante a fabricação de um produto ou quando rotulado no varejo
para o cliente, os requisitos de rotulagem para produtos alimentícios são abordados pela Norma Geral para a
Rotulagem de Alimentos Pré-embalados (CXS 1-1985) e a Norma para Alimentos para Uso Dietético Especial
para Pessoas Intolerantes ao Glúten (CXS 118-1979).
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2.3 Definições A
G
Consulte as definições nos Princípios Gerais de Higiene Alimentar (CXC 1-1969) e outros Códigos aplicáveis.E
Além disso, para os fins deste Código, as seguintes expressões têm o significado declarado: 2
Alergênico significa uma substância inofensiva, capaz de desencadear uma resposta que começa no sistema
imunológico, e resulta em uma reação alérgica em certos indivíduos. No caso de alimentos, é uma proteína
encontrada em alimentos capaz de desencadear uma resposta em indivíduos sensibilizados a ela.
Contato cruzado com alergênico ocorre quando um alimento ou ingrediente alergênico é incorporado
involuntariamente em outro alimento que não se destina a conter esse alimento alergênico.
Perfil de alergênico significa os alergênicos alimentares presentes por adição intencional, bem como aqueles
inadvertidamente presentes (ou a ausência de quaisquer alergêncios) em um alimento.
Serviço de alimentação significa uma empresa ou instituição que produz, prepara e serve alimentos para
consumo direto.
Varejo significa um negócio envolvido essencialmente na venda de alimentos pré-embalados ou não pré-
embalados diretamente aos consumidores, para consumo fora do local ou para consumo futuro.
Retrabalho significa alimentos limpos e não adulterados, que foram removidos do processamento em qualquer
ponto, inclusive, até a embalagem final por motivos que não sejam por condições não higiênicas, ou que foram
recondicionados com sucesso pelo reprocessamento e que são adequados para uso como alimento ou como
componente de alimentos.
Visualmente limpo significa não ter alimentos, sujidades e outros resíduos visíveis.
PRINCÍPIO:
Quando a introdução de um alergênico pode afetar adversamente o perfil do alergênico dos alimentos em
estágios posteriores da cadeia alimentar, a produção primária deve ser administrada de forma a reduzir a
probabilidade de introdução de tais alergênicos.
Esta seção está focada na produção primária de commodities cultivadas onde existe uma probabilidade de
contato cruzado com alergênico (frequentemente referido como presença acidental).
3.1 Higiene ambiental
Dependendo da cultura, os produtores devem considerar o potencial de contato cruzado do alergênico com o
ambiente de cultivo. A fim de avaliar a probabilidade de contato cruzado com alérgeno, os produtores devem
saber a história da área de cultivo específica (ou seja, safras anteriores) e quais outras safras estão sendo
cultivadas nas proximidades. Quando a presença acidental de um alergênico precisa ser gerenciada para garantir
o perfil do alergênico do alimento final (por exemplo, sem glúten), medidas específicas de cultivo podem ser
necessárias para remover, na medida do possível, os restos físicos de safras anteriores antes de voltar.
3.2 Produção higiênica em fontes de alimentos
Durante o crescimento, evite ou minimize o potencial de manutenção das máquinas (por exemplo, usada para
remover ervas daninhas) para conter outro material vegetal que poderia resultar em contato cruzado com
alergênico.
3.3 Manuseio, armazenamento e transporte
Antes da colheita, inspecione o equipamento usado para a colheita de safras para determinar se ele está livre de
restos de plantas visíveis e sinais de safras/materiais anteriores.
Os produtos colhidos devem ser limpos na medida do possível, usando vários métodos, como peneirar por
tamanho, aeração e limpeza mecânica para remover alergênico estranho, quando viável e consistente com os
padrões aplicáveis do Códex.
Para prevenir ou minimizar a probabilidade de contato cruzado com alergênicos, as instalações de
armazenamento que contém diferentes produtos devem ser inspecionadas visualmente e devidamente. Ao
manusear vários produtos, como grãos / leguminosas / sementes, certifique-se de que a segregação física esteja
em vigor para prevenir ou minimizar o potencial de contato cruzado com alergênico. Ter um "mapa de alergênicos"
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claro (ver Seção 5.2.1.1) da instalação e armazenamento, mostrará onde as plantações alergênicas entram P
e são armazenadas, para que o potencial de contato cruzado com alergênicos seja gerenciado. A
Quando uma mercadoria é ensacada, as sacolas devem estar limpas e aquelas usadas para produtos alergênicosG
devem ser identificados (por exemplo, com cores diferentes). Sacos que foram usados para um produtoE
alergênico não devem ser reutilizados para um produto diferente. Por exemplo, evite a reutilização de sacolas de2
juta /lona para produtos não alergênicos, se já tiverem sido usados para produtos alergênicos. Onde os grãos ou
leguminosas são ensacados e armazenados juntos, armazene os alergênicos nas prateleiras inferiores para que
os derramamentos possam ser facilmente gerenciados do ponto de vista da prevenção do contato com produtos
não alergênicos.
Empresas de alimentos devem garantir que as áreas de armazenamento e os materiais de armazenamento
designados para produtos alergênicos sejam claramente identificados ou codificados por cores, para evitar a
mistura não intencional de produtos.
O transporte de alimentos deve ser realizado em um veículo de transporte limpo, seco e livre da carga anterior
para prevenir ou minimizar o potencial de contato cruzado com alergênicos. Conforme necessário, os contêineres
de transporte devem ser limpos antes do uso. No descarregamento, os contêineres de transporte contendo
produtos alergênicos devem ser esvaziados de toda a carga e limpos conforme apropriado, para prevenir ou
minimizar o potencial de contato cruzado com alergênico na próxima carga. O uso de embalagens descartáveis
pode ser uma opção útil para alguns transportadores. Para obter mais detalhes sobre transporte, consulte a
Seção 8.
3.4 Limpeza, manutenção e higiene pessoal na produção primária
Consulte os Princípios Gerais de Higiene Alimentar (CXC 1-1969).
Além disso, as empresas de alimentos devem garantir que a área onde os produtos são secos esteja limpa e que
as barreiras físicas estejam colocadas para evitar derramamento e contato cruzado com alergênicos. Os materiais
ou recipientes usados para colocar, pendurar ou embalar mercadorias devem ser limpos para remover resíduos
alergênicos.
4.1. Localização
PRINCÍPIO:
O projeto do estabelecimento deve prevenir ou minimizar o potencial de contato cruzado com alergênicos
no que diz respeito à delimitação e isolamento de áreas, localização de equipamentos, fluxo de processo,
movimentação de pessoal e sistemas de ventilação.
4.1.1 Estabelecimentos
Empresas que produzem alimentos em mais de um local devem considerar se é viável consolidar a produção,
processamento e armazenamento de produtos contendo alérgenos específicos em um único local. Embora isso
nem sempre seja viável, especialmente para pequenas empresas, pode ser usado para limitar o contato cruzado
com alergênicos. Se não for possível as instalações serem dedicadas, a produção pode ser separada por tempo
(ver 5.2.1.) ou espaço (salas ou linhas separadas para diferentes alergênicos) e o estabelecimento pode ser
projetado para ter um fluxo linear na produção. Procedimentos de limpeza eficazes, como os descritos na Seção
6, também são importantes no gerenciamento do contato cruzado com alergênicos.
4.1.2 Equipamentos
4.1.2.1 Fabricação
As instalações de fabricação de alimentos geralmente lidam com vários alérgenos, frequentemente no mesmo
equipamento. Idealmente, essas instalações seriam projetadas para usar linhas de processamento dedicadas a
alimentos com perfis de alergênicos específicos e, quando viável, os fabricantes deveriam considerar o uso de
linhas dedicadas, no entanto, isso não é viável em todos os casos. O sequenciamento da produção (ou seja,
separação por tempo) deve ser considerado como uma opção, especialmente para pequenas empresas. Uma
análise do processo, incluindo o projeto do equipamento, deve ser conduzida para determinar a probabilidade de
contato cruzado com alergênico e se linhas de processamento dedicadas, redesenho de equipamento ou outras
medidas de controle são necessárias para prevenir ou minimizar o contato cruzado com alergênico.
Se linhas de produção separadas forem usadas para alimentos com diferentes perfis de alergênicos (por exemplo,
para alimentos que não contêm um alergênicos específicos e para alimentos que contêm), os fabricantes devem
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fornecer separação suficiente para prevenir ou minimizar o potencial de contato cruzado do alergênico de P
uma linha para outra baseado na produto, no processo e na probabilidade de contato cruzado do alergênico. OsA
fabricantes devem eliminar os pontos de cruzamento ou fornecer um meio para conter ou proteger os alimentosG
(por exemplo, tubulações fechadas, transportadores fechados ou cobertos) para evitar derramamento deE
alimentos de uma linha para outra. 2
4.1.2.2 Varejo e serviço de alimentação
Operadores de varejo e de serviços de alimentação também costumam lidar com vários alergênicos,
frequentemente no mesmo equipamento. Eles devem, sempre que possível, usar equipamentos dedicados a
alimentos com um alergênico específico (por exemplo, usar um cortador separado para queijo, que contém leite,
e para carnes que não contêm leite). Como alternativa, o equipamento deve ser limpo ao alternar entre alimentos
com perfis de alergênicos diferentes (consulte a Seção 6.1).
4.2 Instalações e salas
Sempre que possível, as empresas que produzem alimentos (fabricantes, bem como operadores de varejo e
serviços de alimentação) devem considerar a necessidade, com base na probabilidade de contato cruzado com
alergênico, resultando em risco para o consumidor com alergia alimentar, em fornecer uma área de produção
dedicada dentro do estabelecimento para a preparação de alimentos que não contenham alergênicos, ou fornecer
áreas de produção dedicadas, ou usar divisórias para criar áreas segregadas temporárias, para alimentos com
diferentes perfis de alergênicos. Por exemplo, um estabelecimento que lida com frutos do mar e peixes pode
reservar salas separadas ou outras áreas para o manuseio desses alimentos. Aquele que lida com diferentes
tipos de proteína em pó, como proteína de soja e leite em pó, pode dedicar áreas separadas para lidar com esses
pós. Alternativamente, o equipamento deve ser cuidadosamente limpo ao alternar entre os diferentes alergênicos
alimentares (consulte a Seção 6.1). Quando aplicável, as áreas devem ser adequadamente projetadas de modo
que uma limpeza eficaz possa ser realizada para reduzir o contato cruzado com alergênicos.
Empresas produtoras de alimentos devem considerar ter áreas para armazenar ingredientes alergênicos
separadamente de outros alergênicos, bem como separá-los de ingredientes ou alimentos não alergênicos.
4.2.1 Fabricação
Os fabricantes devem considerar o fornecimento de barreiras adequadas (por exemplo, paredes, divisórias,
cortinas) ou separação adequada (por exemplo, espaçamento) entre as linhas, quando necessário, para prevenir
ou minimizar o contato cruzado com alergênico quando alimentos com diferentes perfis de alergênicos são
processados ao mesmo tempo.
Quando necessário, com base em uma avaliação de risco para o consumidor com alergia alimentar, os fabricantes
devem considerar projetar instalações e salas para garantir a remoção de poeira de alergênico adequada ou
sistemas de proteção para mitigar a probabilidade de contato cruzado de alergênico transportado pelo ar em toda
a área de processamento, especialmente quando alergênicos em pó, como farinha de trigo, leite em pó, proteína
de soja, etc. são usados. Esses controles podem ser importantes onde os pós são despejados em misturadores,
tremonhas ou carrinhos para evitar que a pó assente nos equipamentos circundantes. Onde não houver sistemas
de remoção de pó, outros controles, como limpeza das áreas circundantes e equipamentos após o despejo,
podem ser usados para mitigar a probabilidade de proteínas alergênicas em pós serem transferidas para outros
alimentos (ver Seção 5.2.1).
4.3 Equipamentos
4.3.1 Fabricação
Equipamentos, ferramentas, utensílios e recipientes (além de recipientes de uso único e embalagens) em contato
com alimentos que contenham alergênicos devem ser projetados e construídos para facilitar a remoção eficaz de
alergênicos durante a limpeza. Para prevenir ou minimizar o potencial de contato cruzado alergênico, idealmente,
equipamentos, ferramentas e utensílios devem ser projetados ou selecionados para que os alergênicos,
especialmente os alergênicos em pedaços (por exemplo, amendoins, nozes, gergelim, migalhas de produtos
assados), não fiquem presos em fendas e sejam difíceis de remover pelos procedimentos de limpeza aplicados.
As soldas devem ser lisas, as vedações e as mangueiras não devem conter rachaduras e "pontos mortos" na
tubulação ou em outras áreas onde alimentos que contenham alergênicos podem se acumular devem ser
eliminados e, quando a eliminação não for possível, devem ser adequadamente limpos.
4.3.2 Varejo e Serviço de Alimentação
Os operadores de varejo e serviços de alimentação devem usar equipamentos, ferramentas, utensílios e
recipientes (além de recipientes de uso único e embalagens) que tenham sido projetados e construídos para
garantir que os alergênicos possam ser removidos de forma fácil e eficaz durante a limpeza.
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4.4 Instalações A
G
As empresas de alimentos (EAs), incluindo o varejo e o serviço de alimentação, devem colocar pias de lavagemE
de mãos em áreas apropriadas para prevenir ou minimizar o contato cruzado por alergênicos via pessoal. Ter2
pias de lavagem de mãos adequadas incentivará o pessoal a lavar as mãos com sabão e água entre a
manipulação de alimentos que têm diferentes perfis de alérgenos. As EAs também devem considerar, com base
no risco para os consumidores com alergias alimentares, instalações para permitir a troca de roupas de proteção,
especialmente quando o pessoal está se deslocando de áreas particulares dentro da fábrica, nas quais se
manuseiam alergênicos em pó.
PRINCÍPIO:
A presença não intencional de alergênicos nos alimentos é prevenida ou minimizada tomando medidas
preventivas através de controles baseados em Boas Práticas de Higiene e HACCP em etapas apropriadas da
operação.
● facilidade de limpeza dos equipamentos utilizados para processar alimentos com diferentes perfis de
alergênicos;
● a quantidade máxima de um alergênico devido ao contato cruzado alergênico (caso as informações
estejam disponíveis).
É importante que as Empresas de Alimentos eduquem e treinem o pessoal para que tenham consciência dos
alergênicos alimentares e seu impacto na saúde, a fim de garantir que implementem os controles alergênicos
necessários.
As Empresas de Alimentos devem:
● identificar quaisquer etapas em suas operações que representem a probabilidade de contato
cruzado por alergênico, avaliar o nível de risco para o consumidor com alergia alimentar nessas
etapas e verificar as que são críticas;
● implementar procedimentos eficazes de manejo de alergênicos para prevenir ou minimizar o
contato cruzado por alergênicos nessas etapas;
● monitorar e, quando apropriado documentar, procedimentos de manejo de alergênicos para
garantir sua eficácia contínua;
● revisar os procedimentos de gestão de alergênicos periodicamente, particularmente quando as
operações mudam;
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prevenir ou minimizar o potencial de contato cruzado alergênico. Da mesma forma, os fabricantes devem P
considerar duplicar certas partes de equipamentos (por exemplo, balanças) e dedicá-las para produçõesA
específicas contendo alergênicos. G
Os fabricantes não devem usar ingredientes para os quais o perfil do alergênico é desconhecido, e nunca devemE
adivinhar ou assumir que um alergênico não está presente. Os ingredientes que contenham alergênico devem,2
se possível e necessário para prevenir ou minimizar o potencial de contato cruzado de alergênicos, serem abertos
e pesados em áreas designadas antes de serem transferidos em recipientes cobertos ou fechados para a linha
de processamento.
Quando há uma probabilidade de contato cruzado por alergênicos a partir do pó em suspensão de ingredientes
secos que são, ou contém, um alergênico alimentar, eles devem ser adicionados de maneira que minimize o
potencial de dispersão não intencional. Por exemplo, a formação e dispersão do pó de alergênicos pode ser
minimizada adicionando ingredientes líquidos aos misturadores ao mesmo tempo que os pós, usando sistemas
de coleta de poeira (por exemplo, sistemas locais de exaustão, sistemas de ventilação e/ou sistemas de vácuo),
controlando fontes de pó circundantes e/ou cobrindo os equipamentos. O uso de alergênicos secos com
propensão à formação de pó deve, quando possível, ser planejada para o final de um dia de
produção/processamento.
Os fabricantes devem avaliar o potencial de contato cruzado por alergênico pelo meio de cozimento, como água
ou óleo. Pode ser necessário usar um método apropriado para eliminar qualquer material particulado contendo
alergênicos (por exemplo, meio de cozimento dedicado) se for provável que o risco de alergênicos não possa ser
prevenido ou minimizado, por exemplo, no caso em que partículas podem acabar em um alimento com um perfil
diferente de alergênico.
Derramamentos que contenham alergênicos alimentares devem ser limpos o mais rápido possível, evitando
maior dispersão (por exemplo, para líquidos, kits de derramamento podem ser usados, ou aspiradores de pó).
Deve-se tomar cuidado para não gerar aerossóis com lavadoras de alta pressão, ou pó em suspensão usando
mangueiras de ar comprimido.
5.2.1.2 Retrabalho e Material em Processo
O Retrabalho e o Material em Processo que contenha alergênicos devem ser armazenados em recipientes
resistentes com tampas seguras em áreas designadas e claramente marcadas. O Retrabalho ou Material em
Processo deve ser devidamente rotulado com todos os alergênicos alimentares especificamente destacados, e
devidamente inventariados e contabilizados durante o armazenamento e para prevenir ou minimizar o potencial
de incorporação no produto errado, quando utilizados.
Os fabricantes devem implementar uma política para que o retrabalho seja adicionado ao mesmo produto sempre
que possível.
5.2.1.3 Aplicação de Rótulos de Produtos
Os fabricantes devem implementar procedimentos para garantir que as informações sobre os alergênicos e os
rótulos estão corretas (ver 5.3 Requisitos de Entrada de Material) e verificar se os rótulos corretos estão sendo
utilizados na linha de produção durante o empacotamento/rotulação de produtos. Isto pode envolver checagens
manuais e/ou automatizadas como reconhecimento de código de barras ou sistemas de inspeção por imagem
para garantir que a embalagem correta está sendo utilizada.
Rótulos e embalagens rotulados devem ser armazenados de forma a minimizar a probabilidade da utilização de
rótulos ou embalagens incorretas durante a produção. Todos os rótulos e embalagens rotuladas devem ser
removidas ao final do período de produção e retornadas à sua área designada de armazenamento.
Os fabricantes devem implementar procedimentos para segregar e rotular novamente produtos alimentícios que
tenham sido rotulados incorretamente. Caso não seja possível rotular novamente o alimento, deve haver um
procedimento para destruí-lo.
5.2.1.4 Monitoramento e verificação
Devem ser conduzidas auditorias internas regulares para verificar que a formulação do produto, incluindo
mudanças na formulação, correspondem aos registros de utilização de ingredientes alergênicos, o produto final
está de acordo com o especificado no rótulo, controles de contato cruzado com alergênico estão devidamente
implementados e o pessoal da linha está treinado apropriadamente.
Deve haver uma revisão periódica dos fornecedores para garantir que todos os ingredientes, incluindo
ingredientes de multicomponentes (por exemplo: molhos, misturas de especiarias), auxiliares de processo, ou
operações, não tenham mudado de forma que seja introduzido um novo ingrediente alergênico ou que resulte em
contato cruzado com alergênico. Testes ocasionais de produtos podem ser utilizados para verificação de
alergênicos não declarados.
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5.2.1.5 Desenvolvimento e mudança de produtos A
G
Ao desenvolver novos produtos, mudar formulações ou fornecedores de ingredientes, os fabricantes devemE
considerar se é viável utilizar um ingrediente alergênico que tenha a mesma funcionalidade de um ingrediente2
não alergênico para evitar introduzir um novo alergênico no estabelecimento ou linha de produção.
Quando for inevitável a introdução de um novo alergênico no estabelecimento ou linha de produção, por exemplo,
durante testes piloto ou testes de consumidor, deve-se ter cuidado para evitar o contato cruzado de produtos
existentes com alergênicos.
Procedimentos para prevenir ou minimizar o contato cruzado com alergênico, assim como documentos relevantes
de APPCC, procedimentos operacionais e os respectivos treinamentos de pessoal, podem precisar ser revisados
para abordar um novo produto ou formulação com um perfil diferente de alergênico, especialmente quando
envolver um novo alergênico na instalação.
Os rótulos dos produtos devem ser projetados e verificados para corresponder à formulação, antes que o novo
produto ou produto com formulação alterada seja produzido, e as especificações do produto e do rótulo que não
serão mais utilizadas devem ser destruídas de maneira a evitar o uso acidental. Quando houver uma mudança
na formulação que resulte em uma mudança no perfil de alergênico, os fabricantes devem considerar a indicação
na embalagem e em seus websites por um período de tempo apropriado, com informações como “nova
formulação”. Deve-se considerar a mudança de características da embalagem, como a cor, quando um novo
alergênico for adicionado à formulação.
5.2.2 Varejo e Serviços de Alimentação
Os equipamentos utilizados para alimentos que contenham alergênicos devem ser marcados, etiquetados ou
codificados por cores para identificar o alergênico. Quando não for viável, o equipamento deve ser limpo entre o
uso de alimentos com diferentes perfis de alergênico.
Os alimentos que contenham alergênicos e não estejam em embalagens lacradas devem ser etiquetados com a
identificação do alergênico e armazenados separadamente dos alimentos que não contenham alergênicos ou
possuam um diferente perfil de alergênico (por exemplo, separação que impeça contato físico).
5.2.2.1 Minimizando o contato cruzado com alergênico durante o preparo
O pessoal de varejo e serviços de alimentação deve estar atento aos alergênicos nos alimentos fornecidos aos
clientes, a fim de prover informações apropriadas quando um cliente indicar que possui alergia alimentar. Também
devem saber e entender a probabilidade de contato cruzado com alergênico durante a preparação dos alimentos.
O contato cruzado com alergênico durante o preparo ocorre principalmente das seguintes maneiras:
● entre alimentos, por exemplo, alimentos que se tocam ou um alimento gotejando em outro alimento;
● através das mãos, por exemplo, a manipulação pelos cozinheiros ou pessoal do serviço de frente, utilizando
as mãos em vários recipientes de ingredientes contendo diferentes perfis de alergênicos sem lavá-las, como
recheando pizzas, montando sanduíches, etc.;
● através de equipamentos/utensílios/superfícies para alimentos, por exemplo, compartilhamento de
utensílios, como utilizar um batedor para mexer um molho à base de leite e depois utilizar o mesmo batedor
para mexer ovos, sem lavar e secar cuidadosamente o batedor entre os procedimentos, ou utilizar a mesma
tábua de corte, chapa/frigideira ou outra superfície para preparar peixe e mariscos; e
● através de meios de cozimento, por exemplo, fritadeiras compartilhadas ou tanques de fervura para cozinhar
os alimentos.
Processos de preparo de alimentos devem ser projetados para prevenir ou minimizar o potencial de contato
cruzado com alergênico, por exemplo, separar equipamentos e utensílios que são utilizados para alimentos com
diferentes perfis de alergênicos, dedicar utensílios/equipamentos para produtos que contenham alergênicos, ou
limpar equipamentos, utensílios e superfícies de preparação cuidadosamente entre os usos para alimentos com
diferentes perfis de alergênicos.
Os operadores de varejo e serviços de alimentos devem considerar, quando viável, designar uma pessoa para
preparar alimentos alergênicos (ex. limpar camarões). Quando não for possível, procedimentos de controle de
alergênicos devem ser adotados entre as preparações de alimentos com diferentes perfis de alergênicos (ex.
lavagem de mãos, troca de luvas descartáveis).
Os recipientes e ferramentas utilizadas para armazenar ou transferir alimentos que contenham alergênicos
devem, sempre que possível, ser exclusivos a um tipo de alergênico e marcados, etiquetados ou codificados por
cores para identificar o alergênico. Quando a exclusividade não for possível, procedimentos eficientes de limpeza
devem ser adotados para os recipientes e ferramentas antes do uso para alimentos com diferentes perfis de
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alergênicos. P
Os manipuladores de alimentos devem utilizar somente os ingredientes listados na receita, e não substituir umA
ingrediente por outro a menos que tenha certeza de que o ingrediente não possui um alergênico novo ou diferente.G
Para auxiliar no entendimento da significância dos alimentos ou ingredientes nas Empresas de Alimentos, podeE
ser disponibilizada uma lista de alergênicos relevantes na área da cozinha. Os manipuladores não devem utilizar2
alimentos com perfil de alergênico desconhecido, e nunca devem supor ou assumir que não há alergênicos
presentes.
As Empresas de Alimentos também devem considerar se é viável e necessário dedicar meios de cozimento, como
água ou óleo, à alimentos com perfis específicos de alergênicos para prevenir ou minimizar o contato cruzado
com alergênico, ex. não utilizar o mesmo óleo para fritar peixe empanado e batatas, pois as partículas do
empanado podem aderir às batatas. Pode ser necessário utilizar um método apropriado para eliminar qualquer
material particulado que contenha alergênicos presente no óleo de fritura, pois é provável que estas partículas
acabem em alimentos com diferentes perfis de alergênicos.
Os alimentos expostos para compra do consumidor devem ser protegidos do contato cruzado com alergênico
durante a exposição, ex. por embalagens ou separação que pode incluir barreiras plásticas. Utensílios de serviço
designados devem ser fornecidos para lidar com alimentos de diferentes perfis de alergênicos, quando viável, e
devem ser utilizados exclusivamente para este alimento, ou deve-se limpar os utensílios entre usos para
alimentos com diferentes perfis de alergênicos.
O pessoal que manuseia o produto em exposição e a venda para o consumidor, bem como o pessoal que serve
o alimento em restaurantes e outros serviços de alimentação, deve ter conhecimento sobre os alergênicos, ou
deve saber como obter informação sobre os alergênicos nos produtos rapidamente – especialmente quando o
alimento não contém rotulagem que identifiquem os alergênicos.
5.2.2.2 Retrabalho
O Retrabalho e o Material em Processo devem ser armazenados em recipientes resistentes com tampas seguras
em áreas designadas e claramente marcadas. O Retrabalho ou Material em Processo deve ser devidamente
rotulado para prevenir ou minimizar o potencial de incorporação no produto errado. As EAs devem implementar
uma política para que o retrabalho seja adicionado ao mesmo produto sempre que possível.
5.2.2.3 Aplicação de rotulagem de produtos
Nas operações de varejo e de serviços de alimentação que embalam e rotulam os alimentos vendidos diretamente
aos consumidores, a informação do rótulo ou dos alergênicos é geralmente gerada e fornecida no local, e muitas
vezes no ponto de compra. Os operadores do varejo e dos serviços de alimentação devem implementar
procedimentos para garantir que os rótulos dos produtos sejam precisos e que os rótulos/informações corretos
dos produtos sejam fornecidos no momento de embalar/rotular os produtos. Eles devem implementar
procedimentos para segregar e reembalar ou re-etiquetar produtos ou destruir produtos alimentícios que tenham
sido rotulados incorretamente.
5.2.2.4 Monitoramento e Verificação
Os supervisores dos trabalhadores das áreas de preparação e serviço nas operações de varejo e serviço de
alimentação devem verificar periodicamente se os trabalhadores estão seguindo os procedimentos estabelecidos
para prevenir ou minimizar o potencial de contato cruzado de alergênicos e informar o consumidor sobre
alergênicos em alimentos, incluindo a aplicação do rótulo apropriado aos alimentos embalados e o fornecimento
das informações relevantes com respeito a alimentos não embalados. Uma revisão regular dos ingredientes,
receitas e rótulos, para garantir a precisão das informações sobre alergênicos, também deve ser realizada
5.2.2.5 Desenvolvimento e mudança de produtos
Ao introduzir um novo produto ou receita com um perfil alergênico diferente, os procedimentos para minimizar o
contato cruzado de alergênicos devem ser revisados e possivelmente revisados novamente. Os trabalhadores
que manipulam esses alimentos, em particular aqueles que têm interação direta com os clientes, devem ser
informados sobre as mudanças em tempo hábil. Informações sobre alergênicos em cardápio e websites também
devem ser atualizadas.
ou minimizar a probabilidade de contato cruzado de alergênicos entre alimentos com diferentes perfis de P
alergênicos. Além disso, os fornecedores devem garantir que todos os alergênicos alimentares, incluindo osA
alergênicos utilizados em ingredientes que utilizam para fabricar outro produto, estejam listados nas informaçõesG
do produto ou no rótulo do produto terminado (por exemplo, leite em um ingrediente de mistura de especiariasE
usado em um alimento) e devem ter processos no local para gerenciar a rotulagem dos alergênicos. 2
Os fabricantes devem ter programas implementados para avaliar os controles de alergênicos dos fornecedores
quando necessário, por exemplo, um questionário/pesquisa ao fornecedor e/ou uma auditoria para avaliar o perfil
de alergênicos dos alimentos produzidos na fábrica do fornecedor e o plano de gerenciamento de alergênicos,
incluindo controles de contato cruzado de alergênicos e programas de limpeza. Uma especificação, certificado
de análise ou garantia do fornecedor periodicamente, ou com cada lote, também pode ser útil para abordar o
controle de alergênicos alimentares por um fornecedor, assim como realizar testes ocasionais para alergênicos
não declarados quando necessário para verificação.
Os fabricantes devem ter procedimentos/políticas implementados para que os fornecedores os notifiquem, em
tempo hábil, de quaisquer mudanças na operação do fornecedor que possam afetar o perfil de alergênico do
ingrediente (por exemplo, uma mudança na formulação que afete o perfil de alergênico ou a introdução de um
novo alergênico no estabelecimento do fornecedor, particularmente se esse alergênico for usado na mesma linha
que o ingrediente fornecido ao fabricante). Os fabricantes devem ter um procedimento/política para garantir que
qualquer mudança no fornecedor seja acompanhada de uma revisão do(s) produto(s) fornecido(s) com relação
ao programa de controle de alergênicos desse fornecedor.
Os alimentos recebidos que são, ou que contém, alergênicos devem ser rotulados para identificar os alergênicos
presentes usando termos comuns (por exemplo, "leite" quando a caseína é um ingrediente). Os fabricantes
devem rever os rótulos e documentos que acompanham os ingredientes (incluindo ingredientes usados em
pequenas quantidades, como misturas de especiarias e sabores) para confirmar que o ingrediente contém apenas
o(s) alergênico(s) alimentar(es) esperado(s). Deve ser dada atenção especial às embalagens de ingredientes
pré-misturados de múltiplos componentes onde as informações sobre alergênicos podem ser difíceis de localizar
na embalagem.
Os fabricantes devem inspecionar os ingredientes, especialmente os que contêm alergênicos, após o
recebimento para garantir que os recipientes estejam intactos e que o conteúdo não tenha vazado ou se
espalhado. Se os recipientes apresentarem vazamentos, rasgos ou outros defeitos, os fabricantes devem
inspecionar os recipientes próximos para verificar a existência de contato cruzado de alergênicos. Os fabricantes
devem rejeitar (ou descartar adequadamente) os ingredientes quando um recipiente não estiver intacto ou houver
evidência de contato cruzado de alergênico, ou manusear os recipientes danificados de forma a prevenir ou
minimizar o potencial de contato cruzado de alergênico (por exemplo, colocar um recipiente danificado dentro de
outro recipiente, ou mover o conteúdo do recipiente danificado para um recipiente diferente).
Os fabricantes devem identificar claramente os ingredientes que contém alergênicos usando um sistema que
possa distinguir adequadamente entre ingredientes com diferentes perfis de alergênicos alimentares (por
exemplo, etiquetas ou código de cores de caixas/paletes/sacos) para alertar os trabalhadores de que esses
materiais estão sujeitos a precauções especiais e procedimentos de manuseio em todo o estabelecimento. A
probabilidade de contato cruzado de alergênicos de auxiliares de processamento (tais como agentes
desmoldantes que podem conter soja) deve ser avaliada para determinar se são necessárias precauções
especiais e procedimentos de manuseio.
Devem ser usados recipientes seguros e fechados para armazenar ingredientes que contenham alergênicos e
auxiliares de processamento. Os fabricantes devem separar os ingredientes que contém alergênicos com base
no tipo de alergênico e dos ingredientes que não contém alergênicos, por exemplo, em uma sala ou área de
armazenamento dedicada do estabelecimento, ou em baias ou áreas de armazenamento separadas de uma sala
de armazenamento. Quando isso não for viável, os ingredientes que contém alergênicos devem ser armazenados
abaixo daqueles que não contém alergênicos para prevenir ou minimizar a oportunidade de contato cruzado de
alergênicos em caso de derramamento ou vazamento.
5.3.2 Varejo e Serviços de Alimentação
Os operadores de varejo e de serviços de alimentação devem comprar ingredientes em que o perfil de alergênico
seja conhecido, por exemplo, alimentos embalados que listam todos os ingredientes. Como exemplo, se uma
embalagem de cogumelos porcini secos e mistura de ervas não listar o conteúdo, então o produto não deve ser
utilizado. O fornecimento de ingredientes do mesmo fornecedor pode evitar ou minimizar mudanças no perfil de
alergênicos dos alimentos fornecidos.
● retrabalho;
● limpeza (Procedimentos Padrão de Operação (PPOs)) e documentação de que a limpeza foi feita);
● procedimentos de liberação de linha para o rótulo e remoção do material de embalagem na troca de
CXC 80-2020
produto; P
● registos de rótulo da embalagem e impressão de manufatura; A
G
● dados de validação para eficácia da limpeza de alergênico; E
● atividades de verificação (incluindo quaisquer resultados de testes analíticos para alergênicos); 2
limpo) e, quando viável e apropriado, por meio de um programa de teste analítico (consulte a Seção 6.5 P
deste Código). A
A introdução de água em algumas instalações e equipamentos pode resultar em problemas microbiológicos.G
Alguns procedimentos de produção incluem uma técnica de limpeza em que o produto subsequente, é produzidoE
após passagem de um ingrediente inerte, como, por exemplo o açúcar, o sal ou um ingrediente alergênico, como2
farinha de trigo, que será um ingrediente no produto subsequente empurrado através do sistema para remover
resíduos de alimentos. Onde o uso de testes de alergênicos for viável e apropriado, o material usado para limpeza,
ou o primeiro produto produzido na linha, deve ser avaliado para demonstrar que um alimento alergênico de uma
produção anterior foi adequadamente removido por este processo.
Empresas de Alimentos devem desenvolver procedimentos de limpeza de alergênicos para serem seguidos na
linha de fabricação quando ocorrer derramamento de ingredientes alergênicos.
Empresas de Alimentos devem manter registros de limpeza, incluindo resultados de testes e revisá-los para
verificar se os procedimentos de limpeza foram devidamente realizados e os alergênicos adequadamente
removidos.
6.2.2 Serviços de Alimentação
Empresas de Alimentos devem desenvolver procedimentos de limpeza de alergênicos para a preparação de
serviços de alimentação, para áreas de armazenamento e exposição, a serem seguidos em caso de
derramamento de alimentos que contenham alergênicos.
6.3 Programas de controle de pragas
Consulte os Princípios Gerais de Higiene de Alimentos (CXC 1-1969).
Além disso, os programas de controle de pragas não devem usar alergênicos (por exemplo, manteiga de
amendoim, queijo) como isca em armadilhas. É importante que o Operador de serviços de alimentação
conscientize os prestadores de serviços de controle de pragas sobre as preocupações relacionadas ao uso de
alergênicos e potencial contaminação cruzada por alergênicos.
6.4 Gestão de resíduos
As Empresas de Alimentos devem colocar os resíduos que contenham alergênicos em lixeiras cobertas, com
sacos internos ou recipientes que sejam identificados como “resíduos” e manipulado de maneira a prevenir ou
minimizar o potencial de contato cruzado com alergênicos.
6.5 Efetividade do monitoramento
Empresas de Alimentos devem verificar os procedimentos de limpeza, quando possível, para demonstrar que os
procedimentos foram seguidos e que os alergênicos foram efetivamente removidos. Os equipamentos devem ser
inspecionados após cada limpeza para determinar se está visivelmente limpo. Isso é particularmente útil para avaliar
particulados de alergênicos.
Caso a empresa de alimentos use sistemas CIP para limpar tubulações, equipamentos e máquinas, deve haver
verificação de que o sistema CIP está efetivamente removendo alergênicos (por exemplo, teste de amostras de
enxágue ou testes de SWAB).
Empresas de Alimentos devem realizar testes periodicamente, a fim de detectar resíduos de alimentos que
permanecem nas superfícies após a limpeza, bem como verificar se os procedimentos de limpeza foram devidamente
implementados e são eficazes. Onde viável, esses testes devem incluir o uso de um kit de teste específico para
alergênicos (se houver um disponível para o (s) alergênico (s) de interesse na matriz de alimentos). Os testes devem
ser adequados ao objetivo, ou seja, adequados para o alergênico-alvo, por exemplo, caseína (proteína do leite) não
deve ser usado quando o soro de leite (outra proteína do leite) é o alergênico em questão e o teste deve ser validado
para trabalhar com a matriz do alimento em questão. As Empresas de Alimentos devem saber o limite de detecção
do teste usado e a especificidade do teste. Se necessário, as Empresas devem obter orientação especializada sobre
a interpretação dos resultados (por exemplo, do fornecedor de kit de teste ou laboratório de teste credenciado).
CXC 80-2020
P
SEÇÃO VII - FUNDAMENTO: HIGIENE PESSOAL A
G
E
PRINCÍPIO: 2
As Empresas de Alimentos devem considerar o potencial de contaminação cruzada de produtos com materiais
alergênicos por meio de manipuladores de alimentos. Por exemplo, manipuladores de alimentos podem se tornar
uma fonte de contaminação cruzada com alergênicos, se alergênicos estiverem presentes em sua pele ou roupas,
pois serão transferidos diretamente para os alimentos. Os alergênicos presentes como produtos secos (pós) são
mais propensos a serem transferidos pelas pessoas que manipulam alimentos do que os líquidos não voláteis
contendo alergênicos.
As Empresas de Alimentos devem garantir que o pessoal seja treinado para lavar as mãos durante o manuseio
de alimentos com diferentes tipos de alergênicos ou após ter entrado em contato com outras fontes de alergênicos
potenciais. Quando luvas são usadas, considere trocar regularmente para reduzir a probabilidade de contato
cruzado com alergênicos.
7.1 Fabricação
Sempre que necessário, os manipuladores de alimentos devem usar roupas exclusivas em áreas onde
alergênicos são manuseados e há uma alta probabilidade de contato cruzado com alergênicos. O uso desta roupa
deve ser restrito a estas áreas. Pode ser apropriado identificar visualmente quais funcionários trabalham nas
linhas de processamento com diferentes tipos de alergênicos (por exemplo, roupas ou toucas para o cabelo com
cores diferenciadas por tipo de alergênico).
O pessoal não deve ter permissão para trazer alimentos ou bebidas para áreas onde o produto, ingredientes ou
embalagem primária estejam expostos, pois, esses alimentos podem conter alergênicos e resultar em
contaminação cruzada.
7.2 Serviços de Alimentação
Quando não for viável designar manipulador único para preparar um alimento alergênico (por exemplo, manipular
camarões), certifique-se de que as mãos dele estejam bem limpas; que, se estiver usando luvas, o manipulador
troque de luvas; e, quando apropriado, mude de roupa antes de manusear outro alimento com um tipo de
alergênico diferente.
PRINCÍPIO:
Alimentos contendo alergênicos devem ser gerenciados durante o transporte para evitar a
contaminação cruzada.
8.1 Geral
Os alimentos que estão sendo distribuídos devem ser adequadamente armazenados ou embalados para proteger
contra a contaminação cruzada de alergênicos.
As empresas de alimentos responsáveis pelo alimento a ser transportado, devem garantir que o transportador tenha
instruções claras para agir em caso de situações potenciais de contato cruzado entre alergênicos.
O transportador deve ter procedimentos em vigor para assegurar a integridade dos itens que está transportando.
CXC 80-2020
P
A
8.2 Requerimentos G
Os alimentos a serem transportados, devem ser organizados de forma que produtos embalados com diferentesE
tipos de alergênicos sejam transportados separadamente. Se isso não for possível, considere outros meios de2
segregar os alimentos, como por exemplo, inserir uma cobertura sobre os paletes (exemplo: usar um saco plástico
para cobrir todos os paletes) para reduzir a probabilidade de contato cruzado com alergênico, empilhar alimentos
não alergênicos em cima de alimentos alergênicos ou embalar os alimentos usando sacos ou sacolas resistentes
com invólucro de plástico. Empresas de alimentos devem comunicar claramente as instruções especiais sobre
alergênicos aos transportadores escolhidos. Por exemplo: não permitir o transporte misto de mercadorias, quando
houver possibilidade de contato cruzado com alergênicos
O transportador deve demonstrar compreensão clara dos alimentos que irá transportar e garantir que o pessoal
envolvido possa identificar e compreender potenciais situações de risco de contato cruzado de alergênicos.
8.3 Uso e manutenção
Veículos como tanque carga usados para transportar líquidos (exemplo: leite fresco, misturas lácteas, ovos
líquidos, óleos, água) devem ser adequadamente limpos entre as cargas para prevenir ou minimizar
contaminação cruzada com alérgenos. Em alguns casos, tanque carga dedicado pode ser melhor, por exemplo,
ao transportar pós secos como farinha de trigo.
Unidades de transporte de alimentos (incluindo acessórios relevantes, conexões) e áreas de carregamento
podem ser inspecionadas e, se necessário, limpas para remover qualquer resíduo do carregamento anterior, na
medida do possível, antes do próximo carregamento. O método de limpeza adotado deve ser apropriado ao tipo
de commodity e ao tipo de alérgeno a ser carregado na unidade.
Carrinhos com bandejas utilizados para transportar alimentos dentro de um estabelecimento de varejo ou serviço
de alimentação ou para consumidores devem ser mantidos limpos entre os usos; exemplo: uma refeição com
omelete de queijo e torradas derramado em um carrinho que não seja limpo adequadamente entre os usos,
podem contaminar a próxima refeição, utensílios ou copos transportados para outro consumidor que tenha alergia
a ovos, leite ou trigo.
Para transporte em escala comercial, um registro deve ser feito quando um veículo foi inspecionado, mesmo se
a limpeza não foi necessária. Se possível, veículos exclusivos devem ser utilizados para transportar ingredientes
alergênicos expostos (abertos) ou a granel, exemplo: nozes frescas.
Derramamentos de alimentos contendo alergênicos que ocorram durante o transporte devem ser limpos o mais
rápido possível para garantir que não haja nenhum contato cruzado subsequente com o alergênico. Se algum
incidente ocorre durante o carregamento, transporte ou descarregamento que possa resultar em contaminação
com alergênico, as circunstâncias devem ser reportadas ao proprietário da mercadoria ou seus clientes para
consideração e para que avisem se medidas específicas são necessárias.
4 Unidade de transporte de alimentos (como descrito no Código de Práticas Higiênicas para Transporte de Alimentos a Granel
ou Alimentos Semi-embalados (CXC 47-2001) refere-se a veículos de transporte de alimentos ou recipientes de contato (como
caixas, contêineres, silo, tanque carga) em veículos, aeronaves, trailers e navios, e outros recipientes de transporte nos quais
alimentos são transportados.
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P
A
SEÇÃO IX – INFORMAÇÕES DO PRODUTO E CONSCIENTIZAÇÃO DO CONSUMIDOR G
E
PRINCÍPIO: 2
Consumidores devem ter acesso a informações adequadas e corretas sobre a natureza do alérgeno
de um alimento. Isso deve garantir que as pessoas com alergias possam evitar alimentos e ingredientes
alergênicos.
P
A
SEÇÃO X – TREINAMENTO G
E
PRINCÍPIO: 2
O pessoal envolvido em operações de alimentos deve ter treinamento suficiente em gestão de alergênicos
alimentares para implementar medidas para prevenir ou minimizar o contato cruzado com alergênicos e
garantir que a rotulagem correta com informações apropriadas sobre estes seja aplicada aos alimentos.
P
10.4 Treinamento de atualização A
G
Refere-se aos Princípios Gerais de Higiene em Alimentar (CXC 1-1969). E
2
www.foodsafetybrazil.org
Voluntários: