Você está na página 1de 5

Estudando o curso de O Estado Democrático de Direito e Dire... https://cursosabeline.com.

br/aluno/estudando/425/4337

Estudando curso de

O Estado Democrático de Direito e Direitos


Fundamentais
Clique em "Módulos" para ver os módulos

Fazer a prova  Módulos  Voltar

 3° Módulo: Classificação dos Direitos Fundamentais


1.2 Direitos Fundamentais

Direitos fundamentais são os considerados indispensáveis à pessoa humana, necessários para assegurar a todos uma existência
digna, livre e igual; a definição desses direitos denominados “fundamentais” envolve diferentes aspectos. Numa acepção material,
podemos afirmar que eles dizem respeito aos direitos básicos que o indivíduo, natural e universalmente, possui em face do Estado; em
acepção formal, os direitos são considerados fundamentais quando o direito vigente em um país assim os qualifica, normalmente
estabelecendo certas garantias para que estes direitos sejam respeitados por todos.

José Joaquim Gomes Canotilho afirma que:

“tal como são um elemento constitutivo do Estado de Direito, os direitos fundamentais são um elemento básico para a realização do
princípio democrático. Mais concretamente: os direitos fundamentais têm uma função democrática dado que o exercício democrático do
poder: 1 - significa a contribuição de todos os cidadãos para o seu exercício (princípio direito de igualdade e da participação política); 2 –
implica participação livre assente em importantes garantias para a liberdade desse exercício (o direito de associação, de formação de
partidos, de liberdade de expressão, são, por ex., direitos constitutivos da próprio princípio democrático; 3 – envolve a abertura do
processo político no sentido da criação de direitos sociais, econômicos e culturais, constitutivo de uma democracia econômica, social e
cultural. Realce-se esta dinâmica dialética entre os direitos fundamentais e o princípio democrático. Ao pressupor a participação igual
dos cidadãos, o princípio democrático entrelaça-se com os direitos subjetivos de participação e associação, que se tornam, assim,
fundamentos funcionais da democracia.

Aludido autor entende ainda que os direitos fundamentais, como direitos subjetivos de liberdade, criam um espaço pessoal contra o
exercício de poder antidemocrático, e como direitos legitimadores de um domínio democrático asseguram o exercício da democracia
mediante a exigência de garantias de organização e de processos com transparência democrática (princípio maioritário, publicidade
crítica, direito eleitoral). Por fim, como direitos subjetivos a prestação sociais, econômicas e culturais, os direitos fundamentais
constituem dimensões impositivas para o preenchimento intrínseco, através do legislador democrático, desses direitos.

1.2.1. Evolução Histórica e Aspectos Conceituais

A história dos direitos fundamentais está diretamente ligada ao aparecimento do constitucionalismo, no final do século XVIII, que,
entretanto, herdou da idade média as idéias de contenção do poder do Estado em favor do cidadão, sendo exemplo mais relevante
neste sentido a célebre Magna Carta, escrita na Inglaterra, em 1215, pela qual o Rei João Sem Terra reconhecia alguns direitos dos
nobres, limitando o poder do monarca.

Numa breve abordagem histórica da evolução dos direitos fundamentais encontraremos traços gerais das primeiras declarações de
direitos e nas cartas de franquia da Idade Média, que continham enumerações de direitos.

Desde a Revolução de 1789, as declarações de direitos são um dos traços do Constitucionalismo, como observa Manoel Gonçalves
Ferreira Filho: a opressão absolutista foi a causa próxima do surgimento das Declarações. Destas a primeira foi a do Estado da Virgínia,
votada em junho de 1776, que procurava estabelecer os direitos fundamentais do povo norte-americano, tais como a liberdade, a
igualdade, eleição de representantes etc., servindo de modelo para as demais na América do Norte embora a mais conhecida e influente
seja a dos "Direitos do Homem e do Cidadão", editada em 1789 pela Revolução Francesa.

Com a Revolução Francesa, em 1789, se acentuaram os movimentos e documentos escritos que buscavam garantir aos cidadãos os
seus direitos elementares em face da atuação do poder público. Como dito, um dos documentos mais conhecidos neste sentido foi a
denominada Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, de 1789, produto daquela revolução ocorrida em território francês.
Assim, mister se faz ressaltar que no século XVIII foram feitas conquistas substanciais e definitivas, contudo o surgimento das
liberdades públicas tem como ponto de referência duas fontes primordiais: o pensamento iluminista da França e a Independência
Americana.

Em 1948, logo após a 2ª Guerra Mundial, a Organização das Nações Unidas fazia editar a Declaração Universal dos Direitos do Homem,
estendendo para praticamente todo o mundo o respeito e a proteção aos direitos fundamentais do ser humano.

1 of 5 03/03/2020 22:58
Estudando o curso de O Estado Democrático de Direito e Dire... https://cursosabeline.com.br/aluno/estudando/425/4337

A Declaração Universal dos Direitos do Homem de 1948, preocupou-se, fundamentalmente, com quatro ordens de direitos individuais,
conforme assevera Celso Ribeiro Bastos: "Logo no início, são proclamados os direitos pessoais do indivíduo: direito à vida, à liberdade
e à segurança. Num segundo grupo encontram-se expostos os direitos do indivíduo em face das coletividades: direito à nacionalidade,
direito de asilo para todo aquele perseguido (salvo os casos de crime de direito comum), direito de livre circulação e de residência,
tanto no interior como no exterior e, finalmente, direito de propriedade. Num outro grupo são tratadas as liberdades públicas e os
direitos públicos: liberdade de pensamento, de consciência e religião, de opinião e de expressão, de reunião e de associação, princípio
na direção dos negócios públicos. Num quarto grupo figuram os direitos econômicos e sociais: direito ao trabalho, à sindicalização, ao
repouso e à educação".

Para José Joaquim Gomes Canotilho, as expressões ‘direitos do homem’ e ‘direitos fundamentais’ são freqüentemente utilizadas como
sinônimas. Segundo a sua origem e significado poderíamos distingui-las da seguinte maneira: direitos do homem são direitos válidos
para todos os povos e em todos os tempos (dimensão jusnaturalista-universalista); direitos fundamentais são os direitos do homem,
jurídico-institucionalmente garantidos e limitados espaço-temporalmente.

Sem dúvida que a causa principal do reconhecimento de direitos naturais e intangíveis em favor do indivíduo é de ordem filosófico-
religiosa. Uma grande contribuição é tributada ao Cristianismo, com a idéia de que cada pessoa é criada à imagem e semelhança de
Deus; portanto, a igualdade fundamental natural entre todos os homens.

Norberto Bobbio afirma que:

a Declaração Universal representa a consciência histórica que a humanidade tem dos próprios valores fundamentais na segunda metade
do século XX. É uma síntese do passado e uma inspiração para o futuro: mas suas tábuas não foram gravadas de uma vez para sempre.

Paulo Bonavides, discorrendo sobre a importância das declarações dos direitos do homem e enaltecendo aquela nascida na França,
alega que:

Constatou-se então com irrecusável veracidade que as declarações antecedentes de ingleses e americanos podiam talvez ganhar em
concretude, mas perdiam em espaço de abrangência, porquanto se dirigiam a uma camada social privilegiada (os barões feudais),
quando muito a um povo ou a uma sociedade que se libertava politicamente, conforme era o caso das antigas colônias americanas, ao
passo que a Declaração francesa de 1789 tinha por destinatário o gênero humano. Por isso mesmo, e pelas condições da época, foi a
mais abstrata de todas as formulações solenes já feitas acerca da liberdade. O teor de universalidade da Declaração recebeu, aliás, essa
justificativa lapidar de Boutmy: Foi para ensinar o mundo que os franceses escreveram; foi para o proveito e comodidade de seus
concidadãos que os americanos redigiram suas Declarações.

Assim, podemos afirmar que os direitos fundamentais são o resultado de um longo processo histórico, de uma lenta evolução. Eles
não nasceram em uma data específica e nem foram engendrados em um único país, embora alguns momentos da história e certos
Estados possam ser mencionados como relevantes para seu surgimento e fortalecimento.

Em verdade, porém, como já mencionado, esses direitos do ser humano deitam suas raízes mais longínquas no cristianismo, que
contribuiu enormemente para que o homem fosse visto e tratado de forma isonômica, uma vez que a doutrina cristã prega que o
homem foi criado à imagem e semelhança de Deus, valorizando assim a criação divina e permitindo-lhe que adquirisse respeito e fosse
tratado de forma digna.

Nessa evolução histórica, surgiram várias declarações de direitos do homem, como as já mencionadas Magna Charta Libertatum
(1215), a Declaração americana (1776), a francesa (1789), e a Declaração da ONU (1948), que, certamente, influenciaram o surgimento
das proteções jurídicas dos direitos fundamentais em outros países.

Para José Afonso da Silva, Direitos Fundamentais são "situações jurídicas, objetivas e subjetivas, definidas no direito positivo, em prol
da dignidade, igualdade e liberdade da pessoa humana". Melhor dizendo: "São direitos constitucionais na medida em que se inserem no
texto de uma constituição ou mesmo constem de simples declaração solenemente estabelecida pelo poder constituinte”. São direitos
que nascem e se fundamentam, portanto, da soberania popular. Eis algumas características dos Direitos Fundamentais:

(1) Historicidade. São históricos como qualquer direito. Nascem, modificam-se e desaparecem. (...); (2) Inalienabilidade. São direitos
intransferíveis, inegociáveis, porque não são de conteúdo econômico patrimonial. Se a ordem constitucional os confere a todos, deles não
se pode desfazer, porque são indisponíveis; (3) Imprescritibilidade. (...) Vale dizer, nunca deixam de ser exigíveis. Pois prescrição é um
instituto jurídico que somente atinge os direitos de caráter patrimonial, não a exigibilidade dos direitos personalíssimos, ainda que não
individualistas, como é o caso; (4) Irrenunciabilidade. Não se renunciam direitos fundamentais. Alguns deles podem até não ser
exercidos, pode-se deixar de exercê-los, mas não se admite que sejam renunciados.

No Brasil, face a nova concepção acerca dos direitos fundamentais, anteriormente mencionada, foi também incorporada às
Constituições Brasileiras, de modo que, dentro do direito constitucional positivo, a Constituição elenca os princípios fundamentais da
República Federativa do Brasil. A primeira Constituição, diz Manoel Gonçalves Ferreira Filho, a adotar, em seu texto, essa inspiração foi
da de 1934, no que foi seguida pelas posteriores. As anteriores – 1824 e 1891 – como era de se esperar, manifestavam em seu texto o
apego à concepção individualista dos direitos fundamentais.

Vale mencionar que a Constituição de 1988 classifica dos Direitos Fundamentais em cinco grupos: Direitos Individuais; Coletivos;
Sociais; à Nacionalidade e Políticos.

Os direitos fundamentais são as bússolas das Constituições; não há constitucionalismo sem direitos fundamentais. Afirma Paulo
Bonavides explicando que:

2 of 5 03/03/2020 22:58
Estudando o curso de O Estado Democrático de Direito e Dire... https://cursosabeline.com.br/aluno/estudando/425/4337

a pior das inconstitucionalidades não deriva, porém da inconstitucionalidade formal, mas da inconstitucionalidade material, deveras
contumaz nos países em desenvolvimento ou subdesenvolvidos onde as estruturas constitucionais, habitualmente instáveis e movediças,
são vulneráveis aos reflexos que os fatores econômicos, políticos e financeiros que sobre ela se projetam.

Não resta dúvida de que à margem da teorização, no âmbito exclusivo da realidade de nosso tempo, os obstáculos para a
concretização dos direitos fundamentais e as ameaças de que poderão tornar letais à liberdade enquanto direito fundamental, vem
ganhando espaço e força gradativamente.

Em rigor, diante dos novos perfis empresariais do sistema capitalista, das ofensas ao meio ambiente, da expansão incontrolada de
meios informáticos e, principalmente, da mídia posta a serviço do Estado e das cúpulas hegemônicas da economia, tais ameaças
tendem a se tornar cada vez mais sérias e delicadas, obstaculizando a sobredita concretização dos direitos fundamentais.

Portanto, podemos concluir que os Direitos Fundamentais estão inseridos dentro daquilo que o Constitucionalismo denomina de
princípios constitucionais fundamentais, que são os princípios que guardam os valores fundamentais da Ordem Jurídica. Sem eles, a
Constituição nada mais seria do que um aglomerado de normas que somente teriam em comum o fato de estarem inseridas num
mesmo texto jurídico; de modo que, onde não existir Constituição não haverá também direitos fundamentais.

1.2.2 Classificação dos Direitos Fundamentais

Direitos fundamentais, como já dissemos, em sua acepção formal, são aqueles direitos básicos do indivíduo e do cidadão,
reconhecidos pelo direito positivo do Estado, que exige deste uma abstenção ou uma atuação no sentido de garanti-los. No Brasil, essa
expressão engloba vários direitos, tais como: os individuais, os coletivos, os difusos, os sociais, os nacionais e os políticos.

No entanto, os direitos fundamentais podem ser estudados e concebidos das mais diferentes maneiras. Dentre essas formas,
podemos analisar os referidos direitos dividindo-os em dimensões sob a forma de gerações, como o faz Paulo Bonavides, Norberto
Bobbio e outros doutrinadores.

A primeira geração de direitos dominou o século XIX, e é composta dos direitos de liberdade, que correspondem aos direitos civis e
políticos. Tendo como titular o indivíduo, os direitos de primeira geração são oponíveis ao Estado, sendo traduzidos como faculdades
ou atributos da pessoa humana, ostentando uma subjetividade que é seu traço marcante.

A segunda geração de direitos, da mesma forma que a primeira, foi inicialmente objeto de formulação especulativa nos campos
político e filosófico, e possuíam grande cunho ideológico.Assim como os de primeira geração dominaram o século XIX, pois tiveram
seu nascedouro nas reflexões ideológicas e no pensamento antiliberal desse século.

Cingidos ao princípio da igualdade – sendo esse a razão de ser daqueles – os direitos de segunda geração são considerados como
sendo os direitos sociais, culturais, coletivos e econômicos, tendo sido inseridos nas constituições das diversas formas de Estados
sociais, portanto dispersos nos textos legais.

Quanto a esses direitos de segunda geração, salienta Paulo Bonavides, in verbis:

atravessaram, a seguir uma crise de observância e execução, cujo fim parece estar perto, desde que recentes constituições, inclusive a do
Brasil, formularam o preceito da aplicabilidade imediata dos direitos fundamentais. De tal sorte, os direitos da segunda geração tendem a
tornar-se tão justificáveis quanto os da primeira; pelo menos esta é a regra que já não poderá ser descumprida ou ter sua eficácia
recusada com aquela facilidade de argumentação arrimada no caráter programático da norma.

Os direitos de terceira geração (fraternidade ou solidariedade) são identificados como sendo o direito ao desenvolvimento, o direito à
paz, o direito ao meio ambiente, o direito de propriedade sobre o patrimônio comum da humanidade e o direito de comunicação.

Tecendo comentários sobre a terceira geração de direitos, Norberto Bobbio, comenta que para Celso Lafer, os direitos de terceira
geração são direitos cujos sujeitos não são os indivíduos, mas sim, os grupos de indivíduos, grupos humanos como a família, o povo, a
nação e a própria humanidade.

Lançadas as bases por Paulo Bonavides, tem-se que a "globalização política na esfera da normatividade jurídica introduz os direitos de
quarta geração, que, aliás, correspondem à derradeira fase de institucionalização do Estado social".

Segundo ele, os direitos da quarta geração consistem no direito à democracia, direito à informação e o direito ao pluralismo. Deles
depende a materialização da sociedade aberta do futuro, em sua dimensão de máxima universalidade, para a qual parece o mundo
quedar-se no plano de todas as afinidades e relações de coexistência.

Enquanto direito de quarta geração, a democracia positivada há de ser, necessariamente, uma democracia direta, que se torna a cada
dia mais possível, graças aos avanços tecnológicos dos meios de comunicação, e sustentada legitimamente pela informação correta e
aberturas pluralistas do sistema. É de se lembrar, também, que deve ser uma democracia isenta, livre das contaminações, vícios e
perversões da mórbida mídia manipuladora.

Assim, podemos dizer que os direitos da segunda, terceira e quarta geração, além de dispersos em todo texto legal jurídico, não se
interpretam, mas sim, concretizam-se. E é no seio dessa materialização, dessa solidificação, que se encontra o futuro da globalização
política, o início de sua legitimidade e a força que funde os seus valores de libertação. Enfim, conforme enfatiza Paulo Bonavides, "os
direitos da quarta geração compendiam o futuro da cidadania e o porvir da liberdade de todos os povos. Tão-somente com eles será
legítima e possível a globalização política".

3 of 5 03/03/2020 22:58
Estudando o curso de O Estado Democrático de Direito e Dire... https://cursosabeline.com.br/aluno/estudando/425/4337

Essas gerações, numa primeira análise, representariam a conquista pela humanidade de três espécies de direitos fundamentais,
amparada nos ideais divulgados especialmente na Revolução Francesa, os quais se resumiam no lema “liberdade, igualdade e
fraternidade”. Coincidentemente, cada uma dessas expressões representaria uma geração de direitos a ser conquistada.

Portanto, podemos concluir em breve resumo que os direitos fundamentais de primeira geração corresponde àqueles direitos básicos
dos indivíduos relacionados a sua liberdade, considerada em seus vários aspectos, buscando também controlar e limitar os
desmandos do governante, de modo que este respeite as liberdades individuais da pessoa humana. A segunda geração, por sua vez,
fundada na idéia da igualdade, significa uma exigência ao poder público no sentido de que este atue em favor do cidadão, cobrando
uma prestação positiva do Estado aos chamados direitos sociais, direitos não mais considerados individualmente, mas sim de caráter
econômico e social.

E, ainda, a terceira geração, que corresponde a fraternidade, que representa a evolução dos direitos fundamentais para alcançar e
proteger aqueles direitos decorrentes de uma sociedade já modernamente organizada, que se encontra envolvida em relações de
diversas naturezas, especialmente aquelas relativas à industrialização e densa urbanização; assim, podemos mencionar: o direito ao
desenvolvimento, o direito à paz, o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, o direito à comunicação, os direitos dos
consumidores e vários outros direitos especialmente aqueles relacionados a grupos de pessoas mais vulneráveis (a criança, o idoso, o
deficiente físico, etc). Por derradeiro, uma quarta geração de direitos fundamentais, identificada por vários autores, que decorreria da
atual globalização desses direitos, tais como a democracia, o direito à informação e ao pluralismo.

Paulo Bonavides esclarece que:

via de regra, todo direito fundamental concreto demanda, para sua interpretação, o exame dos seguintes aspectos: o aspecto
objetivoinstitucional, por exemplo, no caso da Família; o da prestação estatal, haja vista o direito de acesso à cultura: o direito
fundamental à prestação jurisdicional, e, finalmente o aspecto da vertente subjetiva que opera no caso de liberdade religiosa, unida,
porém, ao status corporativus, como exemplificado pela igreja e comunidades religiosas.

Com igual energia e clareza elucidativa, da gênese hermenêutica, dos direitos fundamentais na sede de sua teorização, arremata ele:

É um processo ordinário no Estado constitucional o nascimento e a morte das teorias dos direitos fundamentais. O que deve permanecer
é a idéia da proteção pessoal. E todas as teorias dos direitos fundamentais devem colocar-se a serviço da mesma.

Com efeito, tem razão o constitucionalista: as teorias dos direitos fundamentais nascem e morrem com os regimes políticos, com as
ideologias, com os teoristas dos Estado, com os filósofos do poder e com os pensadores políticos.

Paulo Bonavides conclui afirmando que,

as teorias modernas e contemporâneas, não importam a sua diversidade, só terão acolhida no constitucionalismo do Estado democrático
se tiverem por elemento primário e base de legitimação a liberdade nas quatro dimensões que a dogmática evolutiva daqueles direitos
ostenta, e que já foram referidas também sob a designação de direitos de quatro gerações, isto é, direitos individuais, sociais, do
desenvolvimento, da paz e do meio ambiente e, de último, despontando no horizonte social e político, os direitos da quarta geração, a
saber, a democracia, o pluralismo e a informação. 

Clique no módulo abaixo que deseja estudar:

 1° Módulo: Introdução

 2° Módulo: O surgimento do Estado

 3° Módulo: Classificação dos Direitos Fundamentais

 4° Módulo: Devido Processo Legal e os Princípios Constitucionais do Processo Civil

 5° Módulo: Principio do Contraditório e da Ampla Defesa

 6° Módulo: O Contraditório na Execução

 7° Módulo: O Contraditório na Impugnação, Exceção de Pré-executividade e Embargos do Devedor

 8° Módulo: Referências Bibliográficas

4 of 5 03/03/2020 22:58
Estudando o curso de O Estado Democrático de Direito e Dire... https://cursosabeline.com.br/aluno/estudando/425/4337

Copyright © 2014-2019 - Todos os direitos reservados.

 Associação Brasileira de Educação Online

5 of 5 03/03/2020 22:58

Você também pode gostar