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GUIAS TÉCNICOS
CUSTOS DE CONSTRUÇÃO DE
INFRAESTRUTURAS ASSOCIADAS
AO CICLO URBANO DA ÁGUA
Dídia Covas (Coordenação)
Em parceria com:
GUIAS TÉCNICOS
CUSTOS DE CONSTRUÇÃO DE
INFRAESTRUTURAS ASSOCIADAS
AO CICLO URBANO DA ÁGUA
Dídia Covas (Coordenação)
FICHA TÉCNICA
TÍTULO:
Custos de Construção de Infraestruturas Associadas ao Ciclo Urbano da Água
COORDENAÇÃO:
Dídia Covas (IST)
Paula Freixial, Maria José Bento Franco (ERSAR)
AUTORIA:
Dídia Covas, Marta Cabral, Alexandre Pinheiro, Valentina Marchionni, Sara Antunes,
Nuno Lopes, Luis Mamouros, Nuno Brôco
COMISSÃO TÉCNICA DE APRECIAÇÃO (ERSAR):
Paula Freixial, Maria José Bento Franco, Margarida Monte, Rute Rodrigues, Pedro
Gonçalves
AGRADECIMENTOS:
Agradece-se a colaboração das diversas organizações e entidades gestoras que
contribuíram para este guia, nomeadamente:
Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (PO SEUR):
Financiou a elaboração do estudo “Custos de referência de infraestruturas do ciclo
urbano da água, de valorização de resíduos sólidos urbanos e de proteção da orla
costeira” realizado em 2014/2015. Um agradecimento muito especial ao Eng.º Luís
Santos pela confiança, apoio e incentivo para o desenvolvimento deste estudo.
Instituto Superior Técnico (IST): A elaboração deste guia contou ainda com a
colaboração da Eng.ª Susana Lopes, do Eng.º David Figueiredo e do Eng.º Marco
Pereira (no tratamento e análise de dados), do Prof. José Saldanha Matos (com
contributos para a versão final do guia), do Prof. António Monteiro (no lançamento
do estudo e com contributos para a versão final do guia), da Prof. Maria da
Conceição Amado e Eng.ª Maria Silva (na análise estatística dos dados), Eng.ª Rita
Amaral (sugestões diversas) e do Prof. António Trigo Teixeira (no componente dos
emissários submarinos).
Grupo Águas de Portugal (AdP): A elaboração deste guia contou com a colaboração
da Eng.ª Joana Pena (na análise de dados de estações de tratamento de águas e
águas residuais), da Dr.ª Sandra Santos (com contributos para a versão final do
guia), do Eng.º Pedro Laginha e do Eng.º André Azevedo (na recolha e
disponibilização da informação utilizada).
Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC): Eng.ª Helena Alegre, Eng.ª Dália
Loureiro, Eng.ª Adriana Cardoso.
Outras colaborações: Eng.º João Feliciano (AGS), Eng.ª Rita Almeida (AGS), Eng.ª
Maria Santos Silva (AdCL), Eng.º Abel Luís (EPAL), Eng.º Alfredo Afonso (Etermar).
Entidades gestoras: Empresas do Grupo AdP, serviços municipalizados e câmaras
municipais que disponibilizaram os mapas orçamentais e informação
complementar, essencial para a realização desse estudo.
EDIÇÃO:
Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos
FINANCIAMENTO
A elaboração deste guia técnico foi financiada pela ERSAR, pelo POSEUR e pelo
Programa Operacional COMPETE 2020.
CONCEÇÃO GRÁFICA:
Brand Practice
COMPOSIÇÃO E PAGINAÇÃO:
-
IMPRESSÃO E ACABAMENTOS:
-
TIRAGEM:
-
LOCAL E DATA DA EDIÇÃO:
Lisboa, 11 de dezembro de 2018
REVISÃO:
31 de janeiro de 2020
ISBN (VERSÃO DIGITAL):
978-972-98996-4-5
DEPÓSITO LEGAL:
-
PREFÁCIO DA ERSAR
PREFÁCIO DA ERSAR |V
Sendo este documento um instrumento de apoio à decisão, é
expetativa da ERSAR que o presente Guia Técnico contribua para
apoiar o setor no planeamento de sistemas e que contribua para a
maior eficiência das entidades gestoras e dos parceiros do setor.
Orlando Borges
(Presidente do Conselho de Administração da ERSAR)
Ana Barreto Albuquerque
(Vogal do Conselho de Administração da ERSAR)
Paulo Lopes Marcelo
(Vogal do Conselho de Administração da ERSAR)
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VI CUSTOS DE CONSTRUÇÃO DE INFRAESTRUTURAS ASSOCIADAS AO CICLO URBANO DA
ÁGUA
PREFÁCIO DO IST
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PREFÁCIO DO IST
alargado, nomeadamente no âmbito das iniciativas nacionais de GPI
(projeto iGPI 2015), contribuíram para a qualidade final do trabalho.
O Guia foi elaborado no âmbito de um acordo entre o Instituto
Superior Técnico, da Universidade de Lisboa, e a Entidade
Reguladora de Serviços de Águas e Resíduos. O estudo contou,
ainda, com o apoio do Programa Operacional para a
Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (PO SEUR), com o
apoio técnico e de fornecimento de dados de base da AdP – Águas
de Portugal, e com um leque muito alargado de outras
colaborações. É assim com muito gosto que o LNEC, que desta vez
apenas teve contribuições pontuais, vê confirmada a continuação
da produção de guias que possam contribuir para a melhoria da
qualidade dos serviços de abastecimento de água e de drenagem e
tratamento de águas residuais.
O IST tem como missão contribuir para o desenvolvimento da
sociedade, promovendo um ensino superior de qualidade e
dinamizando atividades de investigação e inovação essenciais para
o progresso do conhecimento. No âmbito do Saneamento, têm
assumido relevo as atividades nos domínios das infraestruturas e
serviços urbanos de abastecimento de água, de drenagem de águas
residuais e pluviais, e de tratamento de águas residuais e de gestão
dos seus subprodutos, designadamente no que respeita ao uso
eficiente da água, energia e nutrientes e à reabilitação e
beneficiação de sistemas. A colaboração do IST com a ERSAR tem-se
revelado nomeadamente ao nível do apoio a publicações,
recomendações e elaboração de pareceres técnicos. O IST
participou igualmente do projeto AWARE-P, em conjunto com o
LNEC e a ERSAR, e na elaboração do Guia Técnico 16.
A ERSAR tem como um dos seus objetivos estratégicos contribuir
para a maior eficiência das entidades gestoras e dos parceiros do
setor, através de parcerias com instituições técnicas e científicas,
razão pela qual a ERSAR tomou a iniciativa, em parceria com o
PO SEUR, de elaboração deste Guia com o IST.
O PO SEUR constitui-se, por sua vez, como um dos programas
criados para a operacionalização da Estratégia Portugal 2020,
pretendendo-se que contribua especialmente na prioridade de
crescimento sustentável, respondendo aos desafios de transição
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VIII CUSTOS DE CONSTRUÇÃO DE INFRAESTRUTURAS ASSOCIADAS AO CICLO URBANO DA
ÁGUA
para uma economia de baixo carbono e que naturalmente também
interessam ao setor das águas. A informação relativa a estimativas
de custo de investimento dos vários componentes do ciclo urbano
da água será muito útil para o PO SEUR, nomeadamente no âmbito
da verificação e análise de Estudos de Viabilidade Económico-
Financeira (EVEF), para a proposta de decisão de atribuição de
fundos, dado o peso que esse componente assume nesse tipo de
estudo.
Tal como no caso dos anteriores Guias, pretende-se, igualmente,
proporcionar um instrumento de trabalho para as entidades
gestoras e consultoras desse tipo de serviços, contribuindo para a
criação de um ambiente favorável para uma evolução eficiente e
sustentável dos sistemas e serviços de águas em Portugal.
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PREFÁCIO DO IST
ÍNDICE GERAL
1. INTRODUÇÃO ........................................................................... 3
2. METODOLOGIA ...................................................................... 15
3. UNIVERSO DA AMOSTRA........................................................ 35
4. CAPTAÇÕES DE ÁGUA ............................................................ 41
5. ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ÁGUA .................................. 65
6. ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS DE ÁGUA ........................................ 89
7. RESERVATÓRIOS..................................................................... 97
8. CONDUTAS DE ADUÇÃO, DE DISTRIBUIÇÃO E RAMAIS ........ 117
9. CONDUTAS ELEVATÓRIAS, EMISSÁRIOS GRAVÍTICOS E
SUBMARINOS ............................................................................... 149
10. COLETORES DOMÉSTICOS E PLUVIAIS E RAMAIS ................. 175
11. ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS DE ÁGUAS RESIDUAIS ................... 197
12. ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS ............ 215
13. CUSTO FINAL DE CONSTRUÇÃO ........................................... 263
14. VALOR DO INVESTIMENTO................................................... 283
15. VALOR ATUAL DA INFRAESTRUTURA ................................... 287
16. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ...................................... 297
1. INTRODUÇÃO ........................................................................... 3
1.1. Enquadramento ............................................................... 3
1.2. Âmbito de aplicação......................................................... 5
1.3. Estrutura do documento ................................................ 10
1.4. Destinatários .................................................................. 12
1.5. Metodologia de consulta ............................................... 12
2. METODOLOGIA ...................................................................... 15
2.1. Abordagem adotada ...................................................... 15
2.2. Recolha, seleção e processamento de dados................. 15
2.3. Atualização dos custos à data de referência .................. 17
2.4. Estabelecimento das rubricas de custo e identificação
dos parâmetros caraterísticos ................................................... 19
2.5. Cálculo dos custos de construção .................................. 27
2.6. Validação dos custos e elaboração de recomendações
finais ....................................................................................... 31
3. UNIVERSO DA AMOSTRA........................................................ 35
PARTE II - SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
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XIV CUSTOS DE CONSTRUÇÃO DE INFRAESTRUTURAS ASSOCIADAS AO CICLO URBANO DA
ÁGUA
7.2.4. Reservatórios elevados ........................................ 101
7.2.5. Caraterização geral: rubricas de custo ................. 102
7.3. Custo de construção de reservatórios ......................... 103
7.3.1. Nota introdutória ................................................. 103
7.3.2. Reservatórios apoiados ........................................ 104
7.3.3. Reservatórios apoiados associados a estações
elevatórias............................................................................ 108
7.3.4. Reservatórios elevados ........................................ 111
7.3.5. Comparação do custo de reservatórios ............... 115
8. CONDUTAS DE ADUÇÃO, DE DISTRIBUIÇÃO E RAMAIS ........ 117
8.1. Tipos de componentes ................................................. 117
8.2. Caraterização dos componentes .................................. 120
8.2.1. Caraterização geral .............................................. 120
8.2.2. Condutas de adução ............................................ 120
8.2.3. Condutas de distribuição ..................................... 122
8.2.4. Ramais de ligação domiciliários ........................... 123
8.3. Custo de construção de condutas adutoras, de
distribuição e ramais ................................................................ 124
8.3.1. Nota introdutória ................................................. 124
8.3.2. Condutas de adução ............................................ 126
8.3.3. Condutas de distribuição ..................................... 133
8.3.4. Ramais de ligação domiciliários ........................... 142
PARTE III - SISTEMAS DE GESTÃO DE ÁGUAS RESIDUAIS E PLUVIAIS
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XVI CUSTOS DE CONSTRUÇÃO DE INFRAESTRUTURAS ASSOCIADAS AO CICLO URBANO DA
ÁGUA
11.2. Caraterização dos componentes .................................. 200
11.3. Custo de construção de estações elevatórias de águas
residuais ................................................................................... 203
11.3.1. Nota introdutória ................................................. 203
11.3.2. Tipo I .................................................................... 203
11.3.3. Tipo II ................................................................... 206
11.3.4. Tipo III .................................................................. 209
11.3.5. Análise geral do custo de estações elevatórias de
águas residuais ..................................................................... 212
12. ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS ............ 215
12.1. Tipos de tratamento .................................................... 215
12.1.1. Tipos de ETAR....................................................... 215
12.1.2. Tratamento extensivo .......................................... 219
12.1.3. Tratamento intensivo: nível de tratamento
apropriado ........................................................................... 221
12.1.4. Tratamento intensivo: nível de tratamento
secundário ........................................................................... 222
12.1.5. Tratamento intensivo: nível de tratamento
terciário ............................................................................. 229
12.2. Caraterização dos componentes .................................. 229
12.3. Custos de construção de estações de tratamento de
águas residuais ......................................................................... 232
12.3.1. Nota introdutória ................................................. 232
12.3.2. ETAR compactas ................................................... 233
12.3.3. ETAR de leito de macrófitas ................................. 236
12.3.4. ETAR de leito percolador...................................... 242
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XVIII CUSTOS DE CONSTRUÇÃO DE INFRAESTRUTURAS ASSOCIADAS AO CICLO URBANO DA
ÁGUA
14.2. Custo final da obra ....................................................... 283
14.3. Custo associado a outras atividades ............................ 284
14.4. Cálculo do valor do investimento................................. 286
15. VALOR ATUAL DA INFRAESTRUTURA ................................... 287
15.1. Nota introdutória ......................................................... 287
15.2. Valor atual de cada ativo e da infraestrutura............... 287
15.3. Custo de substituição ................................................... 288
15.4. Vida útil técnica............................................................ 289
15.5. Índice do valor da infraestrutura ................................. 293
PARTE V - NOTAS FINAIS
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XXII CUSTOS DE CONSTRUÇÃO DE INFRAESTRUTURAS ASSOCIADAS AO CICLO URBANO DA
ÁGUA
Figura 5.2 – Remineralização: (a) depósito de armazenamento;
(b) sistema de preparação de água de cal; (c) adição de CO2;
(d) sistema de brita calcária (Fonte: AdP – Águas de Portugal,
S.A.) 68
Figura 5.3 – Etapas de tratamento: (a) coagulação; (b) floculação 69
Figura 5.4 – Decantadores ............................................................. 69
Figura 5.5 – Filtros de areia: (a) em operação; (b) em lavagem ..... 70
Figura 5.6 – Ozonizadores .............................................................. 70
Figura 5.7 – Filtro de carvão ativado granular ............................... 71
Figura 5.8 – Variação percentual da amostra inicial de ETA por: (a)
NUTS II; (b) anos de adjudicação dos contratos ............................. 73
Figura 5.9 – Distribuição da amostra final de ETA por rubricas de
custo .............................................................................................. 74
Figura 5.10 – ETA do Tipo I ............................................................ 76
Figura 5.11 – Esquema de tratamento de ETA do Tipo I (Fonte: AdP
– Águas de Portugal, S.A.) .............................................................. 76
Figura 5.13 – ETA do Tipo I: (a) custo unitário; (b) custo de
construção ..................................................................................... 79
Figura 5.14 – ETA do Tipo II (Fonte: AdP – Águas de Portugal,
S.A.) 80
Figura 5.15 – Esquema de tratamento de ETA do Tipo II ............... 80
Figura 5.16 – Amostra final (construção civil, equipamento e
instalações elétricas) de ETA do Tipo II com e sem a etapa de pré-
ozonização ..................................................................................... 81
Figura 5.17 – Custo unitário de construção de ETA do Tipo II sem
pré-ozonização: (a) construção civil; (b) equipamento
eletromecânico e instalações elétricas .......................................... 82
Figura 5.18 – ETA do Tipo II sem pré-ozonização: (a) custo unitário;
(b) custo de construção ................................................................. 83
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XXIV CUSTOS DE CONSTRUÇÃO DE INFRAESTRUTURAS ASSOCIADAS AO CICLO URBANO
DA ÁGUA
Figura 7.4 – Distribuição dos valores de altura de elevação em
função do caudal das estações elevatórias associadas aos
reservatórios apoiados................................................................. 100
Figura 7.5 – Variação percentual da amostra inicial de reservatórios
apoiados associados a estação elevatória: (a) NUTS II; (b) anos de
adjudicação dos contratos ........................................................... 101
Figura 7.6 – Variação percentual da amostra inicial de reservatórios
elevados: (a) NUTS II; (b) anos de adjudicação dos contratos ..... 102
Figura 7.7 – Distribuição percentual das rubricas de custo da
amostra final de reservatórios (expressa em termos do custo
total) ............................................................................................ 103
Figura 7.8 – Custo unitário de construção civil sem arranjos
exteriores para reservatórios apoiados com uma e duas células 105
Figura 7.10 – Reservatórios apoiados sem estação elevatória: (a)
custo unitário; (b) custo de construção ....................................... 107
Figura 7.11 – Custo unitário de construção de reservatórios
apoiados associados a estação elevatória: (a) construção civil sem
arranjos exteriores; (b) equipamento eletromecânico e instalações
elétricas........................................................................................ 109
Figura 7.12 – Custo de construção de reservatórios apoiados com
estação elevatória ........................................................................ 111
Figura 7.13 – Custo de construção de reservatórios elevados:
(a) construção civil sem arranjos exteriores; (b) equipamento
eletromecânico e instalações elétricas ........................................ 113
Figura 7.14 – Custo de construção de reservatórios elevados..... 115
Figura 7.15 – Comparação do custo de construção de reservatórios
apoiados com e sem estação elevatória associada ...................... 116
Figura 8.1 – Condutas adutoras: (a) conduta no interior do aqueduto
das águas livres (Lisboa); (b) Jovim, Nova Sintra (Gondomar) ..... 118
Figura 8.2 – Instalação de condutas: (a) PVC; (b) PEAD; (c) FFD .. 119
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XXVI CUSTOS DE CONSTRUÇÃO DE INFRAESTRUTURAS ASSOCIADAS AO CICLO URBANO
DA ÁGUA
Figura 8.16 – Comparação do custo unitário de construção de
condutas de distribuição em PEAD para as duas zonas ............... 137
Figura 8.17 – Comparação do custo unitário de construção dos três
materiais de condutas de distribuição: (a) no domínio de aplicação;
(b) incluindo extrapolação até DN500 ......................................... 138
Figura 8.18 – Custo unitário de construção de condutas de
distribuição com trabalhos especiais e pavimentação: (a) FFD; (b)
PVC 140
Figura 8.19 – Custo unitário de construção de condutas de
distribuição com trabalhos especiais e pavimentação: (a) PEAD em
zona rural a medianamente urbana; (b) PEAD em zona urbana .. 141
Figura 8.20 – Custo unitário de construção de conduta de
distribuição genérica com trabalhos especiais e pavimentação .. 142
Figura 8.21 – Custo unitário de construção de ramais de ligação em
PEAD com intervalo de extrapolação: (a) zona rural a medianamente
urbana; (b) zona urbana............................................................... 143
Figura 8.22 – Comparação do custo unitário de construção de ramais
de ligação em PEAD para as duas zonas ...................................... 144
Figura 8.23 – Custo unitário de construção de ramais domiciliários
com trabalhos especiais e pavimentação em PEAD em zona
urbana.......................................................................................... 145
Figura 9.1 – Emissários submarinos: (a) DN2500 (República
Dominicana); (b) DN1600 (Tunísia) (Fonte: Etermar).................. 150
Figura 9.2 – Distribuição da amostra final de condutas elevatórias
por rubricas de custo ................................................................... 152
Figura 9.3 – Distribuição da amostra final de emissários gravíticos
por rubricas de custo ................................................................... 154
Figura 9.4 – Variação do custo unitário de condutas elevatórias em
função da extensão de rede......................................................... 156
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XXVIII CUSTOS DE CONSTRUÇÃO DE INFRAESTRUTURAS ASSOCIADAS AO CICLO URBANO
DA ÁGUA
Figura 9.18 – Comparação do custo unitário de construção de
emissários gravíticos e submarinos em PEAD .............................. 173
Figura 10.1 – Caixas e ramais de ligação domiciliários ................. 176
Figura 10.2 – Coletores gravíticos pluviais: (a) Betão; (b) PPc ..... 177
Figura 10.3 – Distribuição da amostra final de coletores gravíticos
domésticos por rubricas de custo ................................................ 180
Figura 10.4 – Distribuição da amostra final de coletores gravíticos
pluviais por rubricas de custo ...................................................... 182
Figura 10.5 – Variação do custo unitário em função da profundidade
média de vala: (a) coletores domésticos; (b) coletores pluviais ... 184
Figura 10.6 – Variação do custo unitário em função da extensão de
rede: (a) coletores domésticos; (b) coletores pluviais ................. 185
Figura 10.7 – Custo unitário de construção de coletores gravíticos
domésticos com intervalo de extrapolação: (a) PPc/PVC; (b)
FFD 187
Figura 10.8 – Custo unitário de construção dos dois materiais de
coletores gravíticos domésticos ................................................... 188
Figura 10.9 – Custo unitário de construção de coletores domésticos
com trabalhos especiais e pavimentação: (a) FFD; (b) PPc/PVC .. 189
Figura 10.10 – Custo unitário de construção de coletor doméstico
genérico com trabalhos especiais e pavimentação ...................... 190
Figura 10.11 – Custo unitário de construção de ramais de ligação em
PPc/PVC com intervalo de extrapolação ...................................... 191
Figura 10.12 – Custo unitário de construção de coletores pluviais
com intervalo de extrapolação: (a) betão; (b) PPc ....................... 193
Figura 10.13 – Custo unitário de construção dos dois materiais de
coletores pluviais com intervalo de extrapolação ........................ 194
Figura 10.14 – Custo unitário de construção de coletores pluviais
com pavimentação: (a) betão; (b) PPc ......................................... 195
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XXX CUSTOS DE CONSTRUÇÃO DE INFRAESTRUTURAS ASSOCIADAS AO CICLO URBANO DA
ÁGUA
Figura 11.11 – Estações elevatórias de águas residuais do Tipo II: (a)
custo unitário; (b) custo de construção ....................................... 209
Figura 11.12 – Custo unitário de construção de estações elevatórias
de águas residuais do Tipo III: (a) construção civil sem arranjos
exteriores; (b) equipamento eletromecânico e instalações
elétricas........................................................................................ 211
Figura 11.13 – Estações elevatórias de águas residuais do Tipo III: (a)
custo unitário; (b) custo de construção ....................................... 212
Figura 11.14 – Comparação do custo unitário de construção dos três
tipos de estações elevatórias de águas residuais ......................... 213
Figura 12.1 – Sistema de lagunagem ........................................... 220
Figura 12.2 – ETAR de leitos de macrófitas (Fonte: AdP – Águas de
Portugal, S.A.) .............................................................................. 220
Figura 12.3 – Fossas sépticas ....................................................... 222
Figura 12.4 – Exemplo de um tratamento complementar de fossa
séptica.......................................................................................... 222
Figura 12.5 – ETAR baseada em sistema de tratamento biológico
modular compacto (Fonte: AdP – Águas de Portugal, S.A.) ......... 223
Figura 12.6 – Leito percolador ..................................................... 224
Figura 12.7 – Duas ETAR de lamas ativadas operadas em regime de
arejamento convencional com digestão anaeróbia das lamas e
cogeração (Fonte: AdP – Águas de Portugal, S.A.) ....................... 227
Figura 12.8 – ETAR de lamas ativadas operadas em regime de
arejamento prolongado (Fonte: AdP – Águas de Portugal, S.A.).. 229
Figura 12.9 – Variação percentual da amostra inicial de ETAR: (a)
NUTS II; (b) anos de adjudicação dos contratos ........................... 231
Figura 12.10 – Distribuição da amostra final de ETAR por rubricas de
custo ............................................................................................ 232
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XXXII CUSTOS DE CONSTRUÇÃO DE INFRAESTRUTURAS ASSOCIADAS AO CICLO URBANO
DA ÁGUA
Figura 12.23 – Custo unitário de construção de ETAR por LAAP sem
desinfeção e sem desidratação de lamas no local: (a) construção
civil; (b) equipamento eletromecânico e instalações elétricas .... 249
Figura 12.24 – ETAR por LAAP sem desinfeção e sem desidratação
de lamas no local: (a) custo unitário; (b) custo de construção .... 251
Figura 12.25 – Custo unitário de construção de ETAR por LAAP sem
desinfeção e com desidratação de lamas no local: (a) construção
civil; (b) equipamento eletromecânico e instalações elétricas .... 252
Figura 12.26 – ETAR por LAAP sem desinfeção e com desidratação
de lamas no local: (a) custo unitário; (b) custo de construção .... 254
Figura 12.27 – Custo unitário de construção de ETAR por LAAP com
desinfeção: (a) construção civil; (b) equipamento eletromecânico e
instalações elétricas ..................................................................... 256
Figura 12.28 – ETAR por LAAP com desinfeção: (a) custo unitário; (b)
custo de construção..................................................................... 257
Figura 12.29 – Custo unitário de construção de ETAR de pequena
dimensão (≤ 2 000 Hab.) .............................................................. 259
Figura 12.30 – Custo unitário de construção de ETAR de média e
grande dimensão (> 2 000 Hab.) .................................................. 259
Figura 13.1 – Percentagem do custo de pavimentação em relação ao
custo total de construção: (a) por componente; (b) por material
utilizado em componentes do sistema de abastecimento; (c) por
material utilizado em componentes do sistema de gestão de águas
residuais e pluviais ....................................................................... 266
Figura 13.2 – Valas-tipo: vala simples e vala com proteção em betão
268
Figura 13.3 – Execução de vala aberta em zonas urbanas ........... 269
Figura 13.4 – Custos unitários de marcação e corte do pavimento
270
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XXXIV CUSTOS DE CONSTRUÇÃO DE INFRAESTRUTURAS ASSOCIADAS AO CICLO URBANO
DA ÁGUA
ÍNDICE DE QUADROS
Quadro 2.1 – IHPC, IPC e fator de atualização para o ano 2016 .... 18
Quadro 2.2 – Rubricas de custo de componentes verticais e
instalações ..................................................................................... 21
Quadro 2.3 – Rubricas de custo de construção de
condutas/coletores ........................................................................ 22
Quadro 2.4 – Componentes de sistemas de abastecimento de água:
custos e respetivos parâmetros caraterísticos............................... 25
Quadro 2.5 – Componentes de sistemas de gestão de águas
residuais: custos e respetivos parâmetros caraterísticos............... 26
Quadro 2.6 – Natureza das variáveis por cada componente e tipo de
análise utilizada.............................................................................. 28
Quadro 3.1 – Amostra de elementos dos sistemas de abastecimento
de água .......................................................................................... 35
Quadro 3.2 – Amostra de elementos dos sistemas de águas residuais
e pluviais ........................................................................................ 37
Quadro 4.1 – Caraterísticas dos contratos analisados de captações
superficiais ..................................................................................... 44
Quadro 4.2 – Caraterísticas dos contratos analisados de captações
subterrâneas .................................................................................. 47
Quadro 4.3 – Caraterização das instalações de captações superficiais
por torre e por poço ...................................................................... 55
Quadro 5.1 – Caraterísticas dos contratos analisados de ETA ....... 72
Quadro 6.1 – Caraterísticas dos contratos analisados de estações
elevatórias de água ........................................................................ 90
Quadro 7.1 – Caraterísticas dos contratos analisados de
reservatórios apoiados................................................................... 99
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XXXVI CUSTOS DE CONSTRUÇÃO DE INFRAESTRUTURAS ASSOCIADAS AO CICLO URBANO
DA ÁGUA
Quadro 10.2 – Resumo das caraterísticas das amostras finais de
coletores gravíticos domésticos ................................................... 179
Quadro 10.3 – Resumo das caraterísticas das amostras finais de
ramais de ligação domiciliários de águas residuais ...................... 181
Quadro 10.4 – Resumo das caraterísticas das amostras finais de
coletores gravíticos pluviais ......................................................... 181
Quadro 11.1 – Tipos de estações elevatórias de águas residuais 198
Quadro 11.2 – Caraterísticas dos contratos analisados de estações
elevatórias de águas residuais ..................................................... 201
Quadro 12.1 – Síntese dos tipos de tratamento de águas
residuais ....................................................................................... 218
Quadro 12.2 – Caraterísticas dos contratos analisados de estações
de tratamento de águas residuais................................................ 230
Quadro 13.1 – Descrição geral dos tipos do pavimento .............. 271
Quadro 13.2 – Síntese dos custos de pavimentação ................... 274
Quadro 13.3 – Trabalhos especiais associados aos componentes
lineares em sistemas de abastecimento de água......................... 275
Quadro 13.4 – Trabalhos especiais associados aos componentes
verticais em sistemas de abastecimento de água ........................ 276
Quadro 13.5 – Trabalhos especiais associados aos componentes
lineares em sistemas de gestão de águas residuais e pluviais ..... 277
Quadro 13.6 – Arranjos exteriores associados aos componentes
verticais em sistemas de abastecimento de água ........................ 278
Quadro 13.7 – Arranjos exteriores associados aos componentes
verticais em sistemas de gestão de águas residuais e pluviais ..... 278
Quadro 14.1 – Valor final da obra versus valor do contrato
adjudicado ................................................................................... 284
Quadro 14.2 – Peso relativo de custos diversos em relação ao custo
da obra (%)................................................................................... 285
|
XXXVIII CUSTOS DE CONSTRUÇÃO DE INFRAESTRUTURAS ASSOCIADAS AO CICLO URBANO
DA ÁGUA
SIMBOLOGIA
SIMBOLOGIA |XXXIX
N Número total de ativos [-]
NR Número de ramais de ligação [unidade]
p Parâmetro caraterístico [unidade do parâmetro]
p* Profundidade acima do extradorso superior da tubagem [m]
P População equivalente [Hab.]
Pe Potência hidráulica do escoamento [kW]
pp Profundidade de perfuração [m]
P5 Percentil 5%
P95 Percentil 95%
Q Caudal [l/s]
R2 Coeficiente de determinação [-]
R2adj Coeficiente de determinação ajustado [-]
ti Taxa de inflação no ano de adjudicação i [-]
V Volume [m3]
Vi Valor atual do ativo i [€]
Vri Vida útil residual do ativo i [ano]
Vui Vida útil técnica total do ativo i [ano]
var Largura adicional de pavimentação para cada um dos lados
da vala [m]
Vp Volume de perfuração [m3]
Xi Variável independente [-]
ωi Peso relativo do elemento i [-]
Yi Variável dependente [-]
Coeficiente estimado [-]
i Coeficiente estimado [-]
Peso volúmico da água [N/m3]
|
XL CUSTOS DE CONSTRUÇÃO DE INFRAESTRUTURAS ASSOCIADAS AO CICLO URBANO DA
ÁGUA
LISTA DE ACRÓNIMOS
INTRODUÇÃO |XLI
PN Pressão Nominal
PP Polipropileno
PPc Polipropileno corrugado
PVC Polyvinyl Chloride (Policloreto de vinilo)
PVCc Policloreto de vinilo corrugado
SBR Sequential Batch Reactor (reatores biológicos sequenciais)
SIG Sistema de Informação Georreferenciada
US EPA United States Environmental Protection Agency (Agência de
Proteção Ambiental dos Estados Unidos)
|
XLII CUSTOS DE CONSTRUÇÃO DE INFRAESTRUTURAS ASSOCIADAS AO CICLO URBANO
DA ÁGUA
PARTE I – ENQUADRAMENTO GERAL E METODOLOGIA
1. INTRODUÇÃO
1.1. Enquadramento
A gestão sustentável das infraestruturas de abastecimento de água
e de gestão de águas residuais e pluviais requer uma abordagem
integrada que envolva toda a organização e que vise assegurar o
equilíbrio entre as dimensões de custo, desempenho e risco numa
perspetiva de longo prazo. Incide sobre a gestão de infraestruturas
compostas por ativos fixos tangíveis que estão diretamente
associados à prestação do serviço público, como sejam as condutas
e coletores, os reservatórios, as estações elevatórias e as estações
de tratamento (Alegre e Covas, 2010).
A avaliação dos custos globais associados a infraestruturas deve
incluir os custos tangíveis (e.g., investimentos, custos de operação
e manutenção, indemnizações), os custos intangíveis para a
entidade gestora (e.g., degradação da imagem perante o exterior ou
perda de motivação dos funcionários) e as externalidades (i.e.,
perturbações causadas a consumidores ou terceiros, sem custos
para a entidade), durante o período de análise, e os custos de
desativação no final da vida útil dos seus componentes (Skipworth
et al., 2002). Se o período de análise for inferior à vida útil (técnica)
de algum dos componentes do investimento, deve ser descontado
o valor residual desse componente estimado com base nessa vida
útil.
Podem ser seguidas duas abordagens na avaliação económica
sistematizada do custo. A abordagem de custos no ciclo de vida (life
cycle costs), estabelecida na norma ISO 15686-5: 2008, contempla,
tipicamente, todos os custos ao longo do ciclo de vida de um
componente, sem incluir a fase de conceção e planeamento. A
abordagem de custos na vida completa (whole life costs) inclui todos
os custos e benefícios, tangíveis e intangíveis, na vida completa de
um componente ao longo de um período de análise (Alegre e Covas,
2010). Estas abordagens podem ser aplicadas como ferramentas de
gestão, para apoiar o processo de tomada de decisão, ou integradas
INTRODUÇÃO |3
no sistema de gestão, cuja operação contínua determina que
responsabilidade, pela gestão de ativos, deve ser mantida (Kishk et
al., 2003).
Têm sido desenvolvidos vários estudos a nível nacional e
internacional que incidem na construção de modelos de custos
tangíveis associados ao investimento em infraestruturas do ciclo
urbano da água, expressos em função de variáveis caraterísticas dos
seus componentes. A nível internacional, no âmbito das águas
residuais, foram desenvolvidas funções de custo de emissários,
coletores e condutas elevatórias em função do diâmetro da
tubagem e da profundidade de escavação (Gupta et al., 1976; Nzewi
et al., 1985; Li e Matthew, 1990; Ouyang, 2003) ou da capacidade
de transporte (Hanke et al., 1980), incluindo custos de caixas de
visita em função da profundidade (Mays e Yen, 1975; Shuang-Fu Yeh
et al., 2009). Outros autores obtiveram funções de custo de
estações elevatórias em função do caudal elevado (Bester et al.,
2010), do caudal e altura de elevação (OECD EAP, 2005) ou da
potência instalada (Shuang-Fu Yeh et al., 2009). Bester et al. (2010)
desenvolveram funções de custo para diferentes componentes dos
sistemas de águas residuais na África do Sul.
No âmbito das infraestruturas de abastecimento de água,
destacam-se os trabalhos de Lindsay e Walski (1982) e de
Walski (1980) que desenvolveram uma metodologia e
implementaram uma aplicação computacional para a estimativa do
custo de diferentes alternativas de intervenção. Clarke et al. (2002)
utilizaram uma base de dados de custos fornecida pela US EPA
(United States Environmental Protection Agency), para desenvolver
um modelo de regressão para estimar os custos de construção,
expansão, reabilitação e reparação de sistemas de distribuição de
água. Swamee e Sharma (2008) desenvolveram funções de custo
para vários componentes dos sistemas de abastecimento (i.e.,
estações elevatórias, condutas e reservatórios). Walski (2012)
apresentou uma síntese das funções de custo publicadas a nível
internacional para estações elevatórias de águas e de águas
residuais, incluindo recomendações de aplicação. NSW (2014)
publicou um guia técnico com custos de construção e vidas úteis de
|
4 CUSTOS DE CONSTRUÇÃO DE INFRAESTRUTURAS ASSOCIADAS AO CICLO URBANO DA
ÁGUA
referência para a avaliação dos componentes do ciclo urbano da
água no estado de Nova Gales do Sul (New South Wales), na
Austrália.
A nível nacional, saliente-se uma publicação de referência, pioneira
nesta temática, Lencastre et al. (1995), intitulada “Custos de
Construção e Exploração”, integrada na série guias técnicos de
“Gestão de Sistemas de Saneamento Básico”, promovida pela
Direção Geral do Ambiente. Esta publicação tem como âmbito os
custos médios de investimento e de exploração dos sistemas de
abastecimento e de saneamento e apresenta funções de custo de
construção de diferentes componentes dos sistemas urbanos de
águas e de águas residuais baseadas em mapas orçamentais
realizados a nível de projeto, assim como estimativas de custos de
exploração. Posteriormente, o Grupo AdP Serviços, S.A. – Direção
de Engenharia iniciou um estudo nesta temática, que resultou na
publicação de três relatórios internos de caráter confidencial (AdP,
2004; 2005; 2007). Tiveram como objetivo coligir e analisar os
preços unitários das obras adjudicadas nas diferentes empresas do
Grupo e obter funções de custo de construção para previsão de
valores de investimento associados a novas infraestruturas. Lopes
(2014) continuou o estudo realizado pela AdP e desenvolveu
funções de custo de construção de condutas de adução e de
distribuição, ramais, reservatórios e estações elevatórias.
INTRODUÇÃO |5
O conhecimento dos custos de construção permite a estimativa do
valor atual da infraestrutura, conhecidos os anos de construção ou
instalação e as vidas úteis (técnicas) dos seus componentes, caso
não exista registo histórico de custos na entidade gestora. Permite
também prever o custo de substituição dos seus componentes.
Pode igualmente ser utilizado na avaliação dos custos globais
associados a alternativas de intervenção em diferentes níveis de
planeamento. A nível estratégico, numa perspetiva de longo-prazo,
permite a estimativa de valores totais de investimentos para
elaboração de planos estratégicos nacionais e específicos das
entidades gestoras dos serviços de águas (NSW, 2014). A nível tático
e operacional, numa perspetiva de curto-médio prazo, é importante
para a valorização do património atual e futuro (para entidades sem
registo histórico de custos), a elaboração de planos táticos de
investimento e a validação de orçamentos de contratos de
construção.
Este guia técnico, promovido pela Entidade Reguladora dos Serviços
de Águas e Resíduos (ERSAR) com o apoio do Programa Operacional
Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (PO SEUR),
apresenta os resultados de um estudo detalhado sobre “Custos de
construção de infraestruturas associadas ao ciclo urbano da água”
realizado em Portugal, entre 2014 e 2017, pelo Instituto Superior
Técnico (IST), com a colaboração da empresa Águas de Portugal, S.A.
(AdP), com vista à obtenção de custos de construção de diferentes
componentes das infraestruturas dos serviços de águas. Durante o
seu desenvolvimento, este estudo deu origem a várias publicações
técnicas (Covas et al., 2015a,b, 2016) e científicas (Lopes et al.,
2013; Marchionni et al., 2014a,b, 2015, 2016) onde foram sendo
divulgados os resultados obtidos à data. Em 2017, a análise foi
estendida a um conjunto mais alargado de dados e as funções de
custo foram consolidadas e atualizadas ao ano de 2016, sendo o
resultado final o que se encontra publicado no presente
documento.
Este guia tem como âmbito, apenas, os sistemas associados ao ciclo
urbano da água, nomeadamente os sistemas de abastecimento de
água e os sistemas de gestão de águas residuais e pluviais, embora
|
6 CUSTOS DE CONSTRUÇÃO DE INFRAESTRUTURAS ASSOCIADAS AO CICLO URBANO DA
ÁGUA
os estudos anteriores incluíssem infraestruturas associadas à
valorização de resíduos sólidos urbanos e associadas à orla costeira
(Covas et al., 2015a,b). Estes sistemas são constituídos por um
conjunto de infraestruturas que asseguram a prestação de um
serviço público de primeira necessidade à saúde e bem-estar das
populações e à economia da sociedade, cuja continuidade é
necessário garantir, devendo cada componente manter-se
funcional enquanto se justificar o serviço a que se destina. Os
sistemas de abastecimento incluem infraestruturas de captação, de
tratamento, de transporte, de armazenamento e reserva e de
distribuição. Os sistemas de gestão de águas residuais e pluviais
incluem as infraestruturas de drenagem, de transporte, de
tratamento e de descarga final em meio recetor.
As infraestruturas são constituídas, por sua vez, por um conjunto de
ativos fixos que são tratados, neste estudo, de forma mais ou menos
agregada. São divididos em componentes verticais e instalações,
por exemplo, estações de tratamento, reservatórios e estações
elevatórias, que correspondem a um conjunto de ativos cuja
condição é suscetível de ser diretamente avaliada por inspeção, e
em componentes lineares ou horizontais, constituídos por ativos
enterrados, não facilmente inspecionáveis, como sejam condutas e
coletores, e cuja condição é, em geral, inferida através de
indicadores de desempenho (e.g., número de roturas por ano ou
volume de perdas de água). As infraestruturas, constituídas por
diferentes componentes, têm uma vida infinita, enquanto se
justificar a prestação do serviço para o qual foram construídas,
sendo os seus componentes, ou parte deles, substituídos quando
chegam ao fim da sua vida útil ou quando apresentam desempenho
inadequado.
Os custos de construção são, aqui, expressos em função de
parâmetros caraterísticos de natureza hidráulica (e.g., caudal,
potência do escoamento), sanitária (e.g., tipo de tratamento, carga
orgânica) e infraestrutural (e.g., volume, diâmetro, material,
profundidade, área), à luz do que foi efetuado em estudos
anteriores. Para as componentes verticais e instalações, são
INTRODUÇÃO |7
discriminados em custos de construção civil e custos de
equipamento eletromecânico e instalações elétricas.
Os custos de construção objeto do presente documento foram
obtidos com base em contratos de construção de obras adjudicadas
realizadas em Portugal continental entre 2005 e 2016 (data de
adjudicação), com exceção dos contratos relativos a Estações de
Tratamento de Água (ETA) e Estações de Tratamento de Águas
Residuais (ETAR), para os quais se alargou o período para 2004 e
para 1998, respetivamente. Também para os emissários gravíticos
em PEAD e emissários submarinos se alargou o período dos
contratos, com datas de construção entre 1998 e 2015 e entre 1985
e 2013, respetivamente. A razão deveu-se ao facto de uma grande
maioria das obras destes componentes datarem desses períodos.
Os custos de construção aqui apresentados não correspondem aos
valores dos custos dos componentes utilizados para definir o Preço
Base (PB) de uma empreitada. De acordo com o Código dos
Contratos Públicos (CCP) em vigor de 2008 até ao final de 2017
(aprovado pelo Decreto-Lei nº 18/2008, de 29 de janeiro), não
deviam ser admitidas propostas de empreitadas de obras públicas
com valores inferiores ao Preço Anormalmente Baixo (PAB),
geralmente estabelecido em 60% do PB de lançamento do
concurso, exceto se devidamente fundamentadas. A experiência
mostrou que o valor das propostas adjudicadas para a construção
de infraestruturas do ciclo urbano da água, com Projeto de
Execução da responsabilidade do Dono de Obra (à exceção das
infraestruturas de tratamento), era da ordem de 60 a 70% do PB
nesse período. O lançamento dos concursos de infraestruturas de
tratamento, tipicamente efetuado em regime de conceção-
construção, traduzia-se, nesse período, em valores de adjudicação
superiores, da ordem de 75 a 85% do PB. Estas considerações são
válidas apenas para os custos de infraestruturas analisados no
presente estudo com datas de adjudicação entre 2008 e 2016. A
legislação referente ao CCP foi alterada com a publicação do
Decreto Regulamentar n.º 111-B/2017 de 31 de agosto, tendo o
novo CCP entrado em vigor em 1 de janeiro de 2018 e mantendo-se
os conceitos de Preço Base e de Preço Anormalmente Baixo.
|
8 CUSTOS DE CONSTRUÇÃO DE INFRAESTRUTURAS ASSOCIADAS AO CICLO URBANO DA
ÁGUA
Acresce ainda que as condições que determinaram os valores
adjudicados de cada uma das intervenções consideradas podem
hoje, e no futuro, não coincidir integralmente com as condições de
mercado vigentes à data dos contratos analisados, pelo que este
aspeto deve ser, também, considerado na análise dos resultados
decorrentes da utilização do presente guia técnico.
Os custos de construção retirados dos mapas orçamentais não
incluem IVA à taxa legal em vigor no ano de lançamento do
concurso, devendo este componente ser adicionado quando se
pretende efetuar uma análise ilíquida de IVA.
Para efeitos de padronização da avaliação dos investimentos das
infraestruturas, devem ser acrescidos aos custos de construção,
obtidos com base em mapas orçamentais de obras adjudicadas, os
custos associados a trabalhos a mais, conforme as restrições
impostas pela legislação em vigor, e outros custos associados a
estudos e projetos, à fiscalização, a assessorias diversas, à aquisição
de terrenos, a expropriações e servidões. O valor assim obtido
designa-se por valor do investimento. O presente documento
apresenta, também, valores recomendados para estes custos,
expressos em termos de percentagem do custo de construção (valor
de adjudicação) do componente. De notar que, sem a inclusão
destes custos, não se estará a efetuar uma análise suficiente dos
gastos de investimento, com as respetivas consequências de erro
em análises subsequentes de desempenho e benchmark. Acresce
que a inclusão destes custos não pode ser descontextualizada da
intervenção específica em análise.
Este guia técnico pretende constituir um instrumento de apoio à
gestão dos serviços de águas, e, assentando em bases técnicas
sólidas e atuais, tem um carácter essencialmente prático, sendo os
custos de construção materializados sob a forma de quadros e de
funções matemáticas de fácil utilização.
INTRODUÇÃO |9
1.3. Estrutura do documento
O documento está organizado em cinco partes e três anexos
(Figura 1.1):
Parte I – Enquadramento geral e metodologia;
Parte II – Sistemas de abastecimento de água;
Parte III – Sistemas de gestão de águas residuais e pluviais;
Parte IV – Custo de construção, valor do investimento e valor
atual;
Parte V – Notas finais.
Na Parte I, constituída por três capítulos (Capítulos 1 – 3), define-se
o âmbito e justifica-se a relevância da determinação de custos de
construção de diferentes componentes dos serviços de águas e de
águas residuais, descreve-se a metodologia adotada para o cálculo
dos custos de construção e apresenta-se a caraterização geral da
amostra de elementos analisados.
A Parte II, constituída por cinco capítulos, incide nos custos de
construção de diferentes componentes do sistema de
abastecimento de água. Inclui captações de água (Capítulo 4),
estações de tratamento de água (Capítulo 5), estações elevatórias
(Capítulo 6), reservatórios apoiados com e sem estação elevatória e
reservatórios elevados (Capítulo 7) e condutas de adução e de
distribuição e ramais de ligação domiciliários (Capítulo 8).
A Parte III, constituída por quatro capítulos, incide no estudo de
diferentes componentes do sistema de gestão de águas residuais e
pluviais. Inclui as infraestruturas de transporte, como condutas
elevatórias, emissários gravíticos e emissários submarinos
(Capítulo 9), redes separativas de drenagem constituídas por
coletores domésticos e pluviais e os ramais de ligação domiciliários
(Capítulo 10), estações elevatórias (Capítulo 11) e estações de
tratamento de águas residuais (Capítulo 12).
|
10 CUSTOS DE CONSTRUÇÃO DE INFRAESTRUTURAS ASSOCIADAS AO CICLO URBANO DA
ÁGUA
Para cada um dos componentes referidos dos sistemas inclui-se a
caraterização da amostra utilizada para a obtenção dos custos de
construção e a apresentação dos custos de construção obtidos.
A Parte IV inclui custos associados a outros trabalhos, como sejam
levantamento e reposição de diferentes tipos de pavimento em
condutas e coletores, trabalhos especiais, arranjos exteriores e
perfurações horizontais (Capítulo 13). Aos valores obtidos devem
ser acrescidos os custos associados a trabalhos a mais e os custos
associados a estudos e projetos, fiscalização, entre outros, por
forma a estimar o valor do investimento (Capítulo 14). Caso se
pretenda estimar o valor atual das infraestruturas, o custo de
substituição deverá ser sujeito a depreciação em função dos valores
de vidas úteis técnicas dos componentes da infraestrutura
(Capítulo 15).
INTRODUÇÃO |11
A Parte V inclui a síntese dos custos obtidos e um conjunto de
recomendações de aplicação (Capítulo 16).
O documento inclui três anexos: um quadro síntese das funções de
custo obtidas (Anexo 1), a síntese dos custos de construção na
forma de quadros e de gráficos (Anexo 2) e exemplos de aplicação
para diferentes componentes (Anexo 3).
1.4. Destinatários
Este guia técnico tem como principais destinatários os técnicos das
entidades gestoras das infraestruturas do ciclo urbano da água e os
técnicos da entidade reguladora. Pode, também, ser utilizado por
todos os intervenientes no processo de planeamento, conceção e
gestão dos sistemas (e.g., políticos, entidades financiadoras,
projetistas).
Constitui um contributo não só ao nível de planeamento e projeto,
para prever o custo de construção de infraestruturas novas, como
também a nível da gestão técnica de sistemas de águas e de águas
residuais, para avaliar o valor atual das infraestruturas existentes,
contribuindo para uma gestão mais sustentável a curto, médio e
longo prazo.
|
12 CUSTOS DE CONSTRUÇÃO DE INFRAESTRUTURAS ASSOCIADAS AO CICLO URBANO DA
ÁGUA
um conjunto de fichas técnicas com gráficos e quadros para cada
componente. Não deverão ser esquecidos os custos adicionais a
acrescer às funções constantes nestes anexos, conforme explicado
nos Capítulos 13 e 14.
INTRODUÇÃO |13
2. METODOLOGIA
METODOLOGIA |15
2016 para praticamente todos os componentes. Os emissários
submarinos referem-se a contratos realizados entre 1985 e 2013 e
os emissários gravíticos em PEAD referem-se a contratos realizados
entre 1998 e 2014.
Os contratos a analisar foram selecionados por forma a serem
representativos da realidade nacional, nomeadamente estarem, na
medida do possível, uniformemente distribuídos pelas diferentes
regiões do país, serem preferencialmente de obras realizadas na
última década, e cobrirem, de modo equilibrado, todos os
componentes dos sistemas.
Uma vez selecionados os contratos, procedeu-se à análise dos
mapas orçamentais, por forma a recolher informação relativa aos
custos de construção de cada componente, e ao desenvolvimento
de uma base de dados por tipo de componente onde foi incluída a
identificação do componente, a origem da informação, as suas
principais caraterísticas físicas e hidráulicas, a data do contrato e os
respetivos custos discriminados por rubricas ou de forma agregada.
Os contratos analisados foram associados à região do país onde
foram realizados, utilizando a Nomenclatura das Unidades
Territoriais para Fins Estatísticos (NUTS), que corresponde ao
sistema hierárquico de divisão do território em regiões. Este
subdivide-se em três níveis (NUTS I, NUTS II e NUTS III), definidos de
acordo com critérios populacionais, administrativos e geográficos.
No presente documento foram utilizados os NUTS II referentes ao
ano de 2013 (Figura 2.2): Norte, Centro, Área Metropolitana de
Lisboa, Alentejo e Algarve.
Uma vez recolhida e tratada a informação disponível por
componente e construídas as bases de dados, procedeu-se à
caraterização e análise da amostra, identificando a distribuição da
mesma pelo país, a distribuição temporal no período de análise e a
distribuição pelas diversas rubricas de custo.
Os custos de construção assim obtidos, atualizados de acordo com
a metodologia que seguidamente se explica, discriminados por
rubricas ou de forma agregada (custos totais), constituem uma
amostra de dados representativa das obras realizadas em território
nacional no período em análise.
|
16 CUSTOS DE CONSTRUÇÃO DE INFRAESTRUTURAS ASSOCIADAS AO CICLO URBANO DA
ÁGUA
Figura 2.2 – Representação geográfica NUTS II 2013 (Fonte: Pordata)
1 A adoção do IHPC (M12, 12) como indicador de inflação decorre do facto de este
ser o indicador utilizado pela ERSAR para a atualização de preços; IHPC M12, 12
significa o valor do índice anual calculado no mês 12.
METODOLOGIA |17
Quadro 2.1 – IHPC, IPC e fator de atualização para o ano 2016
|
18 CUSTOS DE CONSTRUÇÃO DE INFRAESTRUTURAS ASSOCIADAS AO CICLO URBANO DA
ÁGUA
Ca = Cn×Fan (2.1)
125% -5%
100% -10%
75% -15%
50% -20%
25% -25%
0% -30%
2001
2002
2005
2008
2009
2012
2013
2016
2000
2003
2004
2006
2007
2010
2011
2014
2015
Ano
METODOLOGIA |19
As principais rubricas de custo de construção das infraestruturas
resultaram da estrutura dos mapas orçamentais de obras
adjudicadas. Foram organizadas em dois grupos, componentes
verticais e instalações (e.g., reservatórios, estações elevatórias,
estações de tratamento) e componentes lineares (e.g., condutas e
coletores).
As rubricas de custo associadas aos componentes verticais e
instalações são estaleiro, construção civil, equipamento
eletromecânico, instalações elétricas, arranjos exteriores e
trabalhos especiais, cuja descrição se apresenta no Quadro 2.2 nos
aspetos transversais a todos os componentes dos sistemas.
Os custos de construção associados aos componentes verticais e
instalações são, por sua vez, desagregados em: custos de
construção civil, Ccc, incluindo movimento de terras, fundações,
estruturas, arquitetura e outros trabalhos de construção civil; custos
de equipamento eletromecânico e instalações elétricas, Ce,
incluindo os custos com os circuitos hidráulicos e componentes
eletromecânicos e instalações elétricas; custos de arranjos
exteriores (apenas para reservatórios e para estações elevatórias);
e custos associados a trabalhos especiais (caso existam).
Os custos de construção de componentes lineares (condutas e
coletores) são organizados nas rubricas de custo que se apresentam
no Quadro 2.3, nomeadamente em estaleiro (idêntico a
infraestruturas verticais e instalações), pavimentação, movimento
de terras, tubagem, órgãos e acessórios, construção civil, ramais e
trabalhos especiais.
|
20 CUSTOS DE CONSTRUÇÃO DE INFRAESTRUTURAS ASSOCIADAS AO CICLO URBANO DA
ÁGUA
Quadro 2.2 – Rubricas de custo de componentes verticais e instalações
Rubrica Descrição
METODOLOGIA |21
vala ou a largura total do arruamento), não podendo ser expresso
apenas em função dos parâmetros caraterísticos (e.g., em função do
material ou do diâmetro nominal).
|
22 CUSTOS DE CONSTRUÇÃO DE INFRAESTRUTURAS ASSOCIADAS AO CICLO URBANO DA
ÁGUA
Quadro 2.3 – Rubricas de custo de construção de condutas/coletores (continuação)
Rubrica Descrição
METODOLOGIA |23
Os custos unitários das condutas são expressos em função do
diâmetro nominal, DN, que corresponde à designação do diâmetro
em termos comerciais. Apesar das diversas rubricas de custo
dependerem, em rigor, do diâmetro exterior da conduta/coletor,
por uma questão de simplificação são expressos em função do
diâmetro nominal. Em condutas constituídas por materiais plásticos,
como por exemplo, por polietileno (PE), policloreto de vinilo simples
ou corrugado (PVC ou PVCc) ou polipropileno (PP), os diâmetros
nominais correspondem aos diâmetros exteriores, diminuindo o
diâmetro interior com o aumento da classe de pressão. Em condutas
de fibrocimento, ferro fundido ou betão, o diâmetro nominal
corresponde ao diâmetro interno (útil) da conduta. Alguns
materiais, como o aço, regem-se por normas próprias (e.g.,
EN 10220: 2002) que estabelecem as relações normalizadas entre
os diâmetros exteriores e as espessuras das condutas, não sendo os
DN coincidentes com os diâmetros internos ou externos.
Analisou-se estatisticamente a introdução do parâmetro
caraterístico “profundidade da vala” nos modelos de regressão de
coletores e emissários de águas residuais em simultâneo com o
parâmetro “diâmetro nominal”. A análise mostrou que os modelos
daí resultantes apresentavam igual ajustamento (i.e., iguais
coeficientes de determinação R2) aos modelos obtidos apenas com
o parâmetro “diâmetro nominal”. Estes resultados poderão ser
explicados pela dependência inerente entre os dois parâmetros
caraterísticos, sendo o “diâmetro nominal” o parâmetro mais
explicativo do custo unitário de construção de coletores e
emissários. Refira-se, a título de exemplo, o caso dos emissários
gravíticos em FFD instalados em vala, em que o coeficiente de
correlação parcial do custo de construção com o diâmetro nominal
(i.e., o coeficiente de correlação entre as duas variáveis retirando o
efeito da “profundidade de vala”) é de 85% e o coeficiente de
correlação parcial do custo de construção com a profundidade de
vala é de 32%. Consideram-se correlações razoáveis entre duas
variáveis quando superiores a 50%.
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24 CUSTOS DE CONSTRUÇÃO DE INFRAESTRUTURAS ASSOCIADAS AO CICLO URBANO DA
ÁGUA
Quadro 2.4 – Componentes de sistemas de abastecimento de água: custos e
respetivos parâmetros caraterísticos
METODOLOGIA |25
Quadro 2.5 – Componentes de sistemas de gestão de águas residuais: custos e
respetivos parâmetros caraterísticos
Parâmetros
Infraestrutura Componente Custo
caraterísticos
Material
Emissários Custo unitário sem
Diâmetro nominal,
gravíticos pavimentação (€/m)
DN (mm)
Emissários Diâmetro nominal,
Custo unitário (€/m)
submarinos DN (mm)
Infraestruturas
de transporte Material
Condutas Custo unitário sem
Diâmetro nominal,
elevatórias pavimentação (€/m)
DN (mm)
Custos unitários
Estações Potência hidráulica,
parciais* e total
elevatórias Pe (kW)
(€/kW)
Material
Coletores Custo unitário sem
Diâmetro nominal,
domésticos pavimentação (€/m)
DN (mm)
Material
Coletores Custo unitário sem
Diâmetro nominal,
pluviais pavimentação (€/m)
DN (mm)
Redes de Diâmetro nominal, Custo unitário
Ramais
drenagem DN (mm) (€/unidade)
Material
Condutas Custo unitário sem
Diâmetro nominal,
elevatórias pavimentação (€/m)
DN (mm)
Custos unitários
Estações Potência hidráulica,
parciais* e total
elevatórias Pe (kW)
(€/kW)
Estações de
Tipo de tratamento Custos unitários
tratamento de Estações de
População parciais* e total
águas residuais tratamento
equivalente, P (hab) (€/hab)
(ETAR)
Notas: * Dividido em custos de construção civil e custos de equipamento eletromecânico e
instalações elétricas.
|
26 CUSTOS DE CONSTRUÇÃO DE INFRAESTRUTURAS ASSOCIADAS AO CICLO URBANO DA
ÁGUA
Os custos unitários das estações elevatórias são expressos em
função do parâmetro caraterístico “potência hidráulica do
escoamento”, Pe (kW):
Pe = QH (2.3)
METODOLOGIA |27
potência), mas que podem ser linearizadas após uma transformação
matemática.
Quadro 2.6 – Natureza das variáveis por cada componente e tipo de análise
utilizada
Ferramenta
Sistema Componente Equação do modelo Variáveis Xi
estatística
Captações,
ETA,
reservatórios Yi Xi pp, Vp, Pe,
Não linear*
apoiados e ln Yi ln ln Xi
Q, V
estações
elevatórias
Abastecimento Linear
de água simples/
Tubagens Polinomial de Yi 1 2 Xi DN
segundo
grau** Yi 1 2Xi 3Xi 2
Reservatórios
elevados e Não linear Yi X1 X2
apoiados V, h, Pe
associados a Múltipla*** ln Yi ln ln X1 ln X 2
EE
Estações Yi Xi
elevatórias e Não linear* Pe, P
ETAR ln Yi ln ln Xi
Gestão de
águas residuais Linear
e pluviais simples/
Tubagens Polinomial de Yi 1 2 Xi DN
segundo
grau** Yi 1 2Xi 3Xi 2
|
28 CUSTOS DE CONSTRUÇÃO DE INFRAESTRUTURAS ASSOCIADAS AO CICLO URBANO DA
ÁGUA
Para as condutas de adução e de distribuição, considerou-se uma
profundidade mínima de 1,0 m e obteve-se o valor da constante
igual a 15 €/m, à exceção das condutas de distribuição de PEAD em
zona urbana, para as quais este valor foi superior.
Para os emissários gravíticos e coletores domésticos, considerou-se
uma vala com profundidade de 1,2 m, obtendo-se o valor da
constante β1 igual a 25 €/m. Nos coletores pluviais, assumiu-se a
influência de uma maior profundidade de vala (1,4 m), obtendo-se
a constante β1 igual a 30 €/m.
Estas funções polinomiais têm coeficientes βi positivos, uma vez que
correspondem à soma de rubricas de custo que são função do
diâmetro e da seção da conduta. Registou-se uma única exceção, o
custo associado aos coletores pluviais em betão, em que o valor
estimado de β2 é negativo, por forma a garantir o melhor
ajustamento do modelo aos elementos da amostra.
Os custos de construção dos componentes lineares são,
inicialmente, calculados sem considerar o custo de pavimentação e
trabalhos especiais e, posteriormente, os custos destas rubricas são
adicionados ao custo de construção. De igual modo, assumiram-se
pressupostos para o coeficiente β1 destas funções. O custo de
trabalhos especiais foi calculado através do valor mediano para cada
material, considerando todos os elementos da amostra, enquanto
que no custo de pavimentação foi considerado um valor de 15 €/m,
correspondente ao custo de uma vala mínima para um pavimento
genérico. Estes valores foram somados ao coeficiente β1 das
funções inicialmente calculadas sem as rubricas de trabalhos
especiais e pavimentação.
Os custos associados ao levantamento e reposição do pavimento
são reportados em intervalos descritivos recorrendo a quartis; estes
são representados através de gráficos em forma de diagramas de
caixa indicando os percentis 5 e 95, os valores máximo e mínimo e
o valor mediano da amostra.
A análise estatística foi efetuada utilizando o Software R
disponibilizado gratuitamente pela “The R Foundation for Statistical
Computing” (http://www.r-project.org), que dispõe de um conjunto
integrado de ferramentas estatísticas computacionais para análise
de dados.
METODOLOGIA |29
Sempre que possível, a estimativa das funções de custo inclui a
definição de bandas de predição de 90% para a previsão de dados
futuros. Em geral, um intervalo de predição está associado a uma
probabilidade de ocorrência de um valor. Assim, um intervalo de
predição de 90% significa que a estimativa de um valor da variável
resposta Y para um determinado valor da variável explicativa X
estará nesse intervalo com um grau de confiança de previsão de
90%. A este intervalo de predição estão associadas as curvas de
predição de 5 e 95%, Cp5 e Cp95.
As funções de custo unitário expressas em termos do parâmetro
caraterístico são determinadas para cada componente; estas
funções são apenas válidas dentro do domínio de valores do
parâmetro caraterístico da amostra, designado por domínio de
aplicação.
A utilização das funções de custo obtidas fora do domínio de
aplicação deve ser efetuada com parcimónia dentro do domínio de
extrapolação, correspondente a acréscimos de cerca de 20% do
limite superior do domínio da amostra. Os intervalos de
extrapolação são representados a sombreado cinzento-claro.
Efetuam-se, também, recomendações para a realização de
estimativas de custo fora do domínio de extrapolação, representado
nas figuras pelo sombreado cinzento-escuro.
Saliente-se que as extrapolações fora do domínio de aplicação
contemplam erros de avaliação, por defeito ou por excesso, que
podem ter alguma expressão, só devendo ser efetuadas em casos
excecionais.
Na Figura 2.4 apresenta-se a título ilustrativo a representação das
funções de custo nos domínios de aplicação (a branco) e de
extrapolação (cinzento-claro) e fora do domínio de extrapolação
para dois componentes (cinzento-escuro).
|
30 CUSTOS DE CONSTRUÇÃO DE INFRAESTRUTURAS ASSOCIADAS AO CICLO URBANO DA
ÁGUA
2000
1000
1500
Equipamento e instalações elétricas
600
1000
2
CPEAD = 0,00041 DN + 0,1185 DN + 15
400
2
-0,426 R = 0,81
Ctu = 5958 V
500
200
2
R = 0,62
0
0
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000 14000 16000 18000 50 160 280 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 2000
3
Volume, V m Diâmetro nominal, DN mm
METODOLOGIA |31
Devido à diversidade de modelos construídos para os vários
componentes, o cálculo do coeficiente de determinação pode variar
de acordo com o modelo escolhido. No caso dos componentes
verticais e instalações é necessário proceder a transformações
logarítmicas de forma a obter modelos lineares. Assim, o coeficiente
de determinação apresentado corresponde ao do modelo
logarítmico e não ao do modelo da amostra original de elementos.
No caso dos componentes lineares ou horizontais, foram assumidos
pressupostos para o valor da constante β1, permitindo construir
modelos lineares restritos. Nestes modelos, o coeficiente de
determinação calculado corresponde ao coeficiente não centrado,
que, geralmente, é superior ao coeficiente de determinação usual.
Uma análise estatística de regressões lineares simples ou múltiplas
implica também o estudo dos resíduos e a realização de outros
diagnósticos. Todas as ferramentas de diagnóstico visam investigar
a qualidade do modelo, a conformidade com as hipóteses
consideradas e a adequação do modelo aos dados da amostra.
Visam também identificar observações que merecem maior atenção
e consideração, como sejam observações atípicas ou valores
anómalos (outliers). Esta análise é realizada através das ferramentas
de análise estatística disponibilizadas no Software R.
Com o Software R é possível obter representações gráficas para
validar os pressupostos e identificar os valores atípicos. A Figura 2.5
ilustra alguns exemplos de identificação de elementos atípicos. O
gráfico dos resíduos versus valores ajustados (Figura 2.5a) é utilizado
para verificar a homocedasticidade do modelo, podendo indicar que
não existe uma relação linear entre as variáveis explicativas com a
variável resposta por meio de alguma tendência nos pontos. Assim,
três elementos (representados pelos números 32, 33 e 55) não
seguem a tendência da maioria dos pontos, apresentando valores
de resíduos muito superiores, sendo por isso considerados atípicos.
A Figura 2.5(b) consiste no gráfico Q-Q plot utilizado para verificar a
normalidade de distribuição de erros através da comparação dos
quartis das distribuições, na medida em que quanto mais próximo
os pontos estiverem da bissetriz do primeiro quadrante, mais
próximo os dados observados estão da distribuição considerada.
|
32 CUSTOS DE CONSTRUÇÃO DE INFRAESTRUTURAS ASSOCIADAS AO CICLO URBANO DA
ÁGUA
Verifica-se, de igual modo, que os mesmos elementos são
considerados atípicos por não estarem próximos da bissetriz.
O gráfico dos resíduos padronizados versus valores ajustados
(Figura 2.5c) é usado para verificar se existem outliers no eixo dos
YY. Os mesmos elementos apresentam valores dos resíduos
padronizados elevados, não se ajustando à tendência de pontos. Por
fim, a Figura 2.5(d) apresenta o valor da distância de Cook para
todos os elementos da amostra. Consideram-se valores atípicos
todos os elementos com distâncias de Cook superiores a 1.
(a) (b)
(c) (d)
METODOLOGIA |33
3. UNIVERSO DA AMOSTRA
2% 2% 2% Captações 3%
10%
Condutas adutoras 15%
34% 32% Norte
Condutas de
distribuição Centro
Ramais domiciliários
AM Lisboa
23%
Reservatórios Alentejo
Estações de
27% tratamento de água 21%
(c)
1%
7% 1% 2%
13% 2004 2005
2006 2007
|
36 CUSTOS DE CONSTRUÇÃO DE INFRAESTRUTURAS ASSOCIADAS AO CICLO URBANO DA
ÁGUA
No Quadro 3.2 apresenta-se o resumo da amostra estudada
(número total de elementos e número de contratos analisados)
associada aos componentes do sistema de gestão de águas residuais
e pluviais. Foram analisados 379 contratos relativos a 1404
componentes do sistema de gestão de águas residuais e pluviais,
uma vez que o mesmo contrato inclui, tipicamente, diversos
componentes.
|
38 CUSTOS DE CONSTRUÇÃO DE INFRAESTRUTURAS ASSOCIADAS AO CICLO URBANO DA
ÁGUA
PARTE II – SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
4. CAPTAÇÕES DE ÁGUA
Figura 4.1 – Captação superficial: (a) em albufeira por torre (Beliche); (b) em rio
(Captação de Valada Tejo, Cartaxo)
|
42 CUSTOS DE CONSTRUÇÃO DE INFRAESTRUTURAS ASSOCIADAS AO CICLO URBANO DA
ÁGUA
(a) (b)
Total: 8
Número total de contratos (Norte: 5; Centro: 1; AM Lisboa: 0;
Alentejo: 2; Algarve: 0)
Data de lançamento do concurso [2004; 2011]
Amostra inicial (n.º de elementos) 9
Caudal (l/s) [7; 500]
Altura de elevação (m c.a.) [26; 420]
Potência do escoamento (kW) [3; 858]
Percentagem de valores anómalos 0%
Amostra final (n.º de elementos) 9
|
44 CUSTOS DE CONSTRUÇÃO DE INFRAESTRUTURAS ASSOCIADAS AO CICLO URBANO DA
ÁGUA
Os contratos analisados provêm de diversas regiões do país,
nomeadamente cinco contratos da região Norte (correspondendo a
67% da amostra inicial), um da região Centro (11% da amostra
inicial) e dois contratos da região Alentejo (22% da amostra inicial),
de acordo com a divisão de NUTS II (Figura 4.3a). Os anos de
adjudicação dos contratos variam entre 2004 e 2011, com maior
incidência para os anos de 2004 e 2006, com três elementos cada
(Figura 4.3b).
(a) (b)
6
3
Número de elementos
Número de elementos
4
2
2
1
11%
67%
22%
11%
33%
33%
11%
11%
0%
0%
0
0
Norte
Algarve
Centro
Lisboa
Alentejo
2004
2006
2007
2010
2011
AM
34%
Construção 53%
civil 43%
41%
35%
Equipamento 22%
eletromecânico 28%
29%
26%
Instalações 19%
elétricas 25%
20%
|
46 CUSTOS DE CONSTRUÇÃO DE INFRAESTRUTURAS ASSOCIADAS AO CICLO URBANO DA
ÁGUA
na Fase I. A utilização de materiais de maior resistência, tipicamente
necessários para maiores profundidades de furos, pode representar
um acréscimo do custo total. Para profundidades superiores a
500 m ou volumes de perfuração superiores a 80 m3, este acréscimo
encontra-se implicitamente representado pelos custos unitários
fixos deste componente (ver 4.3.3).
Relativamente à Fase II, os três parâmetros analisados são: o caudal
(variável entre 10 e 125 l/s), a altura de elevação (variável entre 59
e 160 m c.a.) e a potência hidráulica do escoamento (variável entre
16 e 135 kW).
Os contratos analisados provêm de diversas regiões do país,
verificando-se a seguinte distribuição: região Centro com três
contratos (correspondendo a 20% da amostra inicial), região
Alentejo com cinco contratos (55% da amostra inicial) e região
Algarve com um contrato (25% da amostra inicial), de acordo com a
divisão de NUTS II (Figura 4.5a). Os anos de adjudicação dos
contratos variam entre 2005 e 2013, com maior número de
elementos relativos ao ano de 2011, com 9 elementos (Figura 4.5b).
Total: 9
Número total de contratos (Norte: 0; Centro: 3; AM Lisboa: 0;
Alentejo: 5; Algarve:1)
Data de lançamento do concurso [2005; 2013]
Amostra inicial (n.º de elementos) 20 (Fase I: 11; Fase II: 9)
Diâmetro de perfuração (mm) [440; 557]
Profundidade de perfuração (m) [60; 400]
Volume de perfuração (m3) [12; 69]
Caudal (l/s) [10; 125]
Altura de elevação (m c.a.) [59; 160]
Potência do escoamento (kW) [16; 135]
Percentagem de valores anómalos 0%
Amostra final (n.º de elementos) 20
12
10
10
8
Número de elementos
Número de elementos
8
6
6
4
4
5%
5%
5%
2
20%
55%
25%
25%
15%
45%
0%
0%
0
0
Norte
Lisboa
Algarve
Centro
Alentejo
2005
2007
2008
2011
2012
2013
AM
|
48 CUSTOS DE CONSTRUÇÃO DE INFRAESTRUTURAS ASSOCIADAS AO CICLO URBANO DA
ÁGUA
4.3.2. Captações superficiais
Apesar da amostra relativa a captações superficiais em rio ser
constituída apenas por 3 elementos, estimaram-se as funções de
custo em função da potência hidráulica do escoamento (Figura 4.6).
Estas funções têm coeficientes de determinação R2 iguais a 0,997 e
a 0,991, para o custo de construção civil e para o custo de
equipamento eletromecânico e instalações elétricas,
respetivamente. Os elevados valores dos coeficientes de
determinação são explicados pela reduzida dimensão da amostra.
O domínio de aplicação das funções de custo compreende potências
do escoamento entre 3 e 27 kW. A utilização das funções de custo
fora do domínio de aplicação deve ser efetuada com parcimónia e
apenas para valores de potência entre 2 e 30 kW (domínio de
extrapolação). Os intervalos de extrapolação são representados na
Figura 4.6 pelo sombreado cinzento.
A realizarem-se estimativas de custo fora do domínio de
extrapolação, recomenda-se que sejam efetuadas da seguinte
forma:
para valores de potência do escoamento inferiores a 2 kW,
adotar o custo total correspondente ao limite inferior do
intervalo de extrapolação (i.e., o custo total, em euros,
associado à potência de 2 kW);
para valores de potência do escoamento superiores a
30 kW, adotar o custo unitário correspondente ao limite
superior do intervalo de extrapolação (i.e., o custo unitário,
em €/kW, associado à potência de 30 kW).
Saliente-se que estas extrapolações contemplam erros de avaliação,
por defeito ou por excesso, que podem ter alguma expressão, só
devendo ser adotadas em casos excecionais.
30
Custo unitário de construção civil, C cc (k€/kW)
Elementos da amostra (n=3)
25
20
15
-0,735
Ccc = 49,75 Pe
10
2
R = 0,997
5
0
2 6 10 14 18 22 26 30
Potência hidráulica de escoamento, Pe (kW)
(b)
30
Custo unitário de equipamento eletromecânico
-0,738
Ce= 46,29 Pe
10
2
R = 0,991
5
0
2 6 10 14 18 22 26 30
Potência hidráulica de escoamento, Pe (kW)
|
50 CUSTOS DE CONSTRUÇÃO DE INFRAESTRUTURAS ASSOCIADAS AO CICLO URBANO DA
ÁGUA
(a)
60
Total (Ctu)
captações superficiais por rio (k€/kW)
Construção civil
50
Custo unitário de construção de
-0,737
Ctu= 96,24 Pe
20
2
R = 0,9998
10
0
2 6 10 14 18 22 26 30
(b)
250
Custo de captações superficiais por rio (k€)
200
0,263
Ct= 96,24 Pe
150
100
50
Total (Ct)
Construção civil
Equipamento e instalações elétricas
0
2 6 10 14 18 22 26 30
Figura 4.7 – Captações superficiais em rio: (a) custo unitário; (b) custo de
construção
|
52 CUSTOS DE CONSTRUÇÃO DE INFRAESTRUTURAS ASSOCIADAS AO CICLO URBANO DA
ÁGUA
(a)
4
Custo unitário de construção civil, C cc (k€/kW)
Elementos da amostra (n=4)
-0,629
Ccc = 30,85 Pe
2
2
R = 0,64
1
0
(b)
4
Custo unitário de equipamento eletromecânico
-0,172
Ce= 5,828 Pe
1
2
R = 0,18
0
Figura 4.8 – Custo unitário de construção de captações superficiais por jangada: (a)
construção civil; (b) equipamento eletromecânico e instalações elétricas
7
captações superficiais por jangada (k€/kW)
Total (Ctu)
Construção civil
6
Custo unitário de construção de
Equipamento e instalações elétricas
-0,351
5
Ctu= 22,01 Pe
2
R = 0,44
4
3
2
1
0
(b)
1000
Custo de captações superficiais por jangada (k€)
Total (Ct)
Construção civil
800
|
54 CUSTOS DE CONSTRUÇÃO DE INFRAESTRUTURAS ASSOCIADAS AO CICLO URBANO DA
ÁGUA
Quadro 4.3 – Caraterização das instalações de captações superficiais por torre e por
poço
Captação por
94,5 770 228,96 539 146,21
torre
Captação por
858,4 736 671,80 849 891,91
poço
25
Captação por poço (construção civil)
20
Captação por poço (equipamento)
(k€/kW)
Captação em rio (construção civil)
15
Captação em rio (equipamento)
10
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000
Potência de escoamento (kW)
Ce = 29,672 Pe-0,519
R² = 0,94
10
5
0
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000
Potência de escoamento, Pe (kW)
|
56 CUSTOS DE CONSTRUÇÃO DE INFRAESTRUTURAS ASSOCIADAS AO CICLO URBANO DA
ÁGUA
Os custos associados à Fase II dependem do caudal e da altura de
elevação traduzidos pela potência hidráulica do escoamento.
Apesar da amostra inicial associada à Fase II ser constituída por 12
elementos, as funções de custo são construídas apenas por nove
elementos, dado os mapas orçamentais analisados não conterem a
informação necessária relativa aos parâmetros caraterísticos.
Na Figura 4.12 e na Figura 4.13 sintetizam-se os resultados da
análise dos custos associados à Fase I de construção de captações
de água subterrânea em função do diâmetro, profundidade e
volume de perfuração. O custo unitário por metro de profundidade
apresenta uma relação crescente com o diâmetro de perfuração, Dp,
com um coeficiente de determinação muito baixo, R2 = 0,088
(Figura 4.12a) e uma relação decrescente com a profundidade de
perfuração, Pp, com um coeficiente de determinação elevado,
R2 = 0,79 (Figura 4.12b). O custo unitário por m3 de volume de
perfuração, Vp, apresenta igualmente uma relação decrescente com
este parâmetro e com um coeficiente de determinação elevado
(R2 = 0,81) (Figura 4.13).
Ambos os parâmetros caraterísticos, profundidade e volume de
perfuração, explicam os custos unitários da Fase I, uma vez que têm
coeficientes de determinação elevados, pelo que são utilizados para
a estimativa dos custos unitários de captações subterrâneas.
Quando a informação necessária para o cálculo do volume de
perfuração não constar dos mapas orçamentais, recomenda-se a
utilização dos custos unitários em função da profundidade de
perfuração.
O domínio de aplicação das funções de custo em função da
profundidade de perfuração está compreendido entre 60 e 400 m.
A utilização das funções de custo fora deste domínio deve ser
efetuada com parcimónia e apenas para valores de profundidade
entre 50 e 500 m. O domínio de extrapolação é representado a
cinzento na Figura 4.12b.
A realizarem-se estimativas de custo fora do domínio de
extrapolação, recomenda-se que sejam efetuadas da seguinte
forma:
para profundidades inferiores a 50 m, adotar o custo total
correspondente ao limite inferior do intervalo de
|
58 CUSTOS DE CONSTRUÇÃO DE INFRAESTRUTURAS ASSOCIADAS AO CICLO URBANO DA
ÁGUA
(a)
800
Custo unitário de construção de captações
1,093
Cu= 0,29 Dp
2
R = 0,088
200
0
(b)
600
Custo unitário de construção de captações
-0,456
Cu= 3000 Pp
100
2
R = 0,79
0
2500
subterrâneas - Fase I, C u (€/m )
3
Curvas de predição (5-95%)
2000
1500
1000
-0,557
Cu= 11000 Vp
500
2
R = 0,81
0
10 20 30 40 50 60 70 80
3
Volume de perfuração, Vp m
|
60 CUSTOS DE CONSTRUÇÃO DE INFRAESTRUTURAS ASSOCIADAS AO CICLO URBANO DA
ÁGUA
(a)
120
Custo de construção de captações Elementos da amostra (n=9)
Curva de regressão (C)
100
subterrâneas - Fase I, C (k€)
80
60
0,544
40
C = 2,956 Pp
20
0
(b)
100
0,444
40
C = 10,493 Vp
20
0
10 20 30 40 50 60 70 80
3
Volume de perfuração, Vp m
-0,599
Ccc = 5,547 Pe
1
2
R = 0,63
0
(b)
3
Custo unitário de equipamento eletromecânico
-0,265
Ce= 4,637 Pe
2
R = 0,56
0
|
62 CUSTOS DE CONSTRUÇÃO DE INFRAESTRUTURAS ASSOCIADAS AO CICLO URBANO DA
ÁGUA
Na Figura 4.16 são apresentadas as funções de custo total e de custo
total unitário de construção da Fase II de captações subterrâneas.
Verifica-se que o custo de equipamento eletromecânico e
instalações elétricas apresenta maior peso no custo de construção
deste tipo de instalações.
(a)
4
Total (Ctu)
captações subterrâneas - Fase II (k€/kW)
Construção civil
Custo unitário de construção de
-0,34
Ctu= 8,282 Pe
2
2
R = 0,69
1
0
(b)
250
Custo de captações subterrâneas - Fase II (k€)
Total (Ct)
Construção civil
200
0,66
Ct= 8,282 Pe
100
50
0
|65
ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ÁGUA
Tipo A1
Uma água do Tipo A1 terá um esquema de tratamento que compreende
tratamento físico e desinfeção.
Tipo A2
Uma água do Tipo A2 terá um esquema de tratamento que compreende
tratamento físico e químico e desinfeção.
Tipo A3
Uma água do Tipo A3 terá um esquema de tratamento que compreende
tratamento físico, químico de afinação e desinfeção.
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66 CUSTOS DE CONSTRUÇÃO DE INFRAESTRUTURAS ASSOCIADAS AO CICLO URBANO DA
ÁGUA
Tipo II
Uma ETA do Tipo II inclui correção de pH, coagulação/floculação, decantação
ou flotação, filtração e desinfeção final, podendo incluir as etapas de pré-
oxidação (por exemplo, por ozonização) e/ou carvão ativado em pó (CAP).
Tipo III
Uma ETA do Tipo III inclui uma pré-oxidação, correção pH,
coagulação/floculação, decantação ou flotação, filtração, ozonização
intermédia, filtração com carvão ativado granulado (CAG) e desinfeção final.
(c) (d)
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68 CUSTOS DE CONSTRUÇÃO DE INFRAESTRUTURAS ASSOCIADAS AO CICLO URBANO DA
ÁGUA
(a) (b)
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70 CUSTOS DE CONSTRUÇÃO DE INFRAESTRUTURAS ASSOCIADAS AO CICLO URBANO DA
ÁGUA
A adsorção por Carvão Ativado (CA) consiste na transferência de
compostos solúveis na água para uma fase sólida. É utilizada para a
remoção de compostos orgânicos, incluindo os que dão origem a
sabor, cheiro e cor, os subprodutos da ozonização e da desinfeção
com cloro e dióxido de cloro, os solventes, os pesticidas, os fenóis,
os hidrocarbonetos, algumas toxinas e outros compostos
inorgânicos (e.g., cloro, arsénio, mercúrio, crómio). O CA pode ser
utilizado por doseamento em pó (CAP), para utilizações
descontínuas, ou em filtros granulares (carvão ativado granular,
CAG) mais comum em instalações com necessidades contínuas
(Figura 5.7). Consoante o tipo de utilização, o CA pode envolver
processos físicos (filtração), químicos (adsorção e reações redox) e
biológicos.
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ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ÁGUA
Tipo I; 84% (26 instalações) correspondem a ETA Tipo II; e 6% (duas
instalações) correspondem a ETA Tipo III.
O número total de contratos analisados de ETA foi de 23, permitindo
obter o número total de elementos de 31, com diferentes datas de
lançamento de concurso (Quadro 5.1). O número total de
elementos foi dividido por tipo de ETA: para o Tipo I e Tipo III foram
considerados apenas três e dois elementos, respetivamente. Para o
Tipo II, a amostra inicial tem 26 elementos com uma percentagem
de valores anómalos de 12%. Relativamente à capacidade das
instalações de tratamento, verifica-se que os caudais de projeto
variam entre 20 e 556 l/s nos contratos analisados.
Total: 23
Número total de contratos (Norte: 11; Centro: 4; AM Lisboa:0;
Alentejo: 8; Algarve:0)
Data de lançamento do concurso [2004; 2013]
31 (Tipo I: 3; Tipo II: 26; Tipo III: 2)
Amostra (n.º de elementos)
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72 CUSTOS DE CONSTRUÇÃO DE INFRAESTRUTURAS ASSOCIADAS AO CICLO URBANO DA
ÁGUA
(a) (b)
16
10
8
12
Número de elementos
Número de elementos
6
8
4
4
3.2%
3.2%
2
32.3%
6.5%
6.5%
6.5%
6.5%
52%
22%
26%
0%
0%
0
0
Norte
Algarve
Lisboa
Centro
Alentejo
2004
2006
2008
2010
2011
2012
2013
AM
26%
Construção
civil 41%
32%
63%
Equipamento
eletromecânico 34%
47%
7%
Instalações
elétricas 14%
15%
Mediana das percentagens das rubricas de custo (%)
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74 CUSTOS DE CONSTRUÇÃO DE INFRAESTRUTURAS ASSOCIADAS AO CICLO URBANO DA
ÁGUA
da função de custo aos elementos de cada uma das amostras,
apresentando um erro sem significado. Sempre que possível,
recomenda-se o cálculo através dos custos unitários parciais.
Embora a maior parte dos contratos de estações de tratamento de
água correspondam a empreitadas de conceção-construção, na
presente análise não foram contabilizados os custos de conceção e
elaboração do projeto de execução, nem os custos do arranque da
instalação para verificação das garantias de funcionamento. Estes
custos de projeto e de arranque da infraestrutura representam
entre 5 a 12% e 2 a 5% dos custos de construção, respetivamente,
dependendo do tipo e dimensão da ETA em causa.
Existem, ainda, sistemas de tratamento de pequena dimensão,
constituídos por sistemas de injeção de reagentes (e.g., hipoclorito
de sódio, carbonato de sódio, hidróxido de sódio), instalados em
edifícios ou recintos de outros componentes (e.g., captações,
reservatórios). Estes sistemas são compostos por bomba doseadora
de reagente, depósito de armazenamento de reagente e bacia de
retenção, sendo todos estes componentes associados à rubrica de
custos de equipamento eletromecânico. Não requerem, em geral, a
realização de trabalhos de construção civil e a instalação de
componentes elétricos próprios, uma vez que se encontram
associados a outros componentes. Estes sistemas não são
considerados ETA no presente guia técnico, sendo designados por
sistemas autónomos de injeção.
Analisaram-se mapas orçamentais que incluíam a instalação de um
a sete sistemas autónomos de injeção, para caudais de água a tratar
variáveis entre 3,4 e 60 l/s, e com custos totais de equipamento
variáveis entre 500 e 2 300 €. Caso se pretenda incluir este
componente, recomenda-se a utilização de um valor mediano igual
a 1 150 € por sistema de injeção. De salientar que para os
reservatórios apoiados, este componente já se encontra incluído
nos custos associados a trabalhos especiais (13.3).
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ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ÁGUA
uma ETA do Tipo I, sendo composta apenas por uma etapa de
correção de pH (e.g., remineralização e/ou arejamento) e uma etapa
de desinfeção final, incluindo eventualmente uma etapa de
filtração. Uma vez que este tipo apresenta uma amostra muito
reduzida, apenas três elementos, não é possível realizar uma análise
estatística para a determinação de valores anómalos.
Na Figura 5.10 apresenta-se uma vista geral de uma ETA do Tipo I e
na Figura 5.11 o respetivo esquema de tratamento.
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76 CUSTOS DE CONSTRUÇÃO DE INFRAESTRUTURAS ASSOCIADAS AO CICLO URBANO DA
ÁGUA
dentro do domínio de extrapolação alargado até valores de caudal
entre 15 l/s e 600 l/s, representando este valor um acréscimo de
cerca de 20% do limite superior do domínio da amostra. Os
intervalos de extrapolação são representados a sombreado na
Figura 5.12.
A realizarem-se estimativas de custo fora do domínio de
extrapolação, recomenda-se que sejam efetuadas da seguinte
forma:
para valores de caudal inferiores a 15 l/s, adotar o custo
total correspondente ao limite inferior do intervalo de
extrapolação (i.e., o custo total, em euros, associado ao
caudal de 15 l/s);
para valores de caudal superiores a 600 l/s, adotar o custo
unitário correspondente ao limite superior do intervalo de
extrapolação (i.e., o custo unitário, em €/(l/s), associado ao
caudal de 600 l/s).
Saliente-se que estas extrapolações contemplam erros de avaliação,
por defeito ou por excesso, que podem ter alguma expressão, só
devendo ser adotadas em casos excecionais.
A Figura 5.13(a) apresenta o custo total unitário de construção de
estações de tratamento de água do Tipo I e a Figura 5.13(b) o custo
total de construção, ambas em função do caudal a tratar.
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ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ÁGUA
(a)
3
2
-0,45
Ccc = 11,217 Q
2
R =1
1
0
(b)
5
Custo unitário de equipamento eletromecânico
-0,766
Ce = 60,540 Q
2
R = 0,95
1
0
Figura 5.12 – Custo unitário de construção de ETA do Tipo I: (a) construção civil; (b)
equipamento eletromecânico e instalações elétricas
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78 CUSTOS DE CONSTRUÇÃO DE INFRAESTRUTURAS ASSOCIADAS AO CICLO URBANO DA
ÁGUA
(a)
10
Total (Ctu)
Construção civil
Custo unitário de construção
-0,612
Ctu = 54,701 Q
2
R = 0,98
2
0
Caudal, Q (l/s)
(b)
700
Total (Ct)
Custo de construção de ETA Tipo I (k€)
600
Construção civil
Equipamento e instalações elétricas
500
0,388
Ct = 54,701 Q
400
300
200
100
0
Caudal, Q (l/s)
Figura 5.13 – ETA do Tipo I: (a) custo unitário; (b) custo de construção
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80 CUSTOS DE CONSTRUÇÃO DE INFRAESTRUTURAS ASSOCIADAS AO CICLO URBANO DA
ÁGUA
80
Tipo II com pré-ozonização (n=8)
Tipo II sem pré-ozonização (n=18)
Custo unitário total [k€/(l/s)]
60
40
20
0
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550
Caudal (l/s)
-0,51
Ccc = 114,664 Q
2
R = 0,43
20
10
0
(b)
40
Custo unitário de equipamento eletromecânico
-0,902
20
Ce = 560,455 Q
2
R = 0,84
10
0
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82 CUSTOS DE CONSTRUÇÃO DE INFRAESTRUTURAS ASSOCIADAS AO CICLO URBANO DA
ÁGUA
(a)
70
Total (Ctu)
60 Construção civil
Custo unitário de ETA Tipo II
-0,7
Ctu = 505,204 Q
30
2
R = 0,72
20
10
0
Caudal, Q (l/s)
(b)
4000
Custo de ETA Tipo II sem pré-ozonização (k€)
Total (Ct)
Construção civil
Equipamento e instalações elétricas
3000
0,3
Ct = 505,204 Q
2000
1000
0
Caudal, Q (l/s)
100
Custo unitário de construção civil, C cc [k€/(l/s)]
Elementos da amostra (n=8)
Curva de regressão (Ccc )
80
Curvas de predição (5-95%)
60
-0,828
Ccc = 843,640 Q
40
2
R = 0,45
20
0
(b)
40
Custo unitário de equipamento eletromecânico
-0,568
Ce = 206,788 Q
20
2
R = 0,57
10
0
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84 CUSTOS DE CONSTRUÇÃO DE INFRAESTRUTURAS ASSOCIADAS AO CICLO URBANO DA
ÁGUA
(a)
100
Total (Ctu)
Construção civil
80
com pré-ozonização [k€/(l/s)]
Custo unitário de ETA Tipo II
-0,713
Ctu = 919,360 Q
2
20
R = 0,55
0
Caudal, Q (l/s)
(b)
8000
Custo de ETA Tipo II com pré-ozonização (k€)
Total (Ct)
Construção civil
Equipamento e instalações elétricas
6000
0,287
Ct = 919,360 Q
4000
2000
0
Caudal, Q (l/s)