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E não nos basta ler o texto frio dos rituais, pois os ensinamentos ocultos,
invisíveis, esotéricos estão na leitura das suas entrelinhas, onde estão
conhecimentos novos, sempre possíveis de se obter, a cada releitura. Para
haurirmos os benefícios de uma cerimônia maçônica, intrinsecamente mágica,
a solenidade e a seriedade devem ser assumidas já na Sala dos Passos
Perdidos, quando, antes da entrada Ritualística no Templo, o Mestre de
Cerimônias faz uma breve preleção, convidando a todos a que se entreguem
a uma meditação, a fim de deixarem para trás, os problemas do mundo
profano de onde provêm. Infelizmente, contudo, por não dispormos de tal
espaço, junto às Lojas que se reúnem no Palácio Maçônico, essa parte da
ritualística fica prejudicada. Mas, no início das sessões de nossa Loja, temos
a prática da saudável invocação ao GADU, que visa exatamente atingir-se
esse rompimento entre as condições mentais e espirituais em que estávamos
envolvidos e as necessárias ao bom
desenvolvimento dos nossos trabalhos ritualísticos, o que requer,
contudo,uma atitude compenetrada de diálogo com o G:. A:. D:. U:. Além
disso, é conveniente que alguns costumes sejam evitados, como fumar até à
porta do Templo, mascar chicletes, manter conversas paralelas, cruzar pernas
e braços, ler textos diversos do ritual do grau, etc.
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havendo possibilidade de se alcançar estados alterados do ser. Devemos ter,
durante toda a reunião, uma atitude mais espiritualizada, receptiva, todos nós
compenetrados de nossa condição de iniciados, voltados para nossa
iluminação interior, como forma de fazer parte da Grande Consciência
Cósmica, da Egrégora da Loja. Passemos, pois, a analisar a força do Ritual e
dos Símbolos.
3. A Ritualística:
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Comida leve ou jejum também são indicados, pois favorecerão sobremaneira
as práticas esotéricas da
cerimônia maçônica. “Cobrir”, portanto, é estabelecer uma proteção material e
espiritual. Segundo Rizzardo da Camino, Em Simbolismo do Primeiro Grau,
espiritualmente, essa cobertura mística se dá pela presença do G:. A:. D:. U:.”
Ele afirma também que “só o 1º Vigilante possui a sensibilidade de, após
obtida a informação do Guarda do Templo, sentir se realmente a Loja se
encontra a coberto de toda influência profana, refugiando-se os Irmãos num
recinto que realmente deve ser um Templo, onde os trabalhos serão
encetados sob os auspícios do G:.A:.D:. U:. A sua resposta, autoriza o V:.M:.
a prosseguir nos trabalhos.
“Como deve ser feita essa verificação? O momento também pede solenidade,
concentração e espírito de união. A começar pelo malhete, que deve ser
portado orgulhosamente sobre o coração; o Irmão 1º Vig:. deve honrar a
Coluna da Força que representa, fazendo seu giro com a coluna ereta, passos
firmes e compassados e, principalmente, fixando os irmãos das colunas olhos
nos olhos, para que eles sintam-se integrados na cerimônia mágica e
despertem dentro de si o sentimento de união e de sua importância naquele
momento. Veremos, então, a Egrégora da Loja sendo avivada, revigorada.
Rizzardo da Camino diz que ”não basta que os Irmãos estejam de pé, na
postura exigida e vestindo seu
avental e insígnias da Loja. Não é somente neste aspecto que o 1º Vig:. há de
verificar sobre se os presentes são maçons, porque isso seria muito óbvio. Ser
maçom é irradiar as qualidades mentais e espirituais adquiridas através de
uma vivência maçônica. Embora invisível ao olho comum, a sensibilidade do
1º Vig:. capta essa disposição da alma (semelhante à auréola dos Santos) e
poderá afirmar que, realmente, todos os presentes são Maçons.
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A mesma atitude do 1º Vigilante, durante sua circunvolução no Ocidente, para
certificar-se de que todos os presentes são maçons, deve ser praticada pelos
Irmãos 1º e 2º Diáconos, quando da transmissão da Palavra Sagrada às
Colunas. Transportada pelos Diáconos, a P:. S:. deve merecer desses a mais
absoluta solenidade, estando imbuídos de que carregam uma jóia
preciosíssima,
um tesouro. Assim, os diáconos devem se deslocar pelo templo com postura,
coluna ereta, passos firmes, cabeça erguida, com solenidade. A P:. S:. parte
do Oriente, onde nasce o Sol, berço da luz e da ciência, viaja até o Ocidente
e, finalmente, é confirmada no meridiano. Na cosmologia maçônica, a palavra
se manifesta na origem da Sabedoria e se espalha por todo o Universo,
simbolizado pelo Templo. Embora sussurrada ao ouvido, a palavra é recebida
por todos e em todos se entroniza interiormente. Chegando ao meridiano
intacta e perfeita, o 2º Vig:. anuncia ao 1º Vig:. que, por sua vez, o faz ao V:.
M:. , que a emitiu, estando tudo justo e perfeito, concluindo, assim, a
triangulação necessária à unidade da Loja. Nossas PP:. SS:. não foram
escolhidas ao acaso, mas porque carregam o poder do Verbo (significando a
palavra de Deus ou o próprio Deus) são verdadeiros mantras ou instrumento
da mente. É um som sagrado que irá ativar as três colunas de sustentação de
uma Loja Maçônica - Sabedoria, Força e Beleza. Repetindo mentalmente a P:.
S:. , cada obreiro estará acendendo em seu Espaço Interior as mesmas luzes
que passaram a iluminar a Loja. Fios condutores sutis interligam as vibrações
individuais para ajudar na formação da Egrégora da Loja. É a alma coletiva
vibrando em uníssono por um ideal comum de tornar mais feliz a humanidade.
As palavras sagradas dos graus maçônicos são partículas poderosas do G:.
A:. D:. U:. atuando em nós, liberando vibrações rítmicas e harmônicas com o
Infinito.
Uma vez o Verbo realizado, com a circulação da palavra, ele se instala com a
abertura do Livro da Lei. Trata-se de um dos momentos mais solenes da
cerimônia maçônica, logo após a Transmissão da P:., o preparatório ápice
vibratório dos trabalhos que é a colocação do esquadro e do compasso. Os
Oficiais encarregados devem estar compenetrados de sua responsabilidade.
A forma piramidal ou cônica do Pálio é altamente concentradora de energias.
É recomendável que durante o ato de circulação da palavra e abertura do Livro
da Lei o Irmão M:. de H:. execute uma música suave de fundo. Procede-se,
então, à abertura do L:. L:. e faz-se a leitura do Salmo 133, que incorpora
nesse momento uma ligação espiritual entre Criador e criatura, daí os
costumes maçônicos aceitarem os Livros da Lei de qualquer religião, pois não
é a religião em si que importa, mas o caráter sagrado do Livro que propicia
simbolicamente a ligação Céu-Terra. A colocação do esquadro e do compasso
na disposição do grau sacraliza o espaço físico e temporal do Templo. É o
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instante da comunhão entre os Planos Físico e Divino, já que os dois
instrumentos símbolos da Arte Real, representando o homem maçom, são
depositados sobre a Verdade Revelada, simbolizando o G:. A:. D:. U:.
j.“Em honra ao G:. A:. D:. U:. e a São João, nosso padroeiro...”
k. O Clímax:
Pronunciada a oração, com sentimento, pelo V:. M:. esse conduz, então, os
obreiros a fazerem o sinal e a proferirem a aclamação. Após, cumprida toda a
ritualística de maneira séria, compenetrada, com sentimento, a Loja atinge o
clímax da produção de energia e os obreiros estão tão contentes em iniciar os
trabalhos, tão felizes por estarem novamente reunidos entre irmãos que,
exultantes, extravasam esse regozijo através do sinal do grau e da
exclamação
Huzzé, Huzzé, Huzzé. Segundo José Augusto de Souza, em O grau de
Aprendiz Maçom, Huzzé é o grito de aclamação do maçom escocês. Possui
origem hebraica e significa “força e vigor”. Ela é pronunciada na abertura e
no encerramento dos trabalhos. O que dizer da Egrégora nesse momento?
Está em seu clímax, atingindo alto potencial de energias cósmicas. As funções
de ordem administrativa que vêm a seguir podem, então, iniciar-se e os
pedreiros-livres estarão sublimemente preparados para desenvolver suas
peças de arquitetura e articularem, Entre Colunas, suas ações de construção
social fora de seu espaço
sagrado, a bem da Pátria e da Humanidade.
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m. Circulação do Tronco de Solidariedade:
4. CONCLUSÃO
Bibliografia Consultada:
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