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FREDERICO DE BARROS BROTERO
Do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo;
do Instituto Heráldico Genealógico de São Paulo.

A Família

Monteiro de Barros

SÃO PAULO
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Comemorando as nossas

BODAS DE OURO

25 de Maio de 1901

25 de Maio de 1951

Oferecemos e dedicamos este livro a nossos li-


lhos e netos.

Silvia Monteiro de Barros Brotero


Frederico de Barros Brotero.
-i
PÓRTICO
Descrever'a família Monteiro de Barros com precisão e em
sua totalidade sem deixar escapar um nome, um galho, constitui
tarefa ousada, difícil, para não dizer impossível.
Espalhada por todo o território brasileiro, principalmente
pelos' Estados do centro — Rio, Minas, Espírito Santo e S.
Paulo —• ocupando as mais variadas profissões, disseminada pela
zona urbana dos grandes centros e pela rural dos vastos muni­
cípios do hinterland, exige esforço sobrehumano para coordená-
la, para sistematisá-la em estudo claro e harmonioso. Enche o
espaço de cerca de duzentos anos a linhagem completa de oito
gerações. Suas raizes mergulham até a época remota do perío­
do fecundo da mineração e pelo lado materno até meados do
século 17, na Bahia.
Para a formação das linhas genealógicas que interessam a
êste trabalho influíram notáveis personalidades que exerceram
funções sociais de alto relevo, imprimindo feição moral de rara
magnitude.
O sentimento predominante em todos os representantes é
o profundo espírito conservador e o culto exagerado pelo prin­
cípio de autoridade. Êste zêlo típico e fundamental na família,
explica o fenômeno psicológico, o motivo pelo qual paladinos do
regime monárquico e defensores do trono, se transformaram de
um dia para outro em ativos e dedicados sèrvidores das novas
instituições republicanas, desempenhando com lealdade e compe­
tência os cargos de nomeação e de eleição. Servem à pátria e
não a partidos políticos.
Estudando através da história o desenvolvimento da família,
é curioso e instrutivo verificar que durante gerações sucessivas
emergem indivíduos em evidência perante seus contemporâneos.
Não deparamos, é certo, com personalidades que absorvam a
atenção de tôda a nação, um nome que brilhe fulgurante atraindo
a admiração geral, fascinando as multidões, mas encontramos
sempre patriotas que tomaram feição mais discreta, quase ínti­
ma, no decorrer dos acontecimentos.
Cabe aqui a comparação velha e sediça, sempre verdadeira
e oportuna. Entre os fenômenos naturais, contamos o raio que-
fulgura, ilumina determinada região; temos o trovão que a -todos
impressiona pelo ruído e pelo barulho, cujo eco, porém, vai de
quebrada em quebrada, amortecendo até desaparecer. Ao lado
destes fenômenos existem também acidentes naturais, o esperto
arroio que desce da serra, cantando e deslizando entre campos,
fertilizando o solo, dando de beber ao gado, tocando moinhos,
movimentando azenhas, numa duração eterna, constante é útil.'
O gênio é pessoal, monopólio de um só ; precisa de condi­
ções propícias para sua eclosão, para sua expansão fecunda;
não se transmite por hereditariedade. Raras as famílias onde
o halo dourado do prestígio de um de seus membros continua
por duas gerações. O gênio fulgura e passa, sem discípulos, so­
brevivendo apenas na admiração da posteridade.
O contrário sucede na família Monteiro de Barros; oito
gerações consecutivas concorreram para o bem comum, sóbrios
no falar, diligentes no executar, com elevado espírito de conti­
nuidade que fica, permanente e sobrevive. Nas entrelinhas de
suas biografias e testamentos colhemos informações acentuadas
de sua origem, que se traduzem no apêgo à tradição, no culto
do dever, no radicado amor à terra e à família,,mos- hábitos pa­
triarcais, no conforto das gerações, nos objetos que constituem
a proprifedade, na moradia e na imponência pessoal. „
Na boa organização familiar os exemplos vão abrindo ca­
minho à imitação, à auto crítica, à observação cautelosa; há
alguma coisa de sugestivo e inspiradoç ,de idéiás em evocar e
lembrar o procedimento do pai, do avô. . .
À medida que os anos .passam no redfemoinho vertiginoso
da atualidade ressurgem os gestos eternos de bondade e de cri­
tério dos maiores; voltam suas figuras constantemjente ao pre­
sente com graça varonil é suavidade, revivendo no*exemplo de
suas atitudes, de suas ações e ensinamentos.
Num país como o nosso, ainda em processo' de sedimenta­
ção e onde os sentimentos de tradição em geral não adquiriram
a intensidade dos que feinam entre os povos velhos, é de suma
conveniência, «a cada passo, relembrar os ancestrais, reviver as
efemérides notáveis de seus feitos, por mais modestos que sejam.
A vasta extensão territorial de nossa terra -facilita, favorece
a dispersão, a desagregação, o isolamento. 3| preciso encontrar
o antídoto, uma fôrça espiritual que possa -agir em favor da.
união. Encontramos: a tradição e família significam Unidade.
Unidade -(política, de crenças, de usos e costumes, de língua.
diga, entretanto, que permaneceram os Monteiro 11a
— 7 —

contemplação muda e fatalista dos antepassados, sem faculdades


construtivas, inertes e de braços cruzados. Longe disso. Res­
peitam a tradição, mas o seu esforço dirige-se para a nação
viva, para a nação que em tôrno dêles trabalha, produz, pensa
e sofre e deixando para trás, respeitando, a glória dos antigos,
ocupam-se da pátria contemporânea, procurando perceber-lhe
as aspirações, dirigir-lhe as forças, torná-la mais forte, mais
culta, mais próspera e digna de figurar entre as demais.
Conservar, melhorando, eis o lerna, a divisa.
A tradição, o amor ao passado sem uma energia operante
que a guie, alimente, sustente, não tem calor nem vida.
Os homens não ficam no vácuo ou perdidos num deserto,
mas aparecem no meio familiar e social influenciados pelas idéias
e interesses do tempo, todos os comparsas surgindo em cena
oportunamente e desempenhando o seu papel. Acompanham o
desenvolvimento económico, o ritmo acelerado dos acontecimen­
tos e os ciclos decorridos em nossa evolução económico-finan­
ceira. Cada século no Brasil teve feição peculiar. Deixemos o
ciclo do açúcar, anterior à família, e acompanhemô-la em outros.
O primeiro estágio foi a mineração.
De Portugal veio o chefe Manuel José Monteiro de Barros,
fascinado pela fama-do ouro das “ Gerais”, seduzido pela mine-
ção da qual tratou em rica lavra na sesmaria Galés de Cima.
Na nova pátria não fói dificil encontrar uma companheira
digna e que o pudesse auxiliar na formação da família. O seu
casamento com Margarida Eufrásia foi celebrado debaixo de
geral aprovação. Sabiam os parentes desta que so emigrava o
forte, o varonil, o de espírito aventuroso, audaz, espicaçado pela
ambição de riquezas, os de animo alevantado e aprestados para
a luta.
Acertaram, pois de seu casamento deflue progénie avultada
e vigorosa.
Escreve o professor A. Ellis Júnior: “ O ouro acarretou
, a abertura de novas possibilidades em vários ramos que a civi­
lização oferece ao homem. O desenvolvimento intelectual e artís­
tico de um povo não é senão mero reflexo da situação eco­
nómica. Os enriquecidos, graças ao ouro, tiveram ante si as
possibilidades de se aperfeiçoarem na Europa (História da Ci­
vilização Brasileira, Boletim n. 37, pág. 361).
Palavras verdadeiras que se adaptam perfeitamente à
família.
Nem o conforto e bem estar das capitais européias, nem
os atrativos multiformes da metrópole portuguêsa desviaram a
trajetória que a si próprio impusera Manuel José'. Aqui viveu,
enriqueceu, sem voltar jamais ao país de origem. Aqui morreu
deixando os frutos colhidos no exaustivo trabalho de mineração,
frutos êstes empregados, em boa parte, em dar a quatro filhos
e oito netos um diploma de estudos superiores.
Fazemos questão de salientar e de focalizar com raios ar­
dentes esta circunstância que constitui o maior elogio que possa­
mos fazer a tão ilustre fundador da família. Manuel José teve qua­
tro filhos e oito netos formados na Universidade de Coimbra,,
contribuindo insensivelmente para estruturar as bases civiliza-
doras de uma grande nação futura; alicerces de uma civilização-
que despontava na América do Sul.
Não conhecemos; é possível que exista — e ficaríamos gra­
tos a quem indicar — fato idêntico : um chefe de família, no perío­
do colonial, que possa se ufanar de ter entregue e dedicado a o
serviço da nação, nada menos que quatro filhos e oito netos,
diplomados por estabelecimento superior de ensino.
Diz Rafard que a família Monteiro-de Barros.foi a segunda
do Império, sendo a dos Andradas a primeira. Pode. ser, é pos­
sível, mas não conhecemos um chefe nesta última que possa
repetir a façanha de Manuel José.
Os filhos dêste também se ocuparam na mineração, mas
no final da vida foram testemunhas — ou vitimas ? — de notá- _
vel transformação económica social: a decadência dâs . minas.
Os velhos solares ficam reduzidos' a* miseráveis taperas, o mato
e as ervas daninhas invadem as construções, os rêgos d’aguâ
desmoronam-se e a população retira-se deixando atrás de si
aquêle ar de abandono e de desolação. 4 *t ^ '
Tudo aparente, porém. Deu-se o fenômeno, verificado ura
século mais tarde por Stefan Zweig, citado por Sousa Filho,
“Critica Humanista’’, pág. 91: “As crises no Brasil, diz Zweig,.
longe de serem nocivas, conduzem a economia l?rasileira a trãns- -
formações mais felizes. A catástrofe da abolição dá origem, ao
surto do café e à imigração em massa, ao poVoamento do solo.; a
guerra européia, ameaçadora de prejuízos terríveis, faz surgir aj
Indústria”, "j *
E foi ç que aconteceu naquele tempo aos remanescentes da ,
mineração; não desanimaram. ' «,
Deixaram os almocafres, as pás çavadeiras, bateias e ca- âà
rumbés e empunharam a rabiça do arado, a enxada do agficultoir %
e o país lucrou com a troca. - ;
, O ocaso do ouro abre a êles outra fonte de riquezas, mais
estável e ântes desapercebida: a agricultura, que poderemos re
sumir em“El Rei Cajé".
......;------ ' . ,
— 9 —

Espalharam-se pela zona da Mata (Minas) antigo Feijão


Cru, abrem aprazíveis fazendas, dilatam a periferia da região
habitável e agrícola, tão bem descrita pelo Ministro Ferreira
de, Rezende “Minhas Recordações”, págs. 367 e 375. Outros
dispersam-se pelo vale do Paraíba, na antiga província do Rio
de Janeiro e unindo-se aos Breves, Gonçalves de Morais, Vidal,
Teixeira Leite, formam magnificas lavouras de café onde reina
à fartura, a vida ao ar livre e puro, onde os homens crescendo
no meio de uma natureza selvática, robustecidos pela atmosfera
tonificante de agradável clima temperado, na placidez de uma
vida patriarcal, mantinham o perfume de distinção e fidalguia
e se acostumaram no tratamento faustoso, às maneiras educa­
das, ao tom respeitoso, à hospitalidade acolhedora, coroando
tudo com a severidade dos hábitos e costumes. Não faltavam
mesmo requintados sentimentos artísticos difundidos por mes­
tres de música e de pintura, contratados na Côrte e em Paris.
Nessa ocasião atingiu ao máximo do esplendor o patriar-
calismo dos Landlords fluminenses, tão bem descritos no vol.
5.°, da “ História, do Café” do Dá. A. de Taunay.
Entra em agonia a cultura da rubiácea no vale fluminense
do Paraíba, depois de desbastar o revestimento florístico milie-
nar e depois de retirar a fertilidade primitiva da terra. Definem
duas correntes. O grupo dos eternamento afeiçoados ao café,
grupo corajoso, desloca-se para o Oeste de São Paulo tangidos
pelo slogan “Marcha para Oeste”, acompanhando o nomadis-
mo do café, atraídos pelo sertão, em busca de terras novas e
frescas, desbravando matas virgens que vestiam, ondulantes o
solo manso e acolinado do planalto, fazendo surgir o cafezal que
avançava irrefreável sôbre as cinzas esfriadas de monumentais
queimadas. Os cafezais criaram uma civilização estável, ven­
ceram a gleba bruta, promoveram a fundação de magníficas ci­
dades no interior paulista e formaram fazendas opulentas que,
transformadas em núcleos de progresso, repetiam no sertão,
recentemente agreste, o papel civilizador dos tradicionais enge­
nhos de açúcar nas antigas zonas do Nordeste.
Daqui a 50 ou 100 anos veremos os Monteiro de Barros
em pleno centro de Goiás, nas florestas de Mato Grosso, levando
o estuante contingente de energia, de audácia, de construtividade
e de gênio civilizador.
Outro grupo, mais prêso ao solo, procura novas fontes de
riquezas e outros meios de empregar a atividade. Surge o ter­
ceiro ciclo: o industrialismo e o capitalismo (banqueiros)
Aqui, uma pequena pausa.
Os grandes apóstolos da democracia brasileira, aferrados
-

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10 —

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aos postulados da revolução francesa de 1789, de Liberdade,
Igualdade e Fraternidade, limitavam-se a pregar um liberalis­
mo vazio, muitas vêzes em campanhas eleitorais que lhes tirava
o caráter teórico e absorvia o valor doutrinário, liberalismo que
se consumia em discursos e apóstrofes e se derramava em apa­
ratos literários, abandonando o sentimento construtor imposto
pelas condições de uma sociedade em formação. Nenhum tra­
tou do carvão de pedra, do petróleo, da energia elétrica, jul- .
gando que tudo se concentrava no regime e nos governantes,
no espírito e na imaginação.
Bem adverso é o pensamento dos estadistas de hoje aos
quais se juntaram os Monteiro. Respeitando e observando leal-
mente os princípios acima formulados, enveredaram-se pelo ca­
minho da industrialização, do utilitarismo, base única do prO->^
gresso e da civilização. Vemos os Mascarenhas alterando e
modificando profundamente a estrutura de uma região como a '^ s l
de Juiz de Fora, fundando bancos, instalando fábricas, inaugu­
rando usinas elétricas; vemos os Monteiro Junqueira, de LeO-
poldina, na zona da Mata, organizando companhias e incorpo­
rando bancos que servem de modelos e .que por si só definem
uma geração. Na Capital do país revelam os Monteiro de Barros
alta capacidade na administração de sociedades anónimas, nas
sociedades construtoras e em organizações5 mercantis. Em S.
Paulo intervêm na direção de importantes estabelecimentos in­
dustriais, sem contar coima usina “ Vassununga”, de açúcar —
modelar — pertencente a um Monteiro de Barros.
Todos produzindo riquezas, criando valores.
Hoje não podemos encontrar uma denominação ‘rigorosa e
que possa caracterizar com precisão o ciclo que atravessamos. O
desenvolvimento da indústria criou poder aquisitivo nos centros
urbanos. A lavoura, embora necessite de exportação, tamb^n
encontra mercados internos, de sorte que se verifica atualménte
uma solidariedade perfeita entre a agricultura, a indústria e o
■capitalismo, que se completam reciprocamente numa interdepen- ^
dência fatal. Todos sofrem das mesmas necessidades e estudtfth *
ia resolução de problemas idênticos, que poderemos •resumir * m
em : mão de obra, transporte, crédito fácil, ensino* têinicq, jus­
tiça rápida e fomento à produção.
E isto compreenderam muito bem os Monteiro de Barres. -ÍÉ&
As abstrações cederam às realidades. jjg
Se deixarmos o estudo das atividades materiais e s£'■■$!*“ *
■sarmos ao estudo em conjunto, em grandes linhas, veremos:
Nas profissões liberais, advjogados, médicos, engenheiros
todos competentes e estimados. Na administração, dando inicí^ m

-A. 7 -
à carreira de legisladores em modestos cargos de vereadores em
suas respectivas aldeias, continuam, durante o Império, a es­
teira luminosa de deputados provinciais, deputados gerais; na
República, de deputados e senadores estaduais, deputados e se­
nadores federais. Deixando as atribuições legislativas, encon­
traremos em outras funções públicas, presidentes de província,
ministros e conselheiros do Estado, militares de terra e mar, vir­
tuosos sacerdotes, magistrados e argutos diplomatas, todos com
dignidade concorrendo instintivamente para a elevação da causa
pública. Nenhum excesso de linguagem, nenhum entusiasmo
romântico ou demagógico; tudo medido, pesado e de perfeito
equilíbrio. Trabalham numa vasta obra de renovação contínua
no sentido da Justiça e da Bondade que flameja acima das mul­
tidões, independente de aplausos e de palmas passageiras. Ape­
sar da materialidade dos tempos, do estrídulo das cidades e das
asperezas da democracia, a justiça neles é imanente, ingêmta.
Fazemos caloroso apêlo: mantenhamos as tradições de fa­
mília moldadas em rigorosa moralidade, em hábitos sãos, resis­
tamos à influência dissolvente do cosmopolitismo desordenado,
heterogéneo e avassalador e às tendências exageradas e destrui­
doras dos costumes sadios deixados pelos maiores.
Só assim a família será eterna.
Escreveu Eça de Queiroz que os romanos eram tão amigos
das rosas, que um cidadão não possuindo recursos para orna­
mentar e cobrir o próprio túmulo com tão deliciosas flores, man­
dou esculpir e gravar na campa humilde suplica ao viajante:
por esmola depositasse ah uma rosa:
“Sparge, precor, rosas supra mea busta, viator”.
Leitor amigo, uma rosa, ao menos, para os Monteiro de
Barros que já se foram; bem o merecem.

* * *

Serviu de base e de fonte inicial a êste estudo, um folheto


publicado em Santos, no ano de 1908, pelo Sr. Geraldo Monteiro
de Barros, folheto raro e fora do comércio, mas do qual toma­
mos conhecimento por intermédio de dois exemplares, um de
propriedade do Sr. José Eugênio Monteiro de Castro, outro do
Dr. Hélio Monteiro Sales. Antes disso, porém, em fins do
século passado, em 1898, outro Monteiro de Barros — ou o
mesmo? — cuja identidade não pudemos estabelecer, tratava do
assunto, existindo um manuscrito arquivado nos papéis do fale­
cido Ministro Dir. Edmundo Lins e do qual também estivemos
de posse, por nírnia bondade de sua Exma. viúva.
— 12 —

Parece que o trabalho do Sr. Geraldo sofreu a influência . -


do notável genealogista Dr. Luiz P. Moretzsohn de Castro, por
feliz coincidência, magistrado residente em Santos, pois o seú ,
ramo aí se trata detalhadamente e com certas minúcias desco-.
nhecidas em outros ramos contemporâneos. O trabalho alu-, P
dido, do Sr. Geraldo, trata dos Cunha Matos, dos Álvares de-
Castro, Negreiros e só no fim aparecem os Monteiro de Barros.
C)ra, somente graças ao estudo dos Álvares de Castro poderia
o trabalho abranger o ramo do ilustre juiz que naquele tempo
já se preocupava com zêlo e competência de assuntos genealó­
gicos, requerendo certidões em Mariana, publicando um èscorço^
sôbre os Barros e Vergueiros, oferecido ao Dr. Silva Leme que
o deu a lume em sua Genealogia Paulistana. Neste particular o
Dr. Moretzsohn foi um animador consciencioso no terreno das.
pesquisas, sentia verdadeira satisfação em diftríhilí-las aos ami­
gos e confrades. À sua generosidade natural ,e exjáansiva deve­
mos preciosos documentos, alguns publicados êni vída do p re­
claro amigo, no nosso folheto sôbre o Barão de. Àntonina. "*•
O trabalho do Sr. Geraldo está salvo. O desenvolvimento^
da dactilografia facilitou a cópia, ciando oportunidade de encon­
trarmos mais d t três exemplares, dactilogíafados, à nossa dis- A
posição, enviados por parentes e amigos de diferentes lugares..
Guardamos a nossa cópia.
Também colhemos informações preciosas no livro do Dr..
A rtur Rezende, “Genealogia Mineira”, livro que a nosso ver
desempenha em Minas o mesmo papel que o do Dr. Silva Leme
em São Paulo. *.»
Recebemos valiosas informações por intermédio de corres­
pondência epistolar. Fomos felizes; encontramos animação; a
maioria dos solicitados atendeu aos nossos pedidos, respondendo
às cartas, que constituem curioso e interessante arquivo. Sem
querer formamos uma coleção de autógrafos.
Como em outros trabalhos, desde já confessamos: é possí­
vel a existência de equívocos, enganos- e de erros. A grafia de
nomes próprios também oferece margem para dúvidas e diver­
gências. Fiçaremos gratos e agradeceremos, a remessa d e infor­
mes para corrigir, emendar, alterar e ampliar qttalquef p ^ in a .
dêste livra. Tudo será oportunamente publicado. **

-V-
Já disse Quizot:
“En aucune chose peut-ctre il ríest donné a Vhomme d’<
ver ao bnt; sa gloire est d’y avoir marché”.
— 13 —

Êste livro é apenas uma tentativa inacabada; um esboço sem


feição definitiva. Não atingimos ao alvo referido por Guizot,
não completamos o projeto idealizado, mas empregamos o má­
ximo esforço para alcançá-lo, à custa de sacrifícios fisicos, de via­
gens fatigantes e de despesas avultadas. Poderão alcançá-lo os
descendentes e futuros genealogistas; vasto ainda é o campo o n ­
de poderão respigar.
Aí fica o alicerce, o livro básico; se não provocar aplausos
e louvores que, ao menos, o pêso dos setenta e quatro anos do
-autor^ desperte sentimentos de indulgência e atenuantes.
Essa é a nossa única ambição.

São Paulo, Janeiro de 1951

Frederico de Barros Brotero.


ASCENDÊNCIA

Na região encantadora do norte de Portugal, entre Douro


e Minho, corre agitado e barulhento o rio Cávado, que descendo
da Serra de Gerez, banha uma zona fértil, entrecortada de oli­
vais frondosos, alentados pinheirais e de castanheiras seculares.
Já naquele tempo poderíamos dizer de Portugal: “Jar­
dim da Europa à beira mar plantado” . Fragmentado em pe­
quenas propriedades, parece de fato um jardim, redolente de
aromas da primavera, enfeitado pelos trigais ceifados reunidos
em feixes e medas e pelos vinhedos alinhados, acompanhando
todas as ondulações de montes e vales. Clima acariciante, ex-
plendor de paisagem, resplandecência do colorido, fazem desta
minuscula zona um atrativo grandioso para os que andam pelo
mundo a procura do belo.
Além das cidades importantes de Barcelos e Espozende, à
margem do rio, surgem aqui e acolá aldeias, povoados, granjas
movimentadas e quintas tradicionais, abrigando uma população
forte e vigorosa e de notável capacidade de trabalho, população
rústica e viril, evocando um suave mundo rural no qual se os
homens não viviam á larga, não lhes faltava o essencial; havia
saborosos vinhos, caldo verde e bons petiscos, trovas populares
cantadas ao ritmo marcante das guitarras debaixo de sebes ro­
mânticas onde suspiravam graciosas filhas do Douro, ricas pelo
brilho e vida de seus grandes olhos.
Trabalhava-se a cantar e quando era preciso também se
dançava no intervalo da faina1.
Tudo bafejado com a aragem cristã de costumes sadios e
irrepreensíveis.
O parcelamento das terras nesta fértil província portu­
guesa, permitindo que cada um amanhasse o seu quinhão, sendo
poucos os que nada possuíam, constitui, talvez, o fator econó­
mico e social das mais transcedentais influências nos usos, cos­
tumes, hábitos e mentalidade dos minhotos.
Formou-se uma nobreza, não de sangue, mas rural, prêsa
á gleba, com. avós que já tinham plantada vinha e murado terras
desde o tempo de D. Diniz, edificando o Reino como disse
xandre Herculano, com uma enxada e com uma lança.
Dêsse tronco robusto partiu um galho, um rebento, M a n t j e f p g l
José, que estendeu raízes em plagas brasileiras, trazendo
seu cerne os sentimentos ainda latejantes de lealdade, de cuâÉpSS&Psr
primento do dever, de heroísmo e de atividade, afinados pelâs
expressões com que a fisionomia de Portugal se revela através
dos séculos: cristã, descobridora, guerreira e civilizadorá.
Estas qualidades privilegiadas plasmaram q^paráter e for­
maram a sensibilidade brasileira dos Monteiro de Barros.
Entre os povoados menores notantos São Miguel das Ma­
rinhas, São Tiago de Carapeços, o lugar Pinhole e outros; entres-'
as famílias gradas destacavam-se os Monteiro de -Barras £8»
Vieira Repincho. v
No dia 30 de novembro-de 1714, na Igreja Matriz de "Sã
4 .
Tiago de Carapeços- reahsava-se um acontecimento soeis
magna importância: a pajjt§ conceituada do lugar e arreí
reunia-se'para assistir ao casamento de dois filhos daquelas ítié
portantes famílias, ao casamento de João Vieira Repincho c
Máriana Monteiro de Barros, como faz certo o termo seguintef
‘Eu, Antonio José Rodrigues Ferrara, Escrivão
“livros findos nesta Corte e sua Comarca, pelò Fit*:,f v ’;
1V‘celentissimo
p Ip n H ç ç im r t e
p Reverendíssimo,
P p v p r p in H ic c ir n n Senhor Dom.
^ p n íin r F í n m Frei
T<YfM ;.,
. v . :
Caetano Brandãp, Arcebispo Primaz de Braga,’ftc., - •<
certifico que em meu poder e cartório se acjiáíát os y
‘da freguesia de São Tiago dé.Çarapeços e.®uãg livro
“ de assentos de casados, a fls.- cento e vinte e quatro
“ se acha o de teor seguinte: — Aos trinta de novem-
“bro de-mil setecentos e catorze nesta Igreja de São
“ Tiago de Carapeços, casou por palavras de presènte
“ na forma que dispõe o Sagrado Con^ffíò Triáentino
“ e Constituições deste Arcebispado, e Primaz, em
“ minha presença, João Vieira. Repincho, 'filho de
“João Vieira e de Madalena de Araújo, da freguesia
“ de São Miguel das Marinhas, termo' da vila d^vEspo-
“ zende e Mariana Monteiro de Barros, filha legitima
“do Dr. Manuel Monteiro de Rarros e de sua mu­
l h e r Inês Pereira desta dita freguesia de São Tiago
“ de Carapeços; foram testemunhas o Doutor João
“ Vieira Repincho da freguesia de São Miguei das
^Marinhas e André, solteiro e Pedro Francisco, am-
(<bos desta freguesia, que aqui assinaram- e a maior
“parte dá freguesia, do que fiz este termo,
— 17

“ supra. O Abade, Frei Braz Mendes Soro. (Ass.)


“João Vieira Repincho — André Francisco — Pedro
“ Francisco, testemunhas. Nada mais se continha
“nos ditos assentos a que me reporto e de verdade me
“ assino. Braga, vinte e seis de fevereiro de mil se­
tecentos e noventa e cinco. Antonio José Rodrigues
“ Ferreira”.
Não conseguimos apurar quantos filhos nasceram deste casal;
tomamos nota de dois nomes apenas. O primeiro, nasceu dois
anos e seis dias depois das auspiciosas núpcias, no dia 6 de de­
zembro de 1716 e levado á pia batismal no dia 22 do mesmo mês,
recebeu o nome de Manuel José, como prova o assento lavrado a
fls. 85, do livro de batizados dêsse ano, da Igreja de São Miguel
cias M arinhas:
“ A ’ margem: Manuel José, filho legitimo de João
“ Vieira Repincho e de sua mulher Mariana Montei-
“ ro de Barros, do lugar Pinhote, desta freguesia de
“ São Miguel das Marinhas, nasceu a 6 de dezembro
“ de 1716 e foi batizado pelo Reverendo Padre João
“ Gonçalves de minha licença, aos vinte e dois dias
“ do. mês acima; foram padrinhos Manuel Monteiro
“ de Barros casado com Ana Barbosa de Faria, da
“ vila de Barcelos e Joana de Jesus Maria José, filha
“ de Manuel Caminha de Morais e de Inês Coelho,
“ da vila de Espozencíe e por ser verdade fiz este as-
“ sento que assinei com o padrinho e como testemu-
“ nha o licenciado Alexandre Vieira. Dia, mês e era
“ supra. O Vigário, Urbano de Faria Machado.
“ Manuel Monteiro de Barros. Alexandre Vieira”.
Outro filho do casal, foi João Caetano, citado no testamento
de Manuel José. Este e seu irmão não adotaram o sobrenome
paterno “ Repincho” .
Pensam alguns autores e descendentes que esta palavra
“ Repincho” designe alcunha ou tratamento familiar.
Não pensamos de tal modo.
Serviu de testemunha no casamento acima, uma pessoa gra­
duada com titulo de instrução superior, o Doutor João Vieira
Repincho que não usaria de alcunha ao lançar o nome em do­
cumento de tanta importância como seja um assento de matri­
mónio; para testemunhar um ato de tal magnitude deveria em­
pregar o nome legal, jurídico, o seu verdadeiro nome.
E foi o qtie se deu.
Alguns sustentam que Repincho indique um bairro, uma
— 18

região, um lugarejo perdido num desvão de serra, desconhecido


pelos geógrafos.
Esta interpretação é plausível; os portuguêses e esp an h ó is||
costumavam adicionar, acrescentar ou incorporar ao próprio,
nome, o da aldeia ou cidade onde nasceram, e, se emigrados,
onde deixaram os maiores e progenitores.
E ’ aceitável a hipótese de ser a família Vieira originária der
algum lugar denominado Repincho. Vamos enumerar alguns
exemplos deste hábito familiar.
O Dr. Silva Leme, na Genealogia Paulistatíagjgregistra um .
português, Domingos Luís natural da vila de Carvoeira, que no_
Brasil tornou-se conhecido pelo nome de Domingos Luís, o da.
Carvoeira, nome que pela lei do menor esforço foi simplificadó
em Domingos Luís o Carvoeiro. Nunca em sua vida fez carvão; ,
foi abastado lavrador. • __
Antonio da Silva, natural da vila do Prado, reuniu este ulti-çJE .
mo vocábulo ao verdadeiro nome e passou a se assinar Antoniófol
da Silva do Prado; deixou enorme descendência hoje reunida na.-/'
família Silva Prado.
Em nosso livro “Oliveiras”, pág. 398, mencionamos um Do­
mingos de Oliveira, natural de Braga, filho de Antonio de OlijA
veira e de Maria Josefa de Oliveira e que em Rio Claro casou,,
por coincidência, com Sebastiana de Oliveira. Para identificar
sua pessoa no .meio de tantos Oliveiras, no ato de casamento e
depois na vida civil e comercial passou a se assinar Domingos
de Oliveira Braga, com vasta prole espalhada por tôdo o Estado.
O sogro do Coronel Bonifácio José Ribeiro de Andrada
fundador da família Andrada, em Santos, chamáva-se Gonçalo
Fernandes Souto, filho de outro Gonçalo Fernandes, natural do
lugar do Souto (São Tiago da Torre do Pinhão, Arcebispado de
Braga) provindo daí o apelido Souto que o filho incorporou ao
nome de família formando um novo grupo, Fernandes Souto,
estimado e numeroso em Santos.
Augusto de Lima Júnior, em seu interessante livro "A Ca­
pitania das Minas Gerais”, 2.a edição, pág. li&6, depois dlpdfes-»
crever a classe nobre e a plebeia (pés„ rapados) diz que- existia
uma terceira, intermediária, a dos “ sem nomelfegminda das
classes populares portuguêsas. que não tinham soBgpnome de
família e que distinguiam-se pela adição dos derivados da locali­
dade onde nasceram. Manuel Francisco, de Braga, distinguia-
se de Manuel Francisco, de Bragança, surgindo assim os Oli­
veiras, os Barcelos, os Coimbrãs, os Vianas, os lim as, etc..
São conhecidos ena S. Paulo os inúmero^ Chaves, Guima*
— 19

rães, Lisboa, nomes de famílias conceituadas, cujos chefes e fun­


dadores, eram naturais das respectivas cidades.
Manuel José trocando o nome paterno, usou, portanto, de
um direito decorrente de usos e costumes da época, conservados
até hoje em certas regiões do Brasil, principalmente no Estado
de M inas: o de guardarem os filhos somente o sobrenome ma­
terno ou colocarem-no em último lugar, depois do paterno.
Bem sabemos o que seja a anarquia da antiga onomástica
portuguesa e, portanto, da brasileira e a balbúrdia existente na
assinatura de personagens coloniais. Pedro Taques se assinava
Pedro Taques de Almeida Lara; modificou depois para Pedro
Taques de Almeida Paes e ultimamente, para homenagear emi­
nente colateral, adotou o terceiro nome, Pedro Taques de Almei­
da Paes Leme.
Este hábito, de trocar de nomes, parece hereditário. Ma­
nuel José teve um filho que se assinava Manuel José Monteiro
da Cunha Matos, abandonando o Monteiro de Barros, paterno.
Manuel José Monteiro da Cunha Matos, casando-se com
uma Nogueira da Gama, teve um filho que por sua vez se assina­
va Francisco Xavier Monteiro Nogueira da Gama, deixando o
Cunha Matos, paterno, para substituí-lo pelo Nogueira da Ga­
ma, materno. E assim tantos outros.
Da vida de Manuel José Monteiro de Barros, em Portugal,
nada conseguimos apurar; emigrou para o Brasil tentado pela
mineração que no momento atingia ao auge de prosperidade; em
1761 obteve a sesmaria de Galés de Cima. com rica lavra e foi
nomeado Guarda-Mor das minas de Vila Rica.
E ’ tradição na família, transmitida de pais a filhos que Ma­
nuel José veio a convite de um tio Padre que residia em Congo­
nhas do Campo, muito esmoler e caritativo, de alcunha Padre
Broa, alcunha proveniente das broas de milho — na falta de
trigo — que fabricava para distribuição gratuita entre os pobres
e indigentes que acorriam famintos à sua acolhedora residência.
Gomo todas as tradições, esta deve ser sujeita a quarentena,
vai com as reservas de estilo.
O que não resta dúvida é que em Minas já existiam Mon­
teiro de Barros, que não .interessam a este estudo por não se­
rem descendentes do Guarda-Mor Manuel José.
Vejamos.
Na lista dos estudantes brasileiros matriculados na Univer­
sidade de Coimbra encontramos o nome de Antonio Quirino
Monteiro de Barros da Fonseca Coutinho, natural de Vila Rica,
matriculado na Faculdade de Filosofia (em regra inicial do estu­
do sacerdotal), no dia 23 de dezembro de 1776.
Em geral os candidatos a estudos superiores matriculavam-
se entre os 16 a 18 anos, devendo, portanto, este Antonio Quiri-
no ter nascido aproximadamente em 1758 a 1760, antes da data
do casamento de Manuel José.
Silva Leme, na Genealogia' Paulistana, 6-401, assinala certo
José Monteiro de Barros que teve um neto LJrias Emídio No­
gueira de Barros, nascido em Baependi no ano de 1790.
Ensinam os autores genealógicos que as gerações sucedem-
se em média, de 25 em 25 anos. Adotando este critério chega­
remos a conclusão que a mãe deste Urias deveria, ter nascido em
1765 e que o pái dela, José Monteiro de Barros, por volta de 1740.
No livro de óbitos da Igreja da Sé de São Paulo, livro 10,
fls. 27 v., encontramos o assento do óbito de João Floriano Mon­
teiro de Barros, mestre de primeiras letras em Parnaíba, faleci­
do com 34 anos no dia 17 de março de 1845.
No dia 11 de novembro de 1851 foi registrado na Igreja
da Sé, o falecimento de Maria Monteiro de Barros, viuva, icn-
tando 90 anos, mais ou menos, sepultada na Igreja dos Remédios.
Quem são estes dois Monteiro de Barros? Não .abemos.
Voltando ao Guarda-Mor Manuel José. Depois dç ter
acumulado regular fortuna no trabalho fatigante de mineração
resolveu tomar estado. Já não era sem tempo; atingia a idade,
madura, contando cerca de 50 anos. Casou a 16 de agosto de
1766 em Vila Rica, com Margarida Eufrásia da Cunha Matos,
filha do Guarda-Mor Alexandre da Cunha Matos e de Antonia
de Negreiros, como faz certo o assento do teor seguinte, publica­
do em fevereiro de 1940 no folheto “Barão de Antonina”, de
nossa autoria.
i
“ Aos dezesseis dias do mês de agosto de mil sete­
c en to s e sessenta e seis, no Oratório das casas de
“morada de Dona Antonia de Negreiros, sitas no
“Passadez, desta freguesia de Nossa Senhora do
“ Pilar de Vila Rica de Ouro Preto, por despacho
“ do Reverendissimo Senhor Vigário Capitular des-
“ te Bispado e com dispensa a banhos, sendo pelas
“ onze horas do dia em minha presença e das teste-
“ munhas Doutor Tomaz. Soares de Aguilar e de
“André de Ceas e de muitas outras pessoas que as-
“ sistiram, se casaram in facie Eclesiae e com pala-
“ vras de presente, Manuel José Monteiro de Bar-
“ ros. natural da freguesia de São Miguel^das Ma­
drinhas, termo de Espozende, Arcebispado de Bra-
^ ga, filho legítimo de João Vieira Repincho e de
Dona Mariana Monteiro de Barros e Dona Mar-
•1

— 21 —

“ garida Eufrásia da Cunha, filha legitima do Guar-


“ da-Mór Alexandre da Cunha Matos, já defunto,
“e de Dona Antonia de Negreiros, natural e bati­
z a d a na mesma freguesia e logo os notifiquei para
“não coabitarem, com pena de Excomunhão maior
“enquanto não apresentassem Provisão do Reve-
“rendo Vigário da Vara desta comarca para re-
“ceberem as bênçãos conforme o ritual da Santa
“Madre Igreja e para constar fiz este assento. O
“ Vigário Antonio Corrêa Mairinck.’’
O Guarda-Mor Alexandre da Cunha Matos era natural de
São Simão de Arões, Concelho de Macieira da Câmara, Bispado
de Vizeu, filho de Miguel Fernandes da Torga e de sua mulher
Luzia Fernandes. Passou às Minas Gerais por volta de 1730;
exerceu o cargo de Guarda-Mor das Minas do Distrito de Vila
Rica de Ouro Preto, nomeado pelo governador Gomes Freire
de Andrade, por provisão de 27 de janeiro de 1744. Em 1766
era falecido, deixando viuva, residente no lugar ‘Passadez”, da
freguesia de Nossa Senhora do Pilar da mesma vila.
Antonia de Negreiros, esposa de Alexandre, era filha de
Antonio Carvalho Tavares, natural da freguesia de São Sebas­
tião da Ilha de São Miguel, casado a 28 de fevereiro de 1688
com Margarida Tereza de Negreiros, natural da freguesia de
Socorro, no recôncavo da Bahia; neta paterna do Capitão Pedro
de Matos do Ouental e de Barbara Garcez; neta materna de
Lourenço Lobo de Barros e de sua esposa e prima, Maria de
Negreiros de Barros.
Deixamos de dar maiores detalhes sôbre a ascendência de
Antonia de Negreiros, remetendo os interessados para a Genea­
logia Paulistana do Dr. Silva Leme, vol. 2, págs. 202 até 206,
onde o Dr. L. P. Moretzsohn de Castro traça magistralmente a
de sua antepassada Joana Batista de Negreiros, irmã de Antonia.
Nada de importante temos a salientar em sua vida de mine-
rador e de criterioso chefe de família. Alquebrado pelo trabalho
fatigante e árduo, percebendo que as forças fisicas fugiam e fal­
tavam, chamou o licenciado Francisco Antonio de Souza para
escrever o testamento, no dia 18 de junho de 1789, que em se ­
guida transcrevemos:
“ Em nome da Santissima Trindade, Padre, Filjio,
“ Espirito Santo, três pessoas distintas e um só Deus
“ Verdadeiro. Saibam quantos este público instru-
“ mento ou como em direito melhor lugar haja vi-
“ rem que no ano de nascimento de Nosso Senhor
“Jesus Cristo de mil setecentos e oitenta e nove
v,^ ‘W p

— 22

“ anos, aos dezoito dias do mês de junho do dito


“ano, nesta freguesia da Nossa Senhora da Concei­
ç ã o de Congonhas do Campo, comarca de Vila
“ Rica onde eu Manuel Tosé Monteiro de Barros
“ estando em meu perfeito juizo e querendo evitar
“ toda e qualquer dúvida ou desordem que póssa
“ haver depois de meu falecimento a respeito de meus
“ bens e administração de minha casa e família faço
“este meu solene testamento na forma seguinte —
“ Meu corpo será amortalhado no habito de Nossa
“ Senhora do Carmo de quem sou irmão Terceiro -e
“sepultado na Igreja Matriz, será acompanhado á
“sepultura por doze sacerdotes da freguesia os quais
“ também dirão missa- de Corpo Presente por minha
“alma e assistirão ao ofício que da mesma sorte se
“ hade fazer na Matriz no dia em que for sepultado
“ e haverão a esmola taxada pelo Regimento. Rogo
“ e peço a minha mulher Dona Margarida Eufrásia*
“ da Cunha e Matos e a meus filhos o Dioutor Lucas
“ Antonio Monteiro e João Gualberto de BarrosSle a
“meu cunhado o Reverendo Marçal da Cunha e Ma-
“ tos queiram ser meus testamenteiros dando cumpri-
“ mento a esta minha última vontade. Declaro que
“sou natural da freguesia de São Miguel das Mari-
“ nhas, termo de Espozende, comarca de Barcelos e
“ Arcebispado dê Braga, filho legítimo de João Vieira
“ Repincho e de Dona Mariana Monteiro de Barros,
“já defuntos. Declaro que sou casado com a sobre-
“ dita Dona Margarida Eufrásia da Cunha Matos de
“quem tenho os filhos seguintes: o Doutor Lucas
“ Antonio que proximamente foi a Lisboa para se
“ despachar, João Gualberto que se acha em Coimbra
“ proximo a formar-se, M ateus. Herculano Monteiro,
“ Romualdo, José, Marcos, Manuel, Maria e Ana.
“ Declaro que como os bens que possuo são lavras
“ com serviços minerais, ferramentas necessárias para
“ eles, escravos, regos d’água, terras de cultura e
“tudo o mais que constitui o monte mór dos mesmos
“bens é minha vontade e td|jfna disposição que se
“ conserve tudo em -ser debaixo ída administração de
“ minha sobredita mulher Dona'Margarida fjEufrásia
“ a qual torno a nomear por minha universal testa-
“menteira, administradora,' procuradora e benfeitofa
“ de meus bens e também por tutora de meus filhos

• . *'•'§; m - --

Xhfg.
• — 23 —

‘‘menores para tomar conta dos mesmos de sorte que


“feito inventário de todos os meus bens fiquem estes
“ sempre conservados em um monte até os ditos meus
“filhos terem idade competente para se lhes entrega-
“rem ou tomarem estado para o que hei por abonada
“ a referida minha mulher na falta da qual nomeio a
“ meu filho o Doutor Lucas Antopio e João Gual-
“ berto acima nomeados e a qualquer deles in solidum,
“ nomeio e torno a dizer instituo por meus testamen­
te iro s e tutores de seus irmãos ficando sempre com
“o mesmo encargo da administração de todos os meus
“ bens em ser assim e da mesma forma que acima de-
“claro. Declaro que entre os escravos que possuo
“ ácha-se uma mulata por nome Mariana, outra cha-
“ mada Ana Izabel, mãi de Maria Salomé, um mula-
“ tinho chamado João aos quais todos como também
“ a Maria Salomé deixo forros e para que em tempo
“algum haja equivocações, declaro que Mariana dita
“ é filha de Justa crioula, Ana Izabel filha de Maria
“ Fragata e João filho de Ana Fragata. Declaro que
“ deixo á Nossa Senhora da Conceição desta fregue-
“sia, umas casas sitas atrás da mesma matriz que
“confinam de uma parte com outras de Miguel Gon-
“çalves Cadaval e de outra com outras que me per­
tencem e se repartirão igualmente o terreno do
“ quintal para ambas, tomando logo conta do que dei-
“ xo a Nossa Senhora da Conceição o procurador de
“sua Irmandade. Declaro que da divida que me deve
“ minha cunhada Dona Ana Petronilha lhe abato por
“esmola cincoenta mil reis. Declaro que perdoo por
“ esmola o que minha comadre Barbara, mulher viu-
“ va de Manuel Teixeira de Morais me deve por um
“crédito o qual se lhe entregará. Declaro que se da-
“ rão trinta e duas oitavas em ouro ou em valor das
“ mesmas a Mariana aquem acima deixo forra. De­
c la r o que no Conventode Nossa Senhora do Carmo
“ no Rio de Taneiro se mandarão dizer cem missas,
“pela minha alma e outras cem pelas almas de. meus
‘‘parentes mais chegados e cento e cincoenta e seis
“pelàs alftias de quaisquer pessoas a quem eu deva
„ “ algumaT"restituições de cousas módicas. Declaro
“que no dia de meu enterro se repartirão a quantia
“ de seis oitavas de ouro pelos pobres que nele se
“acharem dando-se quatro vinténs a cada um. De-
— 24 —

“claro que no dia seguinte ao meu funeral se dirão


'‘na Matriz em rói assinado por meu testamenteiro
“ sessentaj: quatro missas da esmola' costumada. De-
“ claro q u e s e a a rá a meu irmão João Caetano â
“quantia de dez oitavas de ouro. Declaro que se pa-
“gará à minha Venerável Ordem Terceira de Nossa
“ Senhora do Monte do Carmo o que eu estiver de-
“ vendo até o tempo de mieu falecimento e o mesmo
“ se executará para com todas as Irmandades de que
“ sou irmão. Declaro que as pessoas de conhecida
“ verdade que disserem que eu.lhes sou devedor de
“quantias módicas estas lhes sejam pagas sem con­
te n d a de Justiça. E nesta forma concluo este meu
“testamento pedindo às Justiças de Sua Majestade
“ de um e outro foro o façam inteiramente cumprir e
“guardar como fica declarado por ser tudo disposto
“ conforme a minha última vontade para ,cujo efeito #
“ roguei ao licenciado Francisco Antonio de Souza
“ que este por mim escrevesse em fé do que me assi-
“ no, dia e era ut supra. Manuel José Monteiro de
“ Barros. Como testemunha de que este fiz a rogo
“ do testador. Francisco Antonio de Souza.
“ Termo de apresentação. Aos dez dias do mês de
“Julho de mil setecentos e oitenta e nove (1789)
“ anos nesta Vila Rica de Nossa Senhora do Pilar de
“ Ouro Preto em casas de morada do Doutor Prove-
“ dor atual, Pedro José Aranha de Saldanha, do De­
sem bargo de Sua Majestade. Fidelíssima que Deus
“ Guarde e sendo aí foi apresentado este testamento
“com que faleceu o Guarda-Mor Manuel José. Mon-
“ teiro de Bárros já aberto pelo coadjutor o Reve-
“ rendo José Afonso Bragança como consta de sua
“certidão que pelo achar sem vício rasuras nem entre-
“ linhas, de que para constar mandou lavrar este
“termo de apresentação que ássina com o apresen-
tante. Eu, Luiz Gomes da Fonseca, escrivão da Pro­
vedoria dos Defuntos e Ausentes Capelas e Resíduos
“ que o escrevi. Saldanha. Antonio Moreira da
“ Silva.
(Registro n. 43, fls. 59, do livro de registro de tes­
tam entos)
De seu ca.samento com D. Margarida Eufrásia d à - Cunha *
Matos e de acordo com as declarações do testamento, houve nove
filhos. Da última, Ana, não conseguimos a menor notícia, pre-
— 25

sumimos que tenha morrido na infância ou solteira. Restam


oito, que para facilidade do estudo, serão registrados, com a des­
cendência, em outros tantos TÍTU LO S. Assim:

Título 1 — Dr. Lucas Antonio Monteiro de Barros


Visconde de Congonhas do Campo
2 — João Gualberto Monteiro de Barros
3 — Mateus Herculano Monteiro da Cunha Matos
4 — Romualdo José Monteiro de Barros
Barão de Paraopeba
5 — José Joaquim Monteiro de Barros
” 6 — Marcos Antonio Monteiro de Barros
7 — Manuel José Monteiro de Barros
8 — Maria do Carmo Monteiro de Barros.
T Í T U L O l.°

DESCENDÊNCIA

DO

i r . LUCAS ANTONIO MONTEIRO DE BARROS


Visconde de Congonhas do Campo

primeiro filho do Guarda-Mor Manuel José


Monteiro' de Barros e de Margarida Eufrásia
da Cunha Matos.
. v-ru-Kr»-^- ;; '-;:
r*.• vó

■i.
DR. LUCAS A N TO N IO M ON TEIRO DE BARROS
V is c o n d e de C o n g o n h a s do C a m p o

Lucas Antonio Monteiro de Barros, primeiro filho do Guar­


da-Mor Manuel José Monteiro de Barros, nasceu em Congonhas
do Campo (Minas) a 15 de outubro de 1767.
Em ■idade adolescente seguiu para Portugal, onde estudou
humanidades, matriculando-se na Universidade de Coimbra, na
Faculdade de Direito, em 1782 e na de Matemáticas no ano se­
guinte, a 7 de outubro de 1783, recebendo o diploma acadêmico
depois do transcurso normal e regulamentar de todos os perío­
dos escolares.
Qual a direção que tomou depois de formado ? Existem na
família duas versões. A primeira, que deixou-se ficar em Lis­
boa. onde casou-se e ingressou na magistratura. Outra, a mais
aceitável, diz que dirigiu-se imediatamente para o seio da família
em Vila Rica (Ouro Preto) em visita ao ninho materno e para
matar as saudades do velho pai, de quem estava separado há
tantos anos.
Pouco tempo aí permaneceu; voltando logo para Lisboa im­
pelido por dois motivos, um de ordem sentimental, de casar com
sua prima Maria Tereza Joaquina de Sauvan, com quem estava
comprometido e outro de conseguir um lugar na magistratura,
despachar-se, na frase da época.
Adotámos esta versão também de acordo com os termos do
testamento paterno redigido em junho de 1789. “ Tenho dois
filhos, escrevia o velho Guarda-Mor, o Dr. Lucas Antonio que
proximamente foi a Lisboa 'para se despachar e João Gualberto
que se acha em Coimbra.
Podemos concluir que o Dr. Lucas seguiu para Lisboa em
princípios do ano de 1789. Comparando as datas verificamos
sequência lógica entre as diversas etapas: seguiu para Lisboa
em 1789, casou-se, foi despachado no mesmo ano juiz de fora
das ilhas dos Açores e em 1790 ai nasce o primeiro filho, o de
nome Antonio.
Maria Tereza Joaquina de Sauvan foi o protótipo da ma-
- W*..
• $jigj Sc Ifej •. I
M - * É lP fj
■m-

— 32 —

trona chefe de família *e de esposa. Sua formação moral ela a


fez toda na escola severa do catolicismo e dos bons costumes.
Educada no ambiente de uma família rigidamente cristã, ela
soube durante toda a vida conservar o caráter moldado naquela
forja.
Era filha do Dr. Manuel Monteiro de Barros, médico da
Câmara da Rainha D. Maria 1.", casado com Maria Joaquina de'
Sauvan, filha do Dr. André de Sauvan d’Aramon, distinto enge­
nheiro francês, natural do Languedoc, que veio a Portugal contra­
tado para proceder á desobstrução do Rio Sado. (Vide " Des­
cendentes do l.° Marques de Pombal”, pelo Padre L. Moreira
cie Sá e Costa, pág. 305).
Existe entretanto na família a tradição que André de Sauvan
era médico formado em Montpellier, na primeira metade do
século 18. Pertencia a uma família Sauvan, do Languedoc, da
qual dois burgueses, Jacques e Jean Sauvan, no fim do 17.°
século conseguiram um “Estado de Nobreza” e que tiveram des­
cendência. Não foi posível proceder à ligação.
Realisado um dos fins de sua viagem, o casamento, o Dr.
Lucas Antonio foi despachado juiz de fóra do Arquipélago dos
Açores, onde permaneceu cêrca de três a quatro anos. O seu
maior desejo, a idéia fixa, era a de regressar ao Brasil e servir
em sua terra. Empregando os máximos esforços e bem apadri­
nhado, conseguiu o lugar de juiz de fóra do crime da comarca e
cidade de São Salvador da Bahia1.
Os autores a quem consultamos calam-se e nada referem a
esta colocação; a maioria diz que dos Açores passou dirètamente
a Vila Rica. Laboram em equívoco, porque de sua permanên­
cia e exercicio na Bahia possuímos provsp- robustas, decisivas e
abundantes.
Nos “Anais da Biblioteca Nacional”, de 1914 e 1915, publi­
cados ipelo operoso Diretor Geral e insigne escritor Basílio de
Magalhães, encontrámos o inventário dos documentos relativos
ao Brasil, existentes no Arquivo da Marinha e Ultramar, de Por­
tugal. No volume 37 dos Anais, deparamos com o documento
o. 26.438: Provisão do Conselho Ultramarino pela qual se or­
dena o pagamento dos vencimento do juiz do'crime da Bahia,
Lucas Antonio Monteiro de Barros. Lisboa 16 de dezembro
de 1794.
Documento'n. 25.505. Atestado do juiz de fóra do crime
« auditor geral dos Regimentos, Lucas Antonio Monteiro de
Barros, sôbre o comportamento de Francisco Romano Felix de
Melo. 14 de dezembro de,1799.
Documento n. 24.530. Requerimento do ex-juiz de fóra do

« *
:

-TSF
í
m 4
— 33 —

■crime da comarca da Bahia, Lucas Antonio Monteiro de Barros.


em que pede o pagamento dos vencimentos de seu novo cargo de
Ouvidor de Vila Rica. Lisboa, 27 de julho de 1802. Anexo
estão os documentos de ns. 24.534 e 24.535.
No volume 36 dos mesmos Anais, pág. 33, aparece o do­
cumento : Autos de inquirição de testemunhas a que procedeu
o juiz de fóra do crime e auditor da gente de guerra, Lucas A.
Monteiro de Barros, sôbre a justificação requerida por Carlos
Francisco Marinho Cavalcanti de Vasconcelos. Bahia, 14 de
janeiro de 1797.
E o lugar não erá só de rosas e de calma; teve que sustentar
lutas e sujeitar-se a atritos. Entre inúmeros outros documentos,
transcrevemos mais um que nos pareceu curioso e significativo:
Documentos ns. 21.572 a 21.574 — Representação do professor
de Latim, Gonçalo Vicente Portela em que protesta contra as
injúrias que recebeu do juiz de fora do crime, Lucas A. Mon­
teiro de Barros.
Como vimos acima, em 14 de dezembro de 1799 êle forne­
cia um atestado sôbre comportamento de um indivíduo; em ju­
lho de 1802 constava um requerimento pedindo pagamento dos
vencimentos do novo cargo. Estas datas fazem presumir que
foi removido para a ouvidoria de Vila Rica no primeiro ou
segundo ano do século 19, entre 1800 a 1802.
Para traçar sua vida de Vila Rica em diante, passamos a
palavra a'o douto historiador Coronel Laurênio Lago, Supremo
Tribunal de Justiça, pág. 14.
. . . obteve as mercês de beca honorária e o hábito da ordem
de Cristo em decretos de 13 de maio de 1808.
Em decreto de 29 de junho, ainda de 1808, foi nomeado de­
sembargador da Relação da Bahiá, continuando no exercício de
ouvidor de Vila Rica.
Em decreto de 13 de maio de 1812 foi nomeado intendente
do ouro da Côrte.
Em decreto de 17 de dezembro de 1814 foi nomeado de­
sembargador da Casá da Suplicação, continuando no exercício
de intendente do ouro.
Em 1819 obteve duas nomeações: superintendente geral
dos contrabandos em decreto de 12 de outubro e juiz conserva­
dor da Companhia de Vinhos do Alto Douro em decreto de 21
do referido mês de outubro.
Havendo sido criada por alvará de 6 de fevereiro de 1821
a Relação de Pernambuco foi êle nomeado em decreto dessa data
chanceler da mesma Relação.
No referido ano de 1821 foi nomeado desembargador do

*
flfc-

— 34 —
-

Paço em decreto de 26 de março, obtendo a comenda da Ordem


de Cristo por decreto desta última data e o título de conselho em
carta de 5 de abril seguinte.
Foi deputado pela província de Minas Gerais às Cortes Por­
tugueses (1821-1822) e à Assembléia Constituinte de 1823.
D. Pedro I em carta de 8 de julho de 1824 confirmou seu
título de conselho.
Escolhido senador pela província de São Paulo em 22 de
janeiro de 1826, tomou posse a '10 de maio seguinte.
Foi o primeiro presidente da província de São Paulo, cargo
que exerceu de abril de 1824 a 5 de abril de 1827.
Exercendo o cargo presidencial fundou uma biblioteca pú­
blica (1825), instituiu o Seminário da Glória, destinado à edu­
cação de meninas pobres, estabeleceu a roda dos expostos anexa
à Santa Casa de Misericórdia (1825), restaurou o Jardim P ú ­
blico da Luz, deu impulso decisivo à estrada de Santos a Cuba-
tão, que foi aberta ao público em 17 de fevereiro de 1827 e a ou­
tras obras de real merecimento.-
Em decreto de 19 de outubro de 1828 foi nomeado ministro
do Supremo Tribunal de Justiça, tomando posse a 9 de janeiro
de. 1829.
Em decreto de 5 de janeiro.de 1832 foi nomeado presidente
do mesmo tribunal, cargo que exerceu até ser aposentado por de­
creto de 3 de março de 1842.
Sua aposentadoria foi aprovada pela Assembléia Geral Le­
gislativa — Decreto n.° 299, de 30 de setembro de 1843.
O governo imperial concedeu-lhe os títulos de barão em de­
creto de 12 de outubro de 1825, visconde em decreto de 12 de
outubro de 1826 e visconde com grandeza, por decreto de 2 de
junho de 1841.
O Visconde de Congonhas do Campo faleceu na cidade do
Rio de Janeiro em 10 de outubro de 1851, sendo sepultado no
cemitério da Ordem de São Francisco de Paula, em Catumbí”.
Eugênio Egas, Galeria dos Presidentes de São Panulo, pág.
25, confirmando todas as informações prestadas pelo Coronel
Laurênio Lago, acrescenta: A 17 de fevereiro de 1827 foi aber­
ta ao trânsito público a estrada de Santos ao Cubatão. Ante-
riormente a viagem fazia-se por água. Essa estrada constituiu
um enorme melhoramento para aqueles tempos e por êle traba­
lharam muitos dos administradores paulistas; o presidente Mon­
teiro de Barros deu-lhe impulso decisivo e tornou realidade um
dos maiores desejos do comércio e lavoura da província.
A província de São Paulo muito lhe deve em obras de real
merecimento e se êle, como seu primeiro presidente mais não fez,
— 35 —

foi porque os tempos que se seguiram à proclamação da inde­


pendência não o permitiram.
A época era de consolidação politica e de despesas de cará­
ter geral, pelo que as províncias do novo império tinham de imi­
tar-se a pequenas aspirações, dentro das escassas rendas de que
podiam dispôr.
E ’ lícito, porém, afirmar que a província de S. Paulo encon­
trou no seu primeiro presidente incansável e benemérito servidor..
Quanto à imprensa sua atuação foi também decisiva e pro­
veitosa.
Em 8 de janeiro de 1823, em ofício dirigido à Junta Dire­
tora da Tipografia Nacional, no Rio, o Imperador D. Pedro l.°
ordenou que fôsse enviado a S. Paulo um prelo com seus per­
tences e contratado um mestre tipógrafo.
Debalde esperaram os paulistas durante muitos mêses e o
mestre contratado, Gaspar José Monteiro, insistiu e protestou
em diversas petições ao Imperador. A ordem foi revogada.
Eis que toma posse dá presidência o Dr. Lucas A. Monteiro
de Barros a l.° de Abril de 1824; não esperou, a 11 de junho
seguinte oficia ao Ministro da Fazenda, Mariano Pereira da
Fonseca, Marquês de Maricá, exigindo o cumprimento da pro­
messa feita pelo govêrno e pelo Imperador e dizia em seu ofício:
“ Sendo esta Província de S. Paulo a única que ainda
“ não tem na sua capital uma oficina tipográfica, tão
“ necessária para dar a devida extensão ás ciências e
“fazer correr o flux da civilização, eu não duvido re­
p resen tar a V. Exc. para fazer subir á Augusta Pre-
“ sença de S. M. o Imperador afim de que se digne
“ expedir as ordens para ser enviada quanto antes a
“esta cidade a Imprensa que já estava para isso des­
atinada e pronta com todos os carateres e seus per­
te n ce s e um Impressor para seu estabelecimento e
“ direção; e, quando não possa vir gratuita peço ao
“ menos licença para a sua ereção á custa dos parti-
“ culares, que não duvidam subscreverem para um fim
“ tão interessante” .
Mutismo absoluto, pouco caso, foi a resposta do Ministro
da Fazenda.
Mas o futuro Visconde de Congonhas do Campo enérgico
e perseverante nas suas resoluções e nos seus intentos, diz Afon­
so A. de Freitas, Revista do Instituto Histórico de São Paulo,
vol. 19, pág. 332, não se deu por vencido com o silêncio do go­
vêrno geral e a 11 de agosto, ainda dêsse mesmo ano de 1824.
de novo oficia, desta vez, porém, ao Ministro do Império, quei-
— 36 —

xamlo-se amargamente da falta de resposta ao primeiro ofício e


reiterando o pedido da remessa dá tipografia.
Chegando ás mãos do Imperador este segundo ofício do pre­
sidente de São Paulo, Sua Magestade determinou em peremp­
tório e enérgico despacho ao Ministro da Fazenda que remetesse
a tipografia solicitada.
“ Sente-se dolorosa surpresa, continua Afonso de Freitas,
e verdadeiro pesar ao ler-se no processo dos papeis referentes ao
fornecimento de uma tipografia a S. Paulo, aliás modestíssima
e estragada, os despachos sofísticos e dilatórios, trescalando a
chicana e mostrando a má vontade, lançados por altas cerebra-
ções taes como a que se chamou Mariano José Pereira da Fon­
seca, autor das Máximas dovMarquês de M aricá!
Sem embargo da imperial determinação, até hoje (19141
não receberam os Paulistas a decantada tipografia pelo govêrno
geral prometida desde 8 de janeiro de 1823” . Pedimos venia
para acrescentar, até hoje, setembro de 1948, ainda não
apareceu! ^
Não foi por desídia ou preguiça do Visconde; êle fez o que
humanamente era possível.

^ ^ íj:

Guardamos em nosso arquivo curiosa carta cuja publicação


parece interessante endereçada a Lucas Antonio Monteiro de
Barros, fazendeiro em Bom Sucesso. .

“Meu filho do coração.


D y.
“ Rio,1 10 de Abril de 1833.
“Tenho presente duas cartas tuas, a l.a com a conta
“ da receita e despesa do mês passado, e a 2.a de 7 do
“corrente. Quanto á primeira vejo importar em
“ 317$100 e a despesa em 265$200, sendo o saldo
“ 52$200, que recebi, e achei muito pouco, todas as
“ vezes que pelo menos não vierem 100$000, porque
“calculo com o rendimento das duas fazendas, e é
“por isso que se arrendassem os dois Ranchos por
“ 1 :200$000, só eles dariam os 100$000 mensais ; mas
“como estou para fazer inventário e pára dar parti­
lh a s aos filhos, não é possível antes disso arrendar;
“ e é esta a resposta que tens a dar ao nosso Rev.°
“Vigário.
* “ Quanto á segunda carta, o que sei" de Minás é que
“houve uma sedição militar, á qual se ajuntou algum
“ povo, requerendo para Presidente a teu tio Romual-
“ do, que não aceitou; a teu tio Manuel José, que
“ disse que preferia antes morrer nas pontas das baio-
“ netas, do que aceitar hum emprego por meios vio­
le n to s e com violação da L ei; penso que o Brigadei-
“ro Pinto restabelecerá a ordem e chamará os disco-
“ los aos meios conciliatórios, punindo os sediciosos
“e amotinadores.
“ Mariano voltá, havendo entregado os artigos con­
te ú d o s na tua relação e os 52$200. Remete os car­
pinteiros.
“ Volta o teu cavalo, que está melhor mas não en-
“gorda por velho; manda arrendar algum potro no
“ entretanto vê se mandá algum cavalo capaz de ir
“ ao Senado; João Manuel ou Laureano talvez quei-
“ ram vender algum, costumam te-los bons e o Flo-
“rentino, compra-mo.
“ Adeus. Aceita o Coração e a Bênção de teu
“Pai e am.°
Lucas.
“ P. S. Lembranças ao sr. Dr. Agostinho.”

Esta carta esclarece a data do falecimento da Viscondessa,


aproximadamente por volta de 1832 a 33, pois em abril deste
último ano estava a fazer inventário e partilhas. Não consegui­
mos a data certa.
Esclarece também o meio de condução do Visconde, de sua
chácara e residência Rua de Bela Vista (atual Barão de Itápa-
gipe) até o Senado, cerca de três quilómetros, através do man­
gue ; não se pensava em transporte coletivo, bondes e outros,
pelo que se viá forçado a usar de um bom cavalo.
A Rua de Bela Vista era essencialmente residencial e por
gente distinta. Temos diante dos olhos uma lista de pessoas e
de famílias que ali residiam, lista publicada pelá Câmara Muni­
cipal do Rio de Janeiro quando trocaram a numeração e da qual
um exemplar existe no Arquivo Nacional, onde consultamos.
Vamos dar os nomes de alguns vizinhos: Inácio José Soares
de Souza; Antonio Bernardo dos Passos; Dr. José Machado
Coelho de Castro; Dr. José Francisco de Souza Lemos; Conde
Bonfim; Dr. Flermogênio Pereira da Silva; Dr. José Mariano
Femandes Pereira da Silva; Cláudio- Simon Vicenzi; Brigadeiro
Manuel Estánislau de Castro C ruz; Antonio Maria Navarro
Ferreira de Carvalho; João José Pacheco Sobrinho; Dr. João-
da Cruz Santos; Cristiano Benedito O toni; Marquês de Bon-
— 38 —

fim; Francisco Carneiro de Santiago; Raquel Georgina Hadock


Lobo; Domingos de Oliveira Mamede; Carlos Adolfo Souvenet;
Barão de Itapagipe, este no n.° 30, deu o nome à rua.
Como vemos, os herdeiros do Visconde (a lista foi feita
após sua morte), gozavam de boa vizinhança. Quanto ao Conde
e Marquês de Bonfim, explica-se: um prédio comprou quando
era Conde; o outro depois de elevado a Marquês; o registro pro­
vavelmente foi feito na data da compra.
Outra carta devemos á gentileza do parente Antonio Augus­
to Monteiro de Barros Neto, que por sua vez informou tê-la
encontrado na História da Fundação do Império do Brasil, por
J . M. Pereira da Silva, vo'l. 5, pág. 95.

“ Ilmo. Sr. José Joaquim Carneiro de Campos


“ Ténho presente a comunicação e participação de
“V. Excia. para ir tomar assento no augusto Con­
g resso como deputado pela província de Minas Ge-
“rais. Depois de trinta e três anos de serviços pú­
blicos em lugares de letras, nas Ilhas dos Açores,
“ Pernambuco, Bahia, Minas Gerais e Rio de Ja-
“ neiro, falece-me já as forças do espirito e corpo
“para qualquer emprego que exija mór aplicação e
“ muito mais para a tactica das assembléias e para
“as funções legislativas, que requerem estudos, qua-
“ lidades e virtudes que não são comuns e que eu
“ não tenho; comtudo em um corpo numeroso de
“ deputados escolhidos em todas as partes do Impé-
“rio, a maioridade das luzes servirá de suplemento
“á que me faltam e á escassez de meus talentos; e
“ atendendo aos ditames da prudência e da probida-
“ de e tendo por guia os mais abalisados publicistas
“ espero não desorientar-me no verdadeiro rumo.
“ Para a minha vinda e para meu regresso todos
“ sabem que me determinaram considerações bem
“ diferentes das que tem por objeto a rainha pessoa
“ e os meus particulares interesses; os dá patria es-
“ tão em primeiro lugar e devem preferir a tudo; em
“ serviço da mesma submeto-me ao chamamento le-
“ gal e desde já vou tratar dos arranjos necessários
“ ao meu embarque. O que V. Exia. terá a bonda-
“ de de participar ao augusto Congresso. Deus
“guarde a V. Exia. Recife de Pernambuco, 10 de
“ agosto de 1823. Lucas Antonio Monteiro de

“ Barros”.

A
— 39 —

Curta e rápida foi sua passagem pela Assembléia Geral.


Por decreto de 22 de janeiro de 1826 foi escolhido senador
pela Província de São Paulo. Alcançou o sétimo lugar na lista
das votações, com 151 votos; o primeiro foi o Dr. Nicolau Pe­
reira de Campos Vergueiro, com 263 votos; em seguida, Manuel
Joaquim de Orndas, com 255 votos; Marechal Francisco das
Chagas Santos, com 215; Tenente General Manuel Martins da
Costa Reis, com 166; Candiclo Xavier de Almeida e Souza, 161
e o Marechal José Arouche de Toledo Rendon, com 154.
Frequentou o Senado assiduamente; em 1827 recebeu prova
de apreço, com a eleição de l.° secretário, entrando para a com­
posição da mesa.
Exerceu o mandato ao lado do filho, Dr. Antonio Augusto
(1838-1841) a quem sobreviveu cerca de dez anos e do irmão,
Cónego Marcos Antonio Monteiro de Barros (1826-1852 ).
Juntamente com estes e mais o filho Dr. Rodrigo Antonio,
deputado geral pela província de S. Paulo, assinou a proclamação
da Assembléia Geral declarando a maioridade de D. Pqdro II.
Em 23 de julho de 1840 fez parte da comissão encarregada
de receber S. Magestade Imperial na porta do Senado e serviu
de testemunha do nascimento de duas princesas. A 19 de ju­
lho de 1848 foi de novo chamado a apor sua assinatura, na qua­
lidade de testemunha, no auto de nascimento do príncipe D. Pe­
dro Afonso, auto publicado pelo escritor Ernesto Sena, "Rfls=
cunhos e Perfis-Notas de um repórter, pág. 503.
Grande do Império a 2 de junho de 1841.
Interveio na discussão dos mais palpitantes assuntos que
transitaram pela Câmara Alta. Em 1834 tratava-se da reforma
monetária, questão empolgante, provocando em ambas as casas
legislativas anárquicos debates, emendas, ataques e defesas. No
dia 16 de setembro de 1834 surge no Senado um projeto pro­
curando a estabilisação da moeda papel e dando outras provi­
dências.
A importância do projeto se patenteia pelos nomes resso­
nantes e prestigiosos que o subscreveram: Vergueiro, Marquês
de Inhanbupe, Inácio Borges, Rodrigo de Carvalho e Visconde
de Congonhas do Campo. (Afonso Arinos de Melo Franco,
“Histórih do Banco do Brasil”, pág. 329).
Para mostrar o caráter íntegro e o espírito de justiça do
Visconde, vamos narrar dois episódios verificados durante a ges­
tão presidencial da província de São Paulo.
No dia 10 de novembro de 1825 um corsário argentino vindo
do Rio da Prata, apreendeu próximo á barra de Paranaguá as
sumacas “Menália”, “Aurora” e “ Santa Cruz”, de propriedade
40 —

(lo Capitão-Mor Manuel Antonio Pereira e d0 Tenente-Coronel


Leandro José da Costa, tripuladas por escravos. A bordo da
"Santa Cruz” seguiam para o Rio Grande onze oficiais do exér­
cito com destino ás guarnições do sul, que ficaram prisioneiros.
Na noite seguinte, de 11, os escravos daqueles dois e um
outro de nome Antonio, que encabeçou o movimento, perten­
cente ao Sargento-Mor Manuel Francisco Corrêa, tomaram a
heroica resolução, com risco da própria vida e certos que no
Rio dá Prata seriam libertos, de retomarem a “ A urora” onde
estavam os prisioneiros, além de grande carregamento de fazen­
das e mercadorias trazidas do Rio de Janeiro.
Se bem o planejaram, melhor o executaram. Mataram o
homem do leme; lançaram ao mar o oficial estrangeiro que co­
mandava. fecharam as escotilhas conservando os inimigos nos
porões, levando a cabo arriscada proeza um tanto desconhecida
ou esquecida e que continua sem a inteira' consagração a que
impõe e sem um estudo especial e detido a seu respeito. Fran­
cisco Negrão dêle se ocupa incidentemente na Genealogia Pa­
ranaense, 3-276.
O Visconde, por ordem imperial, determinou imediatamente
que passassem cartas de alforria a êsses escravos e que os reme­
tessem à Côrte, para beijar a mão de S. Majestade o Imperador.
Mas a ingratidão humana é eterna e generalizada: o diá
do beneficio é a véspera da ingratidão. Os senhores dos heroi­
cos pretos, alegando receios de imaginária insurreição ou insu­
bordinação da escravatura local, empregavam as maiores evasi­
vas e subterfúgios para conservá-los no cativeiro. Começaram
a fazer o que em linguagem familiar chamamos "corpo mole”,
ouvidos moucos, desentendidos, protelando. Hoje diriam : deixa
ficar para ver no que dá.
O Visconde não esteve pelos autos.
A 15 de fevereiro de 1826 remete enérgico ofício ao Coro­
nel Comandante militar de Paranaguá, ordenando que chamasse
os donos dos escravos, apelasse para seus sentimentos filantrópi­
cos, recomendando a assinatura da carta de liberdade, imediata­
mente e que providenciasse a remessa dêles para a Côrte, assegu­
rando que êle Visconde saberia garantir a tranquilidade e manter
a ordem pública; o receio de insurreição considerava mero pre­
texto.
Passaram-se cêrca de trinta dias e. . . moita, ninguém se
movia. Afinal, a 18 de março o Visconde perdeu a paciência.
Em oficio dirigido ao Comandante, então o Coronel João F ran ­
c isc o Belegarde, deu várias e enérgicas instruções, ordenando
formal e positivamente, que segurasse os pretos onde estivessem
— 41 —

e os remetesse, libertos, ao Rio de Janeiro, acompanhados de um


oficial de capacidade e de sua escolha.
Capitularam os esquecidos; não houve meios de tergiversar.
A ordem foi executada; os valentes homens de côr seguiram
para a Côrte, beijaram as mãos do Imperador, foram entregues
ao ministro da Marinha e entraram para o rol dos homens livres.
Graças à energia, tenacidade e espírito justiceiro do Vis­
conde.
Êste episódio não passou despercebido às autoridades do
momento e foi publicado em 1943, mais de um século depois.
Anais do Arquivo da Marinha, Ministério da Marinha, Ano 2,
junho de 1943, fascículo n. 2.
Cópia n. 61, em 8 de fevereiro de 1826. Ao Visconde de
Paranaguá, Quartel General da Marinha, em Montevidéu, Vice-
Almirante Rodrigo José Ferreira Lobo.
“Cumpre-me participar a V. Excia. que no dia 2 do corrente
entrou neste pôrto o Bergantim mercante “19 de Agosto’’, de
que é Capitão Francisco Martins de Oliveira, tendo saído de
Paranaguá no diá 23 de dezembro do ano próximo passado e
deu as seguintes notícias, que o Corsário Lavaleja apresara duas
sumacas, roubando uma e metendo a guarnição dela' fechada na
Câmara, e depois lhe deitara fogo e tendo-se antes escondido um
indivíduo da guarnição; logo que o Corsário se separou o indi­
víduo que se tinha escondido foi abrir a Câmará e puderam apa­
gar o fogo e entraram em Paranaguá; e a outra sumaca lhe
meteram oito ou nove homens e a mandaram para a Patagônia
e os marinheiros escravos dela puderam surpreender os do Cor­
sário e os mataram a todos menos um e foram entrar em Para­
naguá e o senhor dos escravos que penso ser ó Capitão-Mor lhe
passou carta de alforria e dizem que o dito Corsário tem tomado
dezessete ou dezoito presas; em consequência destas tristes notí­
cias mando vir a corveta Maria da Glória a correr a costa da
Patagônia e depois voltar pela costa acima até defronte da Ilha
Grande, a fim de ver se pode encontrar o referido Corsário ou
as presas que êle tiver feito”.
“ Neste ofício impressiona à primeira vista a palavra “ Pa­
tagônia”, repetida.
Não se trata da região situada no extremo sul dá República
Argentina, na Terra do Fogo, ao lado do estreito de Magalhães.
Foi engano do copista oficial. Trata-se de Carmen de Pátago-
nes, nas imediações da embocadura do rio Negro, no paralelo
40, mais ou menos, S., naquele tempo zona pouco povoada, onde
os corsários deixavam os prisioneiros, os produtos roubados e
se abasteciam para novas incursões.
— 42

Outra demonstração do espírito justiceiro do Visconde teve


como protagonista certo Capitão-Mor de Antonina.
Lun senhor Capitão-Mor Manuel José Alves, saindo de
seus cuidados pediu licença ao presidente da Província para
passar, na porta da cadeia, alguns bolos em duas pretinhas trans­
viadas, que, dizia, perturbavam o sossego público, pretendendo
assim continuar a praxe usada durante o regime absolutista co­
lonial.
Caro custou a aventura ao Capitão-Mor, cuja mentalidade
ainda estava envolvida nas brumas espessas do passado reinól,
não evoluirá.
O pedido traria à baila o cómico, o caricato e o grotesco
se não provocasse a piedade das pobres mãos dilaceradas pelos
golpes da caviúna ou do óleo de cabreúva, dois exemplares os
mais duros, rijos e pesados de nossa flora, com os quais se
fabricava o instrumento aviltante, a palmatória.
Alguém velava na Capital paulista.
Já chegara ao Visconde o registro das mutações sísmicas
do ambiente político-social de nosso país, sua inteligência privi-,
legiada já se amoldara aos temas e problemas da Nova E ra; a
alta visão de administrador conjugava-se com a de bacharel e
magistrado, exigindo religioso receito à Lei.
Eis a resposta enérgica, fulminante, de acaçapar:

“ Se o Sr. Manuel José Alves, Capitão-Mor da vila


“de Antonina quizesse ter o trabalho de refletir sô-
“ bre o título 8.° e respectivos artigos da Constitui-
“ção política do Império, em que se garante a invio­ .,11
labilidade dos direitos cívicos e políticos dos cida­ V
d ã o s brasileiros que têm por base a liberdade e a
“ segurança individual e em que se abóliram os açoi-
“ tes, torturas e mais penas civis, não tomaria outro
“ desnecessário em fazer uma proposta obscura, como
“a de se permitir que se mande dar algumas dúzias
“ de palmatoadas, na porta da cadeia, em diversas
“mulheres que diz serem meretrizes, ou degradá-las
“para fora de seu domicílio sem sentença que a isso
“as condene; o que tudo bem denota que no comando
“ da mesma vila se regula pela sua vontade arbitrária
“e não pela nossa Constituição como lei fundamen-
“tal do Império, devendo afinal ficar na inteligência
“ de que, se tais pessoas perturbam o sossêgo público
“compete ao Juiz do Crime proceder contra elas na
“ forma da lei. Palácio do Govêrno de São Paulo,

t
— 43

“ 31 de março de 1827. Visconde de Congonhas do


“ Campo”.

Depois dêste pito o Capitão-Mor — é de crer — retirou-se


à vida privada, desapontado e desenxabido.
Repontam nesta réplica os traços marcantes do espírito
público, do estadista sempre presente à ideia de administrador
da Justiça, imbuído do senso apostolar de Juiz. Nela se perce­
bem as qualidade que distinguiram o chefe de família, o magis­
trado, o administrador, o político, o Senador.
Muita matéria interessante, pormenores e outros exemplos
poderíamos juntar a êste bosquejo do passado, avivando dest’arte
o colorido da personalidade ora recordada ; não constituem, po­
rém, tarefa para o nosso estudo; do Visconde só nos interessam
os dados genealógicos.
Assim, depois de uma vida devotada à família, cheia de
serviços à pátria, exalou o último alento no Rio de Janeiro a
10 de outubro de 1851, havendo de seu feliz consórcio, nove
filhos que serão descritos, quanto possível, pela ordem de nas­
cimento e que, para conveniência do estudo, formarão os nove
capítulos seguintes:
•>Capítulo l.° — Dr. Antônio Augusto Monteiro de Barros
” 2.° — Brigadeiro Inácio Gabriel Monteiro de Barros
3. ° —- Dr. Manuel Monteiro de Barros
4. ° — Dr. Rodrigo Antônio Monteiro de Barros
5. ° — Comendador Lucas Antônio Monteiro de Barros
” 6.° — Maria do Carmo Monteiro de Barros
7. ° — Ana Helena Monteiro de Barros
8. ° — Desembargador Dr. José Maria' Monteiro de
Barros
” 9.° — Evaristo Monteiro de Barros
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C a p ít u l o 1

DR. ANTÔNIO AUGUSTO M ONTEIRO DE BARROS

Primeiro filho cios Viscondes de Congonhas do Campo.


Nasceu em 1790 na Ilha de Santa Maria quando seu ,pro-.
genitor aí exercia o cargo de juiz de fora do Arquipélago dos
Açores.
Abraçou a carreira militar assentando praça de cadete, em
24 de abril de 1804, no regimento de cavalaria de linha da Capi­
tania de Minas Gerais, aquartelado em Vila Rica. Promovido a
Alferes agregado em 13 de maio de 1808 e a Alferes efetivo em
13 de maio de 1814.
Neste último ano requereu ao Príncipe Regente D. João
licença, com vencimentos de soldo, para frequentar os estudos na
Universidade de Coimbra, pedido que foi atendido como se veri­
fica do aviso de 12 de julho dêsse ano, assinado pelo Marquês de
Aguiar, ministro da Guerra.
Seguiu para Portugal em 1815, onde fêz o curso e foi gra­
duado na Faculdade de Leis da referida Universidade.
Regressando ao Brasil em 1821, solicitou demissão do ser­
viço do exército que lhe foi concedida em 17 de outubro do mes­
mo ano.
Ingressou na magistratura, sendo nomeado em 21 de julho
de 1822, juiz de fora da comarca de Vila Rica.
Em 19 de outubro de 1823 foi nomeado ouvidor da comarca
de Olinda, na província de Pernambuco, ato que ficou sem efeito
pela sua nomeação para a comarca de Sabará em 1 de dezem­
bro de 1824.
Em 13 de dezembro de 1825, foi nomeado provedor da fa ­
zenda, dos defuntos e ausentes, resíduos e capelas da mesma
comarca de Sabará.
Em 12 de outubro de 1827 obteve a nomeação de Desem­
bargador da Relação de Pernambuco e em 11 de setembro de
— 46 —

1829 foi mandado ter exercício no cargo cie ajudante do inten­


dente geral de Polícia.
Cêrca de dois anos depois, a 9 de dezembro de 1830, de­
terminou D. Pedro 1 que tivesse exercício na Casa de Supli­
cação, continuando como ouvidor da comarca do Rio de Janeiro,
cargo em que se achava.
A 4 de outubro de 1832 consegue promoção: desembarga­
dor da Relação da Bahia e em seguida, ministro adjunto ao
Conselho Supremo Militar (atual Supremo Tribunal Militar)
em 12 de abril de 1833; juiz conservador da Nação Britânica
a 7 de novembro de 1833 havendo sido dispensado dêste última*
cargo a 15 de março de 1834.
Fêz parte da Assembleia Geral Legislativa (1826-1829),
deputado pela província de Minas Gerais.
Em virtude da Carta Imperial de 29 de setembro de 1838,.
assinada em nome do Imperador pelo Regente do Império, Pe­
dro de Araújo Lima, rnais tarde Marquês de Olinda, foi esco­
lhido senador pela mesma província.
Existiam duas vagas, uma pelo falecimento, a 10 de feve­
reiro de 1838, do Visconde de Caeté e outra pelo falecimento,
a 7 de janeiro de 1838, do Padre José Custódio Dias., Em ma'ic>,
dêsse ano realizaram-se as eleições para preenchimento das duas
vagas, em uma lista sextupla (3 por vaga) ebncorrendo Ber­
nardo Pereira de Vasconcelos, que obteve 691 votos; Cândido
José de Araújo Viana (Marquês de Sapucaí) com 621 votos;
seguindo-se José Cesário de Miranda Ribeiro, 598; Antônio
Paulino Limpo de Abreu (Visconde de Abaeté) 476; Antônio
Augusto Monteiro de Barros, com 446; e, finalmente, José Joa­
quim Fernandes Torres, com 426. Foram escolhidos o primeiro
e o penúltimo.
Sócio do Instituto Histórico Brasileiro, admitido em sessão
de 1 de dezembro de 1838.
Casou duas vêzes. A primeira com Maria Constança -da
Graça Rangel, falecida no Rio de Janeiro a 27 de junho de
1828, filha de Antônio José da Cruz Rangel.
Êste Antônio José da Cruz Rangel pertencia ao_ alto co­
mércio da praça do Rio e conhecia as finanças nacionais. No
dia 31 de janeiro de 1829 os acionistas do primeiro Banco do-
Brasil, alarmados ante sitas condições precárias, confiaram a
uma nova diretória a tarefa de reorgánizá-lo e salvá-lo da ruína
iminente. Entre os membros da diretória (deputados) figurava
o nome de Antônio José.
A nova diretória não conseguiu alterar a situação alar­
mante do instituto de crédito pelo que em outubro do mesmo
— 47 —

ano decretou-se a liquidação, nomeando-se a comissão encarre­


gada da mesma e dá assinatura de notas; o nome de Antônio
José não foi esquecido. (Afonso Arinos de Melo Franco, "H is­
tória do Banco do Brasil”, págs. 238 e 274).
Tem ainda outra ligação com a família Monteiro de Bar-
ro s; é o pai do segundo Antônio da Cruz Rangel, casado com
uma filha do Desembargador Lourenço Ribeiro e neta do Ba­
rão de Paráopeba, como se vê no Capítulo 23.
Casou segunda vez, na freguesia de Sant’Ana, Rio de Ja­
neiro, a 14 de setembro de 1829 com Virgínia Amália Carneiro
de Camipos, falecida no Rio de Janeiro a 26 de julho de 1874,
filha do Dr. Francisco Carneiro de Campos, nascido em 1779
e falecido naquela cidade a 8 de dezembro de 1842, Ministro
do Tribunal de Justiça, cuja vida está traçada pelo Coronel
Laurênio Lago, “Supremo Tribunal’’, pág. 40 e de Maria José
Cárolina Maia; neta paterna de José Carneiro de Campos, ne­
gociante na Bahia, nascido em S. Salvador de Pena Maior, Bis­
pado do Pôrto, casado na Bahia a 2 de julho de 1769 com Custó­
dia Maria do Sacramento, pais também do l.° Visconde de Ca­
ravelas.
Por seu avô paterno, bisneta de Manuel Carneiro e de
Josefa de Campos.
Por sua avó paterna, bisneta de Tomaz de Arruda Pimen-
tel e de Rosa Maria de Assunção (Informações colhidas em
trabalho inédito sôbre a família Carneiro de Campos, organizado
pelo genealogista Sr. Horácio Rodrigues da Costa, cuja leitura
nos foi amavelmente confiada no Rio, em agosto de 1947 e que
agradecemos).
Finou-se o Dr. Antônio Augusto no Rio de Janeiro a 16
de novembro de 1841, sendo sepultado nas catacumbas da Igreja
de São Francisco de Paula, tendo sido substituído no Senado
pelo Marquês do Paraná.
Deixou quatro filhos, do segundo enlace:
§ 1 — Lucas Augusto Monteiro de Barros
§ 2 — Maria da Conceição Monteiro de Barros
§ 3 — Maria Tereza Monteiro de Barros
j 4 __ Dr. Francisco Carneiro Monteiro de Barros.

* * *

§ 1 — Lucas Augusto Monteiro de Barros

Nasceu no Rio de Janeiro em 1830. Exerceu durante mui-


' tos anos o cargo de coletor de rendas na cidade de Leopoldina.
— 48 —

Casou com Maria Domiciana Medina Celli, filha de Joa­


quim Medina Celli, espanhol e de Teodora Placidina do Nasci­
mento Nogueira.
Teodora Nogueira’, recenseada em lx>rena no ano de 1801,
com a idade de três anos, era a décima filha de Hilário Gomes
Nogueira e de Maria Josefa do Nascimento, registrada pelo
nome de Maria José na Genealogia Paulistana de Silva Leme,
6-380, primeira linha; neta paterna de João Gomes -de Lemos,
português, de Famalicão e de Joana Nogueira do Prado Leme,
2.° casamento desta (Silva Leme 6-372) ; neta materna de Cae­
tano José de Miranda, natural de Guaratinguetá. casado em
Baependi, com Ana Antônia de Jesus do Prado, filha de Tomé
Rodrigues Nogueira do Ó, tronco dos Nogueiras de Baependi.
(Dr. Carlos da Silveirá, Subsídios, págs. 51 e 61).
Por intermédio destas duas citações da imperecível obra do
Dr. Silva Leme, podemos vincular à Genealogia Paulistana
todos os descendentes de Lucas Augusto Monteiro de Barros.
Em 1788 o govêrno português mandou fechar tôdas as fá­
bricas de tecidos existentes no Brasil e inutilizar os respectivos
teares. No Rio de Janeiro foi excetuada uma pertencente a João
Monteiro Celli, porque possuia teares de grosserias de algodão,
panos grossos e baetões para negros. (Revista do Instituto
Histórico Brasileiro, vol. 10, pág 232, l.a série). .
Terá êste Celli alguma ligação com Joaquiim Medina Celli
acima referido?
Precisamos também advertir que o Dr. Silva Leme registra
somente três filhos de Hilário Gomes Nogueira; os outros cons­
tam nos “Subsídios”, acima citado.
De seu casamento houve Luca? Augusto dez filhos que se­
rão catalogados de 1-1 a 1-10:

1-1 Maria Amélia Monteiro de Barros.


Casou com Domiciano Antônio Fefreira Monteiro de Cas­
tro, filho do Coronel José Joaquim Monteiro de Castro e
de Maria do Carmo Monteiro da Silva, citados no Cap. 49,
§ 4, onde consta a geração.
1-2 Francisca de Assis Monteiro de Barros.
Casou com seu parente Júlio César de Miranda Monteiro
de Barros, filho de outro Júlio César de Miranda Monteiro
de Barros e de Emilianá de Souza Breves citados no Cap.
15, § l.°.
1-3 Ambrosina Monteiro de Barros.
Casou com o Coronel José Joaquim Monteiro de Castro,
tronco do Cap. 49.

f
— 49

1-4 Maria Tereza Monteiro de Barros.


BARONESA DE SANTA HELENA.
Casou duas vêzes. A primeira com o Dr. José Joaquim
Monteiro de Castro, irmão de Domiciano Antônio, acima
citado no n.° 1-1, filhos do Coronel José Joaquim Monteiro
de Castro, citado no n.° 1 - 3. Segunda vez com o Barão de
Santa Helena, pelo que passou a se assinar Baronesa de
Santa Helena. Sem, geração. Vide o Cap. 51, § 2.°.
1-5 Gabriela Monteiro de Barros.
Casou com Mateus Ferreira Monteiro de Castro, filho de
Domiciano Ferreira Monteiro de Castro e de Florentina
Monteiro de Castro, neto paterno dos Barões de Leopol-
dina, Cap. 46, § 6. Desconhecemos a geração.
1-6 Elisa (ou Elisa Valentina) Monteiro de Barros.
Casou com Onofre Mendes (l.° casamento dêste), antigo
oficial de Registro Geral de Hipotecas e Transcrição de
Imóveis da comarca de Juiz de Fora, filho de Francisco
Mendes de Carvalho e de Ana Mendes de Carvalho. Re­
sidiu o Sr. Onofre Mendes mais de 40 anos na referida
cidade, onde faleceu, aos 70 anos, no dia 6 de outubro de
1943. Filhos:
2-1 Dr. José Joaquim Monteiro Mendes.
Engenheiro. Alto funcionário do Património Nacional,
falecido aos 46 anos em 16 de abril de 1944, casado
com Maria Odete Voigt Mendes, filha de Erwin Voigt
e de Alice Peres da Silva; neta paterna de João Joa­
quim Cristiano Voigt, alemão de Hamburgo, natura-
lisado cidadão brasileiro, poliglota, que durante mui­
tos anos exerceu as funções de tradutor juramentado
ná cidade do Rio de Janeiro; neta materna dos Barões
Peres da Silva — agraciados pelo governo português.
O Almanaque de Laemert, publicado no ano de 1875,
inscreve o nome do tradutor público Johanes Joachim
Christian Voigt, com escritório à Rua da Alfândega
n.° 1 e residência em São Domingos, à Rua Aurea
n. 10. Filhos:
3-1 Terezinha Mendes Pedroso.
Casou no Rio de Janeiro a 22 de junho de 1945.
com o Dr. Luiz Alberto Pedroso, filho do con­
ceituado médico Dr. Eurico Pedroso e de Maria
Celeste Palhano Pedroso. T em :
4-1 Luiz Eduardo Pedroso.
3-2 Alice Maria Voigt Mendes.
Estuda no Colégio de Sion, em Petrópolis.
2-2 Dr. ( hiofre Mendes Júnior.
Nasceu em Juiz de Fora a 19 de abril de 1899.
Bacharel em Direito; professor catedrático de Direi­
to do Trabalho na Faculdade de Direito da Universi­
dade do Brasil, na Capital Federal e na Faculdade de
Direito da Universidade de Belo Horizonte; procura­
dor geral do Estado de Minas Gerais, nomeado em
fevereiro de '1946. Dotado de talento poliforme e
artístico, o Dr. Onofre dedica-se nas horas vagas ao
estudo da música. O jornal paulista “ Folha da Ma­
nhã”, de 17-2-1946, publica o seguinte telegrama do
Rio de Janeiro: “ . . . como seu irmão o poeta e escri­
tor Murilo Mendes, o professor Onofre Mendes Jú­
nior é ainda um grande conhecedor da música, sendo
° presidente do “ Quarteto do Rio de Janeiro”. Faz
parte do Conselho Diretor da Sociedade Concertos Sin
fonicos de Belo Horizonte.
Casou com Maria Gontijo Mendes, tendo:
3-1 Elisa Mendes Campos.
Casou com o Dr. José Fiúza Campos, cirurgião
dentista, residente em Belo Horizonte. Tem três
filhos:
4-1 Lucas Augusto Mendes Campos.
Com quatro anos em junho de 1948.
4-2 Juarez Mendes Campos.
Com dois anos.
4-3 Juliano Mendes Campos.
3-2 Dr. Onofre Gontijo Mendes.
Advogado, residente no Rio de Janeiro.
3-3 Dr. José Guilherme Gontijo Mendes.
Formado em Ciências Políticas e Económicas e
matriculado no curso Rio Branco do Itamaratí,.
Ministério das Relações Exteriores.
3-4 Terezinha Gontijo Mendes.
Normalista, residente em Belo Horizonte.
3-5 Beethoven Gontijo Mendes.
Estudante na mesma cidade.
3-6 Alberto Magno Gontijo Mendes.
2-3 Murilo Mendes.
Poeta, literato, escritor e jornalista.
O jornal “Estado de São Paulo” de 11-11-1947 publi­
ca interessante critica literária sôbre seus trabalhos, as­
sinada por Villa Lobos. Antes, porém, a 30-8-47; pu­
blica o mesmo jornal um artigo subscrito por Alcantara
51 —

Silveira, do qual transcrevemos alguns trechos, sem


quebrar a regra que estabelecemos: não elogiar a quem
quer que seja, nem colocar adjetivos á direita de qual­
quer nome. Trata-se de crítica literária.
“ Murilo, o Mágico.
“Se não me engano foi Carlos Drumond de Andrade
“quem escreveu que a poesia de Murilo Mendes é um
“ saco de espantos. Realmente nela tudo pode acon­
te c e r ; as imagens mais abstratas, as idéias mais absur-
“ das (não no sentido que Camús dá áo vocábulo) como
“ também os versos mais lindos da poética brasileira.
“ A gente nunca se sente calmo e seguro diante de sua
“poesia porque há sempre uma novidade à vista, uma
‘‘surpresa a nos espreitar em cada página, aqui uma
“planície, mais alem a queda no vácuo e, de repente, a
“ ascensão para o azul. Justamente por isto a poesia
“de Murilo Mendes é sempre nova, embora nela haja
“ repetição de temas, até mesmo de palavras. O poeta
“ nunca se repete, porem: dir-se-ia um dançarino in-
“ capaz de executar duas vezes os mesmos passos de
“um bailado, renovando-o e recriando-o à vontade.
“Mas não é um dançarino e sim um mágico, desses que
“ tiram da cartola um copo de uisque, um buquê de flo-
“ res, um par de meias “nylon” e o retrato de Evita
“ Peron.
“E assim como se fica com raiva do prestidigitador por
“ ignorar como ele executa seus passes, ás vezes per-
“ manecemos indiferentes diante do poeta por não com­
preenderm os sua poesia, ou melhor por não alcançar-
“ mos a espiritualidade e a beleza que existem dentro
“ do hermetismo de seus versos. Esta indiferença po-
“ rem, dura pouco pois logo adiante eis-nos arrebatados
“ pelo vento, eis-nos flutuando em pleno ether, eis-nos
“ sentindo o poema na nossa carne. . . ”
Exerce o Sr. Murilo o cargo de escrivão da 4.a Vara de
Famílias no fôro do Distrito Federal.
Casou com Maria da Saudade Cortezão, poetisa e jor­
nalista, filha do Dr. Jayme Cortezão, português, de
Ançã, escritor, literato, historiador e jornalista, autor
entre outras, de uma “Introdução á História das Ban­
deiras” e de “Carta de Pedro Vaz Caminha”, casado
com Carolina Ferreira Cortezão; neta paterna de Dr.
Antonio Augusto Cortezão,- filólogo, escritor português,
de Coimbra e de Norberta Zuzarte Cortezão, do Pôr-
— 52 —

to; neta materna de Júlio Ferreira, de Eiras e de Ma­


dalena da Silva Cortezão, de São João do Campo. Sem
geração até esta data.
1-7 Lucas Monteiro de Barros.
Sétimo filho de Lucas Augusto Monteiro de Barros.
1-8 Francisco Monteiro de Barros. Falecido solteiro.
1-9 Eniília Adelaide Monteiro de Barros.
Casou com Elias Monteiro de Castro, irmão de Domiciano
Antonio e do D|r. José Joaquim, acima citados nos ns.
1-1 e 1-4. Vide o Cap. 49, § 7.
1-10 José Joaquim Monteiro de Barros.
Último filho do § 1. Faleceu solteiro.

§ 2 — Maria da Conceição Monteiro de Barros

Segunda filha do Dr. Antonio Augusto Monteiro de Barros.


Nasceu a 8 de dezembro de 1831.
Casou com José Luiz da Silveira, filho de Agostinho Luiz
da Silveira e de Francisca Clara de Assis de Souza Breves; neto
paterno de Manuel da Silveira Cardoso, da Ilha do Fayal e de
Rosa Maria de Jesus; neto materno de Tomé de Souza Breves,
batizado em São João Marcos aos 25 de janeiro de 1756 e de
Maria Rodrigues.
Tomé de Souza Breves era filho de Antonio Breves e de
Maria de Jesus.
Antonio Breves nasceu em 1720 ( ?) na Ilha de São Jorge,
nos Açores, filho de Manuel Breves e de Maria de São José.
Dotado de rara energia e de coragem ao trabalho, transferiu re­
sidência para o nosso país e em 1750 estabeleceu-se no “Cami­
nho Novo” para as Minas, abrindo diversas fazendas e devas­
sando o sertão, no território Oeste fluminense; foi quem plantou,
no Brasil, á semente que deveria produzir conceituada e mar­
cante arvore genealógica, cujos ramos, com dadivosos frutos,
espalham-se hoje pelo território nacional, principalmente nos Es­
tados do-Rio, Minas e São Paulo. Queremos nos referir á fa­
mília Breves, da qual foi iniciador, chefe e fundador. Tornou-se
conhecido pelo nome de Antonio da Cachoeira ou pelo “ Velho
da Cachoeira”. Casou com Maria de Jesus, filha d-e Braz Fer-
nandes e de Joana do Espirito Santo, todos da freguesia de
Santa Luzia, Ilha Terceira, Açores.
Faleceu no dia 31 de dezembro de 1814 e foi sepultado na
Igreja Matriz de São João Marcos, deixando vasta e numerosa
— 53

descendência que formou aquela aristocracia agrícola de abas­


tados senhores rurais, que tanto brilho, fausto e realce empres­
taram ao segundo reinado, na província do Rio de Janeiro. A
família Breves está tão entrelaçada com os Gonçalves de Morais
e com a família do Barão de Pirai, que podemos dizer em linhas
gerais, formam uma só família. Nesta deveriam ingressar, e
assim fizeram, diversos Monteiro de Barros, como veremos no
desenrolar das páginas desteMivro.
Maria Rodrigues — esposa de Tomé Breves — era filha
de Antonio Rodrigues e de Francisca Valadão Flores.
O casal José Luiz da Silveira—Maria da Conceição, teve
três filhos que serão inscritos de 1-1 a 1-3:
1-1 Dr. Antonio Luiz Monteiro da Silveira.
Formado em Medicina1, clinicou em Angostura. Propagan­
dista da República.
Casou com sua prima, Filomena Vidal Leite Ribeiro, filha
do Tenente-Coronel Manuel Vidal Leite Ribeiro e de Maria
Terezá Monteiro de Barros, adiante citados, no § 3.°, n. 1-4.
Além de Alice, falecida menor, teve rnais:
2-1 Silvia Monteiro da Silveira.
2-2 Dr. Mário Luiz Monteiro da Silveira.
Nasceu a 4 de agosto de 1888. Formou-se em Medici­
na e clinicou em Ribeirão Preto. Casou em São Paulo
(Consolação, liv. de casamentos n. 14, fls. 154), no dia
16 de dezembro de 1912, com Georgina Junqueira, nas­
cida em Minas a 23 de outubro de 1894, filha do Coro­
nel Joaquim Firmino de Andrade Junqueira, abastado
lavrador de café em Ribeirão Preto, falecido a 25 de
janeiro de 1920, contando 66 anos e de Rita Vilela de
Andrade Junqueira; neta paterna de Francisco Maxi-
miano Junqueira e de Maria Constança (ou Mariana,
como já lemos) de Andrade Junqueira; neta materna
de Modesto Vilela dos Reis e de Maria Paula Vilela
de Andrade.
Por seu avô paterno, D. Georgina é bisneta de
Luiz Antonio de Souza Diniz e cíe Ana Claudina Diniz
Junqueira.
Por sua avó paterna, bisneta do Capitão Francisco
Antonio da Costa e de Maria Zenaide de Andrade ( fi­
lha, esta, de Francisco Antonio Diniz Junqueira, irmão
cie Ana Claudina e de Maria Constança, acimá citadas).
Por seu avô materno, bisneta de Domingos Mo­
desto Vilela e de Ana Vilela dos Reis.
54 —

Por sua avó materna, bisneta de Francisco Vilela


dos Reis e de Rita Porfiria de Andrade.
O casal Mario Luiz-Georgina teve a filha única:
3-1 Regina Helena Junqueira da Silveira.
Nasceu em São Paulo a 15 de outubro de 1925
e casou a 20 de setembro de 1940, com Paulo
Eduardo de Aguiar, nascido em S. Paulo a 8 de
abril de 1920, filho dê Paulo Dias de Aguiar, nas­
cido em Monte Alto a 17 de dezembro de 1894,
falecido a 18 de abril de 1950, casado em, Buenos
Aires com Maria Silvia Suarez Jacob, de concei­
tuada família argentina, nascida a 29 de outubro
de 1900; neto .paterno de Jorge Dias de Aguiar e
de Maria Tinoco de Aguiar. (Cartório de Paz e
Registro Civil da Consolação, liv. 50, fls. 61 v.,).
D. Maria Tinoco faleceu em São Paulo aos 81
anos de idade, no dia 9 de janeiro de 1950.
Jorge Dias de Aguiar, falecido em S. Paulo a
28 de novembro de 1906, era filho de Antonio Dias
de Aguiar e segunda esposa, Isabel de Arruda
Leite Fenteado, citados em Silva Leme, 5-536,
onde o autor omite os filhos deste segundo casa­
mento.
Isabel de Arruda Leite Penteado, enviuvando,
contraiu segundas núpcias com Otaviano Alves de
Lima.
Maria Tinoco de Aguiar, nasceu em Campos,
na antiga província do Rio de Janeiro, a 22 de ou­
tubro de'1868, filha do Dr. José Ferreira Tinoco
e de Elisa Batista Ferreira Tinoco, a qual também,
depois de viuva, contraiu segundas núpcias com o
Dr. Júlio de Miranda e Silva e foram agraciados
por decreto de 7 de outubro de 1882, com o tí­
tulo de Barões de Miranda. Arquivo Nobiliár­
quico, pág. 287, onde não consta a data do fale­
cimento do Barão de Miranda, que descobrimos:
a 26 de maio-de 1901, em Campos.
No Anuário do Museu Imperial, Petrópolis,
1944, pág. 93, consta a analise do sinete do Barão
de Miranda, feita pelo abalisado heraldista Sr.
José Heitgen. O listei graciosamente ^lançado
sustem o escudo esquartelado e os dois leões áo
lado; a corôa de Barão e a divisa: “Hominem
Labor Honorat”.
— 55 —

No Almanaque Laemert de 1863-1864 apa­


rece o nome do Dr. José Ferreira Tinoco, concei­
tuado médico em Campos, fazendo parte do Con­
selho da Santa Casa, “ Mordomo da Botica”.
Sôbre estes nomes damos maiores detalhes em
"Oliveiras”, pág. 97 e “Jordão”, pág. 405.
O casal Regina-Paulo Eduardo tem:
4-1 Antonio Luiz da Silveira Aguiar.
4-2 P aulo Eduardo de Aguiar Filho.
2-4 Cecília da Silveira Barbosa.
Casou com o Dr. Luiz Antonio Moretzsohn Barbosa,
diplomado em Medicina pela Faculdade do Rio de Ja­
neiro em 1895; médico legista, exerceu durante mui­
tos anos (12) o cargo de diretor do Gabinete Médi­
co Legal da polícia do Distrito Federal.
Reside o Dr. Luiz Antonio no Rio de Janeiro,
aposentado; é filho do Dr. Luiz Eugênio Horta Bar­
bosa, nascido no Serro em 1843, bacharel em Direito,
eminente político durante o regime imperial, casado
a 15 de novembro de 1869, com Gabriela Moretzohn,
filha de David Moretzsohn e de Maria Carolina Mo­
retzsohn, alemães, naturais de Putzig, Prussia; neto
paterno do Conselheiro Luiz Antonio Barbosa, per­
sonalidade de grande relêvo na política de Minas e do
Império, nascido a 15 de junho de 1815 e falecido a
15 de março de 1890, casado em 1840 com Antonia Lui-
sa de Oliveira Horta, nascida a 2 de julho de 1815 e fa­
lecida em agosto de 1905.
A vida política do Conselheiro Luiz Antonio B ar­
bosa, sua ascendência e família estão magistralmente
descritas pelo Dr. A rtur Rezende, “Genealogia Minei­
ra”, vol. 2.°, pág. 77, pelo que deixamos de repetir. O
Conselheiro foi nomeado Senador por carta Imperial
de 15 de novembro de 1859, em substituição ao Barão
de Pontal. Na lista tríplice figuravam mais, Teófilo
Benedito Otoni, em primeiro lugar e Manuel Teixeira
de Souza (Barão de Camargos) em terceiro.
Seu filho, o Dr. Luiz Eugênio, também concorreu
à eleição de Senador em 1889, tendo sido eleito em pri­
meiro lugar com 5.623 votos; concorreram mais, o Dr.
Joaquim Felício dos Santos e o Dr. Carlos Peixoto de
Melo que foi o escolhido, apesar de ter recebido menor
votação: 5.198 votos (18 de outubro de 1889). (Tau-
— 56 —

nay, Senado do lmpcrio, pág. 220). O Dr. Luiz An­


tónio e D. Cecília tem três filhos :
3-1 Dr. Antonio Luiz da Silveira Barbosa.
Bacharel em Direito, advogado no Rio de Janeiro.
Casou com Olivia Blasi, filha de Pascoal Blasi,
negociante na mesma cidade. Sem geração. ,
3-2 Laura da Silveira Barbosa.
Casou com Afonso Alves Pereira, opulento e abas­
tado lavrador de café na zona da Mata (Minas)
comerciante e banqueiro em Mirai. Tem sete fi­
lhos, de 4-1 a 4-7:
4-1 Cecília Barbosa Alves Pereira.
Nasceu a 5 de março de 1925..
4-2 Véra Lúcia Alves Pereira.
Nasceu a 10 de maio de 1926.
4-3 Afonso Luiz Alves Pereira.
Nasceu a 8 de maio de 1927.
4-4 Fernando Barbosa Alves Pereira.
Nasceu a 12 de maio de 1928.
4-5 Regina Alves Pereira.
Nasceu a 9 de julho de 1929.
' 4-6 Marcelo Alves Pereira.
Nasceu a 29 de julho de 1933.
4-7 Justino Alves Pereira.
Nasceu a 6 de janeiro de 1936.
3-3 Paulo da Silveira Barbosa.
Comerciante no Distrito Federal. Casou com Zo-
raide (conhecida na família pelo nome de Celeida)
de Siqueira, filha de Sidney Antunes de Siqueira,
abastado fazendeiro e capitalista em Mirai e de
Marieta de Rezende Megre; neta paterna do Ca­
pitão Leopoídino Antunes de Siqueira; neta ma­
terna do farmacêutico João Filipe Megre e de Ma­
ria Carlotá de Rezende Megre, falecida ejn Belo
Horizonte em agosto de 1937. Com quatro
filhos: '
4-1 Luiz Eugênio de Siqueira Barbosa.
Nasceu em Mirai a 29 de maio de 1936.
4-2 Sérgio de Siqueira Barbosa.
4-3 Paulo de Siqueira Barbosa.
4-4 Luiz Antonio de Siqueira Barbosa.
1-2 Dr. José Luiz Monteiro da Silveira.
Engenheiro, diplomado pela Escola Politécnica do Rio de
de Janeiro.
— 57 —

Casou com sua prima Virgínia Amália Monteiro de


Barros, filha do Dr. Francisco Carneiro Monteiro de Bar-
ros e de Emília Monteiro de Barros Nogueira Penido (pri­
meiro casamento desta). Vide o § 4, n. 1-3.
Faleceu no Rio de Janeiro a 6 de janeiro de 1923, ha­
vendo :
2-1 Carlos Monteiro da Silveira.
Nasceu em Angostura a 29 de janeiro de 1882 e fale­
ceu solteiro.
2-2 Dr. José Luiz Monteiro dá Silveira.
Nasceu em Angostura a 8 de junho de 1884. Forma­
do em Medicina, no Rio, em 1910. Aí casou a 8 de
março de 1913 com Elisa Carneiro Monteiro da Sil­
veira, filha de Lindolfo Rodrigues Carneiro e de Leo-
nília Rodrigues Carneiro, de conceituadas famílias do
Piauí. Tem:
3-1 Dr. Paulo Monteiro da Silveira. Nasceu na Ca­
pital Federal a 2 de dezembro de 1913 e formou-
se em Medicina em 1938.
3-2 Dr. Alberto Monteiro da Silveira. Graduado pe­
la Escola de Química, no ano de 1942, no Rio de
Janeiro.
2-3 Murilo. Faleceu solteiro.
2-4 Dulce Monteiro da Silveira.
2-5 Tenente-Coronel Ary Luiz Monteiro da Silveira. Do
Exército brasileiro, reformado. Nasceu na cidade de
São Paulo (na Alameda dos Bambus, hoje Rio Bran­
co, n. 48) no dia 3 de abril de 1897. Casou, no Distrito
Federal a -7 4e janeiro de 1920, com Aladia Ferreira
Monteiro da Silveira, filha do Contra-Almirante Car­
los Eugênio Ferreira e de Virginia La'ges Ferreira.
Seus filhos':
3-1 Athos Monteiro da Silveira.
Nasceu no Distrito Federal a 3 de fevereiro de
1922. Oficial de Marinha, l.° Tenente. Casou
em Santos (Registro do l.° Subdistrito) no dia 4
de janeiro de 1947, com Cleovigilda Cramer, nas­
cida em S. Paulo á 27 de junho de 1922, filha do
Dr. Gustavo Cramer e de Ida Flosi Cramer; neta
paterna de João Gustavo Cramer e de Maria Car­
doso Cramer; neta materna de Domingos Flosi e
de Maria Marconi Flosi.
3-2 Célia Monteiro da Silveira. Estuda em um curso
científico da Universidade do Brasil.
58 —

1-3 Francisca Silveira do Vai (D. Chiquinha do Vai). Nas­


ceu 11a fazenda Três Poços, estação de Pinheiros (hoje Pi­
nheiral?) município de Pirai, a 7 de fevereiro de 1849 e
faleceu em São Paulo a 24 de novembro de 1932. Casou
com o Dr. João Gomes do Vai, engenheiro, nascido a 10 de
março de 1834 na fazenda Cachoeira, estação do Comércio,
e falecido na província de S. Paulo a 20 de dezembro de
1887, filho de Mateus Gomes do Vai e de Tereza Gomes
do Vai.
O casal Dr. João-Q. Francisca foi um dos primeiros a
abandonar as velhas e cançadas terras onde trabalharam seus
pais e avós na cultura do café, na província do Rio, para
tomar parte na corrente emigratória encaminhada para a
zona da terra roxa, no Oeste de S. Paulo, então considerada
como o " El-D orado” dos plantadores da preciosa rubiácea;
tornaram-se abastados fazendeiros em Ribeirão Preto e
arredores.
O “Jornal do Comércio”, do Rio, edição de 1-5-1949,
publica interessante artigo sôbre a vida e atividade do Dr.
João Gomes do Vai, artigo subscrito pelo Desembargador
Vieira Ferreira.
Tiveram oito filhos, descritos de 2-1 a 2-8:
2-1 Maria do Carmo Silveira do Vai.
2-2 .Tereza Silveira do Vai. Faleceu solteira em S. Paulo,
a 13 de setembro de 1949, contando 74 anos de idade.
2-3 Carmen Silveira do Vai.
2-4 Ana Silveira do Vai (D. Anita Adams). Nasceu em
Pinheiros a 21 de janeiro de 1877 e faleceu em S. P'aulo
a 6 de junho de 1950. Nesta última localidade casou
no dia 19 de março de 1898 com o Dr. Heitor de Oli­
veira Adams, nascido em Sorocaba a 3 de abril de 1871
e falecido em S. Paulo a 16 de setembro de 1914.
O Dr. Heitor Adams, formado em Medicina no
Rio de Janeiro a 11 de novembro de 1895, era filho do
Dr. João Henrique Adams, nascido em Monte Conae,
Albany, Cap Colony, Sul da África e falecido no Rio
de Janeiro a 2 de novembro de 1901 e de sua mulher
Angelina de Oliveira, nascida em Sorocaba a 27 de de­
zembro de 1825 e falecida no Rio de Janeiro a 28 de
fevereiro de 1892.
Sôbre o Dr. João Henrique recebemos valiosos da­
dos biográficos e genealógicos de seu neto, Dr. Plínio
Adams, cultor de estudos não só genealógicos como
também históricos.
— 59 —

D. Angelina de Oliveira era filha dos Barões de


Mogí Mirim.
Todos estes nomes foram objeto de nossos estudos
em “Tribunal de Relação”, pág. 82, pelo que deixa­
mos de repetir.
Deixou o Dr. Heitor cinco filhos, mencionados de
3-1 a 3-5 :
3-1 Dr. Plínio de Oliveira Adams.
Nasceu em S. Paulo a 20 de fevereiro de 1899.
Formou-se em Engenharia Civil na Escola Poli­
técnica de S. Paulo em 1922. Faz parte da dire­
tória do acreditado estabelecimento de crédito,
Banco de São Paulo S. A. Lavrador de café na
E. F. Araraquarense.
Casou em S* Paulo (Distrito da Consolação,
liv. de casam. n. 29 fls. 121, assento 107) no dia
25 de março de 1924, com Adélia dos Santos Du-
mont, nascida em S. Paulo a 5 de setembro de
1901, filha do Dr. Luiz dos Santos Dumont (irmão
do célebre aviador Santos Dumont) natural de
Santa Luzia (M inas), abastado fazendeiro e la­
vrador de café em Santa Sofia (A. F. Araraqua-
ra), comerciante do grosso trato na praça de San­
tos, diretor da Sociedade Rural Brasileira, da
Comp. de Seguros Brasil, membro da diretória do
Banco de São Paulo S. A., nascido em 1869 e fa­
lecido nesta Capital a 15 de outubro de 1930 e que
casara a 7 de julho de 19C0 com Adalgisa de Men­
donça Uchôa, falecida na mesma localidade a 23
de outubro de 1936, contando 53 anos 4e idade.
O Dr. Luiz dos Santos Dumont era filho de
Henrique Dumont nascido em Diamantina a 20
de julho de 1832 e falecido no Rio de janeiro a 30
de agosto de 1892, casado em 1856 com Francisca
dos Santos, mineira, nascida a 1 de outubro de
1835 e falecida no Pôrto a 21 de junho de^ 1902,
sepultada no Brasil, no cemitério de São João Ba­
tista, Rio de Janeiro, em cujo túmulo estão grava­
das as datas acima, como pessoalmente verifica­
mos; neto paterno de François Dumont que veio
ao Brasil em 1825, negociante de pedras preciosas
e de Eufrasie Honorée Dumont; neto materno do
Comendador Francisco de Paula Santos, influên­
cia eleitoral em Minas, deputado geral, mineiadoí
— 60 —

e de Rosalina de I’aula Santos (Gondim da Fon­


seca, "Santos Dumont”, 2.a edição, pág. 25).
Adalgisa de Mendonça Uchóa (Adalgisa
Uchôa Dumont, depois de casada) era filha do Dr.
Inácio de Mendonça Uchôa, nascido em Maceió
(Alagoas) a 19 de setembro de 1855 e falecido em
S. Paulo a 7 de setembro de 1944, lavrador de
café, vereador na Capital, senador estadual, casa­
do em S. Paulo a 5 de janeiro de 1881 com Adé-
lia da Cruz Tamandaré; neta paterna do Conse­
lheiro, Ministro do Supremo Tribunal Federal Dr.
Inácio José de Mendonça Uchôa e de Amélia Viei­
ra de Mendonça Uchôa; neta materna do Dr. Ma­
nuel Batista da Cruz Tamandaré, casado em S.
Paulo a 3 de maio ^le 1858 com Carolina de Souza
Queiroz, filha dos Barões de Souza Queiroz.
O Ministro Dr. Inácio José era filho do Co­
ronel Jacinto Paes de Mendonça, natural de Pôrto
Calvo, Pernambuco, 2.° Vice-presidente da pro­
víncia de Alagoas, deputado geral e em 1871, se­
nador pela mesma província e de Ana Joaquina
Uchôa; neto paterno do Tenente Coronel Bernar­
do Antonio de Mendonça e de Ana Barbará de
Matos (filha do Desembargador Joaquim Pereira
de Matos Castelo Branco) ; bisneto do Desembar­
gador José de Mendonça Matos Moreira (filho do
Sargento Mór José de Mendonça Vieira e de Bar­
bara Francisca Xavier de Matos Moreira). En­
contramos a ascendência do Ministro Dr. Inácio
José em um interessante "estudo genealógico de
Antonio Carlos de Arruda Botelho, sob .título
“Senador Carlos José Botelho”. Vide também
o Arquivo Hemldico-Geneálógico de Sanches de
Baena, Apendice, 207.
O Dr. Manuel Batista da Cruz Tamandaré
matriculou-se na Academia Jurídica de S. Paulo
com a seguinte identificação: Manuel Batista da
Cruz, natural de Campos, província do Rio, filho
de Antonio Francisco da Cruz e de Francisca
Fausta Batista da Cruz.
Seguindo o hábito generalisado entre estudan­
tes de seu tempo, que inflamados pela abrasadora
onda de nativismo e desejosos de exprimir mais
ostensivamente o apego e amor á terra natal, jun-
tavam aos sobrenomes portuguêses, de família,
outro indígena, adicionou ao nome acima, de ma­
tricula, recebido dos progenitores na pia batismal,
mais o designativo íncola “ Tamandaré” e passou
a se assinar Manuel Batista da Cruz Tamandaré.
Quintino Ferreira de Souza amigo e contem­
porâneo de Tamandaré, nascido na Capital do Im­
pério a 4 de dezembro de 1836, filho de outro de
igual nome, não limitou-se a rematar os sobreno­
mes paternos com outro indígena ou brasílico;
foi logo ás do cabo, passou a esponja neles, supri--
miu literalmente e adotou o faustosamente aborí­
gene “Bocaiuva”, tornando-se mais tarde um dos
apóstolos do jornalismo brasileiro, o inexcedível
Quintino Bocaiuva. Vide o Cap. 3, § 4.
Filhos do casal Dr. Plínio-Adélia:
4-1 Maria de Lourdes Dumont Adams.
Nasceu a 21 de fevereiro de 1926 e casou em
S. Paulo a 12 de maio de 1947 com o primeiro
Tenente Carlos Alberto de Salvo e Souza, ofi­
cial da Marinha de Guerra, nascido em Cur-
velo (Minas) a 15 de maio de 1923, filho do
Dr. Benjamin Jacó de Souza e de Altair de
Salvo e Souza. (Proclamas no Diário Ofi­
cial de 23-3-47, Consolação).
Filhos:
5-1 Luiz Alberto de Salvo e Souza.
5-2 Adalgisa Maria de Salvo e Souza.
4-2 Plínio Luiz Adams.
Nasceu a 8 de dezembro de 1928.
4-3 Maria Helena Adams.
Nasceu a 7 cie outubro de 1935.
3-2 Carlos de Oliveira Adams. Falecido na infância.
3-3 Helena da Silveira Adams.
Nasceu em São Paulo a 23 de maio de 1901. Ca­
sou na mesma localidade a 2 de abril de 1925, com
o Dr. José Benaton Prado, filho de Pedro da Sil­
veira Prado e de Fileta Benaton Prado; faleceu a
27 de março de 1926, sem deixar geração.
3-4 Eduardo de Oliveira Adams.
Nasceu em São Paulo a 11 de maio de 1905 e aí
casou a 24 de julho de 1930, com Júlia Norris
Jones, filha de Leonardo Jones e de Lulia Norris.
3-5 Roberto de Oliveira Adams.
— 62

Nasceu em São Paulo a 29 de agosto de 1906.


Faleceu a 1 de agosto de 1946.
2-5 Cecília Silveira do Vai.
Nasceu a 13 de agosto de 1879.
Casou em São Paulo (Cartório de Santa Cecília, liv
1, fl. 182), no dia 15 de janeiro de 1902, com o pro
fessor Ur. João Marinho de Azevedo, nascido a 15 de
janeiro de 1875, filho de outro Dr. João Marinho de
Azevedo, nascido a 16 de setembro de 1844 e falecido
a 31 de agosto de 1905 e de sua mulher Maria Fran-
cisca Valadão, nascida no Rio de Janeiro a 4 de Ou­
tubro de 1847 e falecida a 31 de agosto de 1888; neto
paterno de Dbmingos Marinho de Azevedo e de Maria
Benedita da Silva P orto; neto materno do Barão, com
grandeza, de Petrópolis, Dr. Manuel de Valadão Pi-
rnentel e de sua primeira esposa, Joaquina Heleodora.
de ,Souza, a qual não gozou das honras de Baronesa,
por ter falecido a 23 de junho de 1855 e o título ter sido
conferido a 7 de março de 1866.
Filhos:
3-1 Heloisa Marinho.
Nasceu a 14 de setembro de 1903.
3-2 Cecília Marinho.
Nasceu a 5 de setembro de 1905 e casou no dia 27
de dezembro de 1926, com José da Silva Oliveira,
nascido a 5 de abril de 1903, filho de Domingos
Antonio da Silva Oliveira e de Cristina Fernandes.
Filhos:
4-1 Maria Cecília.
Nasceu a 11 de setembro de 1928.
4-2 José Roberto.
Nasceu a 26 de março de 1930.
4-3 Antonio Luiz.
Nasceu a 14 de outubro de 1933.
3-3 João Marinho.
Nasceu á 13 de março de 1909.
3-4 Hortência Marinho.
Nasceu a 14 de outubro de 1912 e casou a 9 de
novembro de 1933 com José Homem de Melo,
tendo:
4-1 João Carlos Homem de Melo.
Nasceu a 25 de setembro de 1935.
2-6 Dr. Eugênio Gomes do Vai.
Engenheiro. Casou em Ribeirão Preto com Alzira
Junqueira, filha do Coronel Joaquim Firmino de An­
drade Junqueira e de Rita Vilela de Andrade Junquei­
ra, já citados neste §, n.° 1-1 e em nosso livro “ Olivei­
ras”, pág. 130. Filhos:
3-1 Lucas Gomes do Vai.
3-2 Eugênio do Vai.
Nasceu em Ribeirão Preto a 16 de àbril de 1915 e
casou em São Paulo (Cartório de Paz de Santa
Cecília, liv. 45, fls. 125, assento n. 4231), no dia
12 de novembro de 1940, com Diva Procópio de
Araújo Ferraz, nascida em São Carlos a 6 de ou­
tubro de 1920, filha de José Procópio de Araújo
Ferraz e de Sofia de Arruda Botelho, nasçida em
• Rio Claro a 25 de abril de 1887 e ai batizada a
17 de setembro do mesmo ano; neta paterna de
Luiz Barbosa Ferraz e de Francisca Procópio de
Araújo Ferraz (Com ascendência descrita em
“Oliveiras”, pág. 130 e “Esboço Genealógico”, de
Olímpio Meireles, pág. 212 e Silva Leme, vol. 4.°,
título Hortas) ; neta materna de Bento Carlos de
Arruda Botelho, casado a 30 de setembro de 1871
com Maria Isabel Borges de Arruda Botelho, ba­
tizada em Rio Claro a 15 de setembro de 1855.
Por sua avó materna. D. Diva é bisneta de
José Luiz Borges, casado^a 13 de agosto de 1847,
em Rio Claro, com Amália Carolina de Melo e
Oliveira, agraciados por decreto imperial de 13 de
agosto de 1889. com o título de Barão e de Baro­
nesa de Dourados, filha, esta, dos Viscondes de
Rio Claro, sôbre quem escrevemos, no livro " Oli­
veiras”, onde consta toda a sua geração, além de
informações inéditas. A Viscondessa de Rio Cla­
ro era filha do Dr. Justiniano de Melo Franco.
Vide Cap. 51, § 3.°.
Devemos acrescentar que D. Maria Borges cie
Arruda Botelho faleceu em São Paulo a 7 de março
de 1943, deixando além dos filhos, mais 38 netos
e 34 bisnetos.
O avô paterno de D. Diva, Luiz Barbosa Fer­
raz, era filho do Comendador Antonio Barbosa
Ferraz, casado em Piracicaba no ano de 1855 com
Ambrosina Ferraz de Campos, filha do Coronel
José Ferraz de Camargo, sôbre quem prestamos
maiores informações em ‘‘Tribunal da Relação”,
página 27.
2- 3 Joaquim Firmino Junqueira do Vai.
3- 4 Antonio Luiz do Vai.
3-5 Luiz Augusto do Vai.
-7 João Gomes do Vai.
Penúltimo filho de D. Francisca Silveira do Vai. Ca­
sou com Maria Augusta Lanari, filha de Mateus La.-
nari e tiveram :
3-1 Dr. Cássio Lanari do Vai.
Engenheiro agronomo pela “ Escola Superior de
Agricultura Luiz de Queiroz”, de Piracicaba.
Nasceu a 27 de fevereiro de 1914 e casou em S.
Paulo a 12 de abril de 1939, com Mar.ia Nazareth
Pacheco Chaves, natural da mesma cidade, nasci­
da a 7 de dezembro de 1916, filha de Jorge Pacheco
Chaves, casado em São Paulo a 26 de dezembro
de 1912, com Jeanne Conceição; neta paterna do
Dr. Elias Antonio Pacheco e Chaves e de Anésia
dá Silva Prado; neta materna do D,r. João Batista
da Rocha Conceição e de Maria Nazareth da Cos­
ta Pinto Conceição.
Por seu avô paterno, D. Maria Nazareth Pa­
checo Chaves é bisneta de Miguel Francisco Bue-
no Chaves, nascido em Santos a 18 de março de
1818 e casado em S. Paulo a 17 de março de 1841
com Antonia Fausta Rodrigues Pacheco (Jordão,
página 487).
Por sua avó paterna, bisneta do Dr. Martinho
da Silva Prado e de Veridiana Valesia da Silva
Prado, filha dos Barões de Iguape.
Por seu avô materno, bisneta do Barão de
Serra Negra, prestigioso chefe do partido conser­
vador em Piracicaba, importante fazendeiro de
café e da Baronesa, noníes cogitados em “Oliveiras”
.pág. 159. Por sua avó materna, bisneta do Con­
selheiro Dr. Antonio da Costa Pinto e Silva e de
Maria Nazareth da Costa Pinto e Silva.
Pedimos licença para uma retificação.
No último trabalho genealógico, “Família Jor­
dão”, escrevemos á pág. 485, que Miguel F. Bueno
Chaves era neto paterno de Mateus Teixeira Cha­
ves, nome este, que pudemos decifrar nos estraga-
— 65

clíssimos livros (antigos) da Matriz de Santos,


aliás corroborado pelo Dr. Silva Leme, 1-458.
Recebemos delicada missiva do Sr. Jorge Pacheco
Chaves chamando nossa atenção para um equívo­
co: o pai de seu bisavô chamava-se Mafias e não
Mateus e deste detalhe tem certeza, porque guar­
da em seu arquivo valiosa carta de seu bisavó,
João Teixeira Chaves, declarando ser filho de
M afias.
Consignamos com o máximo prazer a emenda.
3-2 Dr. João Lanari do Vai.
Engenheiro agrónomo. Nasceu em São Paulo a
29 de fevereiro de 1916 e casou a 1 de setembro de
1945 com Maria Lucia de Campos Carvalho, filha
do Dr. Fábio de Oliveira Carvalho, antigo diretor
geral da secretaria da Justiça e de Dora de Campos
Oliveira Carvalho; neta paterna do Senador Dr.
Paulo Egídio de Oliveira Carvalho e de Elisa Ri­
bas da Silva Carvalho ( Oliveiras, pág. 31) ; neta
materna de José da Silveira' Campos e de Olga
Schmidt de Oliveira Campos, filha, esta, do en­
genheiro militar Dr. Andréas Schmidt e de Orné-
lia Lobato Schmidt, citados em Silva Leme, 2-81.
3-3 Sílvio do Vai.
3-4 Dr. Antonio Luiz Lanari do Vai.
Nasceu em São Paulo á 24 de fevereiro de 1918
e casou na mesma localidade com Maria Tereza
de França Pinto, nascida em S. Paulo a 7 de julho
de 1926, filha de Dr. Pedro de França Pinto e de
01gá Monteiro de Barros Pontes, adiante regis­
trados no Capítulo 4.°, § 8. Filhos:
4-1 Francisca Carolina do Vai.
Nasceu a 26 de outubro de 1945.
4-2 Olga Maria do Vai.
Nasceu a 23 de abril de 1947.
4-3 Antonio Luiz Lanari do Vai.
Nasceu a 17 de dezembro de 1948.
3-5 Gastão Lanari do Vai. Faleceu solteiro.
3-6 Francisco Lanari do Vai.
3-7 Paulo Lanari do Vai.
3-8 Amaro Lanari do Vai.
3-9 Maria Terezá Lanari do Vai.
2-8 Lucas Silveira do Vai.
— 66 —

Último filho do Dr. João Gomes do Vai e de Francisca


Silveira do Vai. Faleceu solteiro.

§ 3 — Maria Tereza Monteiro de Barros

Terceira filha do Dr. Antonio Augusto Monteiro de Barros


e de Virgínia Amália1 Carneiro de Campos. j
Nasceu a 29 de agosto de 1833. Casou com o Tenente Co­
ronel Manuel Vidal Leite Ribeiro, filho do Capitão 'Francisco
Leite Ribeiro (nascido a 13 de agosto de 1780) e de sua pri­
meira esposa Tereza Maria V idal; neto paterno do Sargento-
Mor José Leite Ribeiro, português, natural de Santa Eulália do
Barroso, termo de Guimarães, Arcebispado de Braga, grande „• í
minerador de ouro no Rio das Mortes, nascido em 1723 e fale­
cido em São João d’El-Rey a 4 de outubro de 1801 e que casou
a 9 de janeiro de 1764 com Escolástica Maria de Jesus Morais,
nascida a 22 de dezembro de 1745; neto materno de José Vidal
Barbosa, batizado na Igreja de Nossa Senhora da Glória de Si-
mão Pereira, Bispado de Mariana, e de Rita Tereza de Jesus. ,
A ascendência paulista de Escolástica Maria de Jesus Mo­
rais está traçada pelo Dr. Afonso de Taunay, na “Revista do Ins&~ ^ i ,
tituto Histórico de São Paulo, tomo 38, pág. 163. 0
José Vidal Barbosa era filho do Capitão Antonio Vidal e
de Tereza Maria de Jesus, que em 1822 residiam em Barbacena.
O Tenente-Coronel Manuel Vidal era irmão do Barão de
Itamarandiba. Filhos:
1-1 Ana Elisa Vidal Leite Ribeiro.
Casou com Antonio Antunes de Siqueira, filho de outro
Antonio Antunes de Siqueira e de Josefina Villas Boas de
Siqueira, pais, também, da segunda Baronesa de Bonfim.
Seus filhos:
2-1 Antonio Eulálio de Siqueira.
2-2 Athos de Siqueira.
2-3 Abel Brasil de Siqueira.
Casou na fazenda Providência a 7 de setembro de 1907,
com Carmen de Rezende da Costa Reis, filha do Dr.
Antonio Pedro Cysneiros da Costa Reis e de Antonia
de Rezende, filha dos 2.°s Barões de Leopoldina, ins­
critos no Cap. 41, § l.°. Filhos:
3-1 Dr. Moacyr de Siqueira. Médico. Casou com
Luisa Lignani, tendo:
4-1 Maria.*

*
— 67 —

4-2 Marcelo
4-3 Márcio de Siqueira.
3-2 Maria Helena Siqueira Alvarenga.
Nasceu em Providência. Casou em Juiz de Fora
a 20 de janeiro de 1930 com Laércio Pinto de Al­
varenga, nascido em Santa Maria de Itabira (M i­
nas Gerais) a 11 de março de 1908, filho de Ade-
lermo B. de Alvarenga e de Hormezinda Pinto
Alvarenga; neto paterno de Pedro B. de Alvaren­
ga e de Adalgisa Mendonça Alvarenga; neto ma­
terno de José Pinto da Rocha e de Leopoldina
Cândida Rodrigues Pinto.
Filhos:
4-1 Abel Brasil de Siqueira Alvarenga.
Nasceu em Juiz de Fora a 24 de janeiro de
1937.
4-2 Lucila Carrnen Siqueira Alvarenga.
Nasceu em Juiz de Fora a 3 de agosto de
1943.
3-3 Dr. Nelson Costa Reis de Siqueira.
Formado em Medicina.
3-4 Edméa de Siqueira Amarante.
Casou com Dr. Belmiro Pires Amarante, enge­
nheiro, tendo:
4-1 Wania Maria.
4-2 Luiz Alberto.
3-5 Dr. Wilson Costa Reis de Siqueira.
Nasceu em Providência a 1 de junho de 1918 e
diplomou-se no ano de 1938 na Escola Superior de
Agricultura e Veterinária de Viçosa. Exerce o
cargo de Residente Agrícola. Casou em Juiz de
Fora a 15 de outubro de 1941 com Maria de Lour-
des Moreira, filha de José Moutinho Assunção
Moreira e de Aura Brisa Albuquerque M oreira;
neta paterna de Luiz de Oliveira Maia Assunção
Moreira e de Miquelina Moutinho de Assunção
M oreira; neta materna de Enrico de Albuquerque
e de Olga Rabelo de Albuquerque. Sem geração
até esta data.
3-6 Léa Costa Reis de Siqueira.
3-7 Marina Siqueira Barbosa.
Nasceu em Leopoldina e casou em Juiz de Tmra
a 10 de julho de 1948 com José de Castro Barbo­
sa Filho, industrial, filho de outro José de Castro
— 68

Barbosa e d* Rosa Otto Barbosa; neto paterno de


Francisco Alves Barbosa e de Maria das Dores de
Castro Barbosa; neto materno de Germano Otto
e de Martha Otto. Sem geração até esta data.
1-2 Virgínia Amália Vidal Leite Ribeiro.
Casou com o Coronel Joaquim Martins Ferreira e tiveram
uma filha:
2-1 Maria Martins de Abranches.
Casou com o Dr. Franklin de 'Abranches, natural de
Minas, nascido a 8 de fevereiro de 1882, formado em
Direito pela Faculdade de Direito de São Paulo, no
ano de 1904, filho de Timóteo José Cardoso de A.
Abranches.
O Dr. Carlos da Silveira, nos “Subsídios Genea­
lógicos” publicados no “Correio Páulistano” de
20-3-1942, cita um Timóteo, nascido em 1813, filho de
Frederico José Cardoso, português, de Lamego, casado
ccm Francisca Eufrásia, de Cunha (progenitores tam­
bém de Antonio José Cardoso de Araújo Abranches,
comerciante e político em Guaratinguetá). Compa­
rando as idades, presumimos que este Timóteo seja avô
do Dr. Franklin, que faleceu por volta de 1930 ou 31,
em suâ residência, no bairro de Ipanema, Rio de Ja ­
neiro, deixando um filho:
3-1 Dr. Paulo de Abranches.
Advogado, residente no Rio de Janeiro.
1-3 Francisco de Paula Vidal Leite Ribeiro.
Faleceu solteiro.
1-4 Filomená Vidal Leite Ribeiro.
Casou com o primo Dr. Antonio Luiz Monteiro da Silveira,
já mencionado neste Capítulo, § 2°, onde consta a geração.
1-5 Maria Amélia Vidal Leite Ribeiro.
Casou com Romão Augusto Corrêa de Lacerda. Não ti­
veram filhos.
1-6 João Evangelista Vidal Leite Ribeiro.
Faleceu solteiro.
1-7 Elisa Vidal Leite Ribeiro.
Casou com o Dr. José Elói de Araújo, filho de Franciseo
Teodoro de Araújo e de Maria Brigida de Araújo, naturais
de Barbacena.
O Dr. José Elói de Araújo, nasceu em Juiz de Fora a
1 de dezembro de 1861; o pai destinou-o ao comércio, onde
não conseguiu encarreirar-se em vista dos naturais pendo­
res pelos estudos e pela instrução. Formou-se na Escola
— 69 —

de Farmácia de Ouro Preto a 18 de outubro de 1886, ba­


charel em Ciências Físicas e Naturais pela mesma escola,
a 27 de julho de 1893.
Regressando à cidade natal, além de estabelecido com
duas farmácias dedicou-se com entusiasmo ao ensino se­
cundário ; professor em diversos colégios, diretor proprie­
tário do Colégio São José, professor na Academia do Co­
mércio e finalmente, após concurso, professor de Física na
Escola Normal de Juiz de Fora, tendo sido distinguido com
o elevado pôsto de diretor da mesma.
Publicou vários trabalhos sôbre ciências, literatura,
poesias e teatro, além de vasta colaboração na imprensa lo­
cal e na do Estado.
Faleceu a 30 de setembro de 1906, vítima do cumpri­
mento do dever; zombando de medonho temporal e de co­
piosa chuva, compareceu ao edifício da Escola Normal para
dar aula, não tendo encontrado viva alma, nem alunos nem
professores; adoeceu no mesmo dia e 48 horas depois, esta­
va sacrificado por inexorável ataque de angina-pectoris.
Seu enterro constituiu merecida apoteose e significati­
va manifestação de apreço.
A viuva, D. Elisá, transferiu residência para a cidade
do Rio de Janeiro e aí faleceu a 10 de agosto de 1930. Ti­
veram quatro filhos :
2-1 José Elói de Araújo Filho.
Faleceu, solteiro, a 28 de novembro de 1932.
2-2 Caritas Vidal de Araújo.
Reside em Juiz de Fora. Dotada de notável memória
e de espírito lúcido, a ela devemos preciosas infor­
mações.
2-3 Cyrene de Araújo.
Faleceu antes do pai, contando um ano e oito rnêses.
2-4 Virgínia de Araújo.
Casou com o Dr. Clovis Fontenele Guimarães.
Faleceu em Pernambuco a 9 de março de 1924, dei­
xando um filho:
3-1 Fernando de Araújo Guimarães.
Estudava o 4.° ano de Medicina no fim da grande
guerra mundial de 1939-1945, quando foi chamado
a prestar serviços militares como oficial do C. P-
O. R., na base aérea 4e “ Imbura Fields”. Acom­
panhou as forças norte-americanas em todos os
trabalhos além de interprete consciencioso e es­
clarecido, o que lhe valeu honroso certificado ex-
— 70 —

pedido pelo comandante norle-americano destaca­


do em Pernambuco.
1-8 Tereza Vidal Ribeiro.
Casou em Juiz de Fora a 27 de outubro de 1900, com Fran­
cisco Xavier de Moura, filho de outro Francisco Xavier de
Moura e de Genoveva Amália de Moura. Sem geração.
1-9 Manuel Vidal Leite Ribeiro.
Nasceu na fazenda Rela Aurora, município de Angostura, a
15 de novembro de 1870.
Frequentou colégios secundários em Juiz de Fora, em
Petrópolis, no Rio de Janeiro e terminou o curso de huma­
nidades no Colégio Moretzsohn, em São Paulo. Deixou as
letras e dedicou-se inteiramente ao comércio, fundando em
Angostura de sociedade com o cunhado Roque Domingos
de Araújo, a casa Carcacena, a qual debaixo de sua orien­
tação criteriosa, acompanhada de pureza de caráter invulgar
e de honradez e seriedade nas cransações. tornou-se uma
das mais fortes e acreditadas casas do Sul de Minas e dá
zona da Mata, gozando de extraordinário crédito nas maio­
res praças comerciais do Brasil.
Logo depois de fechar os olhos para o sono eterno, es­
creveu o inteligente poeta Belmiro Braga as seguintes pa­
lavras que subscrevemos: -
“ Dedica-se ao comércio e inaugura a Casa1Carcacena, Vidal
“e Araújo, em Angostura. È a casa frondece e se engalha
“por toda a zona da Mata tendo o Coronel Vidal como um
“sói que lhes dá calor e vida. E, hoje, êle, ao morrer deixa
“ vinte e um estabelecimentos comerciais de primeira ordem
“ e todos dirigidos por antigos auxiliares seus. As Casas
“Carcacena, graças à probidade de seu fundador, gozam de
“ um credito ilimitado em' todas as nossas praças, porque
“‘esse mineiro extraordinário que a sociedade de Juiz de
“Fora acaba de perder, nunca se apartou da linha reta na
“ sua vida e foi, acima de tudo, um homem bom. Nestas
“linhas rápidas, mas sinceras e expontâneas, rendo à sua
‘memória o meu humilde preito de justiça, de admiração
“ e de saudade. Belmiro Braga. Julho de 1926.”
Casou com Maria do Carmo Araújo Vidal, nascida em
Leopoldina (Minas) a 5 de maio de 1875.
Faleceu em julho de 1926, contando 56 ános de idade,
havendo de seu casamento dez filhos, mencionados de 2-1
a 2: 10:
-2-1 Dr. Genaro Vidal Leite Ribeiro.
Nasceu na vila de Angostura a 27 de janeiro de 1898.

■M -
71 —

Bacharel em Direito pela Faculdade de Niterói; con­


ceituado advogado e comerciante no Rio de Janeiro,
onde reside.
Casou em Juiz de Fora a 17 de novembro de 1925,
com Ambrosina Tostes, nascida a 17 de novembro
de . . . filha de Alfredo Tostes e de Boadina de Cas­
tro Tostes. Sem geração.
2-2 Osmar Vidal Leite Ribeiro.
Nasceu em Angostura a 15 de abril de 1899 e fale­
ceu aos três anos.
2-3 Ivan Vidal Leite Ribeiro.
Nasceu em Angostura a 26 de julho de 1900.
Casou no Distrito Federal a 26 de julho de 1926,
com Rafaela Nesi, aí nascida a 4 de maio de 1911, fi­
lha de Antonio Nesi e de Maria Luisa Vairo Nesi,
tendo:
3-1 Maria Luisa Vidal Leite Ribeiro.
Nasceu em Juiz de Fora a 25 de maio de 1927.
3-2 Maria do Carmo Nesi Vidal.
Nasceu em Juiz de Fora a 15 de dezembro de
1928.
3-3 Flora Nesi Vidal.
Nasceu em Juiz de Fora a 9 de janeiro de 1931.
2-4 Maria Tereza Vidal Leite Ribeiro.
Nasceu em Angostura a 5 de novembro de 1901.
Casou em Juiz de Fora a 5 de maio de 1923 com
Paulo de Moura Freitas, comerciante, da firma Aráu-
jo, Vidal, Freitas e Comp. (Casa Carcacena), nascido
em Lavras (Minas) a 25 de janeiro de 1896, filho
de Eduardo José de Freitas e de Amélia de Moura
Freitas; neto paterno de José Joaquim Rodrigues de
Freitas, português, e de Joaquina Ribeiro de Freitas;
neto materno de Francisco Xavier de Moura e de
Genoveva Amália de Moura, portuguêsa.
O casal tem três filhos:
3-1 Eduardo Jorge Vidal de Freitas.
Nasceu em Juiz de Fora a 23 de abril de 1924.
3-2 Manuel Vidal de Freitas.
Nasceu em Juiz de Fora a 10 de maio de 1927.
3-3 Luiz Gastão Vidal de Freitas.
Nasceu na dita cidáde a 14 de abril de 1930.
2-5 Virgínia Amália de Araújo Vidal.
Nasceu em Angostura a 23 de setembro de 1903.
— 72 —

2-6 Ana Elisa de Araújo Vidal.


Nasceu em. Angostura a 23 de setembro de 1905.
Casou no Distrito Federal com Wilibaldo Schàfer,
alto funcionário do Banco do Brasil, nascido em Juiz
de Fora a 8 de julho de 1902, filho de Sebastião Schá-
fer e de Dorothea Schafer. Tem um filho:
3-1 'Guiclo Manuel Vidal Schafer.
Nasceu em Juiz de Fora a 12 de maio de 1936
2-7 Manuel Vidal Leite Ribeiro Júnior.
Nasceu em Angostura a 7 de junho de 1909 e
faleceu aos 16 anos.
2-8 Filomena de Araújo Vidal.
Nasceu em Angostura a 29 de setembro de 1911.
2-9 Dr. Lauro Vidal Leite Ribeiro.
Nasceu em Juiz de Fora a 14 de setembro de
1914.
Diplomado pela Faculdade de Medicina do Rio
de Janeiro, em cuja cidade reside e clinica. Aí ca­
sou com Elza de Albuquerque Melo, nascida na mes­
ma localidade a 21 de maio de 1915. Filhos:
3-1 Helena Maria de Albuquerque Vidal.
Nasceu no Rio de Janeiro a 26 de abril de 1944.
3-2 Manuel Vidal Leite Ribeiro.
Nasceu na mesma cidade a 19 de setembro de
1945.
2-10Geralda de Araújo Vidal.
Nasceu em Juiz de Fora a 24 de julho de 1916.
Casou na dita localidade com Cláudio Machado de Mi­
randa, bancário, nascido no Estado do Espírito San­
to. Filhos:
3-1 Terezinha de Jesus Vidal de Miranda.
Nasceu em Juiz de Fora a 3 de outubro de 1936.
3-2 Maria do Carmo Vidal de Miranda.
Nasceu a 7 de julho de 1938.
1-10 Maria da Conceição Vidal Leite Ribeiro.
Casou com o farmacêutico, já falecido, Aristoteles Ro-
riz, tendo:
2-1 Aristoteles Roriz, residente em Juiz de Fora.

§ 4 — Dr. Francisco Carneiro Monteiro de Barros

Quarto filho do Dr. Antonio Augusto Monteiro de Barros~


e de Virgínia Amália Carneiro de Campos.
Nasceu a 12 de março de 1835. Casou com Emíliá Mon­
— 73 —

teiro de Barros Penido, sua prima, filha de Joaquim Nogueira


Penicío e de Franeisca Monteiro de Barros- (segundo casa­
mento desta) a qual, por sua vez, era penúltima filha dos Ba­
rões de Paraopeba. Vide o Cap. 24, § 2.° Tiveram três filhos :
1-1 Filomena Monteiro de Barros.
Foi a segunda esposa do Dr. Antonio Arnaldo de Mou­
ra Ruas, conceituado facultativo na Capital Federal, já
falecido, havendo duas filhas do primeiro enlace. Com
D. Filomena não houve filhos.
1-2 Mariana Monteiro de Barros.
Casou com Martiniano de Souza Passos, farmacêutico di­
plomado pela Escola de Farmácia de Ouro Preto e que
durante longo tempo foi estabelecido na vila do Carmo,
província do Rio, filho do Comendador José Maria de
Souza Passos, antigo chefe político e abastado lavrador em
São José do Além Paraíba e que foi proprietário da Ilha
dos Pombos, no Rio Paraíba, hoje adquirida pela Comp.
Light and Power, onde procedeu a grandiosas instalações
hidráulicas pára produção de energia elétrica.
Faleceu D. Mariana, um mês depois do nascimento de
sua filha única:
2-1 Maria José de Souza Passos.
Orfã de mãe, recebeu os carinhos e solicitude mei­
ga de sua tia Filomena, que á criou e fez casar com
Luiz Dias da Silva, comerciante e hoje abastado pro­
prietário, capitalista, residente na Capital Federal, fi­
lho de outro Luiz Dias da Silva e de Joana Clemen­
tina Dias da Silva, estimados lavradores de café em
Aparecida1, Estado do Rio.
Faleceu D. Maria José no Rio de Janeiro a 2
* de novembro de 1945, havendo os seguintes filhos:
3-1 Maria Tereza Dias da Silva.
Professora diplomada pela Escola Normal do Dis­
trito Federal.
Exerce o magistério há rnais de 29 anos. Casou
no Rio de Janeiro, no dia 28 de janeiro de 1928,
com o oficial do Exército, hoje Major, Basileu
de Araújo Soares, nascido em João Pessoa (Pa­
raíba) a 21 de maio de 1901, filho do Capitão
' Gerson N. de Araújo Soares e de Maria Alves
de Araújo Soares; neto paterno do Tenente Co­
ronel Manuel Soares Nogueira de Morais e de
Alexandrina Aglária de Araújo ; neto materno de
— 74

João Alves Pereira de Vasconcelos e de Etel-


vina Corrêa de Vasconcelos. ,
O Major Basileu recebeu o primeiro pôsto do
Exército. l.° Tenente Comissionado, a 8 de no­
vembro de 1930; l.° Tenente a 2 de março de
1933; Capitão a 2 de outubro de 1934; Major
a 25 de setembro de 1944; está tadido ao Quadro
Suplementar Geral, Inspetor do Tiro de Guerra
dal 4.a Região Militar, em Juiz de Fora (Alma-
que do Exército de 1945). Filhos:
4-1 Gerson de Araújo Soares. f
Nasceu no Rio de Janeiro a 14 de janeiro de
1929.
4-2 Maria Lúcia de Araújo Soares.
Nasceu na mesma cidade a 14 de agosto de
1935.
3-2 Dr. Luiz Dias da Silva Júnior.
Engenheiro civil pela Escola Politécnica do Rio
de Janeiro.
Fez parte da turma do Centenário (1922) que co­
lou grau no dia 23 de abril de 1923. Nasceu em Ni­
terói a 19 de outubro de 1900.
Exerce o alto cargo de Sub-Gerente da' Comp.
Construtora Oliveira Lima, Ltda.
Casou na cidade do Rio de Janeiro a 23 de junho
de 1927, com Maria Madalena Pinto, natural da mes­
ma, filha1 de João Francisco da Silveira Pinto e de
Hortênsia Alves Guedes Pinto; neta paterna de An-
tonio da Silveira Pinto e de Ana da Silveira Pinto,
neta materna de Antonio José Alves e de Eufrásia
Maria Alves. Filho :
4-1 Flávio Pinto Dias da Silvá.
Nasceu nò Distrito Federal a 31 ,de maio de
1928.
3-3 Zuleica Dias da Silva.
3-4 Antonio Arnaldo Dias da Silva.
Funcionário da referida Comip. Oliveira Lima,
Ltda. Trabalha na seção de Contadoria e Técnica.
Casou com Aurora Dias da Silva e tem um filho:
4-1 Antonio Carlos Dias da Silva.
3-5 Graciema Dias da Silva.
Tomou habito religioso na Comunidade das I r ­
mãs de São Vicente, recebendo o nome de Irmã
— 75 —

Maria José. Professora no Asilo da Santa Casa


de Misericórdia do Rio de Janeiro.
3-6 Renato Dias da Silva .
Oficial de Marinha. l.° Tenente Químico-Far-
maceutico, professor na Instrutoria da Escola Na­
val. Casou com Maria Luisa Granadeiro Gui­
marães, filha do Dr. José Alfredo Granadeiro
Guimarães Júnior e neta paterna de outro T)r. Jo ­
sé Alfredo Granadeiro Guimarães. O casal tem
duas filhas:
4-1 Virgínia Dias da Silva
4-2 Filomena Dias da Silva.
3-7 Clélia Dias da Silva.
Casou com o Dr. Paulo Haroldo Granadeiro Gui­
marães, Capitão da Força Aerea Brasileira (F .
A . B . ) tendo realizado viagens de estudos e es­
tágios em Norte América, irmão de Maria Luisa,
acima citada, 3-6. Tem dois filhos:
4-1 Luiz Paulo Granadeiro Guimarães.
4-2 Luiz Carlos Granadeiro Guimarães.
Nota — Os jornais da época publicam o fa­
lecimento de D. Luisa Curvelo Granadeiro
Guimarães, sepultada em Taubaté a 17 de ju­
lho de 1930, casada com o Dr. José Alfredo
Granadeiro Guirrtarães, tendo deixado dois
filhos: Dr. José Alfredo, médico, residente
no Rio e Maria Luisa.
3-8 Ione Dias da Silva.
Funcionária no Ministério da Fazenda. Profes­
sora no AsiTo da Misericórdia.
1-3 Virgínia Amália Monteiro de Barros.
Casou com seu primo Dr. José Luiz Monteiro da Sil­
veira, filho de outro José Luiz Monteiro da Silveira e de
Maria da Conceição Monteiro de Barros, supra mencio­
nados neste Cap., § 2.°, n.° 1-2. Aí a geração.
Faleceu no Rio de Janeiro e foi sepultada no cemi­
tério de São João Batista, no dia 13 de agosto de 1947.
C a pít u l o 2

BRIGADEIRO DE CAVALARIA INÁCIO GABRIEL.


M ON TEIRO DE BARROS
F i l h o dos V is c o n d e s de C o n g o n h a s do C a m p o

Seguiu a carreira das armas, reformando-se com a gradua­


ção de Brigadeiro de Cavalaria; Moço Fidalgo da Casa Impe­
rial ; Comendador da Ordem de C risto; Grande Dignitário da
Ordem da Rosa.
Casou em Bananal com Alda Romana de Oliveira Arruda,,
filha do Capitão-Mor Braz de Oliveira Arruda, um dos funda­
dores daquela cidade, proprietário de vastos latifúndios na pro­
víncia do Rio de Janeiro, entre outros, da "Fazenda Seca”,
onde mais tarde, o Comendador Paulo Barbosa da Silva fun­
dou a cidade de Petrópolis, nascido na freguesia de Itacurussá
e falecido em suá fazenda “Cachoeira” em Bananal, casado em
1804 com Alda Maria Leme Nogueira, registrados no recen­
seamento das Ordenanças de Lorena (29 de janeiro de 1805)
êle, com trinta e quatro anos; ela com»vinte e u m ; neta paterna
de José Antonio de Oliveirá e de Ana Maria de Jesus; neta
materna do Capitão Hilário Gomes Nogueira, um dos fun:
dadores de São João Marcos e de sua mulher Maria Josefa do
Nascimento.
O Capitão Hilário Gomes Nogueira era filho de João Go­
mes de Lemos, português, de Vila Nova de Famalicão e de Joana
Nogueira do Prado Leme, filha, esta, do Capitão-Mor Tomé
Rodrigues Nogueira do Ó, da Ilha da Madeira, casado com Ma­
ria Leme do Prado, vinculada á tradicionais cepas vicentinas e
bencleirantes (Silva Leme, Bicudos, 6-362) e que foram os.
troncos e fundadores da enorme família Nogueira, hoje èspa-
Iháda por todo o sul de Minas e pelos Estados de São Paulo e
Rio de Janeiro.
Maria Josefa do Nascimento, esposa do Capitão Hilário,.
— 77 —

era filha de Caetano José de Miranda, casado em 1759, com


Ana Antonia Maria de Jesus Prado, última filha do referido
Capitão-Mor Tomé Rodrigues Nogueira do Ó e neta paterna
de Antonio de Mota Paes e de Helena Antunes do Prado, tam­
bém oriundos de velhas famílias paulistas, dos Raposo Góes. ci­
tados pelo Dr. Silva Leme 3-76, 3-77 e 6-433, n.° 6-9.
O Brigadeiro Inácio Gabriel prestou relevantes serviços à
nação.
Entre outros, gozou de marcante estima, consideração e
confiança do Marquês do Paraná, Honório Hermeto Carneiro
Leão, na ardua missão de pacificar ti província de Minas em
1842.
Honório Hermeto em junho de 1842 seguiu para Minas.
Aos 3 de julho desse ano entrava em Valença acompanhado
do Brigadeiro; a 7 faz sua entrada em São José do Rio Preto
ao lado do mesmo oficial.
Aos 20 de agosto teve ordem de entregar o comando das
forças e a presidência da província de Minas ao Marquês de Ca­
xias e de regressar a Niterói, para assumir a presidência da
província do Rio, onde seus serviços eram necessários. Re­
gressou trazendo consigo o Brigadeiro Inácio Gabriel. (Anuário
do Museu Imperial, 1945, pág. 160, artigo, do Sr. Honório Car­
neiro Leão Teixeira Filho).
Faleceu o Brigadeiro Inácio Gabriel no Rio de Janeiro a
2 de março de 1850, tendo sido representado no inventário pa­
terno pelos dois filhos.
Alcla Romana, viuva, a princípio residiu no Rio de Janeiro,
na Rua das Larangeiras 59, dedicando-se não só à educação dos
filhos, como também à pratica da religião e da caridade. Em
1864 foi eleita zeladora da Ordem Terceira do Carmo e tempos
depois, dama do côro da Devoção de Nossa Senhora da Cruz
dos Militares e finalmente zeladora do Hospital da Ordem Ter­
ceira dos Mínimos de São Francisco de Paulo.
Acompanhou os filhos quando transferiram residência para
a cidade de Paris e aí, após uma viuvez de 49 anos, rendeu a boa
.alma ao Criador, no dia 7 de agosto de 1899.
De seu casamento houve dois filhos:
§ 1 —- Maria Elisa de Sauvan Monteiro de Barros.
§ 2 — Braz Augusto Monteiro de Barros.

:fc
— 78 —

§ 1 — Maria Elisa de Sauvan Pereira da Silva


Tal foi o nome que passou a usar depois de casada. Pri­
meira filha do Brigadeiro Inácio Gabriel Monteiro de Barros.
Casou com o Conselheiro Dr. João Manuel Pereira da Sil­
va, nascido em Iguassú a 30 de agosto de 1817 e falecido em
Paris á 15 de junho de 1898, bacharel em Direito, diplomado na
Universidade de Paris em 1838.
(3 Conselheiro Pereira da Silva, publicista, escritor e his­
toriador, deixou enorme produção literária catalogada por Sa­
cramento Blake, Dicionário Bibliográfico, vol. 3.°, pág. 479..
Grande Dignitário da Ordem da R osa; Comendador da Ordem
de Cristo; Comendador da Ordem de Nossa Senhora da Vila
Viçosa; membro do Instituto Histórico Brasileiro; da Academia
Real de Ciências de Lisboa, da Sociedade de Geografia da mesma
cidade, da Arcádia Romana, do Instituto Histórico de França,,
da Academia Real de Madrid.
Como historiador dos acontecimentos sobrevindos duranfe
o primeiro reinado parece que não os julgou com ânimo des­
prevenido, sereno, apoiado em provas robustas e imparciais. Os
seus livros não foram bem recebidos pela Côrte Imperial e pelo.
elemento oficial; despertaram o aparecimento de enérgicas con­
testações sobressaindo a do General Conrado Jacob de Niemeyer,
“Impugnação” Rio, 1872, 208 págs., in 4.°.
De outro lado, conta com admiradores e juizes favoráveis.
Em discurso pronunciado em sessão da Academia Brasileira
de Letras a 2 de junho de 1901 e publicado no n.° 1 da res­
petiva Revista, assim se exprime o acadêmico Medeiros e-
Albuquerque.
“De Pereira da Silva, em.outro recinto, Joaquim Nabuco
disse magistralmente os méritos e deméritos.
Deméritos ?
Não sei bem se o termo é exato. Nós não somos um ce­
náculo estreito, um grupinho de propagandistas de uma fór­
mula única de beleza. Falta-nos um canon infalível ao qual
possamos comparar as obras de cada um, para dar notas de lou­
vor, notas de censura. Fôra irrisório procurar entre ríós o que
se chama geralmente o espírito acadêmico, se por isso se en­
tende um espírito de pura imitação e rotina. O que há aqui
são quarenta homens de boa vontade, que se associam com
uma preocupação alevantada de progresso artístico e literário
como outros se associam para fins utilitários, para emprêsas
de comércio e de indústria.
Assim, não há que falar, tratando de Pereira da Silva, em
— 79

deméritos. Escrevendo a história, ele não se preocupa com o


extremo polir do estilo. Dizia singelamente, contava os fatos.
Trabalhador ativíssimo, não punha, entretanto, nos seus
escritos o rigor de um método seguro, não buscava cercar-se
de um grave aparelho de erudição, multiplicando as citações.
A história erá para ele a narração vivida dos acontecimentos.
Não a procurava ageitar para caber dentro de tal ou qual teo­
ria — e isso era sem duvida uma garantia de sua perfeita' boa
fé e lealdade. Escrevia em qualquer parte: no banco onde
trabalhava, no hotel em que pousava, sem consultar notas, sem
confrontar datas, socorrendo-se apenas de sua excelente
memória.
Mas a memória mais de uma vez lhe foi infiel — e daí pro­
curam alguns críticos tirar argumentos para negar valor aos
seus trabalhos.
Certo, a história se escreve hoje por processos diversos,
procurando com rigor maior, chegar ao conhecimento exato dos
fatos, à reconstrução do passado”.
Depois de várias considerações sobre a história, conclue
Medeiros:
“ Deixem, portanto, as discussões sobre o melhor meio de
compreender á história. Todos são falsos, todos são in­
completos.
Pereira da Silva escreveu a história política do Brasil, des­
de a fundação do Império até quase o fim do segundo reinado.
Se há que corrigir fatos e datas nas páginas que deixou, é
força convir que elas tem vida, tem calor, tem animação. Os
personagens destacam-se com relêvo. Ele narra simplesmente
o que viu, o que soube.
Não põe nisso o menor aparato de erudito. Outros virão
depois, que dessa coletânea de episódios, tirarão os que lhes
parecem mais autênticos, grupá-los-ão de outro modo e. . .
escreverão outras histórias”.
Eis o que conseguimos apurar sobre a personalidade de
tão elevado escritor e voltemos agora para a opinião que sobre
êle formava o Paço Imperial.
Já dissemos: não gozava de simpatia.
Uma circunstância, pelo menos — ou mera coincidência, for­
çada por motivos partidários? — deixa transparecer a má von­
tade palaciana: os obstáculos opostos à entrada do Conselheiro
no Senado Imperial.
É sabido que os políticos eminentes do Império, anciavam
e procuravam por todos os meios terminar, coroar, sua cai-
reirã, comodamente refastelados em uma poltrona da Câmara
— 80 —

vitalícia. A cadeira de senador exercia incoercível atração aos


superhomens de então.
Concorriam motivos poderosos para o supremo anhelo
Depois de uma vida agitada e sujeita aos vaivéns da sorte e'
aos azares da roda política partidária, instável naquele tempo,
como hoje; depois de lutas terríveis, de vendavais e de em ­
bates perigosos, a vitaliciedade oferecia um pôrto seguro, se­
reno, abrigado contra todos os contratempos e surpresas.
E lá dentro, no recinto, o ambiente era de calma e de res­
peito mutuo.
“ Discutamos, nms . sem rompimentos insanáveis, “procla­
mava o Barão de Cotegipe, “lembremô-nos que havemos de
viver juntos e nos aturarmos reciprocaínente até os últimos dias
da*vida”.
Sobre o Senado imperial, além de diversas publicações,
inclusive a do mestre Dr. A. de Taunay, colhemos dados im­
portantes, eternamente gravados em nosso espírito, em um be­
líssimo artigo de Machado de Assis, “O Velho Senado”, publi ­
cado na Revista Brasileira, tomo 14.°, 1898, pág. 360, que
transcrevemos:
“ Para avaliar bem a minha impressão diante daquelas fi­
guras que eu via ali juntas, todos os dias, é preciso não es­
quecer que não poucas eram contemporâneos da Maioridade,
algum da Regência, do primeiro Reinado e da Constituinte.
“Tinham feito ou visto fazer a história dos tempos iniciais
do regime, e eu era um adolescente espantado e curioso. Acha­
va-lhes uma feição particular, metade militante, metade trium-
fante, um pouco de homens, outro pouco de instituição”.
O Conselheiro para terminar a carreira política, seguiu a
regra geral: cándidatou-se a uma cadeira no Senado pela pro­
víncia do Rio de Janeiro, ligando por isso o nome a um inci­
dente que. empolgou ã atenção pública durante os últimos anos
da monarquia; queremos nos referir à insistência em bater seis
vezes às portas do ilustre conclave e à tenacidade em concor­
rer a seis eleições, conseguindo sómente na última tentativa, na
sexta, levantar os ferrolhos do pesado portão do palácio dos
Condes dos Arcos.
Seis vezes apelou para o sufrágio popular e outras tantas
figurou na lista itríplice, conseguindo ser escolhido por motivo
superveniente, inesperado.
Sabemos de políticos que tentaram por duas, por três ve­
zes, desanimando áfinal. O Cónego . Manuel José da Silva
Mendes e o Visconde de Lima Duarte, diz o Dr. Taunay, fi­
guraram em quatro, listas. Mas em seis, só conhecemos os
— 81 —

casos do Dr. José Cesário de Faria Alvim e do Conselheiro


Pereira da Silva.
Apresentou-se, este, a primeira vez, em 1869, na vaga de
Euzébio de Queiroz Matoso Câm ara; segunda vez em maio
de 1872,.para preencher a vaga deixada pelo Visconde de Ita-
borâí; terceira, em setembro de 1884, em substituição ao Vis­
conde de N iterói; quarta vez, em 1886, para ocupar o lugar
do Visconde de Bom Retiro; a quinta em 1887, na vaga veri­
ficada com o passamento do Conselheiro A. P. Chichorro da
Gama'.
Afinal, morreu o Conde de Baependi, a 12 de maio de 1887,
ocorrendo uma vaga no Senado, pela província do Rio de
Janeiro.
Apresentaram-se candidatos, o Conselheiro Alfredo Ro­
drigues Fernandes Chaves, que terminara proveitosa gestão no
Ministério da Guerra, obtendo 6.472 votos; o Dr. Domingos de
Andrade Figueira, que alcançou 6.216 e o Conselheiro Pereira
da Silva, que logrou 5.836.
Formada, dest’arte, a lista tríplice subiu ao despacho da
Princesa' Imperial Regente, a Princesa Isabel — em nome do
Imperador, ausente — para escolha de um nome.
Começa a luta nos bastidores.
O Barão de Cotegipe, presidente do Conselho e eminente
chefe do Partido Conservador brasileiro, quebrava lanças em
favor do Dr. Andrade Figueira. O Conselheiro Paulino José
Soares de Souza e o irmão Conselheiro Belisário, prestigiosos
paredros do mesmo partido na província do Rio, lutavam com
ardor e insistiam pela escolha do Conselheiro Alfredo Chaves.
A imprensa tomou conta do caso e explorou. A solidez
do Partido Conservador esfacelava-se; os alicerces ameaçavam
ruir com explosões, não de dinamite, mas de dissidências, de
cisões, ou como diríamos hoje, de alas moças, alas renovadoras,
eufemismo, rótulo cobrindo a mesma mercadoria: indisciplina
partidária, interesses não satisfeitos; desobediência aos chefes.
Eis o quadro alarmante que defrontava o Império.
O assunto alastrou-se por todos os quadrantes da nação,
mantendo a população em expectativa e curiosidade, anciosa pelo
desenlace.
Nesta contingência, a Princesa Imperial evitando desgos­
tar os próceres da política e não desejando concorrer para o
fracionamento do partido dominante, quebrou a praxe tradi­
cional de escolher o mais votado e resolveu contornar a ques­
tão escolhendo um Tertius e assim decidiu por fôrça da Car­
— 82

ta Imperial de 9 de janeiro de 1888, nomeando o C o n s e lh e ir o


). M. Pereira da Silva,
Entrou sem esperar; por “bambúrno”, diremos em lin­
guagem familiar.
Assoalharam os íntimos do Palácio, que para esta resolu­
ção concorreram pedidos da Condessa de Barrai, amiga íntuna,
antiga preceptora da Princesa e parenta do Conselheiro nomeado.
Não acreditamos que a Regente fosse resolver problemas-
nacionais e questões pplíticasi de tanta responsabilidade, le­
vada por favoritismo do Paço, assim como não acreditamos nos
comentários satíricos de certo orgão da imprensa carioca.
O jornal humorista “Revista Ilustrada”, de Angelo Agos-
tini, comentando o episódio, escreveu que o Conselheiro -ficou
tão satisfeito com a escolha, que chegando em casá, num rasgo
de entusiasmo, num lance de contentamento quebrou tôda a
louça que a criada lhe apresentava com o café, em rica salva
de prata. O lapis irreverente, mas sempre gracioso, do artis­
ta, no número de 17 de janeiro de 1888, pinta o Conselheiro '
entrando em suá residência, atirando aos ares, com valente pon­
tapé, a bandeja e louça, dianite da negrinha estarrecida e apar­
valhada pela inesperada e original manifestação de júbilo.
Vá por conta do jornal.
De seu casamento houve D. Maria Elisa a filha única:
1-1 Maria Elisa Monteiro Pereira da Silva.
Baronesa de Itajubá.
Casou a 16 de março de 1867, no Rio de Janeiro, com
Marcos Antonio de Araújo Abreu, eminente diplomata
brasileiro falecido em Berlim a 2 de novembro de 1897,.
agraciado pelo governo imperial, por decreto de 10 de no­
vembro de 1883, com o título de 2.° Barão de Itajubá, filho
do l.° Barão e Visconde de Itajubá, Marcos 'Antonio de
Araújo, falecido em Paris a 7 de fevereiro de 1884, e da
Viscondessa, Ida Hildebrandt.
Faleceu a Baronesa de Itajubá em Paris, a 20 de
julho de 1929, sem deixar filhos.
O Barão de Itajubá nascido em Hamburgo, Hveu a maior
parte da existência no estrangeiro estudando na Alemanha e*:
ná França. Embora longa a permanência no exterior, não, era
um desnacionalizado; cumpria os deverés do cargo com o m á­
ximo prestígio na qualidade de brasileiro. E desse prestígio
mais de um patrício se aproveitou. f
Quando foi proclamada a Comuná, em1- Paris, no ano de/
1871, um estudante de medicina, nosso compatriota^ entusias­
mado pelos princípios pregados pela Revolução envolveu-se na
— 83

luta, prestou serviços médicos e envergou a farda de insurreto.


Preso, com os outros, foi condenado ao fuzilamento. Gritou,
protestou, alegando que era brasileiro e que prestava serviços de
humanidade. O General Galifet, comandante das forças le­
gais que iam arcabusar o pobre rapaz, ouviu os lamentos e suas
razões e mandou que o soltassem. “Isso talvez agrade a
.A raújo”, dizia o General, referindo-se ao sobrenome de Ita-
jubá que, sem querer, com o prestígio social salvou uma vida. ■

§ 2 Braz Augusto Monteiro de Barros

Nasceu no Rio de Janeiro a 29 de novembro de 1837. Ca­


sou a primeira vez com Maria Guerra e a segunda com Joana
Paula Monteiro de Barros (Prima Joaninha), vinculada a fa-
.milia grada do Estado do Rio.
Pertencia D. Joana à importânte família Paes Leme, ra­
dicada em Iguassú e Antas, no Estado do Rio de Janeiro, fi­
lha de Bento P. Paes Leme e de Ana de Moura Paes Leme.
Esita Ana de Moura, por sua vez, presumimos que esteia
ligada à conceituada família paulista Moura Leite, já estudada
em nosso livro "Jordão”, pág. 62.
Vamos resumir.
Residia em São Paulo no princípio do século passado um
português, Manuel Marques do Vale, casado com Ana Ja-
cinta de Moura, filha de João de Moura Leite e de Leonor Lei­
te de Siqueira, oriundos de antigas cepas vicemtinas e
bandeirantes.
Manuel Marques do Vale retirou-se para Iguassú e aí fa­
leceu em 1827. A viuva, D. Ana Jacintá, continuou a residir
em S. Paulo, onde faleceu a 27 de janeiro de 1848, com 75
anos. Tiveram três filhos: a primeira, Maria Cândida, tor­
nou-se mais tarde Baronesa de Iguape, pelo casamento com An-
tonio da Silva Prado, Barão de Iguape, com ilustre e fulgu­
rante descendência. O segundo, Manuel Marques de Moura,,
foi lavrador em Juquery e Parnaíbâ.O terceiro, Francisco de
Assis Marques acompanhou o pai e fixou residência definitiva
em Iguassú e aí constituiu família.
Estes detalhes e as informações sóbre os progenitores de
D. Joana e sua ligação com a prestigiosa família paulista, che­
garam a nosso conhecimento pela leitura de um convite para a
missa de sétimo dia a realizar-se no dia 21 de maio de 1901
em sufrágio da alma de Bento P . Paes Leme, convite publi­
cado no Jornal do Comércio, do Rio de Janeiro, edição de 20
de maio daquele ano, redigido nos seguintes termos — “ Ana
— 84 —

de Moura Paes Leme, seus filhos presentes e ausentes; Fran­


cisco de Assis Paes Leme, senhora e filhos; Luiz Augusto Paes
Leme, senhora e filhos, ausentes; Dr. Braz Augusto Monteiro
cie Bárros, senhora e filho, ausentes; Clovis Gierkens, senho­
ra e filhos; Francisco de Assis Marques, senhora e filhos; Al­
berto Hallier; convidam para a missa de sétimo dia a reali­
zar-se no dia 21 de maio de 1901, em sufrágio da alma de seu
esposo, pai, sogro e avô, Bento P. Paes Leme”.
A leitura deste convite não deixa duvidas; D. Joana per­
tencia à família citada, embora não possamos fixar com pre­
cisão o parentesco com várias pessoas ali mencionadas, princi­
palmente com Francisco de Assis Marques.
Residiu nos últimos anos da vida na Capital Federal, onde
faleceu a 17 de novembro de 1945 e de acordo com os cos­
tumes, sua alma recebeu sufrágios solenes em missa de sétimo
dia cujo convite foi subscrito por Francisco de Assis Paes
Leme, e filhos; Isabel Paes Leme Cabral e filhos; Castorina
Gierkens ; Emilia Paes Leme e filhos ; Ernestina Paes Leme F al­
cão ; Donaria Paes Leme Viana Sà e filhos, respetivamente ir­
mãos, cunhados e sobrinhos da falecida.
Voltemos para o primo Braz Augusto.
Residiu a maior parte da vida em P a ris; aí conhecemô-lo
em 1901, frequentando assiduamente o sumptuoso apartamento
residencial no aristocrático “Quatier de 1’Etoile”, na Avenida
de lá Grande Armée, n. 22. Gentleman na máxima expres­
são da palavra, de memória feliz, era palestrador interessan­
tíssimo ; correto no trajar, mantinha sempre linha impecável
de distinção, tendo adquirido em França aquele ar blagueur,
de leve ironia e graça em suas narrativas e na conversação.
Ocupou durante muitos anos a presidência de proverbial
sociedade brásileira de beneficência que discretamente pres­ íJK
tava os mais assinalados serviços de assistência e repatriação
a brasileiros desamparados; conseguiu fazer voltar ao Brásil
diversos patrícios que não possuíam meios de pagar a passagem.
Alguns anos depois encontramô-lo em S. Paulo tratando
de alienar longínqua e improdutiva propriedade agrícola que
possuia em Batatais.
O jornal "Estado de São Paulo”, de 4-2-1915, publica á
notícia de seu falecimento em Paris. r íèL
Filho do primeiro leito:
1-1 Augusto Clemente Monteiro de Barros.
Nasceu em Paris a 3 de setembro de 1862.
Oficial da Marinha de Guerra íbragileira. Oícupou,
entre outros, o lugar de secretário e oficial de gabinete do
85 —

Almirante Saldanha da Gama. Acompanhou-o durante o


movimento revolucionário de 1893 e 1894, até o dia em
que o Almirante caiu, em Campo Osório, trucidado pela
gente do C aty; não o abandonou um momento siquer du­
rante a sanguinolenta refrega.
Casou no Rio de Janeiro, na Igreja da Glória, no dia
25 de julho de 1885, com Ana Saldanha da Gama, nascida
em Paris a 9 de dezembro de 1867, filha de José de Sal­
danha da Gama, nascido no solar do Colégio, Campos,
província do Rio, a 7 de agosto de 1839 e falecido no
Distrito Federal a 8 de janeiro de 1905 e de sua mulher
Eulália Pereira da Cunha, nascida no Rio de Janeiro a 26
de fevereiro de 1834 e falecida em Petrópolis a 25 de maio
de 1918; neta paterna de José de Saldanha da Gama, nas­
cido na Bahia a 2 de outubro de 1808 e falecido no Rio
a 22 de março de 1875 e de Maria Carolina dos Reis Bar­
roso, nascida a 3 de novembro de 1813, na fazenda Colé­
gio e falecida' no Rio, a 19 de novembro de 1885 ; neta ma­
terna de Joaquim Antonio Pereira da Cunha (filho do Mar­
quês de Inhanbupe) e de Maria Amália Leão.
José de Saldanha da Gama (avô paterno de D. Ana)
era filho do 6.o Conde da Ponte e da Condessa, governa­
dores da Bahia, justamente no ano em que hospedaram a
família real portuguêsa que em 1808 fugia para o Brasil,,
acossada pelas forças de Junot.
A Condessa da Ponte era filha dos primeiros Condes
do Rio Maior.
A Condessa do Rio Maior, Maria Amália de Car­
valho e Daun, era filha do Marquês de Pombal, Sebastião
José de Carvalho Melo, e de sua segunda esposa, a Mar­
quesa, Leonor Ernestina E. W. Josefa von Daun. Descen­
dência dos primeiros Marqueses de Pombal, pelo Padre
Luiz Moreira de Sá e Costa, S. J., pág. 302.
Faleceu o l.° Tenente Augusto Clemente em Belem
do Pará a 28 de dezembro de 1901. O “Jornal do Comér­
cio” do Rio de Janeiro, publica o convite para a missa de
sétimo dia, a realizar-se no dia 4 de janeiro de 1902.
Filhos:
2-1 Braz Augusto José de Saldanha Monteiro de Barros.
* Nasceu a 18 de abril de 1886 em Petrópolis.
Oficial da Marinha de Guerra. Depois de reforma­
do serviu de cônsul da. Rumania, no Brasil, Comen­
dador da Ordem dá Coroa e Estrela do dito pais.
Casou em Londres a 12 de julho de 1911 com Lilian
— 86 —

Mary Lister, filha de William Nathaniel Lister, oficial


da marinha de guerra britânica e de Mariá Carlota
Osório Lister; neta paterna de Nathaniel Lister, da
Paroquia de Santa Bride, Cidade de Londres (Parish
of Saint Bride, City of London) e de Matilde Marcial
de Araújo, da Ilha da Madeira; neta materna de Joa­
quim Mana Osório e de Carlota Maria Vieira, Filhos:
3-2 A A / Ml ,
ti t __ :.i ^ /r .
William Braz Lister Monteiro de Barros.
Nasceu a 14 de Julho de 1912, em Londres, re­
gistrado no consulado brasileiro. Bacharel em
Direito, advogado na Capital Federal.
3-2 Biaz Gabriel Lister Monteiro de Barros.
Nasceu a 20 de agosto de 1913, em Londres e fa­
leceu a 8 de janeiro de 1926, no Rio.
3-3 Luiz Augusto Lister Monteiro de Barros.
Nasceu em Londres a 8 de julho de 1917
Casou em São Paulo (Distrito da Consolação, liv
de casam. n. 50, fls. 34, ass. 3951), no dia 20 de
agosto de 1940, com Vera da Silva Prado, nascida
em S. Paulo a 16 de junho de 1915, filha de Luiz
' da ~^lva Prado e de Eudóxia da Cunha Bueno Sil-
va P rado; neta paterna do Conselheiro Antonio
da Silva Prado e de Maria Catarina da Costa Pin­
to; neta materna do Coronel Joaquim da Cunha
Bueno e de M ana Francisca da Cunha Bueno, fi-
ha do Visconde da Cunha Bueno e de sua primei­
ra esposa Eudóxia Henriqueta de Oliveira que não
gozou das honras de Baronesa nem de Viscondes­
sa por ter falecido antes da concessão do título
O Conselheiro Antonio <la Silva Prado era’fi-
lho do Dr. Martinho da Silva Prado e de Veridia-
na Valesia da Silva Prado, filha dos Barões de
Iguape.
D M ana Catarina da Costa Pinto era filha do
Conselheiro Dr. Antonio da Costa Pinto e Silva
ja citado neste trabalho, Cap. l.°, § 2.° n 1-3’
Todos estes nomes estão estudados em Oliveiras,
pag. 325 e Jordão”, pág. 59.
O casal tem dois filhos:
4-1 Maria Eudóxia.
4-2 Luiz.
2-2 Ana Eulália de Saldanha Monteiro de Barros.
Nasceu a 18 de outubro de 1891, no Rio de Janei-
87 -

ro e aí faleceu a 21 de fevereiro de 1934. Casou com


o Dr. Otávio de Souza Dantas, filho de Rodolfo Souza
Dantas e de Alice São Clemente; neto paterno do Con­
selheiro Manuel Pinto de Souza Dantas, personagem
de primeira grandeza no mundo politico do segundo
Império e de sua mulher Amália Josefina Barata de
Souza D antas; neto materno de Antonio Clemente Pin­
to, Conde de São Clemente (filho dos Barões de Nova
Friburgo) e da Condessa de São Clemente, Maria Fer-
nandes Chaves, filha dos Barões de Quaraim. Sem
geração. Do segundo leito teve Braz Augusto Mon­
teiro de B arros:
1-2 Inácio Gabriel Monteiro de Barros.
Depois do falecimento de seu pai, transferiu residência
para a cidade do Rio de Janeiro. Prestou durante algum
tempo serviços no Ministério das Relações Exteriores, Ita-
marati. Casou com Adele Josefina (Ady) de família bel­
ga. Faleceu no Distrito Federal a 29 de maio de 1937,
sem deixar filhos.
1-3 Otávio Monteiro de Barros.
Faleceu solteiro.
C a pít u l o 3

DR. M ANUEL M ON TEIRO DE BARROS


F i l h o dos V is c o n d e s d e C o n g o n h a s do C a m p o

Nasceu em Ouro Preto em 1806 e foi batizado a 11 de mar-


ça do mesmo ano, como faz prova o assento de batismo que pas­
samos a publicar: Livro de Batizados da Paroquia de Nossa Se­
nhora da Conceição de Antonio Dias, Ouro Preto.
“Aos onze de março de mil oitocentos e seis na
“pia batismal desta Matriz o Reverendo Vigário Co-
“lado da mesma João Antonio Pinto Moreira bati-
“zou e pôs os Santos Oleos à *MANUEL inocente,
“filho legítimo do Doutor Lucas Antonio Monteiro
“de Barros ouvidor e corregedor atual desta Vila
“Rica e de sua mulher Dona Maria Tereza Joaquina
“Sauvan Monteiro; neto pela parte paterna do
“Guarda-Mor Manuel José Monteiro de Barros na-
“tural de Portugal e de Dona Margarida Eufrásia da
“Cunha e Matos natural desta Vila e pela parte ma-
“terna do Doutor Manuel Monteiro de Barros e de
“Dona Maria Joaquina Sauvan Monteiro ambos na­
tu ra is de Lisboa. Foi padrinho o Reverendo Dou­
t o r Vigário da Vara do Rio das Mortes Marcos
“Antonio Monteiro e a proteção de Nossa Senhora
“da Conceição. E para constar fiz este assento que
“assino. O Coadjutor Francisco de Almeida Pin­
to .”
Seguiu para Portugal e matriculou-se na Universidade de
Coimbra, na Faculdade de Matemáticas em 1822 e na de Direito
em 1823. Recebeu o diploma de Bacharel em Leis e foi despa­
chado para o Maranhão.
Aí casou com Maria da Piedade Barros e Vasconcelos, fale-
89 —

cida a 30 de dezembro de 1877, filha do Chefe de Esquadra, Fe­


lipe de Barros e Vasconcelos.
Felipe de Barros e Vasconcelos, distinto oficial da marinha
de guerra portuguêsa, de nobre e grada família do Reino, exercia
no Maranhão o cargo de Inspetor dos serviços da marinha e go­
zava de marcante prestígio social.
Fazia parte da Junta Governativa criada pela Côrte portu­
guêsa pelos decretos de 29 de setembro e 1 de outubro de 1821.
Proclamada a independência do Brasil a 7 de Setembro de 1822,
esta Junta Governativa não quiz aderir ao movimento, sem or­
dem de Lisboa, apesar de insistentes pedidos de D. Pedro I ao
presidente da mesma e seu amigo pessoal, o Bispo Diocesano
Frei D. Joaquim de Nazareth e apesar da adesão de toda a popu­
lação do interior e das províncias limítrofes.
Lord Cochrane comandando uma esquadra foi então envia­
do ao Maranhão, para conseguir, por bem ou por mal, que a
Junta reconhecesse o novo govêrno brasileiro. Chegou a São
Luiz no dia 26 de julho de 1823, a 27 todos os membros da Jun­
ta compareceram a bordo para1 saudá-lo e com ele conferencia­
ram mais de duas horas.
No dia seguinte, 28 de julho, ao meio dia o Tenente Gren-
fell, representando o Almirante, arreava no palácio do govêrno
a bandeira portuguêsa, tremulando em seu lugar, depois das sal­
vas das fortalezas e dos vasos de guerra, a nova bandeira brasi­
leira.
Felipe de Barros e Vasconcelos tomou parte ativa e salien­
te em favor do Brasil em todos estes acontecimentos.
Lord Cochrane, Almirante, sem disparar um tiro, sem der­
ramamento de sangue e sem o menor esforço, foi proclamado o
Pacificador do Maranhão e agraciado com o título de Marquês
do M aranhão!
É verdade que esse título não alcançou em branca nuvem;
houve protestos enérgicos por parte de Montezuma e seus ami­
gos na Assembléia Geral Legislativa.
Faleceu o Dr. Manuel, no Rio de Janeiro, a 16 de novembro
de 1872, havendo de seu casamento 11 filhos:
§ 1 __ Dr. Lucas Antonio Monteiro de Barros
§ 2 __ Felipe de Vasconcelos Monteiro de Barros
§ 3 — Antonio Augusto Monteiro de Barros
§ 4 — Dr. Américo Monteiro de Barros
§ 5 — Dr. Manuel Monteiro de Barros
§ 6 — Maria Tereza Monteiro de Barros
§ 7 — Ana Rita Monteiro de Barros

W%
— 90 —

§ 8 — Januária Monteiro de Barros


§ 9 — Dr. Luiz Francisco Monteiro de Barros
§ 10 — Filomena Monteiro de Barros
§ 11 — Virgínia Monteiro de Barros.

* *■ *

§ 1 — Dr. Lucas Antonio Monteiro de Barros


J
Nasceu em São Luiz do Maranhão. Abraçou o funciona­
lismo da Fazenda, ocupando entre outros, o lugar de Inspetor
Geral da1Tesouraria da Fazenda na província do Paraná. Fale­
ceu em Curitiba a 23 de maio de 1868. Casou nesta última ci­
dade a 24 de dezembro de 1854 com Maria da Glória Souto
Maior, filha do Capitão João de Sá Souto Maior, falecido em
Curitiba a 24 de dezembro de 1857.
Por intermédio deste Capitão João de Sá podemos ligar to­
dos os descendentes do Dr. Lucas-Maria da Glória, na Genea­
logia Paulistana, pois também são descendentes de Amador
Bueno, o Aclamado, como passamos a demonstrar:
Amador Bueno da Ribeira, casado com Bernarda Luiz ti­
veram Mariana Bueno, casada com Sebastião Preto Moreira,
falecido em 1696. Pais de Maria Bueno. Casou com Manuel
Lobo Franco e tiveram:
Rosa Maria Bueno, casada com Manuel Gomes Palheiros.
Pais d e :
Maria Bueno. Casou com o Sargento-Mor João Ferreira
de Oliveira, o mais rico e importânte comerciante da praça de
Santos no fim do século 18. Pais d e :
Rita Ferreira Bueno. Casou com Francisco Xavier Pin­
to, português, natural dê Alfandega da Fé, comarca de Torre de
Moncorvo, Arcebispado de Braga, filho de André Esteves e de
Madalena Pinto, Nasceu Francisco Xavier Pinto por volta de
1732, porque numa justificação processada em Curitiba no ano
de 1762 declarou contar 30 anos mais ou menos. Foram pais de :
Ana Maria Ferreira Bueno. Casou em Curitiba a 20 de
abril de 1786 com o Coronel Inácio de Sá Souto Maior, natural
de São Martinho da Gandara, termo de Ponte de Lima, filho
de Leonel de Abreu Sá Souto Maior e de Feliciana Luisa Perei­
ra de Magalhães. Foi o Coronel Inácio personagem abastada
e de grande prestígio em toda a zona dos Campos Gerais de
Curitiba. Faleceu D. Ana Maria a 13 de setembro de 1841,
— 91

havendo: Capitão João de Sá Souto Maior, o qual foi pai de


Maria da Glória casada com o Dr. Lucas Antonio.
Deste casamento procedem sete filhos, designados de 1-1
a 1-7:
1-1 Dr. Afonso Monteiro de Barros.
Nasceu no Paraná a 8 de novembro de 1862 e faleceu
no Rio de Janeiro a 6 de julho de 1949. Engenheiro, ex-
diretor do Serviço de Aguas e Esgotos da Capital Federal.
Ai casou a 26 de junho de 1897 com Maria Augusta de
Freitas, nascida em Lorena (São Pulo) a 31 de agosto de
1871 e falecida no Rio a 26 de fevereiro de 1937, filha do
Dr. Fernando Lourenço de Freitas e de Virgínia Augusta
de Azevedo Guimarães.
O Dr. Fernando Lourenço de Freitas, filho do Dr.
Francisco Lourenço de Freitas e de Ana Leopoldina de
Oliveira Freitas, citados no Genealogia Paulistana, vol.
5, pág. 502, nasceu em São Paulo a 30 de maio de 1833 e fa­
leceu no Rio de Janeiro a 9 de fevereiro de 1902; casou em
Lorena a 27 de fevereiro de 1862, com Virgínia Augusta de
Azevedo Guimarães, nascida na mesma cidade a 18 de maio
de 1845 e falecida em Florianopolis a 12 de maio de 1908,
filha de João Antunes Guimarães, português, natural de
São Lourenço de Sande e casado em Lorena com Ana Vi-
cência de Azevedo, aí nascida a 23 de dezembro de 1818 e
falecida a 3 de fevereiro de 1854, filha do Comendador Pe­
dro Vicente de Azevedo e de Maria Pereira da Guia. Fi­
lhos: em número de nove, de 2-1 a 2-9:
2-1 Dr. Armando Monteiro de Barros:
Bacharel em Direito, advogado, funcionário fe­
deral. Nasceu no Rio de Janeiro a 28 de julho de
1898. Casou na mesma cidade, a 27 de novembro de
1924, com Elza Lamberg, nascida no Rio Grande do
Norte, filha do Dr. Manfredo Lamberg e de Euclídia
Sobreira. Filhos, nascidos no R io:
3-1 Maria Dulce Monteiro de Barros.
Nasceu a 23 de setembro de 1925.
3-2 José Maurício Monteiro de Barros
Nasceu a 19 de janeiro de 1927.
3-3 Carlos Frederico Monteiro de Barros
Nasceu a 13 de janeiro de 1929.
3-4 Fernando Monteiro de Barros
Nasceu a 16 de agosto de 1930.
— 92 —

3-5 Maria Angela Monteiro <le Barros


Nasceu a 1 de maio de 1933.
2-2 José, falecido na infância.
2-3 Maria, falecida na infância.
2-4 Pedro Monteiro de Barros.
Nasceu no Rio de Janeiro a 12 de agosto de 1903..
Funcionário federal. Na mesma localidade casou, a
21 de julho de 1926, com Laura Ferreira, aí nascida a
22 de outubro de 1905, filha de Antonio dos Passos.
Ferreira e de Maria Barbosa Ferreira. Filhos, nas­
cidos no R io :
3-1 Pedro Afonso Monteiro de Barros
Nasceu a 27 de junho de 1927.
3-2 Clara Maria Monteiro de Barros
Nasceu a 30 de julho de 1928.
3-3 Lucy Monteiro de Barros
Nasceu a 25 de janeiro de 1930.
2-5 Paulo Monteiro de Barros.
Nasceu no Rio de Janeiro a 8 de fevereiro de 1906.
Funcionário público. Casou a 19 de março de 1928,
com Berta Costa, nascida no Distrito Federal a 11 de
novembro de 1907. Com dois filhos, aí nascidos:
3-1 Amauri Monteiro de Barros
Nasceu a 11 de abril de 1929.
3-2 Afonso Monteiro de Barros
Nasceu a 28 de março de 1932.
2-6 Dulce Monteiro de Barros.
2-7 Virgínia Monteiro de Barros.
2-8 Clara Monteiro de Barros.
2-9 Cinira Monteiro de Barros.
Nasceu no Rió de Janeiro a 19 de outubro de 1912
e aí casou a 16 de abril de 1932 com o oficial do Exér­
cito, Capitão Itibêrê Gouveia do Amaral, nascido em
Afinas a 3 de julho de 1907. O Capitão Itibêrê ocupa
no Almanaque Militar de 1945 o 21.° lugar entre os
Capitães; pertence ao Q.S.G., Quadro Suplementar
Geral, servindo no Quartel General da 4.a Região Mi­
litar. 2.° Tenente a 24 de julho de 1930; l.° Tenente
a 13 de agosto de 1931 e Capitão a 3 de maio de 1937.
Tem o curso de Infantaria pelo Regulamento de 1929
e frequenta a Escola de Armas. Tem três filhos:
3-1 Marina M. Gouveia do Amaral.
3-2 Dulce M. Gouveia do Amaral.
— 93 —

3-3 Dalma M. Gouveia do Amaral.


.1-2 Francisca Monteiro de Barros.
Casou no Rio de Janeiro a 8 de dezembro de 1896, com
João de Freitas, nascido em Lorena a 3 de fevereiro de
1869, irmão de Maria Augusta de Freitas, acima citada no
n.° 1-1.
Faleceu João de Freitas, na Capital Federal a 23 de
abril de 1912, sem deixar descendência.
.1-3 Felipe Monteiro de Barros.
Nasceu no Paraná. Casou no Rio de Janeiro (São
Cristovão) a 11 de fevereiro de 1885 com Leonor Ma­
chado, fluminense, filha de José Ribeiro Peres Machado
e de Ana da Silva Maia Machado. Tem geração, da qual
apenas um nome chegou a nosso conhecimento:
2-1 Felipe Monteiro de Barros
Nasceu no Rio de Jaheiro a 29 de janeiro e foi
batizado na Igreja de São Francisco Xavier do En­
genho Velho a 14 de agosto de 1889; padrinhos, Dr.
Afonso Monteiro de Barros e D. Ana Campos Gue­
des Monteiro de Barros. Vigário, o Padre. João Cor­
deiro da1 Cruz Saldanha.
O Almanaque Laemert para 1886 informa que residia
à R. Barão do Amazonas n. 5, Engenho Velho, servindo de
3.° escriturário na Contabilidade da Caixa de Amortização.
Em 1898 ainda vivia, pois encontramos na “Gazeta de
Notícias” de 7-1-1898 o seu nome, convidando a parentes e
amigos para assistirem a missa de.30.° dia, em sufrágio de
Franklin Oscar Peres Correia.
.1-4 João Monteiro de Barros.
Nasceu no Paraná. O Almanaque Laemert, supra re­
ferido, informa que em 1886 residia na mesma casa de seu
irmão Felipe e que exercia o cargo de 3.° escriturário da Re­
cebedoria de Rendas.
Casou no Rio de Janeiro, Engenho Velho, a 4 de no­
vembro de 1883, com Ana Pinto Guedes, viuva, falecida no
Rio a 23 de maio de 1948, filha de Joaquim Alves Pinto
Guedes e de Ana Rodrigues de Campos. Filhos:
2-1 Dr. Lucas Antonio Monteiro de Barros.
Bacharel em Direito, funcionário no Ministério
da Fazenda, fiscal do Imposto de consumo em Niterói.
Casou com Dona Nadir de Campos Melo Monteiro de
Barros tendo:
3-1 Nilza Monteiro de Barros.
Casou com jáyme de Magalhães, funcionário
na Diretória de Imposto sobre a Renda, na Capital
Federal. Filhos:
4-1 Marita Monteiro de Barros Magalhães.
4-2 Geraldo Monteiro de Barros Magalhães.
4-3 Juarez Monteiro de Barros Magalhães.
3-2 Neusa Monteiro de Barros.
Casou no Rio de Janeiro, G avea,.ll de junho
de 1932, com o funcionário da Secretaria da Câ­
mara dos Deputados, Nelson Goclinho, filho de
Lincoln Godinho e Noêmia Matias Teixeira.
Tem:
4-1 Shirley Monteiro de Barros Godinho.
3-3 Nicia Monteiro de Barros.
Casou, no Rio, a 21 de maio de 1938, com An-
tonio Mazzini, funcionário na “The Caloric
Comp”, Rio, nascido em Palma a 25 de julho de
1916, filho de Devilio Mazzini e de Maria de Oli-
ff-
veira Mazzini. Tem:
4-1 Wilrna Monteiro de Barros Mazzini.
Nasceu no Rio de Janeiro a 7 de abril de 1939.
3-4 Nancy Monteiro de Barros.
3-5 Nidia Monteiro de Barros.
Casou com José Carlos Cardoso, funcionário -
no Ministério da Agricultura e estudante no 5.°
ano de Medicina, no Rio, filho de Djalma Cardo­
so. T em :
4-1 Suely de Barros Cardoso.
3-6 Roma Monteiro de Barros.
Reside no Rio de Janeiro, em companhia dos
pais. Estudante. Nossa inteligente informante,,
a ela devemos a relação e os dados sobre seus pais.
e irmãos.
2-2 Álvaro Monteiro de Barros.
Casado com D. Nadir de Campos Melo (l.° casa­
mento desta). Teve uma filha, Nadir Monteiro de
Barros, casada com o Dr. em Medicina Capitão Ro­
dolfo Pfefferkorn Júnior, nascido a 16 de janeiro de
1904, e que ingressando no Corpo de Saúde do Exérci­
to Brasileiro recebeu a graduação de l.° Tenente a 15
de outubro de 1930 e de Capitão a 24 de tfiâio de 1937,
ocupando em fins de 1945 o número 55 na respectiva
lista, filho do professor Rodolfo Pfefferkorn, professor
— 95 —

catedrático (Instituto Nacional de Música) falecido no


Rio a 26 de setembro de 1940 e de sua mulher Hermí-
nia Pfefíerkorn. Tem duas filhas:
3-1 Marly Monteiro de Barros Pfefíerkorn.
3-2 Daisy Monteiro de Barros Pfefíerkorn.
2-3 Plerminia Monteiro de Barros.
2-4 João Monteiro de Barros.
Nasceu no Rio em 1888. Casou no Engenho Ve­
lho aos 14 de novembro de 1911 com Isaura Barreto de
Sampaio, nascida no Rio de Janeiro em 1893, filha de
Manuel Barreto de Sampaio e de Maria de Souza
Sampaio.
Sem mais noticias.
2-5 Afonso Monteiro de Barros.
Também foram baldados os esforços para obter
informações a respeito deste parente.
2-6 Joaquim Monteiro de Barros.
Nasceu no Rio de Janeiro a 6 de novembro de
1901 'e foi batizado na Matriz do Engenho Velho a 5
de fevereiro de 1902, tendo como padrinhos, Antonio
Alves Pinto Guedes e Rosá Vitoria Guedes Sengés.
Casou com Adélia Primler Monteiro de Barros, tendo:
3-1 Maria Antonieta Monteiro de Barros Mesquita
Casou com Nelson de Mesquita, tendo:
4-1 Neusa de Barros Mesquita.
4-2 Nelson de Barros Mesquita.
3-2 Mário Monteiro de Barros.
Funcionário bancário. Casou com Maria Gomes
Monteiro de Barros tendo:
4-1 Vera Lúcia Monteiro de Barros.
4-2 Paulo Souza Monteiro de Barros.
3-3 Moacir Monteiro de Barros.
Trabalha na Comp. de Seguros “ Kosmos”.
3-4 Murilo Monteiro de Barros.
1-5 Maria Monteiro de Barros (Sinhazinha).
Casou com o Dr. Luiz C. de Castro.
1-6 Lucas Antonio Monteiro de Barros.
Faleceu solteiro, no Rio, a 11 de abril de 1886.
1-7 Álvaro Monteiro de Barros.
Natural de Curitiba. Casou no Rio de Janeiro (Matriz do
Engenho Velho, liv. 7, fls. 96 v.) no dia 23 de outubro de
1880 com Ana Campos Pinto Guedes, nascida na mesma
freguesia do Engenho Velho a 8 de junho de 1863 e leva-
96 —

tla à pia batismal, no dia 8 de junho de 1864, pelos padri­


nhos Dr. Antonio Marcolino Fragoso e Ana Amélia' de
Campos.
D. Ana Campos Pinto Guedes era filha do Dr. Joaquim Al­
ves Pinto Guedes e de Ana Rodrigues de Campos; neta
paterna do Cirurgião-Mor D'r. Joaquim Alves Pinto Gue­
des e de Rosa Alexandrina Guedes; neta materna de Ma­
nuel José de Campos Porto e de Ana Rodrigues do Vale.
Pouco tempo durou este casamento; Álvaro faleceu em
Curitiba1a 8 de janeiro de 1882 e sua viuva, D. Ana, con­
traiu segundas núpcias, no dia 4 de novembro de 1883, com
seu cunhado João Monteiro de Barros, acima citado no
n.° 1-4.

§ 2 — Felipe de Vasconcelos Monteiro de Barros

Nasceu por volta do ano de 1832, segundo filho do Dr. Ma­


nuel Monteiro de Barros e de sua mulher Maria da Piedade
Barros e Vasconcelos. Casou com Benedita Ferreira de An­
drade e faleceu no Rio de Janeiro a 12 de janeiro de 1860, sem
deixar filhos.

§ 3 — Dr. Antonio Augusto Monteiro de Barros

Terceiro filho do Dr. Manuel Monteiro de Barros. Enge­


nheiro militar diplomado pela Escola Central. Em 1864 estava
agregado ao Corpo de Engenheiros, servindo de fiscal do govêr-
no imperial junto aos construtores e empreiteiros da Estrada de
Ferro D. Redro 2.°. Já trazia os galões de Cápitão. Residia a
rua Bela da Princesa n. 39 G.
Nasceu no Maranhão em 1836 e faleceu no Rio de Janeiro
a 31 de janeiro de 1905. Casou com Maria José Marques de
Sá, falecida no Rio a 21 de outubro de 1906, filha de José M ar­
ques de Sá e de Maria Inês da Cunha Barbosa.
Filhos:
1-1 José Monteiro de Barros.
Nasceu no Rio de Janeiro, Engenho Velho, a 19 de março
de 1861. Faleceu a 23 de fevereiro de 1883, solteiro.
1-2 Dr. Manuel Monteiro de Barros.
. Nasceu no Rio de Janeiro, Engenho Velho, a 11 de outubro
de 1859 e faleceu a 12 de julho de 1890.
1-3 Celina, falecida na infância.
1-4 Herminia Monteiro de Barros.
Nasceu no Rio de Janeiro, a 11 de outubro de 1859 e ai
faleceu a 12 de julho de 1890.

§ 4 — Conselheiro General Dr. Américo Monteiro de Barros

Nasceu no Maranhão a 29 de fevereiro de 1836, informa um


dos seus descendentes; no dia 22 de fevereiro de 1835, escreve
Sacramento Blake, Dicionário Bibliográfico.
Pertenceu ao Estado Maior de l.a classe do Exército; Dou­
tor em Matemáticas; lente substituto da Escola Politécnica e
mais tarde, lente catedrático de Ciências Físicas e Matemáticas.
Assentou praça a 17 de junho de 1850; Alferes Aluno a 30 de
abril de 1853; Alferes a 22 de junho de 1855; Tenente a 2 de
dezembro de 1855; Capitão a 2 de dezembro de 1857; Major
graduado a 10 de novembro de 1866; efetivo a 22 de junho de
1875; Tenente-Coronél graduado a 21 de fevereiro de 1880; Te­
nente-Coronel efetivo a 11 de junho de 1885. Tem o curso de
Estado Maior de l.a classe.
Cavaleiro da Ordem da Rosa e da de São Bento de Aviz.
Escreveu diversas obras, salientando o “Compêndio do sis­
tema métrico decimal”, 1872, 132 págs., precedido de valioso pa­
recer subscrito por Inácio da Cunha Galvão, Gabriel M. Vila-
nova Machado, Epifânio Cândido de Souza Pitanga.
Casou no Rio de Janeiro, Engenho Velho, a 15 de junho de
1861 com Júlia Augusta de Souza Camisão, nascida no Rio
(S an t’Ana) e falecida a 16 de junho de 1903, filha de José Cae­
tano de Andrade Camisão e de Maria José de Souza.
Já lemos também o nome da esposa do Dr. Américo como
sendo Júlia Augusta de Albuquerque Camisão.
Faleceu o Dr. Américo a 15 de novembro de 1899, no Rio.
Filhos:
1-1 Lídia Augusta Monteiro de Barros.
Nasceu no Rio, Engenho Velho, a 3 de agosto de 1863 e fa­
leceu na mesma cidade a 22 de novembro de 1932. Sol­
teira.
1-2 Maria Monteiro de Barros.
Nasceu no Rio em janeiro de 1868 e faleceu na infância.
1-3 Sofia Julieta Monteiro de Barros.
Nasceu no Rio de Janeiro a 20 de dezembro de 1868 e fa­
leceu a 27 de outubro de 1947. Solteira.
1-4 América Brasilina Monteiro de Barros.
Nasceu no Rio a 21 de novembro de 1870.
— 98 —

1-5 Eugenia Carlota Monteiro de Barros.


Nasceu no Rio a 6 xle novembro de 1873.
1-6 Cecília Januária Monteiro de Barros.
Nasceu a 13 de fevereiro de 1876. Casou com o Capitão
Alberto Brandão Viriato Catão (registrado pelo Dr. Sil­
va Leme, 6-390, como Alberto Carneiro Viriato Catão), fi­
lho do Dr. Antonio Carlos Carneiro Viriato Catão, deputado
em Minas, e de Rita M. Nogueira Cobra; neto paterno do
Coronel Olimpio Carneiro Viriato Catão, prestigioso po­
lítico em Minas, presidente da província do Espirito San­
to ; neto materno do Capitão Antonio Marciano Nogueira
Cobra e de Guilhermina de Almeida.
Faleceu D. Cecília a 5 de janeiro de 1948, havendo:
2-1 Dr. Álvaro Monteiro de Barros Catão.
Engenheiro da Organização Lage. Casou no Rio
de Janeiro em abril de 1919 com Luiza Amélia Torres
Bocaiuva (Zita), nascida no Rio de Janeiro (Glória) a
30 de abril de 1897, filha do Dr. Quintino Bocaiuva Fi­
lho, nascido na cidade do Rio a 3 de janeiro de 1864 e
aí falecido a 1 de setembro de 1932 e de sua mulher
Francisca Joana de Almeida4 Costa Bocaiuva; neta pa­
terna de Quintino Bocaiuva, eminente republicano, jor­
nalista, parlamentar, ministro na primeira organização
ministerial da República, presidente do Estado do Rio
de Janeiro (de quem já tratamos incidentemente no
Cap. l.°, § 2.°) e de Luiza Amélia de Almeida Torres;
neta materna do Dr. Paulo José Pereira de Almeida
Torres, nascido no Rio de Janeiro a 15 de maio de 1838,
e de Maria Caetana de Almeida Costa.
Por seu avô paterno, D. Luiza Amélia é bisneta de
Quintino Ferreira de Souza, da Bahia, e de Maria da
Candelária Moreno, filha esta, de Joaquim Moreno e
de Maria Alagon Moreno, argentina.
Por suás avós, paterna e materna (irm ãs), bisneta
de Antonio Joaquim Rodrigues da Costa e de Francis­
ca Joana de Almeida Torres.
Por seu avô materno, bisneta de José Carlos Pe­
reira de Almeida Torres, vulto de magno relêvo na po­
lítica do Império, duas vezes presidente da província
de S. Paulo, nascido na Bahia em 1799 e falecido no
Rio de Janeiro a 25 de abril de 1856, agraciado com o
título de Visconde (2.°) de Macaé e de sua esposa, Ma­
ria Eudóxia de Almeida Torres.

m.
m
*•
r *

— 99 —

O jornal paulista “Comércio de São Paulo”, edição-


de 5-10-1902, insere a notícia do falecimento no Dis­
trito Federal, do Dr. Paulo José Pereira de Almeida
Torres, serventuário vitalício e oficial do cartório de
Registro de Hipotecas e de Transcrição de Imóveis da
comarca. Acrescenta: sogro do Dr. Quintino Bocaiu­
va Filho, do Dr. Luiz Barbosa e de Carlos Sliker, do
Banco Alemão.
Maiores detalhes sôbre o Visconde de Macaé, vi­
de “Galeria dos Presidentes”, pelo Dr. Eugênio Egas,
pág. 33 e “Arquivo Nobiliárquico”, pág. 263.

Permita o leitor que ocorrendo o nome de Quintino Bo­


caiuva, façamos ligeira digressão.
Em 1949 tivemos a satisfação de receber a visita1do velho e
prezado amigo Dr. Nestor Ascoli, da Capital Federal, que exer­
ceu o -cargo de secretário de Quintino Bocaiuva ná presidência do
Estado do Rio, seu amigo íntimo e de quem guarda admiráveis
reminiscências inéditas, narradas sempre com muito espírito,
verve e graça e que entre outras recordações históricas, esclare­
ceu o motivo pelo qual Quintino Ferreira de Souza trocou de
nome.
Versão, afirma Ascoli, ouvida do próprio protagonista.
Logo que chegou em S. Paulo com o fim de cursar os estu­
dos jurídicos e formar-se em Direito, Quintino deu expansão
aos sentimentos republicanos e abolicionistas, colaborando em di­
versas folhas locais. Trabalhava com um ardor de crente, es­
crevia com a sinceridade de convertido.
Um dos artigos, a seu ver o melhor, bordando comentários
sôbre aqueles dois temas, remeteu ao velho pai, a quem adorava,
e que no momento exercia as funções de coletor de Rendas Ge­
rais em uma das comarcas do vale do Paraiba, na província do
Rio, comarca sujeita às lutas políticas mesquinhas e de campa­
nário, onde campeava sórdida politicagem, agressiva e desleal.
Estava certo e convencido que iria proporcionar alguns mi­
nutos de satisfação e alegria ao velho servidor.
Qual não foi a surpresa ao ler a carta do pai acusando o re­
cebimento do artigo, concebida, mais ou menos, nos seguintes
term os: “Meu filho, tu queres desgraçar a família; bem sabes
que vivo só de meu emprego; estou arriscado a ser demitido
quando os governantes souberem que meu filho prega a repúbli­
ca e reclama a abolição. Fervilham candidatos ao meu lugar,
todos procurando o menor pretexto para justificar minha exo­
neração. Estuda, aferra-te aos livros, deixa tuas idéias ex tra ­
vagantes e adiantadas de república e de abolicionismo, abandona
o jornalismo que nada rende, etc”.
Transparece na carta a Eterna luta entre o chefe de faróí-
lia preocupado pelo panem nostrum quotidianum e o idealismo
imprevidente da juventude, que poderia responder: não só de
pão viz’e o homem.
Esta resposta deixou-o perplexo e perturbado; o amor fi­
lial impedia-o de comprometer a situação funcional do progeni­
tor estimado; mas de outro lado, não podia encerrar a carrei­
ra de propagandista e de escritor tão bem encetada.
Dizem os biógrafos que tudo quanto seu engenho produzia
vinha impregnado com o cunho característico, com a feição pe­
culiar de obra de verdadeiro jornalista. Sentia-se bem que
eram frutos intuitivos, de uma inspiração natural, de argumen­
tação espontânea.
Não podia permitir que aquele turbilhão de fecundos so­
nhos, de fantasia, que um mundo pleno de ideáis e de misticis­
mo patriota se deluisse, se desfizesse, sem nada aproveitar do
talento privilegiado.
A dúvida e a hesitação apoderaram-se de seu espírito.
Que fazer?
Abandonar a pena? Obedecer ao velho pai? Como har­
monizar e conciliar a vontade paterna com o ardor da moci­
dade? Entre todas as soluções seu coração vacilava.
O acaso interveio.
Neste interim foi convidado e tomou parte em uma festa
campestre (pique-nique, convescote, diremos hoje) em aprazí­
vel chácara nos arredores da Capital paulista, convite que- acei­
tou pretendendo abrandar ou aliviar a depressão melancólica
deixada pela missiva paterna.
Tudo inútil, porém. Nem a jovialidade boémia dos com­
panheiros, nem o néctar saboroso das bebidas, os manjares es­
quisitos, as cantigas e saúdes, naquele tempo feitas em verso,
nada, nada abrandou a dúvida, diminuiu a hesitação, atenuou
o abatimento moral.
Eis que um acidente imprevisto, ou melhor, um quadro
inesperado sacudiu o seu torpor e conseguiu comover o tempera­
mento sensivel e romântico.
No meio do pasto da chácara, num dia de sol de ouro, tro­
pical, resplandecente no alto, numa flamejação serena, sem
uma nuvem maculando o azul infinito, no meio dã* relva densa
e aveludada, pontilhada de flores silvestres, frondejava mages-
— 101 —

tosa e elegante palmeira Bocaiuva — que desconhecia e cujo


nome indagou -—• sozinha, erecta, num ambiente de beleza e
poesia, acariciada por bandos de aves canoras que chilreavam
frouxamente, amando sob a luz radiante.
Espirito artístico, contemplativo, poético, Quintino deixou-
se extasiar pelo panorama sugestivo, arrebatado e surpreendi­
do pelo maravilhoso quadro de bucolismo e paisagem, iluminan­
do sua alma com o esplendor paradisíaco do canto abençoado e
inesperado... Regressando à casa não pôde esquecer da pal­
meira formosa, cuja imagem amiga conservava gravada na re­
tina.
Alta noite, ao subscrever o artigo destinado à imprensa, a
palavra “Bocaiuva” deslisou insensivelmente da pena, palavra
que deixou ficar e que tomou como misterioso convite e sinal de
bom agouro. Não hesitou, após resolução súbita e imediata
escreveu ao p a i: “ Não se aflija, para livrá-lo de todo e qual­
quer aborrecimento, de hoje em diante meus artigos serão subs­
critos por Quintino Bocaiuva. Ninguém saberá que seu filho
é jornalista e autor de artigos incendiários, extremistas”.
Efetivamente este novo nome foi se alastrando gradativa-
mente, a principio entre colegas, depois na sociedade paulista e
finalmente pelo país; adotou-o definitivamente.
Como acima dissemos, os brasileiros nativistas que incor­
poravam aos apelidos de família um vocábulo indígena, tinham
o cuidado de conservar os referidos sobrenomes, recebidos dos
pais. Manuel Batista da Cruz, conservou estes três nomes e
acrescentou o “Tamandaré” ; José Marques de Oliveira, limi­
tou-se a! adicionar o “ Ivahv” e passou a se assinar José Mar­
ques de Oliveira Ivahy e assim tantos e tantos outros, como po­
deríamos citar.
Quintino Bocaiuva, ao contrário, não incorporou, nada adi­
cionou ao Ferreira de Souza, antes eliminou-o completamente,
passou a esponja e assinou daí por diante “Bocaiuva”, “tout
court”, ou como diremos hoje, Bocaiuva... e nada mais, que pas­
sou à posteridade, glorioso, inconfundivel, e assim o transmitiu
à ilustre prole.
Parece que não desejava ser conhecido nem reconhecido.
Imitou a Francisco Gomes Brandão que depois da Inde­
pendência virou em Francisco Gê Acaiaba de Montezuma,
agraciado, tempos depois, com o titulo de V isconde de Jequiti­
nhonha.
E muita razão tinha Quintino para deixar-se arrebatar pela
presença de uma bela palmeira; estas tem o condão de fazer vi­
— 102 —

brar diversos prosadores brasileiros e estrangeiros. Afonso


Arinos, conhecedor do interior, observador e analista excepcio-
nal, deixa transparecer em descrições singelas e fiéis, em estilo
sóbrio e esmerado, tipos perfeitos- desses graciosos elementos
cia flora brasileira. No livro “Pelo Sertão’1, escreve: — “Buri­
ti perdido — Velha palmeira solitária, testemunha sobrevivente
do drama da conquista, que de magestade e de tristura não ex­
primes, venerável eponimo dos campos!
No meio da campina verde, de um verde esmaiado e meren­
cório, onde tremeluzem às vezes as florinhas douradas do ale­
crim do campo, tu te ergues altaneira, levantando ao céo as pal­
mas tesas, — velho guerreiro petrificado no meio da peleja!
Tu me apareces como o poema vivo de uma raça quasi ex­
tinta, como a canção dolorosa dos sofrimentos das tribus, como
o hino glorioso dos seus feitos, a narração comovida das pugnas
contra os homens de além !
Porque ficaste de pé, quando teus coevos já tombaram?
Nem os rapsodistas antigos, nem a lenda cheia de poesia
do cantor cego da Iliada, comoveu mais do que tu, vegetal an­
cião, cantor mudo da vida primitiva dos sertões.

Poeta dos desertos, cantor mudo da natureza virgem dos


sertões, evohé!
Gerações e gerações passarão ainda, antes que seque este
tronco pardo e escamoso. Tu impedirás à própria destruição
comprando teu direito à vidá com a poesia selvagem e dolorida
que tu sabes tão bem comunicar.”
Se Afonso Arinos tanto se comoveu ante um Buriti, é jus­
tificável que Quintino se extasiasse, quarenta anos antes, à vis­
ta de uma Bocaiuva.
Perdoem os leitores e os parentes a divagação provocada
pelo nome ilustre que, incidentemente, veio honrar as páginas
deste livro.
Tem justificativa.
Já disse Anatole France, em famoso apólogo, que a biogra­
fia dos grandes homens pode se resumir em três verbos: nasceu,
sofreu, morreu.
Parodiando, não desejamos reduzir a genealogia dos Mon­
teiro de Barros à uma sintese cruel e verdadeiramente desola-
-dora, pela conjugação de três verbos terrivelmente regulares:

“nasceu, casou, morreu


nasceu, casou, morreu”
— 103 —

Enquanto os Monteiro de Barros nascem, casam e morrem,


vamos recheando o livro com uma e outra variação para tornar
a leitura mais amena e suportável, o assunto mais empolgante
e variado; um descanço intelectual, diremos.
Eis porque aparecem palmeiras graciosas; deixemo-las; re­
tornemos à Genealogia.

Faleceu o Dr. Álvaro, vitimado por impiedoso desas­


tre de aviação, na Serra da Cantareira, em S. Paulo,
de viagem para o Rio, no dia 12 de agosto de 1941,
deixando:
3-1 Dr. Álvaro Luiz Bocaiuva Catão.
Nasceu em Imbituba (Santa Catarina) a 28
de janeiro de 1920. Engenheiro diplomado pela
Escola Nacional de Engenharia do Distrito Fe­
deral. Diretor presidente da Comp. Imobiliária
Santa Catarina; diretor-secretário da Comp. Do-
cas de Imbituba; assistente da Comp. Brasileira
Carbonífera de Araranguá.
Casou no Distrito Federal em 1947 com Maria de
Lourdes Prazeres, filha de Rubens Prazeres e de
Antonieta Prazeres; neta paterna do Dr. Otto
Prazeres que exerceu durante muitos anos o car­
go de diretor da secretaria da Câmara dos De­
putados Federais e de Angelina Hamilton Praze­
res.
3-2 Francisco João Bocaiuva Catão
3-3 Rizza Maria Bocaiuva Catão
3-4 Lilia Maria Bocaiuva Catão.
2-2 Abigail Monteiro de Barros Catão.
Casou em Imbituba a 10 de junho de 1926 com o
Dr. Alcino Nogueira da Fonseca, filho do Dr. Manuel
Ricardo Alves da Fonseca, médico militar, baiano, e
de Maria Rosa Nogueira da Fonseca. Tem:
3-1 Maria Cecília Catão da Fonseca
2-3 Mário Monteiro de Barros Catão
Chefe da Contabilidade da Comp. de Navegação
Costeira (Lage). Casou com Luzia Malafaia, filha
de .......... Malafaia e de Òlívia Malafaia. Tem dois
filhos:
3-1 Mário.Luiz Malafaia Catão
3-2 Lúcia Maria Malafaia Catão.
— 104
i
1-7 Manuel Antonio Monteiro de Barros.
Casou com D. Emília Monteiro de Barros, tendo:
2-1 Américo Monteiro de Barros.
1-8 Américo Pompeo Monteiro de Barros
Nasceu no Rio de Janeiro (Glória) a 20 de setembro de
1880 e faleceu, solteiro, a 8 de abril de 1941.
1-9 Maria Januária Monteiro de Barros
Nasceu no Rio a 10 de novembro de 1883.
1-10 Maria Júlia Monteiro de Barros
Nasceu no Rio (Glória) a 1 de julho de 1885.

§ 5 — Dr. Manuel Monteiro de Barros


Ouinto filho do Dr. Manuel Monteiro de Barros, Cap. 3.°.
Nasceu em 1836 e faleceu no Rio de Janeiro a 22 de março
de 1868.
Engenheiro formado pela Escola Central. Em 1864 exer­
cia, graduado em l.° Tenente, o cargo de “Repetidor”, na mes­
ma Escola. Residia à Rua da Bela Vista n.° 31 A, Engenho
Velho. - *

§ 6 — Maria Tereza Monteiro de Barros


Nasceu por volta do ano de 1837, no Maranhão. Faleceu
solteira, no Rio de Janeiro, a 2 de novembro de 1905.

§ 7 — Ana Rita Mónteiro de Barros


Nasceu em 1839, no Maranhão. Faleceu no Rio de Janei­
ro a 30 de setembro de 1908. Solteira.

§ 8 — Januária Cecília Monteiro de Barros


Casou com o Dr. Alváro Joaquim de Oliveira e não tiveram
filhos.
O Dr. Álvaro Joaquim de Oliveira nasceu em Fortaleza,
Ceará, filho de A. Joaquim de Oliveira e de Joaquina Rosa de
Oliveira. Engenheiro militar, reformou-se no posto de Major
ao qual foi promovido por merecimento a 13 de maio de 1871.
Professor de Química Inorgânica na Escola Politécnica da Ca­
pital. Diretor dos Correios e Telégrafos brasileiros. Residiu
algum tempo em Londres em propaganda do café. Tomou p ar­
te ativa na guerra contra o Paraguai. Faleceu a 4 de dezem­
bro de 1922.
Tem enorme bibliografia descrita, com outros pormenores,.
em Sacramento Blake, 1-66 e no “Dicionário”, de Velho Sobri­
nho, 1-295.

§ 9 — Dr. Luiz Francisco Monteiro de Barros


Nasceu em Codó, Maranhão, a 10 de outubro de 1841 e fa­
leceu no Rio de Janeiro a . . . . de dezembro de 1904. Bacharel
em Matemáticas pela Escola Central, serviu no corpo de Enge­
nheiros, reformando-se no pôsto de l.° Tenente. Prestou ser­
viços durante a guerra do Paraguai, pelo que recebeu as honras
de Tenente-Coronel. Alto funcionário da Inspetoria de Obras
Públicas, escreveu entre outros, um Projeto de Abastecimento
de Água à cidade do Rio de Janeiro, 1874. Cavaleiro da O r­
dem da Rosa, possuia a Medalha da Campanha de Paisandú e
do. Paraguai.
Casou no Rio de Janeiro (Engenho Velho) a 8 de janeiro
de 1872 com Dulce Graciana Cavalcanti de Albuquerque, faie-
cida no Distrito Federal a 28 de setembro de 1930, filha de Cra-
ciano Adolfo Cavalcanti de Albuquerque e de Ana Frederica
Carneiro de Campos.
Esta Ana Frederica era filha única do Coronel Dr. Frede­
rico Carneiro de Campos, nascido em 1800, que ligou seu nome
a acontecimentos de suma gravidade, constituindo episódio sa­
liente na história do Brasil.
Ouando subia o Rio Paraguai, com destino a Mato Gros­
so, afim de tomar posse do cargo de presidente da província, foi
aprisionado pelo governo paraguaio que mostrou desconhecer
os mais rudimentares princípios reguladores do Direito Interna­
cional ; o resultado foi fatal, a brutalidade da surpreza não pode­
ria encontrar outro desfecho: a declaração de guerra entre os
dois páises, guerra que tantos sacrifícios de preciosas vidas e pe­
cuniários custaram à nossa amada pátria.
Depois de sofrimentos inauditos e debaixo de clima hostil,
faleceu o Coronel Dr. Frederico, prisioneiro, a 3 de novembro
de 1867; era filho de Manuel Carneiro de Campos (irmão do 1 °
Marquês de Caravelas) e de Maria Inácia de Jesus; casou-se
com Auta Ferreira França, filha do Dr. Antonio Ferreira Fran­
ça', o Francinha, médico do Paço (14-1-1775 — 9-3-1848) e de
Ana C. Barradas.
O Dr. Luiz Francisco deixou sete filhos, .descritos de 1-1
a 1-7:
1-1 Maria Dulce Monteiro de Barros
Nasceu no Rio de Janeiro a 27 de outubro de 18, 4 e
aí faleceu a 15 de setembro de 1898.
— 106 —

Casou com o Dr. Otávio Antunes Guimarães ten­


do três filhos:
2-1 Humberto Guimarães.
Faleceu na infância.
2-2 Tito Guimarães
2-3 Aurea Guimarães.
1-2 Ana Luisa Monteiro de Barros.
Nasceu no Rio de Janeiro a 7 de março de 1876 e ca­
sou na mesma cidade a 3 de março de 1894 com Joaquim
de Freitas Lima, falecido a 9 de julho de 1911, filho de
Antonio de Freitas Lima Guimarães e de Carolina Rosa
Martins.
Filhos:
2-1 Dr. Carlos de Freitas Lima.
Formado em Medicina. Casou-se a primeira
vez, no Rio de Janeiro (Glória) no dia 31 de maio
de 1917 com Graciola Teixeira Mendes, filha de Is­
rael Teixeira Mendes e de Laura Fiúza.
Filhos:
3-1 Graciola de Freitas Lima.
Casou com o Dr. Elói Franqueirâ, concei­
tuado médico, proprietário e diretor de acredba-
da casa de saúde no Distrito Federal, filho de Mi­
guel Angelo Soares e de Ester Franqueira Câ­
mara Lopes, filha, esta, de Antonio Pereira de
Araújo Franqueira, português de Braga, falecido
no Rio de Janeiro a 3 de janeiro de 1947, viuvo
de Emília de Araújo.
D. Ester Franqueira contraiu segundas
núpcias com o Dr. Luiz da Câmara Lopes. Dou­
tor em Direito, professor, lente honorário da
Universidade de Coimbra, juiz no Tribunal Mi­
litar do Estado de São Paulo, tendo exercido a
presidência do mesmo, jornalista e escritor, filho
do Dr. Luiz Lopes Batista dos Anjos Filho, ca­
sado em Santos a 15 de julho de 1880 com Las-
tênia Villalpando da Câmara Lima.
Filhos do casal Graciola-Elói; todos nasci­
dos no R io :
4-1 Maria Ester de Freitas Soares
Nasceu a 27 de dezembro de 1938.
4-2 Paulo Cesar de Freitas Lima Soares
Nasceu a 15 de dezembro de 1942.

V *
— 107 —

4-3 Carlos Eduardo de Freitas Lima Soares


Nasceu a 31 de dezembro de 1943.
4-4 Luiz Fernando de Freitas Lima Soares
Nasceu a 23 de setembro de 1945.
3-2 Silvia de Freitas Lima
Casou com o Canitão-Aviador Renato Pe­
reira Costa, tendo:
4-1 Ronaldo
4-2 Rogério
4-3 Roberto
4-4 Rodrigo.
3-3 Capitão Carlos Augusto de Freitas Lima.
Aviador, nascido em Curitiba, Paraná a 19
de novembro de 1922 e falecido em Santa Catari­
na a 6 de junho de 1949, vitimado por violento
desastre, quando pilotava um avião da Panair em
viagem para o sul.
Casou no Rio de Janeiro a 26 de set. de 1946
com Gladys Mason Sholl de Freitas Lima, filha
de Dudley Bertram Sholl e de Maria Balduina
Pereira Sholl; neta paterna de Albert Sholl e de
Minnie Matilde Sholl; neta materna de João Cli-
maco Pereira e de Maria Feliciana de Menezes
Pereira. Filhos:
4-1 Carlos Luiz de Freitas Lima
Nasceu na Capital Federal a 3 de setembro
de 1947.
4-2 Carlos Augusto de Freitas Lima
Filho postumo, nascido a 28 de outubro de
1949.
Segunda vez casou o Dr. Carlos de
Freitas Lima (2-1) com Isolina Guimarães,
tendo:
3-4 Luiz Carlos de Freitas Lima
3-5 Carlos Horácio de Freitas Lima.
2-2 Maria Dulce de Freitas Lima
Nasceu a 18 de agosto de 1899.
Casou na Matriz de São João Batista da Lagoa no dia
28 de fevereiro de 1925 com Antonio Paulo Gomes
de Matos.
2-3 Ana Luisa de Freitas Lima
Nasceu no Distrito Federal a 3 de fevereiro de 1904.
2-4 Joaquim, falecido na infância.
— 108 —

2~5 Alaria Stela, falecida.


2-0 Margarida de Freitas Lima Lyra
Nasceu a 14 de fevereiro de 1911
Casou com Dielson Pereira de Lyra, tendo três filhos
o 1 Carlos Alberto de Lyra
Nasceu a 8 de novembro de 1940.
3-2 Vera Maria
3-3 Ana Luisa
1-3 Comandante Luiz Monteiro de Barros.
Nasceu no Rio de Janeiro a 5 de abril de 1879.
CorvetaCIar de M^rmha’ reformado no posto de Capitão d
orveta. Casou duas vezes. A primeira a 4 de fevereir.
de 1911, com Sara Ehsabeth Gonçalves Torres falecida n<
le ™ ;° T 6 edera' 3 2" d' ° U,“ bro * 19>5. d„
dê" H T n rUe durante longo Periodo ocupou o lugai
advogado da Comp. Light and Power do Rio de Taifei
ro e de sua mulher Amélia Luisa Doherty Gonçalves^Tôr
neta pa*erna do Coronel Francisco Gonçalves Torres
antigo morador em Recife, Pernambuco, onde faleceu a IS
de jane.ro de 1902. Teve só a f i l h a ’S
^-t Helena Monteiro de Barros
Casou com Benedito Dutra de Menezes oficial
do Exercito, natural de Mato Grosso. Faleceu a 9
de fevereiro de 1939, sem geração.
Segunda vez casou o Comandante Luiz Montei
ro de Barros „0 Rio, com Alexandrina Alves filhã
de Amando Alves, tendo: ’
2-2 América Monteiro de Barros
Nasceu no Distrito Federal
reaerai a„ oc de janeiro de 1929.
1-4 Auta Monteiro de Barros
Nasceu a 1 de outubro de 1880.
1-5
Comandante Frederico Monteiro de Barros. Nasceu a 2
de setembro de 1884. Oficial rle tviw u r u a 2
Escola Naval Faleceu no Rio a 5 de "outubro ^ 9 3 1
gica°U Filhos :ane J ° Seph Gabriele Dan£is> natural da Bei-'
2-1 Frederico Mário Monteiro de Barros
Nasceu n° Rio a 4 de agosto de 1912 e casou com Ste­
la de Oliveira, filha de A rtur de Oliveira.
2-2 François Mareei Monteiro de Barros

díeaT94U3a ^ dC marǰ ^ 1915 C falCCeU em noverr,bro


r

— 109 —

2-3 Maria Amélia Monteiro de Barros


Nasceu a 6 de junho de 1923.
1-6 Comandante — Capitão de Fragata — Graciano Adolfo
Monteiro de Barros.
Nasceu a 16 de maio de 1887 em Petrópolis e faleceu
no Rio de Janeiro a 31 de julho de 1943. Casou, no Rio,
Glória, a 4 de fevereiro de 1911, com Otília Torres Mon­
teiro de Barros, nascida na cidade de Pomba (Minas Ge­
rais) a 11 de maio de 1894, filha do acima referido Dr. Fi-
lemont Torres e de Amélia Gonçalves Torres. Com dois
filhos:
2-1 Graciano Adolfo Monteiro de Barros Filho
Nasceu na Capital Federal a 25 de junho de 1912.
Pertence à arma de Infantaria do Exército Nacional.
2.° Tenente a 12 de setembro de 1935, l.° Tenente a 3
de maio de 1937, Capitão a 9 de outubro de 1942. Pelo
Almanaque do Exército de 1945 consta que estava
classificado no 10.° R.I., servindo na Diretória de Mo­
to Mecanisação do Ministério da Guerra. Pelo A l­
manaque de 1946 achava-se inscrito no n.° 269 da lista
dos Capitães e adido ao OSG (Ouadro Suplementar
Geral).
Casou com Carmen Quartim de Moura, filha do
Major do Exército (Quadro dos Farmacêuticos)
Eduardo Moura Filho e de Carmem Quartim de
Moura, residentes no Distrito Federal. Filhos:
3-1 Graciano Adolfo Monteiro de Barros Neto
Nasceu no Rio de Janeiro a 4 de agosto de 1937.
3-2 Gustavo Adolfo Monteiro de Barros
Nasceu no Rio de Janeiro a 21 de dezembro de
1940.
2-2 Luiz Francisco Monteiro de Barros
Nasceu a 11 de setembro de 1914, no Rio de Janei­
ro. Seguiu também a carreira das armas, 2.° Tenente
de Infantaria a 7 de setembro de 1936, l.° Tenente a 7
de setembro de 1937, Capitão a 24 de junho de 1943.
Inscrito sob n.° 381 na lista dos Capitães de acordo com
o Almanaque do Exército de 1946, pág. 88. Possue o
Curso de Instrutor da Escola de Educação Física do
Exército e serviu de setembro de 1940 até setembro de
1945 na Escola de Aeronáutica, como sub-chefe do De­
partamento de Educação Física da mesma Escola. Esta
— 110 -

classificado no 13.° Regimento de Infantaria, na cidade


de Ponta Grossa, Estado do Paraná.
Casou, na Capital Federal, a 8 de julho de 1936„
com Elsa Vernes Seabra, filha do Major do Exército e
engenheiro civil, Dr. Euclides Nunes Seabra, da famí­
lia do Dr. J.J. Seabra e de sua mulher Jarcínia Vernes
Seabra, já falecida. Tem quatro filhos, nascidos no-
Rio de Janeiro:
3-1 Maria Regina Seabra Monteiro de Barros
Nasceu a 3 de abril de 1937.
3-2 Luiz Francisco Monteiro de Barros Filho
Nasceu a 25 de agosto de 1938 (dia do soldado)..
3-3 Roberto Seabra Monteiro de Barros
. Nasceu a 27 de março de 1940.
3-4 Hélio Seabra Monteiro de Barros
Nasceu a 26 de dezembro de 1942.
1-7 Maria de Lourdes Monteiro de Barros.
Nasceu no Rio de Janeiro a 26 de abril de 1890 e aí ca­
sou, na Igreja do Sagrado Coração de Jesus, no dia 6 de mar­
ço de 1909, com Sancho de Aguiar Boto de Barros, alto fun­
cionário da Alfandega de Santos, antigo conferente, filho do
Dr. José de Aguiar Boto de Barros, nascido no engenho
Aguiar, no município de São Cristovão (Sergipe) a' 4 de
outubro de 1855 e falecido no engenho Pombinha, Maroim,,
a 11 de setembro de 1896, bacharel em Direito, deputado pro­
vincial, magistrado, jornalista, citado no “Dicionário Bio-
Bibliográjico” de Velho Sobrinho, 2-427, e de sua mulher
Rosa Dias Boto de Barros ; neto paterno do Tenente-Coronel
João de Aguiar Boto de Barros e de Helena Acioli de A guiar
Barros; neto materno do Comendador Sebastião Gaspar de
Almeida Boto, nascido no engenho Maroim de Cima ( Sergi­
pe) a 17 de setembro de 1802 e falecido no engenho Poxim,.
São Cristovão, a 31 de maio de 1884, personagem de emi­
nente valor político e partidário em sua província, tendo to­
mado parte na guerra de Independência, mantendo à sua
« custa um batalhão de milicianos e de escravos, citado em or­
dem do dia pelo General Labatut, deputado provincial e ge­
ral, quatro vezes vice-presidente da província de Sergipe e,.
em 1841, seu presidente efetivo, Comendador da Ordem da
Rosa, e de sua mulher Ana Dias Coelho de Melo, irmã do-
Barão da Estância.
O Tenente-Coronel João de Aguiar Boto de Barros era
filho do Brigadeiro José de Barros Pimentel — casado corre
— 111 —

irmã do Comendador Sebastião Gaspar — ; em prova de con­


sideração a este, adotou o nome m aterno: Boto de Barros.
O casal reside em Santos, tendo os filhos:
2-1 Dr. Hernani Boto de Barros.
Nasceu a 26 de janeiro de 1910. Formado em En­
genharia. Alto funcionário da Prefeitura de Santos,
em novembro de 1946 passou da Seção de Topografia e
Cadastro para a Divisão de Obras Particulares (Atos
Oficiais, publicados na “Tribuna” de Santos, a 23-11-
1946). Exerceu também o cargo de prefeito de Gua-
ru já.
Casou com Aura Schelini, filha do Dr. Geraldo.
Schelini, conceituado médico em Dois Corregos, já fale­
cido. Tem uma filha:
3-1 Maria Cecília Boto de Barros
Nasceu no Rio de Janeiro a 31 de dezembro de 1939.
2-2 Rosa Boto de Barros.
Nasceu a 11 de abril de 1911.
Casou em Santos, no dia 23 de abril de 1942, com
Rubem Levy Mesquita, funcionário do Banco do B ra­
sil, no Rio de Janeiro, de onde é natural, filho de Licínio
de Oliveira Mesquita e de Alice Levy Mesquita.
Tem um filho:
3-1 Maurício de Barros Mesquita.
2-3 Iolanda Boto de Barros
Nasceu a 9 de junho de 1912.
Casou com Paulo de Tarso Collet e Silva, comer­
ciante em Santos, filho de Paulo Collet e Silva, falecido
a 1 de abril de 1945, casado a 8 de abril de 1907, com
Zenaide Vaz de Almeida (ou de Barros Vaz, como já
lemos) ; neto paterno do Dr. Francisco Carlos da Sil­
va e de Eugenia Maria Josefina Collet; neto materno
de Pedro Vaz de Almeida, antigo comerciante por ata­
cado de drogas na Capital paulista e de Gertrudes Bra-
silica de Barros, citados em Silva Leme, 6-322. O Dr.
Francisco Carlos era filho do Major José Braz da Sil­
va, falecido em S. Paulo a 9 de abril de 1895 e de M ana
das Dores Silva. D. Eugenia Maria Josefina Collet
nasceu em Roumilly (França) e faleceu em S. Paulo,
viuva, a 4 de fevereiro de 1937, com 81 anos, filha de
João Evangelista Collet e de Georgina Collet. Deixou
os filhos: Jorge Adriano, Paulo, Tomás, Maria Raquel,
Ana Josefina, maiores, alem de um pre-morto, Francis­
co Sales, que deixou filhos (Livro 45 de Óbitos de San
ta Cecília, pág. 217, assento 4181). Filhos:
3-1 Maria de Lourdes Collet e Silva
Nasceu em São Paulo à 27 de janeiro de 1940.
3-2 Maria Stela Collet e Silva.
2-4 Maria de Lourdes Boto de Barros.
Nasceu em Santos a 17 de novembro de 1914 e na
mesma cidade casou, Cartório do l.° Sub-distrito, liv.
108, fls. 299, ass. 4175, no dia 19 de janeiro de 1938,
com Raul Lins e Silva, funcionário do Banco do Brasil,
nascido em Recife a 3 de setembro de 1909, filho de Raul
Lins e Silva e de Maria do Carmo Cavalcanti de Albu­
querque Lins e Silva, filha, esta, do notável educador,
pernambucano, ainda vivo em 1947, octogenário, Pedro
, Celso Cavalcanti de Albuquerque. Filhos:
3-1 Celina Maria Lins e Silva
Nasceu em Santos a 9 de abril de 1941.
2-5 Maria Virgínia Boto de Barros.
* Nasceu em Santos a 5 de janeiro de 1916 e aí ca­
sou a 23 de maio de 1939 com Benedito Tavares Guer­
ra, do alto comércio de café na msma praça^ filho de
Angelo Guerra, comerciante, falecido em Aparecida do
Norte a 22 de outubro de 1949 (sepultado em Santos)
e de Sevilha Tavares Guerra; neto paterno de Mateus
Guerra, de origem espanhola, estabelecido durante mui­
tos ânos em Santos; neto materno de Pedro Tavares de
Menezes e de Jesuina Leite de Menezes, oriundos de
antigas famílias do Pinhal. Filhos:
3-1 Maria Silvia Tavares Guerra
Nasceu em Santos a 11 de março de 1940. »
3-2 Maria Tavares Guerra
3-3 Fernando Antonio Tavares Guerra
Nasceu em Santos a 7 de janeiro de 1946.
§ 10 — Filomena Monteiro de Barros
Penúltima filha do Dr. Manuel Monteiro de Barros. Fa­
leceu, solteira, no Rio de Janeiro a 6 de junho de 1877.
§ 11 — Virgínia Monteiro d e;Barros
Nasceu no Rio de Janeiro (Engenho Velho) a 6 de abril
de 1846. Sem mais notícias.
Pela data do nascimento dos filhos podemos concluir *qUe
o Dr. Manuel residiu a maior parte da vida no Maranhão e que,
depois de 1841, transferiu residência para a l do país.
C O N S E L H E IR O R O O R iC O A N T Ô N IO M O N T E IR O DÊ RARROS
1»® C l w f í d e P o f íV t a de S ã o P a u lo nu regím ? m a n íitm ik o ,
\

-ií- ,'

V-
C a pít u l o 4

D e se m b a r g a d o r D r . RODRIGO A N TO N IO M ONTEIRO
DE BARROS

Deveria ter nascido em Congonhas do Campo por volta


de 1804 ou 5; não conseguimos saber a data certa.
Seguiu para Coimbra, onde matriculou-se na Faculdade
de Direito em 1822, juntamente com o irmão Manuel e com o
primo Miguel Eugênio.
Obtido o diploma almejado regressou à pátria e foi no­
meado juiz de fora da cidade de São Paulo, por Carta Imperial
de 18 de agosto de 1827. Guardamos em nosso arquivo a Car­
ta em original, em pergaminho, subscrita pelo Imperador D.
Pedro I.
Registrada nos livros de Mercês a 29 de agosto do mesmo
ano pelo Marquês de Cantagaío, tendo em seguida prestado
juramento em mãos do desembargador da Casa de Suplicação
Dr. Antonio José de Miranda (mais tarde Ministro do Supre­
mo Tribunal), o que foi certificado por Monsenhor Miranda,
a 3 de setembro.
Partiu imediatamente para o lugar do destino, recebendo
a Carta o ‘Cumpra-se e Registre-se” do presidente em exerci­
d o Coronel Luiz Antonio Neves de Carvalho e registrada na
secretaria do govêrno de São Paulo a 28 de setembro pelo fun­
cionário Joaquim Floriano de Toledo. Recebeu também o
Cumpra-se da Câmara Municipal, representada por França e
Safino.
Foi reconduzido por decreto de 22 de julho de 1831, decla­
rado sem efeito pela Regência em nome do Imperador D. Pedro
2.°, a 24 de janeiro de 1832, que o nomeou ouvidor da mesma
comarca da Capital de S. Paulo, tendo assinado o decreto, cujo
original guardamos, entre outros, o Regente Padre Diogo Anto­
nio Feijó. Extintas as Ouvidorias na primeira reforma judi-
— 116 —

ciária, foi distinguido com o cargo de juiz de direito, tomando


posse a 23 de outubro de 1833, em Câmara; primeiro chefe de
polícia da província; Desembargador da Relação de Pernam­
buco, lugar do qual não chegou a tomar posse por ter requerido
aposentadoria.
Eis em traços largos a sua carreira de magistrado; vamos
passar à atuação política e social. »
O Visconde de Congonhas do Campo que deixara na Ca­
pital paulista sulcos bem profundos de seu vulto extraordina­
riamente vincado e projetado em cenários de várias naturesas,
além das belas recordações pelos empreendimentos fecundos e
pelo critério com que desempenhara as funções de primeiro
presidente constitucional da província, entregou-lhe na hora
da partida, cartas de recomendação a uma das mais prestigiosas
e estimadas personalidades de São Paulo, ao Capitão Antonio
da Silva Prado, mais tarde Barão de Iguape, solicitando o fa­
vor de apresentá-lo às gradas famílias da localidade e guiá-lo
nos cuidados da instalação de sua nova residência.
Este, porém, não teve pressa em apresentar o jovem ba­
charel às famílias da Capital, nem se incomodou em introduzi-
lo entre os elementos representativos da sociedade paulistana;
julgou mais acertado guardá-lo para si.
Abriu-lhe as portas do lar, coisa rara entre as famílias de
então, proverbialmente retraídas e reservadas para os estra­
nhos, impermeáveis para advenas, recebeu-o cavalheirescamen­
te, com aquela amabilidade que o caracterisava.
Diz Alfredo Ellis Júnior, “Um Parlamentar Paulista na
República” pág. 12: “A sociedade paulistana na qual imperava
as linhas rígidas da organização familiar portuguêsa, com o ex­
cessivo poder do “pater familias”, com o seu soturno recato e
' exagerada timidez do elemento feminino, se apresentava fecha-
* da e impenetrável”.
Os primeiros dias do Dr. Rodrigo, em S. Paulo, surgiam
cunhados com a efigie do isolamento e da Iristesa. Que sau­
dades do Rio, de Lisboa!
Quantas recordações suaves e melacólicas da vida univer­
sitária de Coimbra! os passeios à margem do Mondego enfei­
tiçado pelo olhar das "belas morenas que acompanhavam, à luz
do luar, as notas dolentes dos fados e guitarradas da rapasiada
alegre, jovial e despreocupada; as serenatas e caminhadas até
Santo Antonio de Oliviais, ao lado de meigas tricanas e cujas
falas pareciam —- no seu exílio e solidão — harpejos de sona­
tas maravilhosas.
Maria Marcolina da Silva Prado
fj
0
— 119 —

Coimbra exercia na sua imaginação ardente a vigorosa fas­


cinação das coisas distantes, nimbadas pelo resplendor da sau­
dade . . .
Os arredores do lendário centro universitário pareciam
um mar sem fim de verdura macia, um eden idílico de paz e
quietude, onde mãos alvíssimas acenavam com o lenço branco
da despedida que o seu coração exaltado parecia ouvir: adeus,
nunca mais, nunca mais. . .
E agora? Jogado de súbito para um burgo pacato e sono­
lento nos fundos da América do Sul, onde o tédio corria pare­
lhas com a inércia, sem um amigo, sem um parente e conhecido
e, para contrapeso, carregando o fardo delicado das responsa­
bilidades de juiz.
Um povoado que ouvia as nove horas da noite o clarim da
guarda do “Palácio” ressoar o toque de “recolher”, para dei­
xar o manto do silencio se irmanar com a escuridão de toda a
aglomeração urbana.
A transição foi brusca; a mudança do cenário muito rá­
pida.
São Paulo não se exibia como centro cultural, era minús­
cula cidade ou grande aldeia, como já lemos, com seus 10.000
habitantes dos quais 50% com baixo nivel intelectual. Exis­
tia uma sociedade relativamente culta, com as possibilidades de
ensino então vigentes, mas fechada e impenetrável. A porcen­
tagem de elite, infima. A Acadêmia Jurídica que trouxe al­
gum movimento estudantil e renovação espiritual foi criada
justamente nesse ano de 1827.
Divertimentos, um e outro espetáculo no teatrinho da
Opera, em regra dramalhões representados por amadores; ra­
ras cavalhadas e touradas no Campo dos Curros.
Divertimentos propriamente, se é que divertimentos se pos­
sam chamar, eram anunciados pelo bimbalhar dos sinos -concla­
mando o povo para as cerimónias religiosas. Estas consistiam
em procissões cujo simbolismo impressionava e comovia as
multidões ou em solenidades no interior dos templos, acompa­
nhando todos os termos da liturgia cristã.
Estas festas internas tomavam ares de acontecimentos so­
ciais. Os homens compareciam com os melhores trajes domin­
gueiros ; as mulheres comprimiam-se com os mais ricos vesti'
dos, exibindo e ostentando custosas jóias cuidadosamente
guardadas durante mêses, deleitavam-se ante a ocasião rara de
ouvir boa música, deliciavam-se ante os arroubos da retórica
de eruditos pregadores e encouraçados na fé católica, lavando
120 —

as mãos em água benta, cheirando a sacristia, a cera, a insenso,


mirra e alecrim, deixavam a casa do Senhor, sentindo ainda na
porta o hálito longínquo das flores semimortas que murchavam
nos altares, mas afirmando que... muito se divertiram.
Residiam em São Paulo, é verdade, advogados formando
um grupo mentalmente elevado, instruido, culto, com quem po­
dia relacionar-se. Na qualidade de juiz, porem, não desejava
manter intimidades com qualquer deles evitando quebrar a li­
nha de imparcialidade que deveria sustentar.
Com o pessoal do foro, as mesmas restrições.
Não tinha portanto com quem trocar idéias, com quem se
expandir.
Insulado em tal meio, sem ambiente para dar largas à sua
cultura e à juventude que o exornava, achou como derivativo
dessa situação as visitas e encontros com a melhor sociedade
paulistana em casa do Capitão Antonio da Silva Prado, onde
residia a irmã Maria Marcolina, que contava seus 22 anos, bela,
educada, inteligente e instruida.
O resultado dessa convivência em casa tão ilustre não pre­
cisamos assinalar, o leitor advinhará.
Os desejos e projetos do futuro Barão de Iguape foram
coroados de completo êxito; os resultados precipitaram-se ra-%
pidamente. Pelas suas maneiras polidas e distintas, pela edu»
cação esmerada adquirida nos salões aristocráticos de Lisboa
e na alta sociedade da Côrte do Rio de Janeiro, pelo procedi­
mento correto de fidalgo e gentleman — que impressionou à
toda a sociedade paulista — auxiliado por um físico insinuante
e garboso, como se pode avaliar na fotografia, conseguiu o Dr.
Rodrigo cair em graças de D. Maria Marcolina,
Esta, por sua vez, jovem educada e prendada, pertencen­
te a um nivel social compatível com a posição hierárquica de
bacharel e juiz, subjugou os sentimentos nobres do Dr. Rodri­
go, que poderia repetir: vê-la, amá-la, pedí-la e casar, consti -
tuiu trabalho de poucos mêses.
De fato, chegando a S. Paulo a 28 de setembro de 1827,
daí a mêses, precisamente a 3 de julho de 1828, debaixo de es­
pecial agrado de toda a família e da enorme parentela e de ru i­
dosas festividades, recebia como legitima esposa a D. Maria
Marcolina da Silva Prado, filha do Capitão-Mór Eleutério da
Silva Prado e de D. Ana Vicência Rodrigues de Almeida (2.°
casamento destá) ; neta paterna do Capitão-Mor Martinho da
Silva Prado e de Maria Leme Ferreira; neta materna do Alfe­
res Manuel Rodrigues Jordão, português, fundador da família
- 121 —

Jordão e de Ana Eufrosina da Cunha, nomes estudados em


nosso livro “Jordão”.
A propósito destes acontecimentos possuímos o texto de
duas cartas escritas pelo Capitão Antonio da Silva Prado, cons­
tantes em seu livro “copiador de cartas”, copiador este em po­
der e no arquivo de um descendente, nosso amigo Sr. Jorge
Pacheco e Chaves, que teve a gentileza de nos oferecer cópia
das duas.
Documentos de familia, interessantes; vejamos.
A prim eira:

“ limo. e Exmo. Snr. Visconde de Congonhas do


Campo.
Rio de Janeiroi.

“Tive a satisfação de ser premiado com a esti-


“madissima carta de V. Exia., datada de 11 de se­
tem b ro do corrente, da qual foi portador o limo.
“ Snr. Rodrigo Monteiro de Barros, Juiz de Fora
“desta, e muito digno filho de V. Exia. com cuja
“pessoa tenho feito a maior harmonia, e mesmo in­
dependente da recomendação de V. Exia. eu pro-
“curaria a amizade do dito, uma vez que tem todas
“as qualidades que constituem a um homem de bem,
“predicados estes que por si só o fazem recomendável
“o que bem manifesta a boa educação que V. Exia.
“lhe deu; pode portanto V. Exia. capacitar-se da
“obrigação em que lhe fico por me dar mais um ami-
“go de toda a estima.
“O meu préstimo é limitado, mas . . (ilegível j
“que tenho de empregar-me ao serviço de V. Exia.
“me esforçam a desempenhar os seus preceitos, uma
“vez que com eles me queira honrar.

São Paulo 27 de outubro de 1827

Antonio da Silva Prado.”


122 —

A segunda:

“limo. Sr. Coronel Inácio Gabriel Monteiro de


Barros
Bananal

São Paulo 21 de julho de 1828.

'“Am.o e Sr.
“Tenho a vista a sua carta de 19 do passado e
“certo em seu conteúdo, respondo.
“Agradeço-lhe as demonstrações de amizade
“que me dá com a aprovação do casamento de minha
“mana e sua criada com o amigo seu mano, o qual se
“realizou no dia 3 do corrente, com sua satisfação
“de toda a nossa família e com efeito não podia ser
“melhor, pois em dito amigo se reúnem todas as boas
“qualidades que caracterizam a um homem perfeito
“e probo: Deus os felicite por muitos anos.

Antonio da Silva Prado.’’

O prestígio enorme da família Silva Prado, aliada aos Jor­


dão, Pacheco de Itú, Pereira Mendes, Fonseca e outras provi­
nha mais da fortuna adquirida na agricultura e no comércio;
a maioria era composta de abastados fazendeiros senhores de
engenho, proprietários de vastos latifúndios, land lords. Per­
tenciam àquela aristocracia rural que tanto lustre deu ao Bra­
sil.
Bacharéis existiam poucos, lembramo-nos do Dr. José Ma­
nuel da Fonseca, de sorte que o Dr. Rodrigo salientou-se ime­
diatamente e recebeu a grave incumbência de representar a fa­
mília em todos os movimentos políticos e eleitorais. Cumpriu
bem a missão, foi eleito deputado geral à 2.a, 3.a e 4.a legislatu­
ras. Comendador da Ordem de Cristo e Cavaleiro Fidalgo
da Casa Imperial. Infelizmente a morte inexorável levou-o
prematuramente, contando mais ou menos quarenta anos, no
dia 29 de fevereiro de 1844, como prova o termo de óbito lavra­
do no liv. 10, da Sé de S. Paulo, fls. 198:

/
— 123

“O Desembargador Rodrigo Monteiro de Bar-


“ros. Aos vinte e nove de fevereiro de 1844 nesta
"fregnezia com os Sacramentos da Penitência e Eu­
caristia, com a idade de quarenta anos mais ou me-
“nos, por moléstia interna, faleceu o Dr. Rodrigo
“Antonio Monteiro de B arros; era casado com Do-
“na Maria Marcolina Monteiro do Prado (sic).
“Não consta tivesse testamento. Encomendado
“foi sepultado no jazigo da Ordem Terceira de São
“ Francisco. O Cura Manuel da Costa e Almeida”.

Viuva, D. Maria Marcolina assumiu a direção financeira


da casa e não se deixou abater ante a responsabilidade da edu­
cação de sete filhos, dos quais o mais velho contava 14 anos e o
mais moço, apenas 2; cumpriu sua missão com brilhantismo e
no fim de 43 anos depois da morte do marido, por sua vez en­
tregou a boa .alma ao Criador, no dia 30 de maio de 1887.
Seus filhos:
§ 1 — Lucas Monteiro de Barros
§ 2 — Dr. Rodrigo Antonio Monteiro de Barros
§ 3 — Antonio Augusto Monteiro de Barros
§ 4 — Carlos Augusto Monteiro de Barros
§ 5 — Elisa Monteiro de Barros
§ 6 — Tereza Monteiro de Barros
§ 7 — Elói Monteiro de Barros
§ 8 — Inácio Gabriel Monteiro de Barros.
i jí íj í 5}í

§ 1 — Lucas Monteiro de Barros


Foi batizado em casa, pelo Bispo Diocesano, còmo faz
verto a certidão seguinte:
“ LUCAS — Aos vinte e nove de setembro de mil oito­
centos e vinte e nove em casa do Ouvidor Interino, Dr. Ro­
drigo Antonio Monteiro de Barros, o Excelentíssimo e Re­
verendíssimo Senhor Bispo Diocesano Dom Manuel Joaquim
Gonçalves de Andrade batizou a Lucas, filho legítimo do Dr.
Rodrigo Antonio Monteiro de Barros e de Dona Maria Mar­
colina da Silva Prado. Foram padrinhos o Visconde de Con­
gonhas do Campo e Ana Vicência Rodrigues Jordão, aquele
representado pelo Capitão Francisco da Silva Prado.
124

Faleceu a 25 de maio de 1836, sendo' o corpo solenemente


sepultado no jazigo da Ordem Terceira de São Francisco (Liv.
10, de óbitos da Sé).

§ 2 — Dr. Rodrigo Antonio Monteiro de Barros


Nasceu em S. Paulo a 25 de maio de 1831 e foi batizado a
25 de junho do mesmo ano, como p/ova o assento de batismo
lavrado no livro 13 da Paróquia da Sé de S. Paulo, fls. 39 —
“RODRIGO. Aos vinte e cinco de junho de mil oitocentos e
trinta e um, em casa de residência do Capitão-Mor Eleutério
da Silva Prado por despacho do Sr. Bispo Diocesano Dom Ma­
nuel Joaquim Gonçalves de Andrade e de licença o Reverendis-
simo Joaquim Maria de Oliveira batizou e pôs os Santos Óleos a
Rodrigo, filho legitimo do Deputado Rodrigo Antonio Montei­
ro de Barros e Dona Maria Marcolina da Silva P ra d o fo ra m
padrinhos o mesmo Capitão-Mor Eleutérioj casado e a Viscon­
dessa de Congonhas do Campo, casada, por procuração que
apresentou Dona Ana Brandina da Silva Prado, vinda do Rio,
os mais desta Paróquia de que faço este assento que assincf: O
Coadjutor, José Manuel de Souza”.
Bacharel em Direito, lavrador de café na fazenda Cachoei­
ra, município de Jundiai, vereador à Câmara Municipal da mes- -
ma cidade, juiz municipal suplente da Capital. Seguiu junta­
mente com seus irmãos Antonio, Inácio, Carlos, para o Oeste,
em busca da terra roxa e fundou a fazenda São Joaquim, no
município de Pirassununga, hoje de. Palmeiras.
Casou no dia 25 de dezembro de 1855, na Igreja do Reco­
lhimento de Nossa Senhora da Luz, em S. Paulo, com sua pri-
- ma Ana Francisca da Silva Prado, nos termos da certidão se-
5. -Jk '
guinte:
Cúria Metropolitana. Arquivo. Certidão N.
Certifico que revendo o livro de Casamentos, do ano de
1855, da Paróquia da Sé, existente no Arquivo da Cúria Me­
tropolitana de São Paulo, a fls. 1-29 V., éncontra-se o assento
do teor,, seguinte: Doutor Rodrigo Antonio Monteiro de Bar­
ros e Dona Ana Francisca da Silva Prado. Aos vinte e cinco
de Dezembro de mil oitocentos e cincoenta e cinco, na Igreja do
Recolhimento de Nossa Senhora da Luz, dispensados os pro­
clamas e o segundo grao de parentesco por consanguinidade em
linha transversal, o Reverendíssimo Conselheiro Doutor Maúuel
Joaquim do Amaral Gurgel, com licença minha e em presença
cias testemunhas o Excelentíssimo Barão de Iguape e o Barão

/
Ana Francisca da Silva Monteiro de Barros Dr. Rodrigo Antonio Monteiro de Barros
2-VII-1837 = 4-X-1908 2S5-V-1831 =,-24-111-1884
& \

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1
f

*
- 127 -

de Antonina, recebeu em Matrimónio por palavras de presen­


te o Doutor Rodrigo Antonio Monteiro de Barros e Dona Ana
Francisca da Silva Prado, ambos naturais e freguezes desta
Paróquia, aquele filho legítimo do finado Desembargador Ro­
drigo Antonio Monteiro de Barros e Dona Maria Marcolina do
Prado' Monteiro de Barros e esta, filha legítima do Tenente-
Coronel Joaquim da Silva Prado e de D. Francisca da Silva
Prado, já falecida. Em virtude da Portaria de dispensa de
quinze do referido mez de Dezembro do Reverendíssimo Dou-
tou Vigário Geral Anacleto José Ribeiro Coutinho foi-lhes con­
cedida a bênção nupcial. O Cura, Marcelino Ferreira Bue-
no. Nada mais continha o sobredito assento a cujo original
fielmente me reporto e dou fé. São Paulo 8 de novembro de
1939. Padre Paulo Aurisol Cavalheiro Freire, Diretor Arqui-
quivista interino.
Ana Francisca da Silva Prado que depois de casada se as­
sinava A na Francisca da Silva Monteiro de Barros, nasceu a
2 de julho de 1837 e faleceu a 4 de outubro de 1908, filha do Te­
nente-Coronel Joaquim da Silva Prado e .de Francisca de Pau­
la da Silva, nascida na vila do Príncipe (hoje cidade da Lapa,
Estado do Paraná) ; neta paterna do Capitão-Mor Eleutério da
Silva Prado e de Ana Vicência Rodrigues de Almeida; neta ma­
terna dos Barões de Antonina. Joaquim da Silva Prado e o
Capitão-Mor Eleutério já estão descritos em “Apontamentos
Genealógicos” do Barão de Antonina, por Frederico de Barros
Brotero, pág. 25 e em “Jordão”, pág 77, pelo que deixamos de
repetir.
O Barão de Antonina, Jqão da Silva Machado, nasceu na
vila de Taquari, Rio Grande do Sul, a 17 de junho de 1782, fi­
lho de Manuel da Silva Jorge, natural e batizado em Santa Ca­
tarina de Castelo Branco, ilha do Faial, falecido em Taquari a
31 de outubro de 1825, com 81 anos e de Antonia Maria de Bit­
tencourt, nascida na vila do Rio Pardo (Rio Grande do Sul)
a 26 de agosto de 1755 e falecida em Taquari a 19 de julho de
1796; neto paterno de Inácio da Silveira, da ilha de São Jorge
e de Ana da Silveira, da ilha do F aial; neto materno de Jacinto
Mateus da Silveira e de Isabel Francisca de Bittencourt, da
freguezia das Velas, ilha de São Jorge, Açores.
A Baronesa de Antonina, Ana Ubaldina do Paraiso Gui­
marães, era filha do Coronel Manuel Gonçalves Guimarães, fa­
lecido em 1835, um dos conquistadores do sertão e dos Campos
de Guarapuava e de Maria Madalena de Lima, filha, esta, de
Capitão-Mor Manuel Nunes de Lima e de Joana Cardoso de
— 128 —

Lima; neta paterna de Sebastião Nunes Gomes e de Ana de Li­


ma; neta materna do Sargento-Mor Domingos Cardoso e Lima
e de Felicia Xavier Barbosa.
Faleceu o Barão em S. Paulo a 18 de março de 1875, con­
tando, portanto, cerca de 93 anos. A Baronesa, em Itapeva da
Faxina, na fazenda Pirituba a 16 de julho de 1852, porque o seu
testamento foi aberto a 17 de julho e lido ao pé do corpo, diz
textualmente o escrivão, perante o juiz municipal Manuel dos
Santos Silva.
Foram agraciados por decreto de 11 de setembro de 1843.
Depois de viuvo e por decreto de 13 de agosto de 1860, o
Barão foi elevado a. Barão com Grandeza.
O Barão tem o seu brazão de armas passado a 17 de setem­
bro de 1850, original e interessante. Deixou as velhas, conven­
cionais fórmulas e alegorias da heráldica européia e medieval e
escolheu motivos essencialmente brasileiros que tem o mérito de
agradar a nosso sentimento nativista. Está publicado no A r­
quivo Nobiliárquico Brasileiro. pág. 48: Em campo de prata
um leão de purpura armado de góles, tendo na garra destra um
catecismo” e um rosário de ouro e na espádua um machado do
mesmo metal; acompanhando à sinistra de um índio ao natural,
virado para a esquerda, depondo as armas que são de ouro.
Este escudo foi reproduzido e esculpido com rara perícia
e arte, no mármore de seu túmulo no cemitério da Consolação
em S. Paulo. No mármore impressiona mais. O alto relêvo
dá mais vida e significação.
Lá está o índio com o indefectivel arco e flecha; a tanga de
penas resguardando o corpo com mais compostura e modéstia
do que muitos maillots que se ostentam escandalosamente nas
aristocráticas praias de Copacabana e do Gonzaga em Santos ;
o cocar, capacete de plumas, penacho formando um leque recor­
dando a moda dos Peles Vermelhas; o rosário, simbolo de nos­
sa religião; o catecismo, livro aberto indicando os árduos tra ­
balhos de catequese levados a cabo por êle e mais que tudo, sa­
lientando, como querendo fugir das espaduas do leão, o macha­
do sugestivo, daqueles com que se decapitavam condenados à.
morte, bem alvo, lembrando o nome familiar.
No cemitério da Consolação repousam alguns de nossos
antepassados, muitos parentes e amigos. Todas as vezes que
percorremos suas alamedas num ambiente de tristeza e de re­
colhimento, quase sempre no cumprimento de um dever de ami­
zade levando à derradeira morada alguém que viveu no nosso
carinho e passa a viver na nossa saudade, não podemos sofrear
nem reprimir o impulso de uma visita, mesmo de passagem, pe­
la alameda principal, perto da Capela, onde se eleva o tumulo
do Barão. Nunca deixamos de lançar rápido golpe de vista e
de simpatia ao gracioso escudo, conjunto harmonioso e tipica­
mente brasílico — singelo e um tanto ingénuo em sua simplici­
dade — evocando, com reverência, o nome desse brasileiro ilus­
tre que tanto amou a São Paulo a ponto de determinar expres­
samente no testamento que se morresse em qualquer outro lu­
gar do Império, o seu corpo deveria ser remetido a S. Paulo e
inhumado em terreno já adquirido na necrópole acima referida.
Maiores detalhes sobre a ascendência de João da Silva Ma­
chado, encontramos no vol. 8, da Revista do Instituto Heráldi­
co Genealógico, pág. 193, artigo subscrito pelo Dr. Jorge G.
Felizardo. Sobre a Baronesa damos informes inéditos no vol.
9 da mesma Revista, pág 613. A descendência de ambos pu­
blicamos na monografia “Barão de Antonina”, apontamentos
genealógicos. O Dr. Rodrigo Antonio Monteiro de Barros fa­
leceu em Menton, França, a 24 de março de 1884; o seu corpo
foi transportado para S. Paulo e sepultado no 7 de junho do
mesmo ano. Houve onze filhos, citados de 1-1 a 1-11 :
1-1 Joaquim Monteiro de Barros.
Nasceu a 16 de outubro de 1856 e foi batizado na Sé
no dia 16 de dezembro de 1856. Padrinhos: o Cap. Joa­
quim da Silva Prado, avô materno e Maria Marcolina, avó
paterna. Exerceu alto cargo na Prefeitura da Capital e
morreu a 25 de outubro de 1908, deixando:
2-1 Isaura Monteiro de Barros
2-2 Rodrigo Monteiro de Barros
2-3 Lavinia Monteiro de Barros
2-4 Julieta Monteiro de Barros, todos solteiros.
1-2 Rodrigo Monteiro de Barros.
Nasceu a 13 de maio de 1858 e foi batizado no dia 14
de agosto, na Sé. Exerceu o mandato de vereador à Câ­
mara Municipal de S. Paulo, Intendente de Obras. De­
dicou-se ao comércio de café na praça de Santos. Faleceu
a 3 de setembro de 1915.
1-3 Maria Marcolina Monteiro de Barros.
Depois de casada, Maria Marcolina Monteiro da Sil­
va. Nasceu a 13 de julho de 1859 e foi batizada a 13 de ou­
tubro. Casou em S. Paulo a 30 de agosto de 1879 com o
Dr. Alfredo Cláudio da Silva, bacharel em Direito, formado
em 1877, natural da cidade do Rio de Janeiro, filho de Cláu­
dio José da Silva e de Francisca Aurora de Carvalho e Sil-
— 130 —

va. Pouco tempo durou este casamento, o Dr. Alfredo fa­


leceu logo depois e D. Maria Marcolina após longa viuvez,
entregou sua alma ao Criador, no dia 5 de novembro de
1931. Filhos:
2-1 Alfredo Cláudio da Silva
Faleceu solteiro em Recife, onde frequentava a Fa­
culdade de Direito.
2-2 Dr. Rodrigo Cláudio da Silva.
Engenheiro formado na Escola' Politécnica de S,.
Paulo. Casou em Paris na Igreja de Notre Dame des
Victoires, no dia 14 de novembro de 1910, com a prima
Cecília Carmen Monteiro de Barros, filha de Lucas An-
tonio Monteiro de Barros e de Carmen Guimarães
Coutinho, adiante citados, no Cap. 5, § 5.
Faleceu em S. Paulo a 1 de julho de 1948, sem dei­
xar filhos.
1-4. Lucas Monteiro de Barros.
Nasceu em S. Paulo a 14 de dezembro de 1861 e foi ba­
tizado a 8 de fevereiro de 1862 na Igreja da Sé. Padrinhos,
o Comendador Lucas Antonio Monteiro de Barros e D. Ce­
cília de Morais Monteiro de Barros, residentes em Barra
do Pirai.
Fazendeiro e lavrador de café na fazenda Cachoeira
que pertenceu a seus maiores, em Jundiaí, estação de Roci­
nha (hoje Vinhedo), vereador à Câmara Municipal de Jun­
diaí, deputado estadual em várias legislaturas, deputado
federal.
Casou em S. Paulo, Distrito de Santa Cecília (Liv. de
casam. n. 1, fls. 75) no dia 20 de novembro de 1900, com
Leonidia de Lacerda, falecida em Paris a 10 de abril de
1921, filha de José de Lacerda Guimarães e de Maria Dal-
mácia de Lacerda, agraciados por decreto de 7-6-1887 com
o título de Bárões de Arari.
D. Maria Dalmácia, Baronesa de Arari, uma das últi­
mas titulares do Império ainda vivas, nonagenária neste ano
de 1948, é filha de Bento de Lacerda Guimarães, agracia­
do por decreto de 7-5-1887 com o título de Barão de Ara­
ras e de sua mulher Manuela de Cassia Franco que não go­
zou das honras de Baronesa, pois faleceu no Rio a 2 de ju­
nho de 1883, quatro anos antes da concessão do' título.
Faleceu o Coronel Lucas Monteiro de Barros em S.
Paulo a 22 de janeiro de 1903, deixando a filha única:
2-1 Leontina de Lacerda Monteiro de Barros.
% . *
;
r' -
(Vide o suplemento)
ll J

1*1'

V
— 133 —

Nasceu em S. Paulo a 17 de setembro de 1901 e


casou na mesma localidade a 8 de abril de 1931 com
Frank Gerald Luiz Swales, nascido em Londres a 9
de abril de 1904, filho de Harry Swales, inglês, já fale­
cido e de Alice E. Swales, residente em Petrópolis.
Este casal é o atual proprietário da Fazenda Ca­
choeira, velho solar fundado pelos antepassados da ía-
milia. Sem geração.
1-5 Ana Monteiro de Barros.
Nasceu a 22 de dezembro de 1864 e faleceu em S. Pau­
lo a 10 de março de 1915. Casou nesta cidade a 15 de feve­
reiro de 1887 com o Dr. Francisco Júlio Conceição, nasci­
do em Piracicaba a 14 de julho de 1848, engenheiro pela Es­
cola Central do Rio de Janeiro, diretor das Obras Públicas
da província de S. Paulo, lavrador de café na fazenda “Bom
Jardim” em Rio das Pedras, município de Piracicaba, fale­
cido em Santos a 16 de agosto de 1928, filho dos Barões de
Serra Negra. Filhos:
2- 1 Olga Monteiro de Barros Conceição.
Casou em S. Paulo a 15 de fevereiro de 1921 com
José Teixeira de Carvalho, filho de Antonio Teixeira
de Carvalho, português, nascido no Porto a 8 de julho
de 1827, sócio fundador da Sociedade de Beneficência
Portuguêsa em 1859, falecido a 22 de maio de 1890 e
de sua segunda mulher Francisca Leopoldina Rosa de
Carvalho, nascida em Santa Branca a 29 de junho de
1845 e falecida em S. Paúlo a '13 de dezembro de 1931 :
neto paterno de João Teixeira de Carvalho e de Rita
de Cassia Teixeira; neto materno de João Antonio Ro­
sa e de Maria Leopoldina de Melo Rosa. Filhos:
3-1 Ana Cecília Teixeira de Carvalho.
Nasceu em S. Paulo a 22 de dezembro de
1921 e casou em Guaratinguetá a 1 de outubro de
1947 com Moacir de Azevedo Silva, comercian­
te local, filho de Joaquim de Azevedo Silva. Tem
uma filha:
4-1 Maria Tereza
Nasceu em outubro de 1949.
3-2 José Eduardo Teixeira de Carvalho
Nasceu em Itu a 8 de março de 1924.
3- 3 Dr. Marcelo Teixeira de Carvalho
Nasceu em Itu a 23 de julho de 1925. Formado em
Medicina
— 134

3-4 Antonio Caio Teixeira de Carvalho


Nasceu em S. Paulo a 22 de abril de 1927.
3-5 Jaime Teixeira de Carvalho
Nasceu em S. Paulo a 16 de setembro de 1929.
2-2 Francisco Júlio Conceição.
Nasceu em S. Paulo a 1 de outubro de 1889. Foi
comerciante de café na praça de Santos e hoje serve no
Instituto (Inspetoria) do Café do Estado de S. Paulo.
Está casado com Tereza Moreira. Sem geração.
2-3 Gilda Monteiro de Barros Conceição.
Casou em S. Paulo no dia 8 de dezembro de 1914
com Augusto Brant de Carvalho que declarou contar
29 anos, natural de Florianópolis, alto funcionário da
secretaria da Agricultura, filho do Dr. José Augusto
Brant de Bulhões Carvalho, nascido no Rio de Janei­
ro, a 31 de março de 1856, engenheiro, professor na-
Escola Politécnica de S. Paulo, sócio do Instituto His­
tórico e Geográfico de S. Paulo, falecido a 2 de abril
de 1917 e de sua mulher Ana de Sampaio Bulhões
Carvalho, nascida no Rio de Janeiro a 21 de julho de
1865 e falecida em S. Paulo a 26 de março de 1942;
neto paterno de José Pereira de Bulhões Carvalho e de
Augusta Maria Caldeira B ran t; neto materno do Dr.
José Pinto Ribeiro Pereira de Sampaio, natural da
província do Rio, formado na Academia Jurídica de
S. Paulo em 1857 (n. 3) e de sua mulher Ana Sayão
Pereira de Sampaio, falecida na Capital Federal a 8 de
março de 1916, então casada, segundas núpcias, com
o Dr. J. de Oliva Maia.
Augusta Maria Caldeira Brant (avó paterna do
Sr. Augusto) era filha do Visconde de Barbacena, fa­
lecido no Rio a 28 de maio de 1906, contando cerca de
104 anos e da Viscondessa Augusta Isabel Kirchoefer
e neta paterna dos Marqueses de Barbacena.
O Dr. José Pinto Ribeiro Pereira de Sampaio (avô
materno do Sr. Augusto) era filho do Conselheiro
Manuel Pinto Ribeiro Pereira de Sampaio, nascido
na Capitania do Espírito Santo, bacharel em Leis pe­
la Universidade de Coimbra, nomeado por decreto de
21 de março de 1842, Ministro do Supremo Tribuna!
de Justiça, na vaga proveniente com a aposentadoria
conferida ao Visconde de Congonhas do Campo e que
faleceu na Capital do Império a 27 de setembro de
— 135 —

1857, filho de José Pinto Ribeiro (Laurênio Lago.


“Supremo Tribunal”, pág. 46). Filhos:
3-1 Ana Helena Brant de Carvalho.
Nasceu em S. Paulo a 26 de outubro de 1915
e aí casou, a 26 de abril de 1938 com o Dr. Gui­
lherme Cordeiro Pessoa de Queiroz, engenheiro,
nascido em Recife, Pernambuco, aos 8 de janeiro
de 1913, filho do Dr. José Pessoa de Queiroz e
de Tereza Cordeiro Pessoa de Queiroz, impor­
tantes usineiros em Pernambuco e em Campos.
Filhos:
4-1 Maria Helena Pessoa de Queiroz
Nasceu em São Paulo a 9 de fevereiro de
1939.
4-2 Maria Cecília Pessoa de Queiroz
Nasceu no Distrito Federal.
3-2 Carlos Augusto Brant de Carvalho.
Nasceu em S. P. a 11 de novembro de 1916 e ca­
sou na mesma localidade em dezembro de 1941
com Evangelina Clara de Souza Dias da Silva,
nascida em Lausanne (Suiça), registrada no con­
sulado brasileiro, a 11 de dezembro de 1918, filha
do Dr. Ismael Dias da Silva, falecido em S. Pau­
lo a 7 de setembro de 1936, casado, religiosamen­
te na Basílica de Nossa Senhora de Lourdes,
França, e civilmente em Paris em 1911, com
Amélia de Souza D ias; neta paterna do Dr. Ma­
nuel Dias da Silva, nascido em 1832 e formado
em 1852 em Direito e de Eulália de Assunção
Dias da Silva, falecida em S. Paulo a 30 de ou­
tubro de 1894; neta materna do eminente políti­
co baiano Dr. José Marcelino de Souza e de
Amélia Cândida Lopes de Souza.
O Dr. José Marcelino de Souza nasceu a 15
de outubro de 1848 na propriedade agrícola En­
genho de Nossa Senhora da Conceição, próxima
a São Felipe, filho do Coronel Joaquim Anselmo
de Souza, falecido a 5 de outubro de 1878 e de
Delfina Rosa de Souza. Formado em Direito
pela Academia de Recife, deputado federal; presi­
dente do Estado da Bahia, senador federal pelo
mesmo Estado, falecido a 26 de abril de 1917.
Casou na cidade do Salvador, da Bahia, a 25
— 136 —

de setembro de 1880, com Amélia Cândida Lopes


de Souza, filha do Major Manuel Firmino Lopes,
tabelião de notas, um dos fundadores do Tram
Road de Nazareth e de Ana Fausta Lopes. E s­
tes dados conseguimos, por indicação do Dr. Ga­
ma Rodrigues, em um interessante trabalho bio­
gráfico “Um Estadista Quasi Desconhecido’’, pu­
blicado por D. Maria Mercedes Lopes de Souza,
filha do Dr. José Marcelino, Imprensa Oficial da.
Bahia, 1949, onde o leitor encontrará maiores de­
talhes sobre a vida deste eminente chefe de Esta
do e prestigioso político.
O casal Carlos-Evangelina tem :
4-1 Maria Amélia
4-2 Ana Helena
4-3 M. Elisabeth.
3-3 Francisco José Brant de Carvalho.
Nasceu em S. Paulo a 21 de março de 1918 e
casou na mesma cidade a 8 de outubro de 1944 com
Maria Helena Leite de Barros, nascida a 29 de
junho de 1923, filha de Ornar Leite de Barros,.
corretor de imóveis, nascido em Campinas a 1
de agosto de 1897 e de Fany Pacheco e Silva; ne­
ta paterna de Turíbio Leite de Barros, com as­
cendência em Silva Leme, 3-476 e de Júlia.
Mundt Leite de Barros, nascida em Jundiaí a 18
de setembro de 1868, filha esta, de Max Jorge
Mundt, engenheiro alemão que trabalhou durante
muitos anos na Comp. Paulista de Estradas de
Ferro, chefe do trafego e superintendente geral in­
terino durante três anos e de sua mulher Carolina
Augusta Mundt; neta materna de Dr. Otávio Pa­
checo e Silva, nascido e|a Campinas a 15 de ju­
nho de 1860, formado em engenharia nos Estados
Unidos, onde casou a 5 de junho de 1888 com
Madalena Handscam, falecida em S. Paulo a 4 de
setembro de 1903.
O Dr.. Otávio Pacheco e Silva era filho do
Tenente-Coronel Antonio Carlos Pacheco e Sil­
va e de Francisca de Camargo Andrade, citados
em “Jordão”, pág. 376.
O Tenente-Coronel Antonio Carlos Pacheco
e Silva dedicou-se durante toda a sua vida à la—
— 137 —

voura de café, na fazenda Cachoeira, município


de Campinas, bairro de Valinhos, da qual foi des­
membrada uma gleba para formar a atual Fonte
Sônia; faleceu a 5 de novembro de 1916 na fazen­
da vizinha, Três Pedras, onde estava de visita a
sua filha D. Nizia e ao genro Dario Ferreira No­
vais de Camargo.
Sua viuva, D. Francisca, sobreviveu cerca
de 14 anos.
D. Madalena Flandscam era filha do Tenente Allen
Handscam, morto na guerra civil de 1866-67 e
de Francês (Francisca) Augusta Monroe, fale­
cida em Campinas a 27 de janeiro de 1928, com
86 anos, filha do congressista James Monroe —
primo do outro Monroe que proferiu o brado “ A
América, dos Americanos”.
O casal Francisco José-Maria Helena tem :
4-1 Antônio Augusto Brant de Carvalho.
3-4 Jorge Alberto Brant de Carvalho.
Nasceu em S. Paulo a 14 de março de 1920.
3-5 Luiz Eduardo Brant de Carvalho.
Nasceu em São Paulo a 17 de janeiro de 1926.
2-4 Lúcia Monteiro de Barros Conceição.
Casou em S. Paulo a 9 de abril de 1921 com Clemente
Sampaio Viana, alto funcionário do I. P. E. S. P. (Ins­
tituto de Previdência do Estado de São Paulo), nasci­
do na mesma cidade a 9 de novembro de 1892, filho
do Dr. João Maurício de Sampaio Viana, bacharel
em Direito, advogado, vereador à Câmara Municipal
da Capital, deputado estadual, Irmão Benfeitor da
Santa Casa de Misericórdia da Capital, nascido na ci­
dade do Salvador da Bahia a 7 de novembro de 1867,
falecido a 30 de maio de 1936 e casado a 3 de fevereiro
de 1892 com Julieta Falcão de Sampaio Viana, falecida
no Rio de Janeiro a 9 de agosto de 1928; neto paterno
dos Barões de Sampaio V iana; neto materno do Dr.
Clemente Falcão de Souza Filho, lente na Academia
Jurídica de S. Paulo, advogado, um dos organizadores
da Comp. Paulista de Estradas de Ferro e da Norte
de S. Paulo, nascido a 18 de outubro de 1834 e falecido
a 4 de abril de 1887 e de Brasilina América Falcão,
falecida no Rio de Janeiro a 4 de dezembro de 1888.
O Dr. Falcão Filho era filho de outro Dr. Clemente
Falcão de Souza, antigo lente na Academia Jurídica
— 138 —

de São Paulo, nascido em Pernambuco a 23 de no­


vembro de 1798 e falecido em S. Paulo a 28 de abril
de 1868; neto paterno do Capitão Pedro Jorge de Souza
e de Maria do Amparo de Jesus, moradores na fre­
guesia de Bom Jardim, Capitania de Pernambuco.
Filhos:
3-1 Cecília Helena Sampaio Viana.
Nasceu em S. Paulo a 10 de novembro de 1923.
Casou na mesma cidade a 26 de setembro de 1942
com Renato Ribeiro da Silva, agricultor em São
José do Rio Pardo, nascido em S. Paulo a 17 de
fevereiro de 1920, filho de Luciano Ribeiro da
Silva, casado em S. Paulo a 25 de abril de 1903
com Zelinda Ribeiro da Silva, nascida em São José
do Rio Pardo a 12 de julho de 1888; neto paterno
de outro Luciano Ribeiro da Silva e de Maria
Cândida Ribeiro, falecida em S. Paulo a 23 de
março de 1913; neto materno de Manuel Fran­
cisco Ribeiro Júnior e de Filomèna Ribeiro No­
gueira. (Silva Leme, 6-422)
Filhos:
4-1 Vera Cecília Ribeiro da Silva.
Nasceu em S. Paulo a 14 de janeiro de 1945.
3-2 Esteia Maria de Sampaio Viana.
2-5 Rodrigo Monteiro de Barros Conceição.
Nasceu em S. Paulo a 4 de setembro de 1894. Enge­
nheiro pelo “Union College” de Schnectady, Estados
Unidos da América do Norte. Casou em Campinas a
4 de abril de 1922 com Bela Rodrigues, filha de Ce­
lestino Soares Rodrigues, português, e de Generosa de
Barros Rodrigues, do Rio Grande do Sul, falecida em
S. Paulo a 16 de julho de 1928, filha de José Bernar­
do Pinto Soares e de Júlia Margarida de Barros.
Filhos:
3-1 Rodrigo Antônio Conceição.
Nasceu a 19 de junho de 1923 e faleceu a 25 de
março de 1925.
3-2 Vera Rodrigues Conceição.
Nasceu em S. Paulo a 17 de janeiro de 1926 e
casou na mesma cidade a 1 de setembro de 1949
com o Dr. Paulo de Mendonça, filho do Dr. An­
tônio Machado de Mendonça, jornalista, da reda­
ção do “Estado de S. Paulo’’, casado nesta Capi­
tal declarando contar 27 anos, no dia 4 de outubro

1
139

de 1919, com Sara de Mesquita, nascida em S.


Paulo a 3 de janeiro de 1896; neto paterno do
Dr. João Jacinto de Mendonça, falecido em Pelo­
tas a 6 de outubro de 1911 e de Maria Machado
de Mendonça, falecida em Pelotas a 21 de julho
de 1907; neto materno do Dr. Júlio de Mesquita,
propagandista da República, deputado estadual,
lider da maioria, deputado federal, jornalista, du­
rante muitos anos diretor do poderoso e estimado
jornal “Estado de S. Paulo”, nascido em Campi­
nas a 18 de agosto de 1862 e falecido a 15 de
março de 1927, casado na Capital paulista a 5 de
fevereiro de 1884 com Lucila de Cerqueira César,
falecida em Santos a 17 de julho de 1916, filha do
Dr. José Alves de Cerqueira César, eminente
político de S. Paulo, adiante nomeado neste Ca­
pítulo, § 8. Todos êstes nomes foram estudados
detalhadamente em “Oliveiras”, pág. 63.
2-6 Luiz Monteiro de Barros Conceição.
Nasceu em S. Paulo a 22 de junho de 1900 e aí casou
a 28 de abril de 1923 com sua prima Hermantina Lim­
po de Abreu, adiante citada. Tem :
3-1 Marina Conceição.
3-2 Francisco Júlio Conceição.
Nasceu a 19 de março de 1926.
3-3 Eduardo Conceição.
Nasceu a 10 de novembro de 1927.
3-4 Luiz Conceição Júnior.
Nasceu a 15 de fevereiro de 1929.
3-5 Sara Conceição.
Nasceu a 22 de setembro de 1930.
1-6 Vitor Monteiro de Barros.
Casou em S. Paulo (Consolação) declarando contar 47
anos, no dia 27 de novembro de 1913 com Áurea Soares,
falecida em S. Paulo a 6 de fevereiro de 1944, filha de João
Roberto Soares, fazendeiro em Araras e de Maria Braga
Soares. Faleceu em S. Paulo a 1 de março de 1925, dei­
xando :
2-1 Dr. Alfredo Monteiro de Barros.
Nasceu em S. Paulo a 28 de janeiro de 1915. Bacharel
em Direito, advogado; faz parte da redação das “Fo­
lhas”. Casou na mesma cidade a 7 de setembro de
1940 com Zeny de Barros Freire, nascida a 31 de de­
zembro de 19Í8, filha de José de Barros Freire e de
r \--

— 140 —

Isabel Cardoso de Barros Freire (Proclamas no Diário-


Oficial de 4-9-1940). Filhos:
3-1 Décio Monteiro de Barros.
O jornal “Correio Paulistano” de 26-8-1941, dá,,
notícia de seu nascimento.
3-2 Celso Monteiro de Barros.
3-3 Maria Clélia Monteiro de Barros.-
Batizada a 24-4-1949, Carmo.
2-2 Elói Monteiro de Barros.
2-3 Alceu Monteiro de Barros.
Casou na Igreja da Penha a 5 de julho de 1941, com,
Adélia Lopes, filha da viúva Maria Morelli Lopes.
2-4 Leónidas Monteiro de Barros.
2-5 Roberto Monteiro de Barros.
Nasceu em S. Paulo a 7 de novembro de 1924 e casou■
na Basílica de Nossa Senhora da Aparecida a 29 de
junho de 1946 com Júlia Pires, nascida em Piracicaba,
a 8 de outubro de 1921, filha de Sebastião Pires da
Silveira e de Sebastiana da Silveira Penteado. (P ro­
clamas no Diário Oficial de 8-6-1946), Consolação.
2-6 Elsa, falecida na infância.
1-7 Elisa Monteiro de Barros.
Nasceu em S. Paulo a 29 de junho de 1867. Casou no dis­
trito de Santa Ifigênia a 19 de junho de 1897 com o Dr..
Francisco de Almeida Cavalcanti, médico, maranhense, nas­
cido a 11 de julho de 1864 e falecido*mo Rio a 15 de junho ,
de 1909.
D. Elisa por sua vez faleceu em S. Paulo em conse­
quência de ferimentos recebidos em violento desastre de
automóvel, no dia 14 de fevereiro de 1933; sem geração.
1-8 Alzira Monteiro de Barros.
Nasceu em Jundiaí, na fazenda Cachoeira, no dia 27 de
agosto de 1869 e foi batizada na Igreja da Sé de S. Paulo
a 20 de outubro do. mesmo ano. Padrinho, José da Silva.
Prado.
Dos filhos do Dr. Rodrigo, foi Alzira o único que viu
a luz do dia fora da Capital de S. Paulo. Nas vésperas de
dar à luz, sua mãe, D. Ana Francisca, transportava-se para
a cidade (S Paulo) ; com esta filha houve impedimento
para a viagem, ou êrro na data e a criança nasceu na fazenda.
Casou em S. Paulo (Santa Ifigênia) â 18 de maio de
1901 com o Dr. Eduardo Limpo de Abreu, nascido a 12
de agosto de 1862, já falecido, filho de Alonso Limpo de:
Abreu, nascido em 1831 e falecido a 2 de março de 1871
— 141

e de sua segunda esposa Josefina Carneiro de Mendonça


Limpo de Abreu, falecida no Rio de Janeiro a 1 de dezembro
de 1897; neto paterno do Visconde de Abaete e de Ana
Luisa Carneiro de Mendonça, Viscondessa de Abaete; neto
materno de Eduardo Carneiro de Mendonça Franco e de
Gabriela Junqueira.
Faleceu D. Alzira em S. Paulo a 12 de maio de 1910,
havendo:
2-1 Maria Cecilia Limpo de Abreu.
2-2 Hermantina Limpo de Abreu.
Nasceu em S. Paulo a 24 de setembro de 1905 e casou
com seu primo Luiz Conceição, supra referido no nú­
mero 1-5, onde consta a geração.
2-3 Antônio Paulino Limpo de Abreu.
Nasceu em S. Paulo a 14 de agosto de 1908.
2-4 Eduardo Limpo de Abreu.
Nasceu em S. Paulo a 4 de maio de 1910.
1-9 Hermantina Monteiro de Barros.
Nasceu em S. Paulo a 7 de abril de 1871 e faleceu em Co­
rumbá (Mato Grosso) a 5 de março de 1903.
Casou em S. Paulo (Santa Ifigênia) a 12 de dezembro
de 1896 com o Dr. João Timóteo Pereira da Rosa, enge­
nheiro civil, nascido em Pôrto Alegre (Rio Grande do Sul)
a 21 de julho de 1872 e batizado a 2 de maio de 1875, filho
do Dr. Timóteo Pereira da Rosa, bacharel em Direito, for­
mado em S. Paulo em 1859, que por muitos anos exerceu
a profissão de advogado em Pôrto Alegre, nascido em U ru­
guaiana a 22 de agosto de 1834 e falecido em Pôrto Alegre
a 2 de junho de 1877 e de sua mulher Maria Francisca de
Melo; neto paterno de Luiz Pereira da Rosa e de Francisca
Antónia da Silveira; neto materno do Dr. João Tomaz de
Melo e de Maria Benedita dos Santos Melo.
O Dr. João Tomaz de Melo, filho de Manuel Fernan-
des Viana e de Ana Tomázia de Andrade, nasceu em Tau-
baté e casou em S. Paulo a 14 de jàneiro de 1832 com Maria
Benedita dos Santos, filha de Joaquim Francisco Gonçalves
e de Maria Joaquina Gonçalves. Quando casou exercia o
cargo de cirurgião-mor do 5.° batalhão de Caçadores de
l.a linha.
D. Maria Benedita, residiu nos últimos dias da vicia
em uma chácara na rua da Glória e faleceu em avançada
idade a 3 de dezembro de 1903.
Êste casal teve, além de D. Maria Francisca, mais um
filho que seguiu a carreira das armas e foi o General Eu-
— 142 — - 't

gênio de Melo; outra, que casou com um estudante, Tomaz


Alves Filho, que tanto brilhou depois no fôro do Rio de
Janeiro, jurisconsulto, autor de um tratado de Direito Cri­
minal e de Comentários ao Código do Processo Criminai.
O Dr. )oão Timóteo, engenheiro, faleceu no Belém do
Pará a 21 de maio de 1920, exercendo no momento o cargo
de engenheiro da estrada de ferro Madeira-Mamoré. Seus
filhos:
2-1 Kdith Pereira da Rosa.
Nasceu em S. Paulo a 27 de setembro de 1897 e casou
no Rio de Janeiro a 20 de maio de 1920 com o Dç.
Carlos Pontual de Petrolina, engenheiro, filho do Dr.
Pedro Pontual de Petrolina, médico de olhos, nascido
em Pernambuco a 5 de fevereiro de 1867 e falecido
na Capital Federal a 15 de abril de 1924 e' de Cordu-
lina Pontual de Petrolina, falecida nesta última cidade
a 21 de setembro de 1938; neto paterno do Barão de
Petrolina, Bernardino de Sena Pontual, negociante de
grosso trato na praça do Recife e de Sofia da Costa
Pontual, Baronesa de Petrolina.
O Barão, falecido no engenho Cabeça de Negro
a 25 de março de *1896, era filho de João Manuel Pon-
' tual, português, e de Tereza da Silva Vieira;, neto ma­
terno de Antônio José dos Santos, armador de navios
em Recife e de .Feliciana Teixeira da Rocha, a qual,
por sua vez, era filha de José Rodrigues de Sena, da
sesmaria das Frecheiras, e de Tereza da Silva Vieira.
A Baronesa de Petrolina, falecida no Recife a 26
de Junho de 1898, era filha ,de Bento José da Costa
e de Emília Pires Ferreira da Costa», (Informações do
douto genealogista pernambucano, Dr. Guilherme M.
Auler). Filhos: *■ 4
3-1 Marcos Pontual de Petrolina.
Nasceu em S. Paulo a 17 de abril de 1922. Di­
plomado pela secção de Pedagogia da Faculdade
de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de
S. Paulo. Casou nesta cidade a 18 de maio de 1948
com Diva de Camargo Carvalho, filha de Antônio
Dias de Carvalho e de Isaura Jordão de Carvalho;
neta paterna de Júlio Ribeiro de Carvalho, ituano,
falecido a 2 de outubro de 1948, contando 92 anos
de idade e de Antónia Dias Ferraz; neta materna
de Francisco de Almeida Camargo e de Urbina
Cliché de um neto
'fc ~v.

"M
— 145 —

Pacheco Jordão, citados em “Jordão”, pág. 503,


onde constam maiores detalhes.
3-2 Pedro Pontual de Petrolina.
Nasceu a 14 de dezembro de 1923 e faleceu a 22
de maio de 1940.
3-3 Ruy Pontual de Petrolina.
2-2 Mário Pereira da Rosa.
Faleceu na infância, a 10 de abril de 1904.
1-10 Eleutério Monteiro de Barros.
Nasceu em S. Paulo a 14 de novembro de 1872 e faleceu
em França a 7 de novembro de 1895.
1-11 Sílvia Monteiro de Barros.
Última filha e única sobrevivente dos onze filhos do Dr.
Rodrigo, neste ano de 1949. Nasceu em S. Paulo a 15 de
março de 1880 e casou na mesma (Santa Ifigênia) a 25 de
maio de 1901 com o Dr. Frederico de Barros Brotero,
bacharel em Direito, autor destas linhas, nascido em Itu
a 7 de janeiro de 1877, filho do Desembargador Frederico
Dabney de Avelar Brotero e de Gertrudes de Almeida Bar­
ros que no ato de seu casamento assinou Gertrudes Cândida
de Barros; neto paterno do Conselheiro Dr. José Maria de
Avelar Brotero e de Ana Dabney; neto materno de José
Fernando de Almeida Barros e Ana Cândida Corrêa Pa­
checo, fazendeiros em Piracicaba. A ascendência e a família
do autor destas linhas iá estão minuciosamente estudadas
em “Descendentes de Lourenço de Alm. Prado”; em “Des­
cendentes do Tenente Fernando Paes de Barros” e no livro
sôbre a “Vida do Dr. João Dabney de Avelar Brotero”, pelo
que deixamos de repetir. Frederico de Barros Brotero faz
parte do corpo social do Instituto Histórico de S. Paulo
do qual foi eleito 2.° Vice-Presidente e três vêzes reeleito;
sócio do Instituto Heráldico Genealógico e presidente do
Grande Conselho; sócio correspondente dos Institutos His­
tóricos de Minas Gerais, de Sergipe, de Campinas, de S.
Luiz do Maranhão e do Rio Grande do Sul. Pertence tam­
bém ao Instituto Argentino de Ciências Genealógicas e à
Sociedade de Estudos Flistóricos de La Paz, Bolívia.
Formado em Direito no ano de 1896, exerceu o cargo
de promotor público da comarca de Tietê; deputado esta­
dual em 1904; membro do Conselho Administrativo da
Caixa Economica Federal em 1931 ; do Conselho Fiscal do
Banco Comercial do Estado de S. Paulo; comerciante de
café na extinta firma Whitaker, Brotero e Cia.; lavrador
-de café em Taquaritinga e em Penápolis.
Bibliografia, iro fim deste livro.
Filhos, todos nascidos em S. Paulo:
2-1 Frederico Antonio de Barros Brotero
Nasceu a 12 de abril de 1905.
2-2 Dr. Geraldo de Barros Brotero
Nasceu a 14 de Novembro de 1906.
Bacharel em Direito, serventuário vitalício do Regis­
tro Civil do distrito do Ipiranga. Casou em S. Paulo
(Liberdade) a 28 de janeiro de 1929 com Antonieta
Tibiriçá Paes de Barros, filha do Dr. Gustavo Paes
de Barros e de Georgina Tibiriçá; neta paterna do
Coronel Senador Antonio Paes de Barros, nascido em
Itú a 16 de janeiro de 1840 e falecido em S. Paulo a
21 de setembro de 1909, casado nesta última cidade a
10 de março de 1868 com Maria de Souza Barros, que
vive neste ano de 1949, nonagenária, cercada do res­
peito e estima de numerosa prole; neta materna do
Dr. Jorge Tibiriçá, eminente político paulista, duas
vezes governador do Estado, senador estadual, presi­
dente do Tribunal de Contas e de Ana de Queiroz
Teles.
O Senador Antonio Paes de Barros era filho dos
primeiros Barões de Piracicaba.
D. Ana de Queiroz Teles era filha dos Condes
de Parnaíba e neta dos primeiros Barões de Jundiaí.
Todos estes nomes estão estudados com detalhes -
e datas em “Jordão”, pelo que deixamos de repetir.
Filhos, todos nascidos em S. Paulo:
3-1 Frederico de Barros Brotero (neto)
Nasceu a 29 de novembro de 1929
3-2 Eduardo de Barros Brotero
Nasceu a 28 de dezembro de 1930
3-3 Maria Lúcia de Barros Brotero
Nasceu a 19 de julho de 1935
3-4 Maria Elisa de Barros Brotero
Nasceu a 11 de janeiro de 1940.
2-3 Ana Francisca (Nicota) de Barros Brotero
Nasceu em S. Paulo a 8 de fevereiro de 1909 é faleceu
a 12 de agosto de 1941. Casou na mesma cidade a 5
de fevereiro de 1931 com o Dr. José Augusto Lefe-
vre, nascido em S. Paulo a 20 de noyembro de 1901,
médico, filho do Dr. Eugênio Lefevre, nascido em
Paris a 12 de novembro de 1863, falecido a 5 de de­
zembro de 1943, que exerceu durante dezenas de anos
o alto cargo de diretor da Secretaria da Agricultura
e de Isaura Moura das Neves, nascida na Bahia (Ca­
pital) a 27 de maio de 1866 e falecida em S. Paulo a
3 de janeiro de 1931 ; neto paterno de Philomene
(Philogien) Joseph Lefevre, natural de Charleroy, Vitri,
Bélgica, falecido na cidade do Salvador, Bahia, a 2 de
junho de 1881 e de Cecilia Lebrun Lefevre, falecida
em S. Paulo a 14 de fevereiro de 1920, com 86 anos;
neto materno de Augusto Cesar das Neves e de Vi-
cência Dória das Neves, também natural da cidade
do Salvador da Bahia, falecida em S. Paulo a 13 de
julho de 1929, contando 92 anos, viuva, filha de An-
tonio Rodrigues Dória e de Maria Rosa Rohm de
Moura.
Filhos, todos nascidos em S. Paulo:
3-1 Sérgio Antonio Brotero Lefevre
Nasceu a 11 de dezembro de 1931
3-2 Carlos Augusto Brotero Lefevre
Nasceu a 4 de novembro de 1933
3-3 Rodrigo Brotero Lefevre
Nasceu a 9 de fevereiro de 1938.
2-4 Maria de Lourdes de Barros Brotero
Nasceu a 26 de fevereiro de 1917.
Reside em S. Paulo, em estado de viuva.
/ Tem um filho :
3-1 Luiz Eduardo
Nasceu em S. Paulo a 15 de janeiro de 1943'^

§ 3 •— Antonio Augusto Monteiro de Barros

Terceiro filho do Desembargador Rodrigo Antonio Mon-


terio de Barros e de Maria Marcolina Prado Monteiro de
Barros.
Foi batizado na Igreja do Recolhimento da Luz, no dia
16 de fevereiro de 1834. Padrinhos, o Barão e a Baronesa de
Tieté.
Lavrador de café, proprietário das fazendas Corrego Rico
em Santa Rita e da Santa Tereza em Limeira. Comendador
da Ordem de Cristo. Moço Fidalgo da Casa Imperial.
Casou com sua prima, Maria Tereza Monteiro de Barros,
falecida em Petrópolis a 14 de maio de 1889, filha do Comen­
dador Lucas A. Monteiro de Barros e de Cecilia de Morais.
Monteiro de Barros, adiante citados no Cap. 5.
— 148 —

Faleceu, Antonio Augusto, em Paris, a 29 de abril de 1900,


havendo cinco filhos que serão inscritos de 1-1 a 1-5:
1-1 Vicente de Paulo Monteiro de Barros
Residiu no Rio de Janeiro. Lavrador de café no Estado
de S. Paulo, fazenda Brejão, em Casa Branca. Casou com
Joana Rabelo, filha do Dr. José Inácio da Cunha Rabelo,
primeiro marido de Ana Joaquina do Rego Barros, filha
esta, caçula, dos terceiros Barões de Goiana, João Joaquim
da Cunha do Rego Barros e Manuela de Castro Caídas do
Rego Barros, agraciados por decreto de 6 de julho de 1870,
referendado por Paulino José Soares de Souza.
Faleceu no Distrito Federal a 21 de fevereiro de 1941,
deixando
2-1 Maria Tereza Monteiro de Barros (Bandeira de Melo)
Casou no Rio de Janeiro com o Dr. Afonso de Toledo
Bandeira de Melo, bacharel em Direito, especialisado
em assuntos económicos, sociais e financeiros, tendo
representado o Brasil em diversos congressos interna­
cionais e cuja brilhante fé de ofício 'e bibliografia estão
citados no “Dicionário Bio-Bibliográfico” de Velho
Sobrinho, vol. 2, pág. 55.
O Dr. Afonso é filho do Desembargador Dr. E r­
nesto Júlio Bandeir» de Melo e de Maria Guilhermina
de Aguiar Toledo, falecida no Rio de Janeiro a 12 de
junho de 1901, já estudados em nosso livro “Tribunal
de Relação”, pág. 153; neto paterno der Conselheiro
João Capistrano Bandeira de Melo, eminente político
durante o regime imperial e de Umbelina Augusta
Fernandes; neto materno de José de Aguiar Toledo e
de sua primeira mulher Maria Guilhermina Pacheco,
aquele agraciado com o título de Barão de Bela, Vista
e depois de viuvo, Visconde de Aguiar Toledo.
Por seu avô paterno'o Dr. Afonso é bisneto do a*.
Capitão Jerônimo José Figueira de Melo e de Maria
do Livramento Monte, cuja família e ascendência en­
contramos no livro “Linhares”, do Dr. Mário Linhares
pág. 35. *
Por seu avô materno, bisneto do Tenente-Çoronel
Francisco de Aguiar Valim e de Maria Ribeiro' Bar­
bosa.
Por sua avó materna, bisneto do Desembargador
Dr. Joaquim José Pacheco, antigo e conceituado chefe
do Partido Conservador da província de S. Paulo,
1
#
— 149 —

deputado geral e de Margarida Domeneck, natural de


Montevideo, filha de Don Nicolau Majion Domeneck
Otero e de Joana Maria Garção.
O Desembargador Pacheco e família estão descri­
tos no livro “Salões e Damas do Segundo Reinado’',
por Wanderley Pinho, pág. 224.
Filhos:
3-1 Dr. Arnaldo José Bandeira de Melo
Bacharel em Direito, advogado na Capital Federal.
Aí casou a 29 de outubro de 1945 com Cléa He­
lena Maria Trybom, filha de Arvid Erik Fabian
Tryhom, suéco, e de Maria Gabriela Barbosa Try­
bom ; neta materna do Dr. Plácido Barbosa da
Silva e de Maria Virgínia Carneiro Barbosa da
Silva.
Maria Virgínia era filha do Dr. Virgílio Vidal
Leite Carneiro (de Mar d’Espanha) e de Laura
Calado de Miranda (primeiro casamento desta) ;
neta paterna de Joaquim Januário Carneiro e de
Ana Tereza Vidal Teixeira Leite; neta materna
de Francisco Teixeira de Miranda e de Amélia
Calado.
Laura Calado de Miranda contraiu segundas
núpcias com o Dr. Sancho de Barros Pimentel.
3-2. Cecília Lúcia Bandeira de Melo
Casou no Distrito Federal, na Igreja da Candelá­
ria, no dia 22 de maio de 1943 com o engenheiro
Dr. Gustavo Taylor da Fonseca Costa, filho do
falecido Capitão de Mar e Guerra Caetano Taylor
da Fonseca Costa, nascido a 1 de maio de 1884 e
falecido a 22 de maio de 1937 e de Leonor Ca­
valcanti Pessoa; neto paterno do Dr. Manuel An-
tonio da Fonseca Costa, magistrado, nascido a 9
de junho de 1852 e falecido a 28 de abril de 1907
e de sua mulher Adelaide Matilde Taylor da Fon­
seca Costa, nascida a 4 de janeiro de 1858 e
falecida a 21 de maio de 1918.
Por seu avô paterno o Dr. Gustavo é bisneto
do Marechal João de Souza Fonseca Costa e de
Maria da Penha Pinto de Miranda Montenegro,
agraciados pelo govêrno imperial com o título de.
Visconde e Viscondessa da Penha (Vide, “Santo
Antonio de Lisboa’’, pelo Embaixador Dr. José
— 150

Carlos de Macedo Soares, colaboração genealógi­


ca do Dr. Guerreiro de Castro, pág. 152).
O Visconde da Penha era filho do Marquês
da Gavea e de D. Maria Aniália de Mendonça
Côrte Real, nascida a 11 de fevereiro de 1804 e
falecida a 13 de junho de 1872, gozando sómente
as honras de Baronesa, pois o título de Visconde
foi conferido ao Barão, viuvo, em 1879 e Marquês
em 1888. (Atenciosa carta do Coronel Laurênio
Lago, chamando nossa atenção para o equívoco
constante em “Jordão”, pág. 148, onde escrevemos
Marqueses da Gavea).
A Viscondessa da Penha era filha dos Vis­
condes de Vila Real de Praia Grande.
3-3 Geraldo Afonso Bandeira de Melo
Casou com Maria Luisa de Oliveira Sampaio.
2-2 Maria Lúcia Monteiro de Barros (Marquesa Jean de
Barrai e Monferrat). Casou com o Marquês Jean de
Barrai e Monferrat, nascido em Paris a 21 de abril de
1894, filho de Dominique de Barrai - Monferrat, Con­
de de Barrai e Marquês de Monferrat, casado em 1883
com Maria Francisca de Paranaguá; neto paterno do
Chevallier de Barrai, cidadão francês, Conde de Barrai
e Marquês cie Monferrat, casado a 19 de abril de 1837
com Luisa Margarida Portugal e Barros, Condessa de
Barrai pelo casamento e Condessa de Pedra Branca
por decreto de 16 de dezembro de 1864, filha do Vis­
conde de Pedra Branca, Dr. Domingos Borges de
Barros.
Sôbre a Condessa de Barrai recomendamos a lei­
tura do artigo publicado pelo Sr. Américo Jacobina
Lacombe no “Anuário do Museu Imperial”, 1944, pág.
5 e sôbre o Visconde de Pedra Branca os artigos cons­
tantes na “Revista Brasileira”, 2.° ano, tomo 8.°, págs.
129 e outras, artigos do Sr. Barão de Loreto.
D. Maria Francisca de Paranaguá era filha dos
Marqueses de Paranaguá e neta materna dos Vincon
des de Monte Serrate.
O Marquês de Barrai, bacharel em Direito pela
Universidade de Paris, é representante no Brasil da
“Air Franco”. Oficial da Legião de Honra.
O casal tem duas filhas:
3-1 Jeanne Marie Françoise de Barrai- (Jeanine)
— 151 —

3-2 Monique Marie de Barrai.


1-2 Maria MarcoHna Monteiro de Barros Portela
Casou com o Dr. João Pinto Machado Portela, falecido a
29 de julho de 1937, filho do Conselheiro Manuel do Nas­
cimento Portela e de Joana Pinto Portela, vinculados a
importantes famílias de Pernambuco. Exalou D. Maria
Marcolina seu ultimo suspiro em S. Paulo a 29 de dezem­
bro de 1929, contando 62 anos. Filhos:
2-1 Antonio Augusto Monteiro de Barros Portela
2-2 Manuel do Nascimento Monteiro de Barros Portela
Residem em S. Paulo, proprietários da fazenda Santa
Tereza.
.2-3 Maria Isabel Portela de Melo Franco
Casou com o Dr. João de Melo Franco, filho do Se­
nador Virgílio Martins de Melo Franco, nascido em
Paracatú (Minas) a 29 de agosto de 1839 e falecido
em janeiro de 1923 e de sua mulher Ana Leopoldina
de Melo Franco; neto paterno do Tenente José Ferrei-
ra Martins e de Antonia de Melo Franco; neto mater­
no do Coronel João Crisóstomo Pinto da Fonseca.
Filho único:
3-1 João Virgílio de Melo Franco
1-3 Cecília Rita Monteiro de Barros (Condessa de Légge)
Casou com o cidadão francês, Conde Henry de Légge, fa­
lecido em Londres em março de 1924, deixando o filho
único:
2-1 Roger de Légge
Faleceu em consequência dos ferimentos recebidos du­
rante o cêrco de Arras, no decurso da primeira grande
guerra européia. Solteiro.
1-4 Carlos Augusto Monteiro de Barros
Nasceu em Barra Mansa a 22 de março de 1878 e casou
em S. Paulo a 8 de janeiro de 1900 com Hermínia da Silva
Prado, filha do Conselheiro Antonio da Silva Prado e de-
Maria Catarina da Silva P rado; neta paterna do Dr. Mar-
tinho da Silva Prado casado no Rio de Janeiro a 24 de junho
de 1838 com sua sobrinha Veridiana Valésia da Silva Prado
(filha dos Barões de Iguape) ; neta materna do Dr. Anto­
nio da Costa Pinto e Silva e de Maria de Nazareth (de
Souza Queiroz) Pinto e Silva {“Jordão", pág. 90).
Faleceu em S. Paulo a 16 de maio de 1944, deixando
três filhos:
2-1 Antonio Augusto Monteiro de Barros Neto
Nasceu em S. Paulo a 20 de novembro de 1900.

i
— 152

Comerciante, vice-presidente da Associação Co­


mercial e da Bolsa de Mercadorias. Diretor superin­
tendente da Cia. Agrícola São M artinho; diretor da
Cia. Vidraria Santa Marina; do Cortume Franco-Bra­
sileiro ; da diretória da Empreza “Correio Paulistano”.
Casou em S. Paulo a 8 de setembro de 1923 com
Zuleika de Magalhães, filha do abalisado médico Dr.
Bernardo de* Magalhães, nascido a 20 de julho de 1866
e de sua mulher Maria Elisa Moitinho de Magalhães;
neta paterna do Dr. Custódio Marcelino de Magalhães,
político prestigioso, presidente da província de Goiás,,
casado em S. Paulo a 13 de setembro de 1862 com
Olímpia Rodrigues dos Santos Camargo; neta mater­
na de Domingos Moitinho, português, ,que foi impor­
tante comerciante na praça do Rio de Janeiro e de
Elisa da Silva Pereira.
Por sua avó paterna, D. Zuleika é bisneta de João-
Ribeiro dos Santos Camargo e de Ana Rosa Ribeiro
( Silva Leme, 6-82).
Elisa da Silva Pereira (avó materna de D. Zu­
leika) nasceu a 11 de julho de 1843 e faleceu no Rio-
a 9 de setembro de 1874; era filha do Coronel Miguel
da Silva Pereira, nascido em Pouso Alto, Minas, a 8
de julho de 1817 e falecido a 10 de setembro de 18,77,
lavrador. Coronel da Guarda Nacional, Oficial da O r­
dem da Rosa, casado com Maria Clementina de Ma­
galhães.
Este casal Coronel Miguel-Clementina teve, entre
outros, um filho de nome Miguel da Silva Pereira, nas­
cido a 11 de fevereiro de 1860 que presumimos ser o
afamado médico Dr. Miguel da Silva Pereira. O que
podemos afirmar é que este distinto facultativo e o Dr.
Cesário Pereira, pertenciam a esta família.
O Coronel Miguel era filho de Vicente Pereira T*
da Silva, português, natural de Vila Nova de Gaia,
falecido em Pouso Alto a 24 de agosto de 1829, casado
com Maria José da Conceição Silva, falecida no Rio
de Janeiro a 27 de dezembro de 1851, então casada,
segundas núpcias, com José Pereira da Silva Porto,
sobrinho do primeiro marido.
Vicente Pereira da Silva era pai da Condessa de
Porto Brandão, tio da Baronesa de Pouso Alto, tio
do Barão de Monte Verde, Joaquim Pereira da Silva,
153 —

tio avô da Baronesa de Monte Verde. (Albano da


Silveira, Famílias Titulares de Portugal, 2-324).
Filhos:
3-1 Elisa Teresa Monteiro de Barros
Nasceu em S. Paulo a 21 de março de 1930 e ai
casou no dia 1 de setembro de 1949 com Pierre
Loeb
3-2 Carlos Antonio Monteiro de Barros
Nasceu em S. Paulo a 2 de dezembro de 1938
2-2 Maria Eugênia Prado Monteiro de Barros
Nasceu em S. Paulo a 8 de agosto de 1904. Casou
com o cidadão argentino Nicolas Avelaneda Hijo, de
quem damos a ascendência.
A 6 de dezembro de 1787 nasceu D. Nicolau de
Avelaneda y Tuia, que desempenhou as altas funções
de administrador da Fazenda Real, juiz de primeira
instância, governador de Catamarca e deputado ao
Congresso Constituinte (1826). Casou com D. Salo-
mé Gonçalves e tiveram, entre outros, Marcos Manuel
de Avelaneda.
Nasceu em Buenos Aires, advogado. Transferiu
residência para Tucuman, onde foi jornalista, es­
critor, tribuno, deputado provincial e presidente da
respectiva Câmara. Adversário leal, mas intransigente
do tirano Rosas, pegou em armas contra ele, sendo
aprisionado e entregue por um traidor, quando exercia
o cargo de governador interino, ao General Oribe, um
dos mais sanguinários esbirros do déspota, que massa­
crou impiedosamente o grupo de idealistas, chefes e
cabeças do movimento. Consumou-se o drama de
Metan.
Casou D. Marcos Manuel com D. Dolores da Sil­
va y Zavaleta, filha de D. José Manuel da Silva y
Araoz e de Dona Tomazia de Zavaleta e tiveram Ni­
colas de Avelaneda y Silva, batizado em Tucuman a
2 de outubro de 1837, formado em Leis, professor de
Economia Política na Universidade de Buenos A ires;
deputado; ministro da Justiça; Presidente da Repú­
blica Argentina de 1874 até 12 de outubro de 1880,
quando entregou o poder ao General Rocca.
Casou-se em Buenos Aires a 23 de outubro de
1861 com Dona Carmen Nobregas Miguens, falecida
a 18 de fevereiro de 1889, filha de Don Juan de No-
— 154 — 4

bregas e de Júlia Miguens Balderas. Entre outros,


tiveram:
Nicolas Abraham Avelaneda Nobregas. Nasceu
em Buenos Aires a 9 de outubro de 1870, advogado,
deputado, presidente da Caixa de Amortisação, casado
a 29 de junho de 1898 com Dona Maria Santamarina
Irasusta, falecida a 7 de dezembro de 1922, filha de
Ramon Santamarina Balcarce e de Ana Irasusta. Ti­
veram, alem de outros:
Nicolas Avelaneda Hijo. Nasceu a 1 de abril
de 1900 e casou a 25 de maio de 1928 com Dona Maria
Eugenia Prado Monteiro de Barros.
(Noticias colhidas na “Revista” do Instituto A r­
gentino de Ciências Genealógicas, vol. 2, pág. 106,
artigo de Cornélio Sanches de Oviedo e no vol. 5.°,
artigo de Alfredo Diaz de Medina. Informações do
Sr. Carlos G. Rheingantz).
O casal reside em Buenos Aires, com os filhos:
3-1 Maria Eugenia Monteiro de Barros Avelaneda
Nasceu em S. Paulo a 8 de fevereiro de 1929
3-2 Ana Maria Monteiro de Barros Avelaneda .
Nasceu em S. Paulo a 6 de dezembro de 1931.
2-3 Marcos Antonio Monteiro de Barros
Diretor-gerente da Cia. Usina Vassununga; da Cia.
Agrícola e Pastoril de Goiás; presidente da Associação
dos Usineiros do Estado de S. Paulo. Nasceu em S.
Paulo a 28 de janeiro de 1911 e aí casou com Marina
Gaetana de Aragona, filha do Conde Felice Gaetano
de Aragona e da Condessa, Mariquita Poleti, filha do
opulento industrial (tecidos de seda) Guilherme Po­
leti, italiano. Filhas:
3-1 Maria Eugenia
3-2 Maria Tereza, gemêas, nascidas em S. Paulo a
20 de setembro de 1944.
1-5 Antonio Augusto Monteiro de Barros
Ultimo filho de Antonio Augusto Monteiro de Barros e de
Maria Tereza1, § 3. Nasceu a 16 de dezembro de 1881.
Proprietário da grandiosa usina de açúcar “ Vassunun­
ga” em Santa Rita, uma das maiores do Brasil, remode­
lada em 1949 de acordo com os mais modernos princípios
e ensinamentos da técnica agrícola e industrial. Faz parte
do Conselho Fiscal do Banco do Comércio e Indústria de
S. Paulo. Da Cia. Industrial Paulista de Álcool; da Cia.
Agrícola, Imigração e Colonisação (A.I.C.)
— 155 — ■

Casou cluas vezes. A primeira com Eugênie Brisset,


francesa, nascida a 11 de fevereiro de 1879, filha de Sil-
vain Brisset e de Marie C. O. Brisset. Segunda vez com
Agnés Sinauer, falecida em S. Paulo a 5 de julho de 1945,
norte-americana, tendo residido a maior parte da vida em
França, filha de Hermann Sinauer e de Louise Altenhei-
mc-~ Sinauer.
Sem geração de ambas.

§ 4 — Carlos Monteiro de Barros


Foi batizado pelo Bispo D. Manuel Joaquim Gonçalves de
Andrade a 27 de abril de 1835. Padrinho, o Dr. Carlos Car­
neiro de Campos.
Casou com sua prima Maria Eugenia Monteiro de Barros,
irmã de Maria Tereza, citada no § 3.°, filhas ambas do Comen­
dador Lucas A. Monteiro de Barros e de Cecília de Morais
Monteiro de Barros.
Continuou e seguiu o exemplo de seus irmãos e parentes,
rumou para as terras roxas do Oeste paulista, abrindo a fa­
zenda São Carlos no município de Pirassununga, hoje de Pal­
meiras, fazenda até hoje conservada pelos descendentes.
Infelizmente não pôde gozar durante muito tempo dos fru­
tos de seu labor intenso, faleceu em pleno vigor da vida, no
Rio de Janeiro, a 21 de fevereiro de 1876.
A viuva, tia Eugenia, como era conhecida na família, trans­
feriu residência para a Capital francesa, tencionando ali educar
os filhos; podemos dizer que a maior parte da existência passou
em P a ris; frequentamos em 1901 o seu confortável e luxuoso
apartamento, situado no elegante “quartier de 1’Etoile” na Ave­
nida Hoche, 42.
Atendendo aos relevantes serviços prestados à religião ca­
tólica, a Santa Sé dignou-se agraciá-la com o titulo de Condessa
Monteiro de Barros.
Deixou cinco filhos, enumerados de 1-1 a 1-5:
1-1 Cecília Helena Monteiro de Barros. Baronesa de Nioac.
Nasceu na fazenda Três Poços, município de Barra Man­
sa, Estado do Rio, a 9 de abril de 1866 e faleceu em Monte
Cario, principado de Monaco, Sul da França, a 24 de no­
vembro de 1943.
Casou, na mesma fazenda, a 14 de setembro de 1885
com o Dr. Alfredo da Rocha Faria de Nioac, bacharel em
Direito, nascido em Montevidéo a 4 de dezembro de 1859
156 —

e falecido em Monte Cario a 4 de janeiro de 1942, em


plena guerra mundial, a França ocupada pelas forças ale­
mãs que desconfiavam de todos os brasileiros, filho do Con­
de de Nioac, Manuel Antonio da Rocha Faria e da Vis­
condessa Cecília Braga; neto paterno do Dr. Manuel
Antonio da Rocha Faria e de Luisa Justiniaría de Freitas;
neto materno do Dr. Antonio Rodrigues Fernandes Braga,,
magistrado, presidente da província do Rio Grande do Sul,
senador pela mesma província nomeado por Carta Imperial
de 27 de abril de 1870, falecido a 26 de fevereiro de 1875.
Maiores detalhes sôbre a ascendência do Conde e do Barão-
Alfredo, vide o ‘Nobiliário Sul Riograndense”, do Dr. Má­
rio Teixeira de Carvalho, pág. 159.
Filhos:
2-1 Carlos Eduardo Emanuel da Rocha Faria de Nioac
No livro de registro de nascimentos e casamentos do.
Consulado Brasileiro em Paris, perante o cônsul, An­
tonio Adves Machado de Andrade Carvalho, no dia
28 de julho de 1886, compareceu o Dr. Alfredo de
Nioac, brasileiro, nascido e batizado em Montevidéo,.
residente em Paris no Boulevard Malesherbes n. 88 e
registrou o nascimento deste filho, nascido na vespera,.
27 de julho.
Empregou sua atividade no comércio de café, na
praça de Santos.
Casou em S. Paulo a 14 de setembro de 1915 com
Flora Franco de Lacerda Soares, filha de José de La­
cerda Soares e de Maria Flora Franco de Lacerda.
Soares, falecida (M aria) em S. Paulo a 7 de junho de
1943; neta paterna de João Soares do Amaral, abas­
tado lavrador de café em Araras e Jaboticabal, fale­
cido em S. Paulo a 22 de julho de 1921 aos 78 anos
de idade e de sua mulher Maria da Glória de Lacerda
(filha esta, de José de Lacerda Guimarães, que depois,
de viuvo de Clara Franco foi agraciado com o título
de Barão de A rari) ; neta materna de Bento da Sil­
veira Franco e de Maria Angélica de Barros Franco,,
falecida em S. Paulo a 7 de julho de 1930, com 81
anos. Filhos:
3-1 Cecília Flora da Rocha Faria de Nioac
Nasceu em Paris a 9 de outubro .de 1916. Casou
em S. Paplo na Igreja de Santa Cecília no dia
28 de junho de 1941 (Proclamas no Diário Ofi-
— 157 —

ciai de 25-5-1941 e Registro Civil de Jardim Amé­


rica, liv. 15, fls. 90, assento 2188) com o Dr. Jósio
Tavares Ferreira de Sales, nascido em Manaus
(Amazonas) a 23 de agosto de 1912, filho do Dr.
Eíigênio Ferreira de Sales, nascido no Serro
(Minas) a 16 de agosto de 1878, antigo gover­
nador do Amazonas, além de deputado e sena­
dor federal e de Alice Tavares, nascida em Sa-
randi, município de Juiz de Fora a 7 de agosto
de 1889; neto paterno de João Ferreira de Sales
e de Julieta Ferreira; neto materno de Dr. Ni-
césio José Tavares, deputado e senador estadual
em Minas e de Jovita de Assis, de Barbacena.
O Dr. Jósio bacharel em Direito ocupa hoje
o cargo de secretario da Procuradoria do Distrito
Federal, tendo em 1937 exercido o cargo de oficial
de gabinete do Prefeito. Faz parte da Associa­
ção Brasileira de Imprensa e da Ordem dos
Advogados do Brasil.
Tem quatro filhos:
4-1 Eduardo Nioac de Sales
Nasceu no Rio de Janeiro a 11 de março de
1942
4-2 Efigênio Nioac de Sales
Nasceu no Rio de Janeiro a 26 de outubro
de 1943
4-3 Cecília Nioac de Sales
Nasceu no Rio de Janeiro a 30 de março de
,1945
4-4 Flora Nioac de Sales
Nasceu no Rio de Janeiro a 28 de março de
1949.
3-2 Maria Heloisa da Rocha Faria de Nioac
Nasceu em Lausanne (Suiça) a 24 de janeiro de
1924.
.2-2 Roberto Emanuel da Rocha Faria de Nioac
Nasceu no Rio de Janeiro a 29 de agosto de 1888.
Comerciante de café na praça de Santos; fez parte da
diretória do Banco Brasileiro Sul Americano. Fale­
ceu em S. Paulo a 27 de março de 1946. Casou em
S. Paulo no dia 15 de agosto de 1912 com Zilda de
Magalhães, filha do Dr. Bernardo de Magalhães e de
Elisa Moitinho de Magalhães, já citados no § 3, dêste
•Capitulo.
— 158 —

Seus filhos:
3-1 Roberto Emanuel de Nioac
Nasceu em S. Paulo a 4 de dezembro de 1913.
Comerciante de café na praça de Santos, sócio e
boje sucessor de seu pai. Casou em S. Paulo no
dia 8 de junho de 1944 com Marina Muniz de
Souza, nascida em S. Paulo a 25 de dezembro de
1921, filha de Cássio Muniz de Souza, importan­
te comerciante, e de Alice de Melo Franco; neta
paterna do Dr. Antonio Muniz de Souza, bacharel
direito, deputado estadual, vereador municipal e
de Paulina Reichert Muniz de Souza; neta ma­
terna de José Roberto de Melo Franco e de Fran-
cisca Pereira Gomes de Melo Franco.
O Dr. Antonio Muniz de Souza, nasceu a 5
de abril de 1855 e faleceu a 15 de janeiro dé 1909.
Sua esposa, Paulina Reichert, nasceu em S.
Paulo a 14 de maio de 1861 e faleceu a 22 de de­
zembro de 1937; era filha de um antigo e con­
ceituado médico alemão, Dr. Teodoro Reichert que
clinicou durante muitos anos na Capital, nascido
em Boreck (Breslau) a 22 de dezembro de 1824,
casado a 1 de janeiro de 1859 com Clara Maria
Bueno, da família Cunha Bueno, citada na “Ge­
nealogia” do Dr. Silva Leme 5-154 e em “Olivei­
ras”, 274. José Roberto de Melo Franco era
filho do Dr. José Roberto de Melo Franco e de
Maria do Carmo de Castro O liva; neto paterno
do Dr. em Medicina Justiniano. de Melo Franco,
quem tratamos no Capítuló 51, § 3.°; neto mater­
no do antigo veador da Casa Imperial e Coro­
nel do Exército brasileiro, Carlos Maria de Oliva,
casado com Ana Cândida de Castro Canto e Melo,
filha, esta, dos primeiros Viscondes de Castro.
Francisca P. Gomes de Melo Franco era filha
do Major Francisco Pereira Gomes, do Rio
Grande do Sul. ( “,Jordão”, pág. 155).
3-2 Helena Maria de Nioac
Nasceu em S. Paulo a 30 de abril de 1915 e casou
a 5 de julho de 1934 com Francisco Luiz da
Cunha Bueno, nascido em S. Paulo a 6 de maio
de 1911, filho de Francisco da Cunha Bueno e de
Maria de Andrade Coutinho; neto paterno do
Coronel Joaquim da Cunha Bueno e de Maria

3 ’ t
/
•» VVvin %
— 159 —

Francisca da Cunha Bueno; neto materno do Co­


ronel Francisco de Andrade Coutinho, abastado
lavrador de café e comerciante em Santos e de
Alzira Ferreira de Camargo Andrade. Tem dois
filhos:
4-1 Zilda Maria de Nioac da Cunha Bueno. Nas­
ceu em S. Paulo a 6 de dezembro de 1935
4-2 Francisco da Cunha Bueno Neto. Nasceu
em S. Paulo a 19 de janeiro de 1938.
2-3 Castão de Nioac
Nasceu em Paris a 18 de abril de 1894 e faleceu em
Leysin Suiça, a 24 de maio de 1911.
1-2 Maria Eugenia Monteiro de Barros.
No livro “Jordão” inscrevemo-la com o título de Viscon­
dessa de Nioac. O Dr. Carlos G. Rheingatz, ilustrado ge­
nealogista, garantiu que seu marido fôra agraciado pela
Santa Sé com o título de Conde, pelo que devemos dar-lhe
a graduação de Condessa de Nioac. Conhecida na família
pelo diminutivo “Genoca”. Nasceu na fazenda Três Poços
a 20 de dezembro de 1867 e faleceu em Espynai-sur-Seine,
Seine, França a 9 de julho de 1944. Casou em Paris a
28 de julho de 1887 com Alberto da Rocha Faria de Nioac,
agraciado pela Santa Sé com o título de Conde Alberto de
Nioac, filho de Manuel Antonio da Rocha Faria, Conde
de Nioac (pelo governo imperial) e de Cecília Fernandes
Braga, Viscondessa de Nioac e irmão do Barão Alfredo
supra mencionado no num. 1-1. Nasceu o Conde Alberto
de Nioac em Montevidéo a 3 de dezembro de 1864 e fale­
ceu em Paris a 24 de novembro de 1947. Seus filhos:
2-1 Maria Cecília de Nioac
Nasceu em Paris em 1888 e faleceu no Rio de Janeiro,
viuva, a 10 de março de 1941. Casou em Paris a 18
de novembro de 1909 com o Dr. em Direito, Hans
Albrecht Segesser von Brunegg, cidadão suiço, nasci­
do em Lucerna a 21 de maio de 1877, diplomata, ten­
do exercido o cargo, entre outros, de Ministro Pleni­
potenciário na Polonia e na Checo-Slovacjuia, filho de
Viktor Segesser von Brunegg, nascido em Lucerna a
19 de agosto de 1843 e falecido no Castelo Andreas,
Cham, a 30 de novembro de 1900, Coronel Divisioná­
rio do exercito suiço e comandante da fortaleza de
São Gotardo" e de Margarida Criveli: neto paterno de
Henri Segesser von Brunegg e de Maria Madalena
von Sury. (Informações recebidas do Sr. J. P. Zwi-
— 160 — ■

cky von Gauen, do Instituto Genealógico J. P. Zwi-


cky, Zurich, Suiça).
Filho único:
3-1 Hans Arnold, Barão Segesser von Brunegg.
Nasceu em Berne, Suiça, a 25 de fevereiro de
1911 e faleceu no Rio de Janeiro a 19 de julho de
1937. Solteiro.
2-2 Isabel Maria Tereza de Nioac, Baronesa de Flaghac.
Nasceu em Paris a 21 de maio de 1892. Casou em
Paris (Saint Honoré d’Eylau) a 9 de abril de 1912
com Jean Robert Marie Lenormand, Baron de Flaghac,
nascido em Angers, Maine-et-Loire, França, a 6 de
novembro de 1877, filho de Robert Joseph Marie Le­
normand, Baron de Flaghac e de Marie Guillaumette
Alexandrine Renault.
Filho único:
3-1 Robert jean François Marie Lenormand, Baron
de Flaghac.
Nasceu em Paris a 10 de abril de 1913. Casou
em S. Paulo a 19 de novembro de 1943 com Marie
Madeleine Sasvardi Egresi de Egressy, nascida
em Buda Pesth, Hungria, a 12 de novembro de
1913, filha de Desiré Louis Sasvardi Egresi de
Egressy e de Amelie Marie Therese von Freyber.
F ilha:
4-1 Isabelle Monique Marie Therese Lenormand
de Flaghac.
Nasceu em Belo ITorizonte, Minas, a 27
de março de 1946.
1-3 Conde Carlos Monteiro de Barros
Agraciado pela Santa Sé.
Casou em França com Olga de Rio Negro, nascida em
1873 e falecida em 1915, filha de Manuel Gomes de Car­
valho, nascido em Barra Mansa a 27 de abril de 1836 e
falecido em Paris a 27 de dezembro de 1898 e de Emilia
Teixeira Leite de Carvalho, nascida em 1840 e falecida na
Capital Federal a 21 de janeiro de 1927, agraciados pelo
governo imperial, por decreto de 15 de maio de 1867 com
o título de Barões de Rio Negro; neta paterna dos pri­
meiros Barões de Am paro; neta materna do Comendador
Francisco José Teixeira e Souza e de Maria Gabriela Tei­
xeira Leite, filha, esta, dos Barões de Itambé (Revista do
Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. 38, pág.
176, artigo do Dr. Afonso de E. Taunay). Filha única:
— 161 —

2-1 Alice Marie Monteiro de Barros


Casou com o cidadão argentino Júlio de Castro Bustos
e tem um filho :
3-1 Jean Michel.
1-4 Maria Elisa Monteiro de Barros (Viscondessa de La Tour).
Nasceu aos 26 de agosto de 1870 na fazenda Três Poços,
Barra Mansa e foi batizada na paróquia do Espírito Santo
na cidade do Rio de Janeiro, sendo padrinhos o Comen­
dador Raimundo B. de Oliveira Roxo e a avó paterna
Maria Marcolina Prado Monteiro de Barros. Faleceu em
Paris a 15 de março de 1931.
Casou em Paris no ano de 1889 com Ernest Jules
Henri, Visconde de La Tour, diplomata francês, nascido
em 1861 e falecido a 7 de agosto de 1931, filho de Jerôme
Xavier, Conde de La Tour (1831-1894), antigo prefeito
do Império francês e de Paulina, Condessa de La Tour
(1839-1869); neto paterno de Jean Baptiste de La Tour,
da Guarda Pessoal (Garde du Corps) do Rei Luiz X V III,
morto gloríosamente na conquista da Algéria na qualidade
de Capitão dos reais exercitos, casado em 1829, com Hen-
riette Vouzeau de Revigny (1809-1889), filha de Henri
Vouzeau de Revigny e de Jeanne, uma das ultimas des­
cendentes dos d’Arbigny, do ultimo Marquês d’Ambly, na
Lorena, uma das tradicionais famílias da região que fazia
parte dos “Les Grands Chevaux”, de Lorena; neto ma­
terno do Barão e da Baronesa de Grúneck (nascida de
Blaas).
Ingressando na diplomacia francesa, na “Carrière”,
exerceu sucessivamente os cargos de secretário, Conselhei­
ro de Embaixada e Ministro Plenipotenciário, nos seguintes
lugares: Roma, Rio de Janeiro, Buenos Aires, Copenhague,
Stockolm, São Petersburgo, Madrid, México, Bucarest,
Munich, Lisboa e La Paz.
Oficial da Legião de Honra, Gran Cruz da Ordem de
Nicham Iftikar, Grande Oficial da Ordem de Isabel a Ca­
tólica, Comendador das Ordens de Carlos III d’Espanha,
da Corôa de Rumania, de São Miguel da Rússia, Oficial
da Ordem do Salvador da Grécia, da Ordem da Rosa do
Brasil, da Ordem Real de Danebrog, da Corôa da Itália
etc.
Depois de aposentado consagrou sua atividade às letras
e à sociologia. Escreveu, entre outros, “Le Sentiment
Français”, com prefácio de Fernand Laudet, do Instituto
de França, edição J. Peyronnet, 1928 e “L ít Plume et
r - : ■' 1 3

— 162 —

l'Épce”, 1929, edição Peyronnet, prefaciado pelo Conde de


Saint-Aulaire, Embaixador de França.
O Visconde Ernest de La Tour era irmão do General
Conde de La Tour, antigo Comandante da Escola de
Guerra e comandante da 5.a Divisão de Cavalaria durante
a guerra de 1914-1918, Governador de Luxemburgo em
1919, Cavaleiro da Legião de Honra, falecido em conse­
quência de ferimentos recebidos durante a guerra.
Do casamento de Maria Elisa Monteiro de Barros com
Ernest, Visconde de La Tour, nasceram além de René, (a
10 de março de 1891), falecido em Buenos Aires, contan­
do três meses, mais os seguintes:
2-1 Xavier Ernest Emanuel, Visconde de La Tour
Doutor em Direito, diplomado também pela Escola
Livre de Ciências Morais e Políticas. Cavaleiro da
Legião de H onra; Cruz de Guerra com 6 citações.
Partindo para a guerra de 1914 como simples
soldado, conquistou sucessivamente os galões de cabo,
sargento, aspirante, 2.° Tenente e l.° Tenente. Foi
ferido três vezes, em Artois, em Verdun e na região
de Champagne. Citado cinco vezes em .Ordem do
Dia, obteve a Cruz de Cavaleiro da Legião de Honra
pela brilhante conduta diante do inimigo. Decorridos
vinte e um anos, teve a França de chamar de novo
seus filhos para segunda sanguinolenta tragédia. Con­
vocado, apresentou-se e seguiu para os campos de ba­
talha com a graduação de Capitão, na Lorena e obteve
nova citação (a 6.a) pela enérgica atitude debaixo de
mortíferos bombardeios.
Xavier de La Tour teve como padrinho de ba­
tismo, o Conde de Nioac que em 1854, durante o cêrco
de Sebastopol, Criméa, foi o camarada companheiro
de trincheira de seu avô paterno Jerome Xavier e do
qual tornou-se amigo durante toda a existência, ami­
zade que mais tarde extendeu-se às respectivas famílias
La Tour e Nioac.
Casou em Paris com Odette Madeleine Faure,
filha de Pierre Faure, Cavaleiro da Legião de Honra,
e da Senhora Faure, nascida Jeanne Peyras. Tem
três filhas:
3-1 Ghislaine Thérèse Marie Elise Jéanne de Chantal
3-2 Florence Marie Odette Beatrice
3-3 Alyette Martine Françoise de La Tour
— 163 —

2-2 Beatriz Cecile Jeanne de La Tour


Casou com Álvaro de Toledo Bandeira de Melo, íí11k>
do Desembargador Dr. Ernesto Júlio Bandeira de
Melo e Senhora, irmão d© Dr. Afonso supra citado,
cuja ascendência consta no § 3 dêste Capítulo. Filhos :
3-1 Álvaro José Bandeira de Melo
Batizado em São Paulo a 22 de novembro de
1933, teve como padrinho seu tio Afonso e madri­
nha sua tia Solange de La Tour de Souza Bastos.
3-2 Esteia Maria Bandeira de Melo.
2-3 Solange Marie Eugênie de La Tour.
Serviu como enfermeira voluntária no fim da primeira
grande guerra obtendo a medalha comemorativa.
Casou com o Dr. Antonio de Souza Bastos, filho
de Joaquim Lopes Bastos, fazendeiro em Santarém, Pará
e proprietário de vastos seringais e de Antonia da Silva
e Souza.
O Dr. Antonio F. de Souza Bastos nasceu em
Santarém, Pará, e formou-se em Direito na Faculdade
do Recife. Deputado Estadual, foi eleito l.° secretá­
rio da Câmara; Deputado Federal desde 1900 até 1913,
ocupou o lugar de 2.° secretário da Câmara e Membro
da Comissão de Diplomacia e Tratados. Vice-Consul
em fevereiro de 1916; auxiliar do Gabinete do Mi­
nistro Dr. Azevedo Marques ;Consul de l.a classe em
1924, Cônsul Geral do Brasil em França, Inglaterra,
Bélgica. Tem um irmão, Dr. A rtur Guimarães Bastos,
diplomata, tendo acompanhado o General Góes Mon­
teiro em missão no Uruguai, e um sobrinho, Dr. Otávio
Meira que além de proveto advogado, foi governador
do Estado do Pará.
Sem geração.
1-5 Maria da Luz Monteiro de Barros. Condessa de Montbron.
Casou em Paris a 5 de março de 1903 com o cidadão
francês, oficial do 15.° Regimento de Dragões do exército
francês, Visconde e mais tarde, Conde de Montbron, fa­
lecido em França a 16 de dezembro de 1929, filho do Conde
de Montbron e da Condessa, nascida de Meloises - Fresnoy.
O Conde de Montbron tomou parte ativa e combateu
no front durante a primeira grande guerra européia de
1914 a 1918; depois foi eleito Conselheiro Geral de 1919
data em que deixou as armas até 1929.
A , Condessa, D. Maria da Luz, depois de viuva, re­
164

sidiu em seu castelo de Buzay, par la Jarne, Charente In-


ferieure. Faleceu a 8 de junho de 1938, deixando
2-1 Marthe Cecile de Montbron
Casou com seu primo Conde Guy de Montbron, filho
de Adrien de Montbron e de Marie Antoinette de
Marcellus.
Filhos:
3-1 Bernard de Montbron. Licencié ex-Letres. En­
trou para a Ordem religiosa dos Marianistas.
3-2 Alexandre de Montbron
3-3 Claude de Montbron
3-4 Maxime de Montbron
3-5 Didier de Montbron.
2-2 Josy de Montbron. Atual Conde de Montbron.
Casou em Paris, na Chapelle St. Louis des Invalides,
a 29 de abril, de 1933, com Madeleine Condé, filha
do General d’Armeé Condé, General de Divisão na
guerra de 1939 e de sua mulher Fany Euchêne. Filhos •
3-1 Patric
3-2 Diane.
2-3 Jaqueline de Montbron. Condessa de Leusse.
Casou a 25 de setembro de 1941 em Buzay, com o
Conde Jean de Leusse, grande industrial de tecidos em
Lion, filho do Marquês de Leusse, Chevalier de la
Legion d’Honneur, Croix de Guerre (1914-1919) e
de Gwendoline de Bastard. A família de Leusse tem
origens remotas na Savoia com ramificações em Fran­
ça e na Itália. Os dois irmãos do Conde Jean de Leus­
se deram a vida em prol da civilisação e da democra­
cia, sendo um, oficial de marinha, sacrificado no
célebre combate de Mars-el-Kebir, desembarque das
forças aliadas em Tunis. Tem um filho:
3-1 François de Leusse.
Nasceu a 24 de abril de 1942.

§ 5 — Elisa Monteiro de Barros


Nasceu a 22 de outubro de 1836 e foi batizada a 24 de de­
zembro do mesmo ano pelo Excelentíssimo Sr. Bispo Eleito, Dr.
Antonio Maria de Moura. Padrinhos, Antonio da Silva Pra­
do e Ana Vicência Rodrigues Jordão.
Casou em São Paulo no dia 23 de abril de 1854, com o Dr.
Francisco da Costa Carvalho, notável jurisconsulto, advogado
•em Campinas e de quem foi a primeira esposa.
Pouco tempo esteve casada; faleceu sem deixar filhos.
— 165 —

N O TA -—■ Surgindo o nome Costa Carvalho, oferece-nos


oportunidade para corrigir um equívoco vindo a lume à pág.
90 do livro “Jordão”, equívoco proveniente de informações
verbais, sempre perigosas e incertas. Fica sem efeito o que ali
está escrito e vamos retificar de acordo com informações se­
guras fornecidas por douto genealogista.
Jacinto da Costa Carvalho, residente na cidade de São Sal­
vador da Bahia, casado com Angélica Maria dos Passos, teve,
entre outros, um filho:
1) João da Costa Carvalho. Casou na mesma cidade a 2 de
setembro de 1822 com Maria Rosa do Amor Divino Silva
Bastos, filha de Manuel Silva Bastos 'e Rosa Maria da Boa
Hora.
Êste casal teve, pelo menos, quatro filhos:
a) Alferes João Rodrigues da Costa Carvalho, casado com
Maria da Silveira Pinto Bulhões Costa. É antepessa-
do do Dr. Afrodísio Vidigal.
b.) Jurisconsulto Dr. Francisco da Costa Carvalho, casa­
do em primeiras núpcias com Elisa, do texto, e em se­
gunda com Carolina Alves Lima, tendo com esta nu­
merosa prole hoje espalhada pelo Estado; entre seus
filhos contamos o Dr. Francisco da Costa Carvalho,
deputado estadual, chefe de polícia, sócio fundador do
Instituto Histórico de S. Paulo.
c) Dr. Eulálio da Costa Carvalho, médico; foi casado com
Amélia Benvinda de Almeida e Costa. Progenitores
do Dr. Álvaro da Costa Carvalho ;de D. Luisa Ben­
vinda, casada com o primo Dr. Afrodisio Vidigal, que
por sua vez são pais dos Drs. Gastão, Alcides, Cícero,
Cassio, Álvaro e das Senhoras Elisa, Amélia, Dulce.
d) D. Maria Amália da Costa Carvalho, casada com o
abalisado médico Dr. Luiz Lopes Batista dos Anjos,
ascendentes de outro Dr. Luiz Lopes, pai do nosso
colega e amigo Dr. L. Câmara Lopes; de D. Amália,
casada com o Dr. Pedro Vicente de Azevedo, eminente
político brasileiro, avô do Prof. Dr. Búeno de Azeve­
do Filho.
Parece que João da Costa Carvalho (l.° ) teve um irmão,
José da Costa Carvalho, patrão mor da barra da Bahia, casado
com Maria Inês da Piedade, progenitores do Marquês de Monte
Alegre. Os descendentes daquele informaram ao autor, que são
parentes do Marquês. Não pudemos estabelecer a ligação.
Quanto a Francisco da Costa Carvalho, citado no fim da
pág. 90, de “Jordão”, podemos garantir que casou com Rita de
— 166

São José, que Albano da Silv.a, “Famílias Titulares", 2-401, de­


nomina Rita de São José Pinto, porque encontramos no livro
de casamentos da Igreja da Candelária, Rio de Janeiro, livro
n. 9, fls. 79, o casamento de Antonio da Costa Pinto e Silva (l.°J
— filho de Francisco da Costa Carvalho e de Rita de São José
— com Maria Cândida Novaes e Silva.
Êste Antonio da Costa Pinto e Silva (l.° ), português, foi
o pai do Conselheiro Dr. Antonio da Costa Pinto e Silva (1826-
1887), o qual foi sogro do Conselheiro Dr. Antonio da Silva
Prado.
Não pudemos apurar o grau de parentesco dêstes com os
Costa Carvalho acima referidos, muito embora todos se conside­
rem parentes.

, § 6 — Teresa Monteiro de Barros


Morreu afogada, quando tomava banhos de mar na praia
de São Vicente. Solteira.

§ 7 — Dr. Elói Monteiro de Barros


Nasceu em São Paulo a 1 de dezembro de 1840 e foi bati­
zado em casa dos pais no dia 5 de janeiro de 1841. Padrinhos,
o Senador Antonio Augusto Monteiro de Barros e Virginia
Amália de Campos Monteiro de Barros.
Matriculou-se no primeiro ano da Faculdade de Direito de
São Paulo sob n.° 27, no ano de 1859, adotando o nome de Elói
Vitor Monteiro de Barros. _Formou-se e faleceu logo depois,
solteiro.

§ 8 — Tenente-Coronel Inácio Gabriel Monteiro de Barros


Nasceu em S. Paulo a 6 de dezembro de 1842, como faz
prova a certidão que nos foi exibida. “INÁCIO. Aos dois de
março de mil oitocentos e quarenta e três em casa do Capitão-
Mór Eleutério da Silva Prado, por despacho do Reverendo Se­
nhor Vigário Geral Lourenço Justiniano Ferreira ,o Reverendo
Doutor Anacleto José Ribeiro Coutinho batisou e pôs os Santos
Oleos a Inácio nascido a 6 de dezembro proximo passado, filho
legitimo do Desembargador Rodrigo Antonio Monteiro de Bar­
ros e Dona Maria Marcolina Monteiro P rado ; neto pela parte
paterna do Excelentíssimo Visconde de Congonhas do Campo,
Lucás Antonio Monteiro de Barros e sua mulher Dona Maria
Tereza, já falecida e neto pela parte materna do dito Capitão-
Mór Eleutério da Silva Prado e sua mulher Dona Ana Vicência


— 167 —

Rodrigues de Almeida; foram padrinhos Inácio Gabriel Mon­


teiro de Barros c sua mulher Alda Romana de Oliveira Montei­
ro de Barros, por procuração que apresentou os avós maternos
do inocente Inácio, todos desta freguezia excepto os padrinhos.
E para constar faço o presente que assino. O Cura, Manuel
da Costa Almeida.”
Tomou rumo do sertão e como já dissemos, abriu a fa­
zenda Santa Eugenia no município de Santa Cruz das Pal­
meiras (hoje Palmeiras tout court) desmembrada de Pirassu-
nunga. Chefe político de real prestígio; Tenente-Coronel da
Guarda Nacional.
Casou com Rita Gomes de^ Morais, filha do Capitão Anto-
nio Gonçalves de Morais, o célebre Mata Gente, que nunca
matou ninguém, pois residiu a maior parte da vida na Europa
e de Rosa Luisa Gomes; neta paterna de José Gonçalves de
Morais (1776-1859) e de Cecília Pimenta de Almeida (1782-
1866) agraciados por decreto de 18 de julho de 1841 com o tí­
tulo de Barão e Baronesa de Pirai; neta materna de José Luiz
Gomes e de sua segunda esposa Maria Rosa da Silva.
José Luiz Gomes nasceu em Pirai no ano de 1791 e fale­
ceu, viuvo, a 30 de janeiro de 1855. Dois meses antes do fa­
lecimento recebeu as honras de Barão de Mambucaba, decreto
de 2 de dezembro de 1854. Informou um de seus descenden­
tes, o Dr. Geraldo M. Cardoso de Melo, que não existiu a Ba­
ronesa de Mambucaba; ao receber o título, José Luiz Gomes
era viuvo.
O Tenente-Coronel Inácio Gabriel faleceu em S. Paulo a
18 de novembro de 1904, havendo de seu casamento oito filhos,
que serão mencionados de 1-1 a 1-8:
1-1 Sebastião Monteiro de Barros
Casou em Barretos com Catarina de Souza, filha de Izaias
de Souza e de Catarina de Jesus Souza. Faleceu em S.
Paulo em 1931, deixando 12 filhos que serão citados sem
atender à ordem de nascimento, que desconhecemos:
2-1 José Monteiro de Barros
Nasceu em Barretos a 2 de outubro de 1915, mas re­
gistrado no distrito de Paz do Ipiranga, Capital, liv
18, fls. 55. Trabalhou no escritório de uma fábrica
de tecidos no bairro. Casou no mesmo distrito no
dia 31 de dezembro de 1938 com Libânia Elias, nas­
cida em S. Paulo a 1 de janeiro de 1911, filha de Fe­
lipe Elias e de Maria Francisco, sírio libaneses. Fa-
laceu a 19 de junho de 1943, havendo o filho único:
3-1 Ivanil Monteiro de Barros.
- 168 —

2-2 Sebastião Monteiro de Barros f


Casou com Maria Marques. Reside em Barretos,, *

com geração.
2-3 Eduardo Monteiro de Barros
Nasceu em Palmeiras a 9 de junho de 1908, mas foi
registrado no distrito do Ipiranga, Capital, com o no­
me de Amador.
2-4 João Monteiro de Barros. Casou em Barretos com;
Inêz Castagnari, de família italiana, tendo:
3-1 Maria Aparecida Monteiro de Barros
3-2 Esaú Ubirajara Monteiro de Barros
3-3 Sebastião Monteiro de Barros
3-4 Paulo Monteiro de Barros
3-5 João Monteiro de Barros.
2-5 Elpídio Monteiro de Barros
Nasceu em Pra'dópolis a 6 de maio de 1906. Casou
em S. Paulo (Santa Cecília) no dia 29 de junho de
1937 com Alzira Pires, nascida em Pirassununga a
28 de junho de 1914, filha de Luiz Antonio Pires e
de Joaquina do Rosário Pires, portuguêsa. Tem seis.
filhos:
3-1 Luiz Monteiro de Barros
3-2 Armando Monteiro de Barros
3-3 Romeu Monteiro de Barros
3-4 Cecília Monteiro de Barros
3-5 Jonas Monteiro de Barros
3-6 Herotildes Monteiro de Barros.
2-6 Eduardo Monteiro de Barros
Casou com Margarida Macchia, filha de Pascoal Mac-
chia, italiano. Tem:
3-1 Zoé Monteiro de Barros
3-2 Laertes Monteiro de Barros.
2-7 Evanól Monteiro de Barros
2-8 Maria Monteiro de Barros
Casou com João de Queiroz, tendo sete filhas e um-
filho :
3-1 Luisa Monteiro de Barros de Queiroz
3-2 Beleniza Monteiro de Barros de Queiroz
3-3 Mariana Monteiro de Barros de Queiroz
3-4 Francisca de Assis Monteiro de Barros de Queiroz.
3-5 Gueda Monteiro de Barros de Queiroz
3-6 Antonia Monteiro de Barros de Queiroz
3-7 Paula Monteiro de Barros de Queiroz
3-8 José Monteiro de Barros de Queiroz
— 169

2-9 Pedro Monteiro de Barros


2-10 Hermínia Monteiro de Barros
Casou com Guilherme Wulger, de origem alemã.
2-llA ntonio Monteiro de Barros
2-12 Madalena Monteiro de Barros.
Nasceu em Barretos a 24 de maio de 1919 e casou em
S. Paulo (Ipiranga) a 20 de dezembro de 1945 com
Fernando Alves da Cunha, nascido em Descalvado a
6 de maio de 1917, filho de Manuel Alves da Cunha,,
português e de Hercília Sabaducci da Cunha, italiana.
Tem uma filha:
3-1 Margarida
1-2 Pedro Monteiro de Barros
Segundo filho do Tenente-Coronel Inácio Gabriel. Casou
com Guilhermina Farani de Morais, filha de Joaquim Gon­
çalves de Morais e de Ana F aran i; neta paterna do Co­
mendador Antonio Gonçalves de Morais e de Rosa Luisa
Gomes de M orais; neta materna do Comendador Domingos
Farani, falecido em Barra do Pirai a 2 de agosto de 1896.
Por seu avô paterno, D. Guilhermina é bisneta dos
Barões de Pirai.
Por sua avó paterna, bisneta do Barão de Mambucaba
e de Maria Rosa da Silva, que, como já dissemos, não des­
frutou as honras de Baronesa por ter falecido antes da
concessão do título.
Aproveitamos a oportunidade para corrigir o que es­
crevemos em “Jordão” pág. 162 (1-2). Depois de publi­
cado o livro pudemor ler no jornal “Gazeta de Noticias"
do Rio de Janeiro, edição de 1-8-1897, o convite para a
missa do primeiro aniversário do falecimento do Comen­
dador Domingos Farani, mandada celebrar por Joaquim
Gonçalves de Morais, Franklin Farani de Morais e Gui­
lhermina Farani Monteiro de Barros, genro, filho e neta
do Comendador.
Quatro meses depois de casado seguiu Pedro para o
Rio de Janeiro e lá contraiu o terrível germe da febre ama­
rela. Regressou para Barra Mansa e aí faleceu a 13 de
fevereiro de 1894, sem deixar filhos.
1-3 Inácio Gabriel Monteiro de Barros (Inacinho)
Casou com a mesma Guilhermina, viuva de seu irmão Pedro
(1-2). Faleceu em S. Paulo a 20 de junho de 1944, dei­
xando :
2-1 Pedro Monteiro de Barros
Nasceu em Palmeiras a 3 de agosto de 1902. Casou
em S.- Paulo (Consolação) no dia 7 de maio de 1925
com Adelína Neceriti, nascida em S. Paulo a 27 de
março de 1902, filha de Salvador Neceriti e de Amélia
Concetta Neceriti, italianos. Tem:
3-1 Luiz Augusto Monteiro de Barros
3-2 Roberto Augusto Monteiro de Barros. Casou
com Anina Scarpeli, filha de Domingos Scarpeli
e de Josefina Scarpeli.
3-3 Maria Tereza Monteiro de Barros
Casou em S. Paulo a 31 de julho de 1947 com
Durval Campos, filho de outro Durval de Olivei­
ra Campos e de Acidália de Miranda Campos.
2-2 Haydée Monteiro de Barros
Nasceu em Barra do Pirai a 23 de julho de 1908 e
casou em S. Paulo (Consolação) com Alberto Schroe-
der, nascido na mesma cidade a 7 de dezembro de 1905,
filho de Gustavo Schroeder e de Ana Siegel Schroe-
der, alemães. Tem:
3-1 Inah Monteiro de Barros Schroeder.
1-4 Fábio Monteiro de Barros
1-5 Maria da Luz Monteiro de Barros
Casou com o Dr. Adolfo Júlio da Silva Melo, antigo ma­
gistrado no Estado de S. Paulo, falecido no Rio de Ja­
neiro, aposentado, depois de servir em Palmeiras, Guara-
tinguetá e em uma das Varas criminais da Capital, filho
de Fernando da Silva Melo e de Aluísia de Albuquerque
Cavalcanti, falecida na Capital Federal a 15 de outubro
de 1931, contando 92 anos de idade, ambos de conceituadas
famílias de Pernambuco. O Dr. Adolfo Júlio morreu em
maio de 1947, havendo:
2-1 Lais da Silva Melo
Nasceu em Palmeiras a 4 de março de 1905 e casou
em S. Paulo (Perdizes) no dia 8 de fevereiro de 1934
com o Dr. Flávio de Araújo, bacharel em Direito,
nascido em S. Paulo a 27 de abril de 1904, filho do
Dr. Luiz de Araújo, antigo secretário do Tribunal
de Justiça, casado a 5 de novembro de 1891 com Laura
Milliet (S. L. 7-22) ; neto paterno do Tenente-Coronel
Fortunato Pereira de Araújo; neto materno de Afon­
so Augusto Roberto Milliet e de Maria Carolina Lou-
zada Milliet. Filhos:
3-1 Adolfo Flávio
3-2 Sérgio Luiz
171 —

2-2 Jeni Helena da Silva Melo


Nasceu em Guaratinguetá a 9 de março de 1907 e
casou em S. Paulo (Perdizes) no dia 23 de fevereiro
de 1933 com o Dr. Henrique Carlos Coelho da Rocha,
engenheiro, residente no Distrito Federal, onde nas­
ceu a 19 de setembro de 1897, filho do Comandante
Alberto Frederico da Rocha, oficial de marinha re­
formado e de- sua mulher Dagmar Coelho da Rocha:
neto materno de José Manuel Coelho da Rocha e de
Rosa Gomes de Morais, a qual era filha do já referido
Comendador Antonio Gonçalves de Morais e de Rosa
Luisa Gomes, filha, esta, do Barão de Mambucaba e
ele dos Barões de Pirai. Filhos:
3-1 Luiz Henrique
3-2 Maria Dagmar
3-3 José Roberto
3-4 Antonio Carlos.
2-3 Dr. Adolfo Júlio da Silva Melo
Engenheiro, diplomado pela Escola Politécnica de S.
Paulo.
Nasceu nesta cidade a 6 de dezembro de 1911. Casou
(Jardim América) no dia 6 de dezembro de 1943 (o
religioso no dia 9) com Esteia de Cerqueira Cesar,
nascida em S. Paulo a 11 de novembro de 1923, filha
de José Alves de Cerqueira Cesar Neto e de Mercedes
Sales de Cerqueira Cesar; neta paterna de Júlio de
Cerqueira Cesar e de Anésia Costa de Cerqueira Cesar;
neta materna do Dr. Joaquim de Sales, engenheiro
formado nos Estados Unidos na Universidade de Troy,
N.Y. falecido a 16 de março de 1934 e de Adelina
Nogueira (S.L., 8-158).
Por seu avô paterno D. M. Esteia é bisneta do
Dr. José Alves de Cerqueira Cesar, vulto de magno
relêvo e de excepcional prestígio no Estado de São
Paulo, propagandista da República, secretário mais
tarde da Comissão Permanente do Partido Republi­
cano, inspetor do Tesouro, duas vezes vice-presidente
do Estado, tendo assumido a presidência após a queda
do Dr. Américo Brasiliense, senador estadual, presi­
dente do Senado, casado em Campinas a 6 de dezem­
bro de 1860 com Maria do Carmo Sales (S.L. 3-207 ).
Por sua avó paterna, bisneta do Dr. Antonio José
• da Costa Júnior, antigo deputado federal, importante
lavrador de café no Norte do Paraná e de sua mulher
— 172 —

Ana Inácia de Macedo Costa, falecida em S. Paulo--


a 18 de maio de 1924.
2-4 Maria Aulícia da Silva Melo
Casou com o oficial do exército americano, Dan Har-
rison e tem uma filha:
3-1 Marina Hedley
2-5 Dr. José Jofre da Silva Melo
Engenheiro formado na Escola Politécnica de São-
Paulo. Casou na cidade de Fortaleza, Ceará, no dia
27 de novembro de 1941, na Igreja do Pequeno-Gran­
de, com Maria de Lourdes Fernandes Ramos, filha
de Hildebrando Valente Ramos. Tem:
3-1 Vera Maria
3-2 Cecília
1-6 Antonia Monteiro de Barros
Casou em S. Paulo no dia 31 de dezembro de 1892 com
Armando_ Pontes, fazendeiro, falecido a 14 de julho de
1904, filho de Luiz Antonio Pontes Barbosa (Lulú de
Pontes) abastado lavrador em Campinas e em Pirassunun-
ga, falecido a 31 de julho de 1899 com 58 anos, e de sua
mulher, Maria Amélia de Camargo Andrade. Filhos:
2-1 Maria Aparecida Pontes
Normalista. Casou com Bento Pires Ribeiro e tem :
3-1 Bento Eduardo
2-2 Maria da Penha Monteiro de Barros Pontes
Alta funcionária, chefe de seção, no Banco Comercial
do Estado de S. Paulo.
2-3 Olga Monteiro de Barros Pontes
Casou em São Paulo a 24 de abril de 1924 com o Dr.
Pedro de França Pinto, engenheiro, filho do Coronel
Pedro de França Pinto e de Francisca Peres de Fran­
ça Pinto.
O Coronel Pedro de França Pinto nascido em
S. Paulo a 29 de junho de 1867, gozou de merecido
prestígio político e partidário em todo o município da
Capital e pertenceu à alta administração da Comp..
Antartica Paulista. Faleceu, repentinamenie, .10 fim
de um banquete que seus amigos políticos lhe ofere­
ciam nos salões do Trianon, no dia 18 de maio de 1924.
Era filho de José Luiz de França Pinto, português,
e de Maria Isabel Bressane de França Pinto.
Sus esposa D. Francisca Peres de França Pinto,
falecida em S. Paulo a 26 de dezembro de 1942, Sta
filha do Capitão Lino Gonçalves Peres, o qual depois.
— 173

de atravessar todos os postos do Tesouro paulista ao


qual serviu durante 38 anos, foi aposentado por de­
creto de 2 de janeiro de 1897, no cargo de diretor:
nasceu em S. Paulo a 27 de setembro de 1840 e aí fale­
ceu a 14 de agosto de 1926; filho de José Joaquim
Gonçalves das Neves e de Maria Marcela Peres y
Gonçalves, uruguaia.
Casou o Capitão Lino, em S. Paulo, a 13 de maio
de 1871 com Antonia Amélia Lopes de Araújo, fale­
cida em S. Paulo a 15 de outubro de 1943, contando
91 anos. Filhos:
3-1 José Luiz de França Pinto. Casou no dia 8 de
setembro de 1950, em Laranjal (S .P .) com Lu­
cila Donato Sampaio, filha de Oscar Vieira Sam­
paio e Maria Donato.
3-2 Maria Tereza de França Pinto. Nasceu em São
Paulo a 7 de julho de 1926 e aí casou com o Dr.
Antonio Luiz Lanari do Vai, engenheiro, filho de
João Gomes do Vai e de Maria Augusta Lanari,
citados no Cap. 1, § 2.°, onde consta a geração.
3-3 Maria Lina de França Pinto
3-4 Maria Antonieta de França Pinto
3-5 Antonio Alberto de França Pinto.
2-4 Inácio Monteiro de Barros Pontes
Funcionário da Prefeitura da Capital Federal. Casou
em S. Paulo a 8 de setembro de 1938 com Isaura Gas­
par e tem :
3-1 Maria Alice.
1-7 Maria da Penha Monteiro de Barros. Penúltima filha do
Tenente Coronel Inácio Gabriel. Casou com o Dr. Fran­
cisco Dias Martins, nascido a 15 de agosto de 1862 na vila
de Trairi (Ceará), filho de Antonio Dias Martins e de
Francisca Dias Martins.
O Dr. Francisco Dias Martins formou-se em Medici­
na na Faculdade do Rio de Janeiro a 31 de dezembro de
1886, e deu inicio à carreira clinicando em Rio Claro e de­
pois em Palmeiras (Estado de S. Paulo) : exerceu o cargo
de diretor da Escola Agrícola de Piracicaba, e mais tarde,
após a inauguração/do Ministério da Agricultura, o de di­
retor geral do Serviço de Agricultura Prática. Publicou
diversas obras sôbre sua especialidade, entre outras “Ne­
cessidade do Ensino da Higiene Rural", 1907; ‘‘A.B.C. do
Agricultor”, 64 milheiros 1912-1930: "Biologia Popular ,
1920; “A Produção de Nossas Terras".
174 —

Faleceram : o Dr. F. Dias Martins a 20 de maio de


1937; D. Maria da Penha, no dia 5 de dezembro de 1942,
havendo:
2-1 Maria da Penha Dias Martins
Nasceu em Rio Claro a 31 de maio de 1903. Casou
no Rio de Janeiro a 26 de maio de 1926 com Hilde-
brando Duarte, nascido em Santos a 31 de maio de
1890, filho de Joaquim Carlos Duarte, comerciante
nesta ultima cidade, falecido a 21 de outubro de 1921
e de Alice Peixoto; neto paterno do Tenente-Coronel
Antonio do Rego Duarte e de Angela Dória Pamfili;
neto materno de Joaquim Guilherme Peixoto e de Je-
suina Augusta de Aguiar de Andrada.
Jesuina Augusta, designada por Jesuina Rita em
“Andradas”, Alberto de Souza, 3-286, é filha de Fran­
cisco Xavier da Costa Aguiar de Andrada e de Maria
Zelinda de A ndrada; neta paterna de Francisco Xavier
da Costa Aguiar e de Barbara Joaquina de Aguiar de
Andrada, falecida em Santos a 16 de agosto de 1840,
, irmã de José Bonifácio, o Patriarca, de Antonio Car­
los e de Martim Francisco, filhos rodos do Coronel
Bonifácio José Ribeiro de Andrada, nascido em San­
tos a 14 de maio de 1726 e de Maria Barbara da Silva,,
falecida a 16 de setembro de 1789.
O casál tem três filhas:
3-1 Heloisa Maria Martins Duarte
, Nasceu no Rio de Janeiro a 16 de maio de 1927
3-2 Vera Maria Martins Duarte
Nasceu a 21 de agosto de 1928
3-3 Alice Maria Martins Duarte
Nasceu a 14 de março de 1933.
2-2 Lúcia Dias Martins
2-3 Francisca Dias Martins •
2-4 Flávia Dias Martins. Funcionária no Ministério das-
Relações Exteriores.
1-8 Maria José Monteiro de Barros. Ultima filha do Tenente-
Coronel Inácio Gabriel Monteiro de Barros. Reside em
S, Paulo.
C a pít u l o 5

COMENDADOR LUCAS A N TO N IO M ON TEIRO DE


BARROS

Filho dos Viscondes de Congonhas do Campo, foi inven-


tariante e testamenteiro do Visconde.
Nasceu em Correias a 26 de outubro de 1812 e faleceu em
sua fazenda a 10 de março de 1868. Dedicou-se durante toda
a sua vida à agricultura, na propriedade agrícola Três Poços,
à margem direita do Paraíba, entre as estações de Pinheiros
(hoje Pinheiral) e Jorge Rademaker, recebida em dote em 1834
ou 1835.
A estação de Pinheiros, na antiga estrada de ferro D. Pe­
dro 2.°, hoje Central do Brasil, foi inaugurada a 25 de março
de 1871. Da Córte, as cinco horas e meia, partiu um trem es­
pecial no qual tomaram passagem, entre outros, o Barão do
Bom Retiro (mais tarde Visconde), o Conselheiro Cristiano
Benedito Otoni, Moreira Guimarães, o Barão de Pirapama, se­
nador Dr. Firmino Rodrigues Silva, o chefe de polícia da pro­
víncia do Rio, deputados provinciais Cunha Leitão e Sayão Lo­
bato, pessoas gradas e convidados formando um total de 150
pessoas, mais ou menos.
As nove e meia chegavam ao destino, aguardados ao som
do hino nacional executado por varias bandas de música, ao
espoucar de bombas e girandolas de foguetes, recebidos pelo
abastado fazendeiro e chefe político local, Comendador José de
- Souza Breves. De acordo com os hábitos religiosos da época
a primeira cerimónia consistiu na bênção da estação.
Em seguida rumaram todos para a fazenda do Comenda­
dor, onde foi servido lauto almoço para mais de 300 pessoas.
Na hora dos brindes falaram: o Barão do Bom Retiro, congratu­
lando-se com os presentes por ter sido o ministro referendário
do decreto que deu começo à estrada de ferro D. Pedro 2.°; o
Conselheiro Otoni, salientando que durante sua administração
— 176 —

conseguiu a estrada, após penosos e árduos trabalhos, transpor


o maior obstáculo natural; a Serra do Mar. O brinde de honra
foi levantado ao Sr. Mariano Procópio Ferreira Lage, no mo­
mento diretor da estrada, brinde a que fazia jus pela sua infa­
tigável capacidade de trabalho, pela sua alta visão de adminis­
trador e pela estima que soube grangear em toda a zona.
A uma hora da tarde tomaram os convidados o trem, de
regresso, e no dia seguinte trafegaram os trens da carreira, pas­
sageiros e cargas.
O Diário Oficial insere notícias a respeito.
Casou o Comendador Lucas com Cecília Gonçalves de Mo­
rais que nasceu em Pirai a 2 de fevereiro de 1820, no fim do
período colonial, atravessou todo o ciclo imperial e faleceu em
pleno regime republicano, a 29 de junho de 1918, deixando 20
netos, 38 bisnetos e 6 tetranetos. Sobreviveu ao marido cerca
de 56 anos.
Em seu testamento, deixou D. Cecília, a sede da fazenda
anexada a uma gleba de cem alqueires geométricos ao redor,
a certa ordem religiosa para estabelecimento de uma instituição
humanitária onde pudessem encontrar agasalho os descendentes
daqueles que, pelo concurso do trabalho braçal, auxiliaram-na a
fazer fortuna. Infelizmente, por motivos que não vem a pelo,
não foi possível executar o filantrópico desejo: tudo foi desmon­
tado, vendido e o terreno alugado.
Era filha dos Barões do Pirai. 0 Barão nasceu em 1776
e faleceu a 11 de outubro de 1859, filho de Antonio Gonçalves
de. Morais e de Rita Clara de Souza. Esta era filha do Sar­
gento Mor João de Souza (Rodrigues), casado com Clara
Maria, portugueses, estabelecidos em Itú, Capitania de S. Paulo,
pais também do Dr. Antonio José de Souza, ouvidor da co­
marca de Itú, o qual de seu casamento com Gertrudes Celido-
nia de Cerqueira teve o filho único, o eminente político Conse­
lheiro Senador Francisco de Paula Souza e Melo, fundador e
chefe da importante e conspícua família paulista, Paula Souza
(Silva Leme, 4-252).
A Baronesa de Pirai, Cecília Pimenta de Almeida Breves,
nasceu em 1782 e faleceu a 6 de junho de 1866; era conhecida,
na família pelo nome de vovó Gangá, filha do Capitão-Mor
José de Souza Breves e de Maria Pimenta de Almeida; neta
paterna do velho Cachoeira, Antonio Breves, já citado; neta
materna de Antonio Lobo Frazão e de Cecília de Almeida.
Os Barões de Pirai foram àgraciados por decreto de 18
de julho de 1841.
O Comendador Lucas e D. Cecília tiveram seis filhos:
— 177 —

§ 1 — Inácio Monteiro de Barros


§ 2 — Maria Tereza Monteiro de Barros
§ 3 — Maria Eugenia Monteiro de Barros
§ 4 — Maria Rita Monteiro de Barros
§ 5 — Lucas Antonio Monteiro de Barros
§ 6 — Cecília Monteiro de Barros
* * *

§ 1 — Inácio Monteiro de Barros


Nasceu a 2 de setembro de 1837 e faleceu a 13 de junho
de 1843.

§ 2 — Maria Tereza Monteiro de Barros


Nasceu a 11 de junho de 1845. Casou com seu primo An­
tonio Augusto Monteiro de Barros, filho do Dr. Rodrigo An­
tonio Monteiro de Barros e de Maria Marcolina da Silva Prado,
citados no Cap. 4.°, § 3 — Aí a geração.

§ 3 — Maria Eugênia Monteiro de Barros


Depois de viuva, agraciada pela Santa Sé com o título de
Condessa Monteiro de Barros.
Nasceu a 13 de novembro de 1848. Casou com seu primo
Carlos Monteiro de Barros, filho do Dr. Rodrigo Antonio aci­
ma citado no § 2.°, e já registrado no Cap. 4.°, § 7, onde se
descreve a descendência. Faleceu em Paris a 10 de maio de
1925.
§ 4 — Maria Rita Monteiro de Barros
Nasceu em Pinheiros (Estado do Rio) a 14 de junho de
1853 e faleceu na Capital Federal a 14 de fevereiro de 1937.
Casou no Rio de Janeiro a 13 de junho de 1868 com seu
primo Raimundo Breves de Oliveira Roxo, nascido em Var­
gem Alegre (Estado do Rio) a 3 de junho de 1845 e falecido
no Rio de Janeiro a 8 de dezembro de 1912, filho dos Barões
de Vargem Alegre.
O Barão, Matias Gonçalves de Oliveira Roxo, nasceu em
Trás-os-Montes, Portugal, a 22 de setembro de 1804 e faleceu
a 16 de setembro de 1879, em Vargem Alegre; casou com Joa-
quina Clara de Morais, nascida em Manga Larga a 15 de outu­
bro de 1810 e falecida em 1865, filha dos Barões de Pirai, supra
citados.
De seu casamento teve D. Maria Rita cinco filhos, men­
cionados de 1-1 a 1-5:
•sm

— 178 —

1-1 Dr. Mário de Oliveira Roxo


Nasceu na cidade do Rio de Janeiro a 16 de julho de 1872.
Bacharel em Ciências e Letras pelo Colégio D. Pedro II
e engenheiro civil pela Escola Politécnica do Rio de Ja­
neiro.
Casou em São Paulo no distrito de Santa Cecília (L i­
vro de casamentos n. 2, fls. 35), no dia 16 de julho de
1902 -— no dia em que festejava o 30.° aniversário de nas­
cimento — com Isabel Henriqueta d a . Silveira Bulcão,
nascida em Pindamonhangaba a 12 de julho de 1876, filha
do Dr. José Fortunato da Silveira Bulcão, nascido na mes­
ma cidade a 26 de julho de 1842 e falecido a 1 de outubro
de 1917, antigo cônsul brasileiro em diversos paises da Eu­
ropa e da América (Marselha, Porto, Trieste, Antuérpia
etc.), casado no Rio de Janeiro a 1 de junho de 1865 com
Maria José de Azevedo Viana; neta paterna de outro José
Fortunato da Silveira Bulcão e de Maria Amália Vilela
Bulcão; neta materna de José da Cruz Viana e de Maria
Carolina de São Tomé de Azeredo Coutinho, do Rio.
Por seu avô paterno, D. Isabel Henriqueta é bisneta
de José Alexandre Bulcão, oficial do exército português,
que optou pela nacionalidade brasileira por ocasião de nos­
sa independência política (1822) e de Maria Isabel dá
Silveira Bulcão.
Por sua avó paterna, bisneta do Coronel José Antonio
Fernandes Vilela e de Francelina Martins de Siqueira Vi­
lela.
José da Cruz Viana era português, de Ponte de Lima;
chegou ao Brasil em 1821 e adquiriu grande fortuna na
comércio e na exploração de magníficas fazendas de café
e de cana de açúcar na província do R io ; proprietário de
vistosos prédios na Côrte. Em 1868 residia na Rua da
Rosário n. 34, filho de Francisco dos Santos Cruz e de
Feliciana Rosa da Cunha Viana.
Casou no Rio de Janeiro com Maria Carolina, filha
de José Vicente de Azeredo Coutinho e de Rita de São
Tomé Azeredo Coutinho.
Filhos:
2-1 Cecília Helena Roxo
Nasceu no Rio de Janeiro a 18 de setembro de 1911
e casou, na mesma cidade, a 12 de setembro de 1941,.
com Charles Walter Wagley, nascido a 9 de novem­
bro de 1913 em Clarksvile, Texas, U.S.A., Antropo-
logista com interesse especial pelas populações indí-
— 179 —

genas da América Latina, Guatemala e Brasil. Com


dois filhos:
3-1 Isabel Ana Wagley
Nasceu no Rio de Janeiro a 24 de maio de 1943
3-2 Charles William Wagley
Nasceu no Rio de Janeiro a 19 de fevereiro de
1945.
2-2 Maria Rita Roxo
Nasceu no Rio de Janeiro a 25 de maio de 1913 e aí
casou a 19 de novembro de 1937 com Hilton John
White, industrial, nascido no Distrito Federal a 31
de dezembro de 1912, filho de George Sim White, es­
cocês, falecido em São Paulo a 23 de dezembro de
1943, viuvo de Nadir Rocha Leão, brasileira. Filhos:
3-1 George Sim White
Nasceu em São Paulo a 23 de setembro de 1938
3-2 Lilian White
Nasceu no Rio de Janeiro a 20 de fevereiro de 1945.
2-3 Maria José Bulcão Roxo
Nasceu em Petrópolis a 13 de janeiro de 1915
2-4 José Raimundo B. Roxo
Nasceu em Petrópolis a 21 de março de 1916.
1-2 Lucas Antonio Monteiro de Barros Roxo
Nasceu na Ilha da Madeira a 8 de fevereiro de 1878. Casou
no Rio de Janeiro, na Igreja da Imaculada Conceição, do
Botafogo, a 5 de setembro de 1901, com Laura Sardinha,,
nascida na mesma cidade a 10 de setembro de 1882, filha
de João da Silva Sardinha, português, e de Balbina Bor­
ges, brasileira, filha de Alexandre José Borges, português,
que trabalhou no comércio do Rio, falecido em Portugal,
Concelho de Amaraes, a 25 de março de 1902.
Filhos:
2-1 Dr. Mário Monteiro de Barros Roxo Sobrinho.
Foi batizado com os nomes de Mário João Raimundo
Monteiro de Barros Roxo, mas só assina e é comer­
cialmente conhecido pelo nome de Mário Roxo Sobrinho.
Nasceu no Distrito Federal a 25 de maio de 1905. Di­
plomado em engenharia civil, no ano de 1926, pela
Escola Politécnica do Rio de Janeiro, atual Faculdade
Nacional de Engenharia, com 21 anos incompletos e
recebendo o 4.° lugar entre 80 colegas. Professor ca­
tedrático de “Materiais de Construção, Terrenos e
Fundações”, do curso de Arquitetura da Escola Na­
cional de Belas Artes, lugar conquistado por concur­
— 180 —

so. Diretor-técnico da Comp. de Engenharia Comér­


cio e Indústria S.A. e de outras empresas industriais.
Casou no dia 31 de janeiro de 1935 com Maria
Eglantina de Barros Roxo, nascida na cidade de São
Paulo c. 5 de maio de 1907, filha do Dr. Labieno da
Costa Machado e • Souza, nascido em Vila Costina
(Estado de S. Paulo) a 27 de setembro de 1879 e de
Maria de Queiroz Barros da Costa Machado e Souza,
falecida a 30 de agosto de 1939; neta paterna do Dr.
José da Costa Machado e Souza e de Maria Isabel
Machado e Souza.
O Dr. José da Costa Machado e Souza nasceu
em Baependi a 5 de julho de 1829, bacharel em S.
Paulo, no ano de 1853, falecido a 13 de julho de
1925, deixando viuva e assinalando a vida com um
fato raro: chegou a festejar 71 anos de casado.
Filhos:
3-1 Roberto Mário de Barros Roxo
Nasceu no Rio de Janeiro a 21 de maio de 1938
3-2 Vera Maria de Barros Roxo
Nasceu na mesma cidade a 2 de junho de 1942
2-2 Dr. Eduardo Carlos Monteiro de Barros Roxo
Bacharel em Direito e advogado no Rio. Nasceu a
27 de abril de 1907 no Distrito Federal e aí casou
com Heloisa de Melo Franco Alves, filha do Dr. Ho-
norato Alves e de Violeta de Melo Franco Alves,
filha, esta, do Senador Virgílio Martins de Melo Fran­
co, já citado no Cap. 4.°, § 3. Tem três filhos:
3-1 Heloisa Maria
3-2 Carlos Eduardo
3-3 Eduardo
2-3 Marina Monteiro de Barros Roxo
Casou com o Dr. Luiz Ernesto Dutra da Fonseca,
filho do Dr. Joaquim Dutra da Fonseca e de Cân­
dida Saboia Viriato de Medeiros da Fonseca.
Sem geração.
1-3 Maria Cecília Roxo de Souza Rangel
Casou no Rio de Janeiro, a 6 de fevereiro de 1902, com
0 Dr. Alfredo Américo de Souza Rangel, engenheiro, alto
funcionário da Prefeitura da Capital Federal, falecido a
1 de outubxo de 1924, filho de José Rufino de -Souza
Rangel e de F. Amélia Albuquerque Rangel. Filhos:
2-1 Cecília Luisa Rangel Pedrosa
Casou na Capital Federal a 3 de dezembro de 1924

m
181 —

com o Dr. Manuel Xavier de Vasconcelos Pedrosa,.


nascido no Engenho Jussara, município de CruangL
Estado de Pernambuco, no dia 22 de julho de 1892,
filho do Dr. Pedro da Cunha Pedrosa e de Antonia
Xavier de Andrade Pedrosa; neto paterno de Rai­
mundo da Cunha Pedrosa; neto materno de Manuel
Xavier de Vasconcelos Andrade. Filhos:
3-1 Maria Cecília Rangel Pedrosa
Nasceu no Rio de Janeiro a 18 de outubro de
1925. Aí casou com o Dr. Cândido Guinle de
Paula Machado, filho do Dr. Lineu de Paula
Machado e de Celina Guinle; neto paterno do Dr.
Francisco Vilela de Paula Machado e de Sebas-
tiana de Paula Machado (filha dos Viscondes de
Rio Claro, como se vê em “Oliveiras", pág. 110) ;
neto materno do Com. Eduardo Guinle e de D.
Guilhermina Guinle, falecida no Rio de Janeiro
a 9 de dezembro de 1925, contando 73 anos, filha
de Sebastião Coutinho da Silva e de Francisca
Batista da Silva, adiante citados. Tem um filho:
4-1 Francisco Guinle de Paula Machado.
3-2 Maria Luisa Rangel Pedrosa
Nasceu no Rio de Taneiro a 21 de março de
1928
3-3 Pedro Rangel Pedrosa
Nasceu no Rio de Janeiro a 11 de dezembro de
1929
3-4 Maria Rita.
2-2 Maria Amélia de ,Souza Rangel
2-3 Dr. Frederico José de Souza Rangel
Nasceu no Distrito Federal a 30 de janeiro de 1908.
Formado em engenharia pela Universidade do Brasil
no ano de 1931. Ocupa o lugar de Consultor Téc­
nico do Instituto de Resseguros do Brasil. Casou
em Sete Lagoas (Minas) com Leopoldina Meira Ran­
gel, filha de Ernesto Meira e de Astolfina Proença
Meira. Tem três filhos:
3-1 Maria Alice de Souza Rangel
3-2 Maria Amélia de Souza Rangel
3-3 Alfredo Américo de Souza Rangel
Nasceu no Rio de Janeiro a 16 de outubro de-
1938.
2-4 Dr. Luiz Alfredo de Souza Rangel
— 182 —

Formado em Engenharia e em Direito. Casou com


Clélia de Souza Rangel, tendo:
3-1 Luiz Eduardo
3-2 Mário.
1-4 Maria Vera Roxo Delgado de Carvalho
Casou no Rio de Janeiro no dia 9 de janeiro de 1908, com
o Dr. Carlos Delgado de Carvalho, filho do Dr. Carlos
Dias Delgado de Carvalho, diplomata brasileiro, nascido
em Niterói a 30 de janeiro de 1854 e falecido em Mon-
treux (Suiça) a 1 de maio de 1915, casado em Paris a
12 de abril de 1882 com Lídia Tourinho, nascida a 3 de
agosto de 1855 e falecida a 8 de maio de 1884; neto pa-
terno do General Honorário do Exército, pelos inesti­
máveis serviços prestados à legalidade e ao Marechal Flo-
riano Peixoto durante a insurreição da armada em 1893,
José Dias Delgado de Carvalho, nascido em Araruama a
12 de julho de 1825 e falecido no Rio a 7 de novembro
de 1896, casado a 5 de fevereiro de 1853 com Maria Car-
lota Torres (filha dos Viscondes de Itaboraí) nascida a
7 de setembro de 1834 e falecida a 29 de dezembro de
1892; neto materno do Visconde de Tourinho, descen­
dente de Pero de Campos Tourinho, l.° Donatário da
Capitania de Espírito Santo, 1534.
Os TO U R IN H O S — Muito embora não possamos
ligar a atual família ao citado Donatário, possuímos ele­
mentos para traçar a sua antiguidade desde os meados do
século 17, na Bahia.
Em 1677 exercia o cargo de Capitão-Mor da Vila de
Taperoá, município de Cairú, Bahia, em cujo arquivo
existem documentos, Gaspar Tourinho Maciel, casado com
Brites de Barros. Foram os pais d e :
1) Cosme Tourinho Maciel, casado com Marcelina Tou­
rinho, pais d e :
2 ) Gaspar Tourinho Maciel, casado com Maria da Silva
Jesus, filha de Lucas Pereira e de Tereza Maria de
Jesus Pereira. Pais de:
3) João Tourinho Maciel, senhor do engenho da Ponte,
município de Cachoeira, casado com Tereza de Jesus
Tourinho, filha de Freire Barbuda e de Juliana Frei­
re Bárbuda, naturais dos Açores. Tiveram 4 filhos,
entre eles:
4 ) João Tourinho, casado com Maria Xavier dos Santos,
filha de Bernardino de Góes e Vasconcelos e de M ar­
celina dos Anjos. Pais de:
— 183 —

5) Maria Vitória de Jesus Tourinho, casada a 27 de


agosto de 1783 com Manuel Gonçalves Ferreira, filho
do Capitão Antonio Gonçalves Ferreira e Antonia da
Silva. Este casal teve vários filhos, dos quais dois nos
interessam:
A) José Vicente Gonçalves Tourinho
B) Luisa Leopoldina Tourinho de Pinho, de quem tra­
taremos no Título 4.°, Capitulo 15, § 2.° n. 1-16.
A) José Vicente Gonçalves Tourinho. Nasceu na cida­
de de São Salvador da Bahia a 16 de setembro de 1801. Casou,
em primeiras núpcias, a 7 de janeiro de 1823 com Francisca
Guilhermina Pinto da Cunha, nascida a 4 de outubro de 1804
e falecida a 24 de agosto de 1830, filha do tabelião Manuel
Pinto da Cunha e de Caetana Isabel da Cunha Menezes Pinto;
neta paterna do tabelião português João Pinto da Cunha (fa­
lecido em 1840) ; neta materna de José Meireles da Cunha
Menezes, fidalgo da Casa Real, que veio na comitiva de D.
João VI ao Brasil.
Em segundas núpcias a 26 de novembro de 1836, com
sua sobrinha Maria Eufrosina Ferreira, filha de João Gonçal­
ves Ferreira, casado a 12 de março de 1815 com Francisca
Barbara Guimarães.
José Vicente, dos dois casamentos teve nada menos que
14 filhos, sendo três do primeiro e os restantes do segundo en­
lace. Faleceu na Bahia a 7 de maio de 1888, sendo o seu
primeiro filho:
José Vicente Tourinho (Visconde de Tourinho). Nas­
ceu na cidade de São Salvador da Bahia a 25 de outubro de
1823. Comerciante matriculado na praça do Rio de Janeiro,
gozou de grande conceito e estima pública. Agraciado pelo
govêrno português com o título de Visconde a 10 de agosto
de 1881 e com a comenda da Conceição da Vila Viçosa, em
1884. Residiu nos últimos anos da vida em Paris, Boulevard
Haussmann 153, onde faleceu a 17 de janeiro de 1886.
Casou-se o Visconde no Rio Grande do Sul. a 13 de julho
de 1853 com Maria da Conceição de Sobaran, Viscondessa de
Tourinho, nascida na cidade do Rio Grande a 13 de agosto
de 1831 e falecida em Paris a 21 de junho de 1894, filha de
D. Francisco de Sobaran, casado a 1 de maio de 1828 com
Manuela de Sarasqueta y Sobaran (falecida no Rio a 7 de no­
vembro de 1891).
D. Francisco de Sobaran, falecido a 2 de dezembro de
— 184 —

1840 era filho de D. Pedro de Sobaran e de Maria Gabriela de-


Garizurieta de Sobaran, naturais de Lequeytio, Espanha.
Dona Manuela de Sarasqueta y Sobaran, nascida em Bue­
nos Aires a 20 de junho de 1811 era filha de D. José Andrés
de Sarasqueta, natural de Bilbáo, Espanha, alto funcionário
no tempo colonial, diretor de Rendas Públicas em Buenos
Aires, onde casou-se com Maria Rosária de Ross e Sarasqueta.
Teve o Visconde três filhos:
a) Eugênio
b) Lídia, do texto
c) Francisca.
Sobre a familia Tourinho encontramos informações valio­
sas em um folheto “Breves Apontamentos Genealógicos da Fa­
mília Ferreira Tourinho”, Bahia, Litho-tipografia de João-
Gonçalves Tourinho, Arcos de Santa Barbara 83, 1884, do
qual possuímos um exemplar gentilmente oferecido pelo paren­
te Dr. Otáviô de Campos Tourinho. Sobre a família Delgado*
de Carvalho, vide a “Nobiliarquia Fluminense”, pelo Desem­
bargador Julião Rangel de Macedo Soares, vol. l.°, pág. 142'
Albano da Silveira, “Familias Titulares de Portugal”, 2-696-
O Dr. Carlos Delgado de Carvalho ocupa o lugar de pro­
fessor de História na Universidade do Brasil, tendo exercido
o. cargo de diretor do Colégio D. Pedro 2.° e do Instituto de
Pesquisas Educacionais; autor de várias obras sobre Geogra­
fia, Sociologia e História.
Ele e sua Exma. consorte, D. Vera, demonstrando esme­
rado critério artístico e apurado sentimento de culto ao passa­
do, conseguiram transformar o seu elegante e nobre aparta­
mento na praia de Copacabana em vistoso repositório de antigos
objetos de família: móveis, louças, quadros, retratos, cande­
labros, majestoso relógio carrilhão que pertenceu ao Visconde
de Itaboraí e varias outras peças que dispostas em ordem har­
moniosa e espaçada, transmitem melhor que nenhum livro ou
museu, lição tangível do luxo faustoso e do conforto com que
a família e antepassados revestiam toda a sua vida agrícola,
civil e política.
Constitui valiosa galeria de arte antiga, onde impera o
bom gosto aliado à distinção; tivemos oportunidade de visitá-
la e agradecemos as informações sobre o seu galho genealógico.
Filhos do casal:
2-1 Dr. Carlos Alberto Raimundo Delgado de Carvalho
Engenheiro arquiteto, diplomado pela Escola Nacio-
— 185 —

nal de Belas Artes, em 29 de dezembro de 1932.


Pertence ao quadro dos engenheiros da Prefeitura do
Distrito Federal. Casou em Petrópolis a 12 de ou­
tubro de 1938 com Astrogildes Calvão Feiteira, filha
de Antonio Pereira Feiteira e de Ana Calvão Feitei­
ra. Filhos:
3-1 Ana Maria Delgado de Carvalho
Nasceu a 23 de maio de 1940
3-2 Roberto Delgado de Carvalho
Nasceu a 18 de julho de 1942
2-2 Lídia Maria Tereza Delgado de Carvalho.
1-5 Dr. Matias Gonçalves de Oliveira Roxo
Nasceu na cidade do Rio de Janeiro a 21 de abril de
1885. Engenheiro. Professor Catedrático na antiga Uni­
versidade do Distrito Federal; da Academia Brasileira de
Ciências; alto funcionário do Ministério da Agricultura.
Vide traços biográficos em “Boletim Geográfico”, ano IR
n. 16, págs. 517-522. Além disso é grande e apaixonado
cultor de estudos genealógicos.
Casou no Rio de Janeiro, a 16 de julho de 1910, com
Maria Júlia de Mendonça, nascida em Cristina (Minas)
a 20 de abril de 1892, filha do Dr. Lúcio de Menezes
Drummond Furtado de Mendonça, nascido em Pirai a 10
de março de 1854 e falecido no Rio de Janeiro a 23 de no­
vembro de 1909, antigo Ministro do Supremo Tribunal de
Justiça, um dos fundadores da Academia Brasileira de
Letras, ocupando a cadeira de Fagundes Varela (Laurê-
nio Lago, “Supremo Tribunal”, pág. 172) e de sua mulher
Maria Marieta de Noronha; neta paterna de Salvador
Furtado de Mendonça e de Amália Drummond de Men­
donça; neta-materna do Coronel João Batista Pinto, Co­
mendador da Ordem da Rosa, deputado provincial e es­
tadual em Minas, e de sua mulher Florentina de Noro­
nha.
Por sua avó paterna D. Maria Júlia é bisneta do Co­
ronel João Hilário de Menezes Drummond, nascido em
Itaboraí a 16 de março de 1798 e falecido a 20 de abril de
1853 e de Maria Joaquina Duarte Moreira de Souza.
Por seu avô materno, bisneta de Antonio Luiz Pinto
e de Ana LTmbelina de Noronha, oriundos de antigas e
respeitáveis famílias do Sul de Minas.
Filhos:
2-1 Lúcia Maria de Oliveira Roxo
Nasceu na cidade do Rio de Janeiro a 18 de agosto
— 186 —

de 1911. Casou com Cacilo Poggy de Araújo, fun­


cionário do Departamento Nacional de Produção Mi­
neral, filho do Coronel do Exército Nacional, Manuel
do Nascimento Pereira de Araújo e de Isaura Poggy
de Araújo (irmã do Dr. Raul Poggy de Figueiredo,
Coronel médico). Filhos:
3-1 Marcos Poggy de Araújo
Nasceu a 27 de outubro de 1937
3-2 Heloisa Poggy de Araújo
Nasceu a 4 de outubro de 1940
3-3 Jorge Poggy de Araújo
Nasceu a 7 de dezembro de 1942.
2-2 Raimundo Breves de Oliveira Roxo
Nasceu na cidade do Rio de Janeiro a 5 de dezembro
de 1918. Bacharel em Direito, funcionário do Insti
tuto de Pensões e Aposentadorias dos Industriários.
2-3 Carlos Alfredo de Oliveira Roxo
Nasceu em Petrópolis a 21 de janeiro de 1921. Fun­
cionário do Instituto Brasileiro de Resseguros.
2-4 Alfredo Américo de Oliveira Roxo
l.° Tenente da Marinha de Guerra Brasileira. Nas­
ceu no Rio de Janeiro a 4 de fevereiro de 1924 e casou
(Candelária) a 23 de abril de 1946 com Elsa de
Araújo Góes, filha do Dr. Hildebrando de Araújo
Góes, engenheiro, que ocupou entre outros cargos o
de prefeito do Distrito Federal, deputado federal pelo
Estado da Bahia, lente na Escola Politécnica do Rio
de Janeiro, cadeira de Rios, Portos e Canais e que
celebrisou-se por ter sido o autor do monumental es­
tudo e organizador dos trabalhos de Saneamento da
Baixada Fluminense que transformou uma região ás­
pera e insalubre, devastada pelas emanações pestíferas
de pântanos e mangues, assolada pela malária e per­
seguida pelos mosquitos, em aprazíveis granjas, em
sorridentes chácaras e hortas, restituindo dest’arte, nas
vizinhanças do Distrito Federal, enorme área aos la­
bores fecundos da agricultura, casado com Heloisa de
Oliveira Araújo Góes; neta paterna do Dr. Coriolano
dos Reis Araújo Góes, engenheiro e de Alzira dos
Santos Araújo Góes; neta materna do Dr. Cândido
de Oliveira Filho, advogado, lente na Faculdade de
Direito na Capital Federal.
Por este, D. Elsa é bisneta do Dr. Cândido Luiz
Maria de Oliveira, vulto de relêvo nos últimos anos
— 187

do regime imperial, duas vezes ministro, senador no­


meado por carta imperial de 12 de outubro de 1886,
lente na Faculdade Livre de Direito, falecido em 1919.
2-5 Maria Tereza de Oliveira Roxo. Nasceu no Rio de
Janeiro a 9 de novembro de 1926.

§ 5 — Lucas Antonio Monteiro de Barros


Nasceu a 23 de setembro de 1856 e faleceu no Rio de Ja­
neiro a 9 de março de 1930. Foi lavrador de café na fazenda
Feliz Remanso, estação de Pinheiral, E.F.C.B., nas imediações
de Volta Redonda.
Casou com Carmen Guimarães Coutinho, falecida a 29 de
junho de 1926, no Rio, filha de José Antonio Guimarães Couti­
nho, comerciante naquela cidade e de Amélia Eufrosina Pereira
Sabemos que D. Amélia Eufrosina descende dos Barões de
Ayuruoca; a ligação, porém, damos por informações. Era fi­
lha de Antonio Pereira Leite e de Ana Eufrosina Pereira da
C ruz; neta paterna dos referidos Barões de Ayuruoca.
Filhos:
1-1 Cecília Carmen Monteiro de Barros
Casou em Paris a 14 de novembro de 1910, com o parente
Dr. Rodrigo Cláudio da Silva, filho do Dr. Alfredo Cláu­
dio da Silva, já citado no Cap. 4, § l.°. Sem geração.
1-2 José Inácio Monteiro de Barros
Durante longo periodo representou os usineiros paulistas
no Instituto do Álcool e Açúcar (I.A.A .). Casou com
Lucréce Leclerc, belgá. Sem geração.
1-3 Carmen Cecília Monteiro de Barros
Casou no Rio de Janeiro, na Igreja da Glória, aos 2 de
setembro de 1909, com Vitorio Cresta, nascido na mesma
cidade a 27 de outubro de 1885 e falecido a 6 de fevereiro
de 1934, filho de Vitorio Emanuel Cresta, Cav. da Corôa
da Itália, comerciante, de importante família de Génova e
de Leonor da Costa Gomes de Matos, cuja ascendência da­
mos a seguir.
Jesuino de Lamego Costa nasceu em Santa Catarina a
13 de setemibro de 1811 e faleceu, no Rio de Janeiro, a 16
de fevereiro de 1886.
Oficial da Marinha de Guerra, atravessou toda a escala
hierárquica do oficialato até atingir o alto pôsto de Almi­
rante, quando se reformou.
Político prestigioso, além de deputado geral pela sua
província natal, foi escolhido senador vitalício por fôrça da
— 188 —

Carta Imperial a 11 de dezembro de 1872, em substituição-


ao Dr. José da Silva Mafra.
Casou com Leonor Auta de Oliveira e foi agraciado por
decreto de 17 de maio de 1871 com o título de Barão de
Laguna.
Quando ainda gozava da graduação e das prerrogativas
de Chefe de Divisão, residia em Niterói, na freguesia de
São Domingos. Em sua aprazível residência, no dia 18 de
julho de 1857, reuniu-se a sociedade grada do local, amigos,
e parentes da Côrte, para tomarem parte em um elegante
acontecimento social: nesse dia realizava-se o casamento de
sua filha Joaquina Rosa de Oliveira e Costa com o l.° Te­
nente Antonio Gomes de Matos Júnior, filho de outro An-
tonio Gomes de Matos e de Bernardina Florinda de Matos.
Êste casamento foi registrado na freguesip. de Santa Rita,
no livro 5, fls. 106 v.
O l.° Tenente Antonio Gomes de Matos e Joaquina
Rosa foram os progenitores de Leonor da Gosta Gomes de
Matos, casada com o Cv. V. Emanuel Cresta.
O jornal “Comércio de São Paulo”, insere a notícia,
do falecimento, no Rio de Janeiro, a 28 de outubro de 1902,
de V. Emanuel Cresta, genro do Comendador L. Antonio
de Matos.
Filhos:
2-1 Heloisa Monteiro de Barros Cresta
Casou com o Dr. Eduardo Guinle Filho, engenheiro,
comerciante, industrial, filho de outro Eduardo Guinle
e de Branca Ribeiro Guinle; neto paterno de Eduardo
Palassin Guinle e de Guilhermina Coutinho da Silvá,
falecida no Rio em dezembro de 1925 com 73 anos;
neto materno de Francisco de Paula Ribeiro, antigo e
conceituado comerciante na praça de Santos, socio da
firma Gafrée Guinle e Ribeiro, organizadores da pode­
rosa Companhia Docas de Santos, falecido em São Paulo-
a 15 de julho de 1915 e de Maria Isabel Coutinho
Ribeiro, nascida em Pôrto Alegre a 25 de junho de
1863 e falecida em São Paulo a 27 de dezembro de
1946, deixando 50 netos e 40 bisnetos.
Por seu avô materno, bisneto de Francisco Luiz
Ribeiro e de Virgínia Cândida Vizeu Ribeiro.
Por suas avós,, paterna e materna (irm ãs), bis­
neto de Sebastião Coutinho da Silva e de Francisca
Batista da Silva, riograndenses.
Francisco Luiz Ribeiro, que exerceu o cargo de
— 189 —

cônsul português em diversos países e finalmente no


Rio de Janeiro, nasceu em Valença do Minho, Por­
tugal, filho de José Thomaz Ribeiro e de Antónia
Thomaz Gomes.
Virgínia Cândida Vizeu Ribeiro era filha de An­
tônio de Morais e Figueiredo Vizeu e de Maria Joa-
quina d’Assumpção; neta paterna de Luiz Gomes de
Morais e de Inês Angélica de Figueiredo; neta ma­
terna de Dignitário José Rodrigues Barcelos e Ana
Bernarda da Cunha, todos vinculados a conceituadas
famílias do Rio Grande do Sul.
Filhos:
3-1 Eduardo Guinle Neto
3-2 Heloísa Maria Guinle
3-3 Celina Maria Guinle
3-4 Maria Tereza Guinle
3-5 Guilherme Guinle
3-6 Branca Maria Guinle
3-7 Arnaldo Eduardo Guinle
3-8 Francisco Eduardo Guinle
3-9 Jorge Eduardo Guinle
3-10 Cecília Maria Guinle.
2-2 Antônio Emanuel Monteiro de Barros Cresta.
2-3 Maria Tereza Monteiro de Barros Cresta.
Faleceu solteira a 19 de fevereiro de 1946.
1-4 Maria Amélia Monteiro de Barros.
Uma das atuais proprietárias da fazenda Feliz Remanso.
Além de conduzir com energia os trabalhos agrícolas, dirije
com invejável atividade e descortino, uma importante usina
cerâmica.
1-5 Lucas Antônio Monteiro de Barros.
Nasceu no Rio de Janeiro a 12 de março de 1892 e aí casou
a 17 de outubro de 1921 com Altair Badini Cavalcanti, nas­
cida em Recife, filha de Manuel Paulino Cavalcanti de
Albuquerque e de Veridiana Badini. Filhos:
2-1 Cecília Cvrmen Monteiro de Barros.
2-1 Heloísa Helena Monteiro de Barros.
1-6 Maria Tereza Monteiro de Barros.
Casou no dia 2 de fevereiro de 1901 com o Dr. Caetano
Ernesto da Fonseca Costa, bacharel em Direito, advogado,
filho de Caetano Pinto da Fonseca Costa e de Ernestina
Simões Lopes, cujas ascendências damos a seguir:
O insigne genealogista Francisco Klors Werneck, no
190 -

trabalho "História e Genealogia Fluminense”, pág. 96,


escreve:
1) Manuel Alvares da Fonseca Costa, Capitão e Gover­
nador da Fortaleza de São Clemente, no Rio de Ja­
neiro, era filho do Sargento-Mor José Alvares da Costa
e de Úrsula da Fonseca Costa; neto paterno de Antô­
nio Alvares da Costa e de Josefa Vieira; neto materno
do Sargento-Mor João Francisco da Costa e de Úrsula
da Fonseca Dias.
Casou o Capitão Manuel Alvares com Ana Joa-
quina da Costa e foram pais, entre outros, d e :
2) Tenente-Coronel Manuel Antônio da Fonseca Costa,
nascido e batizado na freguesia da Candelária no Rio
de Janeiro. Casou com Maria Balbina da Costa Bar-
ros, filha do Capitão José da Costa Barros Viana do
Amaral e de Ana Josefina Gurgel do Amaral (Arquivo
Nobiliárquico, 157). Foram pais de :
3) Marechal Manuel Antônio da Fonseca Costa, Marquês
da Gávea. Nasceu a 24 de abril e foi batizado a 2 de
maio de 1803 ; faleceu no Rio de Janeiro a 13 de junho
de 1890. Casou com Maria Amália de Mendonça Côrte
Real, nascida a 11 de fevereiro de 1804 e falecida no-
Rio, a 13 de junho de 1872, filha do General João de
Souza Mendonça Côrte Real.
D. Maria Amália, não gozou das honras de Vis­
condessa nem de Marquesa da Gávea, porque êstes.
títulos foram conferidos ao, Barão, então viúvo, em
1879 e em 1888.
Foram pais d e :
4) Marechal João de Souza da Fonseca Costa, Visconde
da Penha, nascido no Rio de Janeiro a 30 de abril de
1823, falecido em Paris a 9 de janeiro de 1902, casado
com sua prima Maria da Penha de Miranda Montene-
gro, filha dos segundos Viscondes da Vila Real da.
Praia Grande, Caetano Pinto de Miranda Montenegro
e de Maria Elisa Gurgel do Amaral. Foram pais de
Caetano Pinto da Fonseca Costa, casado com Ernestina
Simões Lopes.
Vejamos agora a ascendência de D. Ernestina Si­
mões Lopes.
Era filha do Dr. Ildefonso Simões Lopes e de
Maria Josefa de Castro. O Dr. Ildefonso Simões Lopes,
bacharel em Direito, diplomou-se em S. Paulo em 1852,.
— 191

desempenhou o mandato de deputado geral pela sua pro­


víncia natal. Rio Grande do Sul; exerceu a judicatura
em uma das comarcas da província do Rio de Janeiro,
Barra Mansa e dedicou-se também à agricultura. Te­
mos diante dos olhos a lista dos fazendeiros de café
no município de Barra Mansa e aí consta o seu nome;
Cavaleiro da Ordem da Rosa.
Era o Dr. Ildefonso filho de João Simões Lopes,
nascido em Lisboa, casado em Pelotas a 16 de junho
de 1815 com Isabel Dorotéa Carneiro da Fontoura,
nascida em Viamão a 11 de janeiro de 1795 e falecida
em Pelotas a 26 de junho de 1841, progenitores tam­
bém da Baronesa de Jaraó e do Visconde da Graça;
neto paterno de Tosé Simões Lopes (de Aveirosj e
de Tereza Maria de Jesus (de Alenquer) ; nesto ma­
terno de José Carneiro da Fontoura, Capitão de Dra­
gões, nascido por volta de 1733 em Curral d’El Rey
(Belo Horizonte), Bispado de Mariana e que trans­
ferindo residência para o território de São Pedro do
Sul, casou em Viamão, em 1774, com Dorotéa Fran-
cisca Isabel da Silveira, cuja ascendência encontramos
na “Genealogia Sul Riograndense”, de Pinto Guima­
rães e Dr. Jorge G. Felizardo, págs. 79 e 105.
Exercendo o cargo de juiz em Barra Mansa, o Dr.
Ildefonso contraiu matrimónio com uma viúva abas­
tada, com D. Maria Joseía de Oliveira Arruda — em
solteira, Maria Josefa de Castro e na intimidade “Si-
nhala” — viúva do Capitão Antônio de Oliveira Arruda
e filha de Joaquim Silvério de Castro e Souza Me-
dronho e de Flora Gomes Nogueira, inscritos na “Ge­
nealogia Paulistana", do Dr. Silva Leme, 6-380.
Infelizmente pouco tempo durou êste segundo casa­
mento de D. Sinhala; faleceu logo depois, do nascimento
da filha única: Ernestina, casada com Caetano Pinto
da Fonseca Costa.
Poi fôrça, porém, do casamento, o Dr. Ildefonso
veio a ser proprietário da aprazível e produtiva fazenda
“Barra das Antas’’, situada na fertilíssima zona vizinha
do município paulista de Bananal, que continuou a
explorar depois de viúvo, aproveitando a época em que
a cultura do café atravessava o período áureo, quando
o ciclo da rubiácea na província do Rio, atingia a seu
auge, recompensado por safras abundantes.
Estas circunstâncias aliadas ao temperamento tra­
— 192

balhador, ao gênio criterioso e a seu espírito sensato


e económico, concorreram para o Dr. Ildefonso amea­
lhar e deixar considerável fortuna aos sucessores.
Almeida Nogueira, “Tradições”, 7-126, faz refe­
rências elogiosas.
Filhos do casal Dr. Caetano Ernesto-Tereza:
2-1 Dr. Caetano José da Fonseca Costa.
Bacharel em Direito, advogado no Distrito Federal da
Comp. de Seguros Novo Mundo.
2-2 Doutora Maria Amélia da Fonseca Costa.
Formada em Direito, no Rio, em 1948.
2-3 João Lucas da Fonseca Costa.
2-4 Manuel Antônio da Fonseca Costa.

Nota. — O Sargento-Mor Joaquim Silvério de Castro Sou­


za Medronho era importante fazendeiro em Baependi no lugar
<lo atual Caxambu Velho.
O Dr. Monat, escrevendo a história e as origens das fontes
das águas de Caxambu, refere que escravos dêste fazendeiro
em busca de árvores adequadas especialmente a certos misteres
caseiros, teriam derrubado frondoso cedro. A movimentação
■das raizes fêz com que da terra brotasse a fonte fervente límpida
e de gôsto especial, que despertou a atenção de todos quantos
passavam pela região. A fazenda do Sargento-Mor foi visitada
por diversos sábios nacionais e estrangeiros, curiosos pelo estudo
■das propriedades medicinais de tais águas. Todos se interessa^
ram pelas mesmas. Entre os viajantes, aí foram hospedados
Eschweg, Langsdorf, Saint’Hilaire, Spix e Martius, Lund, Pohl,
Mawe e outros ( “Jornal do Comércio”, do Rio, edição de 7-5-
1950, artigo de Carlos da Silva A raújo).

§ 6 — Cecília Monteiro de Barros


Última filha do Comendador Lucas, Cap. 5.°. Nasceu a
27 de agosto de 1847 e faleceu solteira a 17 de agosto de 1864.
/

C a pítu lo 6

MARIA DO CARMO M ON TEIRO DE BARROS

Sexta filha dos Viscondes de Congonhas do Campo.


Nasceu aos 28 de janeiro de 1805 e foi batizada na Matriz
de Antônio Dias, como faz certo o assento do teor seguinte:
— “Aos vinte e quatro do mês de fevereiro de mil oitocen­
tos e cinco, na pia batismal desta Matriz, batizou e pôs os Santos
Óleos o Reverendo João Antônio Pinto Moreira, Vigário colado
desta freguesia, a Maria, inocente, nascida a vinte e oito de
janeiro próximo passado, filha legítima do Doutor Lucas An­
tônio Monteiro de Barros, ouvidor e corregedor atual desta
Vila e de sua mulher D. Maria Tereza Joaquina de Sauvan
Monteiro; neta pela parte paterna do Guarda-Mor Manuel José
Monteiro de Barros, natural de Portugal e de D. Margarida
Eufrásia da Cunha Matos, natural desta Vila e pela materna,
do Doutor Manuel Monteiro de Barros e Dona Maria Joaquina
Sauvan Monteiro, ambos naturais de Lisboa. Foram padrinhos
os Ilustríssimos e Excelentíssimos Senhores Pedro Maria Xa­
vier de Ataíde e Melo, Governador e Capitão General desta
capitania e sua mulher Dona Maria Madalena, para constar fiz
êste assento que assino. O Coadjutor Francisco de Almeida
Pinto”.
Faleceu no Rio de Janeiro a 12 de novembro de 1875.
Casou, na mesma cidade, a 23 de janeiro de 1824, com o
Dr. Nicolau da Silva Lisboa, filho dos Viscondes de Cayru,
José da Silva Lisboa e D. Ana Benedita de Figueiredo; neto
paterno de Henrique da Silva Lisboa e de Helena Nunes de
Jesus.
O Dr. Nicolau da Silva Lisboa nasceu na cidade de São
Salvador da Bahia a 10 de setembro de 1801 e matriculou-se
na Universidade de Coimbra a 31 de outubro de 1817. Formado
em Leis, regressou ao Brasil, ingressando na magistratura, tendo
servido na referida cidade de São Salvador, juiz do crime na
Côrte e desembargador. Faleceu no Rio de Janeiro a 6 de julho
de 1856, havendo de seu casamento onze filhos:
194 —

§ 1 — Maria Tereza da Silva Lisboa.


§ 2 — Dr. José da Silva Lisboa.
§ 3 — Dr. Lucas da Silva Lisboa.
§ •4 — Maria Rita da Piedade da Silva Lisboa.
§ 5 — Ana Isabel da Silva Lisboa.
§ 6 — Mariana Raimunda da Silva Lisboa.
§ 7 — Maria Luisa da Silva Lisboa.
§ 8 — Maria do Carmo da Silva Lisboa.
§ 9 — Antônio da Silva Lisboa.
§ 10 — Bento Daniel da Silva Lisboa.
§ 11 — Maria da Silva Lisboa.

* * *

§ 1 — Maria Tereza da Silva Lisboa


Nasceu no Rio de Janeiro a 29 .de outubro de 1826 e foi
batizada na Igreja da Sé, no dia 19 de novembro (Livro 10.°
de batizados, fls. 98 v.).
Faleceu no Rio de Janeiro a 12 de março de 1912.
Casou com José Afonso de Carvalho, falecido na mesma
cidade a 15 de abril de 1895.
Descobrimos apenas uma filha, Maria Isabel Afonso de
Carvalho, nascida no Rio de Janeiro (Glória), a 4 de junho
de 1860 e falecida a 25 de junho deT892, casada com. . . Mo­
reira, filho de Joaquim José Moreira e de Amélia Peixoto e
neto (segundo informações verbais) dos Condes de Ipanema.
Entretanto acreditamos que a geração seja m aior; deve
existir o Sr. Pedro Afonso de Carvalho, casado com Josefina
A. de Carvalho que são os sogros de Nicolau Pinto da Silva
Vale, adiante nomeado no § 5.
Não foi possivel obter maiores esclarecimentos.

§ 2 — Dr. José da Silva Lisboa


Nasceu na Bahia, São Pedro Velho, a 14 de outubro de
1827 e foi batizado a 18 de novembro. Médico, professor de
Física e Química no Imperial Colégio D. Pedro II, residente
(em 1875) á Rua do Seminário n. 39.
Casou no Rio de Janeiro com Inácia Lobo Viana, nascida
na mesma localidade (São José) a 1 de maio de 1833, falecida
a 1 de setembro de 1907, filha de Nicolau Lobo Viana e de
Maria Luisa dè Jesus.
Faleceu o Dr. José a 25 de junho de 1901, havendo a filha
única:
1-1 Eufrosina da Silva Lisboa.

ui
— 195 —

Nasceu a 24 de setembro de 1859 e faleceu no Rio a 11 de


outubro de 1870.
Nota — O “Jornal do Comércio’’, do Rio de Janeiro, edição
de 24-7-1901, publica: “DR. JOSÉ DA SILVA LISBOA. Iná-
cia Luisa da Silva Lisboa; Maria Tereza Afonso de Carvalho;
Maria Luisa da Silva Lisboa; Mariana da Silva Lisboa; Dr.
Antônio Lobo Viana; Tereza Nogueira e seu esposo Dr. João
Lobo Viana; Dr. Zeferino J. da Silva Meireles; Nicolau P. da
Silva Vale, ausentes; o Capitão José Feliciano Lobo Viana;
esposa, irmãos, cunhados e sobrinhos do finado Dr. José da Silva
Lisboa, participam aos amigos e mais parentes que a missa de
30.° dia será quinta-feira, 25 de julho de 1901, às 9 horas, no
Convento dos Carmelitas da Lapa do Destêrro”.
O Dr. José da Silva Lisboa casou-se no dia 1 de janeiro
de 1859, como faz certo o assento constante no livro 6, fls. 117 v.,
de casamentos da freguesia de São José, onde sua esposa é deno­
minada Inácia Luisa de Jesus Viana.
O pai desta, Nicolau Lobo Viana, filho de Francisco José
Barbosa Lobo e de Maria do Resgate, natural de Viana, casou-se
a 15 de outubro de 1825 (São José, liv. de casamentos n. 4, fls.
123 v .) com Maria Luisa de Jesus, viúva de Zeferino Vitor
Meireles.

§ 3 — Dr. Lucas da Silva Lisboa


Nasceu na Bahia aos 12 de novembro de 1828 e foi bati­
zado na Igreja de São Pedro Velho a 20 de abril de 1829. Fa­
leceu, solteiro, no Rio de Janeiro a 5 de fevereiro de 1880. Era
médico. Em 1864 prestava serviços na Sociedade Auxiliadora
da Indústria Nacional, membro efetivo da secção de artes libe­
rais e mecânicas. Tempos depois foi nomeado médico da So­
ciedade Portuguêsa de Beneficência, à rua de Santo Amaro,,
auxiliar de cirurgia e operações.
Residia na Rua Matacavalos (hoje Riachuelo ) n. 29.

§ 4 — Maria Rita da Piedade da Silva Lisboa


Nasceu na Bahia a 18 de outubro de 1829 e foi batizada
na Igreja de São Pedro Velho a 30 de maio de 1830.
Faleceu no Rio de Janeiro a 17 de fevereiro de 1868,
solteira.

§ 5 — Ana Isabel da Silva Lisboa


Nasceu na Bahia a 12 de novembro de 1830 e foi batizada,
na Igreja de São Pedro Velho a 12 de janeiro de 1831. E nt
1857, por ocasião do falecimento de seu pai, ainda era solteira
Casou-se depois de 1859. .Faleceu no Rio de Janeiro a 24 de
setembro de 1887.
Nesta última cidade casou com Manuel Pinto do Vale, filho
de. . . Vale e de Justa do Vale Pinto. Êstes nomes conseguimos
apurar no convite para a missa de sétimo dia (1887), onde
consta somente o nome de Justa do Vale Pinto, viúva, sogra
de Ana Isabel. Tiveram dois filhos:
1-1 Maria Angélica Pinto da Silva Vale.
Nasceu no Rio de Janeiro em 1860 e aí faleceu, solteira,
aos 13 de dezembro de 1880.
1-2 Nicolau Pinto da Silva Vale.
Nasceu no Rio de Janeiro em 1863/64 e faleceu em Niterói
a 19 de maio de 1919.
Em 1887 já estava casado ,tendo filhos, pois no con­
vite acima referido consta o seu nome com o adendo, se­
nhora e filhos.
Seguiu a carreira consular. O Diário Oficial de 9 de
setembro de 1898 publica o decreto removendo-o do con­
sulado em Montreal, Canadá, para Cayena, Guiana F ran­
cesa. Serviu também no consulado do Pôrto.
Casou duas vêzes. A primeira vez no Rio, com sua
prima Josefina Afonso de Carvalho, ali nascida a 23 de
abril de 1869 e falecida no Pôrto em 1908, filha de Pedro
Afonso de Carvalho e de Josefina Afonso de Carvalho.
Filhos:
2-1 Cecília de Carvalho Vale.'
Nasceu no Rio de Janeiro. Casou no Pôrto com Gui­
lherme Cesar Pereira Jorge, português, falecido no Rio
de Janeiro, tendo:
3-1 Hilda Vale Pereira Jorge.
Natural do Rio de Janeiro, aí casou com Manuel
Pereira, tendo:
4-1 Luiz Pereira.
4-2 Carlos Pereira.
3-2 Rogério Vale Pereira Jorge.
Nasceu no Rio de Janeiro. Aí casou e tem duas
filhas.
3-3 Yvone Vale Pereira Jorge.
Nasceu no Rio. Casou com Álvaro Matta, tendo:
4-1 Roberto Matta.
4-2 Eduardo Matta.
3-4 Nair Vale Pereira Jorge.
— 197 —

Conseguimos saber que é casada com um Dr. em


Medicina, residente em Goiás, tendo dois filhos.
2-2 Carmen de Carvalho Vale.
Casou no Rio de Janeiro com Coelifilius de Pinho
Leão, natural do Pará, falecido em Niterói, tendo:
3-1 Armando Vale Leão.
3-2 Célia Vale Leão.
Viúva, tendo duas filhas.
2-3 Mário de Carvalho Vale.
Násceu a 1 de julho de 1900. Oficial do Exército, l.°
Tenente-a 8 de novembro de 1930; Capitão a 10 de
fevereiro de 1933; Major a 15 de abril de 1943; Te­
nente-Coronel, agregado ao Estado-Maior. Serviu na
Segurança Pública do Estado do Rio. (Almanaque do
Exército para 1946, pág. 40). Casou com Aristotelina
Nunes Pereira, de família do Rio Grande do Sul.
Filhos:
3-1 Leticia Pereira do Vale.
Natural do Rio de Janeiro, casou com o Capitão
de Artilharia, Celso Franco de Albuquerque, nas­
cido a 15 de dezembro de 1917, l.° Tenente a 25
de junho de 1944, tendo o curso de Artilharia pelo
Reg. 1940. F ilha:
4-1 Cristina Vale de Albuquerque.
3-2 Berenice Pereira do Vale.
2-4 Dr. Otávio de Carvalho Vale.
Nasceu no Rio de Janeiro a 28 de novembro de 1901.
Bacharel em Direito, depois de servir no Ministério
Público do Estado de Minas, abriu escritório na Ca­
pital Federal, prestando serviços de advocacia e diver­
sas instituições sociais. Casou em Niterói cm Silvia
Maria Aurnheimer, tendo:
3-1 Maria Helena Aurnheimer Vale.
3-2 Rodolfo Otávio Aurnheimer Vale.
3-3 Maria Silvia Aurnheimer Vale.
3-4 Fernando Otávio Aurnheimer Vale.
Casou o n. 1-2, segunda vez, no Pôrto onde servia de côn­
sul, èm 1910, com Hilda de Matos Pereira, portuguêsa, tendo:
2-5 Fernando Pereira Vale.
Casado no Pôrto com Maria Vale. Sem geração.
2-6 Jaime Pereira Vale.
Casado no Pôrto com Maria Vitória Lopes, portu­
guêsa. Tem dois filhos.
— 198 —

2-7 Maria Antonieta Pereira Vale.


Nasceu no Rio de Janeiro e casou no Pôrto com Flávio
de Carvalho. Faleceu sem deixar filhos.
2-8 Carlos Pereira Vale.
Nasceu em Niterói. Casou com Margarida Vale e tem
uma filha.
2-9 Maria Angélica Pereira Vale.
Nasceu em Niterói e casou no Pôrto com Flávio de
Carvalho, viúvo de sua irmã Antonieta (2-7). Tem
quatro filhos.

§ 6 — Mariana Raimunda da Silva Lisboa

Nasceu no R.io de Janeiro, Engenho Velho, a 23 de janeiro


•de 1833 e foi batizada a 10 de fevereiro..
Em 1901 ainda era viva, pois figura no convite pára a missa
de trigésimo dia, de seu irmão Dr. José.
Sem mais notícias.

§ 7 — Maria Luisa da Silva Lisboa

Nasceu no Rio de Janeiro, São José, a 26 de agosto de


1834 e faleceu na mesma cidade a 12 de setembro de 1903.
Solteira.
Êstes sete filhos figuram no processo de Montepio e Pensão
das filhas do Desembargador Nicolau, conforme verificou o nosso
amigo e genealogista Sr. Carlos G. Rheingantz, que teve a ama­
bilidade de comunicar o resultado de suas pesquisas.

§ 8 — Maria do Carmo da Silva Lisboa

Nasceu no Rio de Janeiro, São José, a 30 de junho de


1836 e foi batizada aos 11 de setembro do mesmo ano (Livro
8 de batizados, fls. 409 v.). Faleceu no Rio a 2 de abril de
1838 (Liv. 4.° de óbitos de São José, pág. 104).

§ 9 — Antônio da Silva Lisboa

Nasceu no Rio de Janeiro, São José, a 8 de dezembro


■de 1839.
Não figura no processo de Montepio de seu pai, pelo que
:acreditamos que tenha falecido antes de 1856.

IT f
— 199 —

§ 10 — Bento Daniel da Silva Lisboa

Nasceu no Rio de Janeiro a 27 de julho de 1843.


Também não existia mais em 1856; não figura na lista dos
filhos do Desembargador.

§ 11 — Maria da Silva Lisboa

Sabemos que existiu esta filha, mas não conseguimos a


menor notícia sôbre ela.

Nota — Consta na família que uma das filhas do desem­


bargador Nicolau da Silva Lisboa foi casada com o Dr. José
Lobo Viana. Empregamos os maiores esforços para descobrir
a veracidade e conhecer detalhes sôbre o assunto. Nada con­
seguimos depois de cartas a parentes e de indagações pessoais.
Residiu no Rio de Janeiro um célebre médico homeopata
Dr. João Lobo Viana, falecido a 8 de junho de 1939. Noticiando
o traspasse, publicou a “Tribuna”, de Santos o seguinte:
“No Rio de Janeiro onde residia há mais de 50 anos, fale­
ceu o conhecido médico homeopata Dr. João Lobo Viana. Dis-
tinguiu-se sobretudo pela sua incomparável e bondosa simpli­
cidade, tendo para todos que dêle se acercavam uma palavra
de generosidade. Os pobres da cidade do Rio de Janeiro tinham
nêle o seu médico, o qual, para atendê-los não media sacrifícios.
“ Nasceu o Dr. João na cidade de São Sebastião, litoral
de São Paulo, e era filho das primeiras núpcias do saudoso
clínico Dr. José Lobo Viana com D. Antónia Silva Lisboa Lobo
Viana, neta do Visconde de Cayrú”.
Continua a “Tribuna” com maiores detalhes sôbre a famí­
lia Lobo Viana, hoje espalhada no Distrito Federal e em Santos.
Aqui deixamos a fila para algum parente ou genealogista
.mais feliz.
C a pít u l o 7

ANA H ELEN A M ON TEIRO DE BARROS

Nasceu em Ouro Preto a 13 de agosto de 1809 e foi bati­


zada na Matriz de Antonio Dias, como faz certo o assento da
teor seguinte:
“Aos vinte e um dias do mês de setembro de mil oitocen­
tos e nove nesta Matriz o Reverendo Vigário Confirmado da
mesma José Pinto Moreira, batizou e pôs os Santos Oleos a
Ana, inocente nascida a treze de agosto proximo passado, filha
legitima do Doutor Desembargador e Ouvidor desta comarca
Lucas Antonio Monteiro de Barros e de sua mulher Dona Ma­
ria Tereza Joaquina de Sauvan Monteiro. Neta pela parte
paterna do Guarda-Mór Manuel José Monteiro de Barros, na­
tural de Portugal e de Dona Margarida Eufrásia da Cunha e
Matos, natural desta Vila e pela materna do Doutor Manuel
Monteiro de Barros e de Dona Maria Joaquina Sauvan Mon­
teiro, ambos naturais do Patriarcado de Lisboa. Foram pa­
drinhos o Comendador da Ordem de São Bento e Coronel do
Real Corpo de Engenheiros, Escrivão do Real Erário, Manuel
Jacinto Nogueira da Gama, casado e morador na Côrte do Rio
de Janeiro por procuração que apresentou o Alféres Antonio
Augusto Monteiro de Barros e tocou a Corôa de Nossa Senho­
ra, para constar fiz êste assento que assino, o Coadjutor, Fran­
cisco de Almeida Pinto”.
Casou com o primo Dr. Antonio José da Fonseca Mon­
teiro de Barros, filho dos Barões de Paraopeba, citado no Cap-
18, onde consta a geração.
C a pít u l o 8

DESEM BARGADOR DR. JOSÉ MARIA M ONTEIRO


DE BARROS

Nasceu na cidade de São Salvador da Bahia, distrito da


Sé, no dia 8 de agosto de 1789, quando seu pai, então Dr. Lucas
Antonio Monteiro de Barros, ali exercia o cargo de juiz de
tora do crime.
Diplomado em Leis pela LTniversidade de Coimbra, onde
matriculou-se a 16 de outubro de 1816.
Casou-se duas vezes. A primeira em Lisboa, Igreja de
São Mamede, com Rosa Ursula de Almeida Macedo.
A segunda, em São José do Rio Preto, província do Rio,
com Adelaide Guilhermina da Rocha Fragoso, cuja ascendên­
cia damos em seguida, de acordo com a lição de H. Raffard,
constante na Revista do Instituto Histórico Brasileiro, vol. 58,
artigo sobre Petiópolis.
Manuel Antunes Goulão em 1749 obteve as sesmarias en­
tre Itamaratí e Pedra de Deus, no alto da Serra. Casou-se com
Ana do Amor de Deus e tiveram uma filha:
Brites Maria da Assunção, que casou com Manuel da Sil­
va Correia.
Estes tiveram :
a) Padre Antonio Tomaz de Aquiuo Correia
b) Dr. Agostinho Correia da Silva Goulão
c) Dr. Luiz Joaquim Correia
d) Arcangela Joaquina da Silva
e) Maria Gonçalves Dias Correia.
Arcangela Joaquina da Silva (letra d) casou com o Ca­
pitão José da Cunha Barbosa, tendo:
1) Cónego Alberto da Cunha Barbosa
2) Ana Leocádia da Cunha Moreira, casada com José
Moreira Guimarães, que tiveram, entre outros, uma
— 202 —

filha, Maria Augusta, casada com o Coronel José Cân­


dido Monteiro de Bárros, adiante mencionado, no § 7.
Maria Gonçalves Dias Correia (letra e) casou-se e teve
entre outros, a filha:
1) B rígida Maria Gonçalves Dias Correia, casada com
José Cândido Fragoso, os quais por sua vez tiveram,
Adelaide Guilhermina da Rocha Fragoso, casada com
o Desembargador Dr. José Maria.
NOTA — No Suplemento da “Tribuna de Petrópolis”,
Arte e Literatura, janeiro de 1950, vem publicado um artigo
de Alcindo Sodré, M.D. diretor do Museu Imperial, sobre a
arte religiosa naquela cidade.
Em 1733 o Capitão L. Peixoto da Silva vendeu a fazenda
que possuia no alto da Serra a Manuel Antunes Goulão, casado
com Ana do Amor de Deus. Estes construíram uma capela
dedicada a Nossa Senhora do Amor de Deus, que depois das
necessárias aprovações eclesiásticas, foi inaugurada a 29 de ou­
tubro de 1751 iuntaménte com duas estatuas.
Uma destas imagens, a de Nossa Senhora, foi transferida
para a fazenda Correias, de seu neto Padre Antonio Tomaz
de Aquino Correia e desta para a cidade de Petrópolis em 1932.
O Desembargador Dr. José Maria deixou seis filhos com a pri­
meira e um, o sétimo, com a segunda esposa:
§ 1 —- Maria Tereza Monteiro de Barros
§ 2 — Lucas Antonio Monteiro de Barros
Barão de Santa Alda
§ 3 — José Maria Monteiro de Barros
§ 4 — Benjamin Monteiro de Barros
§ 5 — Rosa Ursula Monteiro de Barros
§ 6 — Carlos Augusto Monteiro de Barros
§ 7 — Coronel José Cândido Monteiro de Barros
* * *

§ 1 — Maria Tereza Monteiro de Barros


Casou com Joaquim José Monteiro de Barros, sétimo filho
dos Barões de Paraopeba, inscrito no Capítulo, 21, onde consta
a geração.

§ 2 — Lucas Antonio Monteiro de Barros


BARÃO DE SA N TA ALDA

Nasceu em Petrópolis, informa um parente; em Recife


(Pernambuco), informa outro, mais ou menos em 1828. O certo
— 203 —

é que orfão aos seis anos, foi educado pelo avô paterno e re­
sidiu toda a mocidade em Petrópolis. Depois de adulto tomou
rumo da zona da Mata, de Minas e abriu a modelar e impor­
tante fazenda de café Santa Alda, donde lhe adveio o titulo,
uma das melhores da região e que até hoje é conservada por
pessoa da família.
Moço Fidalgo da Casa Imperial. Comendador da Imperial
Ordem da Rosa e da Ordem de Cristo, de Portugal. Barão por
decreto de 29 Je novembro de 1886.
Casou com a prima Alda Eugênia Monteiro de Barros,
falecida na fazenda Fim do .Mundo, Patrocínio de Muriaé, a
8 de abril de 1869, filha do Dr. Miguel Eugênio Monteiro de
Barros (Cap. 16) e de Maria Eugênia de Souza Breves; neta
paterna dos Barões de Paraopeba; neta materna de Luiz de
Souza Breves e de Maria Pimenta de Almeida Breves.
Por seu avô materno, D. Alda Eugênia era bisneta de To­
mé de Souza Breves e de Maria Rodrigues, já citados; por sua
avó materna, bisneta do Capitão-Mor José de Souza Breves
e de Maria Pimenta de Almeida. Tomé e o Capitão-Mor José
eram irmãos, filhos ambos do velho “Cachoeira”, já mencio­
nado.
Faleceu o Barão na freguesia do Laranjal, Minas, a 17
-de maio de 1900, contando 72 anos e deixando três filhos, de
1-1 a 1-3:
.1-1 Dr. José Luiz Monteiro de Barros
Casou com Antonieta Alves do Banho, filha do Dr. Gal-
dino Alves do Banho, proveto e estimado médico em São
João D ’E1 Rei e de Luisa Teixeira de Figueiredo Banhos.
Faleceu no Rio de Janeiro a 2 de setembro de 1933,
havendo:
2-1 Luiz Eugênio Monteiro de Barros
Funcionário na Caixa Económica Federal de Barra
Mansa, casado com Marieta de Carvalho, falecida no
Rio a 11 de abril de 1948, sem geração.
2-2 Maria Monteiro de Barros
2-3 Alda Monteiro de Barros
2-4 Dr. Galdino Monteiro de Barros
Formado em Medicina, reside e clinica na Capital
Federal, casado com Guaira de Almeida, tem dois fi­
lhos :
3-1 Pedro Luiz Monteiro de Barros
3-2 Paulo Cesar Monteiro de Barros
.2-5 Olga Monteiro de Barros
— 204 —

Reside no Rio, em companhia de sua mãe e de suas-


irmãs.
2-6 íris Monteiro de Barros. Professora normalista, di­
retora de um Grupo Escolar no Rio de Janeiro.
2-7 Euclides Monteiro de Barros
Nasceu a 4 de setembro de 1914. l.° Tenente Vete­
rinário do Exército, promovido a 15 de abril de 1943;
2.° Tenente a 13 de novembro de 1937; tem o curso,
de formação médico-veterinária; está classificado no.
Almanaque do Exército, de 1945, no v44.° lugar dos.
l.os Tenentes. Casou em Três Corações, Minas, no dia
6 de junho de 1942, com Leonor de Andrade Perei­
ra, filha de Alfredo Pereira Martins de Andrade e de
Augusta Branquinho de Andrade. Filhos:
3-1 Lúcia Maria Monteiro de Barros
Nasceu no Rio de Janeiro a 29 de junho de 1943-
3-2 Alfredo Luiz Monteiro de Barros
Também nasceu no Rio, a 29 de novembro de
1944.
r
1-2 Dr. Joaquim Luiz Monteiro de Barros
Casou a primeira vez com Maria Tereza Monteiro de
Barros, falecida em São José de Alem Paraíba a 23 de
março de 1887. sem geração. Casou a segunda vez com
Emília de Souza Brandão, falecida, viuva, na Capital
Federal a 13 de novembro de 1946, filha de Felício de
Souza Brandão e de Rita Lontra Brandão. Filhos:
2-1 Mário Monteiro de Barros
Alto funcionário da Estrada de Ferro Central do
Brasil, 3.a Divisão. Casou no Distrito Federal com
Carmen São Paulo Monteiro de Barros, filha de
Artur Pacheco de São Paulo e de Ida Satamini de
Oliveira São Paulo; neta paterna do engenheiro Dr.
João José de São Paulo, que exerceu o alto cargo de
diretor daquela Estrada de Ferro, nascido no Rio a
20 de maio de 1846, casado ( l.as núpcias) na Igreja
da Glória a 21 de dezembro de 1872 com Artemisa
Praxedes Pacheco. D. Ida pertence à conceituada,
família Satamini, de Pelotas. Filhos:
3-1 Antonio Monteiro de Barros
3-2 Mário Monteiro de Barros
3-3 .Carmen Monteiro de Barros
3-4 Mauro Monteiro de Barros.
2-2 Alda Monteiro de Barros
Casou duas vezes. A primeira com Júlio Alvarenga,.
— 205 —

tendo sete filhos. A segunda, no Rio de Janeiro, com


Frederico Enz.
Sem geração da segunda, tem da prim eira:
3-1 Edith Monteiro de Barros Alvarenga
Também casou-se duas vezes. A primeira com
Américo Monteiro de Barros. A segunda a 16
de maio de 1935 com o Dr. João Batista He-
gendorn, cirurgião-dentista, de família de Canta-
galo. Tem:
4-1 João Batista Hegendorn
3-2 Beatriz Monteiro de Alvarenga
Casou com o Capitão Oscar Saraiva Batista.
O Capitão Oscar nasceu a 18 de agosto de 1905,
e seguindo a carreira das armas recebeu o pôsto
de 2.° Tenente do Exército a 20 de agosto de
1932, l.° Tenente a 19 de outubro de 1933, Ca­
pitão a 25 de dezembro de 1937; tem o curso de
infantaria de 1929 e ocupa o numero 140 na lista
dos capitães, de acordo com o Almanaque Militar
de 1945. Filhos:
4-1 Ivan Saraiva Batista
4-2 Selanira Saraiva Batista
4-3 Alda Saraiva Batista
3-3 Oswaldo Alvarenga
3-4 Nadir Alvarenga
3-5 Yolanda Alvarenga
3-6 Ondina Alvarenga
3-7 Alda Alvarenga
Casou com seu primo Stênio Sales Monteiro de
Barros, adiante mencionado.
2-3 Oscar Monteiro de Barros
Funcionário na Alfândega do Rio de Janeiro. Casou
duas vezes. A primeira com Maria Sales (Ninita)
tendo um filho:
3-1 Stênio Sales Monteiro de Barros
Casou com sua prima Alda Alvarenga, acima ci­
tada.
Segunda vez casou 2-3 no dia 1 de março de 1924
com Iracema Ballard, filha de Edgard Ballard e de
Ermelinda Pinto Ballard. Tem um filho:
3-2 Ney Monteiro de Barros.
2-4 Ondina Monteiro de Barros
Casou a 11 de novembro de 1916 com Fernando G.
Alderete, funcionário na administração do Porto do
206 —

Rio ele Janeiro, filho de Antonio e de Ana Alderete,.


espanhóis. T em :
3-1 Osanir Alderete
Casou com Lírio Barreto, tendo dois filhos: Ro­
berto e Suely.
3-2 Fernando Alderete
3-3 Valdir Alderete
3-4 Maria Izabel Alderete
2-5 Osmar Monteiro de Barros
Casou com Anair de Mendonça Monteiro de Barros,.
filha de Jo ão de Mendonça e de Angélica de Men­
donça. Tem :
3-1 Oneide Monteiro de Barros
Casou com José Guimarães de Pinho, filho der
Abel Marques de Pinho e de Henriqueta Guima­
rães de Pinho. Tem: Yara.
3-2 Nisete Monteiro de Barros
Casou com João Abrahão, tendo: José Luiz e.
Jorge.
3-3 Joaquim Luiz Monteiro de Barros
3-4 Gilda Monteiro de Barros
3-5 Almir Monteiro de Barros
2-6 Odete Monteiro de Barros
Casou com Joaquim Pereira Bento, tendo: 3-1 Maria
Ernília.
2-7 Yolanda Monteiro de Barros
1-3 Maria Eugenia Monteiro de Barros
Faleceu em São José de Alem Paraíba a 12 de agosto de
1884. Foi casada com Luiz de Souza Breves Sobrinho,,
neto do acima referido Luiz de Souza Breves e de Maria.
Pimenta de Almeida. Sem geração.

§ 3 — José Maria Monteiro de Barros Júnior


Fazendeiro de café na propriedade agrícola “Bom1Jardim”.,
Casou com Rosa Francisca Monteiro de Castro, filha de Mateus.
Herculano Monteiro de Castro e de Rosa Ferreira de Azevedo,,
inscritos no Cap. 45, § 6. Faleceu em S. José de Alem Paraiba
a 9 de setembro de 1903. Filhos.:.
1-1 Mateus, falecido solteiro.
1-2 Dr. Romualdo Herculano Monteiro de Barros
Faleceu em São José de Alem Paraiba a 22 de dezembro»
de 1902.
1-3 Rosa Francisca Monteiro de Barros
Casou com Mateus Herculano Monteiro da Silva, filho de?
— 207

Domiciano Ferreira Monteiro da Silva e de Inês Monteiro


de Castro, citados no Cap. 51, § 1, onde consta a geração.
1-4 José Maria Monteiro de Barros. Faleceu solteiro.
1-5 Antonio Monteiro de Barros
1-6 Maria do Carmo Monteiro de Barros
Casou com Gabriel Leite Teixeira de Barros, tendo entre
outros:
2-1 Antónia Leite Teixeira de Barros, que foi casada com
José Celidônio Teixeira de Barros.
1-7 Maria Tereza (Presumimos que seja esta a primeira es­
posa do Dr. Joaquim Luiz Monteiro de Barros, filho do
Barão de Santa Alda).
1-8 Agostinho José Monteiro de Barros. Casou com Maria
da Conceição, filha de Carlos Monteiro de Barros, adiante
citado, § 6, n. 1-4. Sem geração.

§ 4 — Benjamin Monteiro de Barros

Nasceu no Rio de Janeiro, São José, no dia 25 de feve­


reiro de 1832. Casou com sua sobrinha Francisca Monteiro
de Barros, filha de sua irmã—Maria Tereza (do § 1 dêste Ca­
pítulo) e de Joaquim Monteiro de Barros, 7.° filho dos Barões
de Paraopeba. Vide Cap. 26, § 2. Sem geração.

§ 5 — Rosa Ursula Monteiro de Barros

Casou com o Dr. Manuel José Monteiro de Barros Galvão


de São Martinho, filho do Cap. Manuel José Monteiro de
Barros (irmão do Visconde de Congonhas do Campo) e de
Inês de Castro Galvão de São Martinho, citados no Cap. 36,
onde consta a descendência.

0
, § 6 — Carlos Augusto Monteiro de Barros

Casou-se com Mariana Machado Monteiro de Barros, filha


de José Caetano Machado Braga, fazendeiro em Mar d’Espa-
nha e de outra Mariana Machado Braga. Filhos:
1-1 José Carlos Monteiro de Barros •
Casou-se com Mariana Teixeira, filha de Joaquim Augusto
Teixeira e de Aurea Teixeira. Tiveram oito filhos inscri­
tos de 2-1 a 2-8.
2-1 Otacília Monteiro de Barros
Faleceu a 9 de abril de 1948.
Casou-se com o Dr. Armando de Brito Rodrigues,
— 208 —

bacharel em Direito pela Faculdade de Direito do Rio


de Janeiro, alto funcionário da Prefeitura do Distrito
Federal, filho de Francisco José Rodrigues e de
Cândida Alves de Brito Rodrigues (descendente do
Conde de Arcos). Tem três filhos:
3-1 Doutora Mariana de Brito Rodrigues
Formada em Medicina, pela Faculdade do Rio de
Janeiro; especialista em moléstias de crianças; re­
side e clinica na Capital Federal.
3-2 Gissa de Brito
Casou com o Dr. Henrique do Vale, diplomata
brasileiro, servindo no ano de 1947, em Nova
York, como secretário da O.N.U., filho de Hen­
rique Lopes Vale, antigo guarda-mór da Alfân­
dega do Rio de Janeiro e de Gissa Rodrigues do
Vale, irmã do Dr. Armando, acima citado, 2-1.
Filhos:
4-1 Henrique
4-2 Ana Maria
3-3 Dr. Armando de Brito Filho
Bacharel em Direito, advogado na Capital
Federal. Casou com Ivone Moura e tem um fi­
lho :
4-1 Gissa Maria
2-2 Messias Monteiro de Barros
Casou com Florinda Vasques, de família espanhola.
T em :
3-1 Oscar Monteiro de Barros
3-2 Luisa Monteiro de Barros
3-3 Terezinha Monteiro de Barros
3-4 Carmen Monteiro de Barros
3-5 Carlos Monteiro de Barros.
2-3 Clovis, falecido.
2-4 Ofélia Monteiro de Barros
Casou no Rio de Janeiro, a 22 de junho de 1931, corri
o Dr. em Medicina, Edmundo Vieira Machado, irmão
do Dr. José Vieira Machado, Superintendente da
Moeda e Crédito, representante do Brasil em Londres
para tratar dos saldos congelados em libras esterlinas
na Inglaterra, filhos de Manuel Inácio Vieira Macha­
do que durante longo período desempenhou as funções
de tabelião em Paraíba do Sul, falecido no Rio, e de
Rita de Cassia Gonçalves Vieira Machado.
Tem uma filha:
— 209 —

3-1 Eni Vieira Machado


Deixou o mundo e ingressou na Ordem religiosa
das “ Marcelinas” que mantêm afamado colégio
em S. Paulo à Rua Cardoso de Almeida, Perdizes.
2-5 Dr. Joaquim Monteiro de Barros
Médico, residente em S. Paulo, casado com Almeiria
Monteiro de Barros, de família espanhola. Tem uma
filha:
3-1 Wilma Monteiro de Barros
2-6 José Monteiro de Barros. Falecido solteiro.
2-7 Carlos Monteiro de Barros
Casado com Dulce Monteiro de Barros, tem :
3-1 Cláudio Monteiro de Barros
3-2 Claudete Monteiro de Barros
2-8 Maria Felicidade Monteiro de Barros
Casou com o Dr. Reinaldo Bueno, falecido, médico,
tendo:
3-1 Belkiss Monteiro de Barros Bueno.
1-2 Rosa Monteiro de Barros
Foi a primeira mulher do Coronel Luiz Eugênio Monteiro
de Barros, filho do Dr. Miguel Eugênio Monteiro de
Barros e de Maria Eugênia de Souza Breves, citados no
Cap. 16, § 5.°. Aí a geração.
1-3 Maria Tereza Monteiro de Barros
Casou com Francisco Augusto Teixeira. Filhos:
2-1 Arminda Monteiro de Barros Teixeira
Casou com seu primo Alberto Monteiro de Barros,
filho de Romualdo José Monteiro de Barros e de
Maria Tereza de Oliveira Roxo, com geração descrita
no Cap. 16, § 4.°.
2-2 Lídia Monteiro de Barros Teixeira
Casou com José Sales de Abreu, falecido a 17 de de­
zembro de 1919, filho de Francisco Sales de Abreu
e de Maria Rodrigues de Abreu, aliados a importan­
tes e conceituadas famílias de Cantagalo. Tiveram
12 filhos, registrados de 3-1 a 3-12:
3-1 Maria Tereza Sales Haussmann, casada em Minas
no ano de 1925, com Washington Haussmann,
professor de Música. Tem:
4-1 Marv Sales Haussmann.
3-2 Clarisse Sales de Abreu
Casou em Minas com o Dr. Oswaldo Cristóvão
Vieira, de Leopoldina, médico, filho de José Mar-
\ ciano Vieira e de Alcinda Guandiroba Vieira.
— 210 —

Com três filhas:


4-1 Eunice Vieira.
Envergou o hábito de freira na Ordem das
Carmelitas, recebendo o nome de Irmã Maria
Clarisse do Cenáculo.
4-2 Maria José Sales Vieira
4-3 Maria Aparecida Sales Vieira
3-3 Abel Sales de Abreu
Casou com Luzia Rodrigues, filha de Francisco
Rosa, falecido em Minas e de Maria Rosa.- Tem
seis filhos:
4-1 Terezinha Sales de Abreu
4-2 José Sales de Abreu
4-3 Maria Aparecida Sales de Abreu
4-4 Ana Maria Sales de Abreu
4-5 Paulo Antonio Sales de Abreu
4-6 Clarisse Sales de Abreu
3-4 Francisco Sales de Abreu
Casou com Rosa Leal Sales, filha de João Leal
e de Maria Leal. Tem quatro filhos:
4-1 Francisco Sales de Abreu
4-2 José Sales de Abreu
4-3 Lídia Sales de Abreu
4-4 Vicente de Paulo Sales Abreu
3-5 Ruy Brasil Sales de Abreu
Casou com Ana Sales de Abreu, tendo:
4-1 Maria Inês
4-2 Nilo Sales de Abreu
4-3 Vera Sales de Abreu
3-6 Maria Antonieta Sales
Casou com seu cunhado Dr. Oswaldo Cristóvão
Vieira, viuvo de Clarisse, acima referida no n.
3-2. Sem geração.
3-7 José Sales de Abreu Filho
Professor na Capital Federal
3-8 Maria Felicidade Sales
Freira, professou na Congregação dos Santos
Anjos, no Rio de Janeiro, Irmã Maria Odila.
3-9 Vera Cruz Sales de Abreu
Funcionária no Instituto dos Comerciários.
3-10 Jesus Sales de Abreu
Funcionário aposentado do Ministério da Educa­
ção e Saúde. Professor no colégio Juliano Mo­
reira. Casou no Rio de Janeiro a 23 de novembro
— 211 —

de 1940, com Eunice Gonçalves Leite, filha do Dr.


Antonio Gonçalves Leite, advogado e de Natalina
Gonçalves Leite. Filhos:
4-1 Wilma Sales de Abreu
Nasceu no Rio a 7 de novembro de 1941
4-2 Lídia Sales de Abreu
Nasceu no Rio a 2 de abril de 1943
4-3 João Francisco Sales de Abreu
Nasceu no Rio a 1 de outubro de 1945
4-4 Abel Sales de Abreu
Nasceu no Rio a 2 de julho de 1947
3-11 Vicente de Paula Sales Abreu
Professor licenciado.
3-12 Maria Aparecida Sales Abreu
Funcionária pública, trabalha na Prefeitura do
Distrito Federal. Casou com Ari Soutinho, fun­
cionário na mesma, no dia 22 de julho de 1942.
2-3 Rosa Monteiro de Barros Teixeira
Casou com Raúl Silva e tem um filho:
3-1 Roberto Monteiro de Barros Silva
Oficial do Exército. Nasceu a 18 de junho de
x 1923. Aspirante a 1 de março de 1943, 2.° Te­
nente a 25 de setembro de 1943; l.° Tenente a
25 de setembro de 1944. Tem o Curso de A rti­
lharia pelo Reg. de 1940 e estava classificado em
1947 no 7.° G.M.A.C.
2-4 Mariana Monteiro de Barros Teixeira
Foi a segunda esposa do Coronel Luiz Eugênio Mon­
teiro de Barros viuvo de Rosa, acima mencionada sob
n. 1-2. Geração no § 5.° do Cap. 16.
2-5 Maria da Conceição Monteiro de Barros Teixeira
Casou na cidade de Tombos (Minas) no dia 4 de
* setembro de 1897, com Alfredo Paulino de Souza, fa­
zendeiro, nascido na mesma localidade, filho de Fran­
cisco Soares de Souza Lima e de Ana Maria de
Lacerda. O casal tem nove filhos, designados de 3-1
a 3-9:
3-1 Maria das Dôres de Souza
Reside em Tombos, viuva de Ermelindo de An­
drade. Tem:
4-1 Wolner de Andrade
4-2 Walter de Andrade
4-3 Walmira de Andrade
4-4 Walperina de Andrade
— 212 —

4-5 Joaquim de Andrade


3-2 Maria Carolina de Souza
Casou com José de Magalhães, eletricista, estabe­
lecido e residente em Nilópolis, Estado do Rio,
tendo:
4-1 Maria da Penha Magalhães
4-2 Dalva de Magalhães
4-3 José Paulo de Magalhães
4-1 Getúlio de Magalhães
4-5 Doracy de Magalhães
4-6 Juarez de Magalhães
4-7 Zenáide de Magalhães
4-8 Edgard de Magalhães.
3-3 Maria Tereza de Souza.
Nasceu em Tombos (de Carangola) a 17 de outu­
bro de 1901 e aí casou, a 1 de outubro de 1917,
com Paulino Ferraz, nascido a 23 de junho de
1895 em Faria Lemos, filho de José Feliciano
Dias Ferraz e de Leovhgilda de Lacerda Ferraz.
Residem em Santa Luzia do Carangola. Filhos:
4-1 Zenith de Souza Ferraz
Nasceu a 23 de outubro de 1920 e casou em
Faria Lemos a 23 de novembro de 1946 com
Macário Amadeu Pinto Sizudo, comerciante
no Rio de Janeiro, da importante casa de cal­
çados “Cedofeita”, português, natural do Pôr-
to, filho de Macário Pinto Sizudo e de Sil-
vina Marques Pinto.
4-2 Leovegilda de Souza Ferraz
Nasceu a 23 de outubro de 1921, no mesmo
dia em que sua irmã Zenith completava um
ano. Casou Com José Carlos de Souza e re­
sidem etn Santa Luzia do Carangola. ,T em :
5-1 Delano Ferraz de Souza
5-2 José Carlos Ferraz de Souza
4-3 Devaldie Ferraz de Souza
Nasceu a 12 de agosto de 1925. Trabalha no
comércio da Capital Federal.
4-4 Nícia Maria Ferraz de Souza
Nasceu a 7 de março de 1941.
3-4 Mário de Souza Soares
Nasceu em Antônio Prado, município de São Ma­
nuel (Minas) a 8 de agôsto de 1907 e casou em
Guacuí (Espírito Santo) onde reside, no dia 11


-■m
213 —

de dezembro de 1939 com Altiva de Paula e Silva r


filha de Anselmo Paula e Silva e de Maria Au­
gusta da Silva. Sem geração.
3-5 Maria Mercedes de Souza
Casou com Laecelino Pires, lavrador residente em
Faria Lemos, tendo:
4-1 Sebastião Pires
4-2 Maria Aparecida Pires
4-3 Maria das Dores Pires
4-4 Maria fosé Pires.
3-6 Maria de Lourdes Souza
Nasceu em Tombos a 12 de dezembro de 1910 e
casou em Faria Lemos a 17 de outubro de 1934,
com Vitorio Crivellaro, nascido a 17 de junho de
1910, filho de Domingos Crivellaro e de Maria
Scopete Crivellaro, de importante família de Gê-
nova, Itália. Tem quatro filhos:
4-1 Walter Crivellaro
4-2 Wanda Crivellaro
4-3 Leda Crivellaro
4-4 Neusa Crivellaro.
3-7 Paulino Soares de Souza
Casou em Faria Lemos a 14 de dezembro de 1936
com Antónia Vicente de Souza, filha de Antônio
Vicente Carlos e de Isolina Pereira do Nasci­
mento. Filhos:
4-1 Terezinha Soares de Souza
Nasceu a 10 de outubro de 1938.
4-2 Paulo Soares de Souza
Nasceu a 23 de setembro de 1939.
4-3 Félix Nonato Soares de Souza
Nasceu a 12 de novembro de 1941.
4-4 Fábio Soares de Souza
Nasceu a 29 de julho de 1944.
4-5 Neuza Soares de Souza
Nasceu a 26 de julho de 1946.
3-8 Maria Aparecida de Souza Siqueira
Nasceu em Antônio Prado, município de Euge-
niópolis, Estado de Minas, a 8 de agosto de 1913.
Casou em Faria Lemos, município de Carangola
(M inas), a 23 de dezembro de 1930, com Vivai
Lessa de Siqueira, nascido na cidade de Tombos
a 22 de outubro de 1904. Filhos:
4-1 Luzia Lessa de Souza
— 214 —

Nasceu em Faria Lemos a 25 de setembro


de 1931.
4-2 Leilah de Souza Siqueira
Nasceu em Faria Lemos a 1 de março de 1936.
3-9 Maria do Carmo de Souza Pereira
Nasceu em Faria Lemos a 27 de abril de 1920
e casou ua mesma cidade a 22 de setembro de
1938 com José Maria Pereira, nascido em Faria
Lemos aos 28 de setembro de 1915, filho de João
Francisco Pereira e de Conceição do Nascimen­
to. T em :
4-1 Mariza Batista Pereira
Nasceu em Faria Lemos a 23 de junho de
1941.
2-6 Alice Teixeira de Avelar
Casou com Anísio Souto de Avelar, filho do Coronel
Higino Souto de Avelar e de Inácia Gomes de Avelar.
Sem geração.
2-7 Antonio Tiburcio Teixeira. Faleceu solteiro.
2-8 Ataliba Teixeira. Foi oficial do Exército e faleceu
solteiro.
1-4 Maria da Conceição Monteiro de Barros
Casou com seu primo Agostinho Monteiro de Barros, filho
de José Maria Monteiro de Barros Júnior e de Rosa Fran-
cisca Monteiro de Castro, já citado no § 3.° dêste Capítulo
(n. 1-8).
1-5 Lídia Monteiro de Barros
Casou com o Dr. Xisto Jorge dos Santos, natural da Bahia,
médico, filho de outro Xisto Jorge dos Santos e de Ura-
belina Jorge dos Santos. Tem:
2-1 Dr. Xisto Monteiro dos Santos
Formado em Medicina, reside e clinica no Rio de Ja­
neiro. Aí casou com Maria José de Freitas Santos,
filha do Dr. Brasilino Pinto de Freitas, antigo e es­
timado advogado e de Maria José de Araújo Freitas;
neta paterna de Januário Pinto de Freitas; neta ma­
terna de Augusto de Souza Araújo e de Augusta
Brandão de Araújo. Tem sete filhos:
3-1 Xisto Monteiro dos Santos
3-2 Lídia Monteiro dos Santos
3-3 Iza Monteiro dos Santos
3-4 Maria José Monteiro dos Santos
3-5 Carlos Augusto Monteiro dos Santos
— 215 —

3-6 Olga Monteiro dos Santos


3-7 Paulo Emílio Monteiro dos Santos

§ 7 — Coronel José Cândido Monteiro de Barros

Nasceu no Rio de Janeiro a 26 de maio de 1835 e faleceu


em Correias a 13 de abril de 1902. Oficial da Ordem da Rosa,
presidente da Câmara Municipal de Petrópolis, Coronel da
Guarda Nacional, proprietário de vasto latifúndio entre Cor­
reias e Itaipava.
Casou duas vezes. A primeira no Rio de Janeiro, na
Igreja da Glória, no dia 24 de julho de 1856 com Maria An­
gélica Moreira Guimarães, sua prima, nascida na cidade do
Rio de Janeiro a 27 de maio de 1830 e falecida a 20 de de­
zembro de 1860, filha de Antonio José Moreira Guimarães e
de Ana Leocádia da Cunha Barbosa.
Esta Ana Leocádia era filha do Capitão José da Cunha
Barbosa e de Arcangela Joaquina da Silva; neta materna de
Manuel da Silva Correia e de Brites Maria da Assunção a
qual era filha de Manuel Antunes Goulão, acima referido no
principio deste Capítulo ( Rcv. do Instit. Histórico Brasileiro,
vol. 58, artigo de PI. Raffard sobre Petrópolis.)
Dêste casamento nasceram três filhos, falecidos na primei­
ra infância. Segunda vez casou com Deolinda Amália Cardoso
de Lemos, falecida a 16 de abril de 1903, ,filha de João Car­
doso de Lemos e de Ana Luisa de Assunção Correia e viuva
de José Monteiro de Siqueira Carvalho.
Filhos do segundo matrimónio:
1-1 Adelaide Guilhermina Monteiro de Barros •
Nasceu a 25 de novembro de 1866 em Petrópolis e aí
faleceu a 23 de março de 1899. Casou com o Dr. Gabriel
José Pereira Bastos, médico formado no Rio de Janeiro,
onde nasceu a 27 de janeiro de 1860 e faleceu repentina­
mente, vitimado por uma faisca elétrica, no dia 10 de fe­
vereiro de 1910. Filhos:
2-1 José Cândido. Falecido na infância.
2-2 Dr. Gabriel José Pereira Bastos
Médico em Correias. Formado em 1913. Casou na
cidade de Petrópolis no dia 15 de fevereiro de 1914
com Olga Borchert, filha de Oscar Borchert e de
Maria Antónia Borchert. P"ilhos :
3-1 Maria Adelaide. P'aleceu na infância.
3-2 José Cândido Monteiro de Barros Bastos
— 216 —

Casou com Maria Eugenia Mac-Cord. Tem:


4-1 José Cândido
4-2 Maria Regina.
3-3 Maria Madalena Bastos
Casou em Petrópolis a 20 de janeiro de 1943 com
João Batista Oneto, filho de Estevão Oneto e de
Carolina De Vicenzi Oneto. Tem dois filhos:
4-1 Luiz Antonio Bastos Oneto
4-2 Luiz Fernando Bastos Oneto.
3-4 'Pedro Pereira Bastos
Casou com Henriette Pachier, filha de Renée
Pachier e de Louise Pachier. T em :
4-1 Maria de Fátima.
3-5 Maria Tereza Pereira Bastos
Casou com o Dr. Daniel Martinho da Rocha, en­
genheiro, filho do Dr. Martinho da Rocha e de
Ana Maria Sarmento Martinho da Rocha. Tem:
4-1 Ronaldo
4-2 Maria Luiza
4-3 Maria Célia.
3-6 Fernando Gabriel, acadêmico
3-7 Maria do Carmo
3-8 Jorge Bastos, acadêmico
3-9 Sérgio Bastos, colegial.
3-10 Lucas Antonio Monteiro de Barros Bastos, casou
com Yeda Rocha Bastos, filha de Sebastião Ro­
cha e de Myrtes Quintão Rocha, proprietários da
fazenda Serra, em Tombos, (M inas). Tem:
4-1 Cláudio.
3-11 Maria Lúcia Pereira Bastos
Casou no Rio de Janeiro, na Igreja da Glória do
Outeiro, no dia 2 de setembro de 1946 com o Dr.
Fernando Carneiro da Cunha, filho do Dr. Ruy
Carneiro da Cunha, ministro do Tribunal de Con­
tas do Distrito Federal e de Evalda Pereira Car­
neiro da Cunha; neto paterno de Antonio de
Siqueira Carneiro da Cunha e de Maria Adelaide
de Siqueira Carneiro da Cunha; neto materno de
Baltazar de Albuquerque Martins Pereira e de
Beanor de Albuquerque Martins Pereira. Filhos:
4-1 Maria Helena Carneiro da Cunha
Nasceu no Distrito Federal a 26 de agosto
de 1947
— 217 —

4-2 Ruy Carneiro da Cunha


Nasceu no mesmo a 14 de maio de 1949.
2-3 Rosita Monteiro de Barros Bastos
Casou, em Cascatinha, Petrópolis, a 1 de dezembro
de 1906, com o Dr. Belmiro Saldanha Rocha, forma­
do em Medicina, que durante longo período exerceu
o cargo de Inspetor de Saúde do pôrto de Paranaguá,
nascido em Campo Largo (Paraná) a 21 de janeiro
de 1880, filho de Adolfo Munhoz da Rocha, comer­
ciante, nascida nesta última cidade a 25 de dezembro
de 1866 e falecido a 8 de dezembro de 1913, casado
a 15 de outubro de 1878 com Maria Severina Salda­
nha, nascida em Campo Largo a 8 de junho de 1860
e falecida na Capital Federal a 9 de novembro de 1943;
neto paterno de Manuel Martins da Rocha, português,
e de Maria Licia Munhoz, a qual era filha do Tenente
Coronel Florêncio José Munhoz e de Luisa Licia de
Lima Munhoz ( Genealogia Paranaense, de F. Negrão,
1-235 c Genealogia Paulista, de Silva Leme, 9-207).
Filhos:
3-1 Nelson Bastos da Rocha
Nasceu em Jaguaraiva (Paraná) a 10 de dezem­
bro de 1907 e casou em Paranaguá a 20 de maio
de 1930, com Ema Branco, aí nascida a 14 de
março de 1908, filha do Major Euripides Rodri­
gues Branco, comerciante na mesma cidade, agente
de companhias de navegação, e de Hermília Pe­
reira da Costa Branco; neta paterna de Coronel
João Rodrigues Branco, que durante muitos anos
exerceu o cargo de secretário da Câmara Muni­
cipal de Paranaguá e mais tarde o de Coletor de
Rendas Estaduais e de Luisa Josefina da Silva
Branco; neta materna do Coronel Saturnino Pe­
reira da Costa e de Guilhermina Pereira da Costa.
Reside o sr. Nelson em Santos, havendo:
4-1 Rosa Maria Bastos da Rocha
Nasceu en» Paranaguá a 28 de abril de 1931
4-2 Ana Maria Bastos da Rocha
Nasceu em Santos a 18 de dezembro de 1933
4-3 Gilda Maria Bastos da Rocha
Nasceu em Santos a 1 de novembro de 1936.
3-2 Ruth Bastos da Rocha
Nasceu a 21 de janeiro de 1909. Casou com Ruy
— 218 —

de Castro Bicudo, comerciante de café em Curi­


tiba, filho de Roberto Bicudo. Sem geração.
3-3 Eurico José Bastos da Rocha .
Nasceu em Paranaguá a 2 de maio de 1910. Co­
merciante em São Paulo, onde casou (Aclimação)
no dia 24 de maio de 1939, com Dorothy Vieira
Braga da Rocha, nascida na mesma localidade a
20 de junho de 1920, filha de Joaquim Vieira
Braga, nascido em Figueira da Foz (Portugal) a
11 de fevereiro de 1892 e casado em São Paulo
a 26 de julho de 1913 com Mariana Stamato
Braga, nascida em São Carlos a 20 de março de
1892; neta paterna de Francisco Vieira Braga,
português, nascido a 4 de agosto de 1854, fale­
cido em São Paulo a 24 de dezembro de 1936 e
casado a 11 de novembro de 1881, com Maria
Vieira Braga, nascida em Figueira da Foz a 6 de
de outubro de 1862; neta materna do conceituado
industrial em São Paulo, Rafael Angelo Stamato,
nascido em Palermo (Itália) a 21 de outubro de
1863 e casado em sua pátria no dia 20 de janeiro
de 1887, com Maria Tárdio Stamato, nascida em
San Ruffo (Itália) a 24 de maio de 1866. Filha
única:
4-1 Sônia Maria Braga Rocha
Nasceu em São Paulo a 22 de abril de 1940
e no dia 25 foi registrada sob n. 350 no Re­
gistro Civil da Aclimação.
3-4 Raul Bastos da Rocha
Nasceu em Paranaguá a 11 de janeiro de 1912
3-5 Hugo Bastos da Rocha
Nasceu em Paranaguá a 1 de maio de 1915. Casou
com Euníce Rocha, tendo:
4-1 Rosita Bastos Rocha
3-6 Maria Helena Bastos Rocha
Nasceu a 23 de janeiro de 1918. Falecida.
3-7 Adolfo Munhoz da ítocha Neto
Nasceu em Paranaguá a 13 de outubro de 1919.
2-4 Eduardo de Queiroz Bastos
Adotou o sobrenome Queiroz em atenção ao padrinho,
que o criou, Dr. M. Edwiges de Queiroz, abaixo cita­
do. Casou com Zaira Ferreira e não tem geração.
2-5 Henrique Bastos
— 219 —

Casou com Juraci Bastos, a qual enviuvando, professou


na severa Ordem das “Carmelitas”, no Rio de Janeiro.
2-6 Adelaide Bastos
Também recolheu-se ao claustro, envergando o hábito
de freira em uma ordem religiosa.
1-2 Ana Monteiro de Barros
Segunda filha do Coronel José Cândido. Sem inais noti­
cias.
1-3 Maria Tereza Monteiro de Barros
Casou com o Dr. Manuel Edwiges de Oueiroz Vieira, per­
sonalidade de prestígio e destaque na primeira República,
ocupando, entre outros o lugar de Chefe de Polícia do Dis­
trito Federal. Sem geração.
O Dr. Edwiges de Oueiroz casou-se na Capela da fa­
zenda Engenhoca, como consta no livro de casamentos da
Igreja Matriz de Petróoolis, n. 7, fls. 77 v. Nasceu e foi
batizado na freguesia de Sant’Ana do Macacu, filho de Emí-
dio Lopes Vieira e de Domitilde Josefa de Queiroz.
1-4 Laura Monteiro de Barros
Nasceu em Petrópolis em 1884.
Casou em Petrópolis (Liv. 8 de casamentos da Matriz, fls.
15) no dia 10 de maio de 1901, com seu cunhado Dr. Ga­
briel José Pereira Bastos, viúvo de Adelaide, acima citada
no n. 1-1, nascido e batizado em São Cristovão, filho de
outro Gabriel José Pereira Bastos e de Maria Margarida
Guedes.
Tem duas filhas:
2-1 Maria da Glória Pereira Bastos
Casou com Raul Moreira Guimarães, filho do Dr. José
Augusto Moreira Guimarães e de Francisca Agapito
da Veiga Moreira Guimarães, filha esta, do notável
jurisconsulto Dr. Didimo Agapito da Veiga e de Fran­
cisca Osório da Veiga; neta paterna do Desembar­
gador Didimo Agapito da Veiga.
Filho:
3-1 José Roberto.
2-2 Maria de Lourdes Pereira Bastos
Casou em Correias (Petrópolis) a 7 de novembro de
1927, com Luiz de Moura Monteiro, nascido em Pe­
trópolis a 11 de fevereiro de 1905, proprietário da
importante fazenda Santa Alda, fundada pelo Barão
de Santa Alda, na estação Benjamin Constant, filho
de Manuel da Silva Monteiro e de Regina de Moura
Monteiro.
220 —

Manuel da Silva Monteiro, antigo e estimado-


comerciante e industrial na praça do Rio de Janeiro,
foi um dos condóminos e fundadores da célebre usina
metalúrgica “Hime”, que já existia em 1881 sob a
firma Monteiro, Hime e Comp.. Eram sócios: An-
tonio da Silva Monteiro, João Pereira da Silva Mon-
* teiro, Edward George Elkin Hime, José Gonçalves
Fontes, Joaquim de Oliveira Vilar. Depois de diver­
sas transformações e alterações na firma, a usina faz
parte, neste ano de 1948, da Companhia Brasileira de
Usinas-Metalúrgicas S.A. sendo diretores, entre ou­
tros, N. H. Hime e Júlio Moura Monteiro. Êste-
faleceu, no Rio, a 21 de julho de 1949.
C a pít u l o 9

EV A RISTO M ON TEIRO DE BARROS

Não figura no inventário do Visconde, pelo que pensamos


■que tenha falecido solteiro, antes dêle.
NOTA. — Por motivos de conveniência de estudos e por
outros pessoais que pouco importa ao leitor, não classificamos
os filhos dos Viscondes de Congonhas do Campo pela ordem
cronológica dos respectivos nascimentos. Não altera, não em­
baraça, não prejudica em coisa alguma ao estudo. Entretanto,
para conhecimento dos parentes e descendentes, presumimos
que seja a seguinte a colocação de cada um na escala, ficando
sujeita a futuras e mais rigorosas pesquisas.
1. °) Dr. Antonio Augusto Monteiro de Barros. Nasceu
nas Ilhas em 1790, dizem os biógrafos.
2. °) Inácio Gabriel. Deveria ter nascido na Bahia quan­
do seu pai ali exercia o cargo de juiz de fora do cri­
me. Em 1828 já era Coronel, como se infere da
carta do Barão de Iguape, constante no Cap. 4.°.
3. °) Dr. José Maria Monteiro de Barros. Nasceu na
Bahia a 8 de agosto de 1798.
4. °) Dr. Rodrigo Antonio. Veio ao mundo por volta de
1804. como faz certo o assento de óbito que lhe dá
quarenta anos, mais ou menos, em 1844.
5. °) Maria do Carmo. Temos certidão: nasceu a 28 de
janeiro de 1805.
6.°) Manuel. Foi batizado a 11 de março de 1806. Cer­
tidão em nosso poder.
.7.°) Gabriel. Batizado a 7 de julho de 1808. Certidão
Supomos que êste seja Gabriel Evaristo. O Viscon
de costumava dar nomes compostos aos filhos: An
tonio Augusto, Rodrigo Antonio, Ana Helena, Ma
ria do Carmo, etc. Os párocos, «porém, tomavam,
nota só do primeiro nome, Antonio, Rodrigo, Ana.
Maria, pelo cjue e possível que o àacerdote que o.
batizou tomasse nota só do prenome “Gabriel”. Em
todo o caso, nem Gabriel, nem Evaristo figuram no
inventário paterno, nem aparecem representantes
8.°) Ana Helena. Nasceu a 13 de agosto de 1809. Cer­
tidão.
9. °) Lucas Antonio. Nasceu em Correias a 26 de outu­
bro de 1812, informa o Coronel Laurênio Lago, no
valioso trabalho “Supremo Tribunal’’, pág. 16.

Já estavam impressas estas linhas e as provas em segunda,


revisão, quando, em fins de maio de 1951, deliberamos seguir
em-viagem de recreio para o Rio de Janeiro; aproveitamos o
nosso tempo em proceder às últimas pesquisas e investigações
para o preparo definitivo deste livro.
Não foi infrutífero o nosso trabalho. Entre outras, uma sur­
presa estava reservada; encontramos o nome de mais uma filha
do Visconde, muito embora seja num têrmo de óbito. No livro
n.° 2 de óbitos da paroquia de São José, a ds. 290 v., consta que
no dia 7 de junho de 1815 faleceu: Mariana, filha do Desem­
bargador Lucas Antônio Monteiro de Barros e Dona Maria 'Fe­
reza Monteiro.
Quando e onde nasceu esta filha ? Infelizmente o têrmo na­
da esclarece.
Oito dias depois, o Visconde, então Desembargador l ucas,.
recebe novo golpe e sofre novo desgosto: no íesmc» livro à fls
291, consta que no dia 15 de junho de 1815, faleceu o seu filho
Gabriel, sem informar o lugar e data do nascimento. Este Ga­
briel é o n.° 7 da lista acima, batizado a 7 de junho de 1808.
I

T Í T U L O II."

DESCENDÊNCIA

DO

Dr. JO ÃO GUALBERTO MONTEIRO DE BARROS

Segundo filho do Guarda-Mor Manuel


José Monteiro de Barros e de sua mulher
Margarida Eufrásia da Cunha Matos.
DR. JOAO GUALBERTO M ON TEIRO DE BARROS

Nasceu em Congonhas do Campo. Seguindo o exemplo
do irmão Lucas, matriculou-se na Universidade de Coimbra,
na Faculdade de Direito a 5 de outubro de 1787 e na de Ma­
temáticas a 25 de outubro de 1788.
Em 1791 icquereu justificação “de Gcnere et moribus”,
provavelmente para encaminhar-se à vida sacerdotal, o que não
chegou a levar a efeito. Regressou a Vila Rica e aí casou em
179.. com Ana Felizarda da Fonseca, filha de José Veríssimo
da Fonseca e de Ana Joaquina Felizarda de Oliveira.
A família de José Veríssimo da Fonseca está tão entrela­
çada com os Monteiros de Barros, que pedimos licença para
tratar mais detalhadamente. •
José Veríssimo da Fonseca nasceu em Vila Nova de Por­
timão, (Algarve) filho de Felix da Fonseca Leandro (escrivão
da Câmara de Silves) e de Feliciana Jacinta da Fonseca; neto
paterno do Capitão Florêncio Alexandre Henriques e de Mar­
cela Maria de Almeida (de famílias gradas de Portimão) ; neto
materno de Capitão José Paes de Mesquita e de Catarina da
Piedade, da Vila de Alvor. (Justificação de nobresa processada
em Silves e julgada a 8 de março de 1765).
Diretamente de Portugal partiu para Vila Rica, em 1765.
Nesta residiu durante cinquenta e um anos, gozando sempre de
prestígio e de estima pública, servindo de tabelião por provisão
de 2 de janeiro de 1778, escrivão da Ouvidoria Geral a 23
de dezembro de 1778, renovada em 1782 e 1784. Tesoureiro
da Câmara em 1789.
Casou-se a 5 de agosto de 1767 com Ana Felizarda Joaqui­
na de Oliveira, filha do Tenente José Alvares Freire, já fale­
cido naquela data e de Paula Joaquina de Oliveira, da cidade
do Rio de Janeiro, Candelária.
Faleceu a 5 de fevereiro de 1816, havendo os seguintes
filhos:
1) Francisco Xavier da Fonseca. Em 1816 contava 52
anos. Foi Capitão de Auxiliares e tabelião em Cam­
panha da Princeza.
226 —

2) Feliciana Cândida Esmeria da Fonseca, viuva do Ca­


pitão Mateus Alberto de Souza Oliveira e Castro. Tem
descendentes casados na família Monteiro de Barros.
3) Bernarda, casada com o Coronel Bernardo Teixeira
Alves.
4) Francisca. Baronesa de Paraopeba, com enorme des­
cendência no título 4.°, casada com o Barão de Pa­
raopeba.
5) Ana Felizarda, viuva do Dr. João Gualberto Montei­
ro de Barros, de quem tratamos nêste Título.
6) Inácia da Fonseca. Faleceu logo depois do pai, dei­
xando viuvo o Capitão Agostinho Nogueira Penido.
Foi representada no inventário pelos filhos menores
seguintes:
a) José, com 18 anos; b) Agostinho, com 17 ;
c) Jerônimo, com 16; d) Maria, com 15; e)
Fortunato, com 11 ; f) Francisco, com 9; g) Joa­
quim, com 7; h) Antonio e Antónia, gêmeos, com
5.
7) Capitão José Pedro JTarlos da Fonseca, falecido depois
do pai. deixando viuva, Ana Reduzinda Vandelina da
Silva e os seguintes filhos:
a) José, de 15 anos (formado em Direito, foi o
proveto advogado no Rio de Janeiro, José Pedro
Carlos da Fonseca) ; b) Luiz, de 12 anos (foi
o notável médico Dr. Luiz Carlos da Fonseca, de
quem trataremos adiante, com descendentes liga­
dos à família; c) Maria, de 9 anos; d) Ana, de
3 anos;
8) Maria Rosa da Fonseca, com 39 anos, em 1816.
9) Tenente-Coronel Fortunato Rafael Arcanjo da Fon­
seca, viuvo, foi membro do Consêlho do Govêrno de
Minas — 1830 a 1834 — deputado provincial.
10) Antónia Fortunata, de 36 anos.
Como vimos, em 1816 o Dr. Joãó Gualberto já era fale­
cido. De seu casamento com Ana Felizarda, teve a filha única.

t
C a pít u l o 10

MARIA DO CARMO M ON TEIRO DE BARROS


*
Filha única do Dr. João Gualberto Monteiro de Barros e
de Ana Felizarda da Fonseca.
Casou com o Capitão Manuel Bobo Leite Pereira, filho do
Capitão Luiz Lobo Leite Pereira e de Josefa de Avila e Silva
Figueiredo.
O Capitão Luiz Lobo é o filho mais velho do Coronel
João Lobo Pereira Leite e de Tereza da Silva Avila de Fi­
gueiredo ; nasceu em . Cachoeira do Campo, município de Ouro
Preto e faleceu a 12 de julho de 1788. D. Tereza é filha do
Alferes Manuel Coelho Rodrigues e de Josefa de Avila e Silva
(A rtur Rezende " Gentalog. Mineira”, vol. 2, pág. 57).
O Capitão Manuel Lobo deveria ter nascido em 1767 ou
68, porque no testamento de seu pai, feito em 1788, consta a
idade de 21 anos mais ou menos. Faleceu em 1842 e a viuva,,
Maria Josefa d’Avila, em 1848, deixando seis filhos:
§ 1 — Mateus Herculano Pereira Lobo
§ 2 — Maria Fortunata Monteiro de Barros Lobo
§ 3 — Ana Carolina Monteiro Pereira Lobo
§ 4 — José Francisco Pereira Lobo
§ 5 — Fortunata Augusta Monteiro Baeta
§ 6 — Joaquim Pereira Lobo
sje sfc ‘;>|e

§ 1 — Mateus Herculano Pereira Lobo


Casou-se com Maria Ferreira de Jesus. Houve nove filhos::
1-1 Maria do Carmo
Casou com José Leite Soares
1-2 Felício Herculano Pereira Lobo
Casou com Ana de Lima
— 228 —

1-3 Antonio Herculano Pereira Lobo


Casou com Maria do Carmo e tem geração.
1-4 Lucas Herculano Pereira Lobo
Casou com Francisca Albano de Jesus e tem geração.
1-5 Fortunata Augusta
Casou com Herculano Fernandes de Lima
1-6 Benjamin Herculano Pereira Lobo
Casou com Ana Cândida de Lima, tendo:
2-1 Laurinda Lobo
2-2 Antonio Lobo
2-3 José Benjamin Lobo
1-7 José Cândido Pereira Lobo
Casou com Maria José Leite #
1-8 Joaquim Antonio Pereira Lobo
Casou com Maria Antónia de Jesus, tendo:
2-1 Ana
2-2 Clara Auta de Jesus
2-3 Maria de Jesus Lobo
2-4 Arminda de Jesus
1-9 Ana Joaquina Lobo
Casou com Joaquim Soares. Tem:
2-1 Maria Joaquina Leite i
Casou com Antonio Leite Soares, morador na Sole­
dade. y
2-2 Fortunata Joaquina de Jesus
2-3 Justino Homem Leite Soares
2-4 Lucas Leite Soares

§ 2 — Maria Fortunata Monteiro de Barros Lobo


Casou com o Comendador Joaquim Lourenço Baeta Neves,
português, nascido em 1800 na Vila de Góes, distrito de Coim­
bra e comarca de Arganil, filho do Sargento-Mór Manuel
Baeta Neves e de Ana Manuel (de Corteredor) ; neto pater­
no de Lourenço Baeta das Neves, nascido em 1716, e de Je-
rônima Lopes (de Espigão). Êste ultimo Lourenço era filho
de Manuel Baeta, nascido em 1694 e de Josefa das Neves (de
Albegaria) ; neto paterno de Simeão Dias Baeta e de Maria
de Almeida. (Dados colhidos em um “Quadro Genealógico’’
da família do Dr. Lourenço Baeta Neves, oferta da sua Exma.
filha, Doutora Edith Costa Baeta Neves).
Aproveitamos o ensejo, pedindo licença, para indicar um
pequeno equívoco constante na terceira coluna, na descrição dos
bisavós, equívoco em que também incorre o Dr. Artur Re­
zende, Genealogia Mineira, vol. 2, pág. 176, onde diz que Maria
— 229 —

do Carmo, casada com Manuel Lobo Leite Pereira, era irmã


do Barão de Paraopeba
Engano, D. Maria do Carmo era sobrinha do Barão.
Êste equívoco é explicável, pois, de fato, o Barão de Pa­
raopeba teve uma irmã de nome Maria do Carmo, casada com
Domiciano Ferreira de Sá e Castro.
Faleceu D. Maria Fortunata em 1864, deixando:
1-1 Maria do Carmo Baeta Neves
Casou com José Ferreira de Faria, residente em Queluz.
Tiveram, entre outros:
2-1 Joaquim Faria
Casou com Joana Tavares de Faria, tendo:
3-1 Maria Amália
3-2 Ismênia
3-3 Celina.
(N o ta ). A êste ramo prende-se também o Dr. Guilherme
Baeta de Faria, distinto oficial do Exército brasileiro e Guada-
lupe de Faria, que foi casado com Leopoldina de Faria Baeta,
hoje viúva, residindo no Rio de Janeiro e a quem endereçamos
uma carta solicitando informações e da qual não obtivemos
resposta.
1-2 Joaquim Lourenço Baeta Neves.
Agraciado por decreto de 24 de maio de 1873 com o título
de Barão de Queluz. Faleceu em 1880. Casou com Maria
da Conceição (falecida em 1884), filha de Daniel Baeta
Neves. Filhos:
2-1 Maria José Baeta Neves
Casou com Joaquim Camilo Baeta Neves, nascido a 13
de agosto de 1856, filho dos Barões de Louredo.
Filhos:
3-1 Leónidas Baeta Neves
3-2 Maria Baeta Neves ^
3-3 Melania Baeta Neves
3-4 Alexis Baeta Neves
3-5 Gastão Baeta Neves
3-6 Sílvio Baeta Neves.
2-2 Joaquim Lourenço Baeta Neves Filho.
Cásou com sua prima Maria Leonor Teixeira Baeta
Neves Calazans, tendo.
3-1 Maria Augusta Baeta Neves
Casou com Antônio Furtado de Mendonça, dei­
xando pelo menos dois filhos, Augusto Baeta Fur­
tado, casado com Cristina Baeta Botelho, filha de
José Augusto Botelho e de Virgínia Baeta Neves,
v

— 230 —

abaixo mencionados, 1-8, e o Dr. Antônio Furtado


de Mendonça, engenheiro.
3-2 Maria Fortunata Baeta Neves
Casou com Afonso Urbano Baeta Alvim, filho do
Dr. Francisco Urbano Baeta Alvim e de Maria
. Leonor Baeta Neves, adiante citados.
3-3 José Francisco Baeta Neves
Casou com sua prima Julieta Teixeira Baeta Ne­
ves, irmã de Maria Leonor, citada em 2-2, acima.
Filhos:
4-1 Dr. Paulo Baeta Neves. Bacharel em Direito,
deputado federal à Constituinte de 1946, mem­
bro da Comissão dos 37 que elaborou o pro­
jeto de Constituição de 1946. Nasceu a 2 de
agosto de 1898. Casou no Distrito Federal
a 19 de março de 1935, com Maria Sevilha
Baeta Neves. Filhos:
5-1 Paulo Roberto Baeta Neves
5-2 Maria da Glória Baeta Neves, ginasianos.
4-2 Olga Baeta Neves. Professora normalista.
4-3 Augusta Baeta Neves
Professora normalista. Casou com Raul An­
tunes e tem :
5-1 Magno
5-2. Gésilo
Alunos do Colégio Felisberto de Menezes.
5-3 Cormarie
5-4 Míriam
5-5 Dejane.
.2-3 Daniel Lourenço Baeta Neves
-Casou com Leopoldina Amélia de Calazans Baeta.
2-4 Henriqueta Maria Baeta
Casou com o Dr. Cristiano José da Silva Pena, resi­
dente em Lavras, onde clinica, nascido a 2 de maio de
1869, filho de José Jorge da Silva e de Joana Miquelina
Fidelis de Bonfim. Tem:
3-1 Mário Baeta da Silva
Nasceu a 19 de fevereiro de 1896 e casou com
Ana Vieira da Silva, nascida a 22 de julho de
1902, filha de Azarias Vieira de Carvalho, nas­
cido a 22 de junho de 1871 e casado a 25 de agosto
de 1890 com Emerenciana Maria da Conceição;
neta paterna de João Antônio Vieira, nascido em
1840 e de Maria Umbelina de Carvalho; neta ma-
— 231 —

terna de Pedro da Silva de Gouvêa e de Ana


Isabel de Oliveira, todos vinculados a famílias do
sul de Minas. Filhos:
4-1 Augusto Baeta da Silva
Nasceu a 1 de novembro de 1925.
4-2 Roberto Baeta da Silva
Nasceu a 27 de janeiro de 1929.
4-3 Julieta Baeta da Silva
Nasceu a 3 de novembro de 1931.
4-4 Ana Baeta da Silva
Nasceu a 2 de outubro de 1933.
3-2 Maria Baeta da Silva
Casou com Aristóteles Pinheiro, filho de Cristo-
vão Pinheiro da Silva, nascido a 8 de novembro
de 1869 e de Mariana Pinheiro da Silva; neto
paterno de José Pedro da Silva Ramos e de Ma­
riana Prudência de Jesus; neto materno de Fran­
cisco Pinheiro da Silva e de Bárbara Freire de
Assunção.
3-3 Dr. Augusto da Silva Pena. Médico.
3-4 Dr. Henrique. Cirurgião dentista.
3-5 Georgina.
2-5 Maria Augusta
2-6 Maria Fortunata
2-7 José Lourenço Baeta Neves.
1-3 )r. Tosé Joaquim Baeta Neves
lacharel em Direito pela Faculdade de Recife; deputa o
rovincial; chefe de polícia em Minas; juiz de direito na
omarca de Queluz (M inas), Taubate, A tibaia, Campmas
15 de novembro de 1889; chefe de policia de Sao Paulo
la presidência do Barão de Guajará; juiz de direito em
JãoP João d’El Rei. Casou duas vêzes. A primeira em
Pernambuco, com Maria Tomázia Paes de A ndrade, a se^
rUnda em Minas, com Cristina Baeta Neves. Teve sete
ilhos da primeira e quatro da segunda:
?-l Dr. José Joaquim Baeta Neves Filho
Bacharel em Direito, promotor publico .
Paulo) juiz municipal de Atibaia e de Abaete, advo­
gado nó Rio de Janeiro; comissário de cafe e tundador
do “Banco Comissário Minas e Rio ; funcionário da
Fazenda; secretário da presidência da RePubhcap
govêrno do Marechal Hermes. Casou com Ohvia Bor-
çes Machado, filha do Almirante Borges Machado.
— 232 —

Filhos:
3-1 Dr. Luiz Machado Baeta Neves
Diplomado em Engenharia pela Escola Politécnica
do Rio de Janeiro. Químico da Usina Junqueira,
em Igarapava, Estado de S. Paulo. Faleceu em
Ribeirão Preto a 29 de outubro de 1938. Casou
duas vêzes. A primeira com Ilka Mascarenhas
Werneck, filha de José Inácio de Avelar Werneck
e de Madalena de Mascarenhas Werneck. Segunda
vez, a 30 de março de 1937, com Marina Car­
neiro, natural de Santos, filha de Antônio da Costa
Carneiro, sócio de uma das mais importantes casas
de comércio da praça de Santos, ferragens por
atacado e de Maria Fonseca Carneiro, Deixou
uma filha com a segunda:
4-1 Marilu Uza Carneiro Baeta Neves
Nasceu a 23 de abril de 1938. Reside em
Santos em companhia de sua mãe e dos avós
maternos.
3-2 José Machado Baeta Neves
Perito Contador. Viúvo de Lourdes de Almeida
Bastos, falecida em março de 1949, sem deixar
geração.
3-3 Antônio Machado Baeta Neves
Reside no Distrito Federal, casado com Heloísa.
Fiusa Baeta Neves, irmã do Dr. Yedo Fiusa.
Tem dois filhos:
4-1 Heloísa Maria Baeta Neves
4-2 Cláudio Luiz Baeta Neves.
3-4 Paulo Machado Baeta Neves
Reside em Cravinhos (S. Paulo). Casado com
Daisy Silveira Baeta Neves, tendo dois filhos:
4-1 Paulo Edmundo Baeta Neves
4-2 Luiz Roberto Baeta Neves.
2-2 Dr. Luiz Felipe Baeta Neves
Doutor em Medicina e Bacharel em Direito. Fêz parte
da comissão médica brasileira na primeira guerra euro-
péia, dirigindo um hospital francês. Fundou em São
Paulo um dos primeiros estabelecimentos hospitalares,
o Instituto Paulista, casa de saúde que até hoje presta
relevantes serviços; industrial e fazendeiro.
Nasceu em Minas a 25 de outubro de 1866 e fale­
ceu em São Paulo a 27 de dezembro de 1936. Casou
nesta última cidade em setembro de 1899 (Cartório-
— 233 —

de Santa Ifigênia) com Luisa do Amaral, nascida em


Campinas a 3 de setembro de 1873 e falecida em São
Paulo a 29 de julho de 1937, filha de Carlos Augusto
do Amaral e de Ana Luisa Teixeira. (Silva Leme,
4-88). Filhos:
3-1 Dr. Luiz Felipe Baeta Neves
Engenheiro agrónomo, diplomado pela Escola Su­
perior de Agricultura “Luiz de Queiroz’, Piraci­
caba. Nasceu em São Paulo a 5 de setembro de
1901 e casou na mesma localidade (Cartório de
Santa Cecília, liv. de casam. n. 440, fls. 274) no
dia 19 de dezembro de 1935, com Maria Cândida
Prates, nascida em São Paulo a 9 de maio de 1915,
filha de Guilherme Prates, abastado proprietário
e fazendeiro, presidente da Sociedade Hípica Pau­
lista e de Cândida Botelho Pinto P rates; neta
paterna dos Condes de P rates; neta materna do
Dr. Firmiano Pinto, bacharel em Direito, secre­
tário da, Fazenda e da Agricultura, deputado
federal, presidente do Banco de Crédito Real de
S. Paulo, prefeito da Capital, e de sua mulher
Cândida de Arruda Botelho Pinto.
O Conde de Prates, Eduardo Prates, era filho
do Dr. Fidêncio Nepomuceno Prates e de Ino­
cência Júlia da Silva, filha, esta, dos Barões de
Antonina, sôbre quem prestamos esclarecimentos
inéditos na monografia “Barão de Antonina”,
pág. 70.
A Condessa de Prates era filha do' Cadete
Joaquim José dos Santos Silva e de sua segunda
esposa Cerina de Souza e Castro, de quem trata­
mos no livro ‘‘Família Jordão”, pág. 51, onde,
além de informações inéditas, publicamos a foto­
cópia de uma carta do Cadete Santos, agraciado
com o título de Barão de Itapetininga.
O Dr. Firmiano Pinto era filho- do Alferes
Antônio José Pinto e de Emília de Morais.
Sua esposa, Cândida de Arruda Botelho, era
filha dos Condes do Pinhal, sôbre quem já escre­
vemos detalhadamente e cuja descendência publi­
camos em sua totalidade em “Oliveiras”, pág. 153.
A Condessa do Pinhal era filha dos Viscon­
des de Rio Claro, citado também com alguns es­
clarecimentos no Cap. 51, § 3.°. Filhos:
234 —

4-1 Maria Cândida Baeta Neves.


3-2 Maria Tomázia Baeta Neves
Nasceu em S. Paulo a 27 de janeiro de 1904.
Casou com Alcides de Lara Campos, nascido em
Barra Bonita a 23 de outubro de 1899, filho de
Antenor de Lara Campos, abastado fazendeiro de
café e comerciante do mesmo produto na praça de
Santos, já falecido, casado em S. Paulo a 17 de
setembro de 1895 com Amélia Piza de Lara Cam­
pos; neto paterno de Teotônio Rodrigues de Lara
Campos e de Francisca de Goes de Lara Cam­
pos; neto materno do Coronel Joaquim de Toledo
Piza e Almeida e de sua primeira mulher Teodora
Martins Bonilha de Toledo Piza. Vide "Olivei­
ras”, pág. 44 e " Tribunal de Relação”, pág. 329,
onde constam informações mais desenvolvidas que
deixamos de repetir. Tem um filho:
4-1 Luiz Carlos Baeta de Lara Campos
Casou com Marina Barbosa Ferraz, nascida
a 22 de março de 1926, filha de Aristides
Barbosa Ferraz, casado a 7 de abril de 1923
com Maria Joana Prado de Oliveira, nascida
em S. Paulo a 16 de abril de 1903; neta pa­
terna do Coronel Antônio Barbosa Ferraz
Júnior, um dos pioneiros do progresso e do
desbravamento da fértil região do norte do
Paraná, onde abriu magníficas lavouras de
café e de Ana da Silveira Corrêa; neta ma­
terna do Dr. Alberto de Oliveira e de Lavínia
Prado de Oliveira. Detalhes e mais informa­
ções que deixamos de repetir, vida “Família
Jordão”, pág. 98.
O Dr. Alberto de Oliveira é filho dos
Barões de Cruangi, de Pernambuco. A Baro­
nesa, Maria Joana Lopes de Araújo, ,era filha
do Visconde de São José do N o rte; depois
de viúva casou com o Conselheiro Francisco
Xavier Pinto Lima e foram agraciados com
o título de Barões de Pinto Lima.
D. Lavínia Prado de Oliveira é filha do
Dr. Martinho da Silva Prado Júnior e de
Albertina P. Prado (",Jordão”, pág. 98).
O casal Luiz Carlos-Marina já tem uma
— 235

filha, Lia, cujo nascimento foi anunciado na


“Folha da Manhã” de 15-10-1948.
Segunda vez casou o n. 3-2 com o Dr./t^. Bayma, pres-
tigiostrp»litico, um dos chefes do Partido Constitucio-
nalista (P. C.), bachareLem Direito e advogado. Tem
uma filha: S 4* r Z /U c r tl .
4-2 Maria Helena.
3-3 Augusto Baeta Neves. Falecido solteiro.
2-3 Augusto Báeta Neves.
Farmacêutico, morreu solteiro.
2-4 Maria Laurinda Baeta Neves. Falecida.
2-5 Américo Baeta Neves
Foi farmacêutico em Santos. Aí casou com Adelaide
Bastos, filha do Coronel Adolfo Bastos e de Maria
Pereira Bastos. Faleceu, sem geração, a 20 de agosto
de 1918. Sua viúva contraiu segundas núpcias com La-
fayete Pacheco, tabelião na mesma comarca.
2-6 Abílio Baeta Neves. Faleceu solteiro.
2-7 Dr. Francisco Amynthas Baeta Neves
Nasceu em 1873. Engenheiro, prestou serviços na Pre­
feitura do Rio de Janeiro, na Repartição de Águas e
Esgotos de S. Paulo, na Prefeitura e na Comissão de
Saneamento de Santos, na Estrada de Ferro Central
do Brasil, na Fazenda estadual do Rio de Janeiro. Ca­
sou duas vêzes. A primeira com Júlia Fernandes Leão,
filha do Conselheiro Antônio da Rocha Fernandes Leão
e de Bárbara Eugênia Brandão Rocha Leão. Bárbara
Eugênia Brandão da Rocha Leão era filha do Coronel
Martiniano dos Reis Brandão (sobrinho de Marília de
Dirceu) e da Bárbara Alexandrina Ferreira Lopes;
neta paterna de João Crisóstomo da Fonseca' Reis,
antigo tabelião na comarca de Campanha, além de notá­
vel músico e violonista e de Ana de Seixas Brandão;
neta materna do Comendador Francisco de Paula Fer­
reira Lopes e de Ana de Paiva.
O Comendador era filho de ura português, que
em meados do século 18 se estabeleceu com loja de
fazendas em Campanha, onde casou comMaria Eugê­
nia de Jesus e que foi o fundador da importante família
Ferreira Lopes, espalhada por todo o sul do Brasil.
Ana de Seixas Brandão (Ana Luisa de Seixas da
Silva Brandão) era filha do Brigadeiro José da Silva
Brandão, casado em 1781 com Ana Sanches de Seixas
da Silva e Ávila; neta paterna do Capitão João da
— 236 —

Silva Brandão, de Oliveira de Azemeis, Bispado do*


Pôrto e de Antónia Maria de Oliveira; neta materna
do Sargento-Mor Francisco Sanches Brandão e de
Isabel Feliciana Narcisa de Seixas.
O Dr. Aureliano Leite, no “0 Cabo-Maior dos Pau­
listas”, pág. 156, presta informações sôbre a família
do Com. Francisco de Paula Ferreira Lopes.
Filhos:
3-1 Dr. Nelson da Rocha Baeta Neves
Nasceu em Santos a 25 de junho de 1901. Médico
em São Paulo. Casou no dia 18 de julho de 1929
com Ethérea da Silva Gomes, filha de Domingos
da Silva Gomes e de Ethérea de Souza Gomes..
Filhos:
4-1 Nelson Luiz Baeta Neves
Nasceu em São Paulo a 11 de janeiro de 1932.
4-2 Nícia Júlia Baeta Neves
Nasceu em São Paulo a 2 de maio de 1936..
3-2 Dr. Francisco da Rocha Baeta Neves
Formado em Medicina. Casou com Melcides Baeta
Neves e tem :
4-1 Francisco Baeta Neves
4-2 Sandra Maria Baeta Neves
4-3 Maria Lúcia Baeta Neves.
Em segundas núpcias casou o n. 2-7 com Luisa Matoscr
de Queiroz, filha de Cândido Aurélio Monteiro de
Queiroz e de Catarina Adelaide Monteiro Matoso de
Queiroz.
Em segundas núpcias casou o Dr. José Joaquim Baeta
Neves (n. 1-3) como ficou dito, com Cristina Baeta Neves,,
tendo:
2-8 Egídio Baeta Neves
Faleceu solteiro.
2-9 Abílio Baeta Neves
Reside em S. Paulo, alto funcionário do Laboratório-
e Drogaria Fontoura Xavier. Casou em Belo Hori­
zonte a 14 de abril de 1941 com Ana Amélia Lage
Drumond, tendo:
3-1 Maria Cristina Baeta Neves
3-2 Maria Cecília Baeta Neves
3-3 Nelson Antônio Baeta Neves. A primeira nascida,
em Minas, as outras em São Paulo.
2-10 Augusto Baeta Neves
Falecido. Casou com uma filha do Dr. Sebastião Ri-
— 237 —

beiro, conceituado médico em Juiz de Fora, tendo:


3-1 Rogério Ribeiro Baeta Neves
3-2 Lúcia Ribeiro Baeta Neves.
2-11 Maria Baeta Neves
Casou com Jofre de Freitas, comerciante em Juiz de
Fora, tendo:
3-1 Eustáquio Baeta de Freitas.
1-4 Ana Luisa Baeta Neves
Casou com Antônio Alves Bibiano, agraciado pelo governo
português com o título de Visconde de Castanheiro de
Pera. Proprietário e fundador de importante fábrica de
papel em Castanheiro de Pera, Portugal.
Sabemos que tem, entre outros, um filho, Domingos
Bibiano, industrial, residente no Rio de Janeiro, sogro do
eminente médico Dr. Rocha Vaz.
Não pudemos conseguir outros informes a seu respeito.
1-5 Fortunata Augusta Baeta Neves
Casou duas vêzes. A primeira com Joaquim Afonso Baeta
Neves, tendo um filho, falecido solteiro. A segunda com o
Tenente Coronel A rtur Augusto do Nascimento, viúvo,
falecido em Queluz em setembro de 1918, filho de Francisco
do Nascimento e de Inácia Jardim.
1-6 Lourenço Baeta Neves
Fazendeiro no distrito de Sant’Ana do Morro do Chapéu,
município de Queluz, falecido com 32 anos de idade. Casou
com Maria Leonor Teixeira Baeta Neves, filha do Senador
Manuel Teixeira de Souza (1811-1878), primeiro Barão
de Camargos, por decreto de 17-5-1871 e de sua mulher
Maria Leonor de Magalhães Teixeira, Baronesa de Ca­
margos, que depois de viúva foi elevada a Viscondessa pelo
decreto de 15-6-1881; neta paterna do Sargento-Mor Ma­
nuel Teixeira de Souza e de Inácia Francelina Cândida da
Silva; neta materna do Comendador Fernando Machado
de Magalhães (que fêz parte da primeira Junta Governativa
da província de Minas).
O Senador Barão de Camargos, depois de exercer as
funções de Vice-presidente da província, deputado provin­
cial, deputado geral, diretor do Banco do Brasil em Ouro
Preto, disputou três eleições para a cadeira de senador e
três vêzes entrou na lista tríplice. A primeira em agosto
de 1857, obtendo 911 votos; a segunda em outubro de
1859, conseguindo 673 votos; a terceira em abril de 1860,
sendo escolhido por Carta Imperial de 25 de abril de 1860,
na vaga verificada com a morte do Dr. Nicolau Pereira de

— 238 —

Campos Vergueiro, falecido a 17 de setembro de 1859'.-


Nesta última eleição lutou contra Teófilo Benedito Otoni,.
o mais votado, e Firmino Rodrigues Silva. Dignitário da
Ordem da R osa; Comendador da Ordem de Cristo; um
dos esforçados fundadores da Escola de Minas de Ouro
Preto. Filhos:
2-1 Maria Fortunata Teixeira Baeta
Casou com José Feliciano da Costa, fazendeiro no mu­
nicípio de Queluz, Minas, filho de João Francisco da
Costa e de Matilde Leopoldina Nogueira da Costa.
Filhos:
3-1 Maria Leonor Baeta Costa. Falecida.
3-2 Antônio Baeta Costa
Cirurgião dentista.
3-3 Lourenço Baeta Costa
Funcionário da E. F. C. B. Casou com Emiliana'
de Vasconcelos Teixeira, filha do Dr. Leolino José
Teixeira, bacharel em Direito, diplomado em São*
Paulo a 4 de dezembro de 1895, magistrado no
Estado de Minas, nascido na vila do Gentio, Bahia,,
a 13 de setembro de 1872 e de Maria Joaquina
de Vasconcelos; neta paterna de Francisco Tei­
xeira e de Emiliana Pereira Teixeira, lavradores
naquela cidade bahiana; neta materna do Dr. Diogo
Luiz de Almeida Pereira de Vasconcelos, nascido-
em Mariana a 8 de maio de 1843 e falecido a 17
de junho de 1927, antigo deputado provincial,
deputado geral, senador estadual e presidente do-
Senado, jornalista, historiador e génealogfsta, ca­
sado com Jovelina Pires, nascida a 30 de dezem­
bro de 1856 e falecida a 2 de abril de 1933 (filha,
de Francisco de Paula Pires e de Maria das
M ercês).
Por seu avô materno, bisneta do Major Dio­
go Antônio de Vasconcelos e de Luisa da Rocha,
e Almeida, citada em Silva Leme, 4-354.
O jornal “Comércio de S. Paulo”, de 26-2-
1896, insere notícias sôbre o casamento, realizado
em Ouro Preto, do Dr. Leolino José Teixeira,,
advogado em São Carlos do Pinhal.
O casal tem sete filhos: 1) Diogo; 2) Isa;.
3) Niva; 4) P aulo,-5) leda; 6) Maria da Con­
ceição, e 7) Fábio.
3-4 Gabriela Baeta Costa
— 239 —

Viúva de Bianor Simões Coelho, filho de José


Simões Coelho e de Antónia de Araújo Simões.
Filhos:
4-1 Bianor Simões Coelho
Casou com Ivone Xavier, filha de João Lau-
reano Ferreira, dentista, e de Conceição Xa­
vier Ferreira, tendo:
5-1 Fabíola
5-2 Branca.
4-2 Lisio Simões Coelho
Casou com lida Badine, filha de Agostinho
Badine e de Alice de Campos Badine.
4-3 Ilka
4-4 Ruy
4-5 Ney
4-6 Lúcia
4-7 Maria de Lourdes
4-8 José Feliciano
4-9 Jonas.
3-5 Dr„ João Baeta Costa
Formado em Medicina, chefe do Instituto Químico
Biológico do Estado de Minas. Casou com sua
prima, Doutora Edith Costa Baeta Neves, adiante
citada, filha do Dr. Lourenço Baeta Neves. T em :
4-1 Maria Cristina Baeta Neves Costa
4-2 João Francisco Baeta Neves Costa.
3-6 Dr. José Baeta Costa
Cirurgião dentista. Casou com Iolanda Antoniazzi,
filha de Alexandre Antoniazzi e de Ignesia An­
toniazzi.
3-7 Matilde Baeta Costa
Professora normalista.
3-8 Lígia Baeta Costa
Farmacêutica. Casou com o Dr. José Caldeira
de Moura, médico, professor da Escola de Far­
mácia de Ouro Preto, ex-diretor da Escola Nor­
mal da mesma cidade, filho de José Caldeira de
Moura e de Maria José de Almeida Caldeira.
T em :
4-1 Maria Leonor
4-2 Ronaldo
4-3 Percival
4-4 Múcia
4-5 Telma
— 240 —

4-6 Talulah
4-7 Ghislaine
3-9 Dr. Feliciano José Baeta Costa
Engenheiro civil. Casou com Rita Pires, filha
de Zoroastro Pires e de Raquel Pires. Tem:
4-1 Maria Raquel
4-2 Manuel Ricardo
3-10 Dr. Geraldo Baeta Costa
Médico. Casou com Asta Leão, filha de Fran­
cisco Leão, farmacêutico e de Antónia Vierno
Leão.
3-11 Dr. Orlando Baeta Costa
Engenheiro civil e de minas. Casou com Helena
Ribeiro de Almeida, filha do Dr. Joaquim A.
Ribeiro de Almeida e de Euridice Ribeiro de
Almeida. Tem:
4-1 Mirce
3-12Umberto. Faleceu na infância.
2-2 Gabriela Teixeira Baeta Costa
Casou com Antonio José da Costa, irmão de José Fe­
liciano, acima. Filhos:
3-1 Dr. José Baeta Costa
Médico, falecido. Casou com D. Nair Alves (a
qual depois de viuva contraiu segundas núpcias
com José de Oliveira Costa, alto funcionário em
Minas). Filhos:
4-1 Dinah, falecida na infância.
4-2 Daisy
4-3 Décio '
4-4 Délio
4-5 Darke
4-6 Dilah
4-7 Delso.
3-2 Gabriel Baeta Costa
Funcionário da Fazenda Municipal de Queluz e
depois da Estadual. Casou com Carmelita No­
gueira, tendo: '
4-1 Gabriela.
4-2 Maria do Carmo
4-3 Edith
4-4 Mário.
2-3 Dr. Alfredo Teixeira Baeta Neves
Engenheiro civil e de minas; catedrático da Escola de
Minas e Metalurgia de Ouro Preto, educador, deputado
— 241 —

e senador estadual. Nasceu a 4 de março de 1872 e


faleceu em 1942. Casou em primeiras núpcias com D.
Constança Ferreira, filha de Francisco Ferreira dos
Santos e de Tereza Perpétua de Jesus Santos. Faleceu
D. Constança poucos dias depois de casada. Em se­
gundas núpcias casou o Dr. Alfredo com Jesuina da
Veiga, filha do senador estadual José Pedro Xavier
da Veiga e de Luisa do Amaral Xavier da Veiga.
Sem geração.
2-4 Dr. Lourenço Baeta Neves
Engenheiro pela Escola de Minas de Ouro Preto, hoje
Escola Nacional de Minas e Metalurgia. Lente Ca­
tedrático de Hidráulica da Escola de Engenharia da
Universidade de Minas Gerais, alem de professor
interino de Astronomia, Geodésia, Navegação Interior
e Portos de Mar, Construção, Higiene-Saneamento,
Mecânica Aplicada, Geofísica, etc. Engenheiro do
Estado, diretor interino da Rêde de Viação Férrea
do Sul de Minas, prefeito de Poços de Caídas. Repre­
sentou o Brasil em diversas comissões e congressos
no estrangeiro. Político, desempenhou o mandato de
deputado federal classista, representando a Engenha­
ria Nacional. Fez parte de varias associações de classe
e literárias. , Sua biografia, da qual damos pálido re­
sumo, está traçada em um quadro genealógico sobre
a família, do qual um exemplar nos foi gentilmente
oferecido pela Doutora Edith, como acima ficou dito.
Casou com Maria Virgínia da Costa Baeta Neves,
nascida em Lavras, filha do Dr. Francisco de Paula
Ferreira e Costa (1837-1923), bacharel em Direito,
magistrado, chefe de polícia, deputado estadual, in­
dustrial, prefeito de Lavras e de Ouro Preto e de sua
mulher Maria Emerenciana de Andrade Paiva Ma­
chado de Azevedo. Filhos:
3-1 Doutora Edith Costa Baeta Neves
Engenheira do Departamento de Fomento Agrí­
cola do Estado de Minas. Casou com seu primo
Dr. João Baeta Costa, supra referido, onde consta
a geração, dois filhos: Maria Cristina e João
Francisco.
3-2 Lourenço Baeta Neves Filho
3-3 Roberto Baeta Neves. Cursava o quarto ano de
Medicina em Belo Horizonte, quando faleceu.
3-4 Maria Virgínia Baeta Neves
I 1

— 242 —

Diplomada pelo Instituto Nacional de Música.


Casou com o Dr. Jurandir Navarro Gonzaga, en­
genheiro topografo, professor, filho do professor
Luiz Gonzaga Pereira da Fonseca e de sua pri­
meira mulher Oliva Navarro Gonzaga. Tem:
4-1 Maria Leonor Baeta Neves Gonzaga
4-2 Oliva Virgínia Baeta Neves Gonzaga.
3-5 Dr. Alfredo Baeta Neves
Engenheiro, prestou serviços no Departamento
de Aguas e Esgotos do Rio de Janeiro e na dire­
ção técnica da Comp. Terrenos da Quitandinha,.
Petrópolis. Casou com Maria de Lourdes Mal-
lard, filha de Francisco Júlio Henrique Mallard
e de Beatriz Mallard. Filhos:
4-1 Virgínia Beatriz. Mallard Baeta Neves
4-2 Maria Regina Mallard Baeta Neves.
1-7 Comendador Manuel José Baeta Neves
Foi administrador dos Correios de Minas. Casou em pri­
meiras núpcias com Maria Benigna Baeta Neves, nascida
a 22 de maio de 1843, filha de Manuel Lourenço Baeta
Neves, nascido a 10 de janeiro de 1810 e casado com Ana
Quitéria de Siqueira Alvim, agraciados pelo governo por­
tuguês por decreto de 17 e Carta de 21 de janeiro de 1869,.
com o título de 1.° Barão de Louredo; neta paterna de
Joaquim Baeta Neves e de Maria Afonso; neta materna
do Major Anacleto Dias de Siqueira e de Maria Queru-
ibiná do Carmo Alvim (filha, esta, do Capitão-Mor de
Barbacena, José Pereira' Alvim. (Albano da Silveira,.
“Famílias Ilustres de Portugal”, 2-94. Teve um filho:
Randolfo Baeta Neves, casado.
Em segundas núpcias casou o n. 1-7, com Maria José
do Carmo Machado, filha de Evaristo Gonçalves Machado
e de Felícia Eugenia de Avila Brandão, filha, esta, de Vitor
José da Costa Meireles, casado a 25 de maio de 1833, com
Francisca Benedita de Avila Brandão e neta materna do
Capitão Antonio Eulálio da Rocha Brandão e de Maria ’■
Carlota Avila Lobo Leite Pereira. Filhos:
2-2 Edgard Baeta Neves
Funcionário bancário. Casou com Olga Oliveira de
Araújo, filha do Dr. Adolfo Ribeiro de A raújo, que
ocupa o lugar de Inspetor do Caes do porto do Rio
de Janeiro. T em :
3-1 Maria Elvira Baeta Neves
3-2 Maria Isabel Baeta Neves
— 243

2-3 Olga Baeta Neves


Casou com Maurício Getúlio Pinei, auxiliar da Justi­
ça no Rio. T em :
3-1 Carlos Eduardo Baeta Pinei
2-4 Nelson Baeta Neves
Funcionário do Loide Brasileiro. Casou com Olga
Lobo de Carvalho. T em :
3-1 Marta de Carvalho Baeta Neves
3-2 Mirtes Maria de Carvalho Baeta Neves
3-3 Geraldo de Carvalho Baeta Neves
3-4 Gustavo Adolfo Carvalho Baeta Neves
3-5 Marlene de Carvalho Baeta
2-5 Lourenço Baeta Neves
Casou com Lihera Bataglia, tendo:
3-1 Talita.
2-6 Jarbas Baeta Neves. Escrevente em um cartório no>
Rio de Janeiro.
1-8 Coronel Antonio Pedro Baeta Neves
Casou com Francisca Teixeira Baeta Neves, filha dos pri­
meiros Barões de Camargos. Filhos :
2-1 Antonio Pedro Baeta Neves Filho
Fazendeiro. Casou com Francisca Zebral, filha do Dr.
Francisco Zebral, médico em Queluz e de Joana Ze­
bral. Tem geração.
2-2 Maria Antonia Baeta
Casou com João Zebral, irmão de Francisca, acima
referida. Tem filhos.
2-3 Ludgero Baeta Neves
Professor normalista. Casou em primeiras núpcias
com Célia Rodrigues Pereira, nascida a 9 de outubro
de 1874, filha de Francisco Rodrigues Pereira de
Queiroz, agraciado por decreto de 17 de julho de 1874
com o título de Barão de Santa Cecília. Filhos:
3-1 Cecília Pereira Baeta. Freira.
3-2 Ludgero Pereira Baeta
Industrial. Casou com Maria de Melo.
3-3 Odete Pereira Baeta
Casou com o coletor Nilo Rodrigues Pereira.
3-4 Agoncilho Pereira Baeta
Funcionário federal. Casado com D. Noemia
Calvario.
3-5 Aguinaldo Pereira Baeta
Industrial. Çasado com Conceição Baeta.
— 244 —

3-6 Benjamin Pereira Baeta


Agiônomo. Casado com Irene Pereira Baeta.
Todos estes, com excepção da primeira, tem des­
cendência, da qual não foi possível obter a menor
informação, alem das constantes na Genealogia
Mineira, 2.° vol., pág. 184, donde tiramos.
3-7 Maria Aparecida. Professora.
3-8 Dr. Galileu Pereira Baeta
Engenheiro civil.
Faleceu D. Célia Rodrigues em 1929 pelo que casou-se
segunda vez, o n. 2-3, com Cândida Saint-Yves, tendo dois
filhos:
3-9 Antonio
3-10 Francisco.
2-4 Virgínia J. Baeta Neves
Casou duas vezes. A primeira com José Augusto Bo­
telho, pagador da E.F.C.B.. Segunda vez com Antonio
Furtado de Mendonça, viuvo de Maria Augusta, citada
no n. 2-2 de 1-2 dêste §. Filhos só do prim eiro:
3-1 Maria José. Professora.
3-2 Cristina Baeta Botelho.
Casou com Antonio Baeta Furtado, filho de seu
padastro Antonio Furtado de Mendonça.
2-5 Francisco Urbano Baeta Neves
Farmacêutico em Bicas. Casou com Luisa de Men­
donça, professora normalista, filha de Coronel José
Augusto Moreira de Mendonça, ex-coletor no muni­
cípio de Queluz. Faleceu em 1937, deixando:
3-1 Lourdes Baeta. Professora normalista.
2-6 Joaquim Teixeira Baeta Neves
1-9 Luisa Gonzaga Baeta
Casou com o Dr. Francisco Urbano Ferreira Alvim, médico
pela Universidade de Paris, clínico e fazendeiro em Pomba.
Filhos:
2-1 Rita Alvim
Casou com o Dr. Jayme de Siqueira Castro, antigo
magistrado no Estado de Minas. Faleceu D. Rita em
Friburgo deixando uma filha:
3-1 Ana Zolina de Siqueira e Castro
Casou com o farmacêutico e industrial, residente
em Friburgo, Manuel Tristão Jacoud. Tem qua­
tro filhos:
4-1 Vera
4-2 Carlos Jayme (
— 245 —

4-3 Renato
4-4 Rafael
2-2 Afonso Urbano Baeta Alvim
Notável musicista. Casou com Maria Fortunata, filha
de Joaquim Lourenço Baeta Neves Filho e de Maria
Leonor Teixeira Baeta Neves, citados no n. 2-2 de
1-2 dêste §. Filhos :
3-1 Dr. Nelson Baeta Alvim
Formado em Medicina. Inspetor da Defesa Sa­
nitária. Casou com uma das filhas do Coronel
Henrique Inácio da Silveira.
3-2 Marieta Baeta Alvim
Casou com Romeu Leal.
3-3 Luisa Baeta Alvim
Casou com Sidney Gomes.
3-4 Celso Baeta Alvim
3-5 Asdrubal. Falecido.
2-3 Daniel Urbano Baeta Alvim
Fazendeiro e ex-prefeito de Pomba. Casou duas vezes.
A primeira com Adélia de A raújo; a segunda com
Graziela Babo. Filhos, com a primeira:
3-1 Antonio de Araújo Alvim. Engenheiro
3-2 Maria Luiza
Casou com Alberto Mendonça dos Reis
3-3 Dr. Paulo de Araújo Alvim
Engenheiro civil e de minas.
.Do segundo matrimonio:
3-4 Reginaldo
3-5 Francisco
3-6 . Adélia
3-7 Rita
3-8 Daniel
3-9 Jayme
3-10 Iíigênia.
2-4 Isabel Baeta Alvim 1 -» t

Viuva do Major Álvaro Guadalupe Baeta Neves.


T em :
3-1 Dr. José Guadalupe Baeta Neves. Médico.
3-2 Álvaro
3-3 Oscar
3-4 Luisa
3-5 Francisco
3-6 Manuel
— 246 —

3-7 Dulce, já falecida, foi casada com o Dr. Geraldo


Rates do Amaral, tendo um filho: Álvaro.
2-5 Luisa Baeta Alvim
Casou com o Dr. João Benedito de Araújo, advogado.
Filhos: .
3-1 Dr. Javme B. de Araújo
Engenheiro civil e de minas, trabalhou na Side­
rúrgica Belgo-Mineira e hoje passou para o Ser­
viço Geológico, federal.
3-2 Dr. Lauro B. de Araújo, advogado.
3-3 Dr. João B. de Araújo, médico.
3-4 Luisa
3-5 Luiz
3-6 Maria.
2-6 Silvia Baeta Alvim
Casou com o industrial e agrónomo Temístocles de Li­
ma. Tem:
3-1 Artur
3-2 Sílvio
3-3 Maria Sílvia
3-4 Temístocles
2-7 José Urbano Baeta Alvim
Farmacêutico, estabelecido em Barbacena. Casou com
Eugênia de Castro Alvim e não tem geração.
§ 3 — Ana Carolina Monteiro de Barros
Casou com o Dr. José Inácio Nogueira Penido que em 1
de fevereiro de 1847 era Juiz Municipal e de Orfão dos Termos
reunidos de Queluz e Bonfim.
A nosso ver, êste Dr. José Inácio deve ser o primeiro filho
do Capitão Agostinho Nogueira Penido casado com Inácia da
Fonseca; em 1816 figura no inventário do avô com a idade de
16 anos.
Sem mais notícias.
' § d — J osé Francisco Pereira Lobo
Casou com Mariana da Purificação Cruz Machado, filha
do Coronel Antonio da Cruz Machado e de Maria José de Ve-
lasco, filhá, esta, do Sargento-Mor Francisco José Pereira de
Velasco e de Joana Batista de Avila. Descobrimos uma filha:
1-1 Maria do Carmo Lobo; residiu em Queluz.
§ 5 — Fortunata Augusta Monteiro Baeta
Casou com o Dr. Joaquim Francisco Baeta Neves. Faleceu
■em 1853, deixando:
247

1-1 Maria da Conceição Baeta Neves


Nasceu em 1844. Casou com o Coronel Antonio Baeta
Neves, nascido em. 1836, filho do Capitão Antonio Louren-
ço Baeta Neves e de Florinda Rosa de Jesús. Filhos:
2-1 Antonio
2-2 José
2-3 Daniel
2-4 Fortunata
2-5 Maria Emília
2-6 Honorina
2-7 Coronel Joaquim Pedro Baeta Neves
Faleceu a 30 de agosto de 1937. Exerceu o cargo de
escrivão de orfãos de Queluz. Casou com Albertina
Baeta Neves, neta dos Barões de Louredo. Filhos:
3-1 Anadir Baeta Neves
Casou com Flenrique Wladimiro de Abreu.
3-2 Amilcar Baeta Neves
Casou com Maria Eugênia de Carvalho Baeta
Neves.
3-3 Abgar Baeta Neves
Funcionário da E.F.C.B. Casou com Aurea de
Souza.
3-4 Alkimar Baeta Neves
Funcionário da Secretaria das Finanças do Esta­
do de Minas.
3-5 Adelardo Baeta Neves
3-6 Aldomar Baeta Neves. Funcionário da E.F.C.B.
3-7 Alayde Gabriela Baeta Neves. Professora.
3-8 Maria José Baeta Neves. Professora.
1-2 Joaquim Francisco Baeta Neves
Casou com Antónia Augusta Baeta Neves.
1-3 Ana Augusta Baeta Neves
Casou com Francisco da Silva Moreira. Tiveram entre
outros :
2-1 Maria Moreira Baeta Neves, casada com seu parente
Aquino Baeta Neves, os quais tiveram:
3-1 Aida Baeta Neves, falecida a 4 de dezembro de
1948 e que foi casada com Raimundo Monteiro
de Castro, citado no cap. 47, § 6.

§ 6 — Joaquim Pereira Lobo


Casou com Josefina da Cruz Machado, filha do Coronel
Antonio da Cruz Machado e de Maria José Velasco. Sem
geração.
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- 'Í ‘
T Í T U L O III.”

d escen d ên c ia

DO

Dr. M A T E U S H E R C U L A N O MONTEIRO
DA C U N H A M ATOS

Terceiro jilho do Guarda-Mor Manuel


José Monteiro de Barros e sua mulher
Margarida Bujrásia da Cunha Matos.
DR. M ATEUS HERCU LA N O M ON TEIRO DA CUNHA
MATOS

Seguindo o costume mineiro, adotou o nome m aterno:


Cunha Matos, muito embora o Dr. Silva Leme — Genealogia
Paulistana — 6-368, inscreva-o sob o nome de Dr. Mateus
Herculano Monteiro de Barros.
Nasceu em Congonhas do Campo. Formou-se em Coim­
bra. onde matriculou-se na Faculdade de Direito, a 25 de outu­
bro de 1794.
Regressando ao Brasil foi nomeado intendente do Ouro,
tesoureiro e deputado à Junta da Fazenda Real, procurador da
Corôa em 1819, na Capitania de Minas.
Casou com Maria Custódia Nogueira da Gama, filha do
Alferes Nicolau Antonio Nogueira, personagem de elevada cul­
tura! e instrução para sua epoca, residente em São J°ão d’El-
Rei, em cuja câmara serviu, alem de Alferes de Ordenanças
e, em 1771, escrivão da ouvidoria geral e de sua mulher Ana
Joseía da Gama: neta paterna de Tomé Rodrigues Nogueira
do Ó, da Ilha da Madeira, falecido em Baependi, onde exerceu
o cargo de Capitão-Mor e de Maria Leme do Prado; neta
materna do Capitão Manuel Gomes Vilas Boas, português, e
de Inácia Quitéria da Gama, natural de Ouro Preto.
Maria Leme do Prado pertencia aos mais ilustres ramos
paulistas e vicentinos; por seu intermédio podemos ligar todos
os descendêntes do Dr. Mateus Herculano à Genealogia Paulis­
tana, do Dr. Silva Leme, título Bicudos, vol. 6, pág. 361.
Dêste casamento procedem cjuatro filhos que formarão os
■quatro Capítulos seguintes:
C a pítu lo 11 — Francisco Xavier Monteiro Nogueira da
Gama
C a pítu lo 12 — Maria do Carmo Monteiro da Gama
C a pítu lo 13 — Ana Margarida Monteiro Nogueira da
Gama
C a pít u l o 14 — Francisca Monteiro Nogueira da Gama.
C a pít u l o 11

FRANCISCO XAVIER M ON TEIRO NOGUEIRA


DA GAMA

De acordo com o hábito acima referido, não adotou o


Cunha Matos, paterno, para usar 0 Nogueira da Gama, sobre­
nome materno.
Casou com Ana Maurícia de Oliveira do Carmo, filha do-
Coronel Anacleto Antonio do Carmo, que foi membro suplente
do Conselho Geral de Minas, em 1828-1829 e de Maria Rosa
de Oliveira, como prova a certidão seguinte:
“Aos trinta e um de janeiro de mil oitocentos e vinte e
“oito no Oratório da chácara do Bocão, propriedade do Tenen-
“te-Coronel Anacleto Antonio do Carmo, Filial da Catedral da
“cidade de Mariana, com licença paroquial, em presença do-
"Reverendo Vigário João Bonifácio Duarte Pinto e das teste-
"munhas Doutor Juiz de Fora Antonio José Monteiro de Bar-
“ros, Tenente-Coronel Fortunato Rafael Arcanjo da Fonseca
“e Capitão Manuel José Monteiro de Barros se receberam em
“Matrimónio na forma do sagrado Concílio Tridentino e cons­
tituição do Bispado, Francisco Xavier Monteiro Nogueira da
"Gama, filho legitimo do Doutor Mateus Herculano Monteiro
"de Barros e de Dona Maria Custódia Nogueira da Gama, já
"falecida, natural e batizado na freguesia de Congonhas do
“Campo e Dona Ana Maurícia de Oliveira Carmo, filha legi­
tim a do referido Tenente-Coronel Anacleto Antonio do Car-
“mo e de Dona Maria José Rosa de Oliveira, já falecida, bati-
"zada na Catedral da cidade de Mariana e moradora nestá fre­
g u esia de Nossa Senhora do Pilar desta Imperial Cidade de
“Ouro Preto e receberam as bênçãos nupciais na forma do-
“ rituaí romano, de que mandei fazer êste assento. O Vigário,
“Francisco José Pereira de Carvalho.” (Livro 4.° do registro-
de casamentos da Matriz de Nossa Senhora do Pilar de Ouro.
Preto, fls. 128).
— 253 —

Maria Rosa de Oliveira era filha de Manuel Caetano Ma­


chado de Magalhães e de Ana Maurícia Angélica Pinto; neta
paterna do Capitão Francisco Machado de Magalhães e de
Maria Leonor Felícia da Rosa (natural de Sumidouro, filha de
Manuel Botelho da Rosa, natural da freguesia de São Pedro
de Vila Real e de Ana Felícia de Souza, fluminense).
O Capitão Francisco Machado de Magalhães era filho de
João Machado de Magalhães e de Maria Alvares, ambos natu­
rais dá mesma freguesia de São Pedro, arcebispado de Braga
O casal teve cinco filhos:
§ 1 — Maria Custódia Nogueira Monteiro da Gama
§ 2 — Mateus Xavier Monteiro Nogueira da Gama
§ 3 — Anacleto Xavier Monteiro Nogueira da Gama
§ 4 — Francisco Herculano Monteiro Nogueira da Gama
§ 5 — Nicolau Xavier Monteiro Nogueira da Gama
* * *

§ 1 — Maria Custódia Nogueira Monteiro da Gama

Casou com seu parente Major Romualdo Batista Monteiro


Nogueira da Gama, filho do Dr. João Batista Monteiro de
Barros e neto dos Barões de Paraopeba, em cujo título se des­
creve a enorme geração. Vide o Cap. 17, § l.°.

§ 2 — Mateus Xavier Monteiro Nogueira da Gama

Casou três vezes. A primeira com Maria Benedita Monteiro


de Paiva. A segunda com Vitória de Paiva. A terceira com
Ana Maurícia Monteiro de Paiva, sua sobrinha, filha do § 5,
como veremos. Do primeiro matrimónio :
1-1 José Monteiro Nogueira da Gama
1-2 Maria Benedita Monteiro Nogueira da Gama
Casou com seu primo Eduardo Eugênio Monteiro Nogueira
da Gama, filho de Romualdo e de Maria Custódia, do § l.°,
acima.
1-3 Iario Monteiro Nogueira da Gama
1-4 Virgílio Monteiro Nogueira da Gama
Do segundo casamento o § 2.° não teve filhos.
Do terceiro:
1-5 Laudelina Monteiro Nogueira da Gama
1-6 Esteia Monteiro Nogueira da Gama
Casou com Américo Olímpio Monteiro de Castro, falecido
cm São João d’El Rei, a 15 de março de 1919, deixando:
— 254 —

2-1 Maria Carlota de Castro


Casou com o Dr. Plínio Monteiro, residente em Belo
Horizonte.
2-2 Maria Olímpia Monteiro de Castro
Nasceu em Santo Antônio do Amparo (Minas) e càsou
a primeira vez a 27 de outubro de 1927 com Eduardo
Ribeiro Rosa Júnior, filho de outro Eduardo Ribeiro
Rosa e de Cândida Francisca de Andrade. Segunda
vez a 31 de julho de 1946 cQm José Rodrigues de Oli­
veira, filho de Antônio Rodrigues Borges e de Maria
Inácia Rodrigues, filha esta de José Marques e de Caro-
lina Cândida. Filhos:
3-1 Terezinha de Castro Ribeiro
Nasceu a 25 de julho de 1928.
3-2 Amenáide de Castro Ribeiro
Nasceu a 27 de setembro de 1929.
Com Eduardo Ribeiro de Carvalho teve uma filha, Car-
men Antonina Ribeiro. As três estudam na Escola
Normal Nossa Senhora de Oliveira. Curso de Formarão-
2-3 José Maria Monteiro de Castro
Reside em Belo Horizonte.
2-4 Ana de Castro Santos
Falecida. Foi casada com Renato Moacir Santos. .
2-5 Carmen de Castro Santos
2-6 Américo Monteiro de Castro
Nasceu em Tiradentes (Minas) a 4 de janeiro de 1915.
Casou em Oliveira (Minas) a 8 de maio de 1938 com
Maria Eugênia de Castro (Maria Eugenia Fernal Lo­
bato), filha de José Triunfo Lobato e de Walkyria
Fernal Lobato; neta paterna de Salatiel Dale Lobato
e de. Adelaide Ribeiro Lobato; neta materna de An­
tônio Fernal e de Maria Cândida Fernal. Filhos:
3-1 Marília Monteiro de Castro
Nasceu em Oliveira a 1 de março de 1939.
3-2 José Maurílio Monteiro de Castro
Nasceu em Belo Horizonte a 26 de junho de 1947.
2-7 Antônio de Padua Monteiro de Castro
Nasceu em S. João d’El Rey a 18 de junho de 1917
e casou em Oliveira a 24 de dezembro de 1942 com
Ismênia Silveira de Castro, filha de Francisco de Cas­
tro Silveira e de Benvinda Cândida da Silva, lavrado­
res nos arredores; neta paterna de Bento José da Sil­
veira e de Máxima Paula de Castro; neta materna de
— 255

Teotônio Ferreira de Andrade e de Ismênia Cândida


da Silva. Filhos:
3-1 Maria José Silveira de Castro
Nasceu em Belo Horizonte a 24 de julho de 1944.
3-2 Evandro de Castro Silveira
Nasceu em Oliveira a 21 de dezembro de 1945.
3-3 Leilá de Castro Silveira
Nasceu em Oliveira a 3 de abril de 1948.
3-4 Dilson Silveira de Castro
Nasceu em Oliveira a 27 de junho de 1949.
1-7 Clotilde Monteiro Nogueira da Gama
1-8 Nicolina Monteiro Nogueira da Gama
1-9 Antônio Monteiro Nogueira da Gama
1-10 Cândida Monteiro Nogueira da Gama
1-11 Francisco Monteiro Nogueira da Gama

§ 3 — Anacleto Xavier Monteiro Nogueira da Gama

Encontramos ótimas referências a êste § na “Genealogia da


Zona do Carmo”, pelo doutíssimo genealogista Cónego Raimundo
Trindade, pág. 466.
Casou com Isabel de Freitas Castro, filha do Coronel José
de Deus Moreira e Castro e de Ana Ricarda de Freitas Castro.
Filhos:
1-1 Ana Maurícia Monteiro Nogueira da Gama
Casou com Marcos de Oliveira Castro Brandão. Filhos:
2-1 Maria Augusta Monteiro Brandão
Casou com Raul dos Santos Paiva.
2-2 Álvaro Monteiro Brandão
Casou com Mariana Reis.
2-3 Isabel Monteiro Brandão
Casou com o Dr. João Batista Brito.
2-4 Adauto Monteiro Brandão
2-5 Esteia Monteiro Brandão
Casou com Daniel Rocha.
2-6 Laura Monteiro Brandão
Casou com Dr. Justo Cordova.
2-7 Ataul Monteiro Brandão
2-8 Dagmar Monteiro Brandão
2-9 Áureo Monteiro Brandão
2-10 Elza Monteiro Brandão, falecida.
1-2 Braz Monteiro Nogueira da Gama
Casou com Alda Monteiro de Barros, filha de Guilherme
Frederico de Miranda Monteiro de Barros e de Ana Mau-
— 256 —

rícia Monteiro Nogueira da Gama, adiante citados no Cap.


15, § 6 (Tit. Barão de Paraopeba). Filhos:
2-1 Milton Monteiro Nogueira da Gama
Casou com Celeste Savignia.
2-2 Carmen Monteiro Nogueira da Gama
Casou com Romualdo Batista Monteiro Nogueira da
Gama, filho de Sebastião Monteiro Nogueira da Gama
e de Carlota Manso Monteiro da Costa Reis, citados
no Cap. 17, § 1 (Tit. Barão de Paraopeba). Aí a
geração.
2-3 Heitor Monteiro Nogueira da Gama
Casou com Eunice de Paiva Gama.
2-4 Clélia Monteiro Nogueira da Gama
Casou com Antônio Pires de Souza, residente em Tei­
xeiras (M inas).
2-5 Hernani Monteiro Nogueira da Gama
2-6 Hélio Monteiro Nogueira da Gama
Casado.
2-7 Walter Monteiro Nogueira da Gama. Falecido sol­
teiro.
2-8 Cordélia Monteiro Nogueira da Gama. Falecida.
2-9 Ema Monteiro Nogueira da Gama
Casada com Geraldo Behring.
2-10 Maria de Nazareth Monteiro Nogueira da Gama.
1-3 Maria José Monteiro Nogueira da Gama
Casou com seu primo Joaquim Nicolau de Paiva Monteiro,
filho de Nicolau Xavier Monteiro Nogueira da Gama e de
Cândida Umbelina de Paiva, adiante mencionados neste
Cap., § 5.
1-4 Alfredo Monteiro Nogueira da Gama
Casou com Maria Leite da Silva. Filhos:
2-1 Maria Aparecida
2-2 Iraria da Glória
2-3 José Monteiro Nogueira da Gama Sobrinho.
1-5 José Monteiro Nogueira da Gama
Casou com Ludomila Rôças, tendo:
2-1 Maria José Monteiro da Gama
Nasceu em Teixeiras, comarca de Viçosa, a 22 de
junho de 1895 e casou no Rio de Janeiro a 7 de julho
de 1917 com o Dr. Emílio Rabelo Barbosa, nascido em
Barra do Pirai (Estado do Rio) a 6 de dezembro de
1898, filho de Antônio de Souza Barbosa, de Vila Nova
de Gaia, e de Júlia Rabelo Barbosa; neto paterno dé
Francisco de Souza Barbosa e de Lourença de Jesus,
— 257 —

portugueses; neto materno de Francisco Alves Rabelo


e de Mariana Rabelo de Mesquita. O Dr. Emílio é
formado em Direito, advogado, agricultor e banqueiro
em Ponte Nova, onde nasceram seus filhos:
3-1 Dr. Gerson Monteiro Barbosa
Nasceu a 12 de abril de 1918. Bacharel em Di­
reito pela Academia de Niterói, em 1938. Casou
a 25 de janeiro de 1941, com Maria Marta Dália
Barbosa. Tem:
4-1 Clarinda Maria.
3-2 Maria Emília Monteiro Barbosa
Nasceu a 23 de março de 1920. Diplomada pela
Escola Normal Nossa Senhora Auxiliadora de
Ponte Nova. Casou a 29 de maio de 1940 com
o Dr. Otávio Lana de Vasconcelos, filho de An­
selmo de Vasconcelos e de Áurea Lana de Vas­
concelos; neto paterno de José de Vasconcelos
Monteiro, português, natural de Arouca, Conselho
de Aveiro e residente há muitos anos em Barra
Longa, autor de trabalhos literários, filosóficos e
musicais, abastado comerciante, e de sua mulher
Maria Valentina de Vasconcelos (filha de Felício
Teodoro Castorino de Magalhães e de Valentina
Graciana de Oliveira) ; neto materno do Capitão
Inácio Mariano da Costa Lana e de Maria Messias
da Costa Lana.
3-3 Maria Isabel Monteiro Barbosa
Nasceu a 15 de maio de 1922. Diplomada pela
Escola Normal Maria Auxiliadora, da cidade de
Ponte Nova.
3-4 Maria Alice Monteiro Barbosa
Nasceu a 22 de março de 1923 e faleceu a 24 de
abril de 1932.
3-5 Emílio Barbosa Filho
Nasceu a 3 de março de 1925.
3-6 José Monteiro da Gama Neto
Nasceu a 3 de dezembro de 1927.
3-7 Paulo Monteiro Barbosa
Nasceu a 8 de janeiro de 1930.
3-8 Maria do Brasil Monteiro Barbosa
Nasceu a .23 de agosto de 1931.
3-9 Maria Eugenia Monteiro Barbosa
Nasceu a 3 de janeiro de 1933.
Além dêstes, o Sr. José Monteiro da Gama e senhora tive-
— 258 —

ram m ais: Anacleto, Sofia, Josefa e Maria de Lourdes, falecidas


na infância.
2-2 Edith Monteiro da Gama
Casou com Joaquim Ubaldo Pereira, tendo:
3-1 José Monteiro Ubaldo
3-2 Maria lida Monteiro Ubaldo
3-3 Itamar Monteiro Ubaldo #
3-5 Amador Ubaldo Pereira Neto
3-5 Edmar Ubaldo, falecido.
3-6 Lea Monteiro Ubaldo.

§ 4 — Francisco Herculano Monteiro Nogueira da Gama

Foi deputado provincial no Espírito Santo. Casou .om Rita


Feliciana de Freitas Castro. Filhos:
1-1 Francisco Xavier
1-2 Antero Xavier
1-3 Maria Luisa
1-4 Maria José
1-5 Sebastião Herculano.

§ 5 — Nicolau Xavier Monteiro Nogueira da Gama

Já lemos José Nicolau. Casou com Cândida Umbelina de


Paiva (irmã de José Teodoro, adiante descrito, filhos de Joa­
quim Ribeiro de Paiva e de Prudenciana Umbelina Ferreira de
Paiva, filha, esta, de João Ferreira Cardoso, português, e de
Joana Ferreira de Paiva. Filhos:
1-1 Ana Maurícia Nogueira de Paiva
Casou com seu tio Mateus Xavier Monteiro Nogueira da
Gama, de quem foi a terceira esposa, inscrito no § 2.°.
Aí a geração.
1-2 Lucila Cândida Monteiro de Paiva
Casou com Ananias Ferreira de Almeida. Seus filhos:
2-1 João Celestino Monteiro de Almeida
Casou com Joana de Paiva e Almeida, filha de José
Ferreira de Paiva e de Prudenciana de Aguiar Paiva;
neta paterna do Comendador Vicente Ferreira de Pai­
va, falecido em Itabapoana em fins de maio de 1902,
com 78 anos, filho do português João Ferreira Cardoso
e de Joana Ferreira de Paiva, acima mencionados.
Filhos:
3-1 Adélia Paiva de Almeida
Nasceu em S. Pedro de Itabapoana a 3 de fevereiro
— 259 —

de 1904 e casou no Alegre a 23 de março de 1924


com Otaviano de Paiva Gomes, fazendeiro na es­
tação de Sabino Pessoa, fazenda Boa Sorte, filho
de Joaquim Gomes de Paiva e de Emília de Aguiar
Paiva (irmã de Joana de Paiva e Almeida, acima
citada) ; neto paterno de Fernando Gomes de
Souza e de Maria Custódia Ribeiro de Paiva; neto
materno de Vicente de Aguiar Paiva e de Pruden-
ciana de Paiva. Filhos :
4-1 Maria Aila de Paiva Gomes
Nasceu a 4 de fevereiro de 1925.
4-2 Juanita Maria
Nasceu a 18 de maio de 1932.
4-3 Vera Lúcia de Paiva Gomes
Nasceu a 7 de outubro de 1933.
4-4 Fernando Antônio de Paiva Gomes
Nasceu a 11 de janeiro de 1937.
4-5 Maria Inês, falecida.
4-6 Heloísa Helena
Nasceu a 31 de dezembro de 1939.
4-7 Roberto
Nasceu a 22 de janeiro de 1941.
4-8 Murilo
Nasceu a 26 de janeiro de 1943.
4-9 Otaviano Gomes Filho
Nasceu a 3 de abril de 1944.
3-2 Mário de Paiva e Almeida
Nasceu em Alegre (Espírito Santo) a 2 de feve­
reiro de 1902. Casou em Castelo (Espírito Santo)
a 1 de julho de 1937 com Orsina Novais, filha de
Anísio Novais e de Benedita Braga Novais; neta
paterna de Franklin Novais, de Minas e de Maria
José Neves Novais; neta materna de Francisco
Gomes Braga, português, e de Felicidade Gomes
Braga, fluminense.
Filhos, todos nascidos em A legre:
4-1 Regina Maria Novais Monteiro de Almeida.
Nasceu a 5 de julho de 1938.
4-2 José Roberto Novais Monteiro de Almeida
Nasceu a 10 de agosto de 1940.
4-3 Ricardo Novais Monteiro de Almeida
Nasceu a 9 de novembro de 1943.
3-3 Aríete Paiva e Almeida
Casou com Lauro Laperrière, negociante em Vitó­
ria (Espírito Santo), de origem francesa, tendo:
4-1 Maria da Glória
4-2 Paulo José
4-5 João Luiz.
3-4 Oswaldo Paiva Almeida
Nasceu em Mimoso do Sul, antiga comarca de S.
Pedro de Itabapoana, Espirito Santo, a 24 de julho
1909. Casou em Vitória a 21 de dezembro de
1942 com Euridice Kill Ferraz, filha de Galdino
Almeida Ferraz e de Clara K ill; neta paterna de
João de Almeida Ferraz e de Joaquina Espíndola
F erraz; neta materna de Manuel Kill e de Clara
Gerhard Kill. Filhos:
4-1 Mônica Ferraz de Almeida
Nasceu em Vitória a 24 de setembro de 1943
4-2 Luiz Henrique Ferraz de Almeida
Nasceu em Vitória a 27 de janeiro de 1946.
3-5 João Celestino de Almeida Filho
Casou com Maria do Carmo Cardoso, filha1de Ma­
nuel Maria Cardoso e de Dagmar Card,oso.
3-6 Lucila Paiva Almeida
Casou com Murilo Corrêa da Silva, filho de Ro­
meu Corrêa e de Minervina da Silva Corrêa.
3-7 Alda Paiva Almeida
Casou com João Avanza.
3-8 Amarília Paiva Almeida
Farmacêutica, presta serviços no Instituto de Apo­
sentadorias dos Comerciários, no Rio de Janeiro.
3-9 Áurea Paiva Almeida. Tomou hábito de freira, na
Ordem das Filhas de São Vicente, Irmã Maria
Luisa. Neste ano de 1948, está em Pôrto Alegre,
Rio Grande do Sul.
2-2 Amélia Monteiro de Almeida Nogueira da Gama.
Casou com seu parente Romualdo José Monteiro No­
gueira da Gama, filho do Major Romualdo Batista
Monteiro Nogueira da Gama e de Maria Custódia Mon­
teiro da Gama, citados no Cap. 17, § l.°, n. 1-7, onde
consta a geração (Título Barão de Paraopeba).
2-3 Carolina Ferreira de Almeida.
Professora pública aposentada. Viúva de Norberto José
de Paiva Coelho.
2-4 Desembargador Dr. Francisco Monteiro de Almeida
Antigo magistrado, Desembargador em Sergipe, hoje
— 261 —

reside na Capital do Estado do Ceará. Casou com


Julieta de Castro, filha do antigo tabelião João Evan­
gelista de Castro e de Maria Luisa de Castro. Filhos:
3-1 Inah de Castro Almeida
Casou com Alberto Honorato de Albuquerque, ser­
gipano, comerciante na Capital da Bahia, filho de
João Honorato e de Virgínia de Albuquerque.
Tem:
4-1 Maria Tereza
4-2 Margarida Maria
4-3 João Honorato de Albuquerque
4-4 Alberto Honorato de Albuquerque Filho.
3-2 Geralda de Castro Almeida
Casou com o Dr. Jesuino Moiolli de Abreu, filho^
de Fernando de Abreu e de Cesarina Moiolli de
Abreu (de família italiana). Tem:
4-1 Luciano de Almeida Abreu
4-2 Maurício de Almeida Abreu.
3-3 Dr. Francisco Monteiro de Almeida Filho
Bacharel em Direito, advogado. Casou com Yo-
landa Pereira, tendo:
4-1 Francisca Pereira de Almeida
4-2 Frederico José Pereira de Almeida.
3-4 Lucy de Castro Almeida
Estava com seu casamento fixado em Aracaju,.
Sergipe, para o dia 19 de fevereiro de 1943. Por
motivos de ordem militar, porém, o noivo não pôde
comparecer, pelo que casou por procuração; dias
depois tomou passagem em um avião e veio ao
Rio de Janeiro, casar-se, na Igreja de São José,
a 27 de fevereiro do mesmo ano, com o Dr. Hy-
parco Ferreira, oficial do Corpo de Saúde do
Exército, l.° Tenente Médico, promovido a 12 de
fevereiro de 1943 e ocupando pelo Almanaque do
Exército, para 1948, o 114.° lugar na escala dos
l.os Tenentes Médicos.
O Dr. Hvparco, além de médico do Exército,
frequenta um curso científico e especializado em
Manguinhos. Nasceu a 6 de agosto de 1917, filho
do Dr. José Ferreira da Silva Júnior, engenheiro,
diretor das Obras Públicas do Amazonas, falecido,
e de Cyrena de Morais F erreira; neto paterno de
José Ferreira da Silva e de Virgília da Costa Fer­
reira da Silva; neto materno de José Pereira de
— 262 —

Morais e de Antónia Floriana dos- Santos Morais.


Filhos:
4-1 Maria Lúcia de Almeida. Ferreira
Nasceu em Manaus (Amazonas) a 9 de feve­
reiro de 1944. '
4-2 José de Alméida Ferreira
Nasceu no Rio de Janeiro a 16 de junho
de 1948.
3-5 Leda de Castro e Almeida
Casou com o Dr. Moacyr Wanderley, engenheiro
agrónomo, diretor do Campo de Experimentação
de Quissamã, Aracaju, Sergipe, filho do Desem­
bargador Wanderley. Tem:
4-1 Suzana de Almeida Wanderley
4-2 Eliane de Almeida Wanderley
4-3 Ana Carolina de Almeida Wanderley
4-4 Francis e
4-5 Mirian, gêmeas.
3-6 Pedro Evangelista de Castro Neto
3-7 Renato de Castro Almeida.
2-5 Emirena, falecida.
2-6 Olivier Monteiro de Almeida.
1-3 Esteia Monteiro de Paiva
Casou com Lindolfo Ferreira da Silva. Filhos:
2-1 Maria Cândida Monteiro Furtado (Nhá Zica)
Casou com Fernando José Furtado, tendo:
3-1 Dr Álvaro Monteiro Furtado
Casou com Eunice Furtado.
3-2 Clotilde Monteiro Furtado
Ca sou com Joaquim Borges, importante comer­
ciante em Alegre. Tem:
4-1 José
4-2 Sérgio
4-3 Maria Esteia
■4-4 . . .
3-3 Alice Furtado
3-4 Fernando Furtado
Fazendeiro em Londrina, Estado do Paraná. Ca­
sou com Maria Rita Furtado. Sem geração.
3-5 José Monteiro Furtado
Casou com Corina Tristão. Sem geração.
3-6 Cícero Monteiro de Paiva, casado com Guiomar
de Paiva, tendo:
4-1 José Maria.
— 263 —

1-4 Maria Cânaida Monteiro de Paiva


Casou com Francisco de Paula Ribeiro, filho de José Teo-
doro Ribeiro e de Guilhermina Francisca de Assis. Filhos:
2-1 Guilhermina de Paiva Ribeiro
Casou com Arnolfo Corrêa Pinheiro, tendo:
3-1 Maria da Conceição Pinheiro
Casou com seu primo Dr. Oscar de Almeida Ga­
ma, tabelião em Alegre, filho de Romualdo José
Monteiro Nogueira da Gama e de Amélia de
Almeida (esta, filha de Ananias de Almeida), cita­
dos no Cap. 17, § 1, n. 1-7. Aí a geração.
3-2 Maria de Lourdes Pinheiro. Alta funcionária do
Ministério da Fazenda, após brilhante concurso.
Reside na Calpital Federal.
3-3 Guiomar Pinheiro Furtado
Casada com Cícero Monteiro Furtado, seu primo.
3-4 Carmelita de Paiva Lobato
Casada com Agostinho de Azevedo Lobato.
3-5 Terezinha de Paiva Pinheiro, Professora.
3-6 José Francisco de Paiva Pinheiro
Casado com Zenáide Rodrigues.
3-7 Wilson de Paiva Pinheiro
3-8 Pedro de Paiva Pinheiro
3-9 Mário César de Paiva Pinheiro
3-10 Durval de Paiva Pinheiro
3-11 Cristóvão de Paiva Pinheiro
3-12 João Batista de Paiva Pinheiro.
2-2 Laura de Paiva e Oliveira
Casada com Pretextato de Oliveira.
2-3 Ruth de Paiva Simões
Casada com José Simões, tendo:
3-1 Ubaldo de Paiva Simões
3-2 Ernani de Paiva Simões
3-3 Walter de Paiva Simões
3-4 João Batista de Paiva Simões
3-5 Clarisse de Paiva Simões
3-6 Maria da Penha de Paiva Simões.
2-4 Djanira Montéiro de Paiva
2-5 Lia Monteiro de Paiva
Deixou o mundo e entrou para uma Ordem religiosa
que mantém o conceituado Orfanato Sagrada Família,
para meninas pobres, na Rua Haddock Lobo, no Rio.
2-6 José Teodoro Ribeiro de Paiva
Casou com Alice Quedevens, tendo:
A . 1%

— 264 —

.3-1 Maria do Carmo


3-2 Paulo Rafael
3-3 Carmen Lúcia.
2-7 Maria das Dores Ribeiro de Paiva
2-8 Maria Francisca Ribeiro de Paiva
2-9 José Nicolau. Os três falecidos.
2-10 Armando Monteiro de Paiva.
1-5 Mateus Xavier Monteiro de Paiva J
Foi fazendeiro em Muqui, fazenda Primavera. Casou com
Maria Cândida de Paiva Monteiro e faleceu sem geração.
1-6 Joaquim Nicolau Monteiro de Paiva
Agricultor de café no município de Mimoso do Sul, fazenda
Catuné. Nasceu a 28 de abril de 1883. Casou com a prima
Maria Jose Monteiro Nogueira da Gama, filha de Anacleto
Xavier Monteiro Nogueira da Gama, citado no § 2.° dêste
Capítulo. Filhos:
2-1 Izabel de Paiva Monteiro Starling
Reside em Mimoso do Sul. Casou no Rio de Janeiro
com Miguel de Figueiredo Starling, filho de Alberto de
Figueiredo Starling e de Gabriela Nogueira Starling,
residentes em Sabará (M inas). Filhos:
3-1 Fabiano Starling
Nasceu no Rio de Janeiro a 28 de abril de 1935.
3-2 Olney Starling
Nasceu a 8 de outubro de 1937.
3-3 Márcio Starling
Nasceu a 2 de janeiro de 1939, ambos no Rio.
2-2 José Romero Paiva Monteiro
Reside no Rio de Janeiro. Nasceu a 5 de abril de 1909.
Casou com Zuleika Ramos, filha de Alberto Reis Ra­
mos e de Isaura Barreto Ramos, residentes no Distrito
Federal. Filhos:
3-1 José Roberto Ramos Monteiro.
2-3 Zilka de Paiva Monteiro
Nasceu a 26 de março de 1910. Casou no Distrito
Federal a 26 de novembro de 1934 com o Dr. em
Medicina, Murilo César dos Santos, residente em Volta
Redonda, prestando .serviços clínicos aos funcionários
e empregados da importante usina, natural de Ubá
(M inas), filho de Antônio César dos Santos e de Ca-
rolina de Queiroz dos'Santos. Filhos:
3-1 Murilo César dos Santos
Nasceu a 15 de março de 1942.
265 —

3-2 Marcelo César dos Santos


Nasceu a 10 de dezembro de 1943, ambos no Rio.
2-4 Lélia Monteiro Boeke
Nasceu a 3 de abril de 1913. Casou na cidade do Rio
de Janeiro a 11 de novembro de 1937, onde residem,
com Raymund Boeke van Burenhaut, filho de Arman­
do Boeke e de Henriqueta Boeke, de nacionalidade
holandesa e belga.
Filhos, todos nascidos na Capital Federal:
3-1 Elione
Nasceu a 24 de maio de 1939
3-2 Thais
Nasceu a 8 de abril de 1940
3-3 Raymond
Nasceu a 26 de abril de 1942.
2-5 Dr. Geraldo de Paiva Monteiro
Bacharel em Direito pela Faculdade de Niterói, diplo­
mado em 1937, Nasceu a 28 de abril de 1915. De­
sempenha hoje as funções de juiz substituto no Estado
* do Espírito Santo.
1-7 Presciliana Monteiro de Paiva.
C apítulo 12

MARIA DO CARMO M ON TEIRO NOGUEIRA DA GAMA

Nasceu em Ouro Preto (Antonio Dias) a 21 de agosto de


1810, de acordo com a certidão de batismo oferecida pela Exma.
Sra. D. Regina Amoroso Anastácio, descendênte de D. Maria
do Carmo.

“Requerimento:
“limo. Sr. Diz D. Maria do Carmo Monteiro Nogueira da
Gama, filha legítima do Doutor Mateus Herculano Monteiro da
Cunha Matos e de sua mulher D. Maria Custódia Nogueira da
Gama, ambos já falecidos, que para bem de sua justiça precisa
que o Rev.mo Vigário da Freguesia de Antonio Dias, desta ci­
dade, lhe passe por certidão o teor do assentamento de seu
batismo.

P. a V.S. se digne assim mandar


E. R. Mcê.

Despacho: P. Ouro Preto, 14 de junho de 1848 — A.


Coutinho.

Certidão: “Certifico que revendo o livro 6 de batisados *


desta Freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Antonio
Dias, nele a fls. 199 se acha o assento do teor seguinte: — Aos
quatro dias do mês de outubro de mil oitocentos e dez, com li­
cença do limo. e Reverendíssimo Doutor Provisor, o Vigário
Geral.dêste Bispado, na Capela do Doutor Mateus Herculana
o Reverendo Vigário colado desta freguesia, professo na O r­
dem de Cristo João Antonio Pinto Moreira batizou e pôs os
Santos Oleos a Maria, inocente, nascida a vinte e um de agosto
próximo passado, filha legítima do Dr. Mateus Herculano Mon­
teiro e de sua mulher Maria Custódia Nogueira da Gama, mo-
radores na Rua N ova; neta por parte paterna do Guarda-Mór
Manuel José Monteiro de Barros e de Dona Margarida Eufrá-
sia da Cunha Matos e por parte materna do Alféres Nicolau
Antonio Nogueira e de Dona Ana Joaquina da Gama. Foram
padrinhos o Exmo. Dom Francisco de Assis Mascarenhas,
Governador e Capitão-General desta Capitania, pelo seu pro­
curador o Desembargador Ouvidor desta comarca Lucas An­
tonio Monteiro de Barros e Dona Francisca Monica Carneiro
da Costa e Gama, casada com o Dr. Manuel Jacinto Nogueira
da Gama, Escrivão do Real Erário da Côrte do Rio de Janeiro
por sua procuradora Dona Maria Tereza de Sauvan Monteiro,
casada com o mesmo desembargador Ouvidor Geral Lucas An­
tonio Monteiro de Barros. Para constar fiz êste assento que
assino. O Coadjutor, Francisco de Almeida Pinto. — Nada
mais continha o dito assento que fielmente copiei e firmo in
fidei Parochi. Ouro Preto Freguesia de Antonio Dias, 14 de
junho de 1848. O Vigário, João Ferreira de Carvalho. Reco­
nhecimento de firma — “Reconheço verdadeira a letra e assi­
natura da certidão supra e retro, do que dou fé e assino em
publico e raso. Ouro Preto, 16 de junho de 1848. Em tes­
temunho — signal publico — da verdade Bernardino Rodrigues
de Souza.” —
Casou d. Maria do Carmo com seu primo, o engenheiro,
Dr. João Batista Monteiro de Barros, filho dos Barões de Pa-
raopeba, descrito no Cap. 17.
Aí a vultosa geração.
Capítulo 13

ANA MARGARIDA M ON TEIRO NOGUEIRA


DA GAMA

Faleceu solteira.
Capítulo 14

FRANCISCA M ON TEIRO NOGUEIRA DA GAMA

Casou com Francisco de Assis Manso da Costa Reis, filho


do Capitão Valeriano Manso da Costa Reis, como prova a cer­
tidão seguinte:
“Aos sete de novembro de mil oitocentos e trinta e um,
“nesta freguesia de Nossa Senhora do Pilar desta Imperial
“ Cidade de Ouro Preto, com licença paroquial em presença do
“ Reverendíssimo João J. Moreira Duarte e das testemunhas o
“Doutor Ouvidor Antonio José Monteiro de Barros e o Doutor
“ Mateus Herculano Monteiro de Barros se receberam em
“ Matrimónio na forma do sagrado concílio tridentino e cons-
“tituição do Bispado, Francisco de Assis da Costa Reis, filho
“ legítimo do Capitão Valeriano Manso da Costa Reis, já fale-
“cido, e de Dona Ana Ricarda Marcelina de Seixas, nascido e
“batizado na freguesia de Curral de EI Rei e paroquiano de
“Antonio Dias e Dona Francisca de Paula Monteiro Nogueira
“da Gama, filha legítima do Doutor Mateus Herculano Montei-
“ ro e Dona Maria Custódia Nogueira da Gama, já falecida,
“ nascida e batizada nesta dita freguesia e paroquia de Congo-
“nhas do Campo e receberam as bênçãos nupciais na forma do
“ ritual romano, de que mandei fazer êste assento. João J. Mo-
“reira Duarte.’’ (Livro 4.° de casamentos da Matriz de Ouro
Preto, fls. 207).

Êste casal não deixou filhos.


Francisco de Assis, enviuvando, contraiu segundas núpcias
com sua sobrinha Maria do Carmo Manso Monteiro da Costa
Reis, inscrita no Cap. 25. § 1.
9
DESCENDÊNCIA
DE

R O M U A LD O JOSÉ MONTEIRO DE BARROS


Barão de Paraopeba

quarto filho do Guarda-Mor Manual Jose


Monteiro de Barros e de sua mulher Marga­
rida Eufrasia da Cunha Matos.
ROMUALDO JOSÉ M ON TEIRO DE BARROS
B arão de P araopf .ba

- Quarto filho do Guarda-Mor Manuel José Monteiro de


Barros e de sua mulher Margarida Eufrásia da Cunha M atos;
nasceu em Congonhas do Campo.
Dedicou-se à mineração e à industria; foi proprietário de
rica lavra de ouro em Congonhas e aí fundou de sociedade com
dois irmãos a primeira fabrica (fundição) de ferro estabelecida
na província.
Membro do segundo governo provisório de Minas, eleito
a 23 de maio de 1823; fez parte do Conselho do Governo de
1825 a 1829 e de 1830 a 1833 ; vice-presidente da província, com
exercício a 10 de junho de 1850.
Coronel de Milícias, Cavaleiro da Ordem de Cristo e final­
mente agraciado por decreto imperial de 2 de dezembro de 1854,
com o título de Barão de Paraopeba.
A propósito da atuação política e administrativa do Barão
de Paraopeba em sua província. Minas, encontramos no “Jornal
do Comércio” do Rio, edição de 25 de junho de 1850, repro­
duzido um século mais tarde, em 1950, o seguinte artigo:

CAMARA DOS SEN H O R ES DEPUTADOS. Sessão


de 21 de junho de 1850.
‘O Senhor Melo Franco: — Declaro á casa que segundo
as cartas que recebi pelo correio ultimamente chegado de Minas
Gerais em 19 deste mês, consta que aquela província está acé­
fala, sem governo. Consta-nos que o sr. presidente da província
no dia 10 do corrente abandonou o seu lugar e se retirara da
capital em direção à sua casa; dos vice-presidentes da província
um é o Sr. Barão de Sabará que se recusou tomar conta do
governo; outro, que é o Sr. Romualdo Monteiro de Barros
consta-me que, por se achar doente também não acedera ás
solicitações que se lhe fizeram por se achar enfermo em sua
fazenda.
Requeria ao governo, informações a respeito”.
— 274

O SR. CRUZ M A C H A D O : — Não aprovo o requeri­


mento por sua inutilidade.
Não é exato que no dia 10 de junho o Sr. Dr. Alexandre
Joaquim de Siqueira abandonasse a presidência deixando a
província sem governo (Apoiados)
É certo que no dia 10 de junho o Sr. Dr. Siqueira se retirou
da capital passando a presidência ao 4.° vice-presidente o Sr.
Coronel Romualdo Antonio Monteiro de Barros. Este senhor,
pai de um de nossos colegas, somente recusaria os seus serviços
ao país se estivesse em artigo de morte. {Apoiados). O Sr.
Monteiro de Barros, como o meu ilustre colega sabe, mora a
distância de oito léguas da Capital, em Congonhas do Campo.
Posso informar ao nobre deputado que o Sr. Dr. Siqueira reti­
rou-se no dia 10 e no dia 11o Sr. Monteiro de Barros deveria
estar em Ouro Preto e disto foi informado por um negociante
de Diamantina que passou por Ouro Preto no dia em que o
Sr. Monteiro de Barros deveria chegar”.

Casou na freguesia de Nossa Senhora da Conceição de


Vila Rica a 21 de novembro de 1795, com Francisca Constança
Leocádia da Fonseca, filha de José Veríssimo da Fonseca e
de sua mulher Ana Joaquina Felizarda de Oliveira, já estudados
e citados no Titulo 2.
Em um livro de casamentos da referida paroquia, aberto
em 1782 e encerrado em 1827, hoje em mau estado de conser­
vação, à folhas 40, encontramos o assento do teor seguinte:

Á margem — Romualdo Joseph Monteiro e D. Francisca


“Constância. Aos vinte e um dias do mês de novembro de mil
“setecentos e noventa e cinco, pelas tres horas da tarde na
“Capela da Ordem Terceira de São Francisco desta freguesia
“de licença do muito Reverendo Vigário da Vara e minha, o
“Reverendo Antonio Ferreira de Araújo assistiu ao Matri-
“mônio que celebraram Romualdo Joseph Monteiro de Barros,
“filho legitimo do Guarda-Mor Manuel Joseph Monteiro de
“Barros e Dona Margarida Eufrásia da Cunha e Matos, natural
“e batizado na freguesia da Conceição das Congonhas do Campo
“e Dona Francisca Constância Leocadia de Affonseca, filha
“legitima de Joseph Veríssimo de Affonseca e dona Ana Feli-
“sarda Joaquina de Oliveira, natural e batizada nesta freguesia
“da Conceição de Vila Rica e lhes dei as bênçãos nupciais na
“forma do Ritual Romano, presentes as testemunhas o Doutor
“Ouvidor Antonio Ramos da Silva Nogueira e o Doutor Inten-
“dente Joseph Caetano Cesar Manitt, o que tudo me constou

>
— 275 —

“pela certidão passada pelo mesmo Reverendo Antonio Ferreira


“de Araújo. De que para constar fiz este assento, que assinei.
“O Vigário Francisco de Abreu e Silva”.
Francisca Constança Leocádia da Fonseca, esposa de
Romualdo, nasceu a 3 de setembro de 1773 e foi batizada a 21
do mesmo mês, como prova a certidão seguinte:
Á margem : Francisca: “Aos vinte e um dias de Setembro
“de mil setecentos e setenta e três, batizei e pus os Santos Oleos
“a Francisca inocente, filha legitima de José Veríssimo da
“Fonseca’ e Dona Ana Felizarda Joaquina de Oliveira, aquele
“natural e batizado em Vila Nova de Portimão do Reino de
“Algarve e esta natural e batizada nesta Matriz de Nossa
“Senhora da Conceição de Vila R ica; neta pela parte paterna
“de Felix da Fonseca Leandro e Feliciana Tereza Jacinta,
“naturais e batizados o Avô em Vila Nova do Algarve e a avó
“em Vila do Alvor do mesmo Reino e pela materna do Tenente
“José Alvares Freire e Dona Paula Joaquina de Oliveira,
“natural do Rio de Janeiro da freguesia da Candelária, nasceu
“em tres do corrente. Foi padrinho o Doutor Lazaro Moreira
“Lauderio Camisão de que faço este assento que assino. O
“Coadjutor Francisco Palhares.”

Faleceu o Barão em Minas, a 16 de dezembro de 1855,


havendo de seu casamento onze filhos, registrados do Capítulo
15 ao 25:

Capítulo 15 -— Dr. Francisco de Paula Monteiro de


Barros
Capítulo 16 — Dr. Miguel Eugênio Monteiro de
Barros
Capítulo 17 — Dr. João Batista Monteiro de Barros
Capítulo 18 — Dr. Antonio José Monteiro de Barros
Capítulo 19 — Padre José Maria Monteiro de Barros
Capítulo 20 — Manuel José Monteiro de Barros
Capítulo 21 —- Joaquim José Monteiro de Barros
Capitulo 22 — Maria José Monteiro de Barros
Capítulo 23 — Ana Felizarda Joaquina de Oliveira
Capítulo 24 — Francisca Monteiro de Barros
Capítulo 25 — Margarida Monteiro de Barros.
Capítulo 15

D esem b a r g a r d o r
DR. FRANCISCO DE PAULA M ON TEIRO DE BARROS

Nasceu em Congonhas do Campo. Matriculou-se na Facul­


dade de Direito da Universidade de Coimbra em 1820, junta­
mente com seu irmão Antonio José.
Depois de íormado regressou logo ao Brasil e ingressou
na magistratura, recebendo a primeira nomeação, de juiz de
fora da vila do Príncipe, por Carta de 14 de novembro de
1826, tomando posse a 31 de janeiro de 1827.
A seguir, juiz de fora de São João d’El Rei, ouvidor e
corregedor da comarca de Sabará, desembargador da Relação
da Côrte.
Em 1831 desempenhava as funções de juiz de fora da
comarca de São João d’El Rei e por ocasião da segunda viagem
de D. Pedro I à província de Minas Gerais, foi o encarregado
de saudá-lo em nome da vila. No dia 14 de janeiro de 1831,
entrava o Monarca festivamente na povoação, recebendo
diversas homenagens, salientando a seguinte saudação:
“— Senhor. Certificado da desejada vinda de Vossa
Magestade Imperial a esta vila, onde por graça de Vossa
Magestade Imperial ocupo o lugar de juiz de fora da mesma
e seu termo como intendente do ouro desta comarca do Rio
das Mortes, não posso deixar de levar à augusta presença de
Vossa Magestade minhas felicitações, e em nome do povo desta
vila e termo pela feliz vinda de Vossa Magestade e Augusta
Consorte.
Sim, Senhor, nós todos conhécemos a grandeza dos bene­
fícios que devemos á Vossa Magestade, como o sermos inde­
pendentes e o sermos uma nação livre, governada por leis
sábias e justas, executadas por um monarca que é o , codigo
de outros monarcas do mundo e por isso retribuindo com igual-
— 277

dade temos oferecido corações livres e fiéis sob o que está


firmado o trono constitucional de Vossa Magestade, que jamais
será abalado; nem maior glória pode caber a um monarca do
que imperar sob corações livres.
A minha província é feliz porque tem merecido ver Vossa
Magestade por duas vezes, prova também de que Vossa Mages­
tade a tem também na devida consideração e por isso disputava
sempre com outras do Império acerca do amor, respeito, gra­
tidão e reconhecimento que todas devem a Vossa Magestade,
sendo sempre exemplar em observar e sustentar a forma de
governo Constitucional que Vossa Magestade tão liberalmente'
nos outorgou.
O momento de Vossa Magestade parece tardio, para a
presença de Vossa Magestade satisfazer nossos corações ná
expansão de alegria, que nos espera e que já se divisa nos
semblantes de todos; no entanto, porem, queira Vossa Mages­
tade aceitar nossas congratulações e homenagens dos corações
dos honrados habitantes desta vila e termo.
Deus guarde a Vossa Magestade Imperial por muitos e
diletos anos, como é mistér ao Brasil. Vila de São João d’El
Rei, 14 de janeiro de 1831, o Juiz de Fora, Francisco de Paula
Monteiro de Barros.”
Casou em Coimbra, enquanto estudante, com Ana Carlota
de Miranda e deste casamento provêm oito filhos :
§ 1 — Júlio Cesar de Miranda Monteiro de Barros
§ 2 — Augusta de Miranda Monteiro de Barros
§ 3 — Amélia de Miranda Monteiro de Barros
§ 4 — Dr. Augusto Eugênio de Miranda Monteiro de
Barros
§ 5 — Dr. Eugênio Augusto de Miranda Monteiro de
Barros, gêmeos.
§ 6 — Guilherme Frederico de Miranda Monteiro de
Barros
§ 7 — Emília de Miranda Monteiro de Barros
§ 8 — Eduardo Augusto de Miranda Monteiro de Barros.
* * *

§ 1 — juho Cesar de Miranda Monteiro de Barros

Abastado lavrador de café na fazenda Santa Tereza, muni­


cípio de Barra Mansa, província do Rio de Janeiro.
Casou duas vezes. A primeira com Emiliana de Souza
Breves, falecida em São José de Alem Paraíba a 29 de junho
— 278 —

de 1874, filha de Luiz de Souza Breves e de Maria Pimenta


de Almeida Breves; neta paterna de Tomé de Souza Breves
e de Maria Rodrigues, já citados no Cap. 8, § 2.°; neta materna
do Capitão-Mor José de Souza Breves (irmão de Tomé) e de
Maria Pimenta de Almeida.
Segunda vez, com Emiliana Mege.
Faleceu a 9 de janeiro de 1879, em sua fazenda, sepultado
em Barra Mansa.
Houve de seu primeiro casamento, treze filhos e do segundo
três, que serão mencionados de 1-1 a 1-16:
1-1 Luiz de Souza Monteiro de Barros
Barão Monteiro de Barros
Nasceu em Pirai a 20 de fevereiro de 1848.
Formado em São Paulo, na Academia Jurídica, em 1870,
pouco se dedicou às letras e ao processo judiciário; tor-
nou-se abastado e conceituado comerciante de café na
praça do Rio de Janeiro. Agraciado por decreto imperial
de 5 de maio de 1883 com o título de Barão Monteiro de
Barros.
Casou com Maria Leite de Abreu Couto, nascida a 25 de
julho de 1854, como faz prova o assento de batismo
lavrado à fls. 122 do livro 4 de batizados da Igreja Matriz
do Engenho Velho, que transcrevemos:
“Á margem: MARIA, inocente — Aos onze dias do mês
“ de fevereiro de mil oitocentos e cincoenta e cinco, nesta
“Matriz do Engenho Velho batizei e pus os Santos Oleos
“à inocente Maria nascida a 25 de julho do ano passado,
“filha legitima de João Ferreira do Couto Menezes e de
“Maria Augusta Leite de Abreu Couto; neta paterna do
“falecido Jeronimo Ferreira Couto e Dona Antonia Joa-
“quina da Purificação Couto e materna do falecido José
“Ventura de Abreu e Dona Felicidade Perpetua do Sacra-
“mento Leite; foram padrinhos Custódio Leite de Abreu
“e Dona Ana Jesuina Candida Teixeira Leite, do que
“faço este assento. O Vigário, José do Desterro Pinto’.
Felicidade Perpetua do Sacramento Leite, que tam­
bém usava o sobrenome Teixeira Leite, era filha de Manuel
Ferreira Leite e de Josefa Monteiro de Souza, irmã do
Barão de Itambé, Francisco José Teixeira, citado pelo Dr.
Afonso de E. Taunav, Revista do Instituto Histórico de
São Paulo, vol. 38, pág. 170.
O Capitão José Ventura de Abreu faleceu em Sil­
veiras a 3 de agosto de 1847. Viuva, Felicidade Perpetua,
natural de Conceição da Barra, distrito de São João d’El
Rei, nascida a 20 de novembro de 1796, liquidou todos os
haveres em Silveiras, onde residia desde o casamento no
ano de 1816, e regressou a Minas, vindo a morrer em
avançada idade, em 1882, em sua fazenda São Pedro,
distrito de Madre de Deus do Angú, hoje Angostura,
municipio e comarca de Leopoldina (Dr. Carlos da Sil­
veira, .Subsídios, pág. 173).
Precisamos mais assinalar que Maria do Couto, Baro­
nesa Monteiro de Barros, descendia de tronços primevos
paulistas e vicentinos e está ligada às mais conspícuas
famílias da zona. Sua origem remonta a Dom Simão de
Toledo Piza, fundador da família dêste nome no Brasil,
como vamos demonstrar.

a) Dom Simão de Toledo Piza, natural de Angra, Ilha


Terceira, descendente em linha varonil dos Duques de
Alba de Tormes e dos Condes de Oropesa, casou em
São Paulo, em 1640, com Maria Pedroso, filha de
Sebastião Fernandes Corrêa, l.° provedor e contador
da Real Fazenda da Capitania de São Paulo e de Ana
Ribeiro. Foram pais de
b) Ana Ribeiro Rodovalho, batizada em 1643, casou com
o Capitão José Vaz Cardoso, filho de Cristovão de
Unhate e de Mécia Vaz Cardoso. Tiveram 14 filhos,
sendo o 2.°
c) João Vaz Cardoso. Morador em Taubaté, familiar do
Santo Ofício, desfrutou grande prestígio e tomou parte
na governança da terra. Casou com Francisca de Freitas
Cortêz, filha de Amaro Gil Cortêz e de Mariana de
Freitas. Foram pais d e :
d) Amaro de Toledo Cortêz. Morador em Taubaté, serviu
como juiz de orfãos trienal. Casou com Marta Rodri­
gues de Miranda. Pais d e :
e) Inês de Toledo, casada com o Sargento-Mor Manuel
Antonio de Carvalho, nascido epi 1726, na vila de
Monforte, Ilha dos Açores, fundador da povoação de
São Luiz do Paraitinga (S. Paulo) e que em 1782
ainda ali residia. Pais d e :
f) Marta Rodrigues de Miranda. Nasceu em 1766 e
faleceu em 1807. Casou com o Sargento-Mor Ventura
José de Abreu, português, de Lisboa, nascido em 1763.
Pais d e :
— 280 —

g) Capitão José Ventura de Abreu, casado em 1816 com


Felicidade Perpétua Teixeira Leite, acima referidos.
Pais d e :
h) Maria Augusta Leite de Abreu, casada com o portu­
guês João Ferreira do Couto Menezes, que foram os
progenitores da Baronesa Monteiro de Barros. O
Barão faleceu em S. Paulo do Muriaé, fazenda Canaan,
a 1 de setembro de 1896 (já lemos 31 de-agosto). A
Baronesa sobreviveu cerca de 38 anos, pois entregou
sua boa alma ao Criador no dia 22 de setembro de
1934. Tiveram de seu casamento oito filhos que serão'
citados de 2-1 a 2-8:
2-1 Emiliana Monteiro de Barros
Casou com o Dr. Flaviano Pinto da Cruz, médico,
residente na Capital Federal. Sem geração.
2-2 Deborah Monteiro de Barros
Casou com o Dr. Antonio Filadelfo Pereira de Almeida,
advogado, tendo
3-1 Maria José Pereira de Almeida.
Casou duas vezes. A primeira com Creso de Oli­
veira Santos, antigo funcionário da Caixa Eco­
nómica, filho do Engenheiro Dr. Epifânio de Oli­
veira Santos, tendo:
4-1 Maria Helena de Oliveira Santos
Segunda vez com l.° Tenente da Armada
Nacional, Aristoteles de Freitas Moreira, de
Sergipe.
Faleceu D. Maria José sem deixar filhos deste
segundo enlace.
3-2 Zilda Pereira de Almeida
Faleceu no Rio de Janeiro a 25 de novembro de
1943.
Casou na mesma cidade a 18 de dezembro de
1922, com o Tenente-Coronel do Exército, Anto­
nio Acioli Borges, nascido a 1 de maio de 1900,
filho do General Raimundo Borges e de .Branca
Acioli Borges. O Tenente-Coronel Antonio Acioli
Borges recebeu a primeira graduação no Exér­
cito, Aspirante, a 18 de janeiro de 1921; 2.°
Tenente a 11 de maio do mesmo ano; l.° Tenente
a 7 de- setembro de 1922; Capitão a 26 de setem­
bro de 1926; Major, por merecimento, á 5 de
março de 1940; Tenente-Coronel, por merecimen­
to, a 24 de junho de 1943. Foi adjunto à Secre­
taria Geral do Conselho Nacional de Segurança.
De acordo com o Almanaque do Exército, de 1948,
está adido ao Estado Maior e ocupa o numero 28
na lista dos Tenentes-Coroneis de Artilharia.
D. Branca Acioli, falecida a 9 de novembro de
1948, era filha do Dr. Antonio Pinto Nogueira
Acioli, nascido em Icó, Ceará, a 11 de outubro
de 1840, deputado geral, senador, presidente e
governador do Ceará, falecido a 14 de abril de
1921 e que casara, a 2 de janeiro de 1867, com
Maria Tereza de Souza Brasil, falecida no Rio
de Janeiro a 16 de janeiro de 1930, deixando,
alem dos filhos, mais 28 netos e 34 bisnetos.
O Dr. Antônio Pinto Nogueira Acioli era filho
de um negociante português na praça de Forta­
leza, José Pinto Nogueira, casado naquela cidade,
a 19 de novembro de 1828, com Antonia Acioli.
O casal tem um filho:
4-1 Haroldo Acioli Borges.
3-3 Elsa Monteiro de Barros Pereira de Almeida.
Casou, a 6 de setembro de 1934, com o Dr. José
de Avelar Fernandes, comerciante na Capital
Federal, nascido em Vassouras a 12 de dezembro
de 1892, um dos proprietários da Agua Mineral
“ Nazareth”, da Companhia do Niquel, filho do
Dr. José Antonio de Avelar Fernandes e de
Maria Jacinta Leite Pinto (da família Teixeira
Leite) ; neto paterno do Dr. Antonio José Fer­
nandes, médico, e de Carolina de Avelar e Almeida
(filha dos Barões de Ribeirão) ; neto materno
do Dr. Manuel Simões de Souza Pinto e de
Maria Olimpia Leite Ribeiro (filha dos Viscondes
de.A raxá). Tem três filhos:
4-1 Maria Anita de Avelar Fernandes
Nasceu a 24 de junho de 1935.
4-2 José de Avelar Fernandes
Nasceu a 29 de agosto de 1936.
4-3 Raul de Avelar Fernandes
Nasceu a 17 de junho de 1938. Tomou o
nome de Raul, em homenagem a seu tio e
padrinho, Embaixador Dr. Raul Fernandes.
3-4 Lais Pereira de Almeida
Casou no Rio de Janeiro, na Basílica de Santa
Terezinha, a 9 de janeiro de 1933, com o Capitão
— 282 —

Moisés Jopert Vallim, nascido a 23 de março de


1911, filho de Francisco Manso Leal Vallim, fale­
cido no Rio a 22-7-1949, e de Carlota Jopert.
O Capitão Moisés entrou para o Exército como
Aspirante, a 22 de dezembro de 1932; 2.° Tenente
a 2 de agosto de 1934; Capitão a 5 de março de
1940. Tem o curso de Artilharia; está adido à
Diretória do Material Bélico e ocupa o n.° 13
na lista dos Capitães de Artilharia (Almanaque
do Exército, de 1948, pág. 346). Filhos:
4-1 FerdTnando Jopert Vallim
4-2 Sérgio Jopert Vallim.
3-5 Waldemar Pereira de Almeida
Funcionário da Intendência do Exército, em Ben-
fica. Casou com Alvalisa Costa e Silva, filha do
Dr. Álvaro da Costa e Silva.
3-6 Oton Pereira de Almeida.
2-3 Frederica Monteiro de Barros
Casou duas vezes. A primeira com Luiz Bueno Bar­
bosa, falecido no Rio de Janeiro a 6 de março de
1931, deixando um filho:
3-1 Maurício Bueno Barbosa, casado com Anita
Ferreira, filha de José Ferreira, construtor, por­
tuguês. Tem duas filhas:
4-1 Lais
4-2 Leilah.
Segunda vez com o Dr. Raimundo Braulio Blater Pinho,
conceituado médico, filho de Ludgero Pinho e de Ana Lidia
Blater. Sem geração.
2-4 Luiz de Souza Monteiro de Barros
Casou com a prima Ester Monteiro de Barros Couto
(l.° casamento desta), filha de Eduardo Leite de
Abreu Couto e de Cornelia Júlia Monteiro de Barros,
adiante citada, n.° 2-1 de 1-6.
Faleceu no Rio de Janeiro a 28 de fevereiro de 1909.
Filhos:
3-1 José Luiz Monteiro de Barros
Funcionário da Caixa Económica Federal, Niterói.
3-2 Antonio José Monteiro de Barros
Faleceu solteiro, em São Paulo, a 1 de setembro
de 1947, com 37 anos.
3-3 e 3-4 Maria Helena e Maria de Lourdes, que
morreram solteiros.
— 283 —

2-5 Maria Tereza Monteiro de Barros


Casou com o Dr. Horácio Gomes Leite da Carvalho,
filho de Joaquim Gomes Leite de Carvalho e de
Amélia Teixeira Leite de Carvalho, agraciados por de
ereto de 30 de janeiro de 1867 com o título de Barões do
Amparo (2.os) ; neto paterno dos primeiros Barões
de Amparo; neto materno de João Evangelista Tei­
xeira Leite e de Ana Bernardina de Carvalho. Reside
na Capital Federal, tendo:
3-1 Horácio de Carvalho
Consagrado jornalista. Gerente do estimado e
popular jornal ‘Diário Carioca’. Casou com Lucv
de Carvalho, de origem francesa e tem um filho:
Horácio.
3-2 João de Carvalho
3-3 Marta de Carvalho
Casou com Joaquim Bitencourt Loureiro, tendo:
4-1 Antonio Eduardo de Bitencourt Loureiro.
: 3-4 Rogério de Carvalho.
t/ O “Jornal do Comércio”, do Rio de Janeiro,
*. edição de 23 de setembro de 1948, dá notícia de
, seu falecimento em Vassouras, deixando viuva,
D. Luisa de Carvalho.
* 3-5 Marieta de Carvalho
Casou com Antonio de Avelar Fernandes, nas-
; eido a 9 de maio de 1896, irmão do Dr. José de
Avelar Fernandes, acima citado no n. 3-3 de
2-2. Tem dois filhos:
4-1 Beatriz de Avelar Fernandes
4-2 Maria Tereza de Avelar Fernandes.
, 3-6 Lúcia de Carvalho
Casou com o Dr. Lauro Sodré Borges, filho do
Comendador Eugênio Borges e de Glória de
Azevedo Sodré Borges.
D. Glória de Azevedo Sodré Borges é filha do
Capitão José Paulo de Azevedo Sodré, senhor
do engenho dos “Coqueiros’, e de Cândida
Ribeiro de Azevedo Sodré, nascida a 4 de setem­
bro de 1831 e falecida em S. Paulo a 11 de outu­
bro de 1899; neta paterna do Capitão Domingos
Alvares de Azevedo e de Paula dos Santos Sodré;
neta materna do Coronel Manuel Ribeiro de
Almeida e de Ana Alexandrina de Jesus Ribeiro.
Maiores detalhes sobre a ascendência destas
— 284 —

pessoas, encontram-se na “Nobiliarquia I-lumi-


nense", do Conselheiro Antonio Joaquim de
Macedo Soares, publicada por seu filho, Desem­
bargador Julião Rangel de Macedo Soares, vol.
l.G, págs. 85 e 131.
Filhos:
4-1 Gilda Sodré Borges
4-2 Flávio Sodré Borges.
2-0 Dr. Cáio Júlio Cesar Monteiro de Barros
Advogado de renome no foro do Distrito Federal.
Fazendeiro em Santa Barbara (M inas). Casou no-
Rio de Janeiro a 11 de novembro de 1908, com Guio-
mar Ramos Monteiro de Barros, filha de Sebastião-
Pereira da Silva Ramos, português, e de Elisa Caro-
lina Chárter Ramos, vinculada à conceituada familia
de origem inglesa, dos Marqueses de Chárter.
Filhos:
3-1 Frederica Monteiro de Barros
Nasceu no Distrito Federal a 20 de agosto de
1909 e casou na mesma localidade a 7 de dezem­
bro de 1925, com Alfredo Pereira Guimarães.
Dahlheim,* filho do Conde Alfredo Cavalcanti
Van Ben Dahlheim e ' de Alexina Pereira Gui­
marães Dahlheim; neto paterno do Conde Luiz
Van Ben Dahlheim e da Condessa Augusta Car-
lota de Albuquerque Maranhão Cavalcanti Van
Ben Dahlheim; neto materno do Almirante Dr.
José Pereira Guimarães e de Alexandrina Diniz
Cordeiro Pereira Guimarães.
O Almirante Dr. José Pereira Guimarães nasceu
no Rio de Janeiro a 1 de outubro de 1843, filho
de Manuel Pereira Guimarães e de Maria Miguel
de Figueiredo Guimarães. Formado em Medi­
cina, entrou para o Serviço de Saúde, da Marinha,,
tomando parte na campanha do Paraguai, assis­
tindo à sanguinolenta batalha de Riachuelo.
Comendador da Ordem de Cristo, de Portugal;
Comendador da Ordem da Rosa e Cavaleiro da
Ordem do Cruzeiro. Reformado com a graduação
de Almirante. Publicou diversos e valiosos tra­
balhos, catalogados no “Dicionário Bibliográfico”,
de Sacramento Blake, 5-122.
Filhos do casal Alfredo-Frederica:
285 —

4-1 Mirian Monteiro de Barros Dahlheim


Casou no Rio de Janeiro a 31 de março de
1945 com o Dr. Hilnrar Cândido da Costa,
filho do Dr. Francisco Cândido da Costa e
de Celeste de Souza Costa.
4-2 Jorge Monteiro de Barros Dahlheim
Nasceu no Rio a 9 de outubro de 1929.
3-2 Dr. Fernando Monteiro de Barros
Nasceu no Distrito Federal (Santa Tereza) a 9 de
abril de 1911. Formou-se em Medicina na Faculdade
do Rio de Janeiro. Casou na cidade de Itabira (M inas)
a 27 de dezembro de 1933, com Ricardina de Andrade,
filha de Francisco de Paula Andrade e de Maria de
Lourdes Santos de A ndrade; neta paterna do Dr.
João Francisco de Paula Andrade, antigo e proveto
magistrado do Estado de Minas, e de Ricardina Amé­
lia Drummond de A ndrade; neta materna de Geraldino
dos Santos e de Adelaide Ribeiro dos Santos.
O Dr. João Francisco de Paula Andrade era filho
de Francisco José de Paula Andrade, falecido em
1870, comendador, fazendeiro em Itabira e casado
com J oana Rosa de Andrade L age; neto paterno do
Alferes Francisco Joaquim de Andrade e de Maria
Cândida de A taíde; neto materno do Sargento-Mor
Joaquim da Costa Lage, popular e geralmente conhe­
cido pelo nome de Major Lage, nascido em 1777, um
dos fundadores de Santa Barbara, comendador, casado
com Maria Antonia de Menezes.
Do casal Francisco José-Joana Rosa, descende, entre
outros, o Dr. Carlos Drummond de Andrade, primo­
roso escritor e publicista.
O Major Lage era filho de Francisco da Costa Lage
e de Senhorinha Maria Clara de Andrade, falecida em
1840 na fazenda Engenho. Foram os troncos da
família Lage.
Maria Antonia de Menezes, mulher do Major Lage,
era filha de Raimundo Teles de Menezes e de Tereza
Menezes. Por este primeiro Raimundo, neta de
Manuel Teles de Menezes, um português que cuidava
de mineração nos terrenos da fazenda Rio do Peixe,
pelas alturas de 1753, casado com Rita da Silva Bueno,
irmã gêmea de Margarida da Silva Bueno — des­
cendentes de Amador Bueno, o Aclamado — cuja
enorme e distinta família foi magistralmente descrita
— 286 —

pelo Padre Pedro Maciel Vidigal “Família Lagoana’,


donde tiramos preciosos apontamentos.
Nesse interessante e erudito trabalho, o Padre Pedro
prova a ligação da vultosa prole de Margarida, por­
tanto também a de Rita, com os mais afamados tron­
cos vicentinos-paulistas. Não podemos transcrever na
íntegra, remetemos o leitor para a pág. 72 do livro,,
pedindo vénia para copiar unicamente o registro de
batismo:
“Em catorze de julho de mil setecentos e vinte e dois,,
com minha licença, batizou e poz os Santos Oleos
às inocentes ambas de um parto, Margarida e Rita,
filhas legítimas do Capitão José Corrêa da Silva e
sua mulher Maria de M orais; foram padrinhos, Manuel
Camilo Gomes e Alexandre de Brito Gomes. O Vigá­
rio Agostinho Antunes Pita. (Livro de batizados da
Freguezia de Santo Antonio do Ribeirão de Santa
Barbara, fls. 9).
Filhos :
4-1 Roberto Monteiro de Barros. Nasceu no
Distrito Federal (G rajahú) a 10 de junho
de 1936.
4-2 Mariza Monteiro de Barros. Nasceu em
Tayassú, município de Jaboticabal, Estado de.
São Paulo, a 24 de novembro de 1941.
3-3 Guiomar Monteiro de Barros Marins
Nasceu no Distrito Federal. Aí casou a l.° de
janeiro de 1938, com o Dr. Aldezirio Marins,
natural da cidade de Alegre (Espírito Santo),
filho de Emílio Marins e de Armínia de Morais
M arins; neto paterno de Antonio das Neves
Marins e de Rita da Silva Marins; neto materno'
de Manuel Morais e de Dorotéa de Morais.
O Dr. Aldezirio diplomou-se em Medicina, na
Faculdade do Rio de Janeiro, a 17 de novembro
de 1934. Reside e clinica em Andirá, zona nova e
florescente do norte do Estado do Paraná. Três
filhos:
4-1 Maria Inês Marins. Nasceu em Pirangí,
Estado de São Paulo, a 4 de dezembro de
1938.
4-2 Maria Luisa Marins. Nasceu na mesma
localidade a 26 de abril de 1940.
— 287 —

4-3 Maria Cecília Marins. Nasceu em Andirá a


11 de fevereiro de 1943.
3-4 Dr. Cáio Monteiro de Barros Filho
Nasceu no lugar Retiro do Passa Dez, distrito
do Fonseca, município de Alvinópolis (Minas) a
18 de março de 1916. Casou no Rio de Janeiro
no dia 25 de março de 1943, com Maria Luisa
Bellizi, filha do estimado médico Dr. Luiz Bellizi
e de Maria Davina Villas Boas Bellizi; neta
paterna do Dr. Alexandre Bellizi, médico, e de
Adélia Bellizi, italianos; neta materna de Júlio
de Castro Villas Boas e de Maria das Dores
Pereira Guimarães Villas Boas.
O Dr. Cáio Filho recebeu o grau de Bacharel
em Ciências Jurídicas e Sociais na Faculdade
Nacional de Direito da Universidade do Brasil
(Rio de Janeiro) a 16 de dezembro de 1939.
Exerce a profissão de advogado na comarca de
Santa Bárbara. Tem um filho:
4-1 Cáio Monteiro de Barros Neto. Nasceu no
Rio de Janeiro a 4 de dezembro de 1946.
2-7 Abigail Monteiro de Barros
Sétima filha dos Barões Monteiro de Barros.
Casou com o Dr. João Corrêa de Brito Júnior, advo­
gado, falecido no Rio a 21 de julho de 1937, filho
de outro de igual nome, Coronel João Corrêa de Brito
e de Adelina Mexias Brito. Filhos:
3-1 Stela Corrêa de Brito
Casou com Emílio de Mesquita Vasconcelos,
filho do General Olinto de Mesquita Vasconcelos
e de Astéria Tavares Bastos, filha, esta, segundo
informações de D. Abigail, do Desembargador
Tavares Bastos, vulto eminente na política do
Império. T em :
4-1 Maria Helena de Mesquita Vasconcelos
4-2 Stela Mesquita de Vasconcelos
4-3 Beatriz de Mesquita Vasconcelos
4-4 Berenice de Mesquita Vasconcelos.
3-2 Lea Corrêa de Brito
Casou com o Major do Exército, Walter da
Costa Fernandes da Silva, nascido a 31 de
dezembro de 1911, filho do Dr. Júlio Malheiros
Fernandes da Silva, Cirurgião dentista, e de Olga
Dias da Costa Fernandes da Silva.
288 —

O Major Walter recebeu a graduação de Aspi­


rante a 22 de dezembro de 1932; 2.° Tenente a
6 de julho de 1933; l.° Tenente a 2 de agosto
de 1934, Capitão a 5 de março de 1940; Major
a 25 de junho de 1947. Tem o curso de Arti­
lharia pelo Regulamento de 1929 e o de Moto-
Mecanisação. Está classificado no l.° R .I .P .C .
e ocupa o n.° 193 na lista dos Majores de A rti­
lharia (Almanaque do Exercito, de 1948). Tem
um filho:
4-1 Renato da Costa Fernandes da Silva.
3-3 Maria de Lourdes Corrêa de Brito
Casou no Rio de Janeiro a 31 de maio de 1938
com Arnaldo Gonçalves, comerciante, de família
portuguesa. Tem três filhas:
4-1 Vera Maria Gonçalves
4-2 Marilú Gonçalves
4-3 Solange Gonçalves.
3-4 João Luiz Corrêa de Brito
Casou no Distrito Federal a 30 de julho de 1946,
com Diná de Souza Godói, filha de Lauro Mon­
teiro de Godói e de Eunice de Souza Godói.
3-5 Mário Luiz Corrêa de Brito.
Casou no Rio de Janeiro a 22 de março de 1941,
* com Zilda de Rezende Baldomero, filha de
Samuel R. Baldomero. Tem três filhos:
4-1 Marilda Corrêa de Brito
4-2 Mário Luiz Corrêa de Brito Júnior
4-3 Felipe Corrêa de Brito.
3-6 Vera Corrêa de Brito
Casou no Rio de Janeiro a 19 de fevereiro de
1938 com o Dr. Gastão Leão Rêgo, médico,
filho do Dr. José Leão Rêgo, conceituado cirur­
gião-dentista, falecido, e de Luzia Peixoto Leão
Rêgo. D. Luzia Peixoto (por informações) era
filha de Francisco Vieira Peixoto (irmão do
Marechal Floriano Peixoto) e de sua primeira
mulher Joana Peixoto; neta paterna de Antonio
Vieira Peixoto e de Maria do Carmo Peixoto.
Filhos:
4-1 Abigail Leão Rêgo
4-2 Lea Leão Rêgo.
— 289 —

3-7 Dr. Murilo Corrêa de Brito


Formado em Odontologia pela Faculdade Flumi­
nense de Medicina, Niterói.
2-8 Edith Monteiro de Barros
Faleceu no Rio de Janeiro a 19 de setembro de 1946.
Casada com o Dr. Renato Hutto Batista, médico,
filho de outro conceituado médico, Dr. Henrique
Batista, falecido em 1941 com 88 anos de idade.
Este Dr. Flenrique Batista, exerceu o cargo de assis­
tente da cadeira de Clínica Obstétrica da Faculdade
de Medicina do Rio de Janeiro, por proposta do Dr.
Erico Coelho, desde 2 de março de 1891 até 2 de abril
de 1932, data da aposentadoria. Manteve seu escri­
tório médico durante 61 anos ininterruptos, distri­
buindo bondade e carinhos, jamais negando serviços
e reclamando honorários; discípulo sincero e adepto
das teorias positivistas de Augusto Comte.
No dia 4 de outubro de 1948, foi inaugurado seu ,
retrato na Maternidade de Emergência (que recebeu
no ato o nome de Maternidade Henrique Batista), no
Asilo de Velhos, no bairro de Vila Isabel, cerimónia
festiva à qual compareceram pessoas gradas e a
maioria de seus descendentes, alem de senhoras e
crianças que foram tratadas por ele. Um dos meninos
ofereceu ao arquivo da Maternidade um precioso
instrumento cirúrgico usado pela última vez, no último
parto assistido por ele, aos 87 anos de idade.
Um dia, na Academia Nacional de Medicina, ao dis­
cutir-se certa tese prática da ciência obstétrica, o
orador que ocupava a tribuna, inflamado de elo­
quência e erudição, citou inúmeros autores, contando
o que se fazia nos hospitais de Berlim, de Viena e
de Paris. O Dr. Henrique Batista respondeu, com
aquele seu ar paternal que não dava margens a zangas:
— Não andei por lá. Tenho somente a experiência
e a observação de muitos anos de árdua clínica no
Rio de Janeiro. Elas me fizeram um convicto, não um
imitador. (Artigo publicado no “Correio da Manhã”,
do Rio. por Floriano de Lemos, no dia 10 de outubro
de 1948). Era filho do Comandante Henrique Anto-
nio Baptista, oficial de marinha, conhecido pelo nome
de “Alma Branca”.
Nasceu este Comandante a 5 de maio de 1824; Aspi­
rante de Guarda Marinha em 1840; 2.° Tenente em
— 290 —

1844, reformado, por decreto de 5 de outubro de 1878,


no posto de Capitão de Mar e Guerra. Depois de
reformado, continuou a prestar inestimáveis serviços
ao país; fez parte da Comissão de Melhoramentos do
Material de Guerra, comissão presidida pelo Conde
d’Eu. Cavaleiro da Ordem de S. Bento de Aviz,
Comendador da de Cristo; Comendador da Ordem da
Rosa. Recebeu a medalha “Bravura Militar” e da
Guerra do Paraguai.
Residia na Armação, em Niterói. Escreveu impor­
tantes obras, relacionadas por Sacramento Blake,
“Dicionário”, 3-210 e Velho Sobrinho, “Dicionário”,
vol. 2.°, pág. 170.
Para avaliar a competência deste ilustre militar e para
demonstrar quanto era autorisada sua opinião em
questões de armamento, não resistimos à tentação de
transcrever o ofício do General Polydoro da Fonseca
Quintanilha Jordão, Ministro da Guerra em 1863,
ofício que vem copiado no Relatório apresentado à
Assembléa Geral pelo Ministro José Mariano de
Matos, em 1864. Diz o ofício:
Rio de Janeiro — Ministério dos Negócios da Guerra,
em 6 de fevereiro de 1863. Ilmo. Sr. Francisco
Antonio Raposo.
‘Tendo sido Vm. nomeado para proceder na Europa
à aquisição do armamento de infantaria, cavalaria e
artilharia e projetís constantes das notas e mais papéis
juntos, cumpre que, no desempenho desta comissão,
observe o seguinte:

Quanto à encomenda da artilharia e seus projetís, os


desenhos que acompanham a nota deste armamento
especificam para cada calibre as dimensões e mais
condições de sua fabricação; convirá todavia, que
consultando a este respeito o Capitão Tenente Hen­
rique Antonio Batista, o qual, por incumbência do
Ministério da Marinha, tem feito estudos especiais
sobre esta matéria, ouça a sua opinião, etc., etc.
O penetramento das couraças dos navios é o prin­
cipal efeito que se tem em vista alcançar com os fortes
calibres desta encomenda; e portanto, segundo as
informações que obtiver, sobretudo do Capitão Tenente
Batista, e o que puder colher de seus proprios exames,
— 291 —

encomendará um número maior destas peças, até


rnais dez, etc., etc.

Deus guarde a Vm.


ass. Polydoro da Fonseca Quintanilha Jordão.
Está bem definida a capacidade científica do Capitão
Tenente Henrique.
Filhos do casal: Edith — Renato.
3-1 Henrique Batista Neto
Funcionário civil no Ministério da Guerra. Casou
em primeiras núpcias com Julieta Leitão; em
segunda, com Anita Batista. Tem um filho com
a primeira esposa:
4-1 Henrique Renato Batista
3-2 Maria Madalena Batista Lopes Pereira
Casou no Rio de Janeiro a 3 de abril de 1930,
com o oficial do Exército (hoje Major) Ciríaco
Lopes Pereira Filho, nascido a 8 de maio de
1904, filho do General reformado Ciríaco Lopes
Pereira, falecido no Distrito Federal a 8 de maio
de 1944, e de Julieta Flores Lopes Pereira, ambos
de conceituadas famílias do Rio Grande do Sul.
O Major Círiaco seguiu a carreira das armas
entrando para o Exército, Aspirante, no dia 20
de janeiro de 1928; 2.° Tenente a 9 de agosto
do mesmo ano; l.° Tenente a 14 de agosto de
1930; Capitão a 3 de maio de 1937; Major, por
merecimento, a 25 de junho de «1944. Tem o
curso de Cavalaria pelo Reg. de 1924; frequentou
a Escola de Armas e está adido ao Estado
Maior da l.a Região. Ocupa o n.° 81, na lista
dos Majores de Cavalaria (Almanaque do Exér­
cito, 1948).
Tem cinco filhos:
4-1 Marília Lopes Pereira
4-2 Lena Lopes Pereira
4-3 Gilda Lopes Pereira
4-4 Mariza Lopes Pereira
4-5 Ciríaco Lopes Pereira Júnior.
3-9 Edith Batista
Casou com o oficial do Exército (hoje Major de
Cavalaria) José Carlos Leal Jourdan, nascido a
22 de abril de 1911, filho de Emílio Carlos Jour­
dan e de Leonor Leal Jourdan; neto paterno do?
— 292 —

Coronel Honorário do Exército Emílio Carlos


Jourdan e de Elisabeth Maria Júlia Caffier
Jourdan; neto materno do Dr. Antonio Carvalho
da Silva Leal e de Marcolina Martins Leal.
O Major José Carlos Leal Jourdan ingressou
no Exército Aspirante, a 22 de dezembro de
1932; 2.° Tenente a 6 de julho de 1933; l.°
Tenente a 2 de agosto de 1934; Capitão a 5 de
março de 1940; Major, por merecimento, a 25
de junho de 1947. Tem o Curso de Cavalaria
pelo Reg. de 1929; engenheiro metalúrgico pela
Escola Técnica do Exército, adido à Fábrica do
Realengo. Ocupa no Almanaque de 1948 o número
173-A, na lista dos Majores de Cavalaria.
O seu avô paterno, o Coronel Emílio Carlos
Jourdan, nasceu em Namur, Bélgica, aos 19 de
julho de 1838 e faleceu no Rio de Janeiro a 9 de
agosto de 1900; prestou valiosos serviços ao
Brasil durante a guerra do Paraguai, onde per­
maneceu durante toda a campanha, no corpo de
Engenheiros, pelo que recebeu as honras de
Tenente-Coronel, elevado a Coronel pelo Mare­
chal Floriano Peixoto. Deixou diversos impor­
tantes trabalhos impressos, entre outros, o
“Resumo da Guerra do Paraguai”, “Atlas Histó­
rico da Campanha”, óbra rara editada em 1871,
a “História das Campanhas do Uruguai, Mato
Grcsso e Paraguai", editada em 1893.
Também dedicou-se à colonisação de grandes
áreas de terras incultas e despovoadas, fundador
da progressista e promissora cidade de Jaraguá,
Santa Catarina, que já reverenciou sua memória
erigindo na praça pública artístico monumento,
herma, da lavra do estatuário Fritz Alt, inaugu­
rado a 4 de outubro de 1941.
Era filho de Charles Marie Jourdan e de Josefine
Virginie De La Pierre Jourdan. Veio para o
Brasil em 1863 e casou-se no Rio com D. Eli­
sabeth acima referida, no dia 22 de abril de 1884.
Maiores detalhes sobre a ilustre personalidade,
encontramos na “Revista Militar Brasileira”, vol.
X LV II, janeiro a junho de 1948, pág. 140, onde
se descreve a sua valiosa cooperação para o incre-
— 293 —

mento, progresso e civilização da zona Joinvile,


Jaraguá, no Estado de Santa Catarina.

O casal José Carlos-Edith tem oito filhos, de


4-1 a 4-8:
4-1 Maria Leonor Batista Jourdan
4-2 Edith Batista Jourdan
4-3 Emílio Carlos Jourdan
4-4 Maria Aparecida Batista Jourdan
4-5 Pedro Batista Jourdan
i 4-6 José Renato Batista Jourdan
4-7 Antonio Batista Jourdan
4-8 Jorge Carlos.
3-4 Renato Batista
Casou com Esteia Capanema Garcia, tendo dois
filhos, dos quais, só um, Terezinha, chegou ao
nosso conhecimento.
3-5 Marília Batista
Temperamento sentimental, possuidora de belo
timbre de voz, dedicou-se à profissão artística de
cantora de Rádio, tendo recebido vibrantes acla­
mações em diversas estacões, não só do Brasil,
como também da Argentina e do Uruguai. Hoje
está retirada do palco, tendo casado na Capital
Federal, a 16 de agosto de 1945, com o Dr. Hugo
Cota dos Santos, médico, residente no Rio de
Janeiro, filho do Comandante da Armada Nacio­
nal, Henrique Maria dos Santos e de Julieta Cota
dos Santos.
3-6 Gil Batista
3-7 Maria Aparecida Batista.
1-2 Joaquim de Souza Monteiro de Barros
Segundo filho de Julio César de Miranda Monteiro de
Barros e de sua primeira esposa Emiliana de Souza Breves.
Também se assinava Joaquim de Miranda Monteiro de
B arros; negociante de grosso trato na praça do Rio de
Janeiro, com casa de comissões de café, açúcar e outros
gêneros, sob a firma Miranda, Monteiro e Comp., Rua da
Prainha, 86, da qual faziam parte o seu irmão José (1-5)
e José Rodrigues de Castro Viana.
Faleceu solteiro
1-3 Júlio Cesar de Miranda Monteiro de Barros
Casou três vezes. A primeira com sua prima Francisca de
Assis Monteiro de Barros, filha de Lucas Augusto Mon­
— 294 —

teiro de Barros e de Maria Domiciana Medina Celli, citados


no Cap. l.°, § l.°.
Segunda vez com. . . .
Terceira vez com Marcolina Fernandes da Silva, filha de
Virgílio Francisco da Silva e de Donária Fernandes de
Oliveira, a qual vive neste ano de 1946, com avançada
idade, na povoação de Laranjal (M inas).
Teve três filhos com a primeira e sete com a terceira
esposa:
2-1 Otávio de Miranda Monteiro de Barros
Faleceu solteiro, em Pádua, em consequência de feri­
mentos graves recebidos em conflito de carater parti­
dário e eleitoral.
2-2 Júlio Cesar Monteiro de Barros Filho
Casou duas vezes. A primeira com D. Nair de Car­
valho ; a segunda com Maria Luisa Monteiro de
Barros. Geração com a segunda:
3-1 Maria Luisa
3-2 Roberto
3-3 Maria da Glória.
2-3 Maria Monteiro de Barros Costa (Zinha)
Casou com Jacinto Costa Filho, tendo:
3-1 Sebastião Monteiro de Barros Costa
3-2 Joaquim Monteiro de Barros Costa
3-3 Osmar Monteiro de Barros Costa
3-4 . . . . conhecida pelo nome de Lica.
2-4 Emiliana Júlia, l.a filha do terceiro enlace.
2-5 Emiliano Monteiro de Barros
Nasceu em Laranjal (Minas) a 25 de setembro de
1913.
Reside em Niterói, sócio com seu cunhado Dr. Walter,
em acreditada drogaria. Casou em Volta Grande
(Minas) a 24 de junho de 1944, conr Maria da Glória
Sabino (Perina) filha de Pedro Sabino e de Maria
da Conceição Sabino. Tem uma filha:
3-1 Diana Monteiro de Barros, nascida em Volta
Grande a 14 de agosto de 1945.
2-6 Napoleão Monteiro de Barros
Nasceu em Laranjal a 12 de abril de 1915. Reside em
Cataguazes, onde casou a 26 de maio de 1945, com
Maria de Andrade, filha de Manuel de Andrade e de
Alcides de Carvalho Andrade. Tem:
3-1 Maria Verónica. Nasceu em uma Quinta Feira
Santa, em Cataguazes, a 18 de abril de 1946.
— 295 —

2-7 Maria Aparecida Monteiro de Barros


Casou com Joaquim Domingues de Souza, sócio na
mesma drogaria acima citada. Tem duas filhas: Suely
e Nely, menores.
2-8 Conceição Aparecida
2-9 Jesus Monteiro de Barros
2-10 Maria Monteiro de Barros
Casou com seu primo Dr. Walter Monteiro de Barros,
adiante descrito, filho de Marco Aurélio Monteiro de
Barros e de Laura Manso Monteiro de Barros. Vide
o n.° 1-11 deste §. Aí a geração.
1-4 Maria Clara Monteiro de Barros
Casou com o Dr. em Medicina, Francisco de Melo Coutinho
de Vilhena, nascido em Vitória (Maranhão) filho de
Francisco de Melo Coutinho e de Francisca Tereza de Car­
valho. O casal teve a filha unica:
2-1 Cornélia Monteiro de Barros de Vilhena. Reside no
Rio de Janeiro, viuva de Júlio Cesar Leite de Oliveira,
filho de José Rodrigues de Oliveira e de Maria Cân­
dida Leite Ribeiro. Sem geração.
1-5 Comendador José de Miranda Monteiro de Barros
Estabelecido no Rio de Janeiro, no comércio de café, com
seu irmão Joaquim, como “ficou dito no n.° 1-2, supra.
Nasceu em SanÚAna (Pirai, Estado do Rio). Faleceu no
Rio de Janeiro a 18 de dezembro de 1925. Casou, nesta
última localidade, Glória, a 28 de outubro de 1876, com
Maria da Glória Marcondes Machado (irmã da Baronesa
de Paraná) nascida em Campanha (M inas), filha de
Francisco Marcondes Machado (falecido em 1872) e de
Maria dos Remédios dos Santos, pertencentes a antigas e
importantes famílias do Norte de São Paulo e com ascen­
dência descrita na Genealogia Paulistana do Dr. Silva
Leme, 7-354. Filhos:
2-1 Eulália Marcondes Monteiro de Barros
Nasceu no Rio de Janeiro (Glória) no dia 29 de julho
de 1877. Casou na mesma cidade a 19 de novembro
de 1913, com José Neto Lessa, antigo funcionário da
Biblioteca Nacional, já falecido, natural de Diaman­
tina, filho de Joaquim Manuel de Vasconcelos Lessa e
• de Gabriela Neto Lessa. Filha única:
3-1 Maria da Glória Monteiro de Barros Lessa.
2-2 Dr. Júlio Cesar Marcondes de Miranda Monteiro de
Barros
Cirurgião dentista, especialisado em cirurgia máxilo-
— 296 —

facial. l.° Tenente Cirurgião-dentista do Exército,,


tomou parte na primeira grande guerra européia
(1914-1918), pelo que recebeu a Medalha Militar e
Cruz de Guerra, brasileiras, e a Medalha Acadêmica,
da França. Reside e clinica-na Capital Federal.
2-3 José Marcondes Monteiro de Barros
Já falecido; foi bacharel em Letras e agricultor.
2-4 Frederico Marcondes Monteiro de Barros
Cursou até o 3.° ano da Faculdade de Direito. Faleceu
solteiro, em Leopoldina, a 17 de abril de 1910.
1-6 Cornélia Júlia Monteiro de Barros
Faleceu em Niterói a 27 de outubro de 1941. Casou com
Eduardo Leite de Abreu Couto, falecido a 22 de junho de
1882, irmão de Maria Couto, citada no n.° 1-1 deste §,
filhos de José Ferreira do Couto Menezes, português, e
de Maria Leite de Abreu Couto. Filhos:
2-1 Ester Couto
Casou, a primeira vez, com seu primo Luiz de Souza
Monteiro de Barros, 2-4 de 1-1 deste §. Aí a geração-
Segunda vez, com Alfredo Abdala Simão, proprie­
tário, residente em S. Paulo. Sem geração.
2-2 João Cornélio Monteiro de Barros Couto
Faleceu solteiro, no dia 17 de abril de 1904.
2-3 Eduardo de Abreu Couto. Faleceu solteiro.
2-4 Eponina Monteiro de Barros Couto
Casou no Rio de Janeiro, Engenho Velho, no dia 19
de setembro de 1903, com ítalo Cianconi, engenheiro-
eletricista, falecido a 1 de junho de 1948, filho de
Carlos Cianconi e de Arminda Galassi Cianconi, ita­
lianos da aldeia de Noscia, província de Roma. O
“Jornal do Comércio”, de 3-2-1902, publica a nomea­
ção do Dr. ítalo para gerente da Estrada de Ferra
da Tijuca, Rio. Filhos:
3-1 Nerina Cianconi
Casou em Niterói,' a 9 de junho de 1942, com
Orlandino Viana da Silva, filho de Braz Antonio-
da Silva e de Ernestina Viana da Silva. Filhos:
4-1 Ivan Cianconi Viana da Silva
Nasceu em Niterói, a 1 de maio de 1942.
4-2 Vera Cianconi Viana da Silva
Ali nasceu a 12 de dezembro de 1943.
3-2 Dr. João Batista Cianconi
Bacharel em Direito, formado pela Faculdade de
Niterói em 1937. Casou com Moema Fernandes.
de Barros, filha do Dr. José Fernandes de Barros
e de Ester de Barros, bahianos. Tem:
4-1 Regina de Barros Cianconi.
3-3 Maria Celeste Cianconi.
3-4 Doutora Myrian Cianconi
Formada em Medicina pela Faculdade Flumi­
nense de Medicina em 1938, tendo o curso de
Medicina Especialisada de Educação Física, na
Universidade do Brasil. S. Exia. ocupa hoje
cargo de responsabilidade em N iterói: é encar­
regada do exame físico e médico em todas as
crianças das escolas públicas da cidade, que fre­
quentam as aulas de ginástica e exercícios físicos.
3-5 José Maurício Cianconi
Funcionário (Coletor) da Fazenda Estadual do
Rio de Janeiro e estudante de Direito na Facul­
dade de Niterói. Casou com Ezy Machado e tem :
4-1 Ezy Sônia Machado Cianconi
4-2 José Maurício Cianconi Júnior.
1-7 Rita Clara Monteiro de Barros
Sétima filha de Júlio Cesar de Miranda Monteiro de
Barros e de sua primeira mulher, Emiliana de Souza
Breves.
Casou, na Côrte, freguesia de Sant’Ana, no dia 11 de feve­
reiro de 1865, com o Dr. Gustavo Adolfo de Suckow,
bacharel em Direito, formado em São Paulo no ano de
1863 e falecido no Distrito Federal a 25 de dezembro de
1915, filho do Major João Guilherme de Suckow, de nacio­
nalidade alemã e que veio ao Brasil na qualidade de ins­
trutor militar e um dos fundadores do Jockey Club Brasi­
leiro, falecido no Rio a 12 de janeiro de 1869, e de sua
mulher Ana Luisa da Conceição, catarinense; neto paterno
de Augusto Bernardo von Suckow e de Dorotea von
Suckow; neto materno de Manuel Pereira Gomes e de
Catarina Maria de Jesus.
Faleceu Rita, no Rio de Janeiro, a 1 de setembro de 1930,
deixando, alem de onze filhos — que serão mencionados de
2-1 até 2-11 — mais 30 netos e 37 bisnetos:
2-1 Dr. Gustavo Adolfo de Suckow Júnior
Bacharel em Direito. Casou com Júlia Rodrigues,
tendo:
3-1 Ibiracir de Suckow. Casado. Sem mais notícias.
3-2 Maria da Glória de Suckow. Casou com Humberto
do Amaral. Residem em Barra Mansa.
— 298 —

3-3 Rita de Suckow. Casada. Sem mais notícias.


3-4 Darnika
3-5 Ivan.
2-2 Olga Monteiro de Barros de Suckow
Faleceu no Rio de Janeiro a 14 de novembro de 1943.
Casou com Américo Carlos de Mariz e Barros, nascido
em 1865 e falecido a 5 de outubro de 1901, filho de
Antonio Carlos de Mariz e Barros, oficial de Marinha,
nascido a 7 de março de 1835 e falecido a 28 de março
de 1866 nas barrancas dó Rio Paraguai, depois de
praticar atos de bravura e de heroísmo nas célebres
jornadas de 25 e 27 de março, tão bem descritas pelo
Com. Garcez Palha, “Efemerides Navais”, págs. 53 e
54, e no “Ano Biográfico Brasileiro”, por Joaquim
Antonio de Macedo, pág. 389, e de sua mulher Raquel
Sofia Teixeira; neto paterno do Visconde e da Vis-'
condessa de Inhaúma; neto materno de Casimiro Ma­
nuel Teixeira e de Justina Efigênia Teixeira.
O Visconde, nascido em Lisboa a 1 de agosto de 1808
e falecido no Rio a 8 de março de 1869, era filho de
José Vitorino de Barros e de Maria Izabel de Barros.
A Viscondessa, falecida no Rio a 22 de outubro de
1887, era filha do Cap. de Fragata Pedro Mariz de
Souza Sarmento.
Deixou D. Olga a filha única:
3-1 Rita Clara Mariz e Barros
Casou no Rio de Janeiro a 4 de janeiro de 1922
com b. Dr. Nemésio Dutra, natural de Florianó­
polis, nascido a 27 de setembro de 1894, filho de
José da Silva Dutra e de Adelaide Caldeira de
Oliveira Dutra, falecida em Florianopolis, con­
forme notícia colhida no “Jornal do Comércio”,
do Rio, edição de 22-6-1947; neto paterno de
João M. D u tra; neto materno de José Bonifácio
Caldeira de Andrade, descendente de Felisberto
_Caldeira Brant.
Por seu avô paterno, o Dr. Nemésio é bisneto
do célebre pintor francês François Moreau, que
fez parte da missão francesa^ vinda ao Brasil a
convite do Imperador D. Pedro I.
Adelaide Caldeira de Oliveira passou a segundas
núpcias com o governador do Estado de Santa
Catarina, Senador A. Pereira de Oliveira.
O Dr. Nemésio Dutra ingressou no corpo diplo-
5." ■

— 299 —

mático brasileiro, do qual é figura saliente; damos,


a seguir, as principais etapas da “Carriere” :
auxiliar de consulado em 1920; secretário da
Delegação Brasileira ao Congresso Postal de
Buenos Aires, a 11 de outubro de 1921 ; vice-
consul do Brasil em Bruxelas a 9 de maio de 1924;
encarregado do consulado -geral brasileiro desde
■”18 de julho de 1924 a 31 de julho de 1926 ; cônsul
de 2.a classe a 20 de maio de 1926, servindo na
Legação de Havana a 27 de maio de 1927, tendo
acompanhado o Ministro Dr. Araújo Jorge em
sua viagem pela América Central e México, na
qualidade de 2.° secretário de Legação; l.° secre­
tário em Roma e finalmente transferido para a
Secretaria d’Estado onde desempenha as funções
de chefe do orçamento do Ministério das Relações
Exteriores ( “Almanaque do Pessoal”, do Minis­
tério).
Já estavam escritas estas linhas quando em 1949
soubemos que foi transferido para a Embaixada
do Brasil em França, ria qualidade de Encarre­
gado de Negócios, em Paris.
Distinguido pelo governo francês com o Oficia-
lato da Legião de Honra, por Sua Santidada o
Papa Pio XI com a Comenda da Ordem de São
Gregorio M agno; agraciado pelos governos da
Polonia, Holanda, Itália e Bélgica.
Tem uma filha: Maria do Ceu.
3-2 Prudente
:2-3 Vera Monteiro de Barros Suckow
Nasceu no Rio de Janeiro a 22 de junho de 1870 e aí
casou a 22 de junho de 1888 — no dia em que com­
pletava 18 anos — com o Dr. Antonio Augusto de
Lima.
O Dr. Antonio Augusto de Lima nasceu em Vila No­
va de Lima (Congonhas do Sabará) a 5 de abril de
1859 e foi batizado no dia 17, como faz certo o docu­
mento que em seguida transcrevemos, catalogado no
Arquivo da Faculdade de Direito de S. Paulo —:
“C ER TIFIC O que no livro 7 de Batizados desta Fre­
guesia, a folhas 100, acha-se o assento do teor seguin­
te — Aos dezessete de abril de mil oitocentos e cin-
coenta e nove solenemente batizei a Antonio, filho le­
gitimo de José Severiano de Lima e de Dona Maria
— 300 —

Rita. Foram padrinhos, Antonio Augusto de Lima e-


Dona Francisca Xavier Barbosa. De que faço este as­
sento. O Vigário, Jeronimo Emiliano de Araújo. Na­
da mais se consta em referido assento. Congonhas de
Sabará dezesseis de fevereiro de 1878. O Vigário, An­
tonio Caetano de Azevedo Coutinho. Reconheço a fir­
ma supra por ser verdadeira e dela ter pleno conheci­
mento. Ouro Preto 1 de março de 1878. Em testemu­
nho da verdade, o 2.° Tabelião, Pedro de Alcantara.
Feu de Carvalho”.
Infelizmente o sacerdote não fixou o dia do nascimen­
to, do qual, entretanto, temos conhecimento, sem duvi­
das, pelo testemunho de seu filho o Dr. Antonio Au­
gusto de Lima Júnior que por carta nos fez cientes. E:
esta informação chegou em momento oportuno. Em
nosso espirito pairava a hesitação, pois o “Dicioná­
rio” de Velho Sobrinho afirma ciue nasceu a 5 de abril
de 1860 e no livro “Os Membros da Academia Bra­
sileira”, pelo Dr. J. L. Ferreira de Carvalho, consta,
que nasceu na cidade de Sabará a 7 de abril de 1858.
O leitor pode avaliar como são falhos os métodos de
investigação e como um modesto cultor de estudos his­
tóricos e genealógicos pode cair em erro, mesmo con­
fiado em dois doutíssimos autores.
Matriculou-se na Faculdade de Direito de São Paulo,
a 11 de marco de 1878 e formou-se a 4 de dezembro
de 1882.
O Dr. A. Augusto de Lima tem sua biografia e a lis­
ta de seus variados trabalhos publicados no referido-
Dicionário, pelo que deixamos de repetir. Resumindo:
promotor publico; juiz de direito; chefe de polícia do.
Estado de Minas; deputado estadual; deputado fede­
ral em varias legislaturas; senador representando seu:
Estado no Congresso Constituinte de 1934; diretor do.
Arquivo Público M ineiro; professor na Faculdade de
Direito de Belò Horizonte; do Instituto Histórico; da
Sociedade de Geografia; da Academia Brasileira de-
L etras; jornalista.
Como jurista, magistrado, administrador, os triunfos,
obtidos nas atividades práticas da vida, não amortece­
ram o fogo das inspirações nem lhe aguaram a sei­
va do estro: foi sempre mavioso e primoroso poeta.
Finalmente, para coroar este dinamismo intelectual,
pondo à prova seu talento poliforme e a sensibilidade.
— 301

artística, nas horas vagas procurava evadir-se para a


região encantadora dos sonhos que só a Música des­
venda ; emérito pianista e compositor, deixou valiosas
composições.
Seus filhos:
3-1 Dr. Antonio Augusto de Lima Júnior
Nasceu na freguesia do Desengano, municipio de
Leopoldina, a 13 de abril de 1889. Bacharel em
Direito, formado em Belo Horizonte a 4 de de­
zembro de 1909. Auditor de Guerra, membro da
Sociedade de Arqueologia e da Sociedade de Geo­
grafia de Lisboa; Com. da Ordem de S. Tiago da
Espada, de Portugal.
Tem a biografia e a enumeração de sua variada
bibliografia traçadas no mesmo “Dicionário" de
Velho Sobrinho, logo abaixo de seu progenitor.
Depois da publicação deste dicionário, escreveu
m ais: “ O Aleijadinho e a Arte Colonial", "A Ca­
pitania de Minas Gerais”, “História dos Diamantes
de Minas Gerais”; no prelo, o primeiro volume
de unia série de seis: “Subsídios Históricos’’.
Casou com Teodósia de Castro Cerqueira, filha do
Dr. Antonio Evangelista de Castro Cerqueira (ir­
mão do General Dionísio Cerqueira) e de Cristi­
na Otoni Aquino de Castro Cerqueira. Tem:
4-1 Maria Tereza de Lima
Casou no Rio' de Janeiro, a 1 de março de
1932 com o Dr. Oriolando Bove, bacharel em
Direito, advogado, formado em 1931 no Rio,
filho de Achile Bove e de Gertrudes de Fi­
gueiredo Bove. Tem:
5-1 Sérgio de Lima Bove
4-2 Maria Luisa de Lima
Casou, no Rio de Janeiro, a 1 de dezembro
de 1937, com o Sr. Aristoteles Colombo
Drummond, nascido em Bei em do Pará a 11
de junho de 1897, filho de Augusto Menezes
de Vasconcelos Drummond e de Maria Va­
lente do Couto Drummond; neto paterno de
Inocêncio Menezes de Vasconcelos Drum­
mond ; neto materno de Bernardino Valente
do Couto. Filhos:
5-1 Heloisa Maria de Menezes Vasconcelos
Drummond
— 302 —

5-2 Aristóteles Luiz de Menezes Vasconce­


los Drummond
4-3 Antonio Augusto de Lima Neto
Casou com Edith de Lima e tem um filho::
Antonio Augusto.
- 4-4 Maria Vitória de Lima
Casou no Rio de Janeiro a 8 de dezembro
de 1943 com Sven Olov Henning Hjelstrom,.
sueco, encarregado do consulado geral na Ca­
pital Federal, nascido em Oregrund, Suécia,
no dia 12 de março de 1914, filho de Hen­
ning Hjelstrom e de Ebba Hjelstrom, resi­
dentes na Suécia. F ilha:
5-1 Henning Cristian Hjelstrom
Nasceu no Rio de Janeiro a 24 de outu­
bro de 1944.
3-2 Maria José Suckow de Lima
Faleceu no Rio a 3 de maio de 1936, casada com
o engenheiro Dr. Arquibaldo Mac Intyre, dei­
xando :
4-1 Sarah Mac Intyre
Religiosa no Convento Nossa Senhora de
Lourdes.
4-2 Jane Maria Mac Intyre
Casou com Helmuth Hulsmeier, tendo:
5-1 Rodolfo
5-2 Axel.
4-3 Dr. Arquibaldo Mac Intyre
Engenheiro civil. Casou no Distrito Federal,,
na Igreja de Nossa Senhora da Paz, Ipane­
ma, no dia 27 de novembro de 1943, com
Wanda Stockler, filha do Dr. Alexandre La-
fayete Stockler e de Deborah Stockler; ne- %
ta paterna do Dr. Alexandre Stockler Pinto-
de Menezes, nascido em Cambuquira (M i­
nas) a 4 de setembro de 1863 e falecido no-
Rio a 2 de junho de 1934, formado em Me­
dicina, propagandista da Republica e da abo­
lição, deputado federal pelo Estado de Minas
ao Congresso Constituinte de 1891. casado-
com Albertina Berta Lafayete Stockler, es­
critora e publicista.
Por seu avô paterno D. Wanda é bisneta de
Alexandre Pinto de Menezes e de Maria El-
vira Garção Stockler.
Por sua avó paterna, bisneta do Conselheiro
Dr. Lafayete Rodrigues Pereira, nascido a 28
de março de 1834 e falecido em 1917, juris­
consulto, ministro, presidente de província,
senador escolhido por Carta Imperial de 22
de novembro de 1879 (filho dos Barões de
Pouso Alegre) e de Francisca Coutinho Ro­
drigues Pereira, falecida a 10 de julho de 1901,
filha de um cidadão português, que Silva Le­
me 9-92 trata de desembargador, Dr. José
Júlio de Freitas Pereira Coutinho e de Fran­
cisca de Paula Pereira Coutinho.
Este casal teve mais uma filha, Adelaide, ca­
sada com o Conselheiro Gaspar da Silveira
Martins, citado no Cap. 51, § 1, n. 1-5. Es­
tes dados colhemos no jornal “Gazeta de No­
ticias” edição de 25-3-1898, em um anuncio
concebido nos seguintes term os: “FRA N ­
CISCA DE PAULA PER EIR A COUTI-
NHO. Lafayete Rodrigues Pereira e sua mu­
lher D. Francisca Coutinho Rodrigues Perei­
ra ; Gaspar da Silveira Martins e sua mulher
D. Adelaide Coutinho Silveira Martins e fi­
lhos, mandam rezar u’a missa de sétimo dia
em sufrágio da alma de sua sogra, mãe e avó,
no dia 26 de março de 1898, às 9,30, na Igre­
ja de São Francisco de Paula”.
Esta senhora Francisca de Paula Pereira
Coutinho pertencia à familia Vieira de Brito,
porque era irmã de uma personalidade mui­
to conhecida e estimada em Pindamonhanga-
ba, José Antonio Vieira de Brito (Juca Mes­
tre) natural do Rio de Janeiro que em 1840
transferiu residência para aquela cidade
paulista, onde exerceu durante longos anos a
profissão de mestre escola; ai casou-se e te­
ve numerosa geração.
O casal Dr. Arquibaldo — Wanda tem um
filho:
5-1 Arquibaldo.
4-4 Vera Mac Intyre
•Casou no Rio de Janeiro a 2 de agosto de
— 304

1939, com o Dr. René Amarante. Tem:


5-1 Tereza Amarante
5-2 Vera Amarante
4-5 Alexandre Mac Intyre
Estuda em Nova Friburgo no Noviciado dos
Jesuítas.
3-3 Maria das Mercês de Lima
Casou em Belo Horizonte a 8 de setembro de 1917,
com o Dr. Álvaro A rtur de Andrade Costa, advo­
gado em São José de Alem Paraiba, formado em
São Paulo em 1913, filho do Dr. Francisco de
Paula Ferreira da Costa e de Maria Emerencia-
na de Andrade Costa; neto paterno de Dr. Ma­
nuel José da Costa e de Laudemila Clara do Nas­
cimento ; neto materno de Antonio Machado de
Azevedo e de Lucinda Emília de Andrade. Fa­
leceu, D. Maria das Mercês, no Rio de Janeiro
a 11 de setembro de 1934, deixando:
4-1 Geraldo Maria de Lima Costa
4-2 Álvaro José de Lima Costa
Formado em Medicina, pela Universidade do
Brasil, Rio de Janeiro.
4-3 Vera Maria de Lima Costa
4-4 Maria de Lourdes de Lima Costa
4-5 Luiz Gonzaga de Lima Costa
4-6 Francisco de Paula- Lima Costa. Ginasiano.
3-4 Dr. Renato Augusto de Lima
Bacharel em Direito. Reside em Belo Horizonte.
Serviu no D. I. P. e hoje ocupa o lugar de Dele­
gado Auxiliar da Policia mineira.
Casou com Celina Jacob e tem :
4-1 Dr. Celso Augusto de Lima
Bacharel em Direito. Casou com Maria Efi-
nesi Carsaladi. Tem:
5-1 Maria das Mercês
4-2 Maria da Glória de Lima
3-5 José Augusto de Lima
Alto funcionário do Ministério de Educação e
Saude, Diretor do Ensino extra escolar. Casou
com Julieta Guedes de Lima, filha de Agostinho
Guedes, negociante, português. Tem:
4-1 Paulo Augusto de Lima
Oficial de Marinha. Nasceu no Distrito Fe­
— 305

dera! a 27 de junho de 1924. 2.° Tenente a


a 1-2-1948.
4-2 Otávio Guedes de Lima
Bacharel em Direito.
4-3 Vera Maria Guedes de Lima
4-4 Ana Guedes de Lima.
3-6 Leticia de Lima
Nasceu no Rio de Janeiro a 4 de junho de 1904
e aí casou a 8 de dezembro de 1926, com Alexan­
dre de Lamare Garcia, nascido a 24 de julho de
1896, filho de Alexandre Garcia, nascido no Rio
a 28 de agosto de 1859 e aí falecido a 7 de no­
vembro de 1911, casado na Igreja da Glória a 8
de setembro de 1883 com Ester de Lam are; neto
paterno de Caetano Antonio Gonçalves Garcia,
nascido em Lisboa a 15 de fevereiro de 1815, casa­
do no Rio de Janeiro (Candelária) a 13 de abril
de 1846 com Maria Marcolina Pacheco, também
nascida no Rio a 21 de abril de 1827; neto ma­
terno do Chefe de divisão Rodrigo Antonio de
Lamare e de Maria Joaquina de Almeida. Tem
uma filha:
4-1 Ester de Lamare Garcia
Nasceu na Capital Federal a 29 de agosto de
1928.
3-7 Maria Rita Suckow de Lima
Casou no Rio de Janeiro, Gavea, a 26 de novem­
bro de 1928, com o Dr. Sylvio M. Lustosa, en­
genheiro, filho de João de Almeida Lustosa, che­
fe da casa Leuzinger e de Olivia de Magalhães
Lustosa, progenitores também do virtuoso sacer­
dote jesuita P. Eduardo de Magalhães Lustosa,
falecido no Rio a 19 de julho de 1947; neto pa­
terno do Dr. João Batista de Pimentel Lustosa,
nascido a 30 de maio de 1840, no Arraial de São
Gonçalo da Campanha e de Delfina de Almeida
Magalhães, falecida em São João d’El Rei a 30
de novembro de 1929 com 89 anos; neto mater­
no do Comendador Custódio de Almeida Maga­
lhães e de sua segunda esposa (irmã da primei­
ra) Ambrosina Machado Magalhães, filhas do
banqueiro e capitalista, Carlos Batista Machado e
de sua esposa e prima, Maria Tereza Batista Ma­
chado.
— 306 —

Por seu avô paterno, o Dí. Sílvio é bisneto da


Capitão Cirurgião — Mor Joaquim da Silva Lus-
tosa de Macedo e de Rita Guilhermina Pimentel
Lustosa.
Por sua avó paterna, bisneto de Sabino de Al­
meida Magalhães e de Delfina Leocadia de Ma­
galhães, filha do Alferes Francisco Pinto de Ma­
galhães e de Maria Custódia de Assunção.
O Dr. João Batista Pimentel Lustosa foi magis­
trado respeitadíssimo e considerado em Minas.
Matriculou-se em 1858 no l.° ano do curso ju­
rídico de São Paulo; numero 85.
O Dr. Sílvio trabalhou em Recife, na Rede Sul-
Mineira e hoje reside em São Paulo. Tem 5 fi­
lhos :
4-1 Maria da Graça Lima Lustosa
4-2 Olívia Maria Lima Lustosa
4-3 Vera Maria Lima Lustosa
4-4 João Augusto de Lima Lustosa
4-5 Sílvia de Lima Lustosa
2-4 Guilherme Monteiro de Barros de Suckow
Quarto filho do Dr. Gustavo Adolfo e de Rita Clara,,
faleceu solteiro.
2-5 Emiliana Monteiro de Barros Suckow
Faleceu, solteira, no Rio de Janeiro a 24 de março de
1933.
2-6 Diagmar Monteiro de Barros Suckow
Reside na Capital Federal, viuva do Dr. Eteocles de
Alcantara Gomes, nascido no Paraná em 1880 e fa­
lecido em São Paulo a 24 de novembro de 1918, fi­
lho de Leonel de Alcantara Gomes e de Francisca de
Alcantara Gomes. Filhos:
3-1 Eteocles de Alcantara Gomes Júnior
Faleceu no Rio de Janeiro a 4 de janeiro de 1939.
Era casado com Maria de Lourdes Bastos e dei­
xou uma filha.
3-2 José de Alcantara G<jmes.
Jornalista.
2-7 Thyra Suckow de Oliveira
Casou no Rio de Janeiro a 15 de maio de 1913, com
Cipriano Graco de Oliveira, falecido a 9 de novembro
de 1935, filho de José Mariano de Oliveira e de Elvi-
ra Torres de Carvalho Mariano de Oliveira. Filhos:
3-1 Heloisa Elvira Suckow de Oliveira
— 307 —

Funcionária pública; nasceu no Rio de Janeiro a


13 de março de 1914.
3-2 Maria Beatriz Suckow de Oliveira
Funcionária pública; nasceu na mesma localida­
de a 1 de fevereiro de 1915.
3-3 Dr. José Mariano de Oliveira
Nasceu no Rio de Janeiro a 25 de março de 1919.
Formado em Engenharia civil e Eletricidade pe­
la Escola Politécnica da Capital Federal, em 1944,
Exerce o cargo de Tecnologista do Instituto Na­
cional de Tecnologia.
Casou com Ruth Cardoso de Oliveira e tem :
4-1 Sônia Maria de Oliveira
4-2 Luiz Sérgio de Oliveira.
3-4 Gustavo Adolfo. Faleceu a 6 de dezembro de 1918.
2-8 Gastão Suckow
2-9 Glika Suckow da Fonseca
Casou no Rio de Janeiro a 26 de maio de 1900, com
o Dr. Luiz Carlos da Fonseca, seu primo, adiante
mencionado.
KJ

-10 Rita Monteiro de Barros Suckow


-11 Júlio Monteiro de Barros Suckow
Faleceu no Distrito Federal a 1 de dezembro de 1926.
Casou com sua prima Ana Solange, filha do Dr. Fran­
cisco Gonçalves de Morais e de Herminia Monteiro de
Barros, adiante citados. Tem:
3-1 Aluísio de Morais Suckow (Alú)
1-8 Emiliana de Souza Breves Monteiro de Barros
Faleceu no Rio de Janeiro a 9 de outubro de 1937.
Casou com o engenheiro Dr. Miran Latif, que foi convida­
do pelo Imperador D. Pedro II para vir trabalhar no Brasil.
O Dr. Miran Latif estudou e formou-se em Gand, Bélgica.
Chegando ao nosso país e logo depois de casado, promo­
veu diversos trabalhos e organizações de companhias mi­
neiras. Entre outras lembramo-nos da ‘Xicão Gold Min­
ing Co”. Projetou e construiu o ramal de Ouro Preto, na
Estrada de Ferro Central do Brasil, e o ramal de “Minis­
tro Glicerio na EiStrada de Ferro Central de Pernambuco.
Faleceu a 20 de maio de 1929, contando cerca de 73 anos,
havendo:
2-1 Isar Monteiro de Barros Latif
Casou com o Dr. Luiz Betim Paes Leme, engenheiro,
nascido no Rio de Janeiro — Glória — a 11 de mar­
ço de 1881 e falecido na mesma cidade a 17 de agosto
— 308 —

de 1943, filho do Dr. Pedro Betim Paes Leme (13 de


outubro de 1845 — 24 de dezembro de 1918) e de
Maria Margarida de Araújo Lima Paes Lem e; neto
paterno de Luiz Leme Betim, Guarda-Mor das Minas
e de Mariana Navarro de Andrade; neto materno do
Dr. André Cordeiro da Silva Lima e de Emília da
Silva Lima, falecida, esta, em agosto de 1918. O jor ­
nal “Estado de São Paulo”, edição de 10 de agosto dá
noticia .
Luiz Leme Betim, o Guarda-Mor, era o sétimo filho
do Marquês de São João Marcos e de sua segunda
mulher Mariana Carolina de Souza Coutinho da
Cunha Porto. O Marquês era filho de Fernando Dias
Paes Leme, com ascendência na Genealogia Paulista­
na, de Silva Leme, 2-456.
Mariana Navarro de Andrade era filha do Dr. em
Filosofia e Medicina, Sebastião Navarro de Andrade
e de Maria Adelaide 0 ’Conell, de origem irlandesa.
O Dicionário Bio-Bibliográfico de Velho Sobrinho,
2- 329, traça a vida do Dr. Pedro Betim e publica a
lista de todos os seus trabalhos.
O casal teve a filha única:
3- 1 Isabel Paes Leme (Belá)
Nasceu no Rio de Janeiro — Glória — a 13 de
junho de 1906. Possue acentuada vocação artís­
tica pela arrebatadora arte da pintura. Casou na
na Capital Federal — Igreja da Glória. — no dia
12 de janeiro de 1941, com um artista e nobre
_ polonês, Conde Augusto Zamoyski, escultor, nas­
cido em Jablon, Polónia, a 28 de junho de 1893,
filho do Conde Tomaz Zamoyski e de Ludmila,
Condessa Zamoyska.
O escultor Augusto Zamoyski tem seu nome li­
gado, entre outras, a duas estatuas, duas belas
esculturas; uma, a de Chopin, colocada na Praia
Vermelha e outra “Carmela”, grande figura de
bronze, repousando sobre um sóco de pedra que
se destaca à entrada do Cassino da Pampulha, em
Belo Horizonte.
Fundador, no Rio, do “Clube dos Formistas” que
procuravam a forma pura, livre de qualquer re­
presentação da natureza. Realizou cinco confe­
rências em São Paulo, no salão de conferências
da Biblioteca Municipal, conforme noticia deta-
— 309 —

lhada colhida no jornal “Diário da Noite”, edição


de 27-11-1946.
2-2 Emiliana Monteiro de Barros Latif
Nasceu em Bruxelas a 24 de julho de 1889 e casou
no Rio de Janeiro — Lagoa — no dia 14 de setembro
de 1909, com o Dr. André Betim Paes Leme, nasci­
do na mesma localidade a 3 de janeiro de 1886, irmão
do Dr. Luiz, acima referido no n. 2-1. Tem uma filha:
3-1 Cecília Betim Paes Leme.
2-3 Alice Monteiro de Barros Latif
2-4 Dr. Pedro Monteiro de Barros Latif
Formado em Engenharia Civil pela Escola Central de
Paris.
Casou no Rio de Janeiro a 18 de dezembro de 1929,
com Silvia Lafayete R. Pereira, filha do Dr. Lafayete
Barbosa Rodrigues Pereira e de Isaura da Costa Ro­
drigues Pereira (falecida no Rio de Janeiro a 5 de
agosto de 1947) ; neta paterna do Conselheiro W as­
hington Rodrigues Pereira e de Isabel Barbosa Ro­
drigues Pereira.
Por seu avô paterno, D. Sílvia é bisneta de Antonio
Rodrigues Pereira e de Clara de Lima Rodrigues Pe­
reira, agraciados pelo governo Imperial, por decreto
de 15 de junho de 1881, com o titulo de Barões de
Pouso Alegre.
. Por sua avó paterna, bisneta do Conselheiro Luiz An­
tonio Barbosa e de Antonia Luisa de Oliveira Horta,
já citados no Cap. l.°, § l.°.
2-5 Dr. Júlio Cesar Monteiro de Barros Latif.
Formado em Engenharia pela Escola Central de Pa­
ris. Industrial em São Paulo. Casou no Rio de Janei­
ro a 22 de dezembro de 1934 com Maria Luisa Perei­
ra de Souza, filha do Comendador José Pereira de
Souza, do alto comércio da Capital Federal, um dos
fundadores da importante "Casa Sucena” e \de sua
mulher Tulia Barbosa de Medeiros Gomes.
2-6 Dr. Miran Monteiro de Barros Latif.
Engenheiro, formado pela Escola Politécnica do Rio
de Janeiro.
1-9 Alice Monteiro de Barros
Nasceu no Rio de Janeiro — Glória — a 3 de setembro de
1866 e casou com A rtur Mendes. São falecidos há mais de
quarenta anos, sem descendência.
1-10 Alda Eugênia Monteiro de Barros
— 310 —

Decimo gênito de Júlio Cesar Monteiro de Barros e de


Emiliana de Souza Breves, § l.°. Nasceu no Rio de Ja­
neiro — Glória — a 3 de maio de 1870 e faleceu a30
de abril de 1896. Casou com Otávio Monteiro de Barros,
filho de Romualdo José Monteiro de Barros, citado no
Cap. 16, § 4.
1-11 Aurélio de Souza Monteiro de Barros
Foi importante fazendeiro em Barra Mansa. Casou com
Francisca Donringues, falecida a 13 de novembro de 1946,
no Estado de Minas, irmã de Antonio Manuel Domin-
gues, casado com Luisa Cortes, filhos do velho Antonio
Manuel Domingues, cognominado o “Velho Carcacena”
e de Maria Rosa Antunes de Siqueira, citados no Cap.
52, § 3.°.
Deste casal procedem onze filhos que serão menciona­
dos de 2-1 a 2-11 :
2-1 Marco Aurélio Monteiro de Barros
Dedicou-se à agricultura, abastado lavrador de café,
fazendeiro em Tombos e. em' Leopoldina. Casou com
sua parenta Laura Manso Monteiro de Barros, filha
do Major José Antonio Monteiro da Silva e de Inês
7 Manso Monteiro da Costa Reis, citados no Cap.
52, § 3.
Faleceu no Rio de Janeiro a 2 de maio de 1939, dei­
xando viuva, D. Laura, que reside na mesma cida­
de e onze filhos que serão chamados de 3-1 a 3-11:
3-1 Maria da Glória Monteiro de Barros Guimarães
Casou com Décio de Oliveira Guimarães, resi­
dente em Tombos, filho de Antonio Teixeira de
Oliveira Guimarães. Filhos:
4-1 José Monteiro de Barros Guimarães
4-2 Maria Aparecida Monteiro de Barros Gui­
marães
4-3 Maria Inês Monteiro de Barros Guimarães
4-4 Marco Aurélio Monteiro de Barros Guima­
rães
4-5 Rita Maria Monteiro de Barros Guimarães
4-6 Márcia Maria Monteiro de Barros Guima­
rães.
3-2 Zilda Monteiro de Barros da Fonseca
Casou com o Dr. Sílvio Monteiro da Fonseca, fi­
lho de Luiz Augusto da Fonseca, de Providên­
cia, citado no Cap. 39, § l.°. Tem sete filhos:
4-1 Dulcida Monteiro de Barros da Fonseca

/
— 311 —

4-2 Marita Monteiro de Barros da Fonseca #


4-3 Mauro Monteiro de Barros da Fonseca
4-4 Maria Esteia Monteiro de Barros da Fon­
seca
4-5 Marco Aurélio Monteiro de Barros da Fon­
seca
4-6 Marília Monteiro de Barros da Fonseca
4-7 Gilson Monteiro de Barros da Fonseca.
3-3 Dr. José Antonio Monteiro de Barros
Engenheiro agrónomo, fazendeiro em Recreio.
Casou com Maria José dos Reis Junqueira,' filha
de Joaquim Tiburcio Junqueira Sobrinho e de
Amélia Ribeiro Junqueira. Duas filhas:
4-1 Maria Carmen Monteiro de Barros
4-2 Maria Célia Monteiro de Barros.
3-4 Zélia Monteiro de Barros da Fonseca
Casou com Sérgio Henrique Duarte da Fonseca,
fazendeiro em Providência, município de Leopol-
dina, filho do Dr. Henrique Duarte da Fonseca,
já falecido. Tem quatro filhos:
4-1 Dilene Monteiro de Barros da Fonseca
4-2 Maria Regina Monteiro de Barros da Fon­
seca
4-3 Laura Monteiro de Barros da Fonseca
4-4 Henrique Monteiro de Barros da Fonseca.
3-5 Dr. Rubens Monteiro de Barros
Formado em Medicina. Reside- e clinica ,em Be­
lo Horizonte.
Casou com Angela de Arruda, filha do Dr. Mil­
ton de Arruda, advogado no Distrito Federal e
de sua mulher Julieta de Arruda. Tem:
4-1 Regina Vitoria Monteiro de Barros
4-2 Rubens Monteiro de Barros Júnior.
3-6 Dr. Newton Monteiro de Barros
Engenheiro agrónomo. Reside em Providência.
Casou com Alice Ribeiro Junqueira, filha de An­
tonio Ribeiro Junqueira, citado no Cap. 37, § 3.
Tem quatro filhos:
4-1 Vera Lucia Monteiro de Barros
Nasceu a 18 de novembro de 1939.
4-2 Marco Antonio Monteiro de Barros
Nasceu em fevereiro de 1941.
4-3 Cláudio Monteiro de Barros
Nasceu a 19 de agosto de 1942.
— 312 —

4-4 Alice Monteiro de Barrós.


3-7 Dr. Clóvis Monteiro de Barros
Bacharel em Direito e advogado na Capital Federal,
onde casou no dia 23 de abril de 1942, com Van-
da Machado Bittencourt, filha do Dr. Oswaldo
Machado Bittencourt e de Laura Rodrigues Bit­
tencourt ; neta paterna do Marechal Carlos Ma­
chado de Bittencourt e de Maria José de Souza
Lobo de Bittencourt. Tem três filhos:
4-1 Sônia Monteiro de Barros
4-2 Marco Aurélio Monteiro de Barros
4-3 Luis Eduardo Monteiro de Barros.
O Marechal Carlos Machado de Bittencourt,
promovido a Marechal a 12 de julho de 1895,
nasceu no Rio Grande do Sul a 12 de abril
de 1840 e faleceu no Rio de Janeiro a 5 de
novembro de 1897, filho do Brigadeiro Ja­
cinto Machado Bittencourt, catarinense, que
fez toda a campanha contra o Paraguai e
morreu gloriosamente em Assunção aos 4 de
abril de 1869, casado com Ana Mauricia.
O Brigadeiro Jacinto era filho do Major Ca­
milo Machado Bittencourt casado em Santa
Catarina a 8 de novembro de. 1801 com Ju­
liana Rosa de Jesus; neto paterno de Fran­
cisco de Souza Machado e de Catarina Eu­
genia Bittencourt, vinculada à grada famí­
lia açoriana “Bittencourt”, que tomou par­
te na corrente imigratória para o sul do Bra­
sil, corrente que foi comemorada no Con­
gresso Histórico e Geográfico realisado em
1948 na cidade de Florianopolis; neto ma­
terno de Antonio Corrêa e de Maria Leocá-
dia Corrêa (Almirante Henrique Boiteux,
“Santa Catarina no Exército”, l.° vol. pág.
261).
3-8 Dr. Antonio Monteiro de Barros
Engenheiro Civil pela Escola Politécnica do Rio
de Janeiro. Aí casou no dia 11 de abril de 1943,
com Yolita Pereira de Melo, filha do Dr. A rtur
Pereira de Melo. Tem:
4-1 Delise Monteiro de Barros
4-2 Antonio Carlos Monteiro de Barros.
313 —

3-9 Dr. Walter Monteiro de Barros


Bacharel em Direito, advogado. Faz parte da
diretória do Banco Meridional do Brasil, com sé-
de em Niterói. Casou na referida cidade, a 23 de
março de 1941, com Maria Monteiro de Barros,
filha de Júlio Cesar de Miranda Monteiro de
Barros e de sua terceira mulher Marcolina Mon­
teiro de Barros, citados neste Cap. § 1, n. 1-3.
Tem:
4-1 Ivan Monteiro de Barros
Nasceu em Niterói a 7 de julho de 1942
4-2 Ivo Monteiro de Barros
Nasceu a 29 de setembro de 1944.
3-10 Maria de Lourdes Monteiro de Barros
Casou com o Dr. Antonio Pinto Mendes, cirur­
gião dentista, filho de A rtur Pinto Mendes. T em :
4-1 Olga Maria Monteiro Pinto Mendes
4-2 Laura Maria Monteiro Pinto Mendes.
4-3 Marco Aurélio Monteiro Pinto Mendes.
3-11 Zeny Monteiro de Barros
Casou no Rio de Janeiro a 19 de janeiro de 1946,
com Breno Samuel Meireles, alto funcionário do
Banco do Brasil, agente da filial em Patos (M i­
nas), filho de Ornar Carneiro de Meireles e de
Cyrene Samuel Meireles; neto paterno de José
Teixeira de Méireles e de Genoveva Carneiro de
Meireles; neto materno de João Samuel e de
Henriqueta Oliveira Samuel.
Tem duas filhas: Maria Elizabeth e Maria Bea­
triz.
2-2 Emiliana Monteiro de Barros
Segunda filha de Aurélio Monteiro de Barros (1-11).
Casou com João Marcondes dos Santos, filho de Isaac
Marcondes dos Santos e de Ana Marcondes. Ambos
falecidos, deixando 11 filhos, designados de 3-1 a 3-11:
3-1 Moacir Benedito Monteiro de Barros Marcondes
Nasceu em Falcão de Barra Mansa a 12 de mar­
ço de 1902 e casou na mesma localidade com
Inajá Gomes da Silva, filha de Benedito Gomes
da Silva e de Ana Rosa da Silva. Residem em
Providência (M inas), havendo oito filhos men­
cionados de 4-1 a 4-8:
4-1 Benedito Moacir Marcondes
— 314 — '

Nasceu em Falcão de Barra Mansa a 6 de


abril de 1926
4-2 Hamilton Monteiro de Barros Marcondes
Nasceu em Providência a 23 de maio de 1927
4-3 Maria Inayá Monteiro de Barros Marcon­
des
Nasceu em Providência a 16 de maio de 1929
4-4 Emiliana Monteiro de Barros Marcondes
Nasceu em Providência a 2 de agosto de 1932
4-5 Occário Monteiro de Barros Marcondes
Nasceu em Providência a 27 de janeiro de
1934
4-6 João Heleno Monteiro de Barros Marcondes
Nasceu em Providência a 23 de outubro de
1936
4-7 Ana Otati Monteiro de Barros Marcondes
Nasceu em Providência a 27 de fevereiro de
1940
4-8 José Carlos Monteiro de Barros Marcondes
Nasceu em Providência a 24 de março de
1945.
3-2 Breno Monteiro de Barros Marcondes
Nasceu na cidade de Barra Mansa no dia 25 de
maio de 1905 e casou na cidade de Itaocara (E s­
tado do Rio) a 15 de julho de 1931, com Lúcia
Pereira de Souza, filha de Benedito Pereira de
Souza e de Margarida da Silva Pereira. Residem
na Capital Federal, tendo a filha única: Clélia
Marcondes, nascida a 31 de julho de 1933.
3-3 João Monteiro de Barros Marcondes
Nasceu em Falcão de Barra Mansa. Casou em
Providência (Minas) a 26 de setembro de 1927
com Lais Vasques de Menezes, filha de Geraldi-
no Ferreira de Menezes e de D. Agostinha Vas­
ques de Miranda. Tem nove filhos, menores, ci­
tados de 4-1 a 4-9:
4-1 Dirce Marcondes
4-2 João Marcondes
4-3 Déa Marcondes
4-4 José Marcondes
4-5 Jairo Marcondes
4-6 Dilene Marcondes
4-7 Diná Marcondes
4-8 Lais Marcondes
— 315 -

4-9 Marco Aurélio Marcondes.


3-4 Aurélia Monteiro de Barros Marcondes
Casou com José Augusto Monteiro de Siqueira.
Tem seis filhos, designados de 4-1 a 4-6:
4-1 Maria Auxiliadora Marcondes de Siqueira
4-2 José Augusto Marcondes de Siqueira
4-3 João Batista Marcondes de Siqueira
4-4 Antonio Fernando Marcondes de Siqueira
4-5 Terezinha Marcondes de Siqueira
4-6 Francisco de Assis Marcondes de Siqueira.
3-5 Isaac Marcondes Neto
Nasceu em Falcão de Barra Mansa no dia 23 de
maio de 1912, mas foi registrado no distrito de
paz de São Joaquim, no mesmo município de Bar­
ra Mansa. Casou na cidade de Barra do Pirai (E s­
tado do Rio) a 21 de maio de 1941, com Sílvia
Martins Marcondes, filha de Virgílio Pereira
Martins e de Zulmira Mendes Martins. Filhos:
4-1 Wellington Martins Marcondes
Nasceu em Barra do Pirai a 11 de feverei­
ro de 1942
4-2 Vera Sílvia Martins Marcondes
Nasceu na mesma localidade a 15 de feverei­
ro de 1943
4-2 Paulo Roberto Martins Marcondes
Aí também nasceu a 13 de fevereiro de 1945.
3-6 José Monteiro-de Barros Marcondes
Nasceu a 29 de janeiro de 1910 em Barra Mansa.
Casou na cidade de Rio Bonito (Estado do Rio)
a 6 de janeiro de 1942, com Dilah Corrêa Mar­
condes, filha de Augusto José Corrêa e de Altiva
Alves Corrêa. Tem um filho:
4-1 Carlos Augusto Marcondes
Nasceu em Itaperuna (Estado do Rio) a 15
de fevereiro de 1944.
3-7 Sebastião Monteiro de Barros Marcondes
Nasceu em Barra Mansa a '10 de novembro de
1907. Casou na Capital Federal no dia 11 de ju­
nho de 1936 com Altair Nunes, filha de Alfredo
Nunes e de Maria Jíilia Nunes. Residem nesta
ultima localidade, com um filho: Eduardo Vitor
Marcondes, ali nascido a 27 de abril de 1937.
3-8 Anita Monteiro de Barros Marcondes
Casou em Providência, município de Leopoldina,
316 —

Minas, a 6 de fevereiro de 1935, com Otávio*


Cortes, filho de Alcides Cortes e de Abigail de
Castro Cortes. Residem em Alem Paraiba, onde
nasceram os sete filhos seguintes, citados de 4-L
a 4-T:
4-1 Otávio José Cortes
Nasceu a 26 de janeiro de 1936
4-2 Emiliana Cortes
Nasceu a 24 de- agosto de 1937
4-3 Terezinha Cortes
Nasceu a 3 de outubro de 1938
4-4 Nelson Cortes
Nasceu a 21 de janeiro de 1940
4-5 Sônia Maria Cortes
Nasceu a 22 de junho de 1941
4-6 Marco Aurélio Cortes
Nasceu a 18 de julho de 1942
4-7 Jaime Cortes
Nasceu a 5 de setembro de 1943.
3-9 Emiliana Monteiro de Barros Marcondes
Casou em Barra Mansa, distrito de Quatis, E..
F. O. M., no dia 18 de dezembro de 1943, com
o Dr. Afonso Lustosa, nascido em Leopoldina,.
filho do Desembargador Dr. Custódio de Almei­
da Lustosa e de Maria de Freitas Lustosa; neto
paterno do Desembargador João Batista Pimen-
tel Lustosa de quem -já tratamos. O Dr. Afonso
é formado no Rio de Janeiro. Tem umà filha:
4-1 Marisa Marcondes Lustosa.
3-10 Diva Monteiro de Barros Marcondes
Casou com Manuel Domingues e tem dois filhos..
3-11 Júlio Cesar Marcondes
Casou com D. Neusa Marcondes, tendo:
4-1 José Marcondes
4-2 Djalma Marcondes.
2-3 Antonieta Monteiro de Barros
Casou com Cristianó Alves Moreira, já falecido, ten­
do deixado uma filha:
3-1 Celeste Moreira
2-4 Julio Cesar Monteiro de Barros
Lavrador, residente em Providência. Casou com Ma­
ria Rocha Monteiro de Barros e tem onze filhos que
serão designados de 3-1 a 3-11:
3-1 Ari Monteiro de Barros
— 317 —

Casou com Taisena Martins Monteiro de Barros


e tem três filhos:
4-1 Gladys
4-2 Gláucio
4-3 Gilson Monteiro de Barros.
3-2 Lucy Monteiro de Barros
3-3 Daura1 Monteiro de Barros
Casou com Antonio Reche, residente na Capital
Federal, tendo uma filha:
4-1 Clélia Monteiro de Barros Reche
3-4 Ester Monteiro de Barros
Casou com João Bruger Vilela tendo:
4-1 Angela Aparecida Monteiro de Barros Vilela
4-2 Mauro Cesar Monteiro de Barros Vilela.
3-5 Sílvio Monteiro de Barros
Casou com Maria Aparecida Guimarães, tendo
uma filha:
4-1 Marina Monteiro de Barros
3-6 Julio Cesar Monteiro de Barros Júnior
3-7 Geni Monteiro de Barros
3-8 Elsa Monteiro de Barros
Casou com Fernando Brandão, tendo:
4-1 Luiz Fernando Monteiro de Barros Brandão
3-9 Celso Monteiro de Barros
3-10 Hamilton Monteiro de Barros
Casou com Zilda dos Santos, tendo:
4-1 Márcia Vera Monteiro de Barros
3-11 Fernando Monteiro de Barros
2-5 Sebastião Monteiro de Barros
Casou com Haydée Monteiro de Barros. Residem em
Miracema e tem :
3-1 Liege Monteiro de Barros, casada.
3-2 Edison Monteiro de Barros
3-3 Wilson Monteiro de Barros.
2-6 Aurélia Monteiro de Barros
Casou com o Comendador Eduardo Gama de Castro
Lacerda. T em :
3-1 Maria José de Castro Lacerda. Casada.
3-2 Edméa de Castro Lacerda. Casada.
3-3 Nely de Castro Lacerda. Casada.
3-4 Emiliana de Castro Lacerda
3-5 Marialva de Castro Lacerda
3-6 Leda de Castro Lacerda
3-7 Eduardo de Castro Lacerda
— 318 —

3-8 Eny de Castro Lacerda


3-9 Geso Moacir de Castro Lacerda
3-10 .............. '......................................................................
2-7 Edy Monteiro de Barros
Casou com Elisa de Melo Monteiro de Barros. Resi­
dem em Providência. Tem quatro filhos:
3-1 Lauro Monteiro de Barros
Nasceu a 13 de março de 1921.
Oficial de Marinha. Aspirante a Guarda Mari­
nha a 2 de abril de 1938; 2.° Tenente a 8 de fe­
vereiro de 1943; l.° Tenente a 24 de novembro
de 1944; Capitão-Tenente a 30 de maio de 1946.
Ocupa o número 205 na. lista dos Capitães-Te­
nentes, publicada no Almanaque do Ministério
da Marinha para 1950, pág. 128.
Casou com Marilena Carneiro Monteiro de Bar­
ros e tem uma filha: Maria Lúcia.
3-2 Heloisa Monteiro de Barros
3-3 Evaldo Monteiro de Barros
Casou com D. Neusa de Lucca, no dia 20 de
maio de 1948.
3-4 Vera Maria Monteiro de Barros.
2-8 Thiers Monteiro de Barros
Agricultor e conceituado comerciante em Muqui (E s­
pirito Santo), nascido em Barra Mansa (Estado do
Rio) a 4 de setembro de 1897.
Casou na cidade de Morro Alto (Minas) a 18 de fe­
vereiro de 1928, com Diva de Paula, filha de Fran­
cisco O. de Paula e de Maria Olívia G. de Paula. Tem
sete filhos, de 3-1 a 3-7:
3-1 Wani Monteiro de Barros
Nasceu a 14 de janeiro de 1929. Estudante.
3-2 Maria Ziléa Monteiro de Barros
Estudante. Nasceu a 26 de abril de 1930.
3-3 Francisco Aurélio Monteiro de Barros
Nasceu a 23 de agosto de 1931.
3-4 Nilza Monteiro de Barros
Nasceu a 1 de junho de 1933.
3-5 José Nilton Monteiro de Barros
Nasceu a 18 de novembro de 1934.
3-6 Carlos Rubens Monteiro de Barros
Nasceu a 22 de julho de 1936.
3-7 Terezinha Monteiro de Barros, a caçula
Nasceu a 3 de junho de 1944.
— 319 —

2-9 Raul Monteiro de Barros


Casou com Margarida Monteiro de Barros, tendo:
Aurélio e mais dois.
2-10 Renato Monteiro de Barros
Nasceu a 5 de março de 1885. Casou na cidade de An-
gostura (M inas) com Carmen Cortes. Residem em Mi­
rai, tendo dez filhos, de 3-1 a 3-10.
3-1 Ilka Monteiro de Barros
3-2 Nely Monteiro de Barros
No ano de 1945 contava 31 anos e casou a 20 de
janeiro de 1940 com Lívio deRezende, filho de
Targino Moreira de Rezende.
3-3 Zilda Monteiro de Barros
Nasceu por volta de 1915. Casou com Paulo Pei­
xoto de Rezende, tendo dois filhos:
4-1 Luiz Paulo de Rezende
4-2 Geraldo Peixoto de Rezende.
3-4 Olga Monteiro de Barros
3-5 Clarisse Monteiro de Barros
3-6 Milton Monteiro de Barros
3-7 Renato Monteiro de Barros
3-8 Nelson Monteiro de Barros
3-9 Aurélio Monteiro de Barros
3-10 Alice Monteiro de Barros.
2-11 Maria da Conceição Monteiro de Barros
Casou duas vezes. A primeira com Joaquim Gama de
Castro Lacerda a segunda com Osmar de Lacerda.
Reside em Cataguazes, tendo seis filhos do primeiro
e um do segundo matrimónio:
3-1 Maria da Conceição Monteiro de Barros de La­
cerda
3-2 Joaquim Monteiro de Barros de Lacerda. Casado.
3-3 Genaro Monteiro de Barros de Lacerda
3-4 Dr. Aurélio Monteiro de Barros de Lacerda
Advogado. Casou no Rio de Janeiro a 3 de fe­
vereiro de 1945 com D. Zilda da Conceição Pe­
reira
3-5 Filomena Monteiro de Barros de Lacerda
3-6 Isa Monteiro de Barros de Lacerda
3-7 Luzia Monteiro de Barros de Lacerda
1-12 Herminia Monteiro de Barros
Penúltima filha do primeiro casamento de Júlio Cesar de
Miranda Monteiro de Barros e de Emiliana Breves. Em
1948, por informações, tivemos noticia que residia, no­
nagenária, em uma fazenda no Estado do Rio.
Casou com o Dr. Francisco Gonçalves de Morais, filho
de Joaquim José Gonçalves de Morais, fazendeiro no
Passa Três e de Cediia Pimenta de Almeida1; neto pa­
terno dos Barões de Pirai.
Faleceu o Dr. Francisco Gonçalves de Morais no Rio de
Janeiro a 17 de agosto de 1929, havendo:
2-1 Ana Solange Gonçalves de Morais (Biri)
Casou com seu primo Júlio Monteiro de Barros Su-
ckow, já citado.
2-2 Emiliana Gonçalves de Morais (Bibí)
Casou com Luiz Belo de Souza Breves, proprietário
da granja Saúde, na linha Auxiliar (subúrbio do Rio
de Janeiro), filho de Joaquim José de Souza Breves
Filho e de Justina Bulhões Belo; neto paterno de
outro Joaquim José de Souza Breves e de Maria Isa­
bel de Morais, filha esta, dos Barões de P ira i: neto
materno de Luiz Alves Leite de Oliveira Belo e de
Eulália Pulquéria de Oliveira Bulhões. Filhos:
3-1 Francisco Luiz de Morais Breves
Casou com Zdda Barbosa, filha de Manuel Me-
ringe. Barbosa e de Quintiliana Azevedo (Tim-
tim). Filhos:
4-1 Newton Barbosa Breves
4-2 Vera Barbosa Breves.
3-2 Armando de Morais Breves
Casou com Rita Coelho Costa, tendo:
4-1 Guido Sérgio Costa Breves.
3-3 Lúcia de Morais Breves
Casou no Rio de Janeiro a 18 de setembro de
, 1928 com o Dr. Alfredo Stefani, engenheiro, re­
sidente em São Paulo, filho de Antonio Stefa­
ni e de Elisa Stefani, italianqs, da província de
Toscana. Filhos:
4-1 Flávio Breves Stefani
Nasceu no Rio de Janeiro a 2 de agosto de
1929
4-2 Sérgio Breves Stefani
Nasceu em Vassouras (Estado do Rio) a 8
de julho de 1931
4-3 Paulo Breves Stefani
Nasceu em São Paulo a 26 de março de 1933.
«
3-4 Humberto de Morais Breves
Casou com D. Nair Cardoso, tendo:
4-1 Lúcia Cardoso Breves
4-2 Carmen Cardoso Breves
4-3 Luiz Cardoso Breves.
3-5 Raul de Morais Breves
Faleceu em Santos a 27 de janeiro de 1951
Casou com Dina Queiroz Fonseca, tendo:
4-1 Suely Fonseca Breves.
3-6 Luiz Henrique de Morais Breves
3-7 Fernando de Morais Breves
3-8 Valentina de Morais Breves
Casou com Paulo Cavalcanti Melo, tendo:
4-1 Sônia Breves Cavalcanti Melo.
2-3 Cecilia de Morais (Bobó)
Casou com seu primo Luiz Barbosa da Silva, filho do
Dr. Luiz A. Ba'rbosa da Silva, advogado, jornalista,
nascido em Bananal, na fazenda Cascata a 30 de ou­
tubro de 1840 e falecido na fazenda Confiança, de seu
sogro a 26 de junho de 1875 e casado a 7 de setembro
de 1861 com Emiliana de M orais; neto paterno do Co­
mendador Antonio Barbosa da Silva e de Maria de
Oliveira Arruda Barbosa da Silva; neto materno do
Comendador Joaquim José Gonçalves de Morais, fa­
zendeiro no Passa Três e de Cecília Pimenta de Al­
meida, supra mencionados. Filhos:
3-1 Luiz Barbosa da Silva
Faleceu solteiro
3-2 Mário Barbosa da Silva
Casou com Celeste Viana, tendo:
4-1 Celmar Barbosa da Silva
4-2 Neyde Barbosa da Silva
4-3 Rolando Barbosa da Silva.
3-3 Júlio Barbosa da Silva
Casou com Ismênia Barbosa da Silva, tendo:
4-1 Islio Barbosa da Silva
4-2 Júlio Barbosa da Silva
4-3 Sérgio Barbosa da Silva.
2-4 Luiz Gonçalves de Morais (Bubu)
Faleceu solteiro
2-5 Alda Gonçalves de Morais (Boró)
Casou com Clodoveu Coelho, tendo:
3-1 Hernani de Morais Coelho
Casou com Dulce Torres, tendo:
— 322 —

4-1 José Carlos Torres Coelho


4-2 Regina Lúcia Torres Coelho.
3-2 Dulce de Morais Coelho.
2-6 Francisca de Morais (Burú)
Nossa inteligente informante. Reside no Rio.
1-13 Alberto de Miranda Monteiro de Barros
Casou com Luiza de Castro e tiveram só um filho, Hugo,,
falecido na minoridade.
1-14 Nelson Monteiro de Barros
Primeiro filho do segundo casamento de Júlio Cesar de Mi­
randa Monteiro de Barros. Faleceu, solteiro, em fevereiro
de 1883
1-15 Afonso Monteiro de Barros
Funcionário público federal, atingiu o elevado pôsto de l.°
oficial da Caixa de Amortização; hoje está aposentado e
reside no Distrito Federal.
Casou com Maria da Glória Monteiro de Barros, filha de
Joaquim Cândido da Silveira Carvalho e de Ana Carva­
lho de Aragão, ambos vinculados a gradas famílias de Per­
nambuco. Filhos:
2-1 Dr. Júlio Cesar Monteiro de Barros
Nasceu a 3 de junho de 1909. Formado em Medici­
na, ingressou no Corpo de Saúde do Exército, l.° Te­
nente a 23 de dezembro de 1938, Capitão a 25 de de­
zembro de 1947. Tem o curso da Escola de Saúde do
Exército.
No ano de 1944 seguiu para a Itália com a Fôrça Ex­
pedicionária brasileira (F. E. B.). Ocupa o numera
218 na lista dos Capitães Médicos, lista publicada pe­
lo Almanaque do Exército, para 1948.
Casou no Rio de Janeiro, a 21 de fevereiro de 1942,
com Marieta Monteiro de Barros, tendo:
3-1 Geraldo Monteiro de Barros.
2-2 Alaide Monteiro de Barros
2-3 Maria de Lourdes Monteiro de Barros.
1-16 Clotilde Monteiro de Barros
Ultima filha do § l.° do Capítulo 15, filha de Júlio Cesar
de Miranda Monteiro de Barros.
Casou no Rio de Janeiro com o Marechal Dr. Virgílio Tou-
rinho de Bittencourt, nos termos do assento seguinte,
constante no livro 16, fls. 27 v., da Paroquia de São Fran­
cisco Xavier do Engenho Velho, Rio de Janeiro :
“À margem: Dr. Virgílio Tourinho de Bittencourt e D.
“Clotilde Monteiro de Barros. — Aos vinte de setembro
“de mil novecentos e treze, às oito horas da noite, nesta
“Matriz de São Francisco Xavier freguesia do Engenho
“Velho, em presença do Cónego Marçal Ribeiro, meu
“Coadjutor e das testemunhas abaixo assinadas,-recebe-
“ram-se em Matrimónio os contraentes Doutor Virgílio
“Tourinho de Bittencourt e Clotilde Monteiro de Barros,
“ele com quarenta e oito anos viuvo de Maria Rita T ou­
cin h o de Bittencurt, filho legitimo do Bacharel Epifania
“ de Bittencourt e de Maria José Tourinho de Bittencourt,
“ natural da freguesia de Santa Rita, nesta Arquidiocese;
“ela, com trinta e cinco anos, filha legitima do Coronel Jú-
“lio Cesar de Miranda Monteiro de Barros e de Emiliana
“Júlia Monteiro de Barros, batizada na freguesia de Iguas-
“ sú, Diocese de Niterói, moradores, ele, nesta e ela, na
“ freguesia de Nossa Senhora da Luz. E para constar la-
“ vrei este assentamento, que assino. Cónego Antonio B.
“ Pinto. Testemunhas: Dr. Manuel F. do Rêgo Barros,
“Francisco da Silva Oliveira”.
No Capítulo 5.°, § 4.°, n. 1-4, prestamos alguns esclare­
cimentos sobre a família Tourinho e escrevemos que Ma­
nuel Gonçalves F^rreira, casado com Maria Vitória de Je­
sus Tourinho deixou, entre outros, dois filhos que inte­
ressavam a este estudo: José Vicente Gonçalves Tourinho
e Luisa Leopoldina Tourinho.
Luisa Leopoldina Tourinho casou a 31 de maio de 1831,.
na cidade de São Salvador da Bahia, com Francisco Lou-
renço Coelho de Pinho, tendo, entre outros:
Maria José Tourinho. Casou-se a 19 de fevereiro de 1863
com o Dr. Epifânio de Bittencourt, bacharel em Direito,
magistrado, juiz de direito da comarca de Santo Amaro,
Bahia.
O “Jornal do Comércio”, do Rio de Janeiro, edição de 19-
4-1902, publica o falecimento em Sítio ( Minas 1 de D. Ma­
ria José Tourinho de Bittencourt, viuva do Dr. Epifânio
Bittencourt, mãe dos Drs. Virgílio e Angelo Tourinho de
Bittencourt.
Faleceu Clotilde Monteiro de Barros, no Rio, a 27 de maio
de 1940, havendo:
2-1 Comandante Geraldo Tourinho de Bittencourt
Nasceu no Distrito Federal a 18 de junho de 1914.
Oficial de Marinha'. Aspirante a Guarda Marinha a
26 de abril de 1934; 2.° Tenente a 6 de outubro de
1939; l.° Tenente a 12 de dezembro de 1941; Capi­
tão-Tenente a 17 de dezembro de 1943. Ocupa O)
numero 45 na lista dos Capitães-Tenentes, lista publi­
cada no Almanaque do Ministério da Marinha, para
1950, pág. 110. Casou com Virgínia Caruso, filha de
Ercole Caruso e de Emilla Caruso, tendo:
3-1 Ronaldo Tourinho de Bittencourt
3-2 Wania Maria Tourinho de Bittencourt.
2-2 Célia. Falecida.
2-3 Regina Tourinho de Bittencourt
Casou com o Dr. João Batista Leão, médico, servin­
do na Assistência Pública do Distrito Federal, filho
de A rtur Guimarães Leão e de Maria Iranira Leão,
de Cataguazes. Filhos:
3-1 Lia Regina Bittencourt Leão
3-2 Paulo Cesar Bittencourt Leão.

§ 2 Augusta Emília de Miranda Monteiro de Barros


Segunda filha do Desembargador Francisco de Paula
Monteiro de Barros, Cap. 15. Casou duas vezes. A primeira
com o Dr. Bruno Bernardo de Souza e Castro, falecido a 18 de
maio de 1859, filho de Manuel Bernardes Varela dá Fonseca,
Contador na Tesouraria Geral de Ouro Preto e de Ana de Sou­
za e Castro.
Ana de Souza e Castro era filha de Manuel de Souza e
Oliveira e de Joana Perpetua de Negreiros e Castro e neta1ma­
terna de Antonio Alvares de Castro e de Joana Batista de Ne­
greiros, a qual, por sua vez, era irmã de Antonia de Negreiros,
avó materna do Barão de Paraopeba.
Segunda vez casou no Rio, Glória, a 6 de junho de 1867,
com o Major José J. Luiz de Souza Breves, viuvo do § 3.°, a
seguir.
Faleceu a 12 de junho de 1877, sem deixar filhos de am­
bos os maridos.

§ 3 — Amélia Augusta Monteiro de Barros


Casou com o Major José J. Luiz de 'Souza Breves, filho
de Luiz de Souza Breves e de Maria Pimenta de Almeida Bre­
ves ; neto materno do Capitão-Mór José de Souza Breves e de
Maria Pimenta de Almeida, já descritos.
O Major José Luiz foi proprietário da importante fazen­
da de café “Alpes” em Mar de Espanha, onde plantou cerca
de um milhão de pés de café, trabalhando com 300 escravos
e que edificou à sua custa, em Santa Rita de Cassia, uma rica
e solida Capela de cantaria, no valor de cem contos de reis.
WBF
••

— 325 —

. (Julião Rangel de Macedo Soares, Nobiliarquia Fluminense,


pág. 105, do Io vol.)
Faleceu D. Amélia, em S. José de Alem Paraiba, a 11 de
fevereiro de 1867. Filhos:
1-1 Francisco de Assis Monteiro Breves
Acreditado comerciante de café na praça do Rio de Ja­
neiro. Por decreto de 17 de dezembro de 1881, foi agra­
ciado com o titulo de Barão de Louriçal. Faleceu soltei­
ro. A missa de sétimo dia foi rezada a 27 de dezembro
de 1897.
1-2 Constança Monteiro Breves
Casou com o Capitão Marcelino José de Oliveira e tem :
2-1 Germana de Oliveira
Casou com Vitor Campos, tendo, entre outros, Ger-
maninha, Rita e Marcelina.
1-3 José Martiniano Monteiro Breves
Casou no Rio de Janeiro a 27 de outubro de 1887 com sua
prima Amélia Monteiro de Barros Lima, filha de João
Gonçalves Pereira Lima e de Emília de Miranda Monteiro
de Barros, adiante descrita1neste Capitulo, § 7. Faleceu em
1905, havendo:
2-1 Francisco de Assis Monteiro Breves
Nasceu a 4 de fevereiro de 1890 e foi batizado a 6 de
março do mesmo ano. Padrinhos, o Barão de Lou­
riçal e Mariana Isabel Monteiro Breves (Livro de Ba­
tizados da Igreja Matriz de São Francisco Xavier do
Engenho Velho. n. 15, fls. 47 v.) Faleceu solteiro.
2-2 Rubens Monteiro Breves
Funcionário federal na Bahia. Casou com D. Nair
Soares, filha de Álvaro Soares e não tem geração.
2-3 Amilcar Monteiro Breves
Nasceu no Rio de Janeiro a 29 de outubro de 1892 e
foi batizado no dia 8 de janeiro de 1893. Padrinhos:
Artur Bandeira e Eugêniá Monteiro Lima. (Liv. 16,
fls. 279, da Matriz acima referida do Engenho Velho).
Faleceu solteiro a 21 de janeiro de 1933.
2-4 Mária de Lourdes Monteiro Breves.
Reside na Capital Federal em companhia de sua mãe.

§ 4 — Dr. Augusto Eugênio de Miranda Monteiro de Barros


Formado em Medicina na Faculdade do Rio de Janeiro
e defendeu teses para obter o grau de Doutor. • Existe na Bi­
blioteca Nacional (Catalogo, verbete “Monteiro de B arros’)
um exemplar das referidas teses, ao lado da dissertação sobre
— 326 —

“Operações da Fistula Lagrimai”. Tipografia Comercial de


Brito e Braga, 1858. in 4.” Gêmeo com Eugênio Augusto, se­
guinte, nascidos a 20 de agosto de 1835. Casou com Ernilia (ou
Emiliana) Soares, filha de João Batista Soares e de Vitória
de Freitas Soares. Faleceu a 5 de agosto de 1879, havendo:
1-1 Clara Augusta
Casou comi Sebastião de Freitas, tendo:
2-1 José
2-2 Augusto
2-3 Inês
2-4 Fráncisca
1-2 Maria do Carmo. Casada. Sem mais notícias.
1-3 Emiliana Monteiro de Barros
Cãsou com Ernesto Frederico Werna de Magalhães, filho
do Dr. Eugênio Augusto, adiante citado, no § 5.
1-4 Eduardo Monteiro de Barros
Nasceu no Rio de Janeiro, Glória, a 8 de junho de 1877.

§ 5 — Dr. Eugênio Augusto Monteiro de Barros.


Gêmeo com o § 4. Nasceram na fazenda “Boa Esperança”,
Congonhas do Campo, propriedade do avô paterno. Formado cm
Medicina, pouco se dedicou á carreira profissional; ingressou no
funcionalismo e desde 1860 trabalhou no Ministério do Impé­
rio, aposentando-se em 1889 no lugar de sub-diretor da l.“ di­
retória. Faleceu no Distrito Federal a 19 de fevereiro de 1898.
Casou no Rio de Janeiro a 30 de novembro de 1865 com Fran-
cisca Carolina de Werna da Fonseca, nascida a 25 de maio de
1845 e falecida no Rio a 28 de fevereiro de 1918, filha do Dr.
Luiz Carlos da Fonseca e Maria Antonia de Werna e Maga­
lhães.
O Dr. Luiz Carlos da Fonseca1, nascido a 9 de fevereiro de
1808 e falecido no Rio cie Janeiro a 21 de abril de 1887, for­
mou-se em Medicina na Faculdade do Rio de Janeiro e des­
frutou prestígio e justo destaque entre os facultativos de sua
epoca e entre os políticos mineiros e brasileiros. Médico da Im­
perial Câmara; Conselheiro de Estado honorário; Oficial da
Ordem de Cristo; professor de Fisiologia das Paixões na Esco­
la de Belas A rtes; deputado geral pela província de Minas du­
rante seis legislaturas e finálmente, senador pela mesma pro­
víncia, nomeado por Carta Imperial de 18 de junho de 1875,
■em substituição ao Marquês de Sapucaí, tendo sido o mais vo­
tado. (Dr. A. de Taunay, o “Senado do Império”) .
Era filho do Câpitão José Pedro Carlos da Fonseca casado
— 327 —

em Vila Rica a 13 de fevereiro de 1806 com Ana Reduzinda


Vandelina da Silva, nascida em 23 de agosto de 1777 em Ca­
choeira do Campo; neto paterno de José Veríssimo da Fonseca
e de Ana Joaquina! Felizarda da Fonseca, de quem já tratamos
no início do Título 2.°; neto materno do Capitão Luiz da Silva
Vale, abastado comerciante em Cachoeira do Campo, funcioná­
rio da Fazenda em Vila Rica, onde faleceu a 5 de outubro de
1810 e de sua mulher Margarida Francisca de Santa Rosa.
Casou o D,r. Luiz Carlos da Fonseca, na cidade do Rio de
Jáneiro, em oratorio ereto em casa cie Dona Mariana Carlota
de Werna Magalhães Coutinho, sendo celebrante o Bispo de
Crisópolis, no dia 4 de junho de 1843, com Maria Antonia de
Werna Magalhães, nascida em Lisboa a 26 de dezembro de
1806 e falecida no Rio de Janeiro a 8 de agosto de 1893, filha
de Joaquim José de Magalhães Coutinho e de Mariana Carlota
de Werna Magalhães Coutinho.
Joaquim José de Magalhães Coutinho foi secretário cia
Fazenda Real, criadá no Rio de Janeiro com o Erário a 28 de
junho de 1808, guarda roupa de D. Pedro l.° por despacho de
1 de dezembro de 1822, dia da sagração e coroação de Sua Ma­
jestade. Faleceu fulminado por uma congestão cerebral na
Igreja de Nossa Senhorá da Glória do Oiuteiro a 9 de agosto
de 1823.
Mariana Carlota de Werna Magalhães Coutinho, sua es­
posa, que o acompanhou na comitiva do príncipe D. João, obte­
ve do príncipe, por doação, um terreno no Engenho Novo onde
formou a chácara da rua Barão do Bom Retiro n.° 32, que até
1899 pertencia a descendentes. A 2 de dezembro de 1825 rece­
beu a grave incumbência de ser preceptora do jovem príncipe,
futuro D. Pedro II, gozando por isso de grande prestigio na
Côrte. Desempenhou suas funções com tanto desvelo e proveito,
com resultados tão maravilhosos, não só para o jovem tutelado
como para o Brasil, que no dia 30 de julho de 1840 foi nomeada
Camareira-Mor e, por decreto de 5 de maio de 1844, agraciada
com o título de Condessa de Belmonte “em atenção aos bons ser­
viços prestados na qualidade de Camareira-Mor e como um pú­
blico testemunho do Imperador em consideração de tais serviços’’.
Publicou um livro “Introdução do pequeno Cathecismo His­
tórico oferecido á Sua Alteza Imperial D. Pedro de Alcantara
por D. M. C. de W. “ Rio, Tip. Emile Seignot Plancher, Rua
do Ouvidor 31. 1830). Trata-se de um Catecismo de doutri­
na cristã escrito adrede pa'ra o imperial e jovem discípulo.
Faleceu a 17 de outubro de 1855, vitimada pela colera-mor-
— 328 —

bo e foi sepultada no mesmo dia no cemitério de S. Francisco


Xavier (Laurênio Lago “Titulares do Sexo Feminino”, pág. 4.)
Pedimos licença para intervalar o estudo genealógico com
uma curta divagação, pretendendo alcançar dois objetivos.
Prestar homenagem à memória da ilustre Condessa de Belmon­
te a quem tanto devem os brasileiros por ter sabido transmitir
com inegualável perícia as belas qualidades que formaram o
caráter austero, o temperamento equilibrado, a alma nobre e
generosa, a personalidade, enfim, respeitável do Imperador D.
Pedro II e dar amostra do éstilo fluente, mavioso de D. Lazi-
nha Luiz Carlos de Caídas Brito.
Para isso vamos transcrever, data vénia, o artigo intitu­
lado “Dadama”, publicado na revista carioca “0 Cruzeiro”, de
31-5-1947, e subscrito por essa ilustre escritora.

DADAMA

“Dadama”. No meu album de retratos de família falta um


retrato, e que falta faz!! E ’ o de minha Trisavó, Condessa de
Belmonte, essa encantadora “Dadama” de perfumada memó­
ria, que serviu de segunda mãe a D. Pedro II.
Não deixou reprodução material de seu corpo, mas a lem­
brança de suas virtudes transubstancia as páginas da Histó­
ria, consistindo, de fato, numa fotografia mil vezes melhor, mil
vezes preferível, porque não é fixa e imóvel, nem se apaga com
o tempo. Permanece envolta em uma atmosfera puramente es­
piritual, jamais lograda por nenhuma' câmara objetiva. Mal po­
dendo pronunciar o seu nome — Mariana — o pequenino e de­
pois tão grande, Pedro II, chamou-lhe “Dadama”. Dadama foi
por Pedro I encarregada da educação de seu augusto filho, por
ser julgada “digna de educar um Imperador”. De todos os re­
quintes de ternura e justiça, essa mulher admirável deu pro­
vas no cuidados de que cercou o doce menino em cujas mãos
palpitava o destino de nossa terra. Chegou a fazer um catecis­
mo para uso pessoal dêle. Guiou-o e aconselhou-o sempre. Sua
esclarecida atuação fez-se, sobretudo, sentir quando da decep-
ção do jovem monarca, causada pelo físico da noiva que lhe
foram buscar na Europa. Mais tarde ele a abençoaria por o ha­
ver induzido a aceitar a esposa, essa que seria a sua doce com­
panheira e muito, amada “mãe dos brasileiros”. Na côrte aus­
tera de Pedro II a suave Dadama era como essas lampadas de
luz indireta que iluminam o aposento sem que se saiba donde
vem a luz. Não era dessas mulheres gênero lustre, que brilham
e ocupam o lugar central, mas que, na verdade, como os lus-
— 329 —

tres de Quitandinha, parecem sempre assumir o aspécto de uma


ameaça pairando sôbre as nossas cabeças. Quando da epidemia
de coléra morbus que fez vitimas aos milhares na cidade do
Rio de Janeiro, transformou sua chacara do Engenho Novo em
hospital para os pobres. Nele recolhia todos os doentes, tratan­
do deles, desvelando-se de tal forma que veio a contrair a mo­
léstia e dela morreu.
Dadama, cujo nome fulge na História do Brasil como um
clarão de luminosa doçura, descança num túmulo em lamen­
tável estado de abandono, o que significa uma verdadeira in­
gratidão do Brasil. Mas ainda não é moda cultuar-se a memó­
ria da Condessa de Belmonte. Primeiro será preciso que Ca­
xias e Tiradentes desçam do cartaz. Todas as luzes das aten­
ções estão concentradas nestes dois. Existe no bairro da Gam­
boa uma viéla incrível e tortuosa subindo pelo morro, chama­
da rua Vidal de Negreiros. Se a grande e nobre figura de An­
dré Vidal de Negreiros não encontrou na posteridade nem si-
quer a compensação de ter seu nome numa placa de rua mais
decente, como exigir que a nossa Dadama, que influiu tão di­
retamente na grandeza do Império porque amoldou com o seu
senso superior de retidão o caráter de Pedro II, receba dos
poderes públicos a homenagem, de, pelo menos uma sepultura
digna ?
A mesma regra de justiça ao sabor do acaso rege, por certo,
estes dois casos. Se o Brasil não está em situação de cuidar
convenientemente dos vivos, que dizer, então, dos mortos ?.. . ”

Que dirá D. Lasinha se compulsar o Anuário do Museu


Imperial, tomo 4.°, 1943, onde consta um artigo de Alberto
Rangel “A Educação de D. Pedro I I ”, extraído do livro “A
Educação do Príncipe”?
Ficará surpreendida e admirada pelo fato de não encon­
trar uma linha a favor da Condessa de Belmonte, a menor re­
ferência sôbre suas belas qualidades. Ao contrário, à fls. 59 do
Anuário, in fine, surge uma alusão depreciativa:
“O infortúnio da criação do rapaz agravava-se com essa ins­
trução atrasada e desconcertada, a portas fechadas, entre ecle­
siásticos rapezistas, velhas camareiras assustosas, alguns archei­
ros anacrónicos, gentis-homens caspentos e balordos e essa ré-
cua de pepeletas denunciadas ao nacionalismo por Borges da
Fonseca”.
E mais adiante” . .. ensino pouco arejado e sobretudo pou­
co brasileiro desses mestres, alheios à formação e ao conheci­
mento do país de que tinham sido os hospedes recentes”.
— 330 —

Felizmente o próprio monarca, o Sr. D. Pedro II, levado


por inspiração divina encarregou-se de divergir da opinião do
laureado historiador Dr. Alberto Rangel, antecipando e pro­
ferindo seu julgamento nos considerandos do decreto que ele­
vou sua excelsa preceptora à dignidade de Condessa: “em aten­
ção aos bons serviços prestados na qualidade de Camareira-
Mor e como um público testemunho do Imperador em consi­
deração de tais serviços”.
Já estavam escritas estas linhas em 1947, quando em fins
de 1950 tivemos a agradável surpresa de receber o número 7
do “Anuário do Museu Imperial’’, dando ensejos para mais
uma vez proclamar que a justiça tarda, mas não falta.
Dois interessantíssimos e substanciosos artigos defendem
a memória da Condessa de Belmonte. O primeiro com o ti­
tulo “Os Mestres do Imperador’’, subscrito pelo eminente his­
toriador Dr. Rodolfo Garcia, entre outros elogios, d iz: “D. Ma-
riana era uma dama de preclaras qualidades de coração e de
inteligência, e dedicou-se com zelo maternal à educação dos
Príncipes, orfãos em idade infantil”.
O segundo artigo “A Propósito da Condessa de Belmon­
te” da lavra do Sr. Manuel Inácio Cavalcanti de Albuquerque,
em estilo vibrante, procura:” . . . apenas vigorisar com tintas
fortes, sem deluições, nem desbotamento, em nome da verda­
de histórica, os vagos e evanescentes traços com que, habitual­
mente, se desenha o mal conhecido e considerável papel que
ela exerceu na formação do último monarca do Brasil”.
E desempenhou galhardamente o seu programa, a sua ta­
refa : a restauração histórica e verdadeira da atuação da Con­
dessa; com justiça, calma, imparcialidade, apoiado em docu­
mentação honesta e vigorosa.
A Exma. "Condessa de Belmonte não poderia encontrar
melhores defensores; a êles nossas palmas e aplausos.
Do casal Dr. Eugênio Augusto-Francisca Carolina pro­
cedem oito filhos que serão mencionados de 1-1 a 1-8:
1-1 Mariana Isabel Monteiro de Barros
Nasceu no Rio de Janeiro a 11 de junho de 1867 e foi
batizada na Capela Imperial de São Cristovão, servindo
de padrinhos os Condes d’Eu.
Faleceu a 26 de março de 1924. Casou no dia 29 de no­
vembro de 1890 com o Dr. Vito Pacheco Leão, tendo:
2-1 Vito. Falecido na infância.
2-2 Edith Pacheco Leão
Nasceu a 18 de dezembro de 1892. Casou com Luiz
331 —

Bustamente Castelo, despachante aduaneiro, filho de


Luiz Augusto de Andrade Castelo, que tanrbem de­
dicou-se a esse ramo de comércio e de Amélia Bus-
tam ante; neto paterno de Manuel Marcos Fontes de
Castelo, que em 1881 já trabalhava com despachos
aduaneiros, na Rua Desembargador Isidro, 16. Fi­
lhos :
3-1 Ana Amélia Bustamante Castelo
Nasceu a 20 de fevereiro de 1918 e casou a 15
de maio de 1937 com o Dr. Elmano Cruz, ma­
gistrado no Distrito Federal, filho do Dr. Diler-
mando Cruz, advogado, poeta, jornalista e Maria
C. Cruz. T em :
4-1 Luiz Dilermando Cruz. Nasceu a 11 de mar­
ço de 1938.
4-2 Ana Maria Cruz.
3-2 Maria Ester Castelo
Nasceu a 18 de fevereiro de 1920 e casou a 7 de
maio de 1938 com o Dr. Galileu Antenor de
Araújo, engenheiro, filho do Dr. Odilon Ante­
nor de Araújo e de Esteia Coutinho de Araújo.
Filhos:
4-1 Marcos Fernando de Araújo. Nasceu a 25
de janeiro de 1939
4-2 Luiz Odilon de Araújo.
3-3 Luiz Augusto Leão Castelo
Nasceu a 3 de sçtembro de 1926.
2-3 Vito Pacheco Leão
Nasceu a 31 de março de 1896 e casou a 28 de de­
zembro de 1929, na Igreja Matriz de São Francisco
Xavier do Engenho Velho, como prova o assento la­
vrado à fls. 158, do livro 21, de casamentos:
“À margem: Dr. Vito Pacheco Leão e D. Sara Fiusa.
“Aos vinte e oito de dezembro de mil novecentos e
“vinte e nove às quinze horas, nesta Igreja Matriz
“do Engenho Velho, depois de canonicamente habi­
litados em presença do Padre Carlos Gerschsheimer,
“Coadjutor e das testemunhas Raul Miranda e Ester
“Leão Castelo, receberam-se em Matrimónio os con-
“traentes Dr. Vito Pacheco Leão e Sara Fiusa, ele
“com trinta e três anos de idade, solteiro, filho le-
“gitimo do Dr. Vito Leão Pacheco e de Mariana Isa-
“bel de Barros Lima, batizado na freguesia de Bicas,
“Bispado de Juiz de Fora, ela, com vinte e oito anos
— 332 —

"de idade, filha legitima de Jorge Fiusa Lima e dè-


“ Maria Brauniliana de Oliveira Fiusa, batisada na
“freguesia de Fortaleza, Bispado do Ceará, morado-
“res nesta Paroquia. E para constar lavrei este as­
sentam ento quç assino. O Vigário, Monsenhor Mac
“Dowell”.
Faleceu a 8 de novembro de 1931, sem deixar filhos.,
2-4 Egberto. Falecido na infância.
1-2 Eugenia Leopoldina Monteiro de Barros
Nasceu a 11 de junho de 1869 e foi batizada na Capela
Imperial da Quinta de. São Cristovão. Casou no Rio de
Janeiro a 27 de novembro de 1886, com o Almirante Pe­
dro Cavalcanti de Albuquerque, nascido a 29 de junho de
1863 e falecido no Rio de Janeiro a 3 de janeiro de 1948,.
filho do Marechal Frederico Cavalcanti de Albuquerque
e de Maria Amália de Lima e Silva; neto paterno dos Ba­
rões de Pirapama; neto materno dos Viscondes de Magé..
Tiveram 15 filhos, registrados de 2-1 a 2-15:
2-1 Vera Cavalcanti
Nasceu a 2 de outubro de 1889. Casou a 23 de de­
zembro de 1905 com o Capitão de Mar e Guerra Ál­
varo Augusto de Azambuja (2.° casamento deste),
nascido a 27 de janeiro de 1878, filho do Dr. Antó­
nio Cândido de Azambuja e de Augusta de Araújo..
Filhos:
3-1 Celso Cavalcanti de Azambuja
Nasceu a 28 de janeiro de 1906 e casou com Etty
Viana. Sem geração
3-2 Dario Cavalcanti de Azambuja
Coronel Aviador. Nasceu a 4 de março de 1908.
Casou com. Dirce Castrioto de Matos, tendo: 4-1
Marcos; 4-2 Bruno
3-3 Álvaro. Falecido na infância'
3-4 António Cândido de Azambuja Neto
Nasceu a 24 de fevereiro de 1911 e casou com
Leda Gordilho de Oliveira, neta do Dr. Edgard
Gordilho, tendo: Sérgio e Sandra.
3-5 Helena de Azambuja
Nasceu a 20 de maio de 1917. Casada com o co­
merciante Nelson Collart.
2-2 Eugênio Cavalcanti de Albuquerque
Nasceu a 16 de outubro de 1890 e faleceu a 18 de ou­
tubro de 1928.
. Casou com Alda Costa, tendo:
— 333 —

3-1 Eugenia Cavalcanti de Albuquerque


Nasceu a 14 de setembro de 1917
3-2 Paulo Cavalcanti de Albuquerque
Nasceu a 2 de janeiro de 1919. Casou com Hilda
Cavalcanti de Albuquerque.
2-3 Dulce Cavalcanti de Albuquerque
Nasceu a 27 de março de 1892; Casou a 15 de se­
tembro de 1912 com Gabriel José Euzébio Corbisier,
nascido a 8 de setembro de 1881, filho de Augusto
Joseph Corbisier, nascido em Paris a 14 de dezem­
bro de 1850 e falecido em São Paulo a 27 de setem­
bro de 1924, casado em Santos a 14 de dezembro de
1876 com Marie Antoinette Reine Peytier, natural de
Carpentras, falecida em São Paulo a 8 de janeiro de
1901, com 69 anos; neto paterno de Joseph Maximi-
lien Corbisier e de Marie Daufine Labáche; neto ma­
terno de Joseph Jules Peytier e de Marie Margueri-
te Planterin. Filhos:
3-1 Margarida Corbisier
Nasceu em São Paulo.
3-2 Roland Cavalcanti Albuquerque Corbisier
Nasceu em São Paulo a 9 de outubro de 1914.
Escritor, jornalista, critico literário e artístico.
Casou em São Paulo (Cartório da Bela Vista,
liv. de casamento n. 45, fls. 87 v., ass. 5102), no
dia 3 de janeiro de 1940 com Camilá de Cer-
queira Cesar, nascida em Tatuí a 8 de dezem­
bro de 1920, filha de Bento de Cerqueira Cesar,
natural de Rio Claro, casado a 18 de novembro
de 1915 em São Paulo (Santa Cecília) com Ana
de Mesquita Nogueira; neta paterna do Dr. Jo­
sé Alves de Cerqueira Cesar, bacharel em Di­
reito, antigo advogado em Rio Claro, propagan­
dista da República, secretário e em seguida pre­
sidente da Comissão Permanente do Partido Re­
publicano. Diretor do Tesouro, Vice-Presidente
do Estado de São Paulo, tendo assumido a pre­
sidência após a queda do Dr. Américo Brasili-
ense a 16 de novembro de 1891; senador esta­
dual; presidente do Senado, falecido em S. Paulo
a 26 de julho de 1911, casado em Campinas a
6 de dezembro de 1860 com Maria do Carmo Sa-
les, ambos com ascendência descrita na Genealo­
gia Paulistana, do Dr. Silva Leme, no vol. 3.°,
334 —

pág. 207, e no vol. 8.°, pág. 155, titulo Maciéis;,


neta materna de Antonio Júlio Nogueira da Sil­
va e de Adelaide Mesquita Nogueira da Silva.
Os proclamas deste casamento foram publicados
no “Diário Oficial’’ de 16-12-1939, Bela Vista..
Filhos:
4-1 José Eduardo Corbisier
Nasceu a 14 de março de 1943
4-2 Ana Corbisier
4-3 Roland Corbisier.
2-4 Olga. Falecida na infância.
2-5 Frederico Cavalcanti de Albuquerque
Capitão de Mar e Guerra. Nasceu a 5 de outubro de
1894. Casou com Josefina Soares dos Santos, nasci­
da a 4 de novembro de 1899, filha do General Luiz
Soares dos Santos, senador pelo Estado do Rio Gran­
de do Sul, e de Maria José Soares dos Santos.
Esta D. Maria José é filha de Antonio Monteiro de
Azevedo Barros, já falecido, e de Josefina Henrique
de Paiva a qual faleceu no Rio de Janeiro a 9 de no­
vembro de 1920 e que são também os progenitores
do General Eduardo Monteiro de Azevedo Barros,.
que abreviando seu nome, assinava-se Eduardo Mon­
teiro de Barros. Filhos:
3-1 Maria Cavalcanti de Albuquerque
Nasceu a 25 de dezembro de 1926
3-2 Luiza Cavalcanti de Albuquerque
Nasceu a 6 de janeiro de 1929.
2-6 Zélia Cavalcanti de Albuquerque
Nasceu a 18 de abril de 1896. Casou com o Major
Alfredo Soares dos Santos, nascido a 4 de setembro
de 1893, filho do general Luis Soares dos Santos,,*
acima citado. Faleceu D‘. Zélia no Rio de Janeiro a
28 de agosto de 1940, deixando:
3-1 Heloisa Soares dos Santos
Nasceu a 9 de setembro de 1916. Casada.
3-2 Luiz Soares dos Santos Neto
Nasceu a 13 de outubro de 1917. Ingressando»
no Exército brasileiro recebeu a graduação de
2.° Tenente a 24 de maio de 1940, l.° Tenente
a 9 de outubro de 1942; tem o Curso de Cava­
laria pelo Reg. de 1929 e o de Moto Mecaniza­
ção; ocupava o n. 30 na lista dos l.° Tenentes,.
( “Almanaque do Exército”, de 1945).
— 335 —

3-3 Haroldo Cavalcanti Soares dos Santos


Nasceu a 3 de agosto de 1919. Também seguiu
a carreira das armas. 2.° Tenente a 25 de de­
zembro de 1939, l.° Tenente a 25 de dezembro
de 1941, Capitão a 25 de dezembro de 1944. Tem
o Curso de Artilharia e o da Escola de Trans­
missões. Ocupa o n. 335, na lista dos Capitães.
( Almanaque cit.).
2-7 Pedro Cavalcanti de Albuquerque Filho *
. Nasceu a 22 de janeiro de 1898.
2-8 Dr. Gastão Cavalcanti de Albuquerque
Nasceu a 29 de julho de 1899. Formado em Medi­
cina. Casou a 4 de junho de 1929 com Alice Yolanda,
filha de Manuel Caetano da Silva Lara e de Alice
Cavalcanti.
2-9 Maria Antonia Cavalcanti de Albuquerque
Nasceu em Petrópolis a 3 de maio de 1901
2-10 Manuel Inácio Cavalcanti de Albuquerque
Nasceu em Petrópolis a 18 de novembro de 1902.
2-11 Henriqueta Cavalcanti de Albuquerque
Nasceu em Petrópolis a 31 de março de 1904 e ca­
sou a 17 de janeiro de 1932 com Francisco Leite Vi­
lela, nascido a 15 de agosto de 1904, filho de Júlio
Vilela e de Augusta Leite. Filho:
3-1 Carlos Eduardo L. Vilela. Nasceu a 17 de ou­
tubro de 1932.
2-12 Francisca Cavalcanti de Albuquerque
Nasceu a 3 de outubro de 1905 e casou com o Dr.
Haroldo Bezerra Cavalcanti, engenheiro, nascido a
26 de outubro de 1904, filho do Dr. Augusto Bezer­
ra Cavalcanti e de Suzana de Albuquerque Maranhão.
2H3 Carlos Cavalcanti de Albuquerque
Nasceu a 20 de novembro de 1906 e casou com Enneh
(ou Enê) Simas, nascida a 26 de fevereiro de 1912,
filha do Dr. Hugo Guttierrez Simas e de Branca
Guimarães Simas
O Dr. Hugo Guttierrez Simas nasceu em Parana­
guá a 23 de outubro de 1883 e iniciou a luta pela
vida, seguindo a profissão paterna: farmacêutico. O
seu talento e inteligência exigiam âmbito de mais
vastos horizontes; diplomou-se em Ciências Jurídi­
cas e Sociais, exerceu o cargo de promotor público
em diversas comarcas, professor no Ginásio Oficial e
na Escola Normal do Paraná, alem de distinto jor-
336 —

nalista. Transferiu residência para a cidade do Rio de


Janeiro, consagrando-se então à nobre profissão de
advogado.
Era filho do Dr. Fernando Machado de Simas e de
Helena Guttierrez.
O Dr. Fernando Machado de Simas (filho do Major
Manuel Inácio de Simas e de Francisca Romana Ma­
chado de Simas), nasceu em Paranaguá a 24 de abril
4e 1851. Diplomou-se em Farmácia no Rio de' Janei­
ro em 1874 e foi exercer a profissão em Antonina e
em Paranaguá. Transferiu residência para Petrópolis
e recebeu de seus concidadãos paranaenses o manda­
to de deputado federal à Constituinte de 1891, findo
o qual estabeleceu-se com farmácia e drogaria na Ca­
pital Federal. Finalmente, devido aos conhecimentos
de abalizado botânico, foi nomeado naturalista do Jar­
dim Botânico, em cujo cargo se conservou até a data
do falecimento, 15 de setembro de 1916.
Helena Guttierrez era filha de Dom Alexandre Gut­
tierrez, cônsul dá República Oriental do Uruguai, em
Paranaguá, onde casou a 31 de julho de 1852 com
Guilhermina Correia, brasileira, de antiga família pa­
ranaense, descrita por Francisco Negrão, Genealogia
Paranaense, 3-311.
Depois de exercer o cargo de cônsul, foi nomeado di­
retor do,s Correios do Uruguai, em Montevideo, on­
de faleceu a 19 de abril de 1868.
D. Guilhermina, viuva, regressou ao Brasil com toda
a família que conservou a nacionalidade brasileira;
faleceu, nonagenária, em Curitiba, a 29 de novembro
de 1926.
O casal Carlos-Enê, tem os seguinte filhos:
3-1 Rosa Maria Cavalcanti de Albuquerque
Nasceu a 27 de agosto de 1923
3-2 Gilda Cavalcanti de Albuquerque
3-3 Lúcia Cavalcanti de Albuquerque
3-4 Pedro Cavalcanti de Albuquerque Neto.
2-14 Capitão Tenente Mário Cavalcanti de Albuquerque
Nasceu em agosto de 1908. Casou a 26 de janeiro de
1939 com Emilia Teodora Alma Buedwald.
O Câpitão M ário. Cavalcanti de Albuquerque, depois
de terminado o curso na Escola Naval, recebeu a gra­
duação de Aspirante á Guarda Marinha a 11 de abril
de 1925; 2o Tenente a 3 de outubro de 1929; Io Te-
nente a 27 de agosto de 1931 ; Capitão Tenente a 15
de fevereiro de 1934; Capitão de Corveta a 29 de
dezembro de 1944. Está inscrito no numero 7 da lista
dos Cápitães de Corveta, lista publicada no Almanaque
do Ministério da Marinha, para 1950, pág. 84.
2-15 Luiz Carlos Cavalcanti de Albuquerque
Nasceu a 16 de setembro de 1910. Casou com Mirtes
de Assis, filha do Dr. J. Assis, médico em Belo Ho­
rizonte ; tem um filho:
3-1 Luiz Carlos.
1-3 Dr. Lrancisco de Paula Monteiro de Barros
Terceiro filho do Dr. Eugênio Augusto de Miranda Mon­
teiro de Barros. Nasceu a 12 de fevereiro de 1871 e fa­
leceu a 5 de outubro de 1915. Aos 18 anos publicou um
livro de versos: “Vozes Intimas”, 1889. Casou a 17 de se­
tembro de 1892 com Leonor Caminha, filha de Antonio
Joaquim Caminha e de Amélia Henriqueta de Sá Cami­
nha, falecida (Amélia) no Rio, a 3 de fevereiro de 1901.
Filhos:
2-1 Eugênio Augusto Monteiro de Barros
Nasceu a 22 de novembro de 1893. Exerceu duran­
te muitos anos o alto cargo de contador da Comp. de
Navegação Costeira. Presidente da Poderosa “União
dos Empregados no Comércio do Rio de Janeiro”.
Deputado federal classista, assinou a Constituição de
1934. Casou a 17 de maio de 1913 com Matilde Ve-
loso, filha de Francisco Veloso, português e de Júlia
Pinheiro Veloso, de familia de São João da Barra.
Filhos:
3-1 Maria Florida. Faleceu na infância.
3-2 Francisco de Paula Monteiro de Barros
Casou no Rio de Janeiro a 19 de setembro de
1942, com Noêmia Cardoso, filha de Francisco
Cardoso, do Piauí, tendo:
4-1 Eugênio Augusto Monteiro de Barros
, 4-2 Luiz Carlos Monteiro de Barros.
3-3 Carlinda Maria Monteiro de Barros
3-4 Sílvio Augusto Monteiro de Barros
Casou, no Distrito Federal, a 25 de setembro de
1943, com Irene Guerra, tendo: 4-1 Carmen Sil­
via Monteiro de Barros.
3-5 Matilde Eugênia Monteiro de Barros
3-6 Carlos Henrique Monteiro de Barros.
2-2 Otávio Nelson Monteiro de Barros
— 338 —

Nasceu a 4 de agosto de 1895. Casou com D. Nadege


Monteiro de Barros, tendo:
3-1 Léa Monteiro de Barros
3-2 Nadege Monteiro de Barros
3-3 Otávio Monteiro de Barros
3-4 Jaime Monteiro de Barros
3-5 Gastão Monteiro de Barros
3-6 Vito Monteiro de Barros.
2-3 Jaime Monteiro de Barros
Nasceu a 12 de agosto de 1898 e faleceu em 1925-
Casou com Ambrosina Barroso, tendo:
3-1 Antonio Carlos Monteiro de Barros
2-4 Carlos Monteiro de Barros
Nasceu a 4 de outubro de 1899. Faleceu em 1918
2-5 Sílvio. Falecido na infância.
1-4 Túlia Augusta Monteiro de Barros. Faleceu menor.
1-5 Luiz Carlos da Fonseca (l.°). Faleceu na infância.
1-6 Dr. Ernesto Frederico de Werna Magalhães
Deixou o sobrenome paterno (que seria o exato) para per­
petuar o dos avós maternos. Nasceu a 7 de maio de 1875
e faleceu a 3 de setembro de 1934. Engenheiro. Casou a
25 de maio de 1899 com sua prima Emiliana, filha do Dr.
Augusto Eugênio, do § 3, natural de Curvelo. T em :
2-1 Eugênia de Werna Magalhães
Nasceu a 19 de abril de 1900, casou com João Men­
des Dinis e faleceu em outubro de 1929, havendo:
3-1 Ricardo Eugênio Mendes Diniz
3-2 Murilo Mendes Diniz.
2-2 Capitão Tenente Ernesto de Werna Magalhães
Casou com Iolanda de Almeida, tendo:
3-1 Isolda.
2-3 Júlia de Werna Magalhães
Nasceu a 21 de julho de 1902. Casou com o Dr. Os-
waldo Pinto Coelho, tendo:
3-1 Cláudio Oswaldo Pinto Coelho
3-2 Mariza.
2-4 Francisca. Faleceu em minoridade.
2-5 José Augusto de Werna Magalhães
Nasceu a 2 de dezembro de 1907
2-6 Emiliana de Werna Magalhães
Nasceu a 25 de agosto de 1909. Casou com Ernesto
Salvo, tendo:
3-1 Antonio Ernesto Salvo
3-2 Paulo Ernesto Salvo
— 339 —

2-7 Edgard de Werna Magalhães


Nasceu a 4 de setembro de 1912 e faleceu a 13 de
maio de 1931
2-8 Eduardo de Werna Magalhães
Nasceu a 22 de maio de 1914
2-9 Maria Esteia de Werna Magalhães
Nasceu a 7 de outubro de 1915
2-10 Augusto de Werna Magalhães
Nasceu a 27 de maio de 1922.
1-7 Dr. Luiz Carlos da Fonseca (2.°)
Nasceu a 10 de abril de 1880. Também adotou o sobre­
nome materno em homenagen e reverência ao avó mater­
no, o eminente Senador Dr. Luiz Carlos da Fonseca, já
referido.
Formado em Engenharia, distinguiu-se o Dr. Luiz Car­
los entre os colegas atingindo o honroso e alto posto de
diretor da E. F. Central do Brasil. Poeta e escritor, fez
parte da Academia Brasileira de Letras. Faleceu na Ca­
pital Federal a 16 de setembro de 1932.
Casou a 26 de maio de 1900 com Glika de Suckow, sua pri­
ma, filha do Dr. Gustavo Adolfo de Suckow e de Rita Cla­
ra Monteiro de Barros de Suckow, já citados. Dè seu
casamento houve três filhos:
2-1 Dr. Luiz Carlos da Fonseca Júnior
Nasceu a 5 de maio de 1901. Bacharel em Direito,
advogado, escritor, funcionário civil do Ministério da
Aeronáutica, em comissão na D. A. S. P.
2-2 Dr. Celso de Suckow Fonseca
Nasceu a 20 de julho de 1905. Casou no Rio de Ja­
neiro a 20 de julho de 1927 com Emília Eugênia de
Bulhões Carvalho, Emi, escritora, adiante citada, no
§ 7.°.
O Dr. Celso é engenheiro da Estrada de Ferro Cen­
tral do Brasil, servindo, porem, como Diretor da Es­
cola Técnica Nacional. Filhos:
3-1 Luiz Carlos da Fonseca Neto
Nasceu a 23 de junho de 1928
3-2 Celso Bulhões Carvalho da Fonseca
Nasceu a 28 de setembro de 1929.
2-3 Lasinha Luiz Carlos de Caídas Brito
Nasceu a 26 de janeiro de 1909. Escritora, publicis­
ta. Já demos amostra de seu estilo, tratando da Con­
dessa de Belmonte. Entre seus romances devemos
destacar: ‘‘ Um dia voltaremos”; “A Terra vai fican­
— 340 —

do longe”, Romance, Empresa Gráfica do “Cruzeiro”,


Rio, 1946. que recebeu a mais favorável e elogiosa
crítica, pelo ‘‘Jornal do Comércio” edição de 15-6-
1946. Casou com o Dr. Eduardo Augusto de Caídas
Brito Filho, médico, oculista, nascido no Distrito Fe­
deral a 5 de junho de 1904.
O Dr. Caídas Brito Filho, chefe de clinica de olhos
na Policlínica do Rio de Janeiro foi recebido no dia
21 de junho de 1946 na Academia Nacio.nal de Me­
dicina, conforme notícia colhida no jornal paulista
“Folha da Manhã”, concebida nos seguintes termos:
Rio, 19 (de junho de 1946) — A Academia Nacio­
nal de Medicina receberá amanhã em sessão solene um
novo membro titular, recentemente eleito para a sec­
ção de Cirurgia especializada, o Dr. Caídas Brito, di­
retor da Policlínica Geral do Rio de Janeiro. O novo
titular é chefe do serviço de olhos da referida Poli­
clínica, presidente da Sociedade Brasileira de Oftal­
mologia, membro titular do Colégio Brasileiro de Ci­
rurgiões e da Sociedade de Medicina e Cirurgia do
Rio de Janeiro e correspondente da Sociedade de Of­
talmologia de São Paulo”.
E ’ filho do Dr. Eduardo Augusto de Caídas Brito e
de Maria Emília de Moura Brasil.
O Dr. Eduardo Augusto (pai) nasceu na província
da Bahia a 23 de junho de 1864. Bacharel em Direi­
to pela Faculdade de Direito de Recife. Era filho do
Tenente-Coronel Gustavo de Caídas Brito (1829-
1915), casado no Engenho “Rio Preto” a 30 de ju­
nho de 1855 com Ana Joaquina Torres da Silva, nas­
cida em Nazareth (Bahia) a 17 de janeiro de 1837 e
falecida em Campanha (Minas).
Esta Ana Joaquina era filha de Anselmo Pereira da
Silva, Capitão da Guarda Nacional e de Filipa Ma­
ria Torres, nascida em Nazareth a 1 de maio de 1805
e falecida a 2 de fevereiro de 1882, filha de um abas­
tado português, proprietário dos engenhos “Cuché” e
‘Carahipe”, José Antonio Torres e de Filipa de Souza.
D. Maria Emília de Moura Brasil de Brito era filha
do abalizado médico Dr. Moura Brasil, nascido a 10
de fevereiro de 1846. na povoação Caixa-Sol, hoje Vi­
la Iracema, município de Pereiro (Ceará), filho do
Tenente Coronel José Cardoso Brasil e de Tereza Ma­
— 341 —

ria de Moura. Faleceu no Rio a 31 de dezembro de


1928.
O Dr. Moura Brasil recebeu o grau de Doutor em Me­
dicina, na Faculdade de Medicina da Bahia a 30 de
novembro de 1872 e foi clinicar na cidade do Rio de
Janeiro, tornando-se o oculista de maior renome do
país; serviu durante 42 anos o cargo de diretor da
Policlínica, desde 1885 até a data do falecimento; len­
te catedrático da Faculdade de Medicina do Rio de
Janeiro; presidente da Sociedade Nacional de Agri­
cultura; presidente do Centro da Lavoura de Café do
Brasil. Sua biografia está traçada pela filha, Maria
Tereza Moura Brasil do Amaral, no livro “A vida do
Dr. Moura Brasil”, Rio, 1948, com prefácio do Em­
baixador Dr. José Carlos de Macedo Soares e crítica
favorável de João Luzo da “Revista da Semana”, de
17 de julho de 1948.
O casal Dr. Eduardo Filho-Lasinha, tem três filhos
3-1 Luiz Eduardo de Caídas Brito
Nasceu a 1 de setembro de 1936
3-2 Cristina de Caídas Brito
Nasceu a 3 de junho de 1939
3-3 Hortênsia de Caídas Brito
Nasceu a 16 de julho de 1940.
1-8 Francisca Carolina Monteiro de Barros
Ultima filha do Dr. Eugênio Augusto de Miranda Mon­
teiro de Barros
Nasceu a 11 de março de 1884 e faleceu a 8 de dezembro
de 1903.
Foi a primeira esposa do Ca.p. Tenente Álvaro Araújo
Azambuja, acima citado. Sem geração.

§ 6 — Guilherme Frederico de Miranda Monteiro de Barros


Sexto filho do Desembargador Dr. Francisco de Paula
Monteiro de Barros (Cap. 15). Casou com Ana Maurícia Mon­
teiro Nogueira da Gama, filha do Major Romualdo Batista
Monteiro Nogueira da Gama e de Maria Custódia Monteiro
Nogueira da Gama, citados, adiante, no Cap. 17, § 1.
Faleceram, Guilherme, em março de 1925; Ana Maurícia
na estação Teixeiras, a 22 de junho de 1904. Seus filhos:
1-1 Alda Augusta da Gama Monteiro de Barros
Casou com Braz Monteiro Nogueira da Gama, filho de*
Anacleto Xavier Monteiro Nogueira da Gama e de Isa-
342 —

bei Herculano de Freitas Castro, já citado no Capitulo


11, § 3.°, onde consta a geração.
1-2 Maria Augusta Monteiro de Barros
1-3 Ana Augusta Monteiro de Barros
1-4 Vasco da Gama Monteiro de Barros
1-5 Júlia Monteiro de Barros
1-6 Ema Monteiro de Barros
1-7 Guilherme Monteiro de Barros

§ 7 — Emilia de Miranda Monteiro de Barros


Sétima e penúltima filha do Desembargador Dr. Francis­
co de Paula Monteiro de B arros; já lemos Emilia Augusta
Monteiro de Barros.
Foi contemplada na terça do avô paterno, o Barão de Pa-
raopeba.
Casou com João Gonçalves Pereira Lima, falecido no Rio
de Janeiro a 22 de abril de 1879, filho de Francisco Xavier
Pereira Lima e de Custódia Maria Gonçalves.
Faleceu, D. Emilia, no Distrito Federal, a 5 de abril de
1905, havendo de seu casamento oito filhos, inscritos de 1-1
a 1-8:
1-1 Ana Carlota Monteiro Lima
Nasceu no Rio de Janeiro na freguesia de Santo Anto-
nio e na mesma cidade faleceu a 2 de fevereiro de 1929.
Casou na Matriz da Glória a 20 de maio de 1878 com o
Dr. Joaquim Silvério de Castro Barbosa, natural de Ba­
nanal (S. Paulo), filho de Antonio Luiz Barbosa da Sil­
va e de Flora Berenice de Castro.
O Dr. Joaquim Silvério de Castro Barbosa nasceu a 2
de fevereiro de 1850 e faleceu no Rio de Janeiro vitima­
do pela epidemia de gripe, em outubro de 1918. Forma­
do em Engenharia, realizou importantes estudos sobre a
viação ferrea do Brasil. Em 1902 exerceu a presidência
da Comp. Carris Urbanos do Rio de Janeiro. Vice-presi-
dente do Conselho Municipal do Distrito Federal em
1905. Sócio fundador do Clube de Engenharia, tendo
exercido a presidência durante vários períodos adminis­
trativos. Publicou: “Saneamento e Embelezamento da
Capital Federal”; “Valas e Contornos das Montanhas do
Rio de Janeiro”.
O jornal paulista “Diário Popular”, edição de 2-2-1950,
(donde colhemos os apontamentos acima) insere noticias
sobre as homenagens prestadas, no Rio, pelo Clube de
— 343

Engenharia, por ocasião da passagem do primeiro cente­


nário natalício do ilustre engenheiro.
Outro jornal paulista, a “Folha da Manha' suplemento
literário de Domingo, 30 de abril de 1950, trata do ilus­
tre engenheiro e publica:
“O velho Rio de Janeiro foi bruscamente substituído por
uma grande cidade que desde logo atraiu a atenção dos
turistas do mundo inteiro. Passos, Frontin, Bicalho, Lau­
ro Muller, Oswaldo Cruz muito contribuíram para isso,
mas cometeríamos uma injustiça imperdoável se omitis-
sirnos nesta lista de beneméritos o nome de Castro Bar­
bosa, cujo quinhão é dos rnais apreciáveis nessa obra for­
midável, vitoriosa afinal pelo espírito de equipe que a pre­
sidiu, graças ao tino administrativo do Conselheiro Ro­
drigues Alves”.
O casal teve dez filhos, que serão citados de 2-1 a 2-10:
2-1 Leopoldina de Castro Barbosa (Yayá).
Casou no Rio de Janeiro a 25 de maio de 1905 com
o Dr. Manuel Guilherme da Silveira Filho, que tam­
bém se assina Guilherme da Silveira, médico indus­
trial (tecidos do Bangú) capitalista, banqueiro, três
vezes diretor do Banco do Brasil, no governo do
Exmo. Sr. Dr. Washington Luiz, no do Ministo Li­
nhares e no do General Dutra, Ministro da Fazen­
da neste ano de 1949, nascido na mesma cidade, fre­
guesia da Lagôa, filho de outro Manuel Guilherme
da Silveira e de Maria Rosa da Silveira.
Este primeiro Guilherme da Silveira também per­
tenceu ao alto comércio e ao mundo financeiro da
Capital do Império; em 1886 encontramô-lo fazendo
parte da diretória da Cornp. Docas D. Pedro II e re­
sidindo à Rua do Souto n. 9.
Filhos:
3-1 Maria da Silveira
Casou com o Dr. Jorge Moitinho Doria, médi­
co, filho de José de Azevedo Dória, que desem­
penhou as altas funções de conferente da Alfân­
dega do Rio e de Julita Moitinho Dória, faleci­
da, no Rio, a 3 de dezembro de 1949.
Filhos:
4-1 Jorge Moitinho Dória Filho
4-2 Maria da Silveira Dória.
3-2 Dr. Guilherme da Silveira Júnior
Engenheiro. Casou no Rio de Janeiro com Gil-
— 344 —

berta de Negreiros Januzzi, filha de Antonio Ja-


nuzzi, engenheiro construtor e de Marina Cam-
. pos Negreiros; neta materna de Joaquim Pio de
Campos Negreiros e de Honorina de Carvalho.
Joaquim Pio de Campos Negreiros (1854-1921)
era filho de Joaquim de Campos Negreiros e de
Maria Luisa Mendes Ribeiro, agraciados por de­
creto imperial de 14 de junho de 1887, com o
título de Barões de Cruz Alta (2.°).
Honorina de Carvalho (1854-1919) era filha Jde
José Antonio de Carvalho, fidalgo da Casa Real
Portuguesa, Comendador da Ordem de Nossa
Senhora da Vila Viçosa, e de Maria Jesuina
Fragoso, agraciados por decreto de 22 de março,
e Carta de 13 de abril de 1881 com o título de
Viscondes do Castelo de Louzã. (Albano da Sil­
veira', “Famílias Titulares de Portugal”, 1-692.
A Viscondessa faleceu a 1 de março de 1901.
3-3 Dr. Joaquim Guilherme da Silveira
Casou no Rio de Janeiro a 11 de novembro de
1943 com Maria Cândida de Souza, aí nascida
a 18 de fevereiro de 1923, filha de José Anto­
nio de Souza e de Lola Ribeiro.
2-2 Dr. Joaquim Silvério de Castro Barbosa Júnior
Nasceu no Rio de Janeiro (Glória) a 1 de agosto de
1882 e faleceu na mesma localidade a 22 de outubro
de 1913. Aí casou (Engenho Velho) a 14 de junho
de 1903, com Alice Berenger, nascida no Rio de Ja­
neiro (Sacramento), filha de Fernando Júlio Beren­
ger e de Bernardina Berenger. Deixou três filhos:
3-1 Fernando de Castro Barbosa
3-2 Ana Alice de Castro Barbosa (N ali).
3-3 Joaquim Silvério de Castro Barbosa Neto.
2-3 Flora de Castro Barbosa
Nasceu em Juiz de Fora e casou na Capital Fede­
ral (Engenho Velho) no dia 25 de outubro de 1906
com o Professor Dr. Carlos Moreira, falecido a 7 de
abril de 1946, filho de Manuel Joaquim Moreira e
de Maria Rita da Costa. D. Flora pouco tempo so­
breviveu, pois entregou sua alma ao Criador, no dia
8 de junho de 1949, deixando:
3-1 Laura de Castro Barbosa Moreira.
O Dr. Carlos Moreira nasceu no Rio de Janeiro e
principiou a vida pública exercendo as modestas fun-
— 345 —

ções de professor e naturalista do Museu NacionaL


Graças à sua dedicação ao estudo, aliada a invulgar
inteligência, conseguiu transpor todos os degráos da
escala hierárquica atingindo ao alto cargo de diretor
do serviço de “Defesa Sanitária e Agrícola” do Mi­
nistério da Agricultura, no qual obteve aposentado­
ria depois de 44 anos de efetivo exercício.
Representou o Brasil, em Montevidéo (1913); na
Holanda (1923); em Buenos Aires (1926). Alem
disso chefiou importante comissão de compras nos
Estados Unidos.
Onde, porem, salientou o seu valor científico e dei­
xou traços indeléveis de competência, foi no estudo
do carvão de pedra brasileiro, em companhia do ci­
entista e geólogo norte americano I. C. White, a
quem acompanhou e cujo relatório traduziu para o
português em dois grossos volumes. Acrescidos com
anotações originais e observações individuais do tra­
dutor, tornou-se obra clássica sobre o assunto.
A bibliografia do Dr. Carlos Moreira é importan­
te e considerável; publicou diversas obras, colaborou
em inúmeras revistas nacionais e estrangeiras, sobre
Entomologia e Ciências Naturais.
Fez parte de sociedades Entomologicas, Zoologicas
do Chile, da França, da Republica Argentina e dos
Estados Unidos. Em 1929 foi condecorado pelo Rei
da Bélgica. Faleceu contando 76 anos.
2-4 Dr. Nelson de Castro Barbosa
Assistente da- Faculdade de Medicina da Universida­
de do B rasil; chefe do laboratório do Hospital do
Carmo. Casou com Marina de Almeida Magalhães,
filha do Dr. Pedro de Almeida Magalhães, nascido
em Vassouras a 27 de novembro de 1864, médico,
formado no Rio de Janeiro em 1887, professor subs­
tituto em 1902, catedrático da l.a Cadeira de Clini­
ca Médica em 1908 e casado com Sarah Carneiro de
Mendonça; neta paterna do Dr. João Paulo de Al­
meida Magalhães, bacharel em Direito pela Faculda­
de de S. Paulo, banqueiro, falecido no Distrito Fe­
deral a 4 de junho de 1907 e de sua mulher Lucila
Cândida Teixeira de Almeida Magalhães, (da famí­
lia Teixeira Leite) ; neta materna de Alberto Car­
neiro de Mendonça, falecido no Rio a 11 de setem­
bro de 1940 e de Leocádia Carneiro de Mendonça.
— 346 —

A ascendência do Dr. João Paulo consta, em deta­


lhes na Genealogia Paulistana, do Dr. Silva' Leme,
6-274.
Filhos:
3-1 Lila de Castro Barbosa
Casou com o Dr. Gabino Besouro Cintra, bacha­
rel em Direito, figura de relêvo na polícia cario­
ca, nomeado por decreto de 21 de junho de 1947
Delegado de Roubos e Falsificações, no Depar­
tamento Federal de Segurança Pública, filho do
Dr. Guilherme Tell Coelho Cintra, advogado de
renome no Distrito Federal, casado a 6 de se­
tembro de 1913, com Anadia de Azambuja Be­
souro C intra; neto paterno do Desembargador
Manuel Coelho Cintra Júnior, nascido no Rio de
Janeiro a 20 de dezembro de 1948, bacharel em
Direito, magistrado, chefe de polícia de Sergipe
a 15 de novembro de 1889, Desembargador da
Relação do Ceará a 25 de dezembro de 1890, fa­
lecido em Aracati em 1892 e de Maria Emília
Coelho C intra; neto materno do Marechal Ga­
bino Besouro, que contando apenas 16 anos alis­
tou-se como voluntário e partiu para os campos
de batalha no Paraguai, desde 25 de agosto de
1866 a 20 de abril de 1870 e que ingressando na
Escola Militar obteve a graduação de l.° Tenen­
te e Capitão por estudos, reformando-se no pos­
to de Marechal; Comandante da Escola Tatica
de Tiro do Rio Pardo, Rio Grande do Sul, pre­
sidente dos Estados de Piaui, de Alagoas. Dire­
tor Geral do Ensino Militar, casado no Rio Gran­
de do Sul com Cassiana Patrícia de Azambuja.
Por seu avô paterno o Dr. Gabino Besouro Cin­
tra é bisneto de Manuel Coelho Cintra, oficial de
Marinha, que preterido em uma das promoções,
pediu demissão do serviço da Marinha e inter­
vindo nas lutas políticas de Pernambuco de lá vol­
tou como deputado geral e que em uma de suas
viagens a Portugal, ali casou-se com D. Mafal-
da Pitaluga, vinculada a destacada família por-
tuguêsa.
O casal tem dois filhos:
4-1 Nelson Besouro Cintra
4-2 Gabino Besouro Cintra Filho.*

*
— 347

3-2 Sarah de Castro Barbosa


2-5 Dr. Antonio Luiz de Castro Barbosa
Bacharel em Direito, diplomado pela antiga Faculda­
de de Ciências Jurídicas e Sociais do Rio de Janeiro
Alto funcionário da Recebedoria de Rendas Federais
na Capital Federal, exerceu mais os seguintes cargos:
oficial de gabinete de diversos ministros da Agricul­
tura e Delegado do Tribunal de Contas, em Londres.
Casou no Rio de Janeiro (Glória) a 29 de março de
1913 com Helena de Rezende Melo Barreto, filha do
Dr. João Paulo de Melo Barreto e de Antonia de Re­
zende, falecida no Rio a 6 de janeiro de 1939; neta
paterna do Conselheiro Antonio Paulo de Melo Bar­
reto, um dos concessionários e organizadores da Comp.
Estrada de Ferro Leopoldina, casado no Rio de Ja­
neiro a 22 de Junho de 1865, com Mariana Limpo de
Abreu, nascida em 1845 e falecida a 22 de agosto de
1899-; neta materna dos Barões de Retiro.
Por sua avó paterna, D. Helena é bisneta dos Viscon­
des de Abaeté.
O Barão de Retiro, Geraldo Augusto de Rezende era
filho do Barão de Juiz de Fora e de sua primeira mu­
lher Senhorinha Carolina de Miranda. A Baronesa
de Retiro, Maria Carolina Mendes Tostes, era filha de
Custódio Dias íostes e de Carlota Mendes Tostes.
(Vide Cap. 40, § l.°). Filhos:
3-1 Dr. Paulo Marcelo de Castro Barbosa
Bacharel em Ciências e Letras pelo Ginásio D.
Pedro II. Formado em Medicina no Rio de Ja­
neiro e diplomado pelo Instituto Oswaldo Cruz,
de Manguinhos.
Casou na'Capital Federal a 18 de julho de 1942,
com Vera Eliane Borges da Fonseca, filha do Dr.
Homero Borges da Fonseca, Tesoureiro Geral do
Banco do Brasil e de Margarida Martins Borges
da Fonseca; neta paterna do antigo deputado fe­
deral, Dr. Bento Borges da Fonseca e de Gabrie-
la Targini M oss; neta materna do Dr. Cândido
Martins, conceituado médico. Tem um filho:
4-1 Pedro Luiz.
3-2 Dr. Jorge de Castro Barbosa
Formado em Medicina no Rio de Janeiro, seguiu
para os Estados Unidos da América do Norte e
foi graduado em “Master of Science”, em Cirur­
— 348 —

gia, pela Universidade de Minnesota. Ex-cirur-


gião assistente da célebre Clinica de M ayo; da.
sociedade “Sigma X I”, com medalha de ouro;
membro da associação “Alumni”, da Fundação.
Mayo. Cirurgião da Assistência Municipal do-
Rio de Janeiro.
Casou na mesma cidade (N. S. Trindade) a 30
de novembro de 1946, com Verna Mae Jackson,
filha de Charles Frederick Jackson e de Jessie-
Van Dyck, do Estado de Minnesota, U. S. A.
2-6 Mercedes de Castro Barbosa
Nasceu no Rio de Janeiro e aí casou (Engenho Ve­
lho) no dia 20 de abril de 1910 com o Dr. Justino-
Ferreira da Paixão, nascido em Petrópolis em 1877
e falecido tm S. Paulo a 16 de junho de 1938, aíitigo
engenheiro da Estrada de Ferro Sorocabana e prefeito
de São Bernardo (Estado de S. Paulo), filho de José
Ferrreira1 da Paixão e de Maria Augusta da Paixão.
Filhos:
3-1 Dr. Eugênio Barbosa Paixão
Engenheiro civil, alto funcionário da fabrica de
tecidos “Progresso Industrial do Bangú”. Casou
no Rio de Janeiro, na Igreja de Nossa Senhora
da Paz, Ipanema, a 29 de junho de 1939, com
Déa de Castro Barreto, filha do Dr. Castro Bar­
reto e de Branca de Castro Barreto. Tem um
filho:
4-1 Guilherme de Castro Barbosa Paixão
Nasceu no Rio a 27 de novembro de 1943.
2-7 Dr. Jaime de Castro Barbosa
Engenheiro. Laureado com a medalha de ouro na Es­
cola Politécnica da Capital do Brasil. Exerceu entre
outros, o alto cargo de engenheiro chefe da Estrada,
de Ferro Mogiana e depois, da Rede Sul Mineira.
Nasceu no Rio de Janeiro a 3 de maio de 1889, co­
mo faz certo o termo lavrado no livro 15 de batiza­
dos da Paroquia do Engenho Velho, fls. 27: “JAY-
“ ME — No dia primeiro do mês de novembro de mil
“oitocentos e oitenta e nove, nesta Matriz, batizei so-
“ lenem ente a Jaime, nascido a três de maio do cor­
re n te ano, filho legítimo de Joaquim Silvério de Cas-
“tro Barbosa, paulista e de Dona Ana de Lima de
“Castro Barbosa, fluminense. Foram padrinhos Fran­
cisco Ramos Paz e Dona Carmen Monteiro Lima, de:
— 349 —

“que fiz este assento. O Pro Pároco, Padre Dr. Emi-


“liano Mary”.
Casou na mesma cidade a 15 de junho de 1917 com
Regina Cordovil Mauriti, natural do Rio de Janeiro,
filha do Almirante Joaquim Antonio Cordovil Mau­
riti, nome fulgurante e de primeira grandeza nos fas­
tos de nossa Marinha de guerra, nascido no Rio a 13
de janeiro de 1844 e falecido a 6 de janeiro de 1915;
Cavaleiro da Ordem de Sãò Bento de Aviz, da Ordem
de Cristo, Oficial da' Ordem do Cruzeiro, condecora­
do com a medalha do Paraguai e com a medalha es­
pecial da passagem de Humaitá, da qual foi o maior
dos heróis, e de sua mulher Lucie Bret M auriti; ne­
ta paterna de Jacob Maria Mauriti, português, e de
Joaquina Eulália Cordovil Mauriti, brasileira.
O nome do Almirante Mauriti não foi esquecido; o
Clube Naval, a 13 de janeiro de 1944, promoveu bri­
lhante reunião e sessão civica comemorando o pri­
meiro centenário de seu nascimento; falou em nome
da Marinha o Capitão Carlos Silveira Carneiro e o
seu discurso, assim como outros proferidos na oca­
sião, foram enfeixados em elegante plaquette, da qual
possuímos um exemplar.
Faleceu o Dr. Jayme a 9 de maio de 1945, deixando
três filhos:
3-1 Jaime de Castro Barbosa Filho
Casou no Rio de Janeiro em novembro de 1945,
com Maria Amélia Ortigão de Melo (B lú), aí
nascida a 18 de janeiro de 1922, filha de
Pedro José de Melo. nascido a 23 de fe­
vereiro de 1888, Moço Fidalgo da Real Casa
Portuguesa, casado no Rio de Janeiro a 28 de
dezembro de 1912, com Maria Amélia Ortigão,
nascida a 19 de fevereiro de 1888; neta paterna
do 9.° Conde de Sabugosa, nascido em Lisboa a
13 de novembro de 1854 e falecido a 21 de maio
de 1923, diplomata português, literato, sócio da
Academia de Ciências e da Associação dos A r­
queólogos, Gran Cruz das Ordens de Cristo e
de São Tiago, Pár do Reino, Mordomo-Mor da
Casa Real, casado a 8 de janeiro de 1876 com a
4.a Condessa da Murça, nascida a 26 de abril de
1856, Dama Camarista de S. S. M. M. as Rai­
nhas D. Maria Pia e D. Amélia; neta materna
— 350 -

de Vasco Ramalho Ortigâo e de Amélia Nunes,


O 9.° Conde de Sabugosa tem sua ascendência
até os Marqueses de Pombal, assim como sua
biografia, a lista completa de seus trabalhos li­
terários e a ascendência de sua esposa, magis­
tralmente descritos pelo sacerdote jesuita, Padre
Luiz Moreira de Sá e Costa, em o livro “Des­
cendência dos primeiros Marqueses de Pombal”,
págs. 77, pelo que deixamos de repetir.
Por seu avô materno, D. Maria Amélia de Me­
lo é bisneta do festejado e célebre escritor, José
Duafte Ramalho Ortigâo.
O casal tem dois filhos.
3-2 Regina de Castro Barbosa
3-3 Rizza de Castro Barbosa
Casou no Rio de Janeiro a 22 de dezembro de
1943, com Carlos Inácio de Camargo Xavier, fi­
lho do Dr. Demétrio Mércio Xavier, bacharel em
Direito, deputado estadual no Rio Grande do
Sul em 1916, deputado federal pelo mesmo Es­
tado e signatário da Constituição Federal de
1934, estancieiro em Dom Pedrito e de sua mu­
lher Gemina de Camargo; neto paterno de De­
métrio Cândido Xavier e de Delfina Mércio; ne­
to materno do Capitão Inácio Joaquim de Ca­
margo, antigo professor no Colégio Militar da
Distrito Federal e de Maria Fausta de Cavalhei­
ro Figueiredo.
Por seu avô paterno, Carlos Inácio é bisneto de
Demétrio José Xavier, falecido em Dotn Pedri­
to a 5 de julho de 1889, casado em São Gabriel
a 2 de janeiro de 1847 com Margarida Cândida
Xavier, falecida na mesma cidade a 25 de mar­
ço de 1906 e agraciados por decreto imperial de
8 de abril de 1879, com o titulo de Barões de
Upacaraí. (Arquivo Nobiliárquico Sul Riogran-
se, pelo Dr. Mario Teixeira de Carvalho, pág.
343).
Estes dados sofrem pequena alteração no “A r­
quivo Nobiliárquico Brasileiro”, do Barão de
Vasconcelos, pág. 192; ai encontramos o titulo
“Ipacaraí” em vez de “Upacaraí” e o nome da
Baronesa: Zeferina Corrêa Xavier. Adotamos a
grafia do Dr. Mario, confirmada pelo Dr. Jorge
— 351

Godofredo Felizardo, “Genealogia Rio Granden-


se”, pág. 53.
Por sua avó paterna, bisneto do Brigadeiro Ca­
milo Mércio, que tomou parte saliente na revo­
lução dos Farrapos em 1835 e que, mais tarde,
na guerra contra o Paraguai, tantos atos de bra­
vura praticou e tantos serviços prestou às for­
ças, que recebeu as honras de Brigadeiro Hono­
rário do Exército.
Maria Fausta Cavalheiro de Figueiredo, avó
materna de Carlos Inácio, era filha do Capitão
de Cavalaria Leocádio José de Figueiredo, ca­
sado a 11 de novembro de 1860 com Ana Ade-
lina Cavalheiro de Figueiredo, nascida em 1841 e
falecida aos 83 anos a 9 de agosto de 1924, es­
critora, jornalista, poetisa, filha de Joaquim Ca­
valheiro de Oliveira, que tomou parte ativa na re­
volução farroupilha de 1835, em companhia de
irmãos e parentes.
O casal tem :
4-1 Maria do Carmo de Camargo Xavier.
2-8 Dr. Edgard de Castro Barbosa
Bacharel em Direito. Exerceu vários cargos públicos
no Estado do Rio de Janeiro, entre outros, o de pro­
motor público em uma das comarcas e de ministro do
Tribunal de Contas, e finalmente, poucos meses an­
tes do falecimento, o de procurador da República no
Estado do Rio, cargo do qual não chegou a tomar posse.
Serviu também de oficial de gabinete do Dr. Pires do
Rio, ministro da Fazenda no governo Linhares.
Nasceu a 15 de julho de 1890, como se verifica no
livro 16 de batizados da Igreja Matriz do Engenho
Velho, fls. 7: “EDGARD — Aos vinte e cinco de
“dezembro de mil oitocentos e noventa, nesta Matriz
“o Reverendo Padre Dr. Emiliano Mary, de licença,
“batizou solenemente a Edgard, nascido a quinze de
“julho deste corrente ano, filho legitimo de Joaquim
“Silvério de Castro Barbosa, paulista e de Dona Ana
“de Lima de Castro Barbosa, fluminense; neto pa-
“terno de Antonio Luiz Barbosa da Silva e Dona Flo-
“ra Berenice de Castro Barbosa, mineiros, e materno
“do Comendador João Gonçalves Pereira Lima, por­
tu g u ê s e de Dona Emilia Augusta Monteiro de Bar-
t o s Lima. 'mineira. Foram padrinhos Luiz Barbosa
— 352

“de Cappet e Dona Maria Custodia Monteiro de Mi-


“randa Ribeiro, de que fiz lavrar este termo. O Vigá-
“rio, João Cordeiro da Cruz Saldanha”.
Casou com Zaida Costa, filha do abastado fazendei­
ro no Estado do Rio, José Carlos Costa e de Ana Ma­
ria do Espirito Santo Costa, que também são os pro­
genitores do Dr. Benedito da Costa Neto, ministro da
Justiça no govêrno do General E. Gaspar Dutra.
Faleceu o Dr. Edgard, no Rio, a 6 de agosto de 1947
e ao baixar o corpo à sepultura, no cemitério de São
João Batista, falou em nome da turma, o Dr. Heitor
Beltrão. Deixou dois filhos:
3-1 Maria de Castro Barbosa
Nasceu no Distrito Federal a 7 de junho de 1916,
Casou no Rio de Janeiro a 29 de dezembro de
1941, com o diplomata brasileiro, Dr. Milton Te­
les Ribeiro, nascido em São Paulo a 19 de julho
de 1914, filho de Hermann Teles Ribeiro e de
Branca de Laorden.
O Dr. Milton entrou para a carreira na quali­
dade de cônsul classe J., por concurso, a 11 de
junho de 1941, sendo elevado a chefe de secção
técnica do Conselho de Imigração e Colonização,
por ato de 19 de setembro de 1941. ( “Almanaque
do Pessoal”, do Ministério das Relações Exte­
riores para 1943, pág. 330).
O casal tem um filho: Edgard.
3-2 Dr. Carlos Joaquim de Castro Barbosa
Bacharel em Direito, advogado. Exerceu os car­
gos de promotor público, juiz e promotor dos
feitos da Saúde Pública, no Estado do Rio. Ho­
je ocupa alto lugar administrativo no Tribunal
de Contas, federal, Delegado de Controle do
mesmo Tribunal, junto ao Ministério da Viação.
2-9 Cordélia de Castro Barbosa. Nasceu a 27 de outubro
de 1891 e foi batizada na Matriz do Engenho Velho
a 2 de fevereiro de 1892. Padrinhos, o Dr. José Luiz
de Bulhões Pedreira e Aurélia Lima de Pedreira. Ca­
sou no Distrito Federal a 4 de junho de 1922 com o
Dr. José Novais de Souza Carvalho Neto, filho do
Dr. Júlio Cesar de Novais Carvalho e de Leonor de
Carvalho. Tem quatro filhos:
3-1 Flora Berenice de Castro Barbosa Novais
Casou na Capital Federal a 3 de junho de 1943
— 353 —

com o Major de Engenheiros do Exército Na­


cional, Olímpio de Sá Tavares, filho do Capi­
tão José Procópio Tavares Filho e de Rosa de
Sá Souto Maior; neto paterno do General José
Procópio Tavares e de Maria Ribeiro Tavares;
neto materno do Capitão Olímpio de Sá Souto
Maior, contador da Delegacia Fiscal do Tesou­
ro Federal no Paraná e que depois de aposenta­
do foi residir em Niterói, e de Francisca de An­
drade Souto Maior.
Por seu avô materno, bisneto do Capitão João
de Sá Souto Maior, já citado neste livro no Cap.
3.°, § l.°, pois é também o progenitor de Maria
da Glória, casada com o Dr. Lucas Monteiro de*
Barros. Vide aí a ascendência.
O Major Olímpio de Sá Tavares nasceu a 10 de
abril de 1907. Abraçou a carreira militar, Aspi­
rante a 22 de novembro de 1930; 2.° Tenente a
11 de junho de 1931; l.° Tenente a 16 de junho
de 1932; Capitão a 2 de outubro de 1934; Major
por merecimento, a 15 de abril de 1943. Tem o
curso de engenheiro pelo Reg. de 1929, aperfei­
çoamento catg. A. Aluno da Escola do Estado
Maior do Exército. Ocupa o n.° 26 na lista dos
Majores da arma de Engenharia ( “Almanaque do
Exército”, para 1946, pág. 286).
Tem uma filha: Maria Lúcia.
3-2 Leonor de Castro Barbosa Novais
Casou com o médico, Dr. Maurício Sanchez.
3-3 Cordélia de Castro Barbosa Novais
3-4 Júlio Novais Neto.
2-10 Carmen de Castro Barbosa. Nasceu a 28 de abril de
1899 e foi batizada na Matriz do Engenho Velho a 25
de junho. Padrinhos, o Capitão Diniz de Noronha
Castro e D. Leopoldina Isabel de Castro Bar­
bosa.
Casou com o Dr. Cesar Fleury de Araújo, médico ci­
rurgião da Assistência Municipal do Rio de Janeiro,
filho de A rtur Cesar Moreira de Araújo (do Pará) e
de Doninia Fleury de Araújo (de Manaus). Tem três
filhos:
3-1 A rtur Cesar
3-2 Ana Maria
3-3 Joaquim.
354 —

1-2 Dr. João Gonçalves Pereira Lima


Segundo filho de Emilia de Miranda Monteiro de Barrosr
casada com. João Gonçalves Pereira Lima. Nasceu no Ria
(Candelária) a 21 de outubro de 1865 e faleceu na mes­
ma cidade a 7 de janeiro de 1937. Ocupou o alto cargo de
Ministro da Agricultura. Casou com Clementina Cavalcan­
ti e tiveram só uma filha:
2-1 Maria Clementina Pereira Lima.
1-3 Amélia Monteiro de Barros Lima
Nasceu no Rio de Janeiro (Glória) a 10 de março de 1867.
Casou na mesma cidade no dia 27 de outubro de 1887,
com seu primo José Martiniano Monteiro Breves, filho de
José Luiz de Souza Breves e de Amélia Augusta Montei­
ro de Barros, citados no Cap. 15, § 3.°, onde consta a ge­
ração.
Reside hoje, em estado de viuva, no Rio, em companhia
de sua filha Maria de Lourdes.
1-4 Aurélia Monteiro de Barros Lima
Nasceu no Rio de Janeiro (Glória) a 28 de março de 1869.
Casou, na mesma cidade, a 2 de janeiro de 1892 com o Dr.
José Luiz de Bulhões Pedreira, nascido em 1865, Minis­
tro da Côrte de Apelação do Distrito Federal, filho do Dr.
João Pedreira Couto Ferraz e de Elisa Amália de Olivei­
ra Bulhões.
O Dr. João Pedreira1 Couto Ferraz, bacharel em Direito,
formado em Olinda, festejou em 1909 o 50.° aniversario
de nomeação para o cargo de secretário do Supremo Tri­
bunal de Justiça, continuando no Supremo Tribunal Fe­
deral. Era irmão do Visconde de Bom Retiro, filhos am­
bos do Desembargador Luiz Pedreira do Couto Ferraz e
de Guilhermina Amália Corrêa Pedreira.
Faleceram, D. Amélia em Petropolis a 20 de abril de 1939;
o Dr. José Luiz em Paris, a 18 de outubro de 1925, ha­
vendo de seu casamento oito filhos:
2-1 Dr. Aurélio de Bulhões Pedreira
Nasceu no Distrito Federal a 29 de setembro de 1894
e foi batizado na Igreja Matriz do Engenho Velho no
dia 9 de dezembro, sendo padrinhos, Joaquim Silve-
rio de Castro Barbosa e Ana Lima de Castro Barbo­
sa (Liv. de Batizados n. 17, fls. 138 v.).
Diplomado pela Escola Politécnica do Rio de Janeiro.
Durante 12 anos desempenhou as funções de geologo
do Serviço Geológico e Mineralógico do Ministério da
— 355 —

Agricultura. Publicou um livro “Pesquisas de Petró­


leo”, 1927.
Casou na mesma localidade a 14 de maio de 1925 com
Ofélia do Vale e Silva, filha de Manuel Joaquim da
Silva e de Agostinha do Vale e Silva; neta paterna
de outro Manuel Joaquim da Silva e de Joaquina
Dias Fernandes da Silva; neta materna de José Go­
mes do Vale e de Maria Rosa Alves Moreira do Vale.
Faleceu o Dr. Aurélio a 25 de janeiro de 1939, ha­
vendo :
3-1 Aurélia de Bulhões Pedreira (Pereira das Neves)
Nasceu no Distrito Federal a 26 de abril de 1926
e aí casou, a 8 de maio de 1946, com o oficial da
Marinha, Fernando Lebre Pereira das Neves, fi­
lho de Luiz Augusto Pereira das Neves e de Ma­
ria Lebre Pereira das Neves; neto paterno do Dr.
Augusto José Pereira das Neves e de Joana Hay-
den das Neves; neto materno de Adrien Lebre e
de Eugenia Rouanet Lebre.
O Tenente Fernando L. Pereira das Neves nasceu
no Distrito Federal a 20 de junho de 1923. Cursou
a Escola Naval e recebeu a graduação de Aspi­
rante a Guarda Marinha a 12 de março de 1941 ;
2o Tenente a 24 de agosto de 1945; Io Tenente
a 5 de setembro de 1946. Está inscrito no numero
67 na lista dos Primeiros Tenentes, publicada no
Almanaque do Ministério da Marinha, para 1950,.
pág. 143.
Filhos, todos nascidos no Rio de Janeiro:
4-1 Fernando Pereira das Neves
Nasceu a 22 de fevereiro de 1947
4-2 Ofélia Pereira das Neves
Nasceu a 2 de maio de 1948
4-3 Flávio Pereira das Neves
Nasceu a 17 de maio de 1949
4-4 Cláudio Pereira das Neves
Nasceu a 22 de novembro de 1950.
3-2 Regina de Bulhões Pedreira (D. Regina Pedrei­
ra de Morais)
Nasceu no Distrito Federal a 19 de outubro de
1927 e ai casou a 22 de setembro de 1945, com o
Capitão Edgardo Carneiro de Morais oficial do
Exército, nascido a 8 de abril de 1922, filho de
Sebastião Rodrigues de Morais e de Nicota Car-
— 356 —

neiro de Morais; neto paterno de Jocelin Dutra


de Morais e de Luisa Rodrigues de Morais; ne­
to materno de José Gomes Carneiro e de Cândi­
da Carneiro Santiago e Silva.
O Capitão Edgardo recebeu a graduação de 2.°
Tenente a 25 de setembro de 1943; l.° Tenente
a 25 de setembro de 1944; Capitão a 25 de mar-
do de 1948; tem o curso de Artilharia pelo Re­
gulamento de 1940 e serve na Escola de Moto
Mecanização do Exército ("Almanaque do Exér­
cito”, para 1948, pág. 382).
Filhos:
4-1 Sônia Maria Pedreira de Morais
Nasceu no Distrito Federal a 28 de junho de
1946
4-2 Angela Pedreira de Morais
Nasceu no Distrito Federal a 8 de abril de
1948
4-3 Beatriz Pedreira de Morais
Nasceu em Rezende (Estado do Rio) a 17
de abril de 1950.
3-3 Angela Maria de Bulhões Pedreira
Nasceu no Rio de Janeiro a 6 de junho de 1929.
2-2 Dr. Mário de Bulhões Pedreira
Nasceu a 6 de junho de 1896 e foi batizado na Igre­
ja Matriz do Engenho Velho no dia 20, servindo de
padrinhos o Dr. João Pedreira do Couto Ferraz Jú­
nior e D. Elisa Pedreira de Abreu Magalhães, repre­
sentada por Ana Lima de Castro Barbosa. Celebran­
te o Exmo. Sr. Monsenhor Luiz Raimundo da Silva
Brito, mais tarde, Bispo de Olinda; Vigário da Pa­
roquia, Conego Raimundo da Purificação dos Santos
Lemos.
Casou no Rio de Janeiro com Carmen da Costa Ro­
drigues, filha do notável engenheiro Dr. João Barre­
to da Costa Rodrigues e de Maria da Conceição de
Melo Rocha da Costa Rodrigues.
Faleceu o D r. Mário, na Capital Federal, a 6 de agos­
to de 1949, havendo:
3-1 Margarida Maria de Bulhões Pedreira
Casou ha Capital Federal a 25 de abril de 1944
com Lucien Eugêne Antonin Genevois nascido a
25 de outubro de 1901 em Saint Fons, (Rhône),
França, filho de Alfonse Genevois e de Louise
Favre Genevois.
O Sr. Luciano Genevois é diplomado pela Esco­
la Central da Universidade de L yon; trabalhou
durante algum tempo na “ Societé Rhône-Pou-
lenc” em St. Fons e hoje presta serviços, como
alto funcionário, na Comp. Rhodia Brasileira, di­
retor da Usina da Barra, em Campinas (Estado
de São Paulo). Seus filhos:
4-1 Marie Louise Genevois
Nasceu no Rio a 18 de julho de 1945
4-2 Rose Marie Genevois
Nasceu no Rio a 1 de agosto de 1946
4-3 Anne Marie Genevois
Nasceu no Rio a 31 de julho de 1948.
3-2 José Luiz de Bulhões Pedreira
Casou no Rio de Janeiro a 26 de setembro de
1946, com Gilda Pessoa de Raja Gabaglia, filha
do engenheiro Dr. Edgard de Barros Raja Ga­
baglia e de Laurita Pessoa Raja Gabaglia; neta
paterna do antigo professor da Escola Naval, da
Escola Politécnica e do Colégio D. Pedro II, Dr.
Eugênio de Barros Raja Gabaglia e de Ana Lui-
sa de Raja Gabaglia, falecida no Rio de Janeiro
a 17 de abril de 1943; neta materna do Dr. Epi-
tácio da Silva Pessoa e de Mary Sayão Pessoa.
O professor Dr. Eugênio de Barros Raja Gaba­
glia era filho de outro professor, Capitão Giaco-
mo Raja Gabaglia.
O professor Capitão Giacomo Raja Gabaglia nas­
ceu em Montevidéo, província Cisplatina a 28 de
julho de 1826 e faleceu no Rio de Janeiro a 24
de janeiro de 1876. Oficial do Exército e da Ma­
rinha, tendo feito os dois cursos, reformado em
1865. Lente substituto de Matematicas na Esco­
la Naval em 1846 e catedrático a 30 de setem­
bro de 1851. Cavaleiro da Ordem da Rosa, da
Ordem de São Bento de Aviz. Membro do Ins­
tituto Histórico Brasileiro.
O seu biógrafo acrescenta a estes apontamentos,,
que era filho de Caetano Raja e de Carlota Ra­
ja. Entretanto no livro de casamentos da Igreja
Matriz do Engenho Velho, liv. 6, fls. 21, casa­
mento de José Julio de Albuquerque Barros com
— 358

D. Maria Gabaglia (irmã do Capitão Giacomo)


se declara que os pais desta se chamavam: Gia­
como Gabaglia e Carlota Grosso.
Casou o Capitão Giacomo Raja Gabaglia com
Maria da Natividade Barros. Residia à Rua da
Rainha, 23, Niterói.
D. Ana Luisa de Raja Gabaglia, esposa do Dr.
Eugênio, em solteira Ana Luisa Bandeira de Me­
lo, era filha do Dr. João Capistrano Bandeira de
Melo Filho, nascido em Olinda a 28 de maio de
1836 e falecido n oRio de Janeiro a 17 de dezem­
bro de 1905, casado com Ana Luisa de Barros
(filha do Desembargador João Fernandes de Bar­
ros e de Luisa Amélia de Albuquerque Barros) ;
neta paterna do Dr. João Capistrano Bandeira
de Melo, natural de Sobral, Ceará, nascido a 23
de outubro de 1811 e falecido no Rio de Janeiro
a 30 de maio de 1881, deputado geral, presiden­
te das províncias de Paraíba, de Alagoas, lente
catedrático da Faculdade de Direito de Recife,
membro do Conselho Naval, casado com Umhe-
lina Fernandes de Barros, falecida no Rio de Ja­
neiro a 24 de maio de 1902, com 87 anos (Mario
Linhares, “Linhares”, pág. 36).
O Dr. Epitácio da Silva Pessoa nasceu em Um­
buzeiros (Paraíba) a 23 de maio de 1865. Ba­
charel em Direito, ministro da Justiça no gover­
no do Dr. M. F. de Campos Sales, representan­
te do Estado da Paraíba no Congresso Consti­
tuinte de 1891, ministro do Supremo Tribunal Fe­
deral, embaixador do Brasil para assinar o trata­
do de paz depois da primeira grande guerra eu-
ropéia de 1914-1918 e, finalmente, presidente da
Republica Brasileira. Era filho do Coronel José
da Silva Pessoa e de sua segunda esposa Henri-
queta de Lucena (irmã do Barão de Lucena) ; ne­
to paterno de Antonio da Silva Pessoa, senhor do
engenho Cotunguba, Nazaré, Pernambuco e de
Isabel Pessoa; neto materno de Henrique Perei­
ra de Lucena e de Antonia Barbosa da Silva, se­
nhores do engenho Umbuzeiros, Paraíba.
D. Mary Sayão PesSoa é filha do Dr. José Fran­
cisco Manso Sayão, médico e de Maria Olímpia
de Avelar Brandão, filha, esta, do Dr. Joaquim

)
— 359 —

Eduardo Leite Brandão falecido em São Paulo,


onde residia, a 3 de outubro de 1899, contando
80 anos de idade e de Francisca Corrêa de Ave­
lar, com ascendência na “Genealogia dos Funda­
dores de Cataguazes”, pelo Dr. A rtur Rezende,
pág. 189.
O casal José Luiz-Gilda tem:
4-1 Mário.
3-3 João Carlos de Bulhões Pedreira. Terceiro filho
do Dr. Mário de Bulhões Pedreira e Carmen da
Costa Rodrigues. Solteiro.
2-3 João de Bulhões Pedreira
Nasceu no Rio de Janeiro a 7 de julho de 1899 e foi
batizado no dia 28 de agosto pelo celebre Padre Dr.
Julio Maria. Padrinhos: Francisco Maria Pedreira
Ferreira e Guilhermina de Bulhões Pedreira Ferrei-
ra. Sem mais noticias.
2-4 Célia de Bulhões Pedreira
.Nasceu no Rio de Janeiro a 9 de junho de 1901 e foi
batizada a 30 do mesmo mês e ano. Padrinhos: Dr.
João Evangelista Sayão de Bulhões Carvalho e Eu-
gênia Lima de Bulhões Carvalho. Vigário, Agostinho
Francisco Benassi.
.2-5 Elisa Amália de Bulhões Pedreira (Lisah)
Faleceu no Rio de Janeiro a 26 de novembro de 1943.
Casou com o Dr. Herberto de Brito Lira, formado em
Medicina no Rio em 1931, nascido na Paraiba do Nor­
te a 12 de abril de 1905, filho de Antonio de Brito Li­
ra e de Ermelinda de Brito Lira. O Dr. Herberto foi
professor na Universidade Livre do Distrito Federal;
hoje exerce as funções de Médico da Assistência Mu­
nicipal (1934). Filhos:
3-1 Luiz Carlos
3-2 Célia.
2-6 Maria de Bulhões Pedreira
Casou com Otávio Cardoso de Menezes, tendo:
3-1 Maurício
3-2 Luiz Otávio
3-3 Fernando.
2-7 Maria Luisa de Bulhões Pedreira
Casou com Rinaldo Toselli, filho de João Batista To-
selli e de Herotides Santiago Toselli, esta, do Rio
Grande do Norte. Tem três filhos:
3-1 Carlos Rinaldo
360 —

3-2 Paulo Augusto


3-3 Francisco Aurélio.
2-8 José Luiz de Bulhões Pedreira Júnior
Faleceu solteiro a 12 de outubro de 1909.
1-5 Dr. Francisco de Paula Monteiro de Barros Lima
Nasceu no Rio de Janeiro (Glória) a 10 de fevereiro de
1870. Bacharel em Direito. Delegado de Policia durante a
chefia do Dr. Edwiges de Queiroz.
Ministro do Tribunal de Contas. Faleceu solteiro, no Rio,,
a 4 de outubro de 1935.
1-6 Augusta Monteiro de Barros Lima
Nasceu no Rio de Janeiro a 10 de dezembro de 1871. Fa­
lecida.
1-7 Eugênia Monteiro de Barros Pereira Lima
Nasceu no Rio (Glória) a 3 de julho de 1873. Casou a 2
de dezembro de 1897 com o Dr. João Evahgelista Saião de
Bulhões Carvalho, nascido no Rio a 3 de maio de 1852 e fa­
lecido a 12 de outubro de 1914, filho do Coronel Francis­
co Pereira de Bulhões Carvalho e de Catarina Eufrásia
Saião Lobato, irmã dos Viscondes de Sabará e de Niterói.
O Dr. João Evangelista formou-se em Direito na Facul­
dade de Recife a 7 de novembro de 1874. Deputado a As-
sembléia provincial do Rio de Janeiro; promotor público
da Côrte; deputado geral pelo 3.° distrito da Côrte, de 1886
a 1889; presidente da Ordem dos Advogados Brasileiros,
de 1900 a 1907; fez parte da Comissão do Codigo Civil;
lente de Direito Romano na Faculdade de Ciências Jurídi­
cas e Sociais do Rio de Janeiro e seu diretor de 1904 a
1906; diretor do Banco do Brasil em 1905.
Faleceu D. Eugênia, em Paris, a 30 de agosto de 1912, ha­
vendo :
2-1 Eugênio Lima de Bulhões Carvalho
Faleceu na Capital Federal a 27 de agosto de 1909.
2-2 João Evangelista de Lima Bulhões Carvalho
Casou com Yvone Garnier e faleceu a 10 de agosto de
1938, sem deixar filhos.
2-3 Dr. Francisco Pereira de Bulhões Carvalho. Magis­
trado.
2-4 Catarina de Lima Bulhões Carvalho (Kate)
Casou no Rio de Janeiro a 15 de agosto de 1925 com
João Batista Carneiro de Mendonça.
2-5 Emília Eugênia Lima de Bulhões Carvalho (Em i).
Escritora.
Casou no Rio de Janeiro a 20 de julho de 1927 com
- - 361 —

seu primo Celso Suckow da Fonseca, filho de Luiz


Carlos da Fonseca e de Glika Monteiro de Barros de
Suckow, supra mencionada neste Capitulo, § 5.°. Aí
a geração.
1-8 Carmen Monteiro Lima
Ultima filha de Emilia de Miranda Monteiro de Barros e
de João Gonçalves Pereira Lima. Nasceu no Rio (Glória)
a 3 de agosto de 1874. Casou na mesma cidade a 31 de de­
zembro de 1917 com o Coronel A rtur de Siqueira Caval­
canti, natural de Escada (Pernambuco), filho de José Ca­
milo Pessoa de Siqueira Cavalcanti e de Clementina Elisa
Pereira. Faleceu no Rio a 10 de Junho de 1940.

§8 — Dr. Eduardo Augusto de Miranda Monteiro de Barros


Ultimo filho do Desembargador Dr. Francisco de Paula
Monteiro de Barros, Capitulo 15. Formado em Medicina, de­
fendeu teses para obter o grau de Doutor perante a Faculdade
de Medicina do Rio de Janeiro.
Existe na Biblioteca Nacional um exemplar das referidas
teses acompanhadas da competente dissertação sobre ‘Embryoto-
mia’, Tipografia Fluminense, Niterói, 1852, in 4.°.
Pouco tempo exerceu a clinica, pois faleceu em São José
de Alem Paraiba, no dia 12 de abril de 1859.
Sem mais noticias.
Capítulo 16

DR. M IGUEL EUGÊNIO M ON TEIRO DR BARROS

Segundo filho dos Barões de Paraopeba.


Nasceu em Congonhas do Campo; matriculou-se na Uni­
versidade de Coimbra, juntamente com seus primos Rodrigo e
Manuel Monteiro de Barros, em Matemáticas em 1822 e em
Direito, no ano seguinte, 1823.
Deputado provincial nos biénios de 1854-55 e 1856-57, em
Minas Gerais.
Casou com Maria. Eugênia de Souza Breves, filha de Luiz
de Souza Breves e de Maria Pimenta de Almeida Breves (irmã
da Baronesa de Pirai) ; neta paterna de Tômé de Souza Bre­
ves e de Maria Rodrigues; neta materna do Capitão-Mór Jo­
sé de Souza Breves e de outra Maria Pimenta-de Almeida, co­
mo já escrevemos no Cap. l.°, § 2.° e no Cap. 5.°.
Tiveram cinco filhos:

§ 1 — Francisca Monteiro *de Barros


§ 2 — Emiliana Monteiro de Barros
§ 3 — Alda Eugênia Monteiro de Barros
§ 4 — Romualdo José Monteiro de Barros
§ 5 — Luiz Eugênio Monteiro Me Barros
* *

§ 1 — Francisca Monteiro de Barros


BARO N ESA DE GU ARAREM A

Foi contemplada na terça do avô paterno, o Barão de Pa-


raopeba.
Casou com seu tio materno Luiz de Souza Breves, impor­
tante comissário de café e comerciante na praça do Rio de Ja­
neiro, chefe da firma Souza Breves e Josué, estabelecida à Rua
■dos Beneditinos n, 26, e da qual fazia parte Josué S. Corrêa de
Melo.
Luiz de Souza Breves era filho de outro Luiz de Souza
Breves e de Maria Pimenta de Almeida Breves, acima mencio­
nados ; foi agraciado por decreto de 15 de junho de 1881 com o
titulo de Barão de Guararema.
Faleceram, o Barão a 10 de fevereiro de 1910; a Baronesa
a 5 de janeiro de 1899, 'sem deixar filhos.

§ 2 — Emiliana Monteiro de Barros


Já lemos: Emiliana de^ Souza Monteiro de Barros.
Também foi contemplada na terça do avô paterno.
Casou com o Coronel Antonio Mateus Monteiro de Castro,
filho de Mateus Herculano Monteiro de Castro e de Rosa Fer-
reira de Azevedo Castro; neto paterno de Domiciano Ferreira
de Sá e Castro e de Maria do Carmo Monteiro de Barros, tia
do Dr. Miguel Eugênio, por ser irmã do Barão de Paraopeba.
Faleceram, Emiliana, na Fazenda Fim do Mundo, Muriaé,
Minas, a 4 de março de 1870.
Antonio Mateus, a 16 de junho de 1885.
A geração e detalhes no Capitulo 45, § 3.°.

§ 3 — Alda Eugênia Monteiro de Barros


BARO N ESA DE SA N TA ALDA

Figura entre as legatárias da terça do avô paterno.


Casou com o primo Lucas Antonio Monteiro de Barros,
Barão de Santa Alda, filho do Desembargador José Maria Mon­
teiro de Barros, citado no Cap. 8, § 27, onde se descreve a nu­
merosa prole.
§ 4 — Romualdo José Monteiro de Barros
Casou com Maria Tereza de Oliveira Roxo, nascida a 18
de janeiro de 1849 e falecida a 13 de maio de 1929, filha dos
Barões de Vargem Alegre, já citados no Cap. 5, § 4. Tiveram
-dois filhos:
1-1 Alberto Monteiro de Barros
Nasceu no Rio de Janeiro — Lagôa — a 15 de maio de
1865 e faleceu a 11 de dezembro de 1943. Casou na mes­
ma cidade a 12 de dezembro de 1891 com Arminda Mon­
teiro de Barros, nascida em Mar d‘Espanha a 2 de março
de 1876, filha de Francisco Augusto Teixeira e de Tere­
za Monteiro de B arros; neta paterna de Joaquim Augusto
Teixeira e de Arminda Machado Teixeira; neta materna
— 364 —

de Carlos Augusto Monteiro de Barros e de Mariana Ma­


chado Monteiro de Barros.
Carlos Augusto era filho do Desembargador José Maria.
Monteiro de Barros, citado no Cap. 8, § 6. Filhos:
2-1 Marino Monteiro de Barros
Fazendeiro. Nasceu no Distrito Federal a 7 de setem­
bro de 1894. Casou no mesmo distrito, a 11 de novem­
bro de 1922 com Maria de Lourdes Vaz Pinto, filha,
de Frederico José Vaz Pinto, propagandista da Repú­
blica e vereador e de Ana Rosa Lira Vaz Pinto; neta
paterna de Antonio Vaz Pinto e de Maria Madalena
Vaz Pinto; neta materna do Dr. Sebastião Lira da Sil­
va, conceituado médico e de Maria da Glória Lira da.
Silva.
O casal tem três filhos:
3-1 Alberto Frederico Monteiro de Barros
Nasceu no Rio de Janeiro a 17 de novembro de-
1923
Casou no mesmo local com Cloris Sarmento, fi­
lha de Briano de Morais Sarmento e de Francis-
ca Corrêa Dias Sarmento. Tem dois filhos:
4-1 Carlos Alberto Monteiro de Barros
4-2 Heloisa Monteiro de Barros.
3-2 Marília Monteiro de Barros
Nasceu no Rio de Janeiro a 6 de setembro de 1925.
3-3 Luiz Eugênio Monteiro de Barros
Nasceu no Rio de Janeiro a 4 de novembro de
1926.
2-2 Alberto Monteiro de Barros
Nasceu na fazenda Ponte Alta, município da Barra
do Pirai, a 2 de outubro de 1895. Casou na Capital
Federal a 30 de setembro de 1924 com Elza Noronha.
Neves (hoje Elza Monteiro de Barros), filha de José
Ribeiro Neves e de Berta Noronha Neves; neta pa­
terna de outro José Ribeiro Neves e de Maria Jose-
fa da Silva Neves; neta materna do engenheiro Anto­
nio Pinto de Gouvêa e de Maria Amália de Noronha.
Gouvêa (filha, esta, do General Francisco Manuel de
Noronha e de Clara Albuquerque Diniz Maranhão).
Um filho.
3-1 Ricardo Monteiro de Barros
Nasceu no Distrito Federal a 11 de fevereiro de:
1939.
365

2-3 Matias Monteiro de Barros


Nasceu em Ipiabas, Estado do Rio, a 25 de novembro
de 1896.
Casou em Curitiba a 20 de maio de 1929 com Hermi-
nia Miró, filha do industrial naquela cidade, José Gui­
marães Miró e de Helena Guelbeck; neta paterna do
Comendador Manuel Miró, e de Herminia Guimarães
(Negrão, Genealogia Paranaense, 3-193) ; neta mater­
na do engenheiro agrimensor Ur. Adalberto Guelbeck
e de Virgínia do Nascimento Guelbeck.
O Comandador Manuel Miró era filho de Manuel
Miró e de Escolástica de Freitas.
Sua esposa, Herminia Guimarães, era filha do Co­
mendador Manuel Antônio Guimarães, nascido em
Paranaguá a 15 de fevereiro de 1813, Comendador da
Ordem de Cristo e Dignitário da Ordem da Rosa,
agraciado por decreto de 21 de julho de 1876, com o
titulo de Barão de Nacar, elevado a Visconde por de­
creto de 31 de agosto de 1880, casado em primeiras
núpcias com Maria Clara Correia Guimarães ( Arqui­
vo Nobiliárquico Brasileiro, pág. 307).
Sem geração.
.2-4 Nicolina Monteiro de Barros
Nasceu na fazenda Santa Tereza — Barra do Pirai —
a 8 de março de 1899 e casou no Rio de Janeiro a 18
de janeiro de 1926 com Rodrigo Emílio Rombauer,
do comércio do Rio, nascido em Petropolis a 10 de
abril de 1899, filho de Teodoro Rombauer e de Cristi­
na Constança Bodé.
Tem três filhos, nascidos na Capital Federal:
3-1 Irma Monteiro de Barros Rombauer
Nasceu a 1 de julho de 1928
3-2 Roberto Teodoro Rombauer
Nasceu a 12 de julho de 1930
3-3 Luiz Cláudio Rombauer
Nasceu a 15 de setembro de 1940.
Os Rombauer — No norte da Hungria, nos contrafortes
*dos montes Carpathos, está situada a aprazível, pacata e secu­
lar cidade de Lõcsen (em alemão, Eeutschau). Em princípios
do século 17 exercia o cargo de juiz, uma personalidade de
prestigio, que conseguira impor merecido respeito à população
pelo seu espirito reto e imparcial, Mathias Rombauer, nascido
em 1592 e falecido a 17 de fevereiro de 1640. Foi o iniciador de
uma série de nomes ilustres que muito se distinguiram nas cias­
— 366

ses e profissões liberais; aferrados ao solo natal, preocupados,


unicamente com o progresso local, poderiam os netos e descen­
dentes repetir com o poeta alemão “suprema felicidade, viver e-
morrer na mesma aldeia onde nascemos”. Casou e foi pai, en­
tre outros, d e :
2) Stefan Rombauer. Continuou a gozar do mesmo prestí­
gio e estima pública’ consagrada a seu p ai; em 1663 foi agra­
ciado pelo Imperador Leopoldo I com um título de nobreza.
Casou e teve geração; pai d e :
3 ) Mathias Rombauer. Nasceu em Lõcsen a 11 de janeiro
de 1643. Tomou o nome do avô. Entre seus filhos anotamos:
4) Johannes Rombauer. Nasceu em Lõcsen a 23 de setem­
bro de 1672 e faleceu a 1 de março de 1757. Casou com uma se­
nhora de ilustre familia local, com Agatha Adamy. Tiveram :
5) Johannes Rombauer. Nasceu a 9 de março de 1719 e
faleceu a 2 de outubro de 1794. Casou com Doroteá Krausz,
tendo, entre outros:
6) Mathias Rombauer. Seguiu a carreira eclesiástica, ser­
vindo durante muitos anos de pastor da Igreja Evangélica. Nas­
ceu em Lõcsen a 22 de fevereiro de 1759 e aí faleceu a 1 de maio
de 1822. Casou com Helena Elhard, natural da mesma locali­
dade, nascida a 2 de maio de 1777 e falecida a 27 de outubro de
1853, filha do Dr. Johannes Cristoph Elhard, nascido na cida­
de de Sopron (Odenburg) Hungria, à margem do lago Neu
Siedler See a 8 de agosto de 1731, conceituado médico em Lõcsen
para onde transferira residência, falecido a 1 de abril de 1800,
casado com Ana Rosina Lassgallner, nascida em Igló (povoa­
ção vizinha de Lõcsen e à margem do Rio Hernád, afluente da
Theiss que se lança no Danúbio) a 1 de outubro de 1750 e fa­
lecida a 27 de junho de 1832. Pais de:
7) Dr. Ludwig Rombauer. Nasceu em Precopa (Hungria)
a 25 de agosto de 1815 e faleceu em Semeie — Bania (H un­
gria) a 7 de outubro de 1884. Casou nesta cidade no dia 12 de
março de 1853 com Suzanna Kaghelmann, natural de Semeie
— Bania, nascida a 20 de dezembro de 1819 e falecida em Bras-
sõ (Hungria) a 23 de dezembro de 1894, filha de Gaspar Ka-
ghelmann, natural de Banberg (Alemanha) falecido em Se­
meie — Bania em 1860 e de Suzanna Plander, falecida em 1864.
Pais d e :
8) Teodoro Rombauer. Nasceu em Szkleno (Hungria) a
16 de março de 1858.
— 367

Modificam-se as condições sociais e económicas da aldeia


e da província; a população aumenta; começa o movimento emi-
gratório e o de expansionismo. Teodoro deixa a zona, alista-se
na marinha de guerra austro-hungara, onde serviu até 1883, da­
ta em que deixou para ocupar o lugar de Capitão de longo cur­
so da Companhia de Navegação ‘Adria’, inaugurando em 1886
o serviço permanente e regular para a América do Sul. A par­
tir de 1888 fixou residência no Rio de Janeiro, nomeado agen­
te geral no Brasil de todas as companhias de navegação austro-
hungaras e fundando a firma Rombauer e Comp.
Faleceu em Brest, França, a 25 de janeiro de 1917.
Casou três vezes. A primeira em 1883, com Ada Pola,
tendo: Tibor, nascido a 13 de outubro de 1883 e falecido em
1886; 2o, Ilona, nascidá a 20 de agosto de 1885, casada e residen­
te em Buda Pesth.
Segunda vez casou, em 1900, com Marieta Polia, irmã da
primeira, falecida no Rio de Janeiro em 1892, vitimada pela fe­
bre amarela, havendo um filho, Tibor, nascido em 9 de maio
de 1891 e falecido a 8 de setembro de 1936.
Contraiu terceiras núpcias — a que nos interessa — com
Cristina Bodé, nascida na cidade de Rio Grande a 13 de novem­
bro de 1869, filha de Cláudio Gerhardt Bodé, nascido em Nor-
den (Alemanha) a 27 de abril de 1839 e falecido em Hannover
a 27 de janeiro de 1920, chegado no Rio Grande do Sul em
1863 e aí casado a 16 de janeiro de 1869 com Adelaide Borges
da Costa, nascida no Rio Grande do Sul a 8 de abril de 1854 e
falecida a 25 de março de 1880; neta paterna do Dr. Friedrich
Wilhelm Alexander Nelson Bodé, nascido em Thale (Alema­
nha), médico em Emden (Alemanha) casado com Cristina Jc-
hanna Vaillant, nascida em Norden (Alemanha) a 9 de setem­
bro de 1811; neta materna do Tenente-Coronel José Borges Ri­
beiro da Costa, de Porto Alegre e de Adelaide Soares, nascida
no Rio Grande do Sul em 1819 e falecida em Pelotas em 1892.
Por sua avó paterna, D. Cristina Constança Bodé é bisne­
ta de Claude Vaillant Trevoux, nascido a 18 de março de 1760
e casado em Nordmoor a 19 de janeiro de 1808 com Alrica
Cornélia Beata Carolina Collmann von Schattenburg. Claude
Vaillant era filho de Jean Baptiste Trevoux, nascido em 1732
no Castelo de Trevoux, Luceny e de Marie Boujard.
Por seu avô materno, bisneta do Desembargador Joaquim
Bernardino de Senne Ribeiro da Costa, do Rio de Janeiro e de
Inácia Emília Borges Leal, da Ilha Graciosa, Açores.
Por sua avó materna, bisneta de Joaquim José Soares (Joa­
quim Rasgado) nascido no Rio de Janeiro, Candelária', em 1796
— 368 —

(filho de José Joaquim Soares, de Simas do Douro, Portugal


e de Maria Angélica de Faria, da Colonia de Sacramento) ca­
sado com Constança Maria de Mesquita, nascida no Rio Gran­
de do Sul a 25 de abril de 1798 e falecida em Pelotas a 17 de
abril de 1893 (filha do Capitão Manuel Luiz de Mesquita e de
Bernarda Maria de Sant’Ana).
Este Capitão Manuel Luiz era filho de Manuel de Mesqui­
ta, natural de Agodim, Arcebispado de Braga e de Francisca
Pinto de Novais, de Agodim.
Bernarda Maria era filha de José Francisco Gonçalves,
da Ilha Terceira e de Quitéria Maria, da Ilha de São Miguel.
Deste terceiro casamento de Teodoro Rombauer, com Cris­
tina Constança Bodé descendem:
1) Irene, nascida a 15 de junho de 1894, casada, residente
no Rio.
2) Irma, falecida solteira.
3) Dora, nascida a 9 de abril de 1897, casada e residente
na Alemanha.
4) Rodrigo Emilio Rombauer, nascido em Petrópolis a 10
de abril de 1899 e casado a 18 de janeiro de 1926 com D. Ni-
colina Monteiro de Barros, do texto.
_ i
5) Erica, solteira, residente em Petrópolis.
6) Edgar Rombauer, nascido a 26 de outubro de 1907, ca­
sado em São Paulo com Dulce do Amaral, tendo umá filha, Bea­
triz, nascida em 1934 e falecida em 1949.
D. Dulce do Amaral é filha do Dr. André Teixeira Pinto,
formado em Medicina pela Faculdade de Curitiba, natural de
Tietê e de Tarcila do Amaral, notável e eximia pintora cuja vo­
cação artística tem sido admirada pela sociedade culta de São
Paulo e do Rio de Janeiro; neta paterna de outro André Tei­
xeira Pinto, casado em Tietê a 3 de fevereiro de 1872 com Lui-
sa Vaz de Almeida (Silva Leme, 9-223) ; neta materna do Dr.
José Estanislau do Amaral, nascido em Itú em 1855, formado
em Direito no ano de 1877 e falecido a 4 de outubro de 1947
casado com Lídia Dias do Amaral.
O Dr. José Estanislau do Amaral era filho do opulento la­
vrador e abastado proprietário urbano, José Estanislau do Ama­
ral, náscido em São Roque a 9 de julho de 1817 e falecido em
São Paulo a 10 de dezembro de 1899 casado com Tereza de Jesus
Aguirra. (Silva Leme 6-208).
Infelizmente a morte impiedosa ceifou prematuramente a
vida de Beatriz e de um modo trágico. Estudante em São Paulo,
foi passar as férias em Petrópolis cõm os parentes; no dia 29
de janeiro de 1949 organizaram um “pic-nic” no Poço dos Fer­
reiros, em Correias, suburbio daquela cidade serrana. Ao regres­
sar teve a infelicidade de resvalar sobre umas pedras no rio, e
levada pela correnteza morreu afogada, juntamente com outra
companheira de passeio, Tereza Maria José de Figueiredo. Es­
te episódio lamentável veio trazer o luto a diversas famílias do
Rio, de Petrópolis e de São Paulo; está narrado com detalhes
no jornal “A Manhã” do Rio, edição de 30 de janeiro de 1949.
10) Finalmente, ultimo filho de Teodoro Rombauer, Ivan
Rombauer: nasceu a 21 de junho de 1909, reside na Capital Fe­
deral, casado em São Paulo aos 18 de outubro de 1941 com
Olívia Pereira de Magalhães, filha do notável filólogo, profes­
sor Carlos Eduardo Pereira de Magalhães e de Gertrudes Paes
de Barros Magalhães.
D. Gertrudes Paes de Barros Magalhães é filha do Coro­
nel Senador Antonio Paes de Barros e de Maria de Souza Bar­
ros a qual vive nesta Capital, nonagenária, rodeada do respeito
e estima de numerosos descendentes; neta paterna do l.° Ba­
rão de Itú, Capitão-Mór Bento Paes de Barros e de Leonarda
de Aguiar.
Ivan Rombauer tem um filho: Carlos de Magalhães Rom­
bauer, nascido no Rio em abril de 1943.

2-5 Vera Monteiro de Barros


Nasceu em Dores de Pirai, Estado do Rio.
Casou no Distrito Federal a 15 de janeiro de 1927,
com Antonio de Siqueira Malcher, nascido na cidade
de Fortaleza, capital do Estado do Ceará, a 21 de ja­
neiro de 1896, filho de Antonio Martiniano Clemen­
te Malcher e de Maria Júlia de Siqueira Malcher; ne­
to paterno do Coronel Aniceto Clemente Malcher e
de Rita Ferreira Barreto Malcher; neto materno de
Manuel de Siqueira e de Rita de Siqueira. Tem três
filhos:
3-1 Sérgio Monteiro de Barros Malcher
Nasceu no Rio a 18 de novembro de 1927
3-2 Carlos Alberto Malcher
Nasceu no Rio a 7 de setembro de 1930
3-3 Heloisa Monteiro de Barros Malcher
Nasceu no Rio a 3 de março de 1934.
1-2 Otávio Monteiro de Barros
Segundo filho de Romualdo José Monteiro de Barros.
Nasceu a 31 de outubro de 1866. Casou no Rio de Janeiro,
Glória, a 24 de outubro de 1891, com Alda Eugenia Mon-
— 370 —

teiro de Barros, nascida a 3 de maio de 1870, e falecida na


Capital Federal a 30 de abril de 1896, filha de Júlio Cesar
Monteiro de Barros, inscrito no Cap. 15, § l.°, n. 1-9. Dei­
xou três filhos:
2-1 Maria da Luz Monteiro de Barros
Sabemos que casou com um senhor Barbosa e tem um
filho de nome Estevão.
Sem mais noticias.
2-2 Alda Monteiro de Barros
Casou no Rio de Janeiro a 5 de novembro de 1919,.
com o Dr. José Paranhos Fontenelle, médico, filho do
Marechal José Freire Bezerril Fontenelle e de Maria
da Silva Paranhos.
O Dr. Paranhos Fontenelle é professor no Instituto
Oswaldo C ruz; em fins de 1947 e princípios de 1948
esteve nos Estados Unidos e foi eleito vice-presidente da
Associação Americana de Saúde Pública.
O Marechal Bezerril Fontenelle nasceu na povoação
de Viçosa, do Estado do Ceará a 9 de março de 1850'
e faleceu no Rio de Janeiro a 30 de março de 1926,
filho de José Freire Bezerril, professor primário e de
Maria de Assunção Fontenelle; neto paterno de Feli­
pe Benicio Fontenelle e bisneto do engenheiro de Mi­
nas, francês, Jean Fontenelle que deu origem aos Fon­
tenelle, no Brasil. Engenheiro Militar pelo Reg. de
1874. bacharel em Ciências Físicas. Alferes aluno a 26
de dezembro de 1874, percorreu toda a escala do ofi-
cialato até General de Divisão efetivo, por decreto de
8 de março de 1912; reformando-se a 11 de dezembro
desse ano, graduado em Marechal. Deputado federal;
senador pelo seu Estado; presidente do mesmo; repre-
- sentante do Brasil na exposição de Chicago em 1893.
Tem notável bibliografia, catalogada no "Dicionário
de Velhca Sobrinho. O casal Dr. José-Alda tem:
3-1 Maria Tereza Fontenelle.
2-2 Otávio Monteiro de Barros

§ 5 — Coronel Luiz Eugênio Monteiro de Barros

Deputado federal pelo Estado de Minas, durante três legis­


laturas.
Casou duas vezes. A primeira com Rosa Monteiro de Bar­
ros, falecida a 22 de setembro de 1892; a segunda com Mariana
Teixeira, falecida em Itaperuna, na fazenda Porto Alegre, a 4-

i
— 371 —

de setembro de 1921, filha de Francisco Augusto Teixeira e de


Maria Tereza Monteiro de Barros, filha, esta, de Carlos Au­
gusto Monteiro de Barros, que era pai de Rosa, l.a mulher.
Carlos Augusto, como ficou dito no Cap. 8, § 6, era filho
do Desembargador José Maria Monteiro de Barros e de Rosa
Ursula de Almeida Macedo.
Faleceu o Coronel Luiz Eugênio a 23 de fevereiro de 1916,
havendo:
1-1 Abel Monteiro de Barros
Batizado em 1882 em São Cristovão, Rio de Janeiro.
Proprietário da fazenda ‘São Bernardo’ em Rezende. Ca­
sou com Otacília Dimas, falecida a 17 de outubro de 1934,
filha de Américo Rodrigues Dimas e de Rita de Souza Di­
mas. T em :
2-1 Dinah Monteiro de Barros
Casou com seu primo Milton Teixeira Monteiro de
Castro, filho de José Eugênio Monteiro de Castro e
de Felismina Teixeira Monteiro de Barros, citados no
Cap. 49, § 4.°, onde consta a geração.
2-2 Lídia Monteiro de Barros
Casou com Walter Spiller, filho de Eduardo Spiller
Júnior e de Ida Hatschineck Spiller, acreditados co­
merciantes de joias. Tem:
3-1 Valery Monteiro Spiller
3-2 Maria Tereza Monteiro Spiller
3-3 Carlos Alberto Monteiro Spiller
3-4 Luiz Eduardo Monteiro Spiller.
2-3 Luiz Américo Monteiro de Barros
Casou com Felicia Ferreira, filha de Agostinho Fer-
reira e de Catarina Ferreira, tendo:
3-1 Otacília Monteiro de Barros
3-2 Lúcia Monteiro de Barros
3-3 Carlos Augusto Monteiro de Barros
3-4 Isa Monteiro de Barros
3-5 Américo Luiz Monteiro de Barros.
2-4 Abel Monteiro de Barros Júnior
Casou no Rio de Janeiro a 10 de maio de 1946 com
Gilda Pereira das Neves, nascida no Distrito Federal
a 3 de novembro de 1925, filha do Contra-Almiran­
te Guilherme B. Pereira das Neves, nascido no Rio a
30 de junho de 1885 e ai casado, a 21 de janeiro de
1920, com Luisa Paiva Costa Pereira das Neves, nas­
cida no Rio em 1893; neta paterna do Dr. Francisco
da Costa Barros Pereira das Neves e de Benvinda
— 372 —

Bastos das Neves; neta materna de Bento Albino da


Gasta Júnior e de Alzira Henrique de Paiva.
O Dr. Francisco da Costa Barros Pereira das Neves,
formado em Medicina, médico da ‘Saúde do Porto’ do
Rio de Janeiro, exerceu a profissão durante muitos
anos na Capital do país, conseguindo grangear a es­
tima pública e consideração pelo seu genio caritativo
e bondoso; recebeu a honra e distinção de prestar ser­
viços clínicos durante largo periodo, às freiras do Con­
vento da Ajuda; ele e o Bispo eram os dois únicos
representante do sexo masculino que podiam penetrar
na clausura.
No dia 25 de junho de 1901 exalou o ultimo suspiro
D. Benvinda Bastos das Neves, esposa do Dr. Francis­
co. As boas monjas da Ajuda aproveitaram a oportu­
nidade para prestar inequívoca manifestação de apre­
ço, estima e de piedade a seu dedicado facultativo: no
30.° dia do passamento de D. Benvinda mandaram ce­
lebrar na capela do Convento, cujas portas se abriram
ao público e a inúmeros amigos e admiradores, solene
rnissa de “Requiem”, em sufrágio de sua. alma.
Filhos do casal Abel-Gilda:
3-1 Vera Lúcia das Neves Monteiro de Barros
Nasceu no Rio de Janeiro a 27 de janeiro de 1947
e faleceu a 2 de fevereiro do mesmo ano.
3-2 Maria Lúcia das Neves Monteiro de Barros
Nasceu no Rio a 14 de julho de 1948.
1-2 Miguel Eugênio Monteiro de Barros ,
Batizado em 1885 em S. Cristovão, Côrte.
Casou com Ana Beralda Lopes, tendo:
2-1 Rosa Monteiro de Barros
Casou com o Dr. Adalto Vale Mota
2-2 Yolanda Monteiro de Barros
2-3 Luiz Monteiro de Barros
2-4 Miguel Monteiro de .Barros
1-3 Luiz Eugênio Monteiro de Barros
Casou com Iracema Maciel Monteiro de Barros.
Filhos:
2-1 Rubens Monteiro de Barros
Casou com Ady Pereira Leite, tendo:
3-1 Ady Monteiro de Barros.
2-2 Alaide Monteiro de Barros
Casou com Hélio Balard Fontoura, tendo:
3-1 Armando Monteiro Fontoura.
— 373 —

2-3 Alair Monteiro de Barros


Casou com Almir Barbosa
2-4 Atilio Monteiro de Barros
Casou com D. Nída Guimarães, tendo:
3-1 Atilio Monteiro de Barros.
2-5 Aloisio Monteiro de Barros
2-6 Luiz Monteiro de Barros
2-7 Iracema Monteiro de Barros.
1-4 Edéa Monteiro de Barros
Faleceu a 19 de outubro de 1929. Foi casada com o Dr.
Abelardo Aceta.
1-5 Coronel Romualdo Monteiro de Barros
Quinto filho do Coronel Luiz Eugênio. Lavrador de ca­
fé; proprietário da importante fazenda ‘Porto Alegre’, ao
lado da cidade de Itaperuna.
Nesta cidade casou, a 14 de fevereiro de 1914, com Maria
da Cunha Monteiro de Barros, filha de Apolinário Cunha
e de Maria Virgínia de Oliveira Cunha.
Transferiu residência para a cidade de Niterói, Praia do
Icaraí, 483, onde faleceu a 17 de maio de 1947, havendo:
2-1 Petrónio Monteiro de Barros
Reside em Itaperuna. Casou com Andrea Fernandes
Monteiro de Barros, filha de Alfredo Fernandes e de
Elvira Bastos Fernandes. Tem:
3-1 Romualdo Luiz Fernandes Monteiro de Barros
Nasceu a 1 de fevereiro de 1941.
2-2 Rosa Monteiro de Barros
Casou em Itaperuna a 26 de abril de 1939 com o Dr.
Luizino Ferraz bacharel em Direito, advogado, filho
de Luiz Ferraz e de Alcina Tinoco Ferraz. Filhos:
3-1 Carmen Lígia de Barros Ferraz
Nasceu a 20 de março de 1941
3-2 Luiz de Barros Ferraz
Nasceu a 22 de abril de 1942.
2-3 Dr. Luiz Monteiro de Barros
Formado em Direito. Casou na cidade de Itaperuna a
30 de setembro de 1941 com Célia Martins Monteiro
de Barros, filha de Carlito Crespo Martins e de Ma­
ria Isabel Martins. Filhos:
3-1 Eugênia Martins Monteiro de Barros
Nasceu a 11 de janeiro de 1943
3-2 Carlos Martins Monteiro de Barros
Nasceu a 8 de janeiro de 1944
374 —

3-3 Luiz Martins Monteiro de Barros


Nasceu a 3 de abril de 1945.
2-4 Aloísio Monteiro de Barros
Fazendeiro e lavrador de café. Casou na mesma cida­
de a 19 de junho de 1945, com Dení de Paula, filha de
Júlio Olivier de Paula e de Atéria Olivier de Paula.
2-5 Marília Monteiro de Barros
Nasceu a 12 de novembro de 1928
2-6 Maria Edéia Monteiro de Barros
Nasceu a 24 de novembro de 1929
2-7 Romualdo Monteiro de Barros Júnior
Nasceu a 14 de junho de 1931.
1-6 Maria Eugenia Monteiro de Barros
Do segundo casamento teve o Coronel Luiz Eugênio Mon­
teiro de B arros:
1-7 Francisco Augusto Monteiro de Barros
Casou com Brigida Beralda Lopes. Tiveram:
2-1 Dinah Monteiro de Barros.
1-8 Antonio Monteiro de Barros
Casou com Jaci Maciel Monteiro de Barros, tendo:
2-1 Atílio E. Monteiro de Barros
Casou com Geni Pacheco, tendo:
3-1 Antonio Sérgio.
2-2 Alei Mariana Monteiro de Barros
Casou com Alfredo Augusto Bacelar Júnior, tendo:
3-1 Alei.
2-3 Adílio Monteiro de Barros
Casou com Iolanda Gonçalves Ferreira, tendo:
3-1 Cibele Ferreira Monteiro de Barros.
1-9 José Monteiro de Barros
Casou com outra Geni, de familia sirio libanesa, fendo:
2-1 Luiz Eugênio
\ 2-2 Vera Lúcia
2-3 José Carlos.
1-10 Maria Aparecida Monteiro de Barros
Casou com o Capitão Raimundo Lopes Ribeiro Júnior.
Sem geração.
1-11 Carlos Augusto Monteiro de Barros
Casou com Waleska Brasil, já falecida, tendo:
2-1 Regina Coeli.
1-12 Clovis Monteiro de Barros
Casado. Reside em Vitória (Espirito Santo).

i
C apítulo 17

DR. JOÃO BA TISTA M ON TEIRO DE BARROS

Terceiro filho — a ser estudado — dos Barões de Parao-


peba.
Nasceu em Congonhas do Campo e matriculou-se na Uni­
versidade de Coimbra em 1819. Pela data desta matricula, pa­
rece-nos que seja mais velho do que Francisco (Cap. 15) e
Miguel (Cap. 16), matriculados em 1820 e em 1822, respecti-
vamente.
Por esse motivo e por falta de dados, não podemos afir­
mar que seja o terceiro filho pela ordem de nascimento; é o
terceiro a ser estudado; esta regra aplicaremos aos demais.
Já era falecido o Dr. João quando seu pai escreveu o tes­
tamento, 1855.
Casou com a prima Maria do Carmo Monteiro Nogueira
da Gama, filha do Dr. Mateus Herculano Monteiro da Cunha
Matos (irmão do Barão de Paraopeba) e de Maria Custódia
Nogueira da Gama. Vide o Cap. 12.
Deste casamento procedem quatro filhos:
§ 1 — Major Romualdo Batista Monteiro Nogueira da
Gama
§ 2 — Alaria Custódia Monteiro Nogueira da Gama
§ 3 — Ana Margarida Monteiro Nogueira da Gama
§ 4 — Francisca Monteiro Nogueira da Gama.'
* * *

§ 1 — Major Romualdo Batista Monteiro Nogueira da Gama


Casou com Maria Custódia Monteiro Nogueira da Gama,
sua prima, filha de Francisco Xavier Monteiro Nogueira da Ga­
ma e de Ana Maurícia do Carmo; neta paterna do acima re­
ferido Dr. Mateus Herculano Monteiro da Cunha Matos e de
Maria Custódia Nogueira da Gama. Vide Cap. 11, § l.°.
— 376 —

Faleceu a 20 de julho de 1897, deixando:


1-1 Ana Maurícia Monteiro Nogueira da Gama
Casou com Guilherme Frederico de Miranda Monteiro de
Barros, filho do Dr. Francisco de Paula Monteiro de Bar-
ros e de Ana Carlota de Miranda; neto paterno dos refe­
ridos Barões de Paraopeba. Vide o Cap. 15, § 6, onde
consta a geração.
1-2'Eduardo Eugênio Monteiro Nogueira da Gama
Casou com Maria Benedita Monteiro Nogueira da Gama,
filha do primeiro matrimónio de Mateus Xavier Monteiro
Nogueira da Gama (irmão de Maria Custódia, mãe de
Eduardo Eugênio) e de Maria Benedita Monteiro de Pai­
va, citados no Cap. 11, § 2.°. Filhos:
2-1 Antonio Eugênio Monteiro Nogueira da Gama
Casou com Policena de Paiva Gama, tendo:
3-1 Zilda de Paiva Gama
Casou com o comerciante no Rio de Janeiro Ni­
lo Regatieri, de origem italiana, tendo três filhos:
4-1 Angela Maria
4-2 Maria José
4-3 Maria de Lourdes.
3-2 Homero de Paiva Gama, falecido.
3-3 Maria Zilma Paiva Gama
3-4 Antonio Carlos Paiva Gama.
2-2 Tito Livio, falecido.
2-3 Romualdo Monteiro da Gama
Casou com Maria Vitória Paiva Gama, tendo :
3-1 Eugênia Paiva Gama
3-2 Eunice Paiva Gama
Casou com Heitor Monteiro Nogueira da Gama,
tendo:
4-1 Paulo Eduardo Monteiro Nogueira da Gama
4-2 José Maria Monteiro Nogueira da Gama
4-3 Aldo Monteiro Nogueira da Gama
4-4 Romualdo Batista Monteiro Nogueira da Ga­
ma
4-5 Alceu Monteiro Nogueira da Gama
4-6 Marcus Monteiro Nogueira da Gama.
3-3 Laerte Paiva Gama
Casou com Maria Celita Teixeira Gama, tendo r
4-1 Sérgio Luiz Teixeira Gama.
3-4 Djalma Paiva Gama
Casou com Yvette Gomes e Gama, tendo:
4-1 Virgílio Romualdo Gomes e Gama
4-2 Lineu Gomes e Gama
4-3 Maria Vitoria Gomes e Gama
4-4 Eito Eugênio Gomes e Gama.
3-5 Maria da Glória Paiva Gama
Casou com Marcos Canetti, agrónomo, tendo:
4-1 Marília Gama Canetti.
3-6 Maria de Lourdes Paiva Gama
3-7 Clovis Paiva Gama
3-8 Margarida Maria Paiva Gama.
2-4 Francisca Gama de Lacerda. Casada com Francisco
Teixeira Lacerda, ambos falecidos, sem geração.
2-5 Honorino Monteiro Nogueira da Gama
Casou com Celina de Menezes e faleceu sem deixar fi­
lhos.
2-6 Heitor Monteiro da Gama
Casou com Zilah Paiva Gama, tendo:
3-1 Geraldo Antonio Paiva Gama
3-2 Maria Bernardette Paiva Gama
3-3 Maria Stela Paiva Gama
3-4 José Augusto de Paiva Gama
3-5 Maria da Penha de Paiva Gama
3-6 Maria do Carmo de Paiva Gama.
2-7 Eduardo Monteiro da Gama
Casou com Vicentina de Paiva Gama, tendo:
3-1 Terezinha de Paiva Gama
3-2 Eduardo Monteiro de Paiva Gama
3-3 Geraldo de Paiva Gama.
1 3 Dr. Mateus Herculano Monteiro Nogueira da Gama
Formado em Medicina. Foi casado com Olimpia de Matos
Kely e deixou os seguintes filhos:
2-1 Julieta (Santinha)
2-2 Alice. Faleceu solteira aos 16 anos.
2-3 Dewet Monteiro Nogueira da Gama
Casado e com geração. Sem mais notícias.
2-4 Olimpio Batista Monteiro Nogueira da Gama
Foi casado e deixou duas filhas.
2-5 Luiz. Morreu aos 17 anos.
1-4 Francisca de Paula Monteiro Nogueira da Gama v
Casou duas vezes. A primeira na Igreja da Glória, Rio de
Janeiro, a 19 de janeiro de 1884, com o Dr. José Batis­
ta de Amoroso Lima, nascido na mesma cidade a 24 de
dezembro de 1853, filho de Manuel José de Amoroso Li­
ma, nascido em Ponte de Lima, Portugal, a 30 de abril
de 1823, falecido em Paris a 13 de fevereiro de 1891 e de
— 378 —

Maria José Castelões, nascida no Rio de Janeiro a 31 de


julho de 1835 e falecida em Petrópolis a 21 de março de
1910, agraciados pelo governo português com o título de
Viscondes de Amoroso Lima; neto paterno de José Luiz
Amoroso e de Maria Antonia de Souza; neto materno de
José Batista Martins de Souza Castelões, nascido em São
João Batista de Castelões, Portugal, em 1806 e falecido
no Rio de Janeiro a 4 de janeiro de 1878, casado nesta
ultima cidade a 13 de abril de 1833 (Candelária) com
Francisca de Paula Cordeiro, nascida em Itabira de Ma­
to Dentro, Minas Gerais, a 2 de dezembro de 1801 e fa­
lecida no Porto, Portugal, a 1 de fevereiro de 1865.
Esta D. Francisca de Paula Cordeiro era filha do Capi--
tão Roque Antonio Cordeiro, natural da freguesia de São
Pedro de Sendim, Miranda do Douro, que veio ao Brasil
como fiscal régio do quinto do ouro em Minas Gerais,
no lugar Curral d’El Rei (hoje Belo Horizonte), aí ca­
sado com Maria Angélica de Sant’Ana, falecida no Rio
de Janeiro a 21 de janeiro de 1854, filha de João Pinto
de Sampaio, português, de Braga, e de Eugênia Angéli­
ca de Sant’Ana, natural de Congonhas de Sabará.
Segunda vez casou o n. 1-4, com José Cesário de Miran­
da Lima, filho do Comendador Francisco de Paula Lima^
tendo só uma filha, incrita, adiante, no Cap. 22, § 5. Fi­
lhos do primeiro enlace:
2-1 Regina Amoroso Lima
Nasceu no Rio de Janeiro a 1 de julho de 1885 e ca­
sou na cidade de Pomba, Minas Gerais, a 23 de de­
zembro de 1906 com Antonio Anastácio, filho de Do-
nato Anastácio e de Filomena Giudice. Filhos:
3-1 Geraldo Magela Amoroso Anastácio
Oficial do Exército. Nasceu a 14 de novembro
de 1907. Aspirante a 21 de janeiro de 1930; 2.°
Tenente a 24 de julho de 1930; l.° Tenente a
13 de agosto de 1931; Capitão a 24 de maio de
1937; Major, por merecimento, a 25 de junho
de 1945. Tem o curso de Cavalaria pelo Regu­
lamento de 1929 e pela Escola de Moto Meca­
nização. Serve no l.° B. C. C. (Almanaque do
Exército, 1946). Figurava no numero 153, na
lista dos Majores de Cavalaria.
Casou duas vezes. A primeira com Hercilia Bar-
ros Menezes, filha do Dr. Joaquim Gonçalves
de Menezes e de Maria José Barros de Menezes.
— 379 —

Deste casamente teve um filho:


4-1 Sérgio Luiz Amoroso Anastácio.
Segunda vez casou com D. Neisa Rebelo Pinho,
filha do Dr. Manuel Barbosa Pinho e de Odete
Rebelo Pinho. Tem dois filhos:
4-2 Murilo
4-3 Milton.
3-2 José Batista Amoroso Anastácio
Nasceu a 20 de dezembro de 1908. Perito Con­
tador, negociante e proprietário. Casou com D.
Nicia Reis Torres, filha de Vitorio Pareto Tor­
res e de Elvira Reis Torres. Tem:
4-1 José Batista
4-2 Nicia Regina
4-3 Antonio Vitorio
3-3 Dr. Luiz Amoroso Anastácio
Nasceu a 12 de julho de 1910. Bacharel em Di-
. reito. Casou com Geni Reis Hungria, filha do Dr.
Carlos Duque Hungria e de Rita Reis Hungria.
O Dr. Luiz enviuvando em 1938, entrou para a
Ordem de São Bento recebendo o nome de Dom
Timoteo, Sacerdote e Monge.
Carlos Duque Hungria é filho de Eduardo Tei­
xeira de Carvalho Hungria e de Maria Leopol-
dina Lage; neto paterno de José Hoffbauer e de
Guilhermina Teixeira de Carvalho.

Os Hungrias — Dois irmãos húngaros, João Car­


los Hoffbauer e José Hoffbauer, naturais da al­
deia de Tasswitz, na Moravia, chegaram ao Bra­
sil em princípios do século passado e foram re­
sidir em Bananal, onde permaneceram até 1830
mais ou menos. Nessa data o de nome José se­
guiu para a região de Juiz de Fora e aí depois
de casado com Guilhermina Teixeira de Carva­
lho. dedicou-se à agricultura na fazenda Mar­
melo. Deixou enorme geração da qual fazem
parte não só o Dr. Carlos Duque como também
o Dr. Nelson Hungria Hoffbauer, distinto ma­
gistrado no Distrito Federal, D. Maria Elisa, es­
posa do Dr. Eugênio Vilhena de Morais, opero­
so diretor do Arquivo Nacional, a quem tantos
obséquios devemos.
Outro irmão, João Hoffbauer ou João Hungria,
— 380 —

seguiu para Sorocaba, aí constituiu familia, dei­


xando vultosa prole, da qual, parte, descreve­
mos no livro “Tribunal de Relação” pág. 42, de
acordo com as informações de seus descenden­
tes, o Dr. José Soares Hungria, médico, depu­
tado estadual e do Cónego Luiz Castanho de Al­
meida.
Recebeu Dom Timoteo a primeira consagração,,
novê dias depois do falecimento de seu pai e can­
tou a primeira missa no mesmo dia em que ele,,
se fosse vivo, festejaria quarenta anos de casado..
3-4 Dr. Vicente de Paulo Amoroso Anastácio
Nasceu a 1 de janeiro de 1917.
Formado em Medicina. Também deixou o mun­
do e ingressou na Ordem de São Bento. Sacer­
dote e Monge: Dom Tito.
3-5 Otávio
3-6 Raimundo. Falecidos.
3-7 Mário Donato Amoroso Anastácio
Nasceu no Rio de Janeiro a 18 de maio de 1919..
Engenheiro agrónomo.
3-8 Maria Aparecida Amoroso Anastácio
Nasceu a 1 de julho de 1921. Diplomada pela
~~ Escola Normal do Distrito Federal. Casoú com.
o engenheiro agrónomo, Dr. Carlos Infante Viei­
ra, natural de Mar de Espanha, filho do Dr.
Afonso Infante Vieira, nascido em Mar de Es­
panha a 3 de junho de 1863, batizado a 23 do,
mesmo mês e ano, bacharel em Direito, forma­
do em São Paulo a 11 de março de 1886 e de
Olívia Infante Vieira; neto paterno do Dr. Fran­
cisco Infante'V ieira, matriculado na Faculdade
de Direito de São Paulo, no 4.° ano em 1857 e
formado em 1858. e :de sua mulher' Minelvina da.
Cunha Infante Vieira. :-, •. -
Este Dr. Francisco quando matriculou-se no 4.°'
ano (n. 23) declarou ser filho de José Infante da.
Silva Loureiro; no ano seguinte, o da formatu­
ra, declarou ser filho de José Infante Vieira, na­
tural da província do Rio (Dados colhidos no
arquivo da Faculdade de Direito de São Paulo,
na lista dos estudantes matriculados em 1857 e-
58 e finalmente em Almeida Nogueira, Tradi~
ções, 1-176.

nv
— 3 81 —

3-9 Paulo de Tarso Amoroso Anastácio


Nasceu no Rio de Janeiro a 5 de fevereiro de
1926. Estudante de Engenharia; oficial de re­
serva, reside no Rio de Janeiro.
.2-2 Maria de Amoroso Lima
Nasceu no Rio de Janeiro a 26 de julho de 1886
2-3 Manuel de Amoroso Lima
Nasceu no Rio de Janeiro a 20 de fevereiro de 1889.
Falecido.
2-4 Eduardo de Amoroso Lima
Nasceu a 13 de março de 1893. Casou a 27 de dezem­
bro de 1919 com Rita de Carvalho, filha de Cândido
Dias de Carvalho e de Petronilha Pires de Carvalho.
Filhos:
3-1 Maria José de Amoroso Lima
Nasceu a 3 de outubro de 1920 e casou com
Humberto Senra, filho de Franklin Senra e de
Maria Fausta de Jesus Senra. T em : M aurício;
Petronilha ; Humberto ; Maria do Carmo e Marcos.
3-2 Geraldo de Carvalho Amoroso Lima
Nasceu a 13 de março de 1923 e casou com Ma­
ria de Lourdes Costa, filha de Antonio Costa e
de Maria Mendes Costa.
3-3 Fábio de Amoroso Lima
Nasceu a 9 de agosto de 1924.
3-4 Manuel de Amoroso Lima
Nasceu a 25 de abril de 1927.
3-5 Marina de Amoroso Lima
Nasceu a 22 de janeiro de 1929.
3-6 José Batista de Amoroso Lima
Nasceu a 4 de abril de 1931.
3-7 Cândido de Amoroso Lima
Nasceu a 29 de setembro de 1933.
Todos dedicam-se à lavoura no município de
Pomba.
3-8 Beatriz. Falecida.
-2-5 Adélia de Amoroso Lima
Nasceu a 14 de setembro de 1895. Casou com Clovis
Machado, filho de Rodolfo Machado e de Maria Ma­
chado. Faleceu, deixando duas filhas:
3-1 Maria José Amoroso Machado
Nasceu a 16 de março de 1919. Professora Nor-
malista.
3-2 Cora Amoroso Machado
Nasceu a 6 de abril de 1920. Enfermeira diplo­
mada.
Do segundo matrimónio teve D. Francisca (1-4) só uma
filha, Ester, adiante citada, no Cap. 22, § 5, n. 1-7.
1-5 Julio Cesar Monteiro de Barros
Quinto filho do Major Romualdo Batista Monteiro No­
gueira da Gama, § 1.
Nasceu no município de Leopoldina a 20 de dezembro de
1864. Casou em São Pedro de Itabapoana (Espírito San­
to) a 14 de maio de 1890, com a prima Maria Custódia
de Miranda Ribeiro, nascida a 7 de fevereiro de 1872, em
Itaparica, Bahia, filha do Dr. João Batista Monteiro de
Miranda Ribeiro e de Arminda de Lemos, citados adian­
te, no Cap. 22, § 2.°.
Julio Cesar, a princípio se assinava' Julio Cesar Monteiro
Nogueira da Gama; como houvesse, porem, outro de igual
nome na mesma cidade, passou a se assinar Monteiro de
Barros, que adotou definitivamente. Filhos, alem de Ju-
lia (2-1) e Laura (2-2), mais:
2-3 Judith Monteiro de Barros
Nasceu em Leopoldina a 16 de abril de 1895 e fale­
ceu em 1935.
Casou em Porto Novo, em 1914, com Oscar de Al­
meida Santos, filho de Antonio e de Alzira de Al­
meida Santos: Tem:
3-1 Darcy Monteiro dos Santos
Nasceu em Porto Novo a 3 de abril de 1915 e
casou, a primeira vez, com Geralda e a segunda' na
mesma localidade com Yolanda Bessa, tendo uma
filha, Zélia, do primeiro e um filho, Murilo, do
segundo enlace.
3-2 Clovis Monteiro dos Santos
Nasceu em Porto Novo a 1 de março de 1920.
3-2 Silvio Monteiro dos Santos
Nasceu em Porto Novo a 5 de março de 1925.
3-3 Moacir Monteiro dos Santos
Nasceu em Macaé a 5 de outubro de 1930.
Alem destes, m ais: Oscar, Hélio, José e Odir, fale­
cidos' na infância.
2-4 Dr. Homero. de Miranda Monteiro de Barros
Nasceu em Angostura a 12 de fevereiro de 1897, for­
mou-se em Medicina e faleceu em 1932. Casou no Rio
de Janeiro a 1 de maio de 1926 com Orlinda Costa,
filha de Manuel da Costa e de Ana da Costa, portu­
gueses.
Tiveram uma filha, Nioba, falecida em tenra idade
e m ais:
3-1 Yvanil Monteiro de Barros
Nasceu em Porto Novo a 23 de julho de 1927.
3-2 Osiris Monteiro de Barros
Ali nasceu a 20 de setembro de 1930.
3-3 Stela Glaucia Monteiro de Barros
No mesmo lugar nasceu a 8 de setembro de 1932.
2-5 Ruth Monteiro de Barros, na'sceu em Angostura a 24
de março de 1899
2-6 Zilda Monteiro de Barros
Nasceu em Angostura a 28 de janeiro de 1900 e fa­
leceu em 1938.
Casou a 23 de setembro de 1923, em Porto Novo,
com Antonio Egidio Rodrigues, tendo, alem de An-
tonio, falecido na infância, m ais:
3-1 Julio Cesar Monteiro de Barros Rodrigues.
Nasceu em Porto Novo a 24 de outubro de 1925.
3-2 Roberto Monteiro de Barros Rodrigues
Nasceu em Porto Novo a 11 de fevereiro de 1928.
3-3 Maria José Monteiro de Barros Rodrigues
Nasceu em Porto Novo a 7 de outubro de 1929.
3-4 Maria Lúcia Monteiro de Barros Rodrigues
Nasceu em Porto Novo a 15 de julho de 1933.
2-7 Carmelita Monteiro de Barros
Nasceu em Angostura a 19 de julho de 1902.
2-8 Corina Monteiro de Barros
Nasceu em Angostura a 29 de fevereiro de 1904.
2-9 Dulce Monteiro de Barros
2-10 Hamilton Monteiro de Barros
Nasceu em Angostura a 7 de junho de 1907.
2-11 Silvio Monteiro de Barros
Nasceu em Porto Novo a 2 de novembro de 1909.
2-12 Alynthor Monteiro de Barros
Nasceu em Porto Novo a 2 de junho de 1911.
2-13 Dr. Wilson de Miranda Monteiro de Barros
Nasceu em Porto Novo a 17 de julho dt 1913 e ca­
sou no Rio de Janeiro a 7 de junho de 1941, com Ma­
ria Aparecida Tavares da Silva, nascida em Leopol-
dina a 23 de dezembro de 1914, filha de José Bernar­
dos da Silva e de Alcina Tavares. T em :
3-1 Júlio Cesar
384

3-2 Maria Tereza.


1-6 Sebastião Monteiro Nogueira da Gama
Nasceu a 11 de agosto de 1867 e casou em Leopoldina com
sua prima Carlota Manso Monteiro da Costa Reis, filha
de Bernardo Manso Monteiro da Costa Reis e de sua pri­
meira esposa Maria José Monteiro de Miranda B (beiro,
neta do Visconde de Uberaba. Vide o Cap. 22, § 2.°. Fi­
lhos :
2-1 Romualdo Batista Monteiro Nogueira da Gama
Nasceu na fazenda Conceição, Angostura a 4 de ju­
nho de 1895 e casou em Teixeiras a 7 de novembro de
1925, com a prima Carmen Nogueira da Gama, filha
de Braz Monteiro Nogueira da Gama e de Alda Au­
gusta Monteiro da Gama, citados no Cap. 11, § 3.°,
n.° 1-2. Filhos:
3-1 Maria da Conceição Monteiro Nogueira da Gama
Nasceu em Cataguazes a 28 de dezembro de 1927.
3-2 Sebastião Monteiro Nogueira da Gama
Nasceu em Cataguazes a 31 de agosto de 1929.
3-3 Maria da Penha Monteiro Nogueira da Gama
Nasceu em Cataguazes a 18 de novembro de 1931.
3-4 Maria José Nogueira Monteiro da Gama
Nasceu em Piedade de Ponte Nova a 23 de no­
vembro de 1934.
3-5 Maria do Carmo Monteiro Nogueiro da Gama
Nasceu no mesmo lugar a 7 de fevereiro de 1938.
3-6 José Luiz Monteiro Nogueira da Gama
Nasceu em Trimonte a 30 de abril de 1944.
2-2 Oswaldo Manso Monteiro Nogueira da Gama
Nasceu em Angostura a 8 de junho de 1894.
Exerceu o cargo de coletor em Alem Paraiba.
Casou em São José de Alem Paraiba a 29 de julho
de 1929 com Sofia Fernandes, filha de Antonio José
Fernandes e de Emiliana Maria Fernandes. Tem uma
filha:
3-1 Maria do Carmo Fernandes Monteiro da Gama
Nasceu em Alem Paraiba a 13 de julho de 1030.
2-3 Arnaldo Manso Monteiro Nogueira da Gama
Nasceu na fazenda Bom Destino, Leopoldina, a 21 de
agosto de 1896 e casou no Rio de Janeiro a 23 de. se­
tembro de 1926, com D. Nila Martins Maia, filha de
Manuel José Martins Maia e de Carolina Rosa An­
tunes Martins ; neta paterna de José Joaquim Mar­
tins Maia e de Maria Rosa Vilela; neta materna de
— 385 —

João Batista Antunes e de Ermelinda Rita Antunes.


Sem geração.
2-4 Bernardo, falecido solteiro.
2-5 Nivaldo Manso Monteiro Nogueira da Gama
2-6 Dr. Reinaldo Manso Monteiro Nogueira da Gama.
Médico formado no Rio.
Nasceu em Alem Paraiba a 3 de junho de 1905. Ca­
sou em Angostura a 22 de maio de 1934 com Eunice
Cortes de Araújo, filha de Antonio Domingues de
Araújo e de Maria Guilhermina Teixeira Cortes de
A raújo; neta paterna de José Salatiél de Araújo e de
Maria Amélia Domingues de Araújo; neta materna
de A rtur Augusto de Figueiredo Cortes e de Ana Es-
méria Teixeira' Cortes. Filhos:
3-1 Angela
Nasceu em Angostura a 2 de fevereiro de 1935.
3-2 Márcio Augustinho
Nasceu em Angostura a 4 de março de 1936.
3-3 Flávia
Nasceu em Alem Paraiba a 12 de março de 1938.
3-4 Lêncio
Nasceu em Alem Paraiba a 2 de dezembro de 1939.
3-5 Gláucio
Nasceu em Alem Paraiba a 3 de julho de 1945.
2-7 Celanira Nogueira da Gama
2-8 Aguinaldo Nogueira da Gama
2-9 Everardo Nogueira da Gama
2-10 Eleonora. Falecida solteira.
2-11 Alaide Monteiro Nogueira da Gama.
1-7 Capitão Romualdo José Monteiro Nogueira da Gama
Nasceu na fazenda “Bom Destino”, município de Leopol-
dina, a 1 de outubro de 1871. Capitão da antiga Guarda
Nacional; exerceu durante muitos anos o cargo de l.° ta­
belião de notas e oficial do Registro de Imóveis da comar­
ca de Alegre (Espírito Santo). Casou na fazenda “Pedra
Negra”, município de Mimoso do Sul (antigo São Pedro
de Itabapoana) a 30 de janeiro de 1897 com Amélia de
Almeida Monteiro da Gama, nascida na fazenda “Jacutin­
ga”, Mimoso do Sul, a 12 de outubro de 1880, filha de
Ananias Ferreira de Almeida e de Lucila Cândida Mon­
teiro de Almeida, filha, esta, de Nicolau Xavier Montei­
ro Nogueira da Gama e de Cândida Umbelina de Paiva,
citados no Cap. 11, § 5.°.
O Capitão Romualdo e Exma. consorte tiveram a ventu­
386 —

ra de festejar as bodas de ouro, no dia 30 de janeiro de


1947, rodeados dos oito filhos, doze netos, alem de outros
parentes e amigos. Seus filhos:
2-1 Olga da Gama Chaves
Nasceu na fazenda “Pedra Negra”, Mimoso do Sul,
a 2 de fevereiro de 1898. Diplomada pela Escola Nor­
mal Nossa Senhora Auxiliadora, de Vitória, capital
do Estado do Espírito Santo, em 1917. Casou em Ale­
gre no dia 12 de setembro de 1919 com o Dr. Mes­
sias Lins de Oliveira Chaves. Faleceu a 27 de outu­
bro de 1931, sem deixar filhos.
2-2 Hermínia de Almeida Gama
Nasceu na fazenda “Catuné”, município e comarca
de Mimoso do Sul, a 25 de abril de 1900. Professo­
ra Normalista diplomada pela mesma Escola Normal
acima referida, em 1918. Casou em primeiras núpcias
em Alegre, a 2 de setembro de 1922, com Mahuel Tei­
xeira de Lacerda, tendo dois filhos:
3-1 Maria Emília de Lacerda
Nasceu a 22 de junho de 1923 em Alegre. Fun-
cionária no Ministério da Fazenda, no Rio de
Janeiro.
3-2 Renato da Gama Lacerda
Nasceu em 6 de maio de 1925, em Alegre. No
ano de 1947 frequentava o l.° ano da Faculdade
Nacional ■de Arquitetura.
Em segundas núpcias, casou D. Hermínia (2-2), no Rio
de Janeiro, no dia 4 de outubro de 1927, com Pedro Lacerda Ro­
cha, tendo dois filhos:
3-3 Pedro Paulo Rocha
Nasceu em Alegre a 6 de agosto de 1928, aluno
do l.° ano da Escola de Aeronáutica do Rio de
Janeiro.
3-4 Gilda Lacerda Rocha
Nasceu a 8 de maio de 1931 em Alegre, aluna.
no Ginásio Santa Isabel em Petrópolis.
2-3 Sílvia da Gama Campos
Nasceu em Alegre a 3 de novembro de 1909. Profes­
sora Normalista pela Escola Normal Nossa Senhora
Auxiliadora de Vitória (E. S.) em 1928. Casou em
Alegre, no dia 30 de janeiro de 1933 com o Dr. Car­
los de Carvalho Campos, Inspetor da Sul América,
Seguros de Vida, residindo em 1947 na cidade de Pe-
tropólis. Filhos:
3-1 Carlos da Gama Campos
Nasceu a 30 de janeiro de 1937 em Alegre.
3-2 Sílvio da Gama Campos
Nasceu na mesma cidade a 15 de fevereiro de
1943. -
2-4 Dr. Oscar de Almeida Gama
Nasceu a 15 de fevereiro de 1913 em Alegre.
Fez o curso ginasial no Colégio São José no Rio de
Janeiro, no Colégio Pedro Palácios em Cachoeira do
Itapemirim e no Ginásio Leopoldinense (M inas). No
. ano de 1936 formou-se em Direito na Faculdade de
Niterói. Atual serventuário vitalício do l.° ofício de
notas da comarca de Alegre, com as funções de ofi­
cial do Registro de Imóveis, oficial do Registro de Tí­
tulos, e oficial de Protesto de Letras. Casou, na mes­
ma localidade, no dia 20 de outubro de 1938 com Ma­
ria da Conceição Pinheiro Gama, filha de Arnolfo
Corrêa Pinheiro e de Guilhermina Francisca de As­
sis, já citados no Cap. 11, § 5. n.° 1-4.
Filhos, todos nascidos em A legre:
3-1 Romualdo José Pinheiro Gama
Nasceu a 1 de novembro de 1939.
3-2 Olga Maria Pinheiro Gama
Nasceu a 4 de janeiro de 1941.
3-3 Márcio Pinheiro Nogueira da Gama
Nasceu a 1 de novembro de 1943.
3-4 Elisabeth Maria Pinheiro Gama
Nasceu a 12 de dezembro de 1946,
2-5 Lélia da Gama Figueira
Nasceu em Alegre a 28 de setembro de 1914. Diplo­
mada em 1933 na mesma Escola Normal acima cita­
da. Casou em Alegre no dia 27 de dezembro de 1944,
com Teófilo Panaro Figueira, serventuário vitalício
do l.° cartório de notas e escrivão da comarca de Ita-
guaí, Estado do Rio de Janeiro, com as funções tam­
bém de oficial de Registro de Imóveis.
2-6 Dr. Romualdo Gama Filho
Nasceu a 25 de janeiro de 1918 em Alegre. Fez o
curso ginasial no Ginásio Municipal Leopoldinense e
no Ginásio municipal Carangolense. Recebeu o diplo­
ma de Bacharel em Ciências Juridicas e Sociais, na
Faculdade de Direito de Niterói, em 1938. Membro do
Conselho do Instituto dos Advogados.
Casou no Rio de Janeiro a 3 de abril de 1943 com
388 —

Hermenegilda Braga. Reside no Rio de Janeiro, on­


de exerce a profissão de Advogado.
2-7 José Ananias de Almeida Gama
Nasceu a 7 de novembro de 1919 em Alegre. Fez o
curso ginasial no Internato D. Pedro II, Rio, no Gi­
násio Municipal de Alegre e no Ginásio Muniz Frei­
re, de Cachoeiro de Itapemerim. Tem o curso de Con­
tador pela Escola Comercial de Cachoeiro do Itape-
mirim (1944). Exerce o cargo de .Contador da agên­
cia do Banco do Brasil em Alegre. Casou em Cacho­
eiro do Itapemirim no dia 2 de junho de 1942 com
Maria da Penha Barbosa Gama, tendo dois filhos:
3-1 José Carlos Barbosa Gama
Nasceu em Cachoeiro do Itapemirim a 2 de abril
de 1943.
3-2 Regina Célia Barbosa Gama
Nasceu em Bom Jesus de Itabapoana, Estado do
Rio, a 3 de outubro de 1944.
2-8 Olavo de Almeida Gama
Nasceu a 7 de março de 1922 em Alegre. Fez o curso
ginasial no Ginásio Carangolense e no Colégio Plí­
nio Leite, em Petrópolis. Tem o diploma de Conta­
dor, pela Academia de Comércio de Juiz de Fora
(1943) e o Curso Superior de Administração e Fi­
nanças, pela Academia do Comércio do Rio de Ja­
neiro (1946). Oficial de Reserva do Exército Brasi­
leiro (C. P. O. R .), do Rio. Exerce o cargo de es­
crevente juramentado do l.° ofício de notas da co­
marca de Itaguaí.
Casou no Distrito Federal, na Igreja Matriz <Je Nos­
sa Senhora do Sagrado Coração de Jacarépaguá, no
dia 22 de maio de 1947, com Edna Augusta Bloom-
field, filha de Nathaniel Augusto Bloomfield e de Ed­
na Torres Bloomfield, residentes naquela freguesia.
Nathaniel Augusto Bloonfíeld, nasceu no Distrito Fe­
deral, Andaraí Grande, no dia 27 de janeiro de 1899,
filho de John Bloomfield e de Augusta Frederiche
Wilhelmine Bloomfield; néto paterno de Richard Za-
doc Bloomfield e de Elizabeth Bloomfield; neto ma­
terno de Peter Frederick Wilhelm Jensen e de Erike
Cristian Charlote Jensen.
Casou rio Distrito Federal, Cascadura, a 27 de maio
de 1922, com Edna Torres Bloomfield, filha de Joa­
quim Ferreira Torres e de Olivia da Fonseca' Torres;
— 389 —

neta paterna de Francisco Ferreira Torres e de Ma­


ria Leal Torres; neta materna de Lino Alves da Fon­
seca e de Francisca Ferreira da Fonseca.
2-9 Dr. João Celestino de Almeida Gama
Nasceu a 21 de maio de 1923 em Alegre, onde fez
todo o curso ginasial no Ginásio Municipal. Recebeu
o diploma de Contador na Academia de Comércio de
Juiz de Fora (1943). Funcionário do Banco do Bra­
sil em Cachoeiro do Itapemirim. Casou na mesma ci­
dade a 16 de maio de 1948 com Terezinha de Cam­
pos Caiado, filha do fazendeiro Carlos Caiado e de
Clarisse de Campos Caiado.
1-8 José Augusto Monteiro Nogueira da Gama
Nasceu a 12 de julho de 1873 e faleceu a 17 de outubro
de 1943.
Casou a 31 de outubro de 1903 com Ana Braga, nascida
a 6 de fevereiro de 1875, filha de Henrique José de Araú­
jo e de Cecília Marcionilia Braga. Alem de Aloísio, fa­
lecido menor, tiveram :
2-1 Inah Braga Monteiro Nogueira da Gama. Professo­
ra no Distrito Federal, no Colégio Melo e Souza.
2-2 Dr. Romeu Monteiro Nogueira da Gama
Nasceu a 1 de janeiro de 1907 e casou a 14 de julho
de 1938, com Dagmar Mendonça, filha de Randolfo
Furtado de Mendonça e de Ana Dutra Furtado de
Mendonça. Tem:
3-1 José Augusto Nogueira da Gama
Nasceu a 20 de junho de 1939.
3-2 Márcio Monteiro da Gama
Nasceu a 18 de março de 1941.
3-3 Maria do Carmo Monteiro Nogueira da Gama
Nasceu a 5 de agosto de 1942.
2-3 Dr. Alceu Monteiro Nogueira da Gama
Formado em Medicina. Nasceu a 1 de abril de 1911.
2-4 Dr. José Augusto Monteiro Nogueira da Gama
Nasceu em 1912 e faleceu, no Rio, a 10 de novem­
bro de 1943.
2-5 Isa Monteiro Nogueira da Gama
Nasceu a 28 de novembro de 1922.
2-6 Nilza Monteiro Nogueira da Gama
Nasceu a 19 de julho de 1925.
1-9 Francisco Xavier Monteiro Nogueira da Gama. Ultimo fi­
lho do Major Romuaklo Batista Monteiro Nogueira da
Gama, § l.°, do Cap. 17. Falecido.
3 9 0 —

§ 2 — Maria Custódia Monteiro Nogueira da Gama


Casou com o Coronel José Cesário Monteiro dé Miranda
Ribeiro, filho do Visconde de Uberaba e de sua primeira mu­
lher. Com geração no Cap. 22, § 2.°.

§ 3 — Ana Margarida Monteiro Nogueira da Gama


Faleceu solteira.

§ 4 — Francisca Monteiro Nogueira da Gama


Também faleceu solteira, antes do avô, o Barão de Pa-
raopeba.
Capítulo 18

DR. A N TO N IO JO S E ’ DA FONSECA M ONTEIRO


DE BARROS

Quarto filho do Barão de Paraopeba.


Nasceu em Congonhas do Campo. Matriculou-se na Fa­
culdade de Direito da Universidade de Coimbra em 1820. Con­
quistado o diploma acadêmico regressou à patria e foi despa­
chado, primeiro posto, juiz de fora da cidade de Mariana, por
Carta! Imperial de 14 de novembro dç 1826, tomando posse a
6 de janeiro de 1827. Removido em igual posto para a comar­
ca de Vila Rica de Ouro Preto, assistiu, na qualidade de tes­
temunha, ao casamento de seu sobrinho Francisco Xavier (Cap.
11) ; a 9 de fevereiro de 1832, foi eleito presidente do Conse­
lho Geral da província de Minas, instituição que transformou-
se em Assembléia Legislativa provincial.
Casou com a prima Ana Helena Monteiro de Barros, sé­
tima filha dos Viscondes de Congonhas do Campo, tronco do
'Cap. 7. (Vide).
De seu casamento procedem dois filhos:

§ 1 — José Augusto Monteiro de Barros


§ 2 — Maria da Conceição Monteiro de Barros
* * *

§ 1 — Coronel José Augusto Monteiro de Barros

Serviu no Exército, atingindo à alta graduação de Coro­


nel de Engenheiros.
Casou duas vezes. A primeira com Rita Vidal Leite Ri­
beiro, filha do Capitão Francisco Leite Ribeiro e de Tereza
Ma'ria Vidal, já citados no Cap. l.°, § 3, onde consta a ascen­
dência. A segunda, com Gertrudes Soriano.
392 —

Aquela lhe deu dois filhos; esta, quatro:


1-1 Antonio Leite Monteiro de Barros
Comerciante no Rio de Janeiro com casa de comissões de
café, açúcar e generos do pais, que girava sob a firma
Monteiro de Barros, Costa e Canedo, Rua Municipal, 11
e 12 A, com os sócios Luiz Augusto Silva Canedo e Pau­
lo da Costa Oliveira Gonçalves.
Casou com Maria Ricarda e deste casamento não houve
prole.
1-2 Romualdo Leite Monteiro de Barros
Faleceu solteiro.
1-3 Ana Leonor Monteiro de Barros
Faleceu em São Paulo a 12 de dezembro de 1911. Casou
no Rio com Júlio Forster Vidal, filho de Francisco Fors-
ter Vidal e neto paterno de Manuel Pantaleão Vidal, ar­
gentino (que por motivos políticos passou ao Brasil) e
de Júlia Triboullet, francesa. Filhos:
2-1 Antonio Júlio Forster Vidal
. Casou no Rio de Janeiro a 21 de agosto de 1916, com
Amélia Pimentel, filha de Francisco Pimentel, por­
tuguês, e de Maria da Silveira Pimentel, fluminen­
se. Sem geração.
2-2 Ana Vidal Vieira
Nasceu no Distrito Federal a 8 de maio de 1897 e
casou em Terezopolis a 17 de março de 1931, com
Antonio de Araújo Vieira, filho de Antonio Esteves
de Araújo Vieira e de Maria da Glória de Araújo
V ieira; neto paterno de Antonio Maria de Araújo Vi­
eira e de Maria da Silva Vieira; neto materno de
José Lopes de Souza e de Maria Joaquina Lopes de
Souza.
Residem em Terezopolis, com os filhos:
3-1 José Vidal de Araújo Vieira
Nasceu, no Distrito Federal a 31 de dezembro
de 1931.
3-2 Luiz Vidal de Araújo Vieira
Nasceu em Terezopolis. a 31 de dezembro de
1934.
2-3 José Forster Vidal
Já falecido. Foi casado com Agueda Padilha Vidal,
tiiha de Ezequiel de Araújo Padilha e de Ana Marcon­
des Padilha. Tem:
3-1 Anete Padilha Vidal
Casou com Tomazino Viduari.
— 393 —

3-2 Ezequiel Padilha Vidal


Casou com Odete Chaves, filha de José Chaves
e de Alcinda Gomes Chaves. Tendo:
4-1 José Carlos
3-3 José Carlos Padilha Vidal
Casou com Leda Castro, tendo:
4-1 Josete.
3-4 Creso Padilha Vidal
Casou com Inah Carneiro.
3-5 Paulo Padilha Vidal.
1-4 Alice Monteiro de Barros
Foi a segunda esposa de Júlio Forster Vidal, viuvo de
Ana. Sem geração.
1-5 Carlos Monteiro de Barros
Casou na fazenda Natal, municipio de Monteverde, Es­
tado do Rio, a 31 de julho de 1894 com Leonor Furquim
de Almeida, filha de Aureliano Furquim de Almeida e de
Ana Barcelos Furquim de Almeida (em solteira, Ana Joa-
quina Alves Barcelos) ; neta paterna de outro Aureliano
Furquim de Almeida, casado em 1832 em Camandocaia,
hoje cidade de Jaguari, Minas, com Constança Bernardi-
na de Almeida, citados na “Genealogia. Paulistana” do Dr.
Silva Leme, 6-264, n.° 7-4 (Joaquina de Queiroz Almei­
da).
Filhos:
2-1 Alzira Monteiro de Barros
Nasceu a 14 de junho de 1895 e faleceu a 21 de ju­
nho de 1899.
2-2 Paulo Monteiro de Barros
Nasceu a 2 de abril de 1897 e faleceu a 2 de dezem­
bro de 1924.
2-3 Inah Monteiro de Barros
Nasceu a 12 de fevereiro de 1899 e faleceu a 23 de
outubro de 1899.
2-4 Sílvio Monteiro de Barros
Nasceu a 3 de junho de 1900 e faleceu a 10 do mes­
mo nuês e ano.
2-5 Maria de Lourdes Monteiro de Barros
Nasceu a 10 de maio de 1901. Casou em Barretos (E s­
tado de São Paulo), no dia 2 de maio de 1925, com
Mário Ferraz de Arruda Pinto, nascido em Piraci­
caba a 23 de abril de 1896, filho de Bento Ferraz de
Arruda, nascido no velho solar da fazenda “Milhã”
a 16 de fevereiro de 1857, casado em janeiro de 1882
— 3 9 4 —

com Ana Ferraz de Arruda e falecido a 2 de junho


de 1937; neto paterno do Sargento-Mor Fernando
Ferraz de Arruda e de Rita de Almeida Prado; ne­
to materno de Ricardo Pinto de Almeida e de Emí-
lia Augusta Pinto Cesar,- todos mencionados e estu­
dados em nosso livro “Lourenço de Almeida Prado”,
pág. 61. Filhos: t
3-1 Ana Helena Monteiro de Barros Ferraz de A r­
ruda
Nasceu a 8 de junho de 1926
3-2 Bento Carlos Ferraz de Arruda
Nasceu a 7 de junho de 1927.
3-3 Elias Ferraz de Arruda
Nasceu a 2 de jtínho de 1928.
3-4 João Paulo Ferraz de Arruda
Nasceu a 27 de junho de 1930.
3-5 Maria Ferraz de Arruda
Nasceu a 14 de outubro de 1931.
3-6 Heloisa Margarida
Nasceu a 9 de setembro de 1932.
2-6 Ana Monteiro de Barros
Nasceu a 22 de fevereiro de 1903. Casou em Barre­
tos a 22 de maio de 1926, com Osório de Carvalho
Homem, filho de Alfredo Carvalho Homem e de Au­
rora de Lacerda Homem, residentes em Jaboticabal,
, São Paulo.
Faleceu aos 3 de fevereiro de 1944, deixando:
3-1 Paulo Monteiro de Barros Carvalho Homem.
Nasceu no dia 6 de fevereiro de 1927.
3-2 Renato Monteiro de Barros Carvalho Homem
Nasceu a 30 de dezembro de 1927.
3-3 Lúcia de Carvalho Homem
Nasceu a 24 de outubro de 1935.
1-6 Isidoro Monteiro de Barros
Reside em Ribeirão Preto (São Paulo), funcionário apo­
sentado da Caixa Económica Federal. Aí casou com Ma­
ria Maistrello, filha de André Maistrello e de Antonia
Maistrello, da cidade e província de Pádua, Itália. T em :
2-1 Professor Romualdo Monteiro de Barros
Nasceu em Santa Rosa (São Paulo) a 19 de setem­
bro de 1900. Lente de Geografia no Ginásio Oficial
de Ribeirão Preto, secretário do Rotary Club local,
de 1935 a 36. Casou em Batatais a 7 de fevereiro de
— 3 9 5

1929, com Dinorah Sena, filha de José Bernardino de


Sena e de Júlia de Almeida Sena. Sem geração.
.2-2 Esmeralda Monteiro de Barros
Casou em Ribeirão Preto com o Dr. Euvaldo Marti-
nelli, formado em Medicina, conceituado clínico. Fi­
lhos :
3-1 Carlos Eduardo Martinelli
3-2 Carmen Silvia Martinelli.
2-3 Eduardo Monteiro de Barros
Faleceu solteiro a 8 de março de 1916, vitimado por
um acidente de arma de fogo.
2-4 Mario Monteiro de Barros
Nasceu em São Simão (São Paulo) a 27 de julho
de 1905. Abraçou a carreira bancária, sub-gerente do
Banco do Distrito Federal em São Paulo e Banco
Bandeirante, em Campinas. Casou em São Paulo a
7 de janeiro de 1936, com Maria de Lourdes Araújo
Santos Pereira, nascida a 26 de junho de 1912, filha
do Dr. Edmundo Dantés dos Santos Pereira, advo­
gado em São Paulo e de Saturnina Araújo dos San­
tos Pereira; neta paterna de Joaquim José dos Santos
Pereira e de Venturosa dos Santos; neta mater­
na de Firmino Gonçalves, de antiga família de Ser­
ra Negra (Vide o Liv. 15, de casamentos do distri­
to de Perdizes, fls. 92 v„ ass. 1450). Tem cinco fi­
lhos :
3-1 Maria Luisa Pereira Monteiro de Barros
Nasceu em Santa Rosá a 9 de outubro de 1937
3-2 Maria Elza Pereira Monteiro de Barros
Nasceu em Santa Rosa a 11 de novembro de
1939.
3-3 Mario Sérgio Pereira Monteiro de Barros
Nasceu em São Paulo a 16 de dezembro de 1941.
3-4 Maria Augusta Pereira Monteiro de Barros
Nasceu em São Paulo a 6 de agosto de 1943.
3-5 Maria Cecilia Pereira Monteiro de Barros.
.2-5 Antonieta Monteiro de Barros
Casou em Ribeirão Preto com José Leal.
2-6 Hernani Monteiro de Barros
Funcionário do Banco do Brasil.
Nasceu em São Simão a 4 de setembro de 1908 e ca­
sou em São Paulo a 20 de novembro de 1933 com
Odete de Andrade Monteiro de Barros e tem um fi­
— 396 —

lho: José Margarinos Monteiro d'e Barros, nascido ent


São Paulo a 18 de outubro de 1943;
2-7 Dr. Luiz Monteiro de Barros
Formado em Medicina, especializou-se em Homeopa­
tia e adquiriu renome na Capital paulista; o seu es­
critório é um dos mais procurados. Casou no Rio de.
Janeiro a 10 de setembro de 1942, com Aidy Medei­
ros, filha de Asga.1 Medeiros e de Isabel Medeiros.
Filhos:
3-1 Maria Isabel Monteiro de Barros
Nasceu em São Paulo a 27 de junho de 1943..
3-2 Luiz Fernando Monteiro de Barros
Nasceu a 16 de janeiro de 1945.
3-3 André Luiz Monteiro de Barros
Nasceu a 10 de abril de 1946.
2-8 Dr. Jaime Monteiro de-Barros
Nasceu em Santa Rosa a 25 de outubro de 1913. Ci­
rurgião dentista. Neste ano de 1948 ocupa o alto car­
go de Prefeito da cidade dé Ribeirão Preto, eleito pe­
lo sufrágio popular. Casou nesta cidade a 10 de abril
de 1937 com Maria Corsini, filha de Paulo Corsini,
falecido na mesma a 11 de abril de 1948, com 72 anos
e de Terezinha Corsini; neta paterna de Carlos Cor­
sini e de Palma Corsini. Tem:
3-1 Luiz Carlos Monteiro de Barros
Nasceu em Ribeirão Preto a 23 de junho de
1941.
3-2 Regina Helena Monteiro de Barros
Nasceu em Ribeirão Preto a 14 de novembro de
1943.
3-3 José Augusto Monteiro de Barros.

§ 2 — Maria da Conceição Monteiro de Barros


Casou com João Vidal Leite Ribeiro, pertencente à famí­
lia do Capitão Francisco Vidal Leite Ribeiro, já mencionado.
Filhos: •
1-1 João Vidal Leite Ribeiro
Casou com Emília Leite Ribeiro, tendo geração. Ao nos­
so conhecimento chegou o nome de um filho sómente.
Cláudio Leite Ribeiro.
1-2 Ernesto Augusto Vidal Leite Ribeiro
Casou com Perpétua de Freitas Pacheco, filha do Capi­
tão Manuel de Freitas Pacheco e de Emília de Freitas Pa­
— 397 —

checo. Alem de dois filhos, Hortensio e Otávio, falecidos


na infância, tem m ais:
2-1 Ernestina Vidal Leite Ribeiro
2-2 Consuelo Vidal Leite Ribeiro.
Ambas professoras no Distrito Federal.
1-3 Francisco Vidal Leite Ribeiro
Casou no Rio de Janeiro com Dona Natalina de Albuquer­
que de Campos Melo, filha do Conselheiro Dr. Antonio
Manuel de Campos Melo e de Maria da Conceição de Al­
buquerque Cavalcanti de Campos Melo.
O Conselheiro Dr. Antonio Manuel de Campos Melo nas­
ceu em Porto Feliz, na antiga província de São Paulo, em
1809, e formou-se em 1835 na Academia Jurídica. Advo­
gou durante algum tempo em Guaratinguetá e ‘■intervindo
na política de sua província, assinalou a vida com lumi­
nosa trajetória. Inspetor de Fazenda em 1840; revolucio­
nário em 1842; deputado geral pela província de S. Paulo,
em 1844; presidente da província de Alagoas em 1845;
ministro da Justiça no gabinete Paula Souza, em 1848;
presidente da província do Maranhão, em 1861.
Jornalista, dirigiu o “Farol Paulistano”, sob a orientação
do Marquês de Monte Alegre e escreveu na “Reforma” no
Rio de Janeiro, ao lado de Torres Homem.
Em 1868 retirou-se da política militante, em vista de di­
vergências com os próprios correligionários e abriu escri­
tório de advocacia na Côrte.
Oficial da Ordem da Rosa.
Entregou sua alma ao Criador no mês de setembro de
1878, depois de alguns mêses de cruéis sofrimentos que
suportou estoicamente.
Era filho de Antonio de Padua Botelho e de sua segunda
mulher Maria Isabel de Sampaio, pertencentes, ambos, às
mais qualificadas famílias paulistas e estudadas na “ Genea­
logia Paulistana”, vol. 4.°, pag. 162, onde consta a ascen­
dência que vai prender-se aos mais antigos e velhos troncos
vicentinos e bandeirantes.
D. Maria da Conceição Albuquerque Cavalcanti, espo­
sa do Conselheiro, e mãe de D. Natalina, era filha de Jo­
sé Mariano de Albuquerque Cavalcanti, que teve atuação
brilhante e saliente na revolução de 1817, em Pernambu­
co, pelo que esteve prêso, recebendo, porem, depois de se­
renados os ânimos, elevados postos como sejam o de deputa­
do em diversas legislaturas e de presidente de varias pro­
víncias, casado com Cândida Rosa de Melo e Albuquer­
— 398

que, filha do Capitão de Artilharia que deflagrou a refe­


rida revolução, José de Barros Lima, o Leão Coroado, e-
de sua mulher Tereza de Jesus Albuquerque.
José Mariano de Albuquerque Cavalcanti, era filho de An-
tonio Coelho de Albuquerque e de Maria da Conceição.
Bezerra; neto paterno de Pedro Coelho Pinto e de Ro-
mualda Cavalcanti de Albuquerque. Por informações de
um parente sabemos que José Mariano descende de Je-
ronimo de Albuquerque e de Felipe Camarão, nomes au­
reolados na história do Norte do Brasil. (*)
O casal Francisco Vidal-Natalina teve o filho único:
2-1 Contra-Almirante Agenor Vidal
Oficial da Marinha de Guerra brasileira; reformado,,
residente no Rio de Janeiro. Cultor de estudos his­
tóricos e genealógicos, possue magnifico arquivo s o
bre a família, do qual permitiu que extraíssemos pre­
ciosos apontamentos, alem das informações verbais
e pessoais.
Casou na Capital Federal a 26 de janeiro de 1901,.
com Maria Balbina de Souza Passos, falecida no Rio,,
a 2 de janeiro de 1948, filha de Israel Coriolano de.
Souza Passos e de Maria das Mercês Gonçalves Bel­
monte, esta, de São Paulo. Seus filhos:

(*) Na “ História da Revolução Pemumbucana de 1817”, compi­


lada pelo Monsenhor Doutor Francisco Muniz Tavares, edição come­
morativa do primeiro centenário, revista, comentada e anotada pelo»
eminente diplomata brasileiro Oliveira Lima, encontramos à pág. 90
“José de Barros Lima em 1783 era alferes porta-bandeira; estu-
“dou depois disso matemáticas, em Lisboa e entrou, em 1801, para
“o regimento de artilharia quando êste foi criado. Era homem
“destemido e apaixonado, pelo que o chamavam “ O Leão Co­
r o a d o ”. O tenente José Mariano de Albuquerque (Cavalcanti)
“ era seu genro”.
Em outra nota à pág. 236, diz Oliveira Lima que José de Barros
Lima, com 53 anos de idade, natural de São Lourenço da Mata, foi
submetido a julgamento, condenado e enforcado. Sua cabeça depois-
dc cortada, foi pregada em alto poste em Olinda; as mãos, no quartel,.
Recife.
Quanto ao genro, o Dr. Muniz Tavares, prologo, pág. CCLXXV,
diz que teve o mesmo destino reservado aos insurgentes e patriotas,,
remetidos à Bahia, presos e processados. O processo, porém, depois;
de arrastar-se morosamente, foi anulado em 1821 e todos os indiciados
soltos, menos dois, um tal Pedroso e José Mariano, que acusados de
crimes comuns, foram condenados a degredo perpétuo em um presí­
dio da Asia portuguesa.
Fresumimos que a anistia geral, concedida pouco tempo depois„
livrou-o do incomodo e inoportuno passeio.
— 399 —

3-1 Natalina Vidal Borges Leitão


Casou com o oficial do Exército, Major de A rti­
lharia, Paulo Borges Leitão, nascido a 15 de
agosto de 1902, l.° Tenente comissionado a 8
de novembro de 1930; l.° Tenente a 20 de abril
de 1934; Capitão a 2 de outubro de 1934; Ma­
jor a 25 de junho de 1945. Tem, o curso de A r­
tilharia pelo Reg. de 1929; Escola de A rm as; Es­
cola de Moto Mecanização. No “Almanaque do
Exército”, para 1948 recebeu o n.° 130 na lista
dos Majores. Filhos:
4-1 Maria das Mercês Vidal Borges Leitão
4-2 Paulo Vidal Borges Leitão
4-3 Aramis Vidal Borges Leitão
4-4 Pedro Vidal Borges Leitão.
3-2 Elisa Vidal Ferraz Junqueira
Viuva de Sebastião Ferraz Junqueira, mineiro,
falecido em Minas a 29 de agosto de 1929, filho
de José de Andrade Junqueira e de Gabriela Fer­
raz Junqueira; neto paterno de Antonio Gabrie1
Junqueira e de Helena Junqueira.
Por seu avô paterno, o Sr. Sebastião era bis­
neto dos Barões de Alfenas; por sua avó pater­
na, bisneto de Antonio Ribeiro de Carvalho e de
Helena Junqueira de Andrade, a qual era filha
dos aludidos Barões de Alfenas. Filhos:
4-1 Nayro Vidal Ferraz Junqueira
4-2 Elza Vidal Ferraz Junqueira
4-3 José Agenor Vidal Junqueira.
3-3 Vega Vidal Coelho
Casou com Romulo Gusmão Coelho, funcionário
público federal, filho de Horácio Gusmão Coelho
e de Maria Gusmão Coelho.
3-4 Altair Vidal Maciel
Casou com Apolinário Bustamante Maciel, filho
do Vice-Almirante Amazônico Deolindo Vieira
Maciel, falecido a 23 de dezembro de 1939 e de
Evangelina Bustamante Maciel, falecida no Rio
de Janeiro a 7 de agosto de 1940. Filhos:
4-1 Ismael Vidal Maciel
4-2 Gastão Vidal Maciel
4-3 Agenor Vidal Maciel
4-4 Beatriz Vidal Maciel
4-5 Marília Vidal Maciel
— 4 0 0 —

3-5 Gonçalo Mendo Vidal


Formado em Veterinária; funcionário no Minis­
tério da Agricultura, servindo no Rio Grande do
Norte. Aí casou com D. Nilde Fazanaro Bran­
dão.
3-6 ConsUelo Vidal Costa
Casou com o oficial do Exército, Capitão de In­
fantaria, Thomaz Cesar Costa, nascido a 9 de ja­
neiro de 1919, Aspirante a 22 de novembro de
1937; 2.° Tenente a 30 de dezembro de 1938;
l.° Tenente a 25 de dezembro de 1940; Capitão
a 25 de dezembro de 1944. Ocupa no “Almana­
que” cit. o n.° 460 na lista dos Capitães. Filhos:
4-1 Elisa Berenice Vidal Costa
4-2 Regina Coeli Vidal Costa.
3-7 Dr. Otávio Vidal
Bacharel em Direito pela Faculdade de Niterói,
advogado na Capital Federal. Aí casoii com D.
Nancy Rola, tendo um filho:
4-1 Márcia Vidal.
1-4 Filomena Vidal Leite Ribeiro
Faleceu solteira.
1-5 Gabriela Vidal Leite Ribeiro
Casou com o Dr. Eduardo de Campos Melo, irmão de Na­
talina, acima inscrita no n.° 1-3. Alem de Elder, Elysio,
Elsínio e Gisela, falecidos na infância, tem m ais:
2-1 Graziela
2-2 Elso de Campos Melo
Nasceu a 7 de agosto de 1892, como faz prova o se­
guinte assento lavrado no livro 18, fls. 39, de Batiza­
dos da Igreja Matriz de São Francisco Xavier, paro­
quia do Engenho Velho.
“ELSO — Aos dezenove de dezembro de mil oito­
centos e noventa e cinco batisei solenemente a Elso,
“nascido a sete de agosto de mil oitocentos e noventa
“e dois, filho legitimo do Doutor Eduardo de Gam-
“pos Melo e de Dona Gabriela Vidal de Campos Melo.
“ Foram padrinhos o Doutor Pantaleão José da Costa
“ e Souza e Dona Amélia Augusta de Cárnpos Melo.
“ O Vigário, Conego Raimundo da Purificação^ do San-
“tos Lemos”. '
Casou com Leonor de Campos Melo, tendo:
3-1 Elsa de Campos Melo
— 4 0 1 —

3-2 José Luiz Vidal de Campos Melo


3-3 Dalvo Vidal de Campos Melo.
2-3 Emir Vidal de Campos Melò
Nasceu no Rio de Janeiro a 10 de janeiro de 1899 e
foi batizado na acima referida Igreja do Engenho Ve­
lho (São Francisco Xavier) a 10 de fevereiro de 1900.
Foram padrinhos Eduardo Isaacson e Maria Elisa Vi­
dal de Miranda Ribeiro.
Casou na mesma localidade a 19 de março de 1923
com Maria do Carmo de Campos Melo, tendo:
3-1 Yone de Campos Melo
3-2 Arisseva de Campos Melo
Casou com Antonio de Souza Melo.
3-3 Paulo de Campos Melo
Em 1948 contava 17 anos, estudante.
1-6 Eugênio Vidal Ribeiro
Casou com Sibila Leite Ribeiro. Foram proprietários de
uma farmácia em Belo Horizonte. Tem geração, da qual
apenas um nome chegou ao nosso conhecimento: João.
1-7 José Vidal Leite Ribeiro
Casado e com geração. Sem mais notícias.
1-8 Maria Elisa Vidal Leite Ribeiro
Casou com José Cesário Monteiro de Miranda Ribeiro,
filho de outro Coronel José Cesário e de Maria Custódia
Monteiro Nogueira da G am a; neto paterno do Visconde
de Uberaba e primeira mulher; neto materno do Dr. João
Batista Monteiro de Barros e de Maria do Carmo Mon­
teiro de Barros. Vide o Cap. 22, § 2.°, numero 1-8.
1-9 Dr. Oscar Vidal Leite Ribeiro
Diplomado em Medicina. Casou com Adelaide Monteiro
de Miranda Ribeiro, irmã de José Cesário, supra mencio­
nado, n.° 8. Com dois filhos:
2-1 Dr. Pedro de Alcantara Vidal Leite Ribeiro.
Cirurgião dentista. Casou com Luisa de Miranda, fi­
lha de Laurindo José de Miranda e de Mariana de
Miranda que vive em Eugenópolis, Minas. Filhos:
alem de Adelaide, falecida na infância:
3-1 Isa Vidal Leite Ribeiro. Cirurgiã dentista.
3-2 Américo Vidal Leite Ribeiro
3-3 Laurindo Vidal Leite Ribeiro
3-4 Oscar Vidal Leite Ribeiro.
2-2 Heloisa Vidal Leite Ribeiro.
1-10 Carlos Vidal Leite Ribeiro. Faleceu solteiro.
Capítulo 1 9

P adre J O S É M A R I A M O N T E I R O D E B A R R O S

Quinto filho dos Barões de Paraopeba.


Habilitado de genere et moribus, no juizo eclesiástico de
Mariana no ano de 1821 com a Justificação julgada a 22 de
maio de 1821, como consta do incluso documento:
“Conego José Silvério Horta, Secretário do Bispado de
“Mariana e Escrivão da Câmara Eclesiástica pelo Excelentís­
sim o e Reverendíssimo Sr. Bispo Diocesano, etc.
“ . . . certifico que revi os autos de habilitação para ordens do
“Reverendo Padre José Maria Monteiro de Barros conserva-
“dos no arquivo desta Câmara Eclesiástica e deles consta o se­
g u in te : Que o habilitando era filho legitimo do Coronel Ro-
“mualdo José Monteiro de Barros e de Dona Francisca Cons-
“tância Leocadia1 da Fonseca, aquele natural da Freguesia de
“Congonhas do Campo e esta natural da Freguesia de Antonio
“Dias de Vila Rica (hoje Ouro Preto). Que o habilitando era
“neto pela parte paterna do Guarda-Mor Manuel José Mon­
teiro de Barros natural de Portugal e de Dona Margarida Eu-
“frásia da Cunha e Matos, natural de Vila Rica (Ouro Pre-
“to) e pela parte materna ejra neto de José Veríssimo da Fon-
“seca natural de Portugal, do Reino dos Algarvés e de Dona
“Ana Felizarda Joaquina de Oliveira, natural de Vila Rica
“ (Ouro Preto). Que a fls. nove dos referidos autos se acha
“uma certidão do teor seguinte: (aqui vem a certidão de ca­
sam ento do Coronel Romualdo, Barão de Paraopeba, que já
“publicamos quando tratamos de sua pessoa no início do títu-
“lo 4. Vide). Oue a fls. onze dos ditos autos se acha uma sen-
“tença cujo teor é o seguinte: Vistos estes Autos de Genere do
“habilitando José Maria Monteiro, inquirição de testemunhas
“etc. Mostra-se que o habilitando é natural e batizado na Fre­
g u esia de Nossa Senhora da Conceição de Congonhas do Cam-
“po, filho legitimo do Coronel Romualdo José Monteiro e de
— 403 —

“Dona Francisca Leocadia da Fonseca aquele natural e bati­


z a d o na Freguesia de Congonhas e esta na freguesia de An-
“tonio Dias de Vila R ica; mostra-se mais que o habilitando
“pelo lado paterno é neto do Guarda-Mor Manuel José Mon-
“teiro de Barros e de sua legítima mulher Dona Margarida Eu-
“frásia da Cunha e Matos e pelo materno o é de José Verissi-
“mo-da Fonseca e de sua legitima mulher Dona Ana Felizar-
“da Joaquina de Oliveira; o que tudo visto e mais dos autos e
“como se prova que o habilitando por si e seus ascendentes são
“tidos e havidos por cristãos sem nota de hereges ou apósta-
“tas de nossa Santa Fé e sem que cometessem crime algum de
“lesa Magestade Divina ou Humana, pelo qual fossem punidos
“com pena vil au infame, nem que a contraíssem de fato ou de
“direito, sendo aliás, o habilitando de honesta e limpa geração.
“ Portanto o hei por habilitado quanto à sua geração para ser
“promovido a todas as ordens assim Menores como Maiores e
“gozar de todas as honras, dignidades e benefícios e ofícios ecle-
“siásticos quando lhe sejam conferidos, e assim se lhe dê sua
“sentença, querendo-a, pagos os autos. Mariana vinte e dois de
“maio de mil oitocentos e vinte e um. Marcos Antonio Montei-
“ro. Certifico mais que revendo os autos de moribus do mesmo
“habilitando José Maria Monteiro de Barros, a fls. 19 verso,
“se acha uma sentença do teor seguinte: Julgo habilitado quan-
“to ás deligências de vita et moribus o habilitando José Maria
“ Monteiro de Barros para ser promovido às ordens menores
“e de Subdiacono a que foi admitido por Sua Excelência Re-
“verendissima, visto que no habilitando concorrem os rcquesi-
“tos necessários para o mencionado fim. Portanto matricule-se
“para as referidas Ordens, pagos os autos. Mariana quinze de
“junho de mil oitocentos e vinte e um. Marcos Antonio Mon-
“teiro”. — Nada mais consta dos referidos autos que mandei
copiar e dele extrair as presentes certidões que conferi achan­
do conforme aos ditos autos a que me reporto. Eu, Conego Jo­
sé Silvério Horta, escrivão da Câmara Eclesiástica e secretá­
rio do Bispado as subscrevi. Mariana 29 de outubro de 1902.
Cónego José Silvério Horta. — Devidamente selada com cin­
co estampilhas de 300 réis cada uma. Ao lado o carimbo da Câ­
mara Eclesiástica de Mariana.
Como vimos, a sentença foi proferida pelo tio, o Cónego
Marcos.
Nada mais de importante conseguimos saber sobre a vida
do Padre José Maria.
Capítulo 2 0

M A N U E L J O S É M O N T E I R O D E B A R R O S

Sexto filho dos Barões de Paraopeba.


Casou com a parenta Inês de Castro Monteiro de Barros
'Galvão de São Martinho, filha do Capitão Manuel José Mon­
teiro de Barros (irmão do Barão de Paraopeba) e de Inês de
Castro Galvão de São Martinho.
Tiveram a filha:

§ único — Francisca de Paula Monteiro de Barros.

Contemplada na terça do avô paterno. Casou com o Dr.


José de Rezende Monteiro, 2.° Barão de Leopoldina, filho do
Capitão Mãnuel Pereira de Rezende Alvim e de Agostinha Ca-
rolina Monteiro de Barros Galvão de São Martinho, filha, es­
ta, do acima referido Capitão Manuel José Monteiro de Bar­
ros (irmão do Barão de Paraopeba) e de Inês de Castro Gal­
vão de São Martinho.
Com avultada prole, descrita no Cap, 41, § l.°.
Capítulo 2 1

J O A Q U I M J O S É M O N T E I R O D E B A R R O S

Sétimo filho dos Barões de Paraopeba.


Casou com a prima Maria Tereza Monteiro de Barros, fi­
lha do Desembargador Dr. José Maria Monteiro de Barros e
da primeira mulher Rosa Ursula de Almeida Macedo; neta pa­
terna do Visconde de Congonhas do . Campo, irmão do Ba­
rão de Paraopeba. Vide Cap. 8, § l.°. Filhos:
§ 1 — Maria da Conceição Monteiro de Barros
§ 2 — Francisca Monteiro de Barros
§ 3 — Elisa Monteiro de Barros
§ 4 — Rosa Augusta Monteiro de Barros
§ 5 —* Virgínia Amália Monteiro de Barros
§ 6 — Maria Tereza Monteiro de Barros
§ 7 — Joaquim José Monteiro de Barros
§ 8 —■ Maria José Monteiro de Barros.
ifí >jc

§ 1 — Maria da Conceição Monteiro de Barros


Casou com o Capitão Marcos Antonio Monteiro de Cas­
tro, filho do 2.° Barão de Congonhas do Campo e de sua mu­
lher e sobrinha, Helena Monteiro de Castro, 2.11 Baronesa.
O 2.° Barão de Congonhas era filho de Domiciano Fer-
reira de Sá e Castro e de Maria do Carmo Monteiro de Bar­
ros a qual era irmã do Barão de Paraopeba, do Visconde de
Congonhas do Campo e do Coronel José Joaquim Monteiro de
Barros.
A 2.a Baronesa, Helena, era filha do Coronel José Joa­
quim Monteiro de Barros e de Maria da Conceição Monteiro
de Barros, a qual era filha do referido Domiciano Ferreira de
Sá e Castro e de Maria do Carmo Monteiro de Barros, sendo
portanto, sogra e irmã do 2.° Barão de Congonhas. Maria do
— 4 0 6 —

Carmo, como já ficou dito, era irmã do Barão de Paraopeba,


do Visconde de Congonhas e do Coronel José Joaquim. A con­
sanguinidade causa pasmo! É preciso muita atenção para não
nos perdermos neste dédalo, neste labirinto de parentesco. Sem
geração.
§ 2 — Francisca Monteiro de Barros
Casou com o tio (irmão de sua mãe) Benjamin Montei­
ro de Barros, filho do Desembargador Dr. José Maria Montei­
ro de Barros e de sua primeira esposa Rosa Ursula de Almei­
da Macedo; neto paterno do Visconde de Congonhas do Cam­
po, irmão, este, do Barão de Paraopeba. Vide Cajp. 8, § 4.
Sem geração.
§ 3 — Elisa Augusta Monteiro de Barros
Casou com João Evangelista Monteiro de Barros Galvão
de São Martinho, filho do Dr. José Monteiro de Barros Gal­
vão de São Martinho e de Rosa Ursula Monteiro de Barros
(tia de Elisa) ; neto paterno de Manuel José Monteiro de Bár-
ros (irmão do Barão de Paraopeba e do Visconde de Congo­
nhas do Campo) e de Inês de Castro Galvão de São Martinho;
neto materno do Desembargador Dr. José Maria Monteiro de
Barros, filho do referido Visconde e sobrinho do Barão de Pa­
raopeba e de sua primeira mulher Rosa Ursula de Almeida
Macedo.
Tem considerável geração descrita no Cap. 36, § 4.
§ ,4 — Rosa Augusta Monteiro de Barros
Casou com João Batista Monteiro de Castro, filho do 2.°
Barão de Congonhas do Campo e de sua primeira mulher. A
este João aplica-se a mesma consanguinidade estabelecida no
§ 1. Vide Cap. 48, § 3.
§ 5 — Virgínia Amália Monteiro de Barros
Casou com Manuel Marques. Sem mais noticias.
§ 6 — Maria Tereza Monteiro de Barros
Casou com Mariano José de Souza. Sem mais noticias.
Precisamos notar que estas seis íilhás de Joaquim José foram
contempladas na terça do avô paterno, o Barão de Paraopeba.
§ 7 — Joaquim Monteiro de Barros
§ 8 — Maria José Monteiro de Barros
Casada. Sem mais noticias. Figura na terça do avô pa­
terno.
Capítulo 22

M A R I A J O S É M O N T E I R O D E B A R R O S

Filha dos Barões de Paraopeba; oitava a ser estudada.


Casou com o Dr. José Cesário de Miranda Ribeiro, nas­
cido em Vila Rica em 1792 e falecido no Rio de Janeiro a 7
de maio de 1856, agraciado por decreto imperial de 2 de de­
zembro de 1854, com o título de Visconde de Uberaba.
Não podemos inscrever embaixo do nome de D. Maria
José o título Viscondessa de Uberaba, como fizemos com ou­
tras senhoras titulares da família, pois, infelizmente não o al­
cançou; faleceu em São Paulo, quando seu marido exercia o
cargo de presidente da província, aos 25 de maio de 1836, co­
mo faz certo o assento constante no livro 10 de óbitos da pa­
roquia da Sé, fls. 53: “Excelentíssima Dona Maria José Mon­
te iro de Miranda Ribeiro. “Aos vinte e cinco de maio de mil
“oitocentos e trinta e seis, na freguesia de Santa Ifigênia so-
“corrida com todos os sacramentos, de idade de 34 anos, por
“moléstia interna faleceu a Excelentíssima Dona Maria José
“de Miranda Ribeiro, casada com o Excelentíssimo Presiden­
t e da Província, Senhor José Cesário de Miranda Ribeiro. Foi
“encomendada e sepultada nesta Sé. O Cura, Manuel da Cos­
t a e Almeida”.
O Visconde de Uberaba era filho de Teotônio Maurício
■de Miranda Ribeiro e de Antonia Luisa de Negreiros Sayão
Lobato; neto paterno do Sargento-Mor Manuel Antonio Ri­
beiro e de Francisca Bernarda de Miranda; neto materno de
André de Ceas Lobato e de Maria Josefa da Cunha Matos, fi­
lha, esta, do Guarda-Mor Alexandre da Cunha Matos e de
Antonia de Negreiros, avôs maternos do Barão de Paraopeba.
Seguiu para Portugal e depois dos estudos preparatórios,
matriculou-se na Faculdade de Direito da Universidade de
Coimbra a 11 de outubro de 1816 e formou-se a 19 de junho
de 1821. (Lista dos estudantes brasileiros matriculados na Uni­
versidade de Coimbra, publicada nos Anais da Biblioteca Na­
cional, administração do Dr. Rodolfo Garcia, tomo LX II, pág.
332).
Regressando em 1821, lhe foi logo dada a grata notícia de
haver sido eleito para as Cortes de Lisboa, representando a.
província natal, tendo como companheiros, entre outras figu­
ras de escól, o parente Lucas Antonio Monteiro de Barros,
mais tarde, Visconde de Congonhas do Campo.
Atravessava o Brasil quadra agitada, crivada de crises po­
líticas ; os deputados requereram adiamento da partida, prefe­
rindo permanecer no país, onde lavrava intensa agitação pa­
triótica em favor de nossa independência política. Por moti­
vos sobrevindos depois das eleições, desistiram definitivamente
da cadeira de representantes do Brasil e foram chamados qua­
se todos a desempenhar funções de responsabilidade e a ocu­
par cargos de confiança.
Coube a José Cesário um lugar de destaque; o de juiz de
fora da comarca de São João d’El Rei, onde serviu com má­
ximo brilho durante três anos, tendo nessa qualidade presidi­
do ao ato de juramento da Constituição a 1 de março de 1824.
Exerceu mais os cargos de juiz de fora do crime, no Rio de
Janeiro; intendente'dos diamantes, em Minas, Desembarga­
dor da Relação da Côrte, quando requereu e obteve aposenta­
doria. Alguns biógrafos afirmam ter atingido à cúpola da ma­
gistratura : ao Supremo Tribunal de Justiça. Divergimos, não
chegou até lá como demonstra1 o Coronel Laurênio Lago, no
substancioso trabalho “Supremo Tribunal”, que omite o seu
nome.
A atenção de José Cesário, sua atividade, estava desvia­
da para outras ordens de serviços, para outros setores: os tra­
balhos políticos absorviam o seu tempo. Assim, desempenhou
o mandato de deputado geral em diversas legislaturas, presi­
dente das províncias de Minas e da de São Paulo, Conselhei­
ro de Estado, Senador pela província de São Paulo, nomeado
por Carta Imperial de 22 de fevereiro de 1844, em substi­
tuição ao Marquês de São João da Palma e finalmente, aimo
dissemos, galardoado com o titulo de Visconde de Uberaba.
Comendador da Ordem da Rosa e da de Cristo. Sócio e fi­
gura importante no Instituto Histórico Brasileiro, desde 1839.
(Vide, Arquivo Nobiliárquico, pag.. 518 e Dr. Eugênio Egas,
Galeria dos Presidentes, vol. l.°, pag. 55). Contraiu segundas
núpcias com Ana Cândida de Lima (Viscondessa de Uberaba)
filha do Capitão José Rodrigues de Lima e de Maria Antonia
— 409

de Oliveira, a qual era filha do inconfidente José Aires Go­


mes, falecido em Angola e de Maria Inácia de Oliveira.
Para mostrar o temperamento afável e meigo do Visconde,
a fina educação que o exornava e o afeto que consagrava ao
sítio Montebelo, onde residia, no município de Juiz de Fora.
vamos transcrever a carta de seu próprio punho, publicada no
“Jornal do Comércio”, do Rio a 28-8-1943, pelo Embaixador
Dr. José Bonifácio de Andrada e Silva, carta endereçada à so­
gra, nas vesperas da partida para o Rio.
‘Minha prezada mãe e senhora do meu coração
Montebelo, 11 de abril de 1853.
‘Pretendo sair aos 20 do corrente para o Rio de Janeiro,
“e vou por este meio beijar-lhe a mão e dizer-lhe adeus, muito
“pezaroso por não me ser possível fazê-lo pessoalmente.
‘ j\li ter-me-á, minha mãe, às suas ordens durante o tem-
“po da. Sessão legislativa, depois da qual voltares muito con­
sen te para esse meu Paraiso, donde nunca me separo sem
“muita saudade.
“Estimarei que minha mãe tenha passado mais aliviada e
“viva longos anos para consolação de todos os seus e peço-lhe
“por amor de sua filha que não se esqueça de encomendar-me
“a Deus assim na ida como na volta. Queira aceitar a minha
“despedida e dispor de boa vontade de seu filho muito amante
“e obrigadissimo criado, José Cesário”.
Do casamento de Maria José com o Visconde procedem sete
filhos:
§ 1 — Dr. Romualdo Cesar Monteiro de Miranda Ri­
beiro
§ 2 — Coronel José Cesário Monteiro de Miranda Ri­
beiro
§ 3 — Antonia Luisa Monteiro de Miranda Ribeiro
§ 4 — Maria Leonor Monteiro de Miranda Ribeiro
§ 5 — Francisca B. Monteiro de Miranda Ribeiro
§ 6 — Mariana Monteiro de Miranda Ribeiro
§ 7 — Gabriela Monteiro de Miranda Ribeiro.
>{C

§ 1 — Dr. Romualdo Cesar Monteiro de Miranda Ribeiro


Nasceu a 24 de fevereiro de 1826 em São João d’El Rei.
Graduou-se em Medicina, no Rio de Janeiro, a 26 de dezem­
bro de 1850. Clinicou, a princípio, na vila de Rio Novo e de­
— 410

pois na florescente povoação de Juiz de Fora, onde faleceu a


3 de maio de 1890.
Colaborou eficazmente para o progresso da terra onde
manteve, cerca de 50 anos, afamado consultório. Ninguém o
excedeu quando se cogitou da reedificação da Igreja Matriz,
um dos fundadores do Hospital de Santa Casa e da Socieda­
de de Medicina e Cirurgia, ao lado do velho médico Dr. Pe-
nido.
Político, exerceu o mandato de vereador e presidente da
Câmara Municipal de Juiz de Fora; deputado provincial, por
motivo de moléstia, não foi possível tomar posse da cadeira.
Casou duas vezes, com duas irmãs. A primeira, em 1851,
com Carlota de Lima Duarte e a segunda com Constança Emí-
lia de Lima Duarte, irmãs do Visconde de Lima Duarte e fi­
lhas do Comendador Feliciano Coelho Duarte, natural do Pi­
ranga e de Constança Duarte de Lima, filha, esta, de José Ro­
drigues de Lima e de Maria Antonia de Oliveira e neta do in­
confidente José Aires Gomes.
Com a segunda esposa não teve filhos; com a primeira,
porem, alem de Feliciano, falecido em tenra idade, teve mais
trê s :
1-1 Dr. José Cesário de Miranda Ribeiro
Nasceu em Juiz de Fora no ano de 1854. Diplomou-se
em Direito, nã Faculdade de Direito de São Paulo, em
1878; regressando à província natal desempenhou o man­
dato de deputado provincial de 1880 até 1886. Presidente
da província do Paraná, em 1888.
Deixou as posições políticas e ingressou na magistratura,
para a qual sempre manifestara decidida e acentuada vo­
cação ; foi nomeado juiz de direito da comarca de Lima
Duarte e de Palmira, onde pouco tempo se demorou. Com
a proclamação do novo regime em nosso país, foi chama­
do para a Capital Federal a fim de ocupar lugar de 'relê-
vo, Juiz, no Tribunal Civil e Criminal, deixando brilhan­
te renome que continuou na Côrte de Apelação, removido
em virtude do decreto subscrito pelo Marechal Floriano
Peixoto em novembro de 1894 e referendado pelo Dr. Cas-
siano do Naiscimento.
Exerceu também o cargo de fiscal do govêrno junto à
Faculdade Livre de Ciências Jurídicas e Sociais.
Casou duas vezes. A primeira no Rio de Janeiro a 17 'de
julho de 1889, na Igreja da Glória, com Otávia Pinto de
Miranda Ribeiro, falecida a 29 de abril de 1893, filha do
venerando médico paraense Dr. Augusto Tiago Pinto e
411 —

de Maria da Glória Pinto. A segunda em 1905, com D.


Narcisa 0 ’Leary Ribeiro de Andrada, filha do Dr. Anto-
nio Carlos Ribeiro de Andrada e de Adelaide Duarte de
Andrada (progenitores também do Embaixador Dr. José
Bonifácio de Andrada, acima citado) ; neta paterna do
Dr. Martim Francisco Ribeiro de Andrada e de sua mu­
lher e sobrinha Gabriela Frederica Ribeiro de Andrada;
neta materna do Comendador Feliciano Coelho Duarte e
de Constança Duarte de Lima, supra mencionados.
Faleceu em Niterói a 26 de abril de 1907, deixando dois
filhos, do primeiro enlace;
2-1 Maria Célia de Miranda Ribeiro
Casou com o Dr. José Joaquim Monteiro de Andra­
de, antigo diretor do Banco do Brasil e do Crédito
Real de Minas Gerais, filho de Azarias Monteiro de
Andrade e de Maria da Conceição Monteiro da Sil­
va, filha única dos Barões de Santa Helena, regis­
trados no Cap. 51, § 2.°.
Sem geração.
2-2 Vera Otávia de Miranda Ribeiro.
1-2 Maria José Monteiro de Miranda Ribeiro
Casou com José Rodrigues de Miranda Lima, filho do
Comendador Francisco de Paula Lima, adiante citado
neste Capitulo, § 5. Não houve prole.
1-3 Carlota Monteiro de Miranda Ribeiro
Faleceu, solteira, a 4 de junho de 1930.

§ 2 — Coronel José Cesário Monteiro de Miranda Ribeiro


Segundo filho do Visconde de Uberaba e de Maria José
Monteiro de Barros.
Comendador da Ordem de Cristo. Casou com a prima Ma­
ria Custódia Monteiro Nogueira da Gama, filha do Dr. João
Batista Monteiro de Barros e de Maria do Carmo Monteiro de
Barros; neta paterna dos Barões de Paraopeba; neta mater­
na do Dr. Mateus Herculano Monteiro da Cunha Matos e de
Maria Custódia Nogueira da Gama. Vide o Cap. 17, § 2.°. Fi­
lhos: de 1-1 a 1-8:
1-1 Dr. João Batista Monteiro de Miranda Ribeiro
Casou com Arminda de Lemos, tendo:
2-1 Maria! Custódia de Miranda Ribeiro
Casou com Júlio Cesar Monteiro de Barros, filho do
Major Romualdo Batista Monteiro Nogueira da Ga-
ma e de Maria Custódia Monteiro Nogueira da Ga­
ma, citados no Cap. 17, § l.°. Aí a descendência.
2-2 Maria do Carmo Monteiro de Miranda Ribeiro -
Nasceu em Niterói e casou com Manuel Francisco
Ramalho, baiano, tendo:
3-1 Dr. Antonio de Miranda Ramalho, formado em
Medicina e residente na Bahia.
3-2 Anita e mais dois cujos nomes não conseguimos
saber.
2-3 Maria Carolina. Falecida solteira.
1-2 Maria José Monteiro de Miranda Ribeiro
Casou com Bernardo Manso Monteiro da Costa Reis, fi­
lho do Tenente Coronel José Maria Manso da Costa Reis.
e de Francisca de Assis Monteiro Galvão de São Marti-
nho, inscritos, adiante, no Cap. 39, § 2.°, onde consta a v
geração.
1-3 Adelaide Augusta Monteiro de' Miranda Ribeiro
Casou com o Dr. Oscar Vidal Leite Ribeiro, filho de João
Vidal Leite Ribeiro e de Maria da Conceição Monteiro de
Barros, citados no Cap. 18, § 2.°, onde consta a geração..
1-4 Maria Custódia (M ariota). Faleceu solteira.
1-5 Ana Margarida Monteiro de Miranda Ribeiro
Casou com o Dr. Antonio Romualdo Monteiro Manso, ir­
mão de Bernardo, acima citado no n.° 1-2. Geração no-
Cap. 39, § 8.
1-6 Maria do Carmo Monteiro de Miranda Ribeiro
Casou duas vezes. A primeira com Augusto Ludolf, fale­
cido no Rio a 21 de setembro de 1901, filho de- Francis­
co Ludolf e de Augusta Casimira Ludolf, de origem suis-
sa, do cantão de Friburgo e antigos moradores em Nova.
Friburgo, província do Rio de Janeiro. Segunda vez com
o Dr. Daniel Ribeiro de Andrade, filho de José Ribeiro
do Vale Andrade e de Alexandrina Ribeiro de Andrade..
Com quatro filhos do primeiro e um do segundo marido:.
2-1 Maria do Carmo. Faleceu solteira.
2-2 Francisco Ludolf
2-3 Dr. José Augusto de Miranda Ludolf.
Bacharel em Direito, advogado, político e industrial-
Dirige atualmente, entre outras empresas, a Comp. de
Terrenos Leblon Ltda. e a Pedreira Leblon Ltda.
2-4 Dr. Américo de Miranda Ludolf
Engenheiro agrónomo. Funcionário do Ministério da
Agricultura, tendo ocupado o lugar de Diretor da E s-
r *

— 413 —

tação Experimental do referido Ministério em Per­


nambuco, onde faleceu.
Casou com Sílvia Correia, filha do Dr. Leôncio Cor-
reia, nascido em Paranaguá a 1 de setembro de 1865
e falecido no Distrito Federal a 19 de junho de 1950,
propagandista1 da Abolição, da República, deputado
estadual no Paraná, deputado federal, jornalista, poe­
ta, escritor, diretor da Instrução Publica do Paraná e
depois na Capital Federal, diretor do Internato D. Pe­
dro II, professor de História Geral da Civilização na
Escola Normal do Distrito Federal, casado a 3 de de­
zembro de 1897, no Rio de Janeiro, com Gasparina
de Brito Gusmão; neta paterna de João Ferreira Cor­
reia, nascido a 15 de junho de 1838, casado com Ca-
rolina Correia.
O Dr. Américo faleceu sem deixar filhos.
Do segundo matrimónio:
2-5 Dulce de Miranda Ribeiro de Andrade.
1-8 José Cesário Monteiro de Miranda Ribeiro
Casou com Maria Elisa Vidal Ribeiro, irmã do Dr. Oscar
Vidal Leite Ribeiro, acima citado, no n.° 1-3. Tiveram :
2-1 José Vidal de Miranda Ribeiro
Foi oficial da Marinha. Faleceu jovem e solteiro.
2-2 Sílvia Monteiro de Miranda Ribeiro
Casou com o oficial da Marinha, hoje Almirante re­
formado, Pedro Manot Serrat, tendo uma filha1:
3-1 Yvone Manot Serrat.

§ 3 — Antonia Luisa Monteiro de Miranda1 Ribeiro


Casou com o primo Dr. Domiciano Ferreira Monteiro de
Barros, filho do Coronel José Joaquim Monteiro de Barros (ir­
mão do Barão de Paraopeba) e de sua mulher e sobrinha Ma­
ria da Conceição Monteiro de Barros, filha de Domiciano Fer­
reira de Sá e Castro e de Maria do Carmo Monteiro de Bar­
ros (irmã de José Joaquim e do Barão de Paraopeba). Com
geração descrita no Cap. 27.

§ 4 — Maria' Leonor Monteiro de Miranda Ribeiro


Casou com o Dr. José Joaquim Ferreira Monteiro de Bar­
ros, filho do Coronel José Joaquim Monteiro de Barros e de
:sua mulher e sobrinha Maria da Conceição Monteiro de Bar­
ros, acima citados no § 3.
Tem geração descrita e catalogada no Cap. 26.
§ 5 — Francisca Benedita Monteiro de Miranda Lima
Nhanhã da Cachoeira. Nasceu a 17 de fevereiro de 1824-
e faleceu, viuva, a 27 de outubro de 1877, 18.a neta do Barão*
de Paraopeba e contemplada na terça. Foi a segunda esposa do.
Comendador Francisco de Paula Lima, filho de José Rodri­
gues de Lima (natural de Paracatu) e de Maria Antonia de
Oliveira, já citada, Nhanhã do Campo, a qual, como já escre­
vemos, era filha do inconfidente José Aires Gomes e de Ma­
ria Inácia de Oliveira.
Pedimos licença para pequena digressão.
Escrevem alguns autores, inclusive o Dr. Múcio de Abreu
e Lima ( “Diário Mercantil”, de Juiz de Fora, suplemento de
domingo, 5-5-1945) que o Comendador Francisco de Paula Li­
ma foi casado em primeiras núpcias com a sobrinha Maria
Cândida de Lima, filha de Joaquim Vidal Lage e de Ana Cân­
dida de Lima (esta, mais tarde, Viscondessa de Uberaba, pe­
lo segundo casamento), havendo dois filhos deste enlace.
Sendo assim, estes dois primeiros filhos do Comendador-
não pertencem à íamilia Monteiro de Barros. A esta estão vin­
culados apenas os filhos do Comendador havidos com a segun­
da esposa, Nhanhã da Cachoeira.
Não pensam deste modo o distinto escritor e genealogis­
ta Dr. Afonso Celso de Paula Lima, que nos garantiu perten­
cer à familia Monteiro de Ba'rros e o Dr. Alain de Almeida
Carneiro, casado na família, que teve entre as mãos os autos de
inventário e de partilhas dos bens de D. Francisca Benedita
(Nhanhã da Cachoeira) onde constam os nomes de 14 filhos,
e que afirma também que o primeiro casamento do Comenda­
dor durou apenas mêses.
Em falta de elementos para decidir onde está a verdade,,
adotamos — debaixo da responsabilidade dos ilustres infor­
mantes — a segunda versão. Em qualquer hipótese não será
trabalho perdido, constituirá homenagem reverente à memória
do Comendador, a quem dedicamos este trecho do estudo.
Nasceu o Comendador Francisco de Paula Lima na Bor­
da do Campo, a 23 de março de 1812; proprietário da fazen­
da Santa Cruz em Juiz de Fora, onde gozou de marcante pres­
tigio eleitoral e social; vereador, presidente da Câmara, juiz
de paz, juiz municipal suplente. Faleceu a 26 de novembro de-
1865.
Em sinal de reconhecimento e de estima da população, foi
conferido o nome de Paula Lima ao distrito de Chapéu d’Uvas,,
antigo Engenho do Mato, no município de Juiz de Fora.
■Pr

— 415 —

Vamos entrar na descrição dos 14 filhos, arrolados de 1-1


a 1-14:
1-1 Coronel José Aires Monteiro de Miranda Lima
Casou com Amélia Josefine de Saint’Amand Lefebvre, de
nobre familia francesa. Tiveram 6 filhos, de 2-1 a 2-6:
2-1 Maria Antonia de Miranda Lima
Casou com o Dr. Justiniano Fortes Bustamãnte. Fi­
lhos :
3-1 Francisco Fortes Bustamnte
Professor Público, diretor do Grupo Escolar, no
Distrito Federal. Faleceu em novembro de 1947,
casado, sem geração.
3-2 José Rodrigues Fortes Bustamante
Casou a 25 de julho de 1917 com Albertina Ve­
rónica Rodrigues Bustamante, filha de Antonio
Ferreira Borges e de Maria Júlia Rodrigues da
Fonseca. Faleceu o Sr. José R. F. Bustamante a
24 de outubro de 1928 e D. Albertina contraiu se­
gundas núpcias com J. Barcelos, jornalista, re­
sidente no Rio de Janeiro.
Filhos:
4-1 Inah Bustamante Ferraz
Casou no Rio de Janeiro no dia 2 de janeiro
de 1948 com Paulo de Vabo Ferraz, filho do
Dr. Benedito de Godoi Ferraz.
4-2 Ilka Bustamante de Carvalho Aranha
Casou no Rio de Janeiro a 27 de setembro
de 1945 com Benedito Álvaro de Carvalho
Aranha, filho de Augusto Álvaro de Carva­
lho Aranha e de Alice Maranhão de Carva­
lho Aranha; neto paterno de Manuel Anto­
nio de Carvalho Aranha, natural do Esta­
do da Bahia, que foi alto funcionário do Mi­
nistério da Fazenda Federal, conferente na
Âlfandega de Santos e Inspetor da do Dis­
trito Federal e de sua mulher Maria Brasi-
lina Fontes de Carvalho Aranha, da fami­
lia Fontes, de Sergipe, tia do consagrado poe­
ta santista Martins Fontes.
4-3 José Aires Fortes Bustamante
Casou no Rio a 30 de setembro de 1946 com
Adelaide de Morais, filha de Trajano Luiz
de Morais. Tem um filho:
5-1 Ivan Morais Bustamante.
3-3 Antonio José Fortes Bustamante
Trabalha no “ Serviço contra a Febre Amarela”,
Marechal Hermes, Distrito Federal. Casado com
D. Nair Noronha, tendo geração não só desta co­
mo também da primeira esposa.
3-4 Alice Fortes Bustamante
Casou com Horácio Elpídio Nunes, comercian­
te no Rio nos grandes armazéns da importante
firma Jabour e Cia., filho do Coronel Marcos Si-
ciliano Nunes, fazendeiro em Goianá (Minas) e
de Mariana de Paiva Nunes. Filhos:
4-1 Marcos Fortes Nunes
Comerciante; alto funcionário, gerente da
importante casa comissária de café A. Ja­
bour e Cia., Rio. Casou nesta localidade a 8
de dezembro de 1931, com Olga Habkouk,
filha de Fadul Habkouk, comerciante de ori­
gem siria-libanesa', no Rio. Tem:
5-1 Maria de Lourdes Nunes
Nasceu a 17 de setembro de 1932.
5-2 Maria Alice Fortes Nunes
Nasceu a 17 de maio de 1934.
5-3 Maria Elisa Nunes
Nasceu a 18 de fevereiro de 1937.
5-4 Marcos Fortes Nunes Júnior
Nasceu a 29 de março de 1942.
4-2 Maria de Lourdes Nunes Franco
, Casou com o Dr. Waldir de Azevedo Fran­
co, tendo:
5-1 Maria Helena Nunes Franco
5-2 Waldir Azevedo Franco Filho
4-3 Dr. Manuel Francisco de Paiva Nunes
Cirurgião dentista. Prof. de Física no Ex­
ternato D. Pedro II. Casou no Rio a 20 de
fevereiro de 1941 com Yedda Cruz, filha de
Benedito Honório da Cruz e de Rosa Poli
Cruz. Tem:
5-1 Elda Mara Paiva Nunes
Nasceu a 28 de novembro de 1941.
-2 Maria José de Miranda Lima
Casou em Rio Novo (Minas) com Francisco de Pau­
la Monteiro Bretãs, filho de Francisco Garcia de Paula
Bretãs e de Ambrosina Bretãs; neto paterno de'Valen-
tim Garcia Monteiro, natural de Múrcia, Espanha, resi-
— 417 —

dente em Sabará, casado a 2 de fevereiro de 1818, com


Luzia Procópio da Silva.
Tem seis filhos, de 3-1 a 3-6:
3-1 Aurora, falecida solteira.
3-2 Alzira, também morreu solteira.
3-3 Lindolfo Aires Monteiro Bretãs
Nasceu em Juiz de Fora a 4 de dezembro de 1884
e casou em São João da Barra, município de San­
tos Dumont, com Augusta de Carvalho, aí nas­
cida, filha de João Rebelo e de Djanira dos An­
jos.
Filhos:
4-1 Amália Monteiro Bretãs
Nasceu em São João da Serra a 3 de no­
vembro de 1911. Casou em Santos Dumont
com Firmino Custódio Ferreira, filho de
Belmiro Custódio Ferreira e de Augusta
Ferreira, tendo:
5-1 Maria Nereida
5-2 Sebastião
5-3 Yeda *
5-4 Elenice.
4-2 Jarbas Monteiro Bretãs
Nasceu em São João a 24 de agosto de 1913
4-3 José Monteiro Bretãs
Nasceu em Santos Dumont a 8 de outubro
de 1915 e casou com Francisca Calixto, fi­
lha de Antonio Calixto.
4-4 Oriovaldo, falecido solteiro.
4-5 Novantino Monteiro Bretãs
Nasceu a 22 de outubro de 1917.
4-6 Miralda Monteiro Bretãs
Nasceu em Santos Dumont a 17 de janeiro
de 1919.
4-7 Euridice, falecida na infância.
4-8 Oswaldo (l.° ) falecido.
4-9 Oswaldo (2.°) falecido.
4-10 Odete Monteiro Bretãs
Nasceu em Santos Dumont a 4 de novembro
de 1928.
4-11 Waldemar Monteiro Bretãs
Aí nasceu a 17 de dezembro de 1929.
4-12 W aldir Monteiro Bretãs
Aí nasceu a 17 de novembro de 1933.
— 418 —

3-4 Izauro Monteiro Bretãs


Nasceu a 12 de fevereiro de 1887 e casou com
Maria Rosa Pavaneli, natural de São João Ne-
pomuceno. Filhos:
4-1 Maria José Monteiro. Bretãs
Nasceu em São João Nepomuceno e casou
em Leopoldina com Geraldo Machado. Sem
geração.
4-2 Yvonne Monteiro Bretãs
Gasou com Sydnei Evaristo da Silva, tendo:
5-1 Miguel, falecido na infância.
5-2 Marli Monteiro Bretãs da Silva.
5-3 Maria Inês Monteiro Bretãs da Silva.
4-3 Alzira Monteiro Bretãs
Nasceu em São João Nepomuceno e casou
com Mauri de Almeida Pereira, tendo:
5-1 Solange de Almeida Pereira
5-2 Luiz Celso de Almeida Pereira.
4-4 Francisco Monteiro Bretãs
Nasceu em São João Nepomuceno a 27 de
dezembro de 1920.
4-5 Carlos Monteiro Bretãs
Ali nasceu a 26 de março de 1922.
4-6 Rizza Monteiro Bretãs
Ali nasceu a 8 de outubro de 1923.
4-7 Cleto Monteiro Bretãs
Ali nasceu a 26 de abril de 1931.
3-5 Ernani Monteiro Bretãs
Nasceu em Rio Novo a 8 de janeiro de 1889 e
casou no Rio de Janeiro a 26 de janeiro de 1925
com Irani Pinto, nascida em Amargosa, Bahia,
a 3 de maio de 1904, filha de Laudelino Pinto e
de Olívia Silva. Filhos, todos nascidos no Dis­
trito Federal:
4-1 Jari Monteiro Bretãs
Nasceu a 26 de julho de 1926.
4-2 Marcos Monteiro Bretãs
Nasceu a 28 de julho de 1928. '
4-3 Jani Monteiro Bretãs
Nasceu a 5 de agosto de 1930.
4-4 Eloah Monteiro Bretãs
Nasceu a 17 de março de 1935.
3-6 Sofia Monteiro Bretãs
Nasceu em Juiz de Fora a 20 de janeiro de 1891
— 419 —

e aí casou com seu primo Horácio Saint’Aman<±


Lima, adiante referido, onde consta a geração.
2-3 Francisco de Paula Lima
Casou com Rosalina Bretãs, tendo 18 filhos:
3-1 Francisco Amand Lima
Casou com Amélia Apolinário, tendo:
4-1 José.
3-2 Ambrosina, falecida soiteira.
3-3 Maria Saint’Amand Lima
Casou com Teotonio Dias Ladeira, tendo 16 fi­
lhos dos quais apenas quatro chegaram a nosso
conhecimento:
4-1 José Dias Ladeira
Casou com Aurora Ladeira, tendo:
5-1 Adelbar
5-2 Adelson
4-2 íris Dias Ladeira
Casou com um senhor Heitor. . . e tem uma
filha: Inah.
4-3 Manuel Dias Ladeira. Casado.
4-4 Francisco Dias Ladeira. Casado.
3-4 José de Saint’Amand Lima
Casou primeiro com Arlinda de Castro, tendo dois
filhos. Casou segunda vez e nada pudemos apu­
rar.
3-5 Raul de Saint’Amand Lima
3-6 Horácio Saint’Amand Lima
Nasceu ^m Rio Novo a 10 de outubro de 1886
e Casou em primeira núpcias em Piáu, com Ana
Lopes e em segunda núpcias em Juiz de Fora,
com a prima Sofia Bretãs supra referida. Do pri­
meiro casamento teve três filhos, Maria, Galileu
e Geraldo, falecidos na infância; do segundo,
alem de Acir e Manuel, falecidos, tem m ais:
4-1 Maria José
Nasceu em Tuiz de Fora a 21 de abril de
1921.
4-2 Natalino
Nasceu em Juiz de Fora a 24 de dezembro
de 1935.
3-7 Waldemar de Saint-Amand Lima
Casou com Odete Lima. Sem geração.
3-8 Hercília de Saint’Amand Lima
Casou com Abílio Cardoso, tendo:
— 420 —

4-1 Emília Cardoso


Casou com Alencar Barros.
4-2 Geni Cardoso
Casou com Antonio Campos.
4-3 Edith Cardoso
Casou com Otávio Cota'.
4-4 Aparecida
4-5 Célia.
3-9 Elisa de Saint’Amand Lima
Casou com Menotti Pecorelli, tendo:
4-1 Vicente Pecorelli
4-2 Menotti, falecido na infância.
4-3 José Pecorelli
■4-4 Margarida Pecorelli
Casou com o Comandante Paulo Franciolli,
tendo dois filhos.
3-10 Ambrosina de Saint’Amand Lima
Casou com Cicero Soares de Almeida. Alem de
um, falecido, tem :
4-1 Sebastião Soares de Almeida
4-2 Danilo Soares de Almeida
4-3 Aparecida Soares de Almeida
4-4 Jaci Soares de Almeida
4-5 Aríete Soares de Almeida
4-6 José Soares de Almeida
4-7 Ilva Soares de Almeida
4-8 Eneida Soares de Almeida
4-9 Luci Soares de Almeida
4-10 Geraldo Soares de Almeida e
4-11 Antonio Soares de Almeida, gêmeos.
3-11 Gil de Saint’Amand Lima
Faleceu solteiro.
3-12 Rosalina de Sain’Amand Lima
. Casou com Oscar Vieira, tçndo:
4-1 Vera Lima Vieira
4-2 Aparecida Lima Vieira
4-3 Geraldo Lima Vieira.
3-13 Zilda de Saint’Amand Lima
Casou com José Guilherme Timponi, de Juiz de
Fora, tendo:
4-1 Norma Timponi
4-2 Marília Timponi.
3-14 Yolanda de Saint’Amand Lima
Casou com Joaquim de Araújo, tendo:
— 421

4-1 Armando de Araújo.


3-15 Silvio Saint’Amand Lima
3-16 Gabriela Saint’Amand Lima
Casou com Wilson de Matos, tendo em 1944-
cinco filhos.
3-17 Sebastiana Saint’Amand Lima
Casou com Benvindo dos Santos, tendo:
4-1 Dulce dos Santos, casada com G erald o ....
.......... tendo três filhas, Marlene, Marluce e
Marli.
3-18 Francisca de Saint’Amand Lima
Casou com Antonio Augusto Ricardo, tendo:
4-1 Neide, Nasceu no Distrito Federal a 29 -de
novembro de 1944.
2-4 João de Miranda Lima
Casou com Amélia Machado, tendo:
3-1 João de Miranda Lima Filho
3-2 José Augusto de Lima
3-3 Dinorah de Lima. Casada.
3-4 Mario Lima. Casado.
2-5 Maria da Conceição Miranda Lima
Casou com Carlos Machado, tendo:
3-1 Francisco Machado
Casou com.................. Kneip, tendo :
4-1 Ruy Kneip
4-2 Aroldo Kneip
4-3 Berbert Kneip
4-4 Maria Augusta Kneip
4-5 Lilia Kneip.
3-2 Maria do Carmo Machado
Casou com Acácio Serpa, tendo:
4-1 Abigail Serpa.
3-3 João Machado
3-4 José Machado
3-5 Sofia Machado
3-6 Zulmira Machado
Casou com Lourenço Genaro, tendo:
4-1 Miguel Genaro
4-2 Ana Genaro
4-3 Yolanda Genaro.
2-6 Maria Amélia de Miranda Lima
Casou com Antonio Monteiro Bretãs, irmão de Fran­
cisco de Paula Monteiro Bretãs já referido no n.° 2-2.
fit:i itf

— 422 —

Alem de Antonio, falecido em tenra idade, tem m ais:


3-1 Amélia Monteiro Bretãs
Casou com o Dr. Lincoln de Araújo, tendo:
4-1 Dr. Murilo Bretãs de Araújo
Conceituado facultativo na Capital Federal,
professor na Faculdade de Medicina, diretor
da Maternidade da Santa Casa.
4-2 Ruth de Araújo
Casada com Bernardo Mascarenhas.
4-3..............................
3-2 Odila Monteiro Bretãs
Casou com o Dr. Antonio Dias de Carvalho, fa-
» lécido a 13 de março de 1948, deixando:
4-1 Dr. Antonio Dias de Carvalho Júnior.
Cirurgião dentista.
4-2 Wanda Bretãs de Carvalho
4-3 Luisa Bretãs de Carvalho.
3-3 Matilde Monteiro Bretãs
Casou com o General Cláudio Monteiro, falecido
a 19 de janeiro de 1930, filho de Estácio José
Monteiro e de Josefina de Oliveira Monteiro, de
Porto Alegre, Rio Grande do Sul, tendo:
4-1 Maria Amélia Bretãs Monteiro
4-2 Esteia Bretãs Monteiro
Casou com Agemar Rocha Santos, Tenente-
Coronel Aviador.
4-3 Oscar Bretãs Monteiro. Tenente Aviador.
4-4 Antonio Cláudio Bretãs Monteiro.
1-2 Francisco de Paula Miranda Lima
Segundo filho do Comendador Francisco de Paula Lima.
Casou com Francisca de Paula Teixeira Leite (ou Fran-
cisca de Paula Leite Guimarães, como já lemos), neta do
Barão de Vassouras. Filhos:
2-1 Dr. Miguel Arcanjo de Paula Lima
Nasceu em Juiz de Fora a 29 de setembro de 1865 e
faleceu em São Paulo a 30 de agosto de 1930. Forma­
do em Medicina, clinicou algum tempo na Capital
paulista. Casou no Rio de Janeiro a 1 de janeiro de
1887 com Dulce de Figueiredo, filha do Visconde de
Ouro Preto, deputado geral, senador, Conselheiro de
Estado, ministro e chefe de gabinete e de su a1 mulher,
a Viscondessa, Francisca dé Paula Martins de Tole­
do; neta paterna de José Antonio Afonso, português
e de Maria Madalena de Figueiredo; neta materna do
Conselheiro Joaquim Floriano de Toledo, deputado
provincial, presidente da Câmara, vice presidente da
Província de São Paulo com exercício durante seis
períodos, falecido em São Paulo a 18 de abril de 1875
e casado em primeiras núpcias com Margarida da
Graça Martins (Silva Leme, 4-280).
Faleceu D. Dulce em Capivari (Estado de S. Paulo)
a 7 de dezembro de 1922 (Vida o “Estado” de 8). Fi­
lhos :
3-1 Dr. Afonso Celso de Paula Lima
Nasceu no Rio de Janeiro a 20 de novembro de
1889. Bacharel em Direito, prestou serviços à po­
lícia de carreira em diversas localidades do inte­
rior do Estado de São Paulo, terminando a tra­
jetória em cargos de responsabilidades: delegado
de Estrangeiros, em Santos, chefe do Gabinete de
Investigações, diretor da Escola de Polícia. A êle
devemos a inauguração no salão nobre da secre­
taria da polícia do retrato do Dr, Rodrigo Mon­
teiro de Barros, primeiro chefe de policia da pro­
víncia. Historiador e genealogista.
Casou duas vezes. A primeira a 5 de abril de
1911 com Adilia Salgado, nascida em São Paulo
a 21 de fevereiro de 1894 e falecida a 5 de junho
de 1922. A segunda com Adalgisa de Camargo
Penteado, filha de Alfredo de Camargo Penteado
natural de Tiete, falecido com 78 anos a 17 de no­
vembro de 1941 e de Leonor de Gusmão Ca­
margo Penteado; neta paterna de Evaristo de
Camargo Penteado, citado em Silva Leme, 1-253
(6-6) onde foi omitido o nome da esposa, Ma­
ria Felizarda Alves de Camargo. Faleceu o Dr.
Afonso Celso em Poços de Caídas a 4 de janeiro
de 1951, havendo filhos só com a primeira:
4-1 Maria Cecília. Faleceu na infância.
4-2 Maria Dulce de Paula Lima
Nasceu em São Paulo a 1 de maio de 1913.
Casou com Elias de Almeida, paraibano,
nascido a 6 de maio de 1908, filho de Anto-
nio Henrique de Almeida e de Júlia de Al­
meida. Filhos:
5-1 Noemi
5-2 Heloisa
5-3 Alice
. ..

— 424 —

3-2 Maria de Lourdes de Paula Lima


Nasceu em Lisboa a 8 de fevereiro de 1892 e ca*
sou em São Paulo a 26 de outubro de 1919 com
o Dr. Adalberto Lins da Silva Exel, nascido em
São Paulo a 18 de dezembro de 1890, filho de
Luiz Carlos Exel e de Doralice da Silva. O Dr.
Adalberto exerceu durante muito tempo o cargo
de promotor público da comarca de Capivari.
Filhos:
4-1 Margarida Maria Exel
Nasceu em Catanduva a 30 de julho de 1920..
4-2 Paulo Afonso Exel
Nasceu em Capivari a 19 de junho de 1922..
4-3 Celina Exel
Nasceu em Olimpia a 9 de novembro d e ...
3-3 Miguel Afonso de Paula Lima
Nasceu em São Paulo a 4 de fevereiro de 1898.
Casou na mesma cidade com Poli Permann de
Paula Lima, filha de Francis Heywood Permann
e de Mary Thompson, filha esta, de William
Thompson e de Elisabeth Thompson. Filhos:
4-1 Afonso Celso de Paula Lima
Nasceu a 3 de junho de 1920.
4-2 Maria Helena de Paula Lima
Nasceu em São Paulo a 1 de julho de 1928.
3-4 Ruth, falecida.
3-5 Luiz Felipe de Paula Lima
Nasceu em São Paulo a 4 de janeiro de 1901 'e
aí casou a 3-1-1936 com Angela Pinho Aranha,,
nascida na mesma localidade a 12 de setembro de
1913, filha do Dr. Ernesto Alves Aranha e de
Almira Pinho. Filhos:
4-1 Afonso Celso de Paula Lima
Nasceu em São Paulo a 8 de março de 1937.
4-2 Luiz Felipe de Paula Lima
Nasceu em São Paulo a 16 de agosto de
1941.
3-6 Zoé de Paulá Lima
Nasceu em Petrópolis a 6 de abril de 1908.
3-7 Isabel Bragantina de Paula Lima
Nasceu no Rio de Janeiro a 29 de julho de 1911.
Casou em São Paulo com José Alves Carneiro,
nascido a 3 de janeiro de 1913, filho de João Al­
ves Carneiro e de Rosa Ferreira de Freitas.
— 425 —

3-8 Dulce de Paula Lima


Nasceu a 16 de outubro de 1914, em S. Paulo.
1-3 Dr. Teotônio de Miranda Lima
Terceiro filho do Comendador Francisco de Paula Lima e
de Francisca B. de Miranda Ribeiro.
Casou com Maria Augusta Mendes Ferreira, filha do Co­
mendador Joaquim Mendes Ferreira, de Rio Novo. Tive-
veram alem de Francisca, Leonor, Ernestina, falecidas sol­
teiras, m ais:
2-1 Dr. Teotônio de Miranda Lima Filho
Cirurgião dentista, residente na Capital Federal, ca­
sado com Georgeta Alvares de Miranda Lima, filha
de Martinho Alvares Ferreira da Silva e de Cecília
Teixeira Leite (filha de Francisco Teixeira Leite e
de Leopoldina Vidal Leite Ribeiro e neta dos Barões
de Vassouras) Tem:
3-1 Marília Alvares de Miranda Lima.
2-2 Sílvia de Miranda Lima.
2-3 Dr. José Eugênio de Miranda Lima
Casou com Esmeraldina Couto e Silva, irmã do se­
nador Coutó e Silva. T em :
3-1 Dinah Couto de Miranda Lima
3-2 Maurício Couto de Miranda Lima.
2-4 Diva de Miranda Lima
Viuva de Manuel Couto e Silva, irmão de Esmeral­
dina. Sem geração.
2-5 Guiomar de Miranda Lima
Reside no município de Juiz de Fora.
2-6 Alice de Miranda Lima
Casou com o Coronel Alfredo Mendes Ferreira, so­
brinho do Comendador Joaquim Mendes Ferreira,
acima citado, tendo:
3-1 Cinira Mendes Ferreira
Casou com o parente Nodi Mendes Ferreira, fun­
cionário municipal em Pomba, filho de Alcibia-
des Mendes Ferreira. Tem cinco filhos cujos no­
mes não conseguimos saber.
3-2 Aimée Lima Mendes Ferreira
Casou com Hélio Pena Ribeiro, residente em
Paraiba do Sul, tendo filhos cujos nomes não
chegaram a nosso conhecimento.
1-4 Constança Emídia de Miranda Lima
Nasceu a 6 de janeiro de 1849 e casou com o Coronel Ma­
nuel Vidal Barbosa Lage, nascido a 13 de fevereiro de
— 426

1836 e falecido a 24 de maio de 1888, filho de Leandro


Barbosa (1807-1866) e de Maria Perpetua Vidal Lage
1812-26-2-1836) ; neto paterno do Guarda-Mor Leandro
Barbosa Teixeira e de Ana Joaquina Barbosa; neto ma­
terno do Capitão Manuel Vidal Lage e de Maria Carlota
de Lima, tia Maria do Ribeirão, irmã do Comendador
Francisco de Paula Lima.
O Capitão Manuel Vidal Lage era filho do Alferes Ma­
nuel Vidal Lage e de Maria Perpétua do Rosário e neto
paterno do Capitão Antonio Vidal Barbosa, tronco das fa­
mílias Vidal, Vidal Lage, Vidal Barbosa.
Maria Carlota de Lima, tia Maria do Ribeirão, era filha
do Capitão José Rodrigues de Lima e de Maria Antonia
de Oliveira, a qual, como acima dissemos, era filha do in­
confidente José Aires Gomes e de Maria Inácia de Oli­
veira (Cónego Raimundo Trindade, “Genealogia da Zona
do Carmo”, pág. 487).
O Coronel Manuel Vidal Barbosa Lage gozou de mercan­
te prestígio político em sua terra, sempre filiado e mili-
' tando nas hostes do Partido Conservador. Coronel Coman­
dante da Guarda Nacional; abastado fazendeiro, proprie­
tário das fazendas São Pedro, Ribeirão, Montebelo, Va-
le-Maria, Quinta da Lage. Fundador è um dos organiza­
dores da Companhia Estrada de Ferro do Piáu, da qual
ocupou a presidência durante vários anos.

O.? Vidal Barbosa Lage — {“Diário Mercantil”, de Juiz


de Fora, Suplemento de domingo, 5-5-Í945,-artigo de Múcio de
Abreu e Lima, do Instituto Histórico e Geográfico de Minas
Gerais).
Antonio Vidal, tronco da tradicional e importante familia
Vidal Barbosa Lage que se entrelaçou com muitas outras, es­
pecialmente em Juiz de Fora, era natural da freguesia de São
Mamede, termo de Monterei, filho de Afonso Vidal, nascido
em São Salvador de Sabuzedo, bispado de Orense, reino da
Galiza, e de Ana de Campos, de Vila Fria, comarca de Chaves.
Forçado por contigências da sorte, mudou-se Antonio Vi­
dal ainda criança para a freguesia de Santa Maria de Assun­
ção de Vila Seca, arbispado de Braga, conforme declara' em seu
testamento, transferindó-se máis tarde para o Brasil.
Vindo para Minas Gerais aqui contraiu matrimónio por
volta do ano de 1735, com D. Maria Tereza de Jesus, nascida
em Irajá, filha de Domingos Gonçalves Chaves, natural de S.
João da Cerveira, arcebispado de Braga e de Micaela dos An-
— 427

jos Coutinho, nascida em Nossa Senhora da Apresentação do


Irajá, bispado do Rio de Janeiro.
Eram estes tetravôs do Duque de Caxias e proprietários
da fazenda denominada "Medeiros”, hoje desmembrada em vá­
rias propriedades, entre elas a do Joazal e o sítio São Manuel.
Depois de casado adquiriu Antonio Vidal a fazenda cha­
mada ‘“Juiz de Fora”, onde se acha edificada esta bela cidade
e aí erigiu, em 1741, com a devida permissão eclesiástica uma
capela sob invocação de Santo Antonio.
Por carta patente passada em Vila Rica a 4 de março de
1751 e assinada por Gomes Freire de Andrade, então Gover­
nador das Capitanias do Rio de Janeiro, Minas Gerais e suas
anexas, foi nomeado Capitão de uma das companhias de O r­
denanças a pé, do distrito do Mato, composta de 50 soldados,
na vaga aberta com o falecimento de Gregório de Macedo. Nao
percebia vencimentos, mas gozava das honras, privilégios, li­
berdades e isenções que lhe outorgava a sua carta patente, re­
gistrada no Arq. Publ. Mineiro, Códice 8, pág. 7.
Em 13 de outubro de 1756, Antonio Vidal que nessa épo­
ca fazia o policiamento do distrito de Mantiqueira até o Para-
hybuna, comprou dos herdeiros do Tenente General Martim
Corrêa de Sá a fazenda Alcaide-Mor, outrora pertencente a D.
Antonia Tereza Maria Paes, viuva do Alcaide-Mor Tomé Cor­
rêa Vasques da família dos Corrêa de Sá, filha de Garcia Ro­
drigues Paes e neta do grande bandeirante Fernão Dias Paes,
o Caçador de Esmeraldas.
Faleceu Antonio Vidal a 30 de dezembro de 1765, demons­
trando através de seu testamento elevado espírito religioso e
grande devoção a Santo Antonio que se tornou o padroeiro
desta cidade.
De seu consórcio com D. Tereza Maria de Jesus deixou
sete filhos sendo duas mulheres e cinco homens.
Uma das filhas chamava-se Maria Quitéria e outra Rosa
Margarida, ambas freiras no Convento “ Corpus Cristi” de Vi­
la Nova de Gaia, da cidade do Porto.
Dos filhos varões, o mais velho Antonio V idal Lage estu­
dou em Portugal e o mais moço Domingos Vidal Barbosa La­
ge formou-se em Medicina pela Universidade de Montpellier,
na França, e morreu no exílio como conjurado na Inconfidên­
cia Mineira (morreu em Ribeira Grande, Cabo Verde, em
1792).
«. O de nome Francisco Vidal Barbosa Lage, nasceu a 10
de. abril de 1757 e foi batizado a 3 de maio do mesmo ano,
na Capela de Santo Antonio que seu pai erigira no sítio de
— 428 —

Juiz de Fora. Ordenou-se em Mariana no ano de 1782 ten­


do sido Vigário colado da freguesia de Simão Pereira.
Os demais filhos, José e Manuel receberam instrução no-
Rio de Janeiro.
O Coronel José Vidal Lage casou-se em 1788 com D.
Rita Tereza de Jesus, filha de Antonio Gonçalves da Silva e
de Ana Florência do Sacramento, deixando descendência (No­
ta de F. B. B. — Faleceu com o posto de Brigadeiro e tem
descendência descrita neste livro no Capítulo l.°, § 3).
O Alferes Manuel Vidal Lage casou-se com Maria Per­
pétua do Rosário, natural da freguesia de Nossa Senhora da
Assunção do Engenho do Mato, então pertencente ao termo-
de Barbacena, batizada na Capela de Nossa Senhora da Pie­
dade, na fazenda Borda do Campo, filha do Capitão Francis­
co de Macedo Cruz e de Ana Joaquina de Melo.
D. Ana Joaquina de Melo era irmã do inconfidente Jo­
sé Aires Gomes e filha de João Gomes Martins, fundador de
Santos Dumont, nascido na freguesia de São Felix de Gon-
difelos, termo de Barcelos, conselho e comarca de Vila Nova
de Famálicão e de Clara Maria de Melo, natural da fregue­
sia de Nossa Senhora da Apresentação do Irajá, bispado do
Rio de Janeiro, filha do Capitão Manuel Neto Barreto, na­
tural de São Pedro de Alcantara, da Ilha da Madeira, bispa­
do do Funchal e de Clara Soares de Melo, nascida em São.
Bernardo de Inhaúma, bispado do Rio de Janeiro.
De seu casamento com D. Maria Perpétua do Rosário*,
falecida a 7 de novembro de 1822 deixou o Alferes Manuel
Vidal Lage, falecido anteriormente, com testamento datado
de 13 de junho de 1800, os seguintes filhos:
I — Ana Joaquina Barbosa, casada com o Guarda-Mór
Leandro Barbosa Teixeira deixando descendência.
II — Antonio, falecido antes de sua mãe.
III — Tereza Maria de Jesus, casada com o Alferes José
Pinto de Souza.
IV — Joaquim Vidal Lage. Casou em 1816 com D. Ana.
Cândida Libânia de Lima, filha de José Rodrigues
de Lima e de Maria Antonia de Oliveira, falecida em.
1837 deixando uma filha de. nome Maria Cândida de
Lima que se casou com seu tio o Comendador Fran­
cisco de Paula Lima, de cujo consórcio ficaram dois
filhos: o Capitão José Aires de Miranda Lima e
Francisco de Paula Lima Filho.
D. Ana Cândida L. de Lima casou-se em segtfhdas.
núpcias com José Cesário de Miranda Ribeiro, Vis­
conde de Uberaba, também viuvo.
O Comendador Francisco de Paula Lima, enviuvan­
do, contraiu segundas núpcias com D. Francisca Be­
nedita Monteiro de Barros, filha do referido Viscon­
de e sua primeira mulher D. Maria José Monteiro de
Barros.
Deixou o Comendador Paula Lima catorze filhos,
sendo dois do primeiro e doze do segundo matrimô-
v nio.
V — Alferes José Vidal de Macedo. Casou com D. Maria
Maria Dorotéa de Queiroz. Tiveram 9 filhos, todos
falecidos antes dos pais.
VI — Francisco Vidal Barbosa, falecido em 1834, casado
com Maria Teodora de Azevedo.
VII — Capitão Manuel Vidal Lage. Casou com uma neta
de José Aires Gomes, chamada Maria Carlota de Li­
ma, natural da freguesia da Piedade de Barbacena,
nascida em 1800, filha de José Rodrigues de Lima e
de Maria Antonia de Oliveira. Ele faleceu a 16 de ou­
tubro de 1835 com testamento de 13 de outubro do
mesmo ano, feito e assinado na fazenda Ribeirão da
Boa Vista e ela a 10 de agosto de 1866 com testa­
mento datado de 17 de setembro de 1864, na Vila
de Queluz. .
Desse casamento deixou apenas uma filha de nome
Maria Perpétua casada com seu primo o Coronel Lean­
dro Barbosa, filho do Guarda-Mor Leandro Ba'r-
bosa Teixeira e de Ana Joaquina Barbosa, filha do
Alferes Manuel Vidal Lage e irmã do Capitão Manu­
el Vidal Lage, pai de Maria Perpétua.
Maria Perpétua faleceu a 27 de fevereiro de 1837, dei­
xando um filho recem-nascido, de nome Manuel Vi­
dal Lage, o qual mais tarde passou a se assinar Ma­
nuel Vidal Barbosa Lage.
O Coronel Manuel Vidal Barbosa Lage foi criado por
sua avó D. Maria Perpétua de quem se tornou uni­
versal herdeiro. Nasceu a 13 de fevereiro de 1837 na
fazenda Ribeirão das Rosas e faleceu a 24 de maio
de 1888, deixando viuva, D. Constança Vidal Barbo­
sa Lage” .
Termina aqui o artigo do Sr. Múcio de Abreu. Sobre a
mesma família recomendamos a leitura de outro artigo, publi-
— 430 —

cado no" Jornal do Comércio”, do Rio de Janeiro, edição de-


17-2-1946, subscrito por Nestor Massena: “Barbacenenses de
Prol”.

O casal Constança-Coronel Manuel Vidal (1-4) teve os.


seguintes filhos:
2-1 Dr. Francisco Isidoro Barbosa Lage
Nasceu a 4 de abril de 1865 e faleceu a 19 de julho,
de 1915.
Casou com Clotilde Moretzsohn. Não houve filhos.
2-2 Maria Perpétua Vidal Lage e Silva
Nasceu a 30 de abril de 1866 e faleceu a 23 de ja­
neiro de 1928.
Casou com o Dr. Francisco Bernardino Rodrigues.
Silva, nascido a 10 de outubro de 1853, bacharel em
Direito pela Faculdade de São Paulo; presidente de
província; deputado federal pelo Estado de Minas,,
falecido a 14 de abril de 1920, filho do Senador Dr..
Firmino Rodrigues Silva e de Elisa Duarte Badaró
Rodrigues Silva.
O Senador Dr. Firmino Rodrigues Silva nasceu em
Niterói em 1816, filho de outro de igual nome e
de Ana Joaquina de Jesus; neto paterno de Fer­
nando Silva e de Joaquina Rodrigues; neto mater­
no de José Ribeiro e de Maria de Jesus. Diplomou-
se em Direito na Academia Jurídica de São Paulo,
tendo, sido citado pelo Dr. Almeida Nogueira, “Tra­
dições”, vol. 8, pág. 9; advogado; jornalista. Abra­
çou a magistratura, exercendo o cargo de juiz de di­
reito de Ouro Preto, chefe de policia da província de.
Minas, Desembargador da Relação do Rio de Janei­
ro. Alem de magistrado, destacou-se na política na­
cional, deputado geral,' senador nomeado por Carta.
Imperial de 29 de abril de 1861, sucedendo a Luiz.
Antonio Barbosa.
Comendador da Ordem da Rosa, socio do Instituto
Histórico Brasileiro. Faleceu em Paris a 4 de julho-
de 1879, sendo substituído no Senado pelo Conse­
lheiro Lafaiete Rodrigues Pereira.
Sua esposa, Elisa Duarte Badaró, nascida a 31 de
outubro de 1831 e falecida a 20 de fevereiro de 1880,.
era filha de Francisco Coelho Duarte Badaró e de
Francisca Cândida de Lima; neta paterna do Capitão-
Mor José Coelho Duarte e de Maria Francisca de.
— 431 —

São José, naturais da freguesia de Nossa Senhora da


Conceição dos Carijós; neta materna do acima refe­
rido Capitão José Rodrigues de Lima e de Maria
Antonia de Oliveira, filha, esta, do inconfidente Jo­
sé Aires Gomes.
Francisco Coelho Duarte Badaró a principio usava
somente o nome de Francisco Coelho Duarte. Muito
entusiastas das idéias liberais e correligionário do cé­
lebre Dr. Libero Badaró, de São Paulo, tornou-se,
em sua zona, ardoroso paladino e propagandista dos
princípios liberais que empolgavam os moços da épo­
ca.
Depois do assassinato do seu chefe espiritual, redo­
brou a atividade política e tanto falava, discutia, re­
petia o nome Badaró que transformou seu credo em
uma espécie de mania, tornou-se algo insistente, a
ponto de ficar conhecido entre os amigos, colegas e
parentes pelo apelido de “Badaró”. Não se aborre­
ceu ; pelo contrário, tanto se ufanava da alcunha, que
a incorporou ao verdadeiro nome e passou a assi­
nar: Francisco Coelho Duarte Badaró.
Os irmãos nunca usaram deste sobrenome.
Francisco Coelho Duarte Badaró e Francisca Cân­
dida de Lima, tem seus filhos descritos na “Genea­
logia da Zona do Carmo”, pelo Rev. Cónego Raimun­
do Trindade, pág. 488 em diante.
Entre eles figura o de nome Justiniano Corsino Du­
arte Badaró de quem o ilustre genealogista anota so­
mente um filho, o distinto diplomata brasileiro, Dr.
Francisco Coelho Duarte Badaró.
Pedimos licença para acrescentar os seguintes:
1) Dr Eduardo Gê Badaró. Nasceu no Piranga' a
18 de dezembro de 1864 e faleceu em Pindamo-
nhangaba a 24 de junho de 1937. Bacharel em
Direito pela Faculdade de Direito de São Paulo.
Catedrático da Cadeira de Latim no Ginásio D.
Pedro II. Casou com Esteia de Oliveira Ivahy,
nascida em Limeira (São Paulo) a 19 de maio
de 1874, filha do Dr. José Marques de Oliveira
Ivahy e de Francisca Leopoldina Ferreira de
Camargo, de quem já tratamos no Cap. 46, § 3.°,
n. 1-5. Deixou entre outros:
a) Dr. Eduardo Edargê Badaró. Engenheiro ar­
quiteto. Nasceu em São Paulo a 25 de julho
— 432 —

de 1908, residente em Campinas, onde casou a


8 de setembro de 1938 com Maria de Lour-
des de Souza Campos (irmã do preclaro ge­
nealogista Dr. Th. de Souza Campos Filho),
filhos do Capitão Teodoro de Souza Campos
e de Ana Henriqueta de Albuquerque Pinhei­
ro.
2) Dr. Ovídio Badaró. Nasceu no Piranga em 1871.
Bacharel em Direito pela Faculdade paulista.
Promotor Público em diversas comarcas do Es­
tado de São Paulo. Advogado na Capital. Nos­
so companheiro de estudos superiores, na Acade­
mia e durante a vida prática, sempre nos distin­
guiu com sua amizade, como consta em nosso li­
vro “Bacharéis de 1896”. Casou nesta Capital a
4 dè fevereiro de 1899 com Luisa Duarte Guima­
rães, filha de Francisco Duarte Guimarães e de
Cândida Porfiria de Miranda Guerra. Deixou
uma filha, D. Luisa, hoje residente em São Pau­
lo em companhia de sua progenitora.
3) Dr. José Duarte Badaró
4) Durval Badaró
5) Olimpía Badaró
6) Maria Cândida Badaró.
O casal Francisco Bernardino-Maria Perpétua teve
sete filhos, registrados de 3-1 a 3-7:
3 1 Cipriano Lage e Silva
Escritor, jornalista e historiador. Entre seus úl­
timos trabalhos devemos salientar os que tem pu­
blicado no “Jornal do Comércio”, do Rio de Ja­
neiro sobre a personalidade, preclara e notável de
Mariano Procópio Ferreira Lage.
Iniciou sua vida civil na qualidade de funcionário
público federal, de 15 de novembro de 1910 até
1925, exercendo, entre outros, o cargo de secre­
tário geral do Serviço de Recenseamento e em
seguida o de chefe de seção da Diretória Gerai de
Estatística. Por decreto de 16 de outubro de 1926
ingressou na carreira consular, nomeado “ Inspe­
tor” das Américás, do Norte e Central e da Asia.
Participou da comitiva do presidente eleito do
Brasil, o Dr. Júlio Prestes, na viagem de cortesia
aos Estados Unidos da América do Norte.
Inaugurado o regime ditatorial em nosso país, foi
posto em- disponibilidade a 13 de maio de 1931.
(".Almanaque do Pessoal” do Ministério das Re­
lações Exteriores, 1931).
3-2 Branca Lage e Silva
Casou com o Dr. Enéas Guimarães Mascare-
nhas, engenheiro e industrial, filho do Dr. Ber­
nardo de Mascarenhas e de Amélia Guimarães
Mascarenhas.
O Dr. Bernardo de Mascarenhas nasceu a 4 de
junho de 1847 na fazenda São Sebastião, municí­
pio de Curvelo, Minas, filho de Antonio Gonçal­
ves da Silva Mascarenhas.
Viajou pela Europa e pelos Estados Unidos. Re­
gressando em 1875 empregou todo o seu saber,
instrução, conhecimentos técnicos em favor do
progresso industrial da importante zona da Ma­
ta, de sua província natal. Instalou usinas elétri­
cas, sendo uma delas a primeira da província, fun­
dou fabricas, organisou e incorporou bancos.
Por ocasião da passagem do primeiro centenário
natalício, o “Jornal do Comércio”, do Rio de Ja­
neiro, edição de 8-6-1947, publicou interessante
estatística demonstrando o êxito fantástico das
instituições por ele criadas. Assim, o Banco de
Crédito Real de Minas Gerais girava com o ca­
pital de 127 milhões e 690 mil cruzeiros; a Com­
panhia Fiação e Tecidos Cachoeira e Cedro, 77
milhões; a companhia Mineira de Eletricidade,
com 38 milhões; a Têxtil Bernardo de Mascare­
nhas com 30 milhões. (Dados extraidos do jor­
nal oficial “Minas Gerais” de 31-12-1946.
Faleceu repentinamente aos 9 de outubro de 1899.
Quando voltou dos Estados Unidos casou-se com
Amélia de Macedo Guimarães, falecida em Juiz
de Fora a 6 de fevereiro de 1916, filha do De­
sembargador José Inácio Gomes Guimarães, ma­
gistrado no antigo regime que depois de servir
em Ouro Preto, foi removido para o Tribunal de
Relação de São Paulo, onde chegou a presiden­
te, casado em São Paulo a 9 de novembro de 1854
com Amélia Carolina de Macedo, que comemo­
raram festivamente as bodas de ouro na mesma
cidade a 9 de novembro de 1904; neta paterna de
José Antonio Gomes Guimarães, de Santo Ama-
— 434

ro da Bahia; neta materna do Brigadeiro Fran­


cisco de Paula Macedo, português, e de Francis-
ca Amália de Araújo Azambuja.
O Brigadeiro era filho do Dr. Manuel Nunes de
Màcedo e de Joaquina Inácia de Saldanha, por­
tugueses. Maiores detalhes sobre a vida e sobre
a família do Desembargador Guimarães, vide nos­
so livro “Tribunal de Relação”, pág. 143.
O casal Dr. Enéas-Branca tem 6 filhos, de 4-1 a
4-6:
4-1 Maria de Lourdes. Falecida na infância.
4-2 Dulce Maria Lage Mascarenhas
Casou com o Dr. Maurício de Medeiros Du­
arte, filho de Alberto Duarte e de Francis- '
ca de Medeiros. T em :
5-1 Eduardo Mascarenhas Duarte
5-2 Marília Mascarenhas Duarte
5-3 Berenice Mascarenhas Duarte
5-4 Regina Mascarenhas Duarte
4-3 Dr. Oswaldo J. Lage Mascarenhas
Engenheiro. Casou com Lúcia de Andrade
Quinet, filha do Dr. Edgard Quinet de An­
drade Santos, conceituado médico operador
em Juiz de Fora, casado com Maria da Con­
ceição Monteiro de Andrade.
. Esta era filha de Azarias Botelho e de Ma­
ria da Conceição Monteiro da Silva, a qual,
por sua vez, era filha dos Barões de Santa.
Helena, adiante descritos no Cap. 51, § 2.°.
Filhos:
5-1 Heloisa Maria
5-2 Carlos
5-3 Gilda.
4-4 Dr. Nelson Lage Mascarenhas.
Advogado. Casou com Lourdes Tostes Mas­
carenhas, filha do Dr. João de Rezende Tos­
tes falecido no Rio a 24 de setembro de 1950
e de Carmen Sílvia Paleta Tostes; neta pa­
terna do Dr. Cândido Teixeira Tostes e de
Maria Luisa de Rezende Tostes; neta ma­
terna do Dr. Constantino Luiz Paleta.
Por sua avó paterna, D. Lourdes é bisneta
do Barão do Retiro, o qual era filho dos
Barões de Juiz de Fora. Filhos:

1
Â
— 435 —

5-1 Ronaldo Tostes Mascarenhas


5-2 Fábio Tostes Mascarenhas.
4-5 Dr. Marcelo Francisco Lage Mascarenhas
Dr. em Medicina. Casou com Lais Pereira
Nunes, filha de Armando Pereira Nunes,
tendo:
5-1 Maurício Nunes Mascarenhas.
4-6 Renato Antpnio Lage Mascarenhas
3-3 Jaime de Lage e Silva. Falecido solteiro.
3-4 Beatriz Eucaris Lage e Silva
3-5 Gil. Falecido na infância.
3-6 Rubens de Lage e Silva
Alto funcionário do Serviço de Superintendência
do Café, do Estado de São Paulo (antigo Insti­
tuto do Café).
Dotado de prodigiosa memória e de espírito lú­
cido a ele devemos preciosas informações sobre
seu ramo, do qual possue abundante arquivo.
Conserva inéditos dois trabalhos históricos genea­
lógicos, uma sobre a família Barbosa Lage e ou­
tro sobre seu avô, o Conselheiro Firmino Rodri­
gues Silva. Faleceu