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Discentes: Docente:
Bermino Cardoso Eng.° Edelino Gulherme Foquiço
Délio Amós Bahule
Rafael Zangado
Rui das Bênçãos e Mawanda
José Francisco
BERMINO CARDOSO
DÉLIO AMÓS BAHULE
RAFAEL ZANGADO
RUI DAS BÊNÇÃOS E MAWANDA JOSÉ FRANCISCO
Dedicatória
Agradecimento
O ISPSongo tem o direito, perpétuo e sem limites geográficos, de arquivar e publicar este
Trabalho, e de a divulgar através de repositórios científicos e de admitir a sua cópia e
distribuição em objetivos didático, educacionais ou de investigação, não comerciais, desde
que sejam dados créditos aos autores e editores.
Resumo
Estas perdas são denominadas localizadas, acidentais ou singulares, pelo fato de decorrerem
especificamente de pontos ou partes bem determinadas da tubulação ao contrário do que
ocorre com as perdas em consequência do escoamento ao longo dos encanamentos.
Índice Págs.
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 10
CONTEXTUALIZAÇÃO ........................................................................................................... 10
ESTRUTURA DO TRABALHO ................................................................................................ 10
METODOLOGIA ....................................................................................................................... 10
OBJETIVOS ............................................................................................................................... 11
OBJETIVO GERAL ..................................................................................................................... 11
OBJETIVOS ESPECÍFICOS .......................................................................................................... 11
1. PEÇAS ESPECIAIS ................................................................................................................ 12
1.1. ALARGAMENTOS E ESTREITAMENTO ............................................................................... 12
1.1.1. Alargamento brusco .................................................................................................. 12
1.1.2. Estreitamento brusco................................................................................................. 13
1.2. COTOVELOS E CURVAS ..................................................................................................... 15
1.3. VÁLVULA DE PÉ COM CRIVO ............................................................................................ 17
1.4. ACESSÓRIO TÊ .................................................................................................................. 18
2. ÓRGÃOS DE MANOBRA E SEGURANÇA (O.M.S).......................................................... 20
2.1. (O.M.S) NECESSÁRIOS AO FUNCIONAMENTO EM REGIME PERMANENTE ......................... 20
2.1.1. Válvulas de seccionamento ....................................................................................... 20
2.1.1.1. Válvula de cunha ou de corrediça ...................................................................... 20
2.1.1.2. Válvulas de borboleta ......................................................................................... 23
2.1.2. Válvulas de retenção ................................................................................................. 24
2.1.3. Descargas de fundo ................................................................................................... 27
2.1.4. Ventosas (válvulas de expulsão e/ou admissão de ar) .............................................. 28
2.1.5. Dispositivos Redutores de Pressão ........................................................................... 31
2.1.6. Válvulas cilíndricas e esféricas ................................................................................. 33
2.1.6.1. Válvulas cilíndricas ............................................................................................ 33
2.1.6.2. Válvulas esféricas ............................................................................................... 34
2.1.7. Maciço de Amarração ............................................................................................... 35
2.1.8. Maciço de Ancoragem ............................................................................................... 36
2.1.9. Registo de Gaveta...................................................................................................... 38
2.1.10. Válvula de Agulha ................................................................................................... 39
2.2. (O.M.S) NECESSÁRIOS AO FUNCIONAMENTO EM REGIME VARIÁVEL............................... 40
2.2.1. Volante de Inércia Acoplado às Bombas .................................................................. 40
2.2.2. Chaminé de Equilíbrio .............................................................................................. 41
2.2.3. Reservatório de Ar Comprimido ............................................................................... 41
2.2.4. Válvulas de Segurança ou Alívio............................................................................... 42
2.2.5. Bombas Reversíveis ................................................................................................... 43
2.2.6. By-Pass ...................................................................................................................... 44
2.2.7. Hidrantes ................................................................................................................... 44
2.2.7.1. Hidrante tipo coluna ........................................................................................... 45
2.2.7.2. Hidrante tipo subterrâneo ................................................................................... 45
3. CONCLUSÃO ........................................................................................................................ 47
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................... 48
Introdução
Contextualização
Estrutura do trabalho
Metodologia
Objetivos
Objetivo geral
Objetivos específicos
1. Peças Especiais
A mudança de diâmetro em uma linha de tubulação pode ser feita de modo brusco ou
gradual, seja por aumento (alargamento) ou diminuição (estreitamento) da secção transversal.
Neste caso a perda localizada ocorre pela desaceleração do fluido no trecho curto
entre as secções 1 e 2, de áreas A1 E A2, respetivamente.
Como foi referido, a mudança de diâmetro de uma tubulação pode ser de maneira
gradual ou brusca. Quando essa mudança ocorre na forma de um alargamento brusco, a perda
de carga se dá pela desaceleração do fluido no trecho.
Aumentos bruscos de secção podem ocasionar perdas de carga, cujos valores são
apresentados na tabela abaixo.
D/d 1.2 1.4 1.6 1.8 2.0 2.5 3.0 4.0 5.0 10.0 ∞
K 0.10 0.24 0.37 0.47 0.55 0.66 0.77 0.85 0.89 0.98 1.00
Tabela 01: Valores do coeficiente K para alargamento brusco
Fonte: Manual de Pascoal Silvestre (Hidráulica Básica)
A2/A1 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1.0
K 0.50 0.46 0.41 0.36 0.30 0.24 0.18 0.12 0.06 0.02 0.0
Tabela 03: Valores do coeficiente K para passagem de um reservatório para uma tubulação
Fonte: Manual de Rodrigo Porto (Hidráulica Básica)
Para Porto (2006), tais conexões, muito utilizadas nas diversas instalações de
transporte de água, produzem perdas localizadas devido à mudança de direção de
escoamento. Pelo efeito da inércia, os filetes tendem a conservar seu movimento retilíneo e
são impedidos pela fonteira sólida da conexão. Esta mudança de direção provoca uma
modificação substancial no perfil de velocidade e, consequentemente, na distribuição de
pressão, de modo que ocorre um aumento de pressão na parte externa da curva com
diminuição da velocidade, e o inverso na parte interna da curva, o que gera um movimento
espiralado das partículas, que persiste por uma considerável distância a jusante da curva
(Ibid).
𝑟 −3,5 ∝
𝐾 = [0,13 + 0,16 ( ) ]√
𝐷 180𝑜
Cotovelos e Curvas K
Cotovelo de 90⁰ raio curto 0,9
Cotovelo de 90⁰ raio longo 0,6
Cotovelo de 45 ⁰ 0,4
Curva de 45⁰ 0,2
Curva 90⁰, r/D = 1 0,4
As Válvulas de Pé com Crivo são instaladas nas partes inferiores das tubulações
verticais que contém sucção por bombas, com o objetivo de reter partículas sólidas e a coluna
de água, quando não houver e quando houver paralisação das bombas, respetivamente,
facilitando dessa forma sua reativação.
D H Massa
DN
(mm) (mm) (Kg)
75 220 205 18
100 260 250 24
150 365 347 49
200 451 420 73
250 517 565 107
300 590 680 150
400 850 823 425
500 930 1048 560
600 1120 1239 820
Válvula de Pé, mantém cheia a tubulação de sucção quando o motor não está em
funcionamento (fluxo unidirecional)
Peças K
Válvula de Pé com Crivo 10 (Porto)
Crivo 0,75
Válvula de Pé 1,75
1.4. Acessório Tê
Peça especial utilizada para executar ligações ou junções entre tubos e /ou conexões de igual
ou diferentes direções. A Peça do tipo Tê é uma das várias que tem a finalidade de fazer
derivações em tubulações. Os coeficientes perdas de carga destes acessórios são apresentadas
nas tabelas abaixo.
Acessório Figura K
0,6
Tê 90o passagem
direta
1,3
Tê 90o passagem
Lateral
1,8
Tê 90o saída Bilateral
Pode se considera se também coeficiente de perda de 0,9 para Tê- passagem direta e
2,0 para saída ou passagem lateral, (PORTO,2006).
Segundo NETO (1998: 125) apresenta as perdas de carga em Tês com base nas
relações de vazões na seguinte tabela:
As condutas devem ter a possibilidade de ser divididas em troços que possam ser
devidamente isolados, por forma a evitar-se o esvaziamento, e posterior reenchimento, de
grande extensão da conduta no caso de ruptura de uma secção. Para tal, deverão instalar-se
válvulas de seccionamento nas seguintes localizações: no início e no fim das condutas, nos
pontos altos (a montante e a jusante de ventosas) e ao longo de condutas longas, de modo a
que o espaçamento entre válvulas não se torne excessivo (tipicamente adoptam-se distâncias
entre 2 á 4 km). As válvulas de seccionamento são fundamentalmente de dois tipos: de cunha
e de borboleta.
a) Vantagens do uso
b) Inconvenientes do Uso
Estas válvulas são constituídas por um corpo cilíndrico e por um disco (borboleta)
girando em voltas de um eixo, horizontal ou vertical (fig. 11).
Segundo Netto (1998, p, 246), a válvula borboleta é um disco preso a um eixo, que
atravessa a tubulação. Tendo um movimento de 90⁰, pode fechar a tubulação ou ficar alinhado
com o escoamento (fig. 12) (Ibid). As válvulas borboletas destinam-se a estar abertas ou
fechadas e admitem grande frequência de uso. A utilização para regular o caudal é uma
improvisação, que não será notada em baixas pressões e quando houver contrapressão
suficiente para não haver cavitação, ou seja, nesses casos não chega a ser uma improvisação,
mas uma opção económica.
Dn 150 200 250 300 350 400 450 500 600 700 800 900 1000 1100 1200
K 0.52 0.59 0.48 0.48 0.48 0.46 0.46 0.42 0.39 0.40 0.38 0.35 0.34 0.30 0.31
a) Vantagens de uso
a) Tipo portinhola (“sewing check valve”) – consiste de um corpo onde báscula uma
portinhola que abre sob a pressão do escoamento de água. Normalmente pode ser
instalada na horizontal ou vertical, sendo preferível na horizontal (fig. 14).
b) Tipo disco ou plugue (“lift check valve”) – é uma válvula de globo ou disco, que a
haste não é roscada e sobe e desce com a acção de gravidade e da pressão do líquido
(fig. 15). Funciona bem quando instalada em trecho de tubo na horizontal com haste
na vertical.
a) Vantagens de uso
CORTE AA
PLANTA
Ventosas simples
Durante a operação normal essa ventosa é suficiente para a expulsão das pequenas
quantidades de ar, não arrastadas pelo escoamento e acumuladas nos pontos elevados. A
ventosa simples (fig. 19) é constituída de uma câmara com um flutuador.
a) Ventosa dupla
Também conhecida como ventosa de tríplice função (fig. 20), é constituída por um
corpo dividido em dois compartimentos (principal e auxiliar), cada um contendo um
flutuador esférico em seu interior, cujas finalidades são:
Para uma mais fácil percepção do funcionamento deste tipo de válvulas observe-se a
figura abaixo. Se a pressão a jusante da válvula, P2, se torna superior ao valor máximo
admissível, a válvula piloto, que é um pequeno redutor de pressão, tenda a fechar-se,
aumentando a pressão P3, que por sua vez vai causar o fechamento da válvula, de modo a
reduzir P2 ao valor pré-estabelecido. Pelo contrário, se P2 diminui o piloto tende a abrir e a
fazer abrir a válvula. Ao atuar deste modo a válvula corrige qualquer perturbação, mantendo
praticamente constante a pressão a jusante.
As câmaras de perda de carga (fig. 23) não são mais do que pequenos reservatórios
intermédios em que uma parte da energia hidráulica do escoamento é dissipada à entrada,
sob a forma de uma perda de carga localizada, e a restante e a restante energia potencial. As
câmaras de perda de carga usam-se com frequência mos escoamentos por gravidade em que
se dispõe de um desnível excessivo.
Nas válvulas cilíndricas a obturação é feita por uma peça cilíndrica movida
verticalmente por meio de um eixo provido de rosca. A peça do obturador tem um orifício
com diâmetro da conduta. Quando o orifício do obturador está alinhado com o eixo da
INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE SONGO (SPSONGO) 33
INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE SONGO (SPSongo)
= Cálculo de Redes de Abastecimento de Água (CRAA) =
𝜽
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 82
(graus)
K -- 0.05 0.29 0.75 1.56 3.10 5.47 9.68 17.3 31.2 52.6 106 206 486 ∞
𝜽
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 67
(graus)
K --- 0.05 0.31 0.88 1.84 3.45 6.15 11.2 20.7 41.0 95.3 275 ∞
Sempre que existam ligações de tubos cujas juntas não permitam a transmissão de
esforços longitudinais é necessário implantar maciços de amarração nos locais onde se
possam originar impulsos hidráulicos.
Este dispositivo consiste numa válvula atuada por uma mola que se abre quando a
pressão se torna superior a um determinado valor. Assim, elas só atuam nas sobreposições,
não produzindo qualquer efeito sobre as depressões.
As bombas reversíveis são bombas que funcionam nos dois sentidos, isto é, no sentido
“normal” funcionam como bombas e em sentido inverso funcionam como turbinas.
2.2.6. By-Pass
2.2.7. Hidrantes
3. Conclusão
4. Referências Bibliográficas
PORTO, Rodrigo de Melo. Hidráulica básica. In: Perda de carga localizada. 4⁰ Edição.
EESC-USP. São Paulo, SP – 2006. Pág. 90-98
TSUTIYA, Milton Tomoyuki. Abastecimento de Água. 3⁰ Edição. 05508 – 900 – São Paulo,
SP. 2006
SILVESTRE, Paschoal. Hidráulica Geral. Editora: S.A. São Paulo, SP. 1905