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MEMORIAL DESCRITIVO SANITÁRIO

01. NOME DA EMPRESA:


SECEM - SERVICOS DE CEMITERIOS LTDA
02. LOCALIZAÇÃO:
RODOVIA ROD PA 391, AUGUSTO MEIRA FILHO, KM 09, 500 -
LIVRAMENTO - SANTA BÁRBARA DO PARÁ/PA - 68798000
03. CLASSIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO:
CEMITÉRIO
04. NATUREZA DO ESTABELECIMENTO:
Indústria e Comércio.
05. RESPONSÁVEL PELO PROJETO HIDRO-SANITÁRIO:
Marcelo Castanho Cardoso – 13318D/PA
ART: PA20180333244
6. OBJETIVO DO PROJETO:
O Projeto prevê a impermeabilização de jazigos, com capacidade total de
12.526 corpos.
“Os cemitérios sempre possuem a finalidade de depositar corpos. Este tipo
de construção adquiriu a condição de inviolabilidade no que tange a pesquisa científica”
(SILVA et al., 2006). Além disso, em complemento a esse pensamento, a gravidade
desse problema é devido ao descaso em muitos aspectos. Um deles, no que diz respeito
aos terrenos destinados para a implantação de cemitérios, geralmente aqueles que
possuem baixa valorização econômica, dos quais, muitas vezes, as características
geológicas, geotécnicas e hidrogeológicas não são avaliadas de maneira adequada,
levando a problemas sanitários e ambientais.
Os cemitérios, também conhecidos como necrópoles, muitas vezes, são
comparados como aterros sanitários controlados, pois se caracterizam pela produção de
gases como o metano (CH4) o que influi consideravelmente para o avanço do efeito
estufa; presença de organismos patógenos e pela produção de necrochorume, o que pode
atingir direta ou indiretamente a população vizinha; e ainda, poluição visual,
contribuindo assim, para o aumento da poluição ambiental. Deste modo, torna-se cada
vez mais importante e indispensável a procura de possíveis medidas para amenizar ou
solucionar os mais diversos problemas ambientais que afetam a qualidade de vida em
decorrência do mau funcionamento e disposição dos resíduos gerados nos cemitérios.
O grande abandono do poder público com relação aos cemitérios, aliados ao
potencial poluidor desses empreendimentos é algo preocupante para a sociedade, dessa
maneira, justifica-se a realização de um estudo visando identificar os impactos
ambientais decorrentes das necrópoles.
No presente trabalho, visa-se transmitir informações dos impactos
ambientais acarretados por necrópoles, oferecendo medidas de gerenciamento ambiental
em relação à implantação e operação de cemitérios na área urbana.
As necrópoles podem atuar como fontes geradoras de impactos ambientais
quando sua localização e manejo são inadequados. A decomposição dos corpos depende
das características físicas do solo onde o cemitério está ou será implantado (MATOS;
PACHECO, 2000). “Podem provocar a contaminação dos solos e mananciais hídricos
por microorganismos que proliferam no processo de decomposição dos corpos”
(MATOS, 2001). Deste modo, como os cemitérios são considerados como um depósito
de corpos humanos, estes necessitam de uma destinação correta, pois a degradação dos
corpos pode se constituir em focos de contaminação. A implantação inadequada, ou
seja, sem a avaliação das características geológicas (litológicas e estrutura do terreno) e
hidrogeológicos (nível do lençol freático), constituem uma das causas da degradação da
qualidade das águas subterrâneas e também das águas superficiais.
A contaminação das fontes pode ocorrer de duas formas: pela chuva e pelo
contato de um manancial com caixões enterrados diretamente no solo (inumação), os
quais não estão envolvidos por paredes de concreto. Altos índices pluviométricos
favorecem a invasão das urnas pela água, causando a percolação (transporte vertical do
líquido pelo terreno) até o lençol freático próximo. A quantidade de chuva pode também
elevar o nível das águas subterrâneas, fazendo com que alcancem altura suficiente para
atingir o local dos corpos. A inobservância desses parâmetros pode fazer com que
substâncias e microrganismos oriundos da decomposição de cadáveres tenham acesso a
água subterrânea representando um elevado risco do ponto de vista sanitário e higiênico.
Uma das questões ambientais mais discutidas e importantes refere-se à
possível passagem do necrochorume (efluente líquido cadavérico), ocasionando a
contaminação do solo e das águas subterrâneas.
O NECROCHORUME.
Durante o processo de decomposição dos corpos são gerados os chamados
efluentes cadavéricos, primeiramente os gasosos e posteriormente os líquidos. O
efluente líquido recebe o nome de necrochorume e, é um líquido viscoso, de cor
acinzentada a acastanhada, cheiro acre e fétido, polimerizável (tendência a endurecer),
rico em sais minerais e substâncias orgânicas degradáveis, incluindo a cadaverina e a
putrescina, duas aminas tóxicas, também conhecidas como alcalóides cadavéricos.
“A putrefação se inicia com as enterobactérias que penetram na corrente
sanguínea” (UCISIK; RUSHBROOK, 1998). Nesta fase também surgem bactérias
aeróbias, anaeróbias facultativas e anaeróbias (Neisseriaceae, Pseudomonadaceae e
Clostridium, respectivamente), à medida que o potencial redox dos tecidos diminui, vão
substituindo os microrganismos aeróbios.
O processo de putrefação é composto então por duas fases principais: gasosa
e a coliquativa. Na primeira fase são produzidos gases internos, como o metano (CH4), o
que provoca o arrebentamento do corpo. Estes gases muitas vezes são lançados ao ar
livre, provocando odores que, conforme a velocidade dos ventos abrange grandes
regiões. Logo após o processo “gasoso” ocorre a produção e a liberação de
necrochorume, que pode atingir valores na ordem de 7 a 12 litros, durante um período
de 1 a 4 semanas. “O segundo período do processo possui duração mais longa, de 2 a 8
anos, ocorrendo dissolução pútrida” (PACHECO, 1986). “O necrochorume é
constituído de 60% de água, 30% de sais minerais e 10% de substâncias orgânicas”
(SILVA, 1998).
O cadáver de um adulto pesando em média 70 quilos produz cerca de 30
litros de necrochorume em seu processo de decomposição. Esse líquido é composto por
60% de água, 30% de sais minerais e 10% de substâncias orgânicas, duas delas
altamente tóxicas: a putrescina e a cadaverina (ACKERMANN, 2001).
O necrochorume é liberado de forma constante pelos cadáveres em
decomposição, e apresenta um grau variado de patogenicidade. Grande parte dos
organismos patogênicos não suporta a presença de oxigênio existente na zona insaturada
do solo. Contudo, “quanto maior for a profundidade da água subterrânea, menor será o
teor de oxigênio dissolvido, favorecendo a existência e o desenvolvimento de
microorganismos” (SILVA et al., 2006). Caso a captação da água seja por meio de
poços com pequena profundidade, os indivíduos que vierem a utilizar esta água correm,
eventualmente, risco de doenças.
Assim, a produção e liberação de necrochorume e ainda, a proliferação de
organismos patogênicos no processo de decomposição dos corpos tornam-se alguns dos
principais fatores de contaminação dos recursos hídricos, devido a instalação
inadequada de necrópoles e a falta de gerenciamento feito por órgãos públicos.
METODOS DE TRATAMENTO:
O descarte inadequado do necrochorume destaca-se como o principal
poluente e contaminante dos cemitérios e dos institutos médicos legais, visto que a
substância possui nível avançado de agentes tóxicos e microrganismos patogênicos pode
contaminar o ambiente e oferece riscos à saúde pública (PACHECO, 1986).
Atualmente é constante a preocupação com métodos e tecnologias de
preservação e economia dos recursos hídricos, principalmente com a água potável, uma
vez que as ações antrópicas oferecem grandes ameaças para estes recursos, prejudicando
a disponibilidade de água potável para consumo. Entre rios, lagos e outros recursos
hídricos, a principal fonte ameaça é o lençol freático, cuja 95% deste recurso é
consumida pela população mundial. O tratamento do necrochorume, juntamente com
outras fontes poluidoras e contaminantes que venham a atingir os lençóis freáticos,
como por exemplo, lixões e efluentes industriais, ganharam ênfase para projetos de
tratamento e manutenção para preservar o meio ambiente (FERNANDES, 2014).
Devido à complexidade dos impactos negativos causados pelo
necrochorume, aumentou a demanda pelas formas de tratamento desta substância para
transforma-la em um produto menos tóxico e patogênico (FELICIONI, 2007).
Pastilhas.
Possui grande quantidade de bactérias consumidoras de matéria orgânica,
selecionadas e sintetizadas em esporos e agrupadas em formato de pastilhas, que são
colocadas nas urnas funerárias junto ao corpo, próximo e na base da coluna, essas
colônias de bactérias são ativadas conforme é formado e liberado o necrochorume, de
maneira que consomem os compostos orgânicos de difícil metabolização como
gorduras, óleos, graxas e lipídeos, transformando-os em dióxido de carbono e água
(HINO, 2015).
Mantas absorventes.
O produto é feito a partir de um plástico muito resistente impermeável, no
fundo ele possui uma camada de celulose em pó, que em contato com o necrochorume
se transforma um gel que retém dentro desse invólucro todo e qualquer produto oriundo
do processo de coliquação. A Manta é colocada dentro da urna, revestindo todo o seu
interior e, na medida em que o corpo vai liberando líquidos, a celulose vai absorvendo,
impedindo que o necrochorume extravase (MARCHIORO, 2007). Assim, o material
(gel) permanece na urna pelo tempo necessário à decomposição (3 a 5 anos) sem
contaminar a urna, a sepultura e o meio ambiente como um todo, cumprindo desta
forma a normativa 335 do CONAMA. Nas bordas da manta há um fio de náilon que, em
caso de exumação, é puxado, transformando a manta num saco de ossos
(JALOWITZKI, 2011).
A manta será colocada dentro da urna e em seguida posiciona o corpo
fazendo o ajuste pela parte da cabeça. Em seguida é feita a ornamentação para o velório,
deste modo a manta não aparece e não interfere na tradição e na despedida da família.
Obs: A manta não pode ser colada nem grampeado na urna, mais sim
ajustado ao corpo.
Ao acionar as linhas na borda, preferencialmente pela cabeça, ele se ajusta
ao corpo sem interferir e sem aparecer na arrumação para o velório, e deixa ainda uma
grande abertura na parte superior para facilitar o processo natural de decomposição.
Para evitar que o ajuste se solte, após verificar que está bem posicionado, fazer um nó
com os excessos de fio.
BENEFÍCIOS OBTIDOS
• Corpo protegido
• Caixão sem contaminação
• Sepultura limpa
• Solo e Água preservados do risco de contaminação.
Figura 1 - Modelo de manta absorvente.

IMPERMEABILIZAÇÃO.
Adotaremos a impermeabilização dos jazigos com o objetivo de evitarmos
ao máximo a infiltração do necrochorume. Os procedimentos de impermeabilização são
fundamentais para proteger um sistema construtivo contra a ação da água e seus efeitos.
Dependendo da superfície ou elemento a ser protegido, são usados tipos diferentes de
sistemas. Seguindo os principais:
Argamassa polimérica
Contém cimento, agregados, aditivos e polímeros que formam um
revestimento. Indicada para áreas frias e molhadas, poço de elevadores, piscinas,
rodapés, reservatórios de água e subsolos.
Calafetador
Bastante utilizado na vedação de caixilhos e elementos em geral. Ideal para
o preenchimento de juntas internas e externas, horizontais e verticais.
Emulsão acrílica
Tem base acrílica com elastômero, elementos que formam uma membrana
líquida. É ideal para superfícies expostas e sujeitas ao contato com as intempéries, como
lajes, coberturas, paredes e marquises.
Emulsão asfáltica
Um monocomponente, é aplicado a frio e requer proteção mecânica. Ideal
para terraços, áreas frias e lajes.
Hidrofugante
Material que repele a água e pode ser aplicado diretamente em superfícies
minerais. Ideal para fachadas de pedra, telha cerâmica, cerâmica porosa e, tijolo e
concreto aparentes.
Hidrorrepelente
Também repele a água e não altera a aparência do substrato. Ideal para
superfícies minerais, como tijolo e concreto aparentes, fachadas de pedra, telha
cerâmica e cerâmica porosa.
Manta asfáltica
Contém asfalto modificado com polímeros e é armada com estruturante.
Ideal para lajes planas ou inclinadas, piscinas, floreiras, reservatórios de água e áreas
frias.
CONCLUSÃO.
Após o exposto, chegamos à conclusão que a melhor alternativa para o
empreendimento é a manta absorvente a ser utilizado nas urnas funerárias e a manta
asfáltica para a impermeabilização dos jazigos, pois devido ao material empregado, a
mesma não agredirá o meio ambiente.
A manta absorvente é um dispositivo de mitigação, constituído de filme
impermeável branco leitoso, com camada absorvente, e linhas para ajuste ao corpo. Sua
aplicação é através do revestimento de toda a parte da base do caixão evitando que o
necrochorume vaze durante todo o processo (velório, sepultamento e exumação), possui
uma grande abertura na parte superior do corpo que facilita a processo de evaporação e
decomposição natural.
Evita o vazamento durante o período de sepultamento e fecha o ciclo ao
agilizar o processo de exumação, pois o funcionário do cemitério não entra mais em
contato com os restos mortais, pegando os ossos de forma fragmentada. O sistema de
ajuste do corpo obtido com a linha na borda, no final serve para transformar a manta em
bolsa, ou seja, muda de forma, com isso ele não é descartado evitando assim a geração
de resíduos.
A MANTA ASFÁLTICA PARA A IMPERMEABILIZAÇÃO.
A manta líquida apresenta diversas vantagens, dentre elas podemos destacar
as seguintes:
Ela é vendida pronta para o uso;
A aplicação é feita a frio;
Possui uma excelente aderência a diversas superfícies como o concreto e
também a argamassa;
Possui alta resistência e impermeabilidade;
Não possui solventes inflamáveis;
É possível vendar, com ela, pequenas fissuras de 0,2 mm até 0,5 mm;
Tem alta resistência aos raios ultravioleta;
Apresenta alta capacidade de reduzir o calor dos ambientes nos quais são
aplicadas. A manta líquida já vem pronta para ser utilizada. Porém antes da aplicação é
indicado mexer o produto só para que ele fique mais homogêneo.
Quanto à superfície que irá receber a manta líquida, ela deve antes receber
uma preparação e deve ser regularizada com a utilização de argamassa feito de cimento
e areia média.
Feito isso, a manta líquida deve ser aplicada com a utilização de uma trincha
ou um rolo de lã sobre o local desejado.
Na aplicação da primeira demão o produto deve ser diluído em água, na
proporção de 1:1, a fim de proporcionar uma melhor aderência à superfície.
Já as segundas e demais demãos (aconselho 5 demãos) devem ser aplicadas
com o produto na sua forma natural, sem diluição.
O tempo necessário para o produto secar completamente é de 3 dias, após
esse período você pode fazer um teste utilizando água ou qualquer outro líquido.
Veremos que a superfície está completamente impermeabilizada.
Como forma de manutenção, aconselhamos a reaplicação da manta de
impermeabilização, de 3 em 3 anos.
Encontramos no mercado essas mantas, através dos fabricantes Sika, Leroy
Merlim e Quartzolit.
MEMORIAL DESCRITIVO DE DRENAGEM.
Por muito tempo a drenagem urbana foi realizada de maneira a esgotar
rapidamente as águas de montante para jusante numa concepção higienista com origem
na Europa (SILVEIRA, 1998). Esta prática tinha o intuito de afastar rapidamente o
volume indesejado das águas de origem pluvial como também os esgotos sanitários.
Neste contexto se realizaram obras onerosas para conduzir tais volumes precipitados e
gerados, enquanto que a conscientização sobre os erros admitidos deste procedimento
era deixada de lado. Foi necessário, com o passar do tempo, que aquelas medidas
estruturais compostas por obras vultosas fossem aliadas a medidas não‐estruturais
juntamente com a integração de planos estaduais e federais.
A ausência de sistemas de drenagem eficientes afeta à saúde pública por
trazer à tona doenças de veiculação hídrica bem como perdas econômicas decorrentes
das inundações. A importância de tais sistemas talvez não se apresente de forma clara,
contudo são peças fundamentais no planejamento urbano e são responsáveis diretamente
pela sustentabilidade do ambiente urbano frente às adversidades da natureza como as
tormentas.
Tanto a ausência como a ineficiência dos sistemas de drenagem urbana
geram o aumento excessivo do volume de escoamento superficial, podendo ainda ser
agravado pela expansão urbana. Este aumento do volume de escoamento superficial
promove as enchentes que por consequência trazem consigo enormes prejuízos. A
proposição de critérios a serem assumidos no dimensionamento das galerias de águas
pluviais, o uso de equacionamento, sem qualquer emprego de ábaco, são partes
integrantes de uma sistemática de cálculo que permite fixar diâmetro, declividade,
recobrimento da galeria, bem como vazão e velocidade de escoamento, além de cotas do
terreno e de poços de visita que nortearão a construção da rede.
Para o empreendimento, apresentamos abaixo a memória de cálculo,
envolvendo, declividade, velocidade e diâmetro da Tubulação.
PLANILHA DE CÁLCULO ÁGUA PLUVIAL
Área Concen Coef. Cotas do Terreno Vazão Tempo
Extensão Intensida Vazão Diâmetro Declivida Velocida
Trecho Trecho Total tração Escoam. Mont. Jusante Seção Escoam.
(m) de l/sxha m³/s DN de m/m de m/s
há há Min Cm M M Plena Min.
PV 01 50,00 0,55 0,55 5,00 0,80 82,95 10,17 0,24 0,003 26,60 26,45 0,03 0,63 11,33
PV 02 50,00 0,78 1,33 5,00 0,80 82,95 24,54 0,42 0,010 26,00 25,50 0,23 1,70 11,82
PV 03 28,96 0,43 1,76 5,00 0,80 82,95 32,47 0,51 0,017 26,00 25,50 0,53 2,56 12,00
PV 04 4,56 0,07 1,83 5,00 0,80 82,95 33,74 0,64 0,055 26,00 25,75 1,73 5,33 12,02
PV 05 16,03 0,24 2,07 5,00 0,80 82,95 38,17 0,61 0,031 26,00 25,50 1,12 3,86 12,09
PV 06 17,10 0,26 2,33 5,00 0,80 82,95 42,94 0,57 0,018 26,50 26,20 0,71 2,78 12,19
PV 07 17,10 0,26 2,59 5,00 0,80 82,95 47,71 0,62 0,023 26,50 26,10 1,05 3,41 12,27
PV 08 17,10 0,26 2,85 5,00 0,80 82,95 52,49 0,56 0,011 26,61 26,43 0,53 2,15 12,41
PV 09 17,10 0,26 3,11 5,00 0,80 82,95 57,26 0,59 0,012 26,45 26,24 0,66 2,39 12,53
PV 10 17,10 0,26 3,37 5,00 0,80 82,95 62,04 0,64 0,015 26,56 26,30 0,88 2,78 12,63
PV 11 4,56 0,07 3,43 5,00 0,80 82,95 63,31 0,60 0,011 26,70 26,65 0,65 2,28 12,66
PV 12 17,10 0,26 3,69 5,00 0,80 82,95 68,08 0,66 0,015 26,87 26,61 0,94 2,80 12,76
PV 13 17,10 0,26 3,95 5,00 0,80 82,95 72,86 0,67 0,015 26,87 26,62 1,01 2,84 12,86
PV 14 17,10 0,26 4,21 5,00 0,80 82,95 77,63 0,69 0,015 26,87 26,61 1,09 2,92 12,96
PV 15 17,10 0,26 4,47 5,00 0,80 82,95 82,40 0,70 0,015 26,87 26,62 1,12 2,90 13,06
PV 16 17,10 0,26 4,73 5,00 0,80 82,95 87,18 0,69 0,012 26,87 26,67 0,94 2,55 13,17
PV 17 17,10 0,26 4,99 5,00 0,80 82,95 91,95 0,60 0,005 26,87 26,78 0,44 1,55 13,36
PV 18 4,56 0,07 5,06 5,00 0,80 82,95 93,22 0,63 0,007 26,55 26,52 0,57 1,83 13,40
PV 19 16,04 0,24 5,30 5,00 0,80 82,95 97,68 0,74 0,014 26,22 26,00 1,26 2,92 13,49
PV 20 17,11 0,26 5,56 5,00 0,80 82,95 102,48 0,78 0,017 25,45 25,16 1,63 3,38 13,57
PV 21 17,11 0,26 5,82 5,00 0,80 82,95 107,27 0,76 0,013 25,00 24,78 1,29 2,87 13,67
PV 22 17,11 0,26 6,08 5,00 0,80 82,95 112,06 0,66 0,006 24,60 24,50 0,61 1,78 13,83
PV 23 17,11 0,26 6,34 5,00 0,80 82,95 116,86 0,78 0,013 24,45 24,23 1,41 2,94 13,93
PV 24 17,11 0,26 6,60 5,00 0,80 82,95 121,65 0,86 0,019 23,33 23,00 2,20 3,82 14,00
PV 25 4,56 0,07 6,67 5,00 0,80 82,95 122,92 0,90 0,024 23,66 23,55 2,78 4,41 14,02
PV 26 16,04 0,24 6,91 5,00 0,80 82,95 127,38 0,80 0,012 22,98 22,78 1,49 2,94 14,11
PV 27 17,11 0,26 7,17 5,00 0,80 82,95 132,17 0,80 0,012 22,98 22,78 1,45 2,85 14,21
PV 28 17,11 0,26 7,43 5,00 0,80 82,95 136,96 0,81 0,012 22,98 22,78 1,50 2,88 14,31
PV 29 17,11 0,26 7,69 5,00 0,80 82,95 141,76 0,79 0,009 22,50 22,34 1,24 2,53 14,42
PV 30 17,11 0,26 7,95 5,00 0,80 82,95 146,55 0,83 0,011 22,25 22,06 1,52 2,84 14,52
PV 31 17,11 0,26 8,21 5,00 0,80 82,95 151,34 0,85 0,012 22,10 21,90 1,66 2,95 14,62
PV 32 11,57 0,17 8,38 5,00 0,80 82,95 154,48 0,82 0,010 22,01 21,90 1,38 2,61 14,70
PV 33 3,57 0,05 8,43 5,00 0,80 82,95 155,47 0,80 0,008 20,84 20,81 1,22 2,42 14,72
LANÇ 50,96 0,80 9,23 5,00 0,80 82,95 170,22 0,82 0,008 20,62 20,21 1,28 2,41 15,07

Para o dimensionamento dos PV’s, adotamos 2 modelos.


A rede de drenagem de águas pluviais é dimensionada para o escoamento de
águas pluviais com a finalidade de se eliminar as inundações na área urbana, evitando-
se as interferências entre as enxurradas e o tráfego de pedestres e veículos, e danos às
propriedades.
Os tubos em concreto armado utilizados na obra deverão ser da classe CA-2
PB (NBR-8890/2007) nos diâmetros de 400, 600, 700 e 800 mm.
O diâmetro mínimo a ser utilizado na rede de drenagem deve ser DN
400mm. O recobrimento mínimo da rede de drenagem deve ser de 0,90m. A declividade
da rede de drenagem deve ser entre 1 e 20%.
Trechos da rede e estruturas localizadas a montante e a jusante das
estruturas existentes deverão passar por adequação, caso necessário, após verificação in
loco das estruturas existentes.
Os tubos deverão ser rejuntados externa e internamente com argamassa
aditivada, no traço 1:3, de cimento, areia média e impermeabilizante. Antes da execução
de qualquer junta, deverá ser verificado se a ponta do tubo está perfeitamente centrada
em relação à bolsa.
Poço de Visita:
Os poços de visita são dispositivos localizados em pontos convenientes do
sistema de drenagem que permitem mudanças de direção, mudança de declividade,
mudança de diâmetro e inspeção e limpeza das canalizações.
Os poços de visita serão com fundo em concreto FCK=10MPA, parede em
alvenaria de 25 cm de espessura com tijolos maciços rebocados em seu interior e tampa
removível em concreto armado, com nível superior no mesmo nível do greide de
pavimentação.
O empreendimento em óbice, possui 33 poços de visitas, 240 bocas de lobo
e 1 ala de lançamento.

PV’s utilizados para tubulações dn 400 e 600mm.

PV’s utilizados para tubulações dn 700 e 800mm.


Boca de Lobo:
A boca de lobo é um dispositivo que tem como finalidade captar as águas
pluviais que escoam pelas sarjetas.
As caixas coletoras (boca de lobo) serão com fundo em concreto, paredes em
alvenaria com tijolos maciços rebocados em seu interior e grelha em concreto armado.
As bocas de lobo deverão ser executadas com dimensões, conforme projeto,
que se possa ter acesso à tubulação para ser realizada a limpeza quando necessária.
Todas as mudanças de direção que deverão ser executadas junto às bocas de
lobo e a ligação entre duto e boca de lobo deverá ser de tal forma que a ponta do duto
encaixe dentro da caixa de alvenaria da boca de lobo. As paredes da boca de lobo jamais
deverão ser apoiadas sobre a canalização, mas sim no fundo firme da vala.
A capacidade de esgotamento de uma boca-de-lobo simples é função da
rapidez com que se processa a mudança de direção do fluxo na sarjeta.
Portanto, aumentando-se, por exemplo, esta altura de fluxo, através de uma
depressão na sarjeta junto à face do meio-fio, a capacidade de esgotamento da boca-de-
lobo será substancialmente aumentada.
A principal vantagem da boca-de-lobo simples é que as obstruções por
detritos, embora sejam inevitáveis, são menos frequentes, por serem as aberturas
maiores. A desvantagem principal é a baixa eficiência quando utilizada em sarjetas com
declividades longitudinais acentuadas.
A boca-de-lobo com grelha possuí, uma abertura coberta com barras
metálicas longitudinais ou transversais formando grelhas.
As grelhas podem ser longitudinais ou transversais, segundo estejam
localizadas paralela ou perpendicularmente em relação à direção do escoamento.
A principal desvantagem das grelhas é a sua obstrução com detritos
transportados pelas enxurradas, acarretando redução substancial em sua capacidade de
esgotamento.
Numerosas experiências têm mostrado que as grelhas constituídas de barras
longitudinais são mais eficientes e menos sujeitas às obstruções do que aquelas
compostas por barras transversais.
A boca-de-lobo combinada é uma associação entre a boca-de-lobo simples e a
grelha, funcionando como um conjunto único.
Localiza-se em pontos intermediários das sarjetas ou em pontos baixos, sendo
que normalmente a grelha é instalada defronte à abertura do meio-fio, podendo também
ser colocada a montante ou a jusante.
O Sistema possui 239 bocas de lobo.
Ala de lançamento:
Estrutura de saída utilizada como destino final da rede de drenagem pluvial.
Ala de lançamento com tubulação DN 800mm
RELAÇÃO DE MATERIAL:
M
MATERIAL DIÂMETRO (MM) COMPRIMENTO (M)
CONCRETO 400 434,00
CONCRETO 600 128,00
CONCRETO 700 175,00
CONCRETO 800 190,00
CONEXÕES
PEÇA DIÂMATRO QUANTIDADE
POÇO DE VISITA 100 33
BOCA DE LOBO 100 28
TUBO DE PVC (46CM) 100 33
IMPERMEABILIZANTE
TIPO DE
UNIDADE QUANTIDADE
IMPERMEABILIZANTE
MANTA ASFÁLTICA M² 3.758,04 M²
BIBLIOGRAFIA:
SILVA, L. M. Cemitérios fonte potencial de contaminação dos aqüíferos
livres. In: CONGRESSO LATINO AMERICANO DE HIDROLOGIA
SUBTERRÂNEA, Montevideo: ALHSUD, p.667-681, 1998.
AZEVEDO NETO, M. F. Fernandez, R. Araujo, A. E. Ito. MANUAL DE
HIDRÁULICA. São Paulo, Edigar Blucher, 1998 8ª ed. 669p.

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