à actividade a indicação do técnico responsável pela pro- Instituto da Construção e do Imobiliário, I. P. (InCI, I. P.),
dução e do técnico da área da segurança. aprovada pelo Decreto-Lei n.º 144/2007, de 27 de Abril.
Em terceiro lugar, simplifica-se o regime de elevação de 2 — O presente decreto-lei conforma os regimes referi-
classe das habilitações do alvará, deixando de ser exigida dos no número anterior com o Decreto-Lei n.º 92/2010, de
a experiência na execução de obras realizadas para esse 26 de Julho, que transpôs a Directiva n.º 2006/123/CE, do
efeito e elimina-se o regime probatório, salvaguardando-se Parlamento Europeu e do Conselho, de 12 de Dezembro,
os regimes em vigor. relativa aos serviços no mercado interno, a qual estabelece
Em quarto lugar, prevê-se a revalidação oficiosa do al- os princípios e as regras necessárias para simplificar o livre
vará de construção e simplifica-se a tramitação dos procedi- acesso e exercício das actividades de serviços.
mentos, que passam a ser apresentados por via electrónica.
Em quinto lugar, reduzem-se os prazos de apreciação
dos pedidos, nomeadamente quanto ao prazo final de deci- CAPÍTULO II
são que passa de 66 dias para 20 dias úteis, prevendo-se o Regime jurídico de ingresso e permanência
deferimento tácito do pedido decorrido que esteja tal prazo. na actividade da construção
Em sexto lugar, concretizam-se duas medidas do Pro-
grama SIMPLEX: i) desmaterialização do alvará e do Artigo 2.º
título de registo, que podem agora ser consultados na pá-
gina electrónica do InCI, I. P.; e ii) a emissão do alvará de Alteração ao Decreto-Lei n.º 12/2004, de 9 de Janeiro
classe 1, passa a realizar-se na hora, para as empresas que Os artigos 3.º, 4.º, 5.º, 6.º, 8.º, 9.º, 11.º, 12.º, 14.º, 15.º,
fizeram marcação prévia para o efeito. 17.º, 18.º, 19.º, 20.º, 21.º, 22.º, 24.º, 25.º, 27.º, 28.º, 31.º, 36.º,
Quanto à actividade da mediação imobiliária adoptaram- 37.º, 38.º, 45.º, 49.º, 52.º e 54.º do Decreto-Lei n.º 12/2004,
-se as seguintes medidas. Em primeiro lugar, elimina-se de 9 de Janeiro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 18/2008,
a proibição de exercício de outras actividades comerciais de 29 de Janeiro, passam a ter a seguinte redacção:
pelas empresas de mediação imobiliária, bem como a
proibição de exercício de outras actividades comerciais e «Artigo 3.º
profissionais pelos angariadores imobiliários, permitindo-
[...]
-se agora que estas empresas se dediquem, por exemplo,
à gestão dos arrendamentos e de condomínio. .........................................
Em segundo lugar, com o presente decreto-lei permite-se
às pessoas singulares ou colectivas cujo domicílio ou sede a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
se situe em qualquer Estado do espaço económico europeu b) ‘Empreiteiro’, ‘construtor’ ou ‘empresa’ a pes-
o exercício das actividades de mediação imobiliária em soa singular ou colectiva que, nos termos do presente
Portugal, através da entrega de documentos que tenham diploma, se encontre habilitada a exercer a actividade
uma finalidade equivalente ou que provem a verificação da construção;
dos requisitos exigidos em território nacional. c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Em terceiro lugar, prevê-se a revalidação oficiosa da d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
e) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
licença para a actividade de mediação imobiliária e da
f) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
inscrição dos angariadores imobiliários e simplifica-se a
g) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
tramitação dos procedimentos, que passam a ser apresen-
h) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
tados por via electrónica.
i) ‘Título de registo’ a autorização, emitida em su-
Em quarto lugar, reduzem-se os prazos de apreciação porte electrónico e comprovável mediante consulta
dos pedidos, nomeadamente quanto ao prazo final de deci- na página electrónica do Instituto da Construção e do
são que passa de 30 dias para 20 dias úteis, prevendo-se o Imobiliário, I. P. (InCI, I. P.), acessível através do Portal
deferimento tácito do pedido decorrido que esteja tal prazo. do Cidadão e do Portal da Empresa, que habilita a em-
Em quinto lugar, foi introduzida a possibilidade de obten- presa a realizar determinados trabalhos, nele elencados,
ção do balanço e demonstração de resultados das empresas quando o valor dos mesmos não exceda o limite para o
através da Informação Empresarial Simplificada (IES), com efeito previsto no presente diploma;
recolha por via electrónica junto da administração fiscal. j) ‘Alvará’ a autorização, emitida em suporte elec-
Foi ouvida a Comissão Nacional de Protecção de Dados. trónico e comprovável mediante consulta na página
Para execução destas medidas, foram igualmente intro- electrónica do InCI, I. P., acessível através do Portal do
duzidas pequenas alterações à orgânica do InCI, I. P. Cidadão e do Portal da Empresa, que relaciona todas as
Assim: habilitações detidas por uma empresa;
Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º da Cons- l) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
tituição, o Governo decreta o seguinte:
Artigo 4.º
CAPÍTULO I [...]
Disposição inicial 1 — Sem prejuízo do disposto no n.º 1 do artigo 6.º e
no artigo 6.º-A, o exercício da actividade da construção
Artigo 1.º depende de alvará a conceder pelo InCI, I. P., ficando o
Objecto
seu titular autorizado a executar os trabalhos enquadrá-
veis nas habilitações no mesmo relacionadas.
1 — O presente decreto-lei procede à simplificação dos 2— .....................................
regimes de acesso e exercício das actividades de construção, 3 — Podem ser classificadas pelo InCI, I. P., para
mediação e angariação imobiliária e altera a orgânica do exercer a actividade de construção, as pessoas singu-
3118 Diário da República, 1.ª série — N.º 114 — 15 de Junho de 2011
a obtenção das informações que entender necessárias 4 — Para a tomada da decisão final, o InCI, I. P., dis-
junto das respectivas autoridades competentes. põe do prazo de 20 dias, a contar da data da recepção do
8 — Sem prejuízo de outra legislação aplicável ao pedido ou dos elementos solicitados nos termos do n.º 2,
reconhecimento de habilitações e de formações, o reco- ou, quando estes não forem entregues, a contar do termo
nhecimento de requisitos relativos a qualificações pro- do prazo concedido para a respectiva apresentação.
fissionais é regido pela Lei n.º 9/2009, de 4 de Março, 5 — A decisão final sobre o pedido é notificada ao
dependendo do cumprimento das obrigações nesta pre- interessado no prazo máximo de cinco dias.
vistas junto da autoridade competente. 6 — Decorrido o prazo previsto no n.º 4 sem que te-
9 — Para comprovação do preenchimento dos re- nha sido proferida a decisão final, o pedido considera-se
quisitos, é suficiente a apresentação, electrónica ou em tacitamente deferido, sem prejuízo do disposto no n.º 8.
formato de papel, de cópia simples dos documentos, 7 — Proferida a decisão final ou verificando-se o
podendo o InCI, I. P., em caso de dúvida, exigir a exibi- caso previsto no número anterior, o InCI, I. P., emite, no
ção dos respectivos originais ou de cópias autenticadas prazo de 10 dias, a guia para pagamento da taxa devida.
ou certificadas dos mesmos. 8 — O pagamento da taxa no prazo estipulado bem
10 — Quando os documentos a que se refere o nú- como o pagamento das coimas a que se refere o n.º 3 são
mero anterior estejam disponíveis na Internet, o re- condição de eficácia do deferimento do pedido.
querente pode, em substituição da apresentação da sua 9 — Comprovado o pagamento da taxa, o InCI, I. P.,
reprodução, indicar ao InCI, I. P., o sítio onde aqueles procede à emissão do título habilitante e à sua actuali-
podem ser consultados, bem como a informação ne- zação, em suporte electrónico, o qual é disponibilizado
cessária a essa consulta, desde que os referidos sítio e para consulta na respectiva página electrónica, acessível
documentos se encontrem redigidos em língua portu- através do Portal do Cidadão e do Portal da Empresa.
guesa ou inglesa. 10 — Em caso de extinção do procedimento por falta
11 — Quando o requerente tenha prestado o con- de pagamento da taxa devida, a apresentação de um novo
sentimento, nos termos da lei, para que o InCI, I. P., pedido antes de decorrido um ano desde a data da ex-
consulte a informação relativa a qualquer dos docu- tinção implica o agravamento da nova taxa, nos termos
mentos exigidos é dispensada a sua apresentação nos estabelecidos na portaria referida no n.º 1 do artigo 49.º
termos do n.º 9.
Artigo 24.º
Artigo 22.º
[...]
[...]
1— .....................................
1 — A tramitação dos procedimentos previstos no pre- 2— .....................................
sente diploma é executada com recurso a um sistema in-
formático, definido por portaria do membro do Governo a) (Revogada pelo Decreto-Lei n.º 18/2008, de 28
responsável pelo sector da construção, que assegura: de Janeiro.)
b) (Revogada pelo Decreto-Lei n.º 18/2008, de 28
a) A entrega online de requerimentos e de comuni- de Janeiro.)
cações; c) (Revogada pelo Decreto-Lei n.º 18/2008, de 28
b) A consulta, pelos interessados, do estado dos pro- de Janeiro.)
cedimentos; d) (Revogada pelo Decreto-Lei n.º 18/2008, de 28
c) A notificação por via electrónica dos interessados, de Janeiro.)
nomeadamente das decisões do InCI, I. P., que lhes e) (Revogada pelo Decreto-Lei n.º 18/2008, de 28
digam respeito; de Janeiro.)
d) A verificação automática da informação neces- f) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
sária, para efeitos de aplicação do regime previsto no g) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
presente diploma, através da ligação com as bases de h) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
dados das autoridades competentes, nos termos a defi- i) (Revogada pelo Decreto-Lei n.º 18/2008, de 28
nir em protocolos com as mesmas, os quais devem ser de Janeiro.)
submetidos a prévia apreciação da Comissão Nacional j) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
de Protecção de Dados.
3— .....................................
2 — No caso de o requerimento conter omissões ou 4 — Em cada obra, a empresa responsável deve afi-
deficiências susceptíveis de suprimento ou de correcção, xar de forma bem visível placa identificativa com a
ou quando se verifiquem irregularidades ou insuficiên- sua denominação social e número de alvará no local
cias relativas aos documentos instrutórios exigíveis e de acesso ao estaleiro.
cuja falta não possa ser oficiosamente suprida, o reque-
rente deve ser notificado, no prazo de 10 dias a contar Artigo 25.º
da respectiva apresentação, para efectuar as correcções
necessárias ou apresentar os documentos em falta, den- Deveres para com o InCI, I. P.
tro de um prazo fixado pelo InCI, I. P., que não pode 1— .....................................
ser inferior a 15 dias, sob pena de indeferimento ou de
deferimento parcial do pedido. a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
3 — O regime previsto no número anterior é igual- b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
mente aplicável quando o requerente não tenha apresen- c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
tado documento comprovativo do pagamento de coimas d) Os processos de insolvência de que sejam objecto,
aplicadas pelo InCI, I. P., por decisão tornada definitiva. a contar da data do conhecimento;
3122 Diário da República, 1.ª série — N.º 114 — 15 de Junho de 2011
deve apresentar junto do InCI, I. P., antes da realização 36.º, 42.º, 44.º, 51.º e 52.º do Decreto-Lei n.º 211/2004, de
de cada serviço de construção em território nacional: 20 de Agosto, passam a ter a seguinte redacção:
a) Declaração descrevendo esse mesmo serviço, de
acordo com o elenco legal de habilitações; «Artigo 1.º
b) Cópia do título de autorização para o exercício da [...]
actividade, emitido pela autoridade competente do Estado
1 — O exercício das actividades de mediação imobi-
membro de estabelecimento ou, no caso de tal título não
liária e de angariação imobiliária em território nacional
ser suficiente ou não ser exigível, de quaisquer outros do-
cumentos que comprovem o preenchimento dos requisitos. fica sujeito ao regime estabelecido no presente diploma,
sem prejuízo do disposto no número seguinte.
2 — O exercício das actividades de mediação imobi-
3 — Verificado o preenchimento dos requisitos, o que
liária e de angariação imobiliária por entidades com sede
deve ocorrer no prazo de 20 dias, o InCI, I. P., emite uma
ou domicílio principal noutro Estado do espaço econó-
guia para pagamento da taxa devida pelo procedimento,
mico europeu está sujeito ao presente diploma sempre
indicando os serviços a prestar de acordo com o elenco
que a actividade incida sobre imóveis situados em terri-
legal de habilitações.
tório nacional e se verifique uma das seguintes situações:
4 — O InCI, I. P., procede automaticamente ao re-
gisto do prestador e da prestação de serviços na respec- a) Conexão a cliente ou interessado com residência
tiva página electrónica, acessível através do Portal do ou sede em Portugal;
Cidadão e do Portal da Empresa, assim que se verifique b) Promoção do negócio visado no mercado português.
o pagamento da taxa devida.
5 — É proibida a prestação dos serviços em causa Artigo 2.º
sem a efectivação do registo referido no número anterior.
[...]
6 — A apresentação dos elementos a que se refere o
n.º 2 é realizada através dos meios indicados no n.º 1 do 1— .....................................
artigo 21.º, sendo ainda aplicável ao previsto no presente 2— .....................................
artigo o disposto nos n.os 6 a 11 do artigo 21.º, com as 3— .....................................
devidas adaptações. 4— .....................................
7 — Para efeitos do disposto no presente artigo, os 5— .....................................
prestadores ficam sujeitos às condições de exercício da 6 — Sem prejuízo do disposto no artigo 4.º-A, é ex-
actividade previstas na lei durante todo o tempo em que pressamente vedado às empresas de mediação imobi-
se encontrem a prestar serviços em território nacional e, liária celebrar contratos de prestação de serviços com
depois disso, somente quanto a factos relacionados com angariadores imobiliários não inscritos no Instituto da
o serviço prestado. Construção e do Imobiliário, I. P. (InCI, I. P.).
Artigo 22.º-A
Artigo 3.º
Pedido de título de registo e de alvará de classe 1
[...]
1 — O pedido de alvará de classe 1 ou de título de
registo pode ser deferido no momento da sua apresen- 1 — Para efeitos do disposto no presente diploma,
tação, a requerimento do interessado, desde que estejam considera-se empresa de mediação imobiliária a pessoa
reunidos os requisitos legais para o efeito, sendo emi- singular ou colectiva cujo domicílio ou sede se situe em
tida a guia para o pagamento da taxa que for devida, qualquer Estado do espaço económico europeu, e, sendo
aplicando-se o disposto no n.º 9 do artigo 22.º pessoa colectiva, tenha sido constituída ao abrigo da
2 — A concessão dos títulos nos termos do presente artigo lei de qualquer desses Estados, e tenha por actividade
fica sujeita ao pagamento da taxa prevista na portaria referida a definida no artigo anterior.
no n.º 1 do artigo 49.º, para a concessão das habilitações 2 — (Revogado.)
requeridas. 3 — (Revogado.)
Artigo 49.º-A Artigo 4.º
Modelos [...]
Os modelos e os formulários a utilizar em cumpri- 1— .....................................
mento do disposto no presente diploma, bem como 2 — (Revogado.)
os respectivos preços, são aprovados pelo conselho 3 — No contrato mencionado no n.º 1, que está su-
directivo do InCI, I. P.» jeito à forma escrita, pode estabelecer-se que o angaria-
dor preste serviços, em exclusivo, a uma empresa de me-
CAPÍTULO III diação imobiliária, numa área geográfica determinada.
4 — (Revogado.)
Regime jurídico de exercício das actividades
de mediação e angariação imobiliária Artigo 5.º
[...]
Artigo 4.º
1 — Sem prejuízo do disposto no artigo anterior, o
Alteração ao Decreto-Lei n.º 211/2004, de 20 de Agosto
exercício da actividade de mediação imobiliária depende
Os artigos 1.º, 2.º, 3.º, 4.º, 5.º, 6.º, 7.º, 8.º, 9.º, 10.º, 15.º, de licença a conceder pelo InCI, I. P.
16.º, 19.º, 20.º, 21.º, 23.º, 24.º, 25.º, 26.º, 28.º, 29.º, 32.º, 2— .....................................
Diário da República, 1.ª série — N.º 114 — 15 de Junho de 2011 3125
3 — As licenças concedidas e os cartões de identi- posse, por pessoa singular, ou, tratando-se de pessoa
ficação são válidos por três anos, ficando a respectiva colectiva, por um dos administradores, gerentes ou di-
revalidação, por idênticos períodos, apenas sujeita ao rectores, de habilitação ao nível do ensino secundário
cumprimento permanente dos requisitos exigidos no completo ou equivalente, bem como de formação inicial
presente diploma. e contínua adequadas.
Artigo 6.º 2 — Ficam dispensados de comprovar a formação
inicial aqueles que possuam grau de bacharel, de li-
[...]
cenciado ou de mestre, em curso cujo plano curricular
1— ..................................... integre, como vertente dominante, formação nas áreas
definidas por portaria dos membros do Governo respon-
a) Deter firma ou denominação social de acordo com
o previsto no n.º 1 do artigo 8.º; sáveis pelo sector da mediação imobiliária, pelo ensino
b) Incluir no seu objecto o exercício da actividade superior e pela formação profissional.
de mediação imobiliária; 3— .....................................
c) Ter a respectiva situação regularizada perante a 4— .....................................
administração fiscal e a segurança social; 5 — O técnico que confere capacidade profissional à
d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . empresa de mediação imobiliária, nos termos do n.º 3,
e) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . não pode exercer, como pessoa singular, as actividades
f) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . de mediação imobiliária ou de angariação imobiliária,
g) (Revogada.) nem fazer parte do quadro de pessoal de outras empresas
que exerçam as mesmas actividades.
2— ..................................... 6— .....................................
3 — As pessoas singulares, as pessoas colectivas, bem 7 — Em caso de empresas de mediação imobiliária
como os respectivos administradores, gerentes ou direc- que não tenham o seu domicílio ou sede em Portugal, a
tores, devem possuir idoneidade comercial, não sendo capacidade profissional é conferida pelos mandatários
consideradas comercialmente idóneas as pessoas relativa- ou por técnico das respectivas representações.
mente às quais se verifique uma das seguintes situações:
Artigo 8.º
a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
b) Inibição do exercício do comércio, declarada em [...]
processo de insolvência, enquanto não for levantada a 1 — Da denominação das empresas de mediação imo-
inibição e decretada a reabilitação. biliária sediadas em território nacional ou constituídas
ao abrigo da lei portuguesa, bem como da denominação
4 — Para efeitos do disposto no número anterior,
das representações permanentes das empresas de ou-
considera-se indiciada a falta de idoneidade comercial
sempre que se verifique, entre outras, qualquer das se- tros países estabelecidas em território nacional, consta,
guintes situações: obrigatoriamente, a expressão «Mediação imobiliária»,
sendo o seu uso vedado a quaisquer outras entidades.
a) Declaração de insolvência, salvo se decretado 2— .....................................
judicialmente um plano de insolvência; 3— .....................................
b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4— .....................................
c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5— .....................................
d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
e) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Artigo 9.º
f) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
g) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Licenciamento
h) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 — O pedido de licenciamento é apresentado em
i) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . modelo próprio nos serviços do InCI, I. P., presencial-
j) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . mente, por via postal ou por via electrónica, com acesso
l) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . através do balcão único electrónico, e é dirigido ao res-
m) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . pectivo presidente do conselho directivo, acompanhado
n) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . dos respectivos elementos instrutórios.
o) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 — No caso de o requerimento conter omissões ou
p) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . deficiências susceptíveis de suprimento ou de correcção,
q) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
ou quando se verifiquem irregularidades ou insuficiên-
r) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
cias relativas aos documentos instrutórios exigíveis e
s) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
t) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . cuja falta não possa ser oficiosamente suprida, o reque-
rente deve ser notificado, no prazo de 10 dias a contar
5— ..................................... da respectiva apresentação, para efectuar as correcções
6— ..................................... necessárias ou apresentar os documentos em falta, den-
tro de um prazo fixado pelo InCI, I. P., que não pode ser
Artigo 7.º inferior a 15 dias, sob pena de indeferimento do pedido.
3 — O regime previsto no número anterior é igual-
[...]
mente aplicável quando o requerente não tenha apresen-
1 — Para efeitos do disposto na alínea d) do n.º 1 do tado documento comprovativo do pagamento de coimas
artigo anterior, a capacidade profissional consiste na aplicadas pelo InCI, I. P., por decisão tornada definitiva.
3126 Diário da República, 1.ª série — N.º 114 — 15 de Junho de 2011
6 — Decorrido o prazo previsto no n.º 4 sem que te- 3 — A tramitação dos procedimentos previstos no
nha sido proferida a decisão final, o pedido considera-se presente diploma é executada com recurso a um sis-
tacitamente deferido, sem prejuízo do disposto no n.º 8. tema informático, definido por portaria do membro do
7 — Proferida a decisão final ou verificando-se o Governo que tutela o InCI, I. P., que assegura:
caso previsto no número anterior, o InCI, I. P., emite, nos
10 dias seguintes, a guia para pagamento da taxa devida. a) A entrega online de requerimentos e de comuni-
8 — O pagamento da taxa no prazo estipulado e o cações;
pagamento das coimas em dívida são condição de efi- b) A consulta, pelos interessados, do estado dos pro-
cácia do deferimento do pedido. cedimentos;
9 — Em caso de extinção do procedimento por falta c) A notificação, por via electrónica, dos prestadores,
de pagamento da taxa devida, um novo pedido formu- nomeadamente das decisões do InCI, I. P., que lhes
lado antes de decorrido um ano desde a data da extinção digam respeito;
implica o agravamento da nova taxa, nos termos estabe- d) A verificação automática da informação neces-
lecidos na portaria referida no n.º 2 do artigo 36.º sária, para efeitos de aplicação do regime previsto no
presente diploma, através da ligação com as bases de
Artigo 29.º dados das autoridades competentes, nos termos a defi-
nir em protocolos com as mesmas, os quais devem ser
[...] submetidos a prévia apreciação da Comissão Nacional
1 — Salvo quando o angariador imobiliário comuni- de Protecção de Dados.
que ao InCI, I. P., que não pretende renovar a inscrição
ou que pretende cessar a sua actividade, a inscrição é 4 — Na apreciação do pedido, o InCI, I. P., reco-
oficiosamente revalidada sempre que se verifiquem os nhece as autorizações legalmente detidas, bem como os
requisitos de ingresso e manutenção na actividade defi- requisitos já cumpridos, pelo requerente para o exercí-
nidos no artigo 25.º e sejam pagas a respectiva taxa, as cio da actividade noutros Estados membros do espaço
coimas aplicadas por decisão tornada definitiva e outras económico europeu, que sejam equivalentes ou essen-
taxas que se encontrem em dívida ao InCI, I. P. cialmente comparáveis quanto à finalidade.
2 — Em caso de extinção por falta de pagamento da 5 — Para efeitos da verificação do cumprimento dos
taxa aplicável, um novo pedido de inscrição, efectuado requisitos previstos no presente diploma, o InCI, I. P.,
antes de decorrido um ano sobre a data da extinção, aceita os documentos emitidos noutro Estado membro,
implica um agravamento da respectiva taxa, nos termos que tenham uma finalidade equivalente ou que provem
da portaria referida no n.º 2 do artigo 36.º a verificação daqueles requisitos, devendo promover
3 — É condição de eficácia da revalidação o paga- a obtenção das informações que entender necessárias
mento da taxa respectiva no prazo estipulado. junto das respectivas autoridades competentes.
4 — (Revogado.) 6 — Sem prejuízo de outros regimes legais aplicáveis
5 — (Revogado.) ao reconhecimento de habilitações e de formações, o
6 — (Revogado.) reconhecimento de requisitos relativos a capacidade
7 — (Revogado.) profissional é regido pela Lei n.º 9/2009, de 4 de Março.
7 — Para comprovação do preenchimento dos re-
Artigo 32.º quisitos, é suficiente a apresentação, electrónica ou em
formato de papel, de cópia simples dos documentos,
Incompatibilidade e impedimentos podendo o InCI, I. P., em caso de dúvida, exigir a exibi-
1— ..................................... ção dos respectivos originais ou de cópias autenticadas
ou certificadas dos mesmos.
a) Celebrar contratos de prestação de serviços com 8 — Quando os documentos a que se refere o número
empresas de mediação imobiliária que não possuam li- anterior estejam disponíveis na Internet, o requerente
cença para o exercício da actividade ou que não prestem pode, em substituição da apresentação da sua reprodu-
legalmente os seus serviços em território nacional nos ção, indicar ao InCI, I. P., o sítio onde aqueles podem ser
termos do artigo 4.º-A; consultados, bem como a informação necessária a essa
b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . consulta, desde que os referidos sítio e documentos se
c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . encontrem redigidos em língua portuguesa ou inglesa.
d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 — Quando o interessado tenha prestado o con-
e) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . sentimento, nos termos da lei, para que o InCI, I. P.,
f) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . consulte a informação relativa a qualquer dos docu-
g) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . mentos exigidos é dispensada a sua apresentação nos
termos do n.º 7.
2— .....................................
3 — O angariador fica impedido de proceder à avalia- Artigo 42.º
ção dos imóveis objecto da angariação imobiliária, bem
como de todos os imóveis integrados nas carteiras das [...]
mediadoras imobiliárias para as quais preste serviços. 1— .....................................
Artigo 36.º a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Procedimentos e taxas
c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
1— ..................................... d) Por via electrónica, nos termos do n.º 3 do ar-
2— ..................................... tigo 36.º
Diário da República, 1.ª série — N.º 114 — 15 de Junho de 2011 3129
suspensão dos procedimentos de reclassificação e de re- decreto-lei, e na medida em que as suas disposições se-
validação previsto no n.º 9 do artigo 20.º do Decreto-Lei jam compatíveis com as normas alteradas dos mesmos,
n.º 12/2004, de 9 de Janeiro, na redacção actual, da data designadamente:
em que a empresa foi notificada da instauração do proce-
a) A Portaria n.º 14/2004, de 10 de Janeiro, que es-
dimento de reavaliação.
tabelece os requisitos e procedimentos a cumprir para
a concessão e revalidação dos títulos de registo, para a
4 — Até à entrada em funcionamento do sistema infor-
actividade da construção;
mático necessário ao registo previsto no artigo 6.º-A, é su-
b) A Portaria n.º 15/2004, de 10 de Janeiro, que esta-
ficiente para a comprovação dos serviços que as empresas
estão habilitadas a prestar, a titularidade da guia referida belece as taxas devidas pelos procedimentos administra-
no n.º 3 do artigo 6.º-A, acompanhada do correspondente tivos tendentes à emissão, substituição ou revalidação de
comprovativo de pagamento. alvarás e títulos de registo, à emissão de certidões, bem
5 — Os títulos habilitantes emitidos em suporte de pa- como pelos demais procedimentos previstos no Decreto-
pel que à data da entrada em vigor do presente decreto-lei -Lei n.º 12/2004, de 9 de Janeiro, relativas à actividade
estejam válidos, deixam de ser eficazes como meio de da construção;
comprovação das habilitações detidas pelas empresas, c) A Portaria n.º 16/2004, de 10 de Janeiro, que estabe-
passando esta a efectuar-se exclusivamente nos termos lece o quadro mínimo de pessoal das empresas classificadas
do disposto no Decreto-Lei n.º 12/2004, de 9 de Janeiro, para o exercício da actividade da construção;
na redacção actual. d) A Portaria n.º 18/2004, de 10 de Janeiro, que estabe-
6 — As referências em quaisquer diplomas legais ou lece quais os documentos comprovativos do preenchimento
regulamentares que se reportem à exibição ou apresentação dos requisitos de ingresso e permanência na actividade da
de alvarás ou títulos de registo em suporte de papel, devem construção;
considerar-se reportadas à consulta dessas habilitações e) A Portaria n.º 19/2004, de 10 de Janeiro, que esta-
na página electrónica do InCI, I. P., acessível através do belece as categorias e subcategorias relativas à actividade
Portal do Cidadão e do Portal da Empresa, e à obtenção da construção;
de comprovativo da realização dessa diligência. f) A Portaria n.º 971/2009, de 27 de Agosto, que define
7 — As empresas ficam obrigadas a entregar no os indicadores de liquidez geral e autonomia financeira,
InCI, I. P., o alvará ou o título de registo em suporte de com vista ao acesso e permanência na actividade de cons-
papel, no prazo máximo de 10 dias a contar da data da trução das empresas do sector e fixa os respectivos valores
notificação da decisão definitiva de: de referência;
g) A Portaria n.º 57/2011, de 28 de Janeiro, que fixa os
a) Procedimento administrativo, que se traduza em al- valores das classes das habilitações contidas nos alvarás
teração das habilitações daqueles constantes; de construção, e os correspondentes valores;
b) Procedimento sancionatório, que se traduza em apli- h) A Portaria n.º 1324/2004, de 19 de Outubro, que fixa
cação de sanção acessória de interdição ou de suspensão o montante mínimo de seguro de responsabilidade civil na
da actividade. actividade da mediação imobiliária;
i) A Portaria n.º 1326/2004, de 19 de Outubro, que de-
8 — Findo o prazo referido no número anterior sem fine a avaliação da capacidade profissional, bem como os
que o título tenha sido entregue, o InCI, I. P., determina a critérios de adequação da formação, no acesso e permanên-
apreensão do mesmo pelas autoridades competentes. cia nas actividades de mediação imobiliária e angariação
imobiliária;
Artigo 9.º j) A Portaria n.º 1327/2004, de 19 de Outubro, que re-
Disposições transitórias relativas às actividades de mediação gulamenta os procedimentos administrativos previstos no
imobiliária e de angariação imobiliária Decreto-Lei n.º 211/2004, de 20 de Agosto, que regula o
regime jurídico das actividades de mediação imobiliária
Aos pedidos de licenciamento ou de inscrição para o e de angariação imobiliária;
exercício das actividades de mediação imobiliária e de l) A Portaria n.º 1328/2004, de 19 de Outubro, que fixa
angariação imobiliária, assim como às respectivas revali- os montantes das taxas devidas no âmbito dos procedimen-
dações, que estejam em curso à data de entrada em vigor tos administrativos previstos no regime jurídico das activi-
do presente decreto-lei, são aplicáveis: dades de mediação imobiliária e de angariação imobiliária;
a) No que concerne aos requisitos de ingresso e ma- m) O despacho conjunto n.º 707/2004, de 3 de Dezem-
nutenção na actividade, as disposições do Decreto-Lei bro, que determina as matérias sobre as quais incidem os
n.º 211/2004, de 20 de Agosto, com a redacção actual; exames a realizar para efeitos de acesso e permanência na
b) No que concerne à tramitação dos procedimentos, as actividade de mediação imobiliária e angariação imobiliária;
normas em vigor à data da apresentação dos pedidos. n) A Portaria n.º 66/2005, de 25 de Janeiro, que fixa as
condições mínimas de seguro de responsabilidade civil
Artigo 10.º nas actividades de mediação imobiliária e de angariação
imobiliária.
Diplomas regulamentares
1 — Permanecem em vigor, com as necessárias adap- 2 — As referências e remissões feitas nos diplomas
tações, os diplomas regulamentares, incluindo as porta- regulamentares referidos no número anterior, bem como
rias, que tenham sido aprovados ao abrigo das normas do em quaisquer diplomas legais, a disposições do Decreto-
Decreto-Lei n.º 12/2004, de 9 de Janeiro, e do Decreto- -Lei n.º 12/2004, de 9 de Janeiro, alterado pelo Decreto-
-Lei n.º 211/2004, de 20 de Agosto, desde que necessários -Lei n.º 18/2008, de 29 de Janeiro, e do Decreto-Lei
à aplicação destes, com a redacção dada pelo presente n.º 211/2004, de 20 de Agosto, consideram-se reportadas
3132 Diário da República, 1.ª série — N.º 114 — 15 de Junho de 2011
l) «Declaração de execução de obra» o documento, em n.º 92/2010, de 26 de Julho, podem ser prestados servi-
modelo próprio, que comprova a realização de uma obra, ços de construção em território nacional por prestadores
confirmada por dono de obra, entidade licenciadora ou legalmente estabelecidos noutros Estados membros da
empresa contratante, conforme o caso. União Europeia, desde que estes cumpram, por razões
de segurança pública, os requisitos exigíveis no presente
Artigo 4.º diploma, quanto ao número mínimo de pessoal técnico e
Alvará
ao capital próprio, para a classe e categoria em que se en-
quadra a obra pretendida, bem como à detenção de seguro
1 — Sem prejuízo do disposto no n.º 1 do artigo 6.º e de acidentes de trabalho, válido e aplicável.
no artigo 6.º-A, o exercício da actividade da construção 2 — Para efeitos de verificação do preenchimento dos
depende de alvará a conceder pelo InCI, I. P., ficando o requisitos referidos no número anterior, o prestador deve
seu titular autorizado a executar os trabalhos enquadráveis apresentar junto do InCI, I. P., antes da realização de cada
nas habilitações no mesmo relacionadas. serviço de construção em território nacional:
2 — O alvará é intransmissível, a qualquer título e para
qualquer efeito. a) Declaração descrevendo esse mesmo serviço, de
3 — Podem ser classificadas pelo InCI, I. P., para exer- acordo com o elenco legal de habilitações;
cer a actividade de construção, as pessoas singulares ou b) Cópia do título de autorização para o exercício da
colectivas cujo domicílio ou sede se situe em qualquer actividade, emitido pela autoridade competente do Estado
Estado do espaço económico europeu e, sendo pessoa membro de estabelecimento ou, no caso de tal título não ser
colectiva, que tenha sido constituída ao abrigo da lei de suficiente ou não ser exigível, de quaisquer outros docu-
qualquer desses Estados. mentos que comprovem o preenchimento dos requisitos.
4 — As habilitações referidas no n.º 1 constam de por-
taria do membro do Governo responsável pelo sector da 3 — Verificado o preenchimento dos requisitos, o que
construção. deve ocorrer no prazo de 20 dias, o InCI, I. P., emite uma
5 — O membro do Governo responsável pelo sector da guia para pagamento da taxa devida pelo procedimento,
construção, sob proposta do InCI, I. P., fixará igualmente, indicando os serviços a prestar de acordo com o elenco
por portaria a publicar anualmente até 31 de Outubro, para legal de habilitações.
vigorar durante 12 meses a partir de 1 de Fevereiro do ano 4 — O InCI, I. P., procede automaticamente ao registo
seguinte, a correspondência entre as classes referidas na do prestador e da prestação de serviços na respectiva página
alínea g) do artigo 3.º do presente diploma e os valores electrónica, acessível através do Portal do Cidadão e do
das obras. Portal da Empresa, assim que se verifique o pagamento
Artigo 5.º da taxa devida.
5 — É proibida a prestação dos serviços em causa sem
Validade do alvará a efectivação do registo referido no número anterior.
O alvará é válido por um período máximo de um ano, 6 — A apresentação dos elementos a que se refere o
caducando no dia 31 de Janeiro se não for revalidado nos n.º 2 é realizada através dos meios indicados no n.º 1 do
termos do artigo 19.º artigo 21.º, sendo ainda aplicável ao previsto no presente
artigo o disposto nos n.os 6 a 11 do artigo 21.º, com as
Artigo 6.º devidas adaptações.
Título de registo
7 — Para efeitos do disposto no presente artigo, os
prestadores ficam sujeitos às condições de exercício da
1 — Quando a natureza dos trabalhos se enquadre nas actividade previstas na lei durante todo o tempo em que
subcategorias previstas na portaria referida no n.º 5 do se encontrem a prestar serviços em território nacional e,
presente artigo e o seu valor não ultrapasse 10 % do limite depois disso, somente quanto a factos relacionados com
fixado para a classe 1, a execução dos mesmos pode ser o serviço prestado.
efectuada por detentor de título de registo, a conceder
pelo InCI, I. P.
SECÇÃO II
2 — O título de registo é intransmissível, a qualquer
título e para qualquer efeito. Dos alvarás
3 — Podem ser detentoras de título de registo as pessoas
singulares ou colectivas cujo domicílio ou sede se situe em Artigo 7.º
qualquer Estado do espaço económico europeu e, sendo
pessoas colectivas, que tenham sido constituídas ao abrigo Requisitos de ingresso e permanência
da lei de qualquer desses Estados. A concessão e a manutenção de habilitações dependem
4 — Os títulos de registo são válidos por um período de do preenchimento cumulativo dos seguintes requisitos:
cinco anos e revalidados por idênticos períodos.
5 — A concessão e a revalidação do título de registo a) Idoneidade;
são regulamentadas por portaria do membro do Governo b) Capacidade técnica;
responsável pelo sector da construção. c) Capacidade económica e financeira.
2 — Para efeitos do disposto no número anterior, não b) As pessoas colectivas que venham a encontrar-se em
são considerados comercialmente idóneos as pessoas sin- qualquer das situações indicadas no n.º 3, bem como aquelas
gulares e os representantes legais de pessoas colectivas cujos representantes legais sejam considerados não idóneos
que tenham sido condenados, por decisão transitada em nos termos do presente artigo e não procedam à respectiva
julgado, em pena de prisão, não suspensa, por qualquer substituição no prazo máximo de 30 dias a contar do co-
dos seguintes crimes: nhecimento do facto que determinou a perda de idoneidade.
a) Ameaça, coacção, sequestro, rapto ou escravidão;
Artigo 9.º
b) Burla ou burla relativa a trabalho ou emprego;
c) Insolvência dolosa, insolvência negligente, favoreci- Capacidade técnica
mento de credores ou perturbação de arrematações;
1 — A capacidade técnica é determinada em função da
d) Falsificação de documento, quando praticado no
estrutura organizacional da empresa e da avaliação dos
âmbito da actividade da construção;
seus meios humanos e técnicos empregues na produção,
e) Incêndios, explosões e outras condutas especialmente
na gestão de obra e na gestão da segurança, higiene e saúde
perigosas, danos contra a natureza ou poluição;
no trabalho, bem como do seu currículo na actividade.
f) Infracção de regras de construção, dano em instalações
2 — A estrutura organizacional é aferida em função:
e perturbação de serviços;
g) Associação criminosa; a) Da apreciação do seu organograma, distinguindo as
h) Tráfico de influência; diversas funções, nomeadamente as de direcção, adminis-
i) Desobediência, quando praticado no âmbito da acti- trativas, de produção e de gestão de obra e de gestão da
vidade da construção; segurança e da qualidade;
j) Corrupção activa; b) Da experiência na execução de obras, do próprio ou,
l) Tráfico de estupefacientes e de substâncias psico- no caso de se tratar de sociedades, dos seus gerentes ou
trópicas; administradores, com referência ao valor e à importância
m) Fraude na obtenção de subsídio ou subvenção, desvio das principais obras que executaram ou em que intervieram
de subvenção, subsídio ou crédito bonificado, fraude na e a natureza da sua intervenção.
obtenção de crédito, ofensa à reputação económica ou cor-
rupção activa com prejuízo do comércio internacional; 3 — A avaliação dos meios humanos tem em conta:
n) Emissão de cheque sem provisão;
o) Concorrência desleal, contrafacção ou imitação e uso a) O número de técnicos na produção e os seus níveis
ilegal de marca, quando praticado no âmbito da actividade de conhecimento, especialização e experiência profissio-
da construção; nal na actividade, bem como a sua disponibilidade para o
p) Crimes relativos a branqueamento de capitais; exercício de funções na empresa;
q) Crimes tributários; b) O número de profissionais afectos à gestão da segu-
r) Crime por utilização indevida de trabalho de menor rança, higiene e saúde do trabalho, nos termos da legislação
ou crime de desobediência por não cessação da actividade aplicável;
de menor. c) (Revogada.)
3 — Consideram-se, ainda, comercialmente não idó- 4 — As empresas devem dispor de um número mínimo
neos, as pessoas singulares e as pessoas colectivas e seus de pessoal técnico na área da segurança e da produção, de
representantes legais, relativamente aos quais se verifique acordo com o fixado em portaria do membro do Governo
qualquer das seguintes situações: responsável pelo sector da construção.
5 — (Revogado.)
a) Terem sido proibidos do exercício do comércio ou 6 — (Revogado.)
da actividade da construção, durante o período em que a
proibição vigore; Artigo 10.º
b) (Revogada.)
Capacidade económica e financeira
c) Terem sido objecto de três decisões condenatórias
definitivas pela prática dolosa de ilícitos de mera ordenação 1 — A capacidade económica e financeira das empresas
social muito graves, previstos no presente diploma; é avaliada através de:
d) (Revogada.)
a) Valores do capital próprio;
b) Volume de negócios global e em obra;
4 — Para efeitos do disposto na alínea c) do número
c) Equilíbrio financeiro, tendo em conta os indicadores
anterior consideram-se, cumulativamente, as condenações
de liquidez geral e autonomia financeira.
de pessoa singular, a título individual ou na qualidade de
representante legal de pessoa colectiva, e as condenações
de pessoa colectiva de que aquela pessoa singular tenha 2 — Só podem ser classificadas em classe superior à 1
sido representante legal. as empresas que estejam em condições de comprovar ca-
5 — As situações referidas na alínea c) do n.º 3 não pital próprio, volume de negócios em obra e equilíbrio
relevam após o decurso do prazo de dois anos contados financeiro nos termos do presente diploma.
do cumprimento integral das obrigações decorrentes da 3 — Pode ainda ser complementada a análise da situa-
última decisão aplicada. ção das empresas recorrendo a outra informação extraível
da documentação fiscal anual, relacionada com os diversos
6 — Deixam de considerar-se idóneos:
aspectos da qualificação, que o InCI, I. P., poderá solicitar
a) As pessoas singulares e os representantes legais de às autoridades competentes.
pessoas colectivas que venham a encontrar-se em qualquer 4 — Em casos devidamente fundamentados, o InCI, I. P.,
das situações indicadas nos n.os 2 e 3; pode exigir às empresas a realização de auditorias exter-
Diário da República, 1.ª série — N.º 114 — 15 de Junho de 2011 3135
nas, quando se trate de empresas habilitadas para executar 3 — A classificação em empreiteiro geral ou construtor
trabalhos nas três classes mais elevadas. geral só pode ser concedida nos casos previstos na portaria
5 — A definição e os valores de referência dos indicado- referida no n.º 4 do artigo 4.º do presente diploma.
res financeiros enunciados na alínea c) do n.º 1 do presente 4 — Sem prejuízo do disposto no n.º 2 do presente artigo,
artigo são objecto de portaria do membro do Governo res- a classificação em empreiteiro geral ou construtor geral é
ponsável pelo sector da construção, mediante proposta do concedida e modificada, com as devidas adaptações, nos
InCI, I. P., e depois de ouvido o conselho consultivo. mesmos termos em que é efectuada para as subcategorias.
Artigo 13.º
CAPÍTULO II
(Revogado.)
Da habilitação
Artigo 14.º
SECÇÃO I
Elevação de classe
Da classificação e reclassificação
1 — As empresas que pretendam a elevação para classe
superior à que detêm devem comprovar:
Artigo 11.º
a) A idoneidade, nos termos do artigo 8.º;
Ingresso
b) A capacidade técnica, pela verificação do número
1 — Os interessados que requeiram o ingresso na acti- mínimo de pessoal técnico previsto no n.º 4 do artigo 9.º
vidade deverão comprovar:
a) A idoneidade, nos termos do artigo 8.º; 2 — (Revogado.)
b) A capacidade técnica, nos termos do n.º 2, das alíneas a) 3 — (Revogado.)
e b) do n.º 3 e do n.º 4 do artigo 9.º, adequada à natureza 4 — Caso a elevação requerida seja para classe supe-
e ao valor dos trabalhos para que pretende ser habilitada; rior à mais elevada que detém nas subcategorias em que
c) A capacidade económica e financeira, nos termos da está classificada, a empresa deve ainda comprovar, para
alínea a) do n.º 1 do artigo anterior, por um valor mínimo a classe solicitada:
de capital próprio igual ou superior a 10 % do valor limite a) Deter capacidade económica e financeira, por um
da maior das classes solicitadas, excepto no que respeita valor mínimo de capital próprio igual ou superior a 10 %
à classe mais elevada prevista na portaria a que se refere do valor limite da classe solicitada, excepto no que respeita
o n.º 5 do artigo 4.º do presente diploma, caso em que o à classe mais elevada prevista na portaria a que se refere o
capital próprio deve ser igual ou superior a 20 % do valor n.º 5 do artigo 4.º, caso em que o capital próprio deve ser
limite da classe anterior. igual ou superior a 20 % do valor limite da classe anterior;
b) Cumprir as condições mínimas de permanência pre-
2 — O disposto na alínea c) do número anterior não é vistas na alínea e) do n.º 1 do artigo 18.º, sendo aplicável
aplicável para o ingresso na classe 1, em que apenas é exi- o disposto no n.º 2 desse artigo e sem prejuízo do disposto
gido que o requerente não tenha capital próprio negativo. nos respectivos n.os 4 e 5.
Artigo 12.º Artigo 15.º
Classificação em empreiteiro geral ou construtor geral Novas subcategorias
1 — A classificação em empreiteiro geral ou construtor 1 — As empresas que pretendam a inscrição em novas
geral habilita o seu titular a subcontratar a execução de subcategorias de classe igual ou inferior à mais elevada
trabalhos enquadráveis nas subcategorias necessárias à que detêm, para além do requisito de idoneidade devem
concretização da obra, sendo responsável pela sua coor- comprovar capacidade técnica, pela disponibilidade de
denação global, desde que: número mínimo de pessoal técnico adequado ao pedido.
a) O valor total da obra não exceda o limite definido 2 — As empresas que pretendam a inscrição em no-
pela classe que detém; vas subcategorias em classe superior à mais elevada que
b) Os trabalhos subcontratados sejam executados por detêm, para além do disposto no número anterior no que
empresas devidamente habilitadas. se refere à idoneidade, devem ainda comprovar, para a
classe solicitada:
2 — A classificação em empreiteiro geral ou construtor a) Deter capacidade técnica, nos termos do n.º 4 do
geral é concedida com base: artigo 9.º;
a) Na classificação das subcategorias determinantes, b) Deter capacidade económica e financeira, por um
podendo, no limite e em função da apreciação que resulte valor mínimo de capital próprio igual ou superior a 10 %
das alíneas seguintes, ser concedida até duas classes acima do valor limite da classe solicitada, excepto no que respeita
da classe mais elevada detida naquelas subcategorias; à classe mais elevada prevista na portaria a que se refere o
b) Na capacidade de coordenação, avaliada pela ex- n.º 5 do artigo 4.º, caso em que o capital próprio deve ser
periência profissional detida pelo empresário ou pelos igual ou superior a 20 % do valor limite da classe anterior;
representantes legais da sociedade e pelos seus técnicos c) Cumprir as condições mínimas de permanência pre-
em funções de gestão e coordenação de obras; vistas na alínea e) do n.º 1 do artigo 18.º, sendo aplicável
c) No pessoal exigido pela portaria referida no n.º 4 o disposto no n.º 2 desse artigo e sem prejuízo do disposto
do artigo 9.º nos respectivos n.os 4 e 5.
3136 Diário da República, 1.ª série — N.º 114 — 15 de Junho de 2011
Artigo 16.º desses valores o seu cumprimento por via da média en-
Diminuição de classe e cancelamento de subcategorias a pedido
contrada nos três últimos exercícios.
3 — O disposto nas alíneas b), c), d) e e) do n.º 1 não se
As subcategorias são objecto de diminuição de classe ou aplica às empresas detentoras de alvará exclusivamente na
cancelamento quando os titulares do alvará o requeiram. classe 1, que devem apresentar, no último exercício:
a) Valor não nulo de custos com pessoal;
Artigo 17.º b) Capital próprio não negativo; e
Técnicos e incompatibilidades c) No mínimo, volume de negócios em obra igual ou
superior a 10 % do valor limite da classe 1.
1 — Os técnicos que integrem o quadro de uma empresa
inscrita no InCI, I. P., não podem:
4 — Às empresas detentoras de alvará exclusivamente
a) Fazer parte do quadro de pessoal de qualquer outra na classe 1 é ainda aplicável, com as devidas adaptações,
empresa também inscrita; o disposto nos n.os 2, 5 e 6.
b) Desempenhar funções técnicas, a qualquer título, em 5 — Após o ingresso de qualquer empresa na actividade,
entidades licenciadoras ou donos de obra pública, excepto na primeira revalidação do respectivo alvará não se aplica
se, para o efeito, estiverem devidamente autorizados nos o disposto nas alíneas b), c), d) e e) do n.º 1.
termos legais em vigor sobre incompatibilidades. 6 — Após o ingresso de qualquer empresa na actividade,
na segunda revalidação do respectivo alvará não se aplica
2 — As situações em que ocorra cessação de funções o disposto nas alíneas b), c), d) e e) do n.º 1, devendo a
de técnicos ou em que os mesmos passem a estar abran- empresa apresentar, no último exercício, valor não nulo
gidos pelas incompatibilidades previstas na alínea b) do de custos com pessoal e capital próprio não negativo,
número anterior devem ser comunicadas ao InCI, I. P., no aplicando-se, com as devidas adaptações, o previsto no n.º 2.
prazo de 15 dias contados da sua verificação e pode ser 7 — Quando, nos termos do n.º 4 do artigo 14.º e do
efectuada quer pela empresa quer pelo técnico, desde que n.º 2 do artigo 15.º, tenha sido concedida habilitação em
quem comunique comprove perante o InCI, I. P., que deu classe superior à mais elevada detida pela empresa, é
conhecimento ao outro. aplicável, com as devidas adaptações, o disposto no n.º 4
3 — As empresas que disponham de número de pessoal quanto às condições mínimas de permanência previstas nas
técnico insuficiente face à classificação que detêm, na se- alíneas b) e d) do n.º 1, devendo as empresas continuar a
quência do previsto no número anterior, devem regularizar a comprovar essas condições relativamente às habilitações
situação no prazo de 22 dias a contar da data da ocorrência. detidas anteriormente à elevação de classe ou à concessão
de nova habilitação.
8 — Não é aplicável o regime previsto nos n.os 5 e 6 às
SECÇÃO II empresas ou unidades de organização de meios de pro-
Da permanência dução que já tenham beneficiado da não aplicação das
condições mínimas de permanência previstas nos referidos
Artigo 18.º números, nos cinco anos anteriores à data do pedido de
ingresso, considerando-se estar nessa situação, nomeada-
Condições mínimas de permanência mente, as empresas que:
1 — Para além do requisito de idoneidade, as empresas a) Anteriormente ao pedido de ingresso já tenham sido
detentoras de alvará deverão verificar as seguintes condi- titulares de alvará para o exercício da actividade de cons-
ções mínimas de permanência: trução; ou
a) Manter um quadro técnico, de acordo com o es- b) Tenham resultado da cisão ou fusão de empresas,
tabelecido na portaria referida no n.º 4 do artigo 9.º do quando qualquer destas tenha anteriormente sido titular
presente diploma; de alvará.
b) Deter, no último exercício, um valor de custos com
pessoal igual ou superior a 7 % do valor limite da classe 9 — Quando a elevação de classe ou a concessão de nova
anterior à maior das classes que detém; habilitação em classe superior à mais elevada detida pela
c) Deter, no último exercício, um valor de capital próprio empresa tenha ocorrido na sequência de cancelamento ou
igual ou superior a 10 % do valor limite da maior das clas- diminuição da classe dessa mesma habilitação, verificados no
ses que detém, excepto no que respeita à classe mais ele- mesmo ano económico, não se aplica o regime excepcional
vada prevista na portaria a que se refere o n.º 5 do artigo 4.º previsto no n.º 7.
do presente diploma, caso em que esse valor deverá ser Artigo 19.º
igual ou superior a 20 % do valor limite da classe anterior;
Revalidação
d) Deter, no último exercício, um valor de volume de
negócios em obra igual ou superior a 50 % do valor limite 1 — Salvo quando a empresa comunique ao InCI, I. P.,
da classe anterior à maior das classes que detém; que não pretende renovar o alvará ou que pretende ces-
e) Deter, no último exercício, valores de liquidez geral sar a sua actividade, nos termos da alínea e) do n.º 1 do
e autonomia financeira iguais ou superiores aos fixados na artigo 25.º, o alvará é oficiosamente revalidado sempre
portaria a que se refere o n.º 5 do artigo 10.º do presente que se verifiquem as condições mínimas de permanência
diploma. definidas no artigo anterior e sejam pagas a respectiva taxa,
as coimas aplicadas por decisão tornada definitiva e outras
2 — Caso as empresas não cumpram qualquer dos valo- taxas que se encontrem em dívida ao InCI, I. P.
res mínimos previstos nas alíneas b), c), d) e e) do número 2 — Para efeitos de revalidação do alvará, o InCI, I. P.,
anterior, é igualmente aceite para a satisfação de qualquer recolhe e analisa, por via electrónica, o balanço e a de-
Diário da República, 1.ª série — N.º 114 — 15 de Junho de 2011 3137
monstração de resultados referentes ao exercício anterior, 3 — O InCI, I. P., pode exigir todos os documentos
nomeadamente através da Informação Empresarial Sim- e esclarecimentos que entenda necessários à análise da
plificada, apresentados pela empresa junto da entidade situação da empresa.
competente, no prazo fixado para o efeito nos termos do 4 — A reavaliação pode conduzir à manutenção, re-
calendário fiscal. classificação ou cancelamento parcial ou total das habi-
3 — (Revogado.) litações.
4 — A revalidação do alvará das empresas que, não ha- 5 — As habilitações reclassificadas ou canceladas nos
vendo cumprido atempadamente as obrigações fiscais a que termos do número anterior não podem ser de novo re-
se reporta o n.º 2, o venham a fazer até 31 de Dezembro, queridas antes de decorridos seis meses após a data da
fica sujeita ao pagamento de taxa agravada. notificação da decisão definitiva.
5 — As empresas detentoras de alvará, cuja sede se 6 — A reclassificação não prejudica a possibilidade
situe noutro Estado membro da União Europeia, devem de a empresa finalizar as obras que tem em curso, desde
apresentar fotocópia, acompanhada de tradução, do balanço que com o acordo dos donos das obras, tendo os mesmos,
e da demonstração de resultados referentes ao exercício contudo, em alternativa, o direito à resolução do contrato
anterior, conforme entregue na entidade competente do por impossibilidade culposa da empresa.
Estado no qual se situe a sede da empresa, no prazo de 7 — O cancelamento parcial ou total das habilitações
30 dias após solicitação do InCI, I. P. inibe a empresa de finalizar as obras em curso, com excep-
6 — No procedimento da revalidação, as habilitações ção, no primeiro caso, das obras enquadráveis em subcate-
relativamente às quais se verifique que a empresa não gorias não canceladas, implicando a imediata resolução por
apresenta as condições exigidas para a classificação detida impossibilidade culposa da empresa de todos os contratos
são automaticamente reclassificadas ou canceladas em de empreitada celebrados referentes a obras em curso, sem
conformidade com o demonstrado. prejuízo dos efeitos já produzidos.
8 — (Revogado.)
7 — O disposto no número anterior não obsta a que, em
9 — Enquanto decorrer um procedimento de reavaliação
caso de não cumprimento do previsto na alínea e) do n.º 1
suspendem-se pelo período máximo de nove meses a contar
do artigo anterior, todas as habilitações detidas pela em- da notificação à empresa da instauração do mesmo:
presa sejam automaticamente reclassificadas na classe 1.
8 — O não cumprimento do disposto nos n.os 2, 4 e 5 a) Os eventuais procedimentos de reclassificação que
impede a verificação das condições mínimas de perma- estiverem em curso ou que venham a ser requeridos pela
nência, não sendo o alvará revalidado. empresa e em que não seja exclusivamente requerido o
9 — (Revogado.) cancelamento de habilitações ou a diminuição da respectiva
10 — Quando, nos termos do presente artigo, não haja classe, salvo decisão fundamentada em contrário;
lugar à revalidação do alvará, caducam todas as habilita- b) O procedimento de revalidação que esteja em curso
ções no mesmo relacionadas. ou que venha a ser requerido pela empresa, devendo,
11 — A reclassificação não prejudica a possibilidade caso entretanto seja proferida decisão no procedimento
de a empresa finalizar as obras que tem em curso, desde de reavaliação, ser na mesma conjuntamente apreciado o
que com o acordo dos donos das obras, tendo os mesmos, cumprimento, pela empresa, das condições previstas no
contudo, em alternativa, o direito à resolução do contrato artigo 18.º
por impossibilidade culposa da empresa.
12 — O cancelamento parcial ou total das habilitações 10 — A suspensão do procedimento de revalidação
inibe a empresa de finalizar as obras em curso, com excep- prevista na alínea b) do número anterior não prejudica a
ção, no primeiro caso, das obras enquadráveis em subcate- manutenção da obrigação de cumprimento do disposto nos
gorias não canceladas, implicando a imediata resolução por n.os 2, 4 e 5 do artigo anterior.
impossibilidade culposa da empresa de todos os contratos 11 — A suspensão do procedimento de revalidação pre-
de empreitada celebrados referentes a obras em curso, sem vista na alínea b) do n.º 9, quando tenha sido declarada a
prejuízo dos efeitos já produzidos. insolvência da empresa sujeita a reavaliação, pode ser pror-
rogada por um período máximo de 9 meses, por decisão
Artigo 20.º fundamentada do conselho directivo do InCI, I. P., e desde
que a empresa tenha comprovado, à data dessa decisão e
Reavaliação em sede do procedimento de reavaliação, os requisitos de
idoneidade e de capacidade técnica adequada à habilitação
1 — A reavaliação consiste na apreciação da situação
de que é detentora.
global da empresa, em função da idoneidade, da capacidade
12 — Enquanto durar a suspensão prevista nos números
técnica e da capacidade económica e financeira, e tem em anteriores, mantém-se em vigor o alvará de que a empresa
conta todos os elementos que o InCI, I. P., possa vir a obter for detentora à data da notificação da instauração do pro-
com interesse para o efeito. cedimento de reavaliação.
2 — As empresas podem ser sujeitas a reavaliação:
a) Quando deixem de ser consideradas idóneas nos
CAPÍTULO III
termos do artigo 8.º;
b) Quando o capital próprio, em qualquer dos exercícios, Do processo e registo de informação
seja negativo;
c) Na sequência de acção de inspecção; Artigo 21.º
d) Quando sejam objecto de processo de insolvência;
Instrução de processos
e) (Revogada.)
f) Quando qualquer outra circunstância o aconselhe ou 1 — Os pedidos de classificação e de reclassificação são
o InCI, I. P., o entenda. apresentados em modelo próprio nos serviços do InCI, I. P.,
3138 Diário da República, 1.ª série — N.º 114 — 15 de Junho de 2011
presencialmente, por via postal ou por via electrónica, com 11 — Quando o requerente tenha prestado o consenti-
acesso através do balcão único electrónico, e são dirigidos mento, nos termos da lei, para que o InCI, I. P., consulte a
ao presidente do conselho directivo, acompanhados dos informação relativa a qualquer dos documentos exigidos
respectivos elementos instrutórios. é dispensada a sua apresentação nos termos do n.º 9.
2 — Com o requerimento, são entregues todos os do-
cumentos comprovativos do preenchimento dos requisitos Artigo 22.º
exigidos no artigo 7.º, os quais são especificados em por- Tramitação
taria do membro do Governo responsável pelo sector da
construção, só sendo admissível a sua entrega em momento 1 — A tramitação dos procedimentos previstos no pre-
posterior se o requerente provar que não os pôde apresentar sente diploma é executada com recurso a um sistema in-
com o requerimento ou se se destinarem a provar facto formático, definido por portaria do membro do Governo
ocorrido posteriormente. responsável pelo sector da construção, que assegura:
3 — São recusados, mediante a indicação por escrito a) A entrega online de requerimentos e de comunicações;
do fundamento da rejeição, os pedidos relativamente aos b) A consulta, pelos interessados, do estado dos pro-
quais se verifique: cedimentos;
a) Não ter sido junto o documento comprovativo do c) A notificação por via electrónica dos interessados,
prévio pagamento da taxa inicial; nomeadamente das decisões do InCI, I. P., que lhes digam
b) Manifesta insuficiência da documentação referida no respeito;
número anterior, sem justificação adequada; d) A verificação automática da informação necessária,
c) Falta de assinatura do requerimento; para efeitos de aplicação do regime previsto no presente
d) Ininteligibilidade do pedido; diploma, através da ligação com as bases de dados das au-
e) Que os documentos apresentados não obedecem aos toridades competentes, nos termos a definir em protocolos
requisitos regulamentares; com as mesmas, os quais devem ser submetidos a prévia
f) Inadmissibilidade nos termos do presente diploma. apreciação da Comissão Nacional de Protecção de Dados.
4 — São igualmente recusados os pedidos das empresas 2 — No caso de o requerimento conter omissões ou
que não tenham dado cumprimento ao disposto nos n.os 2, deficiências susceptíveis de suprimento ou de correcção,
4 e 5 do artigo 19.º ou quando se verifiquem irregularidades ou insuficiências
5 — A recusa do pedido, nos termos do presente artigo, relativas aos documentos instrutórios exigíveis e cuja falta
implica a devolução dos documentos, excepto daqueles não possa ser oficiosamente suprida, o requerente deve ser
que, no caso de empresas já classificadas, o InCI, I. P., notificado, no prazo de 10 dias a contar da respectiva apre-
sentação, para efectuar as correcções necessárias ou apre-
entenda necessários à actualização do processo.
sentar os documentos em falta, dentro de um prazo fixado
6 — Na apreciação do pedido, o InCI, I. P., reconhece as
pelo InCI, I. P., que não pode ser inferior a 15 dias, sob
autorizações legalmente detidas, bem como os requisitos já
pena de indeferimento ou de deferimento parcial do pedido.
cumpridos pelo requerente para o exercício da actividade 3 — O regime previsto no número anterior é igualmente
noutros Estados membros do espaço económico europeu aplicável quando o requerente não tenha apresentado do-
que sejam equivalentes ou essencialmente comparáveis cumento comprovativo do pagamento de coimas aplicadas
quanto à finalidade. pelo InCI, I. P., por decisão tornada definitiva.
7 — Para efeitos da verificação do cumprimento dos 4 — Para a tomada da decisão final, o InCI, I. P., dis-
requisitos previstos no presente diploma, o InCI, I. P., põe do prazo de 20 dias, a contar da data da recepção do
aceita os documentos emitidos noutro Estado membro pedido ou dos elementos solicitados nos termos do n.º 2,
que tenham uma finalidade equivalente ou que provem ou, quando estes não forem entregues, a contar do termo
a verificação daqueles requisitos, devendo promover a do prazo concedido para a respectiva apresentação.
obtenção das informações que entender necessárias junto 5 — A decisão final sobre o pedido é notificada ao in-
das respectivas autoridades competentes. teressado no prazo máximo de cinco dias.
8 — Sem prejuízo de outra legislação aplicável ao reco- 6 — Decorrido o prazo previsto no n.º 4 sem que tenha
nhecimento de habilitações e de formações, o reconheci- sido proferida a decisão final, o pedido considera-se taci-
mento de requisitos relativos a qualificações profissionais tamente deferido, sem prejuízo do disposto no n.º 8.
é regido pela Lei n.º 9/2009, de 4 de Março, dependendo 7 — Proferida a decisão final ou verificando-se o caso
do cumprimento das obrigações nesta previstas junto da previsto no número anterior, o InCI, I. P., emite, no prazo
autoridade competente. de 10 dias, a guia para pagamento da taxa devida.
9 — Para comprovação do preenchimento dos requisi- 8 — O pagamento da taxa no prazo estipulado bem
tos, é suficiente a apresentação, electrónica ou em formato como o pagamento das coimas a que se refere o n.º 3 são
de papel, de cópia simples dos documentos, podendo o condição de eficácia do deferimento do pedido.
InCI, I. P., em caso de dúvida, exigir a exibição dos res- 9 — Comprovado o pagamento da taxa, o InCI, I. P.,
pectivos originais ou de cópias autenticadas ou certificadas procede à emissão do título habilitante e à sua actualiza-
dos mesmos. ção, em suporte electrónico, o qual é disponibilizado para
10 — Quando os documentos a que se refere o número consulta na respectiva página electrónica, acessível através
anterior estejam disponíveis na Internet, o requerente pode, do Portal do Cidadão e do Portal da Empresa.
em substituição da apresentação da sua reprodução, indicar 10 — Em caso de extinção do procedimento por falta
ao InCI, I. P., o sítio onde aqueles podem ser consultados, de pagamento da taxa devida, a apresentação de um novo
bem como a informação necessária a essa consulta, desde pedido antes de decorrido um ano desde a data da extinção
que os referidos sítio e documentos se encontrem redigidos implica o agravamento da nova taxa, nos termos estabele-
em língua portuguesa ou inglesa. cidos na portaria referida no n.º 1 do artigo 49.º
Diário da República, 1.ª série — N.º 114 — 15 de Junho de 2011 3139
deve ser exigida uma única subcategoria em classe que 3 — Todas as autoridades e seus agentes devem partici-
cubra o valor global da obra, a qual deve respeitar ao tipo par ao InCI, I. P., quaisquer infracções ao presente diploma
de trabalhos mais expressivo, sem prejuízo da exigência e respectivas disposições regulamentares.
de outras subcategorias relativas aos restantes trabalhos a
executar e nas classes correspondentes. Artigo 34.º
2 — A habilitação de empreiteiro geral ou construtor Auto de notícia
geral, desde que adequada à obra em causa e em classe
que cubra o seu valor global, dispensa a exigência a que 1 — Quando, no exercício de funções inspectivas, se
se refere o número anterior. verificar ou comprovar, pessoal e directamente, ainda que
3 — Os donos de obras públicas, os donos de obras por forma não imediata, qualquer infracção ao presente
particulares, nos casos de isenção ou dispensa de pro- diploma punível com coima, é levantado auto de notícia.
cedimento de controlo prévio municipal, e as entidades 2 — O auto de notícia deve mencionar os factos que
licenciadoras de obras particulares devem assegurar que constituem infracção, o dia, a hora, o local e as circunstân-
as obras sejam executadas por detentores de alvará ou tí- cias em que foi cometida, a identificação dos agentes que
tulo de registo contendo as habilitações correspondentes à a presenciaram e tudo o que puderem averiguar acerca da
natureza e ao valor dos trabalhos a realizar, nos termos do identificação dos agentes da infracção e, quando possível,
disposto nas portarias referidas nos n.os 4 e 5 do artigo 4.º a indicação de, pelo menos, uma testemunha que possa
e no n.º 5 do artigo 6.º depor sobre os factos.
4 — A comprovação das habilitações, bem como do 3 — O auto de notícia é assinado pelos agentes que o
registo de prestação de serviços previsto no artigo 6.º-A, é levantaram e pelas testemunhas, quando for possível.
feita através de consulta na página electrónica do InCI, I. P., 4 — A autoridade ou agente da autoridade que tiver
acessível através do Portal do Cidadão e do Portal da Em- notícia, no exercício das suas funções, de infracção ao
presa, devendo as entidades referidas no número anterior presente diploma levanta auto a que é correspondentemente
manter o comprovativo da realização dessa diligência. aplicável o disposto nos n.os 1 e 2 do presente artigo, com
5 — Nenhuma obra poderá ser dividida por fases tendo as necessárias adaptações.
em vista subtraí-la à consideração do seu valor global para
efeitos de determinação da classe de valor de trabalhos Artigo 35.º
exigível. Participação e denúncia
4 — Se, por qualquer motivo, a carta prevista no número h) A violação do disposto na alínea a) do n.º 1 do ar-
anterior for devolvida à entidade remetente, a notificação tigo 25.º;
é reenviada ao notificando, para o seu domicílio ou sede, i) A violação do disposto na alínea d) do n.º 1 do ar-
através de carta simples. tigo 25.º;
5 — A notificação nos termos do n.º 3 considera-se j) A violação do disposto na alínea e) do n.º 1 do ar-
efectuada no 3.º dia útil posterior ao do envio, devendo a tigo 25.º;
cominação aplicável constar do acto de notificação. l) A violação do disposto na alínea b) do n.º 2 do ar-
6 — No caso previsto no n.º 4, o funcionário da entidade tigo 25.º;
competente lavra uma cota no processo com a indicação m) A violação do disposto no n.º 3 do artigo 25.º;
da data da expedição da carta e do domicílio para o qual n) A violação do disposto no n.º 4 do artigo 27.º;
foi enviada, considerando-se a notificação efectuada no o) A violação do disposto no n.º 1 do artigo 29.º;
5.º dia posterior à data indicada, cominação que deverá p) As infracções previstas no artigo 457.º do Código dos
constar do acto de notificação. Contratos Públicos, caso tenham sido praticadas no âmbito
7 — Se o notificando se recusar a receber ou a assinar a do procedimento de formação ou da execução de contrato
notificação, o funcionário certifica a recusa, considerando- cujo objecto abranja prestações típicas dos contratos de
-se efectuada a notificação. empreitada de obras públicas, incluindo aquelas realizadas
ou a realizar no âmbito de concessões.
Artigo 37.º q) A violação do disposto no n.º 2 do artigo 383.º do
Código dos Contratos Públicos;
Contra-ordenações r) A violação do disposto no n.º 1 do artigo 384.º do
1 — Às contra-ordenações previstas neste artigo são Código dos Contratos Públicos;
aplicáveis as seguintes coimas, sem prejuízo da aplicação s) A subcontratação, sem autorização do dono da obra
de pena ou sanção mais grave que lhes couber por força ou com oposição deste, nos casos previstos no n.º 2 do
de outra disposição legal: artigo 385.º e no artigo 386.º, ambos do Código dos Con-
tratos Públicos;
a) Quando sejam qualificadas como muito graves, de t) A não comparência no local, na data e na hora indi-
€ 7500 a € 44 800, reduzindo-se o limite mínimo para cadas pelo dono da obra para a consignação da obra, nos
€ 2000 e o limite máximo na parte que exceda o respectivo casos previstos na alínea b) do n.º 1 do artigo 405.º do
montante máximo de coima previsto no regime geral das Código dos Contratos Públicos.
contra-ordenações e coimas, quando aplicada a pessoa
singular; 4 — Constituem ilícitos de mera ordenação social sim-
b) Quando sejam qualificadas como graves, de € 1000 a ples:
€ 3000 e de € 5000 a € 30 000, conforme sejam praticadas
por pessoa singular ou pessoa colectiva; a) A violação do disposto no n.º 3 do artigo 24.º;
c) Quando sejam qualificadas como simples, de € 500 a b) A violação do disposto no n.º 4 do artigo 24.º;
€ 1500 e de € 3000 a € 20 000, conforme sejam praticadas c) A violação do disposto na alínea b) do n.º 1 do ar-
por pessoa singular ou pessoa colectiva. tigo 25.º;
d) A violação do disposto na alínea c) do n.º 1 do ar-
2 — Constituem ilícitos de mera ordenação social muito tigo 25.º;
graves: e) A violação do disposto na alínea f) do n.º 1 do ar-
tigo 25.º;
a) A violação do disposto no n.º 1 do artigo 4.º; f) A violação do disposto na alínea a) do n.º 2 do ar-
b) A violação do disposto no n.º 2 do artigo 4.º; tigo 25.º;
c) A violação do disposto no n.º 1 do artigo 6.º; g) A violação do disposto no n.º 3 do artigo 27.º;
d) A violação do disposto no n.º 2 do artigo 6.º; h) A violação do disposto no n.º 3 do artigo 29.º;
e) A violação do disposto no n.º 5 do artigo 6.º-A; i) A violação do disposto no n.º 5 do artigo 29.º;
f) A violação do disposto no n.º 1 do artigo 12.º; j) A violação do disposto no n.º 4 do artigo 384.º do
g) A violação do disposto no n.º 1 do artigo 27.º; Código dos Contratos Públicos;
h) As infracções previstas no artigo 456.º do Código dos l) A violação do disposto nos n.os 3 e 4 do artigo 385.º
Contratos Públicos, caso tenham sido praticadas no âmbito do Código dos Contratos Públicos.
do procedimento de formação ou da execução de contrato
cujo objecto abranja prestações típicas dos contratos de 5 — A tentativa e a negligência são puníveis, sendo,
empreitada de obras públicas, incluindo aquelas realizadas nestes casos, os limites máximo e mínimo da coima re-
ou a realizar no âmbito de concessões. duzidos a metade.
d) Privação do direito de participar em arrematações ou via postal ou mediante a afixação de editais nas instalações
concursos públicos que tenham por objecto a empreitada da empresa ou nos locais de acesso aos estaleiros das obras
ou a concessão de obras públicas e a concessão de serviços onde a mesma esteja a exercer a actividade.
públicos. 3 — As medidas determinadas nos termos do n.º 1 do
presente artigo vigoram, consoante os casos:
2 — Em caso de aplicação das sanções de suspensão
ou de interdição, a empresa fica obrigada a comunicar ao a) Até ao seu levantamento pelo presidente do conselho
InCI, I. P., as obras que tem em curso, no prazo de 10 dias directivo do InCI, I. P., ou por decisão judicial;
a contar da data em que a decisão se torne definitiva. b) Até ao início da aplicação da sanção acessória de
3 — As sanções referidas no n.º 1 têm a duração máxima interdição do exercício da actividade.
de dois anos contados a partir da decisão condenatória
definitiva. 4 — Não obstante o disposto no número anterior, as
4 — A empresa sujeita às sanções de suspensão ou medidas cautelares referidas no n.º 1 têm a duração máxima
interdição deve, para reinício da actividade, cumprir as de um ano contado a partir da decisão que as imponha.
condições exigidas pelo artigo 11.º do presente diploma.
Artigo 42.º
Artigo 39.º
Procedimento de advertência
Interdição do exercício da actividade
1 — Quando a contra-ordenação consistir em irregu-
1 — A aplicação da sanção acessória de interdição laridade sanável da qual não tenham resultado prejuízos
implica a interdição de finalizar as obras em curso e de para terceiros, o InCI, I. P., pode advertir o infractor,
celebrar novos contratos de empreitada de obras públicas notificando-o para sanar a irregularidade.
ou particulares e de praticar todos e quaisquer actos rela- 2 — Da notificação deve constar a identificação da in-
cionados com a actividade, seja para que efeito for, junto fracção, as medidas necessárias para a sua regularização,
de entidades licenciadoras ou donos de obra. o prazo para o cumprimento das mesmas e a advertência
2 — O InCI, I. P., comunica de imediato aos donos das de que o seu não cumprimento dá lugar à instauração de
obras a interdição e seus fundamentos, implicando a inter- processo de contra-ordenação.
dição a imediata resolução por impossibilidade culposa da 3 — Se o infractor não sanar a irregularidade no prazo
empresa de todos os contratos de empreitada celebrados fixado, o processo de contra-ordenação é instaurado.
referentes a obras em curso, sem prejuízo dos efeitos já
produzidos. Artigo 43.º
Artigo 40.º Determinação da sanção aplicável
Suspensão dos títulos de registo e dos alvarás A determinação da coima, das sanções acessórias e
das medidas cautelares faz-se em função da gravidade da
1 — A aplicação da sanção acessória de suspensão inibe contra-ordenação, da ilicitude concreta do facto, da culpa
a empresa de celebrar novos contratos de empreitada de do infractor e dos benefícios obtidos e tem em conta a sua
obras públicas ou particulares e de praticar todos e quais- situação económica e anterior conduta.
quer actos relacionados com a actividade, seja para que
efeito for, junto de entidades licenciadoras ou donos de obra.
2 — Sem prejuízo do disposto no número anterior, a Artigo 44.º
empresa sujeita a suspensão pode finalizar as obras em Competência para instrução dos processos de contra-ordenação
curso desde que com o acordo dos donos das obras, de- e aplicação de sanções e medidas cautelares
vendo para tal o InCI, I. P., comunicar-lhes a suspensão e 1 — A instrução do processo de contra-ordenação é da
seus fundamentos, tendo os mesmos, contudo, em alterna- competência dos serviços do InCI, I. P.
tiva, o direito à resolução do contrato por impossibilidade 2 — Compete ao presidente do conselho directivo do
culposa da empresa. InCI, I. P., a aplicação das coimas, das sanções acessórias
e da medida cautelar prevista na alínea b) do n.º 1 do ar-
Artigo 41.º tigo 41.º do presente diploma.
Medidas cautelares 3 — Compete aos serviços de inspecção do InCI, I. P., a
aplicação da medida cautelar prevista na alínea a) do n.º 1
1 — Quando se revele necessário para a instrução do do artigo 41.º do presente diploma.
processo de contra-ordenação ou resultem fortes indícios
4 — Sem prejuízo do número anterior, o InCI, I. P.,
da prática de facto que constitua contra-ordenação nos
pode confiar a execução da referida medida cautelar às
termos do presente diploma, o InCI, I. P., pode determinar
autoridades policiais.
uma das seguintes medidas:
a) Suspensão preventiva total ou parcial da actividade, Artigo 45.º
no caso de violação do disposto no n.º 1 do artigo 4.º e no
n.º 1 do artigo 6.º do presente diploma; Cobrança coerciva de coimas e publicidade
das sanções e medidas cautelares
b) Suspensão da apreciação de pedido de classificação,
reclassificação ou revalidação formulado pela empresa 1 — As coimas aplicadas em processo de contra-
junto do InCI, I. P. -ordenação, quando não pagas, são cobradas coercivamente.
2 — São publicitadas na página electrónica do InCI, I. P.,
2 — A aplicação da medida prevista na alínea a) do acessível através do Portal do Cidadão e do Portal da Em-
número anterior efectua-se mediante notificação pessoal e presa, as sanções de natureza contra-ordenacional, bem
3144 Diário da República, 1.ª série — N.º 114 — 15 de Junho de 2011
como as medidas cautelares, aplicadas, no âmbito da ac- peitante às sedes das empresas, quando essas alterações
tividade regulada, por decisão definitiva. resultem de decisão administrativa.
3 — (Revogado.) 4 — Não são igualmente sujeitas ao pagamento de taxas
4 — A publicitação das decisões de aplicação de san- as empresas que se encontrem abrangidas por plano de
ções e das medidas cautelares deve ser mantida na página insolvência homologado e durante o tempo que o mesmo
electrónica do InCI, I. P., acessível através do Portal do durar, desde que o solicitem ao InCI, I. P.
Cidadão e do Portal da Empresa, até à ocorrência de um
dos seguintes factos: Artigo 49.º-A
a) Nas sanções aplicadas, a título principal, em processo Modelos
de contra-ordenação, o decurso de dois anos contados da
definitividade ou do trânsito em julgado da decisão que Os modelos e os formulários a utilizar em cumprimento
as aplicou; do disposto no presente diploma, bem como os respec-
b) Nas sanções acessórias, o decurso do prazo da du- tivos preços, são aprovados pelo conselho directivo do
ração das mesmas; InCI, I. P.
c) Nas medidas cautelares, o decurso do prazo de dura-
ção das mesmas ou o seu levantamento ou revogação. Artigo 50.º
Cobrança coerciva
Artigo 46.º
A cobrança coerciva das taxas é da competência da
Produto das coimas repartição de finanças da área do domicílio ou sede do
O produto das coimas recebidas por infracção ao dis- devedor, em processo de execução fiscal.
posto no presente diploma reverte em 60 % para os cofres
do Estado e em 40 % para o InCI, I. P.
CAPÍTULO IX
Artigo 47.º Disposições finais e transitórias
(Revogado.)
Artigo 51.º
Artigo 48.º Impugnação das decisões
Responsabilidade criminal As decisões tomadas pelo InCI, I. P., ao abrigo do pre-
1 — O desrespeito pelas decisões tomadas pelo InCI, I. P., sente diploma podem ser impugnadas nos termos do Có-
nos termos do disposto no n.º 1 do artigo 38.º e no n.º 1 digo do Procedimento Administrativo.
do artigo 41.º do presente diploma, integra o crime de
desobediência nos termos do artigo 348.º do Código Penal. Artigo 52.º
2 — A remoção, destruição, alteração, danificação ou
Dever de cooperação
qualquer outra forma de actuação que impeça o conheci-
mento do edital afixado ao abrigo do disposto no n.º 2 do 1 — As entidades públicas têm o dever de prestar ao
artigo 41.º integra o crime de arrancamento, destruição ou InCI, I. P., toda a colaboração que este Instituto lhes soli-
alteração de editais, nos termos do artigo 357.º do Código citar, facultando os dados e os documentos necessários à
Penal. aplicação do presente diploma.
3 — As falsas declarações e as falsas informações pres- 2 — Para efeitos do disposto no número anterior, o
tadas, no âmbito dos procedimentos previstos no presente InCI, I. P., pode celebrar protocolos com entidades públicas
diploma, pelos empresários em nome individual, repre- ou privadas, tendo em vista a verificação dos requisitos
sentantes legais das sociedades comerciais e técnicos das de acesso e de permanência na actividade, sem prejuízo
empresas integram o crime de falsificação de documentos, do disposto no capítulo VI do Decreto-Lei n.º 92/2010, de
nos termos do artigo 256.º do Código Penal. 26 de Julho.
3 — (Revogado.)
4 — (Revogado.)
CAPÍTULO VIII
Das taxas Artigo 53.º
Acesso aos documentos
Artigo 49.º
O InCI, I. P., deve vedar o acesso a documentos constan-
Taxas tes dos processos das empresas cuja comunicação ponha
1 — Os procedimentos administrativos tendentes à em causa segredos comerciais, industriais ou sobre a vida
emissão, à substituição ou à revalidação de alvarás e títulos das empresas, nos termos da legislação sobre acesso a
de registo e a emissão de certidões, bem como os demais documentos administrativos.
procedimentos previstos no presente diploma, dependem
do pagamento de taxas, nos termos a fixar por portaria do Artigo 54.º
membro do Governo responsável pelo sector da construção. Idioma dos documentos
2 — As taxas previstas no número anterior constituem
receita do InCI, I. P. 1 — Os requerimentos e os demais documentos referidos
3 — Não são devidas taxas em virtude de alteração da no presente diploma devem ser redigidos em língua portu-
designação do arruamento ou do número de polícia, res- guesa, sem prejuízo do disposto nos números seguintes:
Diário da República, 1.ª série — N.º 114 — 15 de Junho de 2011 3145
2 — No caso de documentos originalmente redigidos em b) Acções de promoção dos bens imóveis sobre os quais
inglês, só pode ser exigida a respectiva tradução quando o cliente pretenda realizar negócio jurídico, designada-
tal se justifique, em função da sua tecnicidade ou com- mente através da sua divulgação, publicitação ou da rea-
plexidade. lização de leilões.
3 — No caso de documentos redigidos noutro idioma
deve ser apresentada a respectiva tradução. 3 — As empresas podem ainda prestar serviços de ob-
tenção de documentação e de informação necessários à
Artigo 55.º concretização dos negócios objecto do contrato de media-
ção imobiliária que não estejam legalmente atribuídos, em
Contagem de prazos
exclusivo, a outras profissões.
Na contagem de todos os prazos fixados no presente 4 — Para efeitos do disposto no presente artigo,
diploma aplicam-se as regras do Código do Procedimento considera-se:
Administrativo. a) «Interessado» o terceiro angariado pela empresa de
mediação, desde que esse terceiro venha a concretizar o
Artigo 56.º negócio visado pelo contrato de mediação;
(Revogado.) b) «Cliente» a pessoa singular ou colectiva que celebra
o contrato de mediação imobiliária com a empresa.
Artigo 57.º
5 — No âmbito da preparação e do cumprimento dos
(Revogado.) contratos de mediação imobiliária celebrados, as empre-
sas de mediação imobiliária podem ser coadjuvadas por
Artigo 58.º angariadores imobiliários.
(Revogado.) 6 — Sem prejuízo do disposto no artigo 4.º-A, é expres-
samente vedado às empresas de mediação imobiliária cele-
ANEXO II brar contratos de prestação de serviços com angariadores
imobiliários não inscritos no Instituto da Construção e do
Republicação do Decreto-Lei n.º 211/2004, de 20 de Agosto Imobiliário, I. P. (InCI, I. P.).
Artigo 3.º
CAPÍTULO I
Empresa de mediação imobiliária
Disposições gerais
1 — Para efeitos do disposto no presente diploma,
considera-se empresa de mediação imobiliária a pessoa
Artigo 1.º
singular ou colectiva cujo domicílio ou sede se situe em
Âmbito qualquer Estado do espaço económico europeu, e, sendo
pessoa colectiva, tenha sido constituída ao abrigo da lei de
1 — O exercício das actividades de mediação imobiliá-
qualquer desses Estados, e tenha por actividade a definida
ria e de angariação imobiliária em território nacional fica no artigo anterior.
sujeito ao regime estabelecido no presente diploma, sem 2 — (Revogado.)
prejuízo do disposto no número seguinte. 3 — (Revogado.)
2 — O exercício das actividades de mediação imobiliá-
ria e de angariação imobiliária por entidades com sede ou Artigo 4.º
domicílio principal noutro Estado do espaço económico
europeu está sujeito ao presente diploma sempre que a Angariação imobiliária
actividade incida sobre imóveis situados em território na- 1 — A actividade de angariação imobiliária é aquela
cional e se verifique uma das seguintes situações: em que, por contrato de prestação de serviços, uma pes-
a) Conexão a cliente ou interessado com residência ou soa singular se obriga a desenvolver as acções e a prestar
sede em Portugal; os serviços previstos, respectivamente, nos n.os 2 e 3 do
b) Promoção do negócio visado no mercado português. artigo 2.º, necessários à preparação e ao cumprimento
dos contratos de mediação imobiliária, celebrados pelas
Artigo 2.º empresas de mediação imobiliária.
2 — (Revogado.)
Objecto da actividade de mediação imobiliária 3 — No contrato mencionado no n.º 1, que está sujeito à
1 — A actividade de mediação imobiliária é aquela em forma escrita, pode estabelecer-se que o angariador preste
que, por contrato, uma empresa se obriga a diligenciar no serviços, em exclusivo, a uma empresa de mediação imo-
sentido de conseguir interessado na realização de negócio biliária, numa área geográfica determinada.
que vise a constituição ou aquisição de direitos reais sobre 4 — (Revogado.)
bens imóveis, a permuta, o trespasse ou o arrendamento dos
mesmos ou a cessão de posição em contratos cujo objecto Artigo 4.º-A
seja um bem imóvel. Prestadores estabelecidos noutros Estados
2 — A actividade de mediação imobiliária consubstancia- membros da União Europeia
-se no desenvolvimento de:
1 — Quando não configurem o exercício efectivo de
a) Acções de prospecção e recolha de informações que actividade, na acepção do n.º 2 do artigo 4.º do Decreto-Lei
visem encontrar o bem imóvel pretendido pelo cliente; n.º 92/2010, de 26 de Julho, podem ser prestados serviços
3146 Diário da República, 1.ª série — N.º 114 — 15 de Junho de 2011
g) Terem sido punidas ou terem sido administradores, tendo em conta, nomeadamente, o tempo decorrido desde
gerentes ou directores de uma empresa de mediação imo- a prática dos factos.
biliária punida com coima pela prática dolosa do ilícito
de mera ordenação social previsto na alínea a) do n.º 1 Artigo 7.º
do artigo 44.º, desde que fique demonstrada a violação Capacidade profissional
repetida de um dos deveres estipulados no artigo 16.º, nos
n.os 2, 3 e 4 do artigo 17.º e nos n.os 3, 4 e 5 do artigo 18.º, 1 — Para efeitos do disposto na alínea d) do n.º 1 do
no exercício ilegal da actividade de mediação imobiliária; artigo anterior, a capacidade profissional consiste na posse,
h) Terem sido punidas, no âmbito do exercício da acti- por pessoa singular, ou, tratando-se de pessoa colectiva, por
vidade de angariação imobiliária, com a sanção acessória um dos administradores, gerentes ou directores, de habili-
de interdição do exercício da actividade, nos termos da tação ao nível do ensino secundário completo ou equiva-
alínea b) do n.º 1 do artigo 45.º, durante o período desta lente, bem como de formação inicial e contínua adequadas.
interdição; 2 — Ficam dispensados de comprovar a formação ini-
i) Terem sido administradores, gerentes ou directores cial aqueles que possuam grau de bacharel, de licenciado
de uma empresa de mediação imobiliária punida com a ou de mestre em curso cujo plano curricular integre, como
sanção acessória de interdição do exercício da actividade, vertente dominante, formação nas áreas definidas por por-
nos termos da alínea b) do n.º 1 do artigo 45.º, durante o taria dos membros do Governo responsáveis pelo sector da
período desta interdição; mediação imobiliária, pelo ensino superior e pela formação
j) Terem sido punidas ou terem sido administradores, profissional.
gerentes ou directores de uma empresa punida, com coima, 3 — A capacidade profissional pode igualmente ser
pela prática das contra-ordenações previstas no Código da comprovada por técnico, vinculado à empresa por contrato
Propriedade Industrial; de trabalho a tempo completo, que possua as habilitações
l) Terem sido condenadas, por decisão transitada em literárias previstas no número anterior e formação contínua.
julgado, pela prática dos crimes previstos no Código da 4 — O administrador, gerente ou director só pode con-
Propriedade Industrial, em pena de prisão efectiva; ferir capacidade profissional a uma empresa de mediação
m) Terem sido condenadas, por decisão transitada em imobiliária.
julgado, por crime doloso contra o património, em pena 5 — O técnico que confere capacidade profissional à
de prisão efectiva; empresa de mediação imobiliária, nos termos do n.º 3,
n) Terem sido condenadas, por decisão transitada em não pode exercer, como pessoa singular, as actividades de
julgado, por crime de falsificação de documento, quando mediação imobiliária ou de angariação imobiliária, nem
praticado no âmbito do exercício das actividades de me- fazer parte do quadro de pessoal de outras empresas que
exerçam as mesmas actividades.
diação imobiliária ou de angariação imobiliária, em pena
6 — A avaliação da capacidade profissional bem como
de prisão efectiva;
os critérios de adequação da formação profissional são
o) Terem sido condenadas, por decisão transitada em
definidos pela portaria prevista no n.º 2.
julgado, pela prática de crimes relativos ao branqueamento 7 — Em caso de empresas de mediação imobiliária
de capitais, em pena de prisão efectiva; que não tenham o seu domicílio ou sede em Portugal, a
p) Terem sido condenadas, por decisão transitada em capacidade profissional é conferida pelos mandatários ou
julgado, por crimes de corrupção activa ou passiva, em por técnico das respectivas representações.
pena de prisão efectiva;
q) Terem sido condenadas, por decisão transitada em Artigo 8.º
julgado, por crimes tributários, em pena de prisão efectiva;
r) Terem sido condenadas, por decisão transitada em jul- Denominação e obrigação de identificação
gado, por crime de desobediência, quando praticado no âm- 1 — Da denominação das empresas de mediação imo-
bito do exercício das actividades de mediação imobiliária biliária sediadas em território nacional ou constituídas ao
ou de angariação imobiliária, em pena de prisão efectiva; abrigo da lei portuguesa, bem como da denominação das
s) Terem sido condenadas, por decisão transitada em representações permanentes das empresas de outros países
julgado, por crime de quebra de marcas ou de selos, quando estabelecidas em território nacional, consta, obrigatoria-
praticado no âmbito do exercício das actividades de me- mente, a expressão «Mediação Imobiliária», sendo o seu
diação imobiliária ou de angariação imobiliária, em pena uso vedado a quaisquer outras entidades.
de prisão efectiva; 2 — As empresas de mediação estão obrigadas à sua
t) Terem sido condenadas, por decisão transitada em clara identificação, com indicação da denominação, do
julgado, por crime de arrancamento, destruição ou altera- número da licença e do prazo de validade da mesma, em
ção de editais, quando praticado no âmbito do exercício todos os estabelecimentos de que disponham, incluindo
das actividades de mediação imobiliária ou de angariação os postos provisórios.
imobiliária, em pena de prisão efectiva. 3 — Em todos os contratos, correspondência, publi-
cações, publicidade e, de um modo geral, em toda a sua
5 — As condenações referidas nas alíneas b) a g) e j) do actividade externa as empresas devem indicar a sua deno-
número anterior não relevam após o decurso do prazo de minação e o número da respectiva licença.
dois anos contados do cumprimento integral das obrigações 4 — No âmbito da respectiva actividade externa, os tra-
decorrentes da aplicação da última sanção. balhadores das empresas de mediação devem estar identi-
6 — A verificação da ocorrência dos factos descritos ficados através de cartões de identificação fornecidos pelas
no n.º 4 não impede o InCI, I. P., de considerar, de forma mesmas, dos quais deverá constar o seu nome e fotografia
justificada, que estão reunidas as condições de idoneidade actualizada, bem como a identificação da empresa, nos
para o exercício da actividade de mediação imobiliária, termos do n.º 2.
3148 Diário da República, 1.ª série — N.º 114 — 15 de Junho de 2011
5 — Todas as empresas de mediação que desenvolvam 2 — Para efeitos de revalidação da licença, o InCI, I. P.:
a sua actividade no âmbito de contratos de concessão ou
uso de marcas, incluindo os contratos de franquia, estão a) Recolhe e analisa, por via electrónica, o balanço e
sujeitas ao disposto no presente artigo. a demonstração de resultados referentes ao exercício an-
terior, nomeadamente através da Informação Empresarial
Simplificada;
Artigo 9.º
b) Notifica os interessados para apresentarem, no prazo
Licenciamento de 30 dias, os demais elementos necessários que não pos-
1 — O pedido de licenciamento é apresentado em mo- sam ser obtidos oficiosamente.
delo próprio nos serviços do InCI, I. P., presencialmente,
por via postal ou por via electrónica, com acesso através 3 — As empresas detentoras de licença, cuja sede se
do balcão único electrónico, e é dirigido ao respectivo situe noutro Estado membro da União Europeia, devem
presidente do conselho directivo, acompanhado dos res- apresentar fotocópia acompanhada de tradução, do balanço
pectivos elementos instrutórios. e da demonstração de resultados referentes ao exercício
2 — No caso de o requerimento conter omissões ou anterior, conforme entregue na entidade competente do
deficiências susceptíveis de suprimento ou de correcção, Estado no qual se situe a sede da empresa, após solicitação
ou quando se verifiquem irregularidades ou insuficiências do InCI, I. P.
relativas aos documentos instrutórios exigíveis e cuja falta 4 — Em caso de extinção do procedimento por falta de
não possa ser oficiosamente suprida, o requerente deve pagamento da taxa devida, um novo pedido de revalidação
ser notificado, no prazo de 10 dias a contar da respectiva ou de licenciamento efectuado antes de decorrido um ano
apresentação, para efectuar as correcções necessárias ou sobre a data da extinção, implica um agravamento da res-
apresentar os documentos em falta, dentro de um prazo pectiva taxa, nos termos estabelecidos na portaria referida
fixado pelo InCI, I. P., que não pode ser inferior a 15 dias, no n.º 2 do artigo 36.º
sob pena de indeferimento do pedido. 5 — É condição de eficácia da revalidação o pagamento
3 — O regime previsto no número anterior é igualmente da taxa respectiva no prazo estipulado.
aplicável quando o requerente não tenha apresentado do- 6 — (Revogado.)
cumento comprovativo do pagamento de coimas aplicadas 7 — (Revogado.)
pelo InCI, I. P., por decisão tornada definitiva.
4 — Para a tomada da decisão final, o InCI, I. P., Artigo 11.º
dispõe do prazo de 20 dias, a contar da data da recepção
Suspensão de licenças
do pedido ou dos elementos solicitados nos termos do
n.º 2, ou, quando estes não forem entregues, a contar 1 — São suspensas as licenças:
do termo do prazo concedido para a respectiva apre-
sentação. a) Às empresas que o requeiram;
5 — A decisão final é notificada ao interessado no prazo b) Às empresas que deixem de reunir qualquer dos re-
máximo de cinco dias e precedida de audiência dos inte- quisitos necessários à respectiva concessão e manutenção,
ressados, nos termos previstos no Código do Procedimento referidos no artigo 6.º, sem prejuízo do disposto na alínea f)
Administrativo. do artigo seguinte.
6 — Decorrido o prazo previsto no n.º 4 sem que tenha
sido proferida a decisão final, o pedido considera-se taci- 2 — O período de suspensão da licença não pode ser
tamente deferido, sem prejuízo do disposto no n.º 8. superior a um ano e, em caso algum, ultrapassar a data
7 — Proferida a decisão final ou verificando-se o caso limite da sua validade.
previsto no número anterior, o InCI, I. P., emite, nos 10 dias 3 — Nos casos previstos na alínea a) do n.º 1, a sus-
seguintes, a guia para pagamento da taxa devida. pensão das licenças só será levantada, a solicitação das
8 — O pagamento da taxa no prazo estipulado, o paga- empresas, após comprovação dos requisitos de ingresso
mento das coimas em dívida, bem como a apresentação da na actividade.
apólice do seguro a que se refere o artigo 23.º, são condição 4 — Nos casos previstos na alínea b) do n.º 1, a sus-
de eficácia do deferimento do pedido. pensão é levantada após comprovação dos requisitos de
9 — Em caso de extinção do procedimento por falta ingresso na actividade.
de pagamento da taxa devida, um novo pedido formulado
antes de decorrido um ano desde a data da extinção implica
Artigo 12.º
o agravamento da nova taxa, nos termos estabelecidos na
portaria referida no n.º 2 do artigo 36.º Cancelamento das licenças
São canceladas as licenças:
Artigo 10.º
a) Às empresas que o requeiram;
Revalidação da licença
b) Às empresas que se encontrem nas situações previstas
1 — Salvo quando a empresa comunique ao InCI, I. P., no artigo anterior e não regularizem a situação, nos termos
que não pretende renovar a licença ou que pretende cessar dos n.os 3 e 4 do artigo anterior;
a sua actividade, a licença é oficiosamente revalidada c) Às empresas a que tenha sido aplicada a sanção de in-
sempre que se verifiquem os requisitos de ingresso e terdição do exercício de actividade, prevista no artigo 45.º;
manutenção na actividade definidos no artigo 6.º e sejam d) Quando ocorra a extinção das empresas titulares ou
pagas a respectiva taxa, as coimas aplicadas por decisão a cessação da actividade de mediação imobiliária, sem
tornada definitiva e outras taxas que se encontrem em prejuízo, neste último caso, do disposto na alínea a) do
dívida ao InCI, I. P. n.º 1 do artigo anterior;
Diário da República, 1.ª série — N.º 114 — 15 de Junho de 2011 3149
e) Às empresas que não procedam ao pagamento volun- ridade da licença para o exercício dessa actividade pela
tário das coimas aplicadas por decisão tornada definitiva, adquirente que ali pretenda continuar a exercê-la.
nos termos do artigo 44.º;
f) Às empresas que tenham deixado de ser idóneas, nos Artigo 16.º
termos do disposto no n.º 3 do artigo 6.º
Deveres para com os interessados
sujeita apenas ao cumprimento permanente dos requisitos i) Ter sido punido ou ter sido administrador, gerente ou
exigidos no presente diploma. director de uma empresa punida, com coima, pela prática
das contra-ordenações previstas no Código da Propriedade
Artigo 25.º Industrial;
j) Ter sido condenado, por decisão transitada em julgado,
Requisitos de ingresso e manutenção na actividade
pela prática dos crimes previstos no Código da Propriedade
1 — A inscrição na actividade e sua manutenção depen- Industrial, em pena de prisão efectiva;
dem do preenchimento cumulativo, pelos requerentes, dos l) Ter sido condenado, por decisão transitada em jul-
seguintes requisitos: gado, por crime doloso contra o património, em pena de
prisão efectiva;
a) Ser empresário em nome individual, com firma de
m) Ter sido condenado, por decisão transitada em jul-
acordo com o estipulado no n.º 1 do artigo 27.º e domicílio
gado, por crime de falsificação de documento, quando
efectivo num Estado do espaço económico europeu;
praticado no âmbito do exercício das actividades de me-
b) Ter a situação regularizada perante a administração
diação imobiliária ou de angariação imobiliária, em pena
fiscal e a segurança social;
de prisão efectiva;
c) Possuir capacidade profissional nos termos do dis-
n) Ter sido condenado, por decisão transitada em jul-
posto no artigo 26.º;
gado, pela prática de crimes relativos ao branqueamento
d) Possuir idoneidade comercial.
de capitais, em pena de prisão efectiva;
o) Ter sido condenado, por decisão transitada em jul-
2 — Para efeitos do disposto na alínea d) do número
gado, por crimes de corrupção activa ou passiva, em pena
anterior, considera-se indiciada a falta de idoneidade co-
de prisão efectiva;
mercial sempre que se verifique, entre outras, qualquer
p) Ter sido condenado, por decisão transitada em jul-
das seguintes situações:
gado, por crimes tributários, em pena de prisão efectiva;
a) Ter sido punido, pelo menos três vezes, com coima q) Ter sido condenado, por decisão transitada em jul-
pela prática dolosa dos ilícitos de mera ordenação social gado, por crime de desobediência, quando praticado no
consubstanciados na violação do disposto nas alíneas c) e âmbito do exercício das actividades de mediação imo-
e) do n.º 1 do artigo 32.º; biliária ou de angariação imobiliária, em pena de prisão
b) Ter sido punido, pelo menos duas vezes, com coima efectiva;
pela prática dolosa dos ilícitos de mera ordenação social r) Ter sido condenado, por decisão transitada em jul-
consubstanciados na violação do disposto no n.º 2 do ar- gado, por crime de quebra de marcas ou de selos, quando
tigo 4.º, nas alíneas a), b), f) e g) do n.º 1 do artigo 32.º, praticado no âmbito do exercício das actividades de me-
no artigo 33.º e no n.º 3 do artigo 34.º; diação imobiliária ou de angariação imobiliária, em pena
c) Ter sido punido com coima pela prática dolosa dos de prisão efectiva;
ilícitos de mera ordenação social consubstanciados na s) Ter sido condenado, por decisão transitada em jul-
violação do disposto no n.º 1 do artigo 24.º e no n.º 4 do ar- gado, por crime de arrancamento, destruição ou alteração
tigo 30.º, desde que fique demonstrada a violação repetida de editais, quando praticado no âmbito do exercício das
dos deveres previstos no artigo 33.º e no n.º 3 do artigo 34.º, actividades de mediação imobiliária ou de angariação imo-
no exercício ilegal da actividade de angariação imobiliária; biliária, em pena de prisão efectiva.
d) Ter sido administrador, gerente ou director de uma
empresa de mediação imobiliária punida, pelo menos três 3 — As condenações referidas nas alíneas a) a f) e i) do
vezes, com coima pela prática dolosa dos ilícitos de mera número anterior não relevam após o decurso do prazo de
ordenação social consubstanciados na violação do disposto dois anos, contados do cumprimento integral das obriga-
no n.º 6 do artigo 2.º, nos n.os 1, 2, 3 e 4 do artigo 14.º e ções decorrentes da aplicação da última sanção.
nos n.os 1, 2, 3, 4 e 5 do artigo 20.º; 4 — A verificação da ocorrência dos factos descritos
e) Ter sido administrador, gerente ou director de uma no n.º 2 não impede o InCI, I. P., de considerar, de forma
empresa de mediação imobiliária punida, pelo menos duas justificada, que estão reunidas as condições de idoneidade
vezes, com coima pela prática dolosa dos ilícitos de mera or- para o exercício da actividade de angariador imobiliário,
denação social previstos na alínea b) do n.º 1 do artigo 44.º; tendo em conta, nomeadamente, o tempo decorrido desde
f) Ter sido punido ou ter sido administrador, gerente ou a prática dos factos.
director de uma empresa de mediação imobiliária punida
com coima pela prática dolosa do ilícito de mera orde- Artigo 26.º
nação social previsto na alínea a) do n.º 1 do artigo 44.º,
Capacidade profissional
desde que fique demonstrada a violação repetida de um
dos deveres estipulados no artigo 16.º, nos n.os 2, 3 e 4 do 1 — Para efeitos do disposto na alínea c) do n.º 1
artigo 17.º e nos n.os 3, 4 e 5 do artigo 18.º, no exercício do artigo 25.º, a capacidade profissional consiste na
ilegal da actividade de mediação imobiliária; posse de escolaridade mínima obrigatória e formação
g) Ter sido punido, no âmbito do exercício da actividade inicial e contínua adequadas, sem prejuízo do disposto
de mediação imobiliária, com a sanção acessória de inter- no n.º 3.
dição do exercício da actividade, nos termos da alínea b) 2 — Ficam dispensados de comprovar formação inicial
do n.º 1 do artigo 45.º, durante o período desta interdição; os interessados que possuam grau de bacharel, de licen-
h) Ter sido administrador, gerente ou director de uma ciado ou de mestre, em curso cujo plano curricular integre,
empresa de mediação imobiliária punida com a sanção como vertente dominante, formação nas áreas definidas
acessória de interdição do exercício da actividade, nos pela portaria prevista no artigo 7.º
termos da alínea b) do n.º 1 do artigo 45.º, durante o perí- 3 — Quando a escolaridade mínima obrigatória for
odo desta interdição; inferior a nove anos de escolaridade, deve ainda o inte-
Diário da República, 1.ª série — N.º 114 — 15 de Junho de 2011 3153
ressado fazer prova da posse de três anos de experiência 7 — Proferida a decisão final ou verificando-se o caso
profissional adequada. previsto no número anterior, o InCI, I. P., emite, nos 10 dias
4 — A avaliação da capacidade profissional bem seguintes, a guia para pagamento da taxa devida.
como os critérios de adequação da experiência e da 8 — O pagamento da taxa no prazo estipulado e o pa-
formação profissional são definidos pela portaria pre- gamento das coimas em dívida são condição de eficácia
vista no artigo 7.º do deferimento do pedido.
9 — Em caso de extinção do procedimento por falta
Artigo 27.º de pagamento da taxa devida, um novo pedido formulado
Firma e obrigação de identificação
antes de decorrido um ano desde a data da extinção implica
o agravamento da nova taxa, nos termos estabelecidos na
1 — Da firma dos angariadores imobiliários consta, portaria referida no n.º 2 do artigo 36.º
obrigatoriamente, a expressão «Angariador Imobi-
liário», sendo o seu uso vedado a quaisquer outras Artigo 29.º
entidades.
Revalidação da inscrição
2 — Em todos os actos em que intervenham, no âm-
bito dos serviços prestados às empresas de mediação, os 1 — Salvo quando o angariador imobiliário comunique
angariadores imobiliários devem indicar a sua firma e o ao InCI, I. P., que não pretende renovar a inscrição ou
número da respectiva inscrição. que pretende cessar a sua actividade, a inscrição é oficio-
3 — Nas situações previstas no número anterior, os samente revalidada sempre que se verifiquem os requi-
angariadores devem ainda identificar a empresa de me- sitos de ingresso e manutenção na actividade definidos
diação a quem prestem serviço, através da indicação da no artigo 25.º e sejam pagas a respectiva taxa, as coimas
denominação e do respectivo número da licença. aplicadas por decisão tornada definitiva e outras taxas que
4 — No âmbito da respectiva actividade externa, os se encontrem em dívida ao InCI, I. P.
trabalhadores dos angariadores imobiliários devem estar 2 — Em caso de extinção por falta de pagamento da taxa
identificados através de cartões de identificação forneci- aplicável, um novo pedido de inscrição, efectuado antes
dos pelos mesmos, dos quais deverá constar o seu nome de decorrido um ano sobre a data da extinção, implica um
e fotografia actualizada, bem como a identificação do agravamento da respectiva taxa, nos termos da portaria
angariador, nos termos do n.º 2. referida no n.º 2 do artigo 36.º
3 — É condição de eficácia da revalidação o pagamento
Artigo 28.º da taxa respectiva no prazo estipulado.
Inscrição 4 — (Revogado.)
5 — (Revogado.)
1 — O pedido de inscrição é apresentado em modelo 6 — (Revogado.)
próprio nos serviços do InCI, I. P., presencialmente, por 7 — (Revogado.)
via postal ou por via electrónica, com acesso através do
balcão único electrónico, e é dirigido ao respectivo presi- Artigo 30.º
dente do conselho directivo, acompanhado dos respectivos
elementos instrutórios. Cancelamento da inscrição
2 — No caso de o requerimento conter omissões ou 1 — São canceladas as inscrições:
deficiências susceptíveis de suprimento ou de correcção,
ou quando se verifiquem irregularidades ou insuficiências a) Aos angariadores imobiliários que o requeiram;
relativas aos documentos instrutórios exigíveis e cuja falta b) Aos angariadores imobiliários que deixem de reunir
não possa ser oficiosamente suprida, o requerente deve qualquer dos requisitos de acesso e manutenção na acti-
ser notificado, no prazo de 10 dias a contar da respectiva vidade, previstos no artigo 25.º;
apresentação, para efectuar as correcções necessárias ou c) Aos angariadores imobiliários aos quais tenha sido
apresentar os documentos em falta, dentro de um prazo aplicada a sanção de interdição do exercício da actividade,
fixado pelo InCI, I. P., que não pode ser inferior a 15 dias, prevista no artigo 45.º;
sob pena de indeferimento do pedido. d) Em caso de cessação da actividade dos angariadores
3 — O regime previsto no número anterior é igualmente imobiliários;
aplicável quando o requerente não tenha apresentado do- e) Aos angariadores imobiliários que não procedam ao
cumento comprovativo do pagamento de coimas aplicadas pagamento voluntário das coimas aplicadas por decisão
pelo InCI, I. P., por decisão tornada definitiva. tornada definitiva, nos termos do artigo 44.º
4 — Para a tomada da decisão final, o InCI, I. P.,
dispõe do prazo de 20 dias, contados da data da re- 2 — O cancelamento da inscrição implica a entrega
cepção do pedido ou dos elementos solicitados nos do cartão de identificação, no prazo máximo de oito
termos do n.º 2, ou, quando estes não forem entregues, dias contados a partir da data da sua notificação, sob
contados do termo do prazo concedido para a respectiva pena de apreensão imediata do mesmo pelas autoridades
apresentação. competentes.
5 — A decisão final é notificada ao interessado no prazo 3 — Em caso de cancelamento da inscrição, os anga-
máximo de cinco dias e precedida de audiência dos inte- riadores imobiliários devem ainda remeter ao InCI, I. P.,
ressados, nos termos previstos no Código do Procedimento cópia da declaração de alteração ou cessação de actividade,
Administrativo. conforme entregue junto da administração fiscal.
6 — Decorrido o prazo previsto no n.º 4 sem que tenha 4 — A partir da data da recepção da notificação de can-
sido proferida a decisão final, o pedido considera-se taci- celamento da inscrição é expressamente vedado o exercício
tamente deferido, sem prejuízo do disposto no n.º 8. da actividade de angariação imobiliária.
3154 Diário da República, 1.ª série — N.º 114 — 15 de Junho de 2011
d) A verificação automática da informação necessária, 3 — Devem ainda ser inscritos no registo os seguintes
para efeitos de aplicação do regime previsto no presente factos:
diploma, através da ligação com as bases de dados das au-
toridades competentes, nos termos a definir em protocolos a) A alteração de qualquer dos elementos integrantes
com as mesmas, os quais devem ser submetidos a prévia do pedido de licenciamento ou de inscrição;
apreciação da Comissão Nacional de Protecção de Dados. b) A verificação de qualquer outro facto sujeito a co-
municação ao InCI, I. P.;
4 — Na apreciação do pedido, o InCI, I. P., reconhece as c) A suspensão da licença;
autorizações legalmente detidas, bem como os requisitos já d) As denúncias apresentadas;
cumpridos pelo requerente para o exercício da actividade e) As sanções aplicadas.
noutros Estados membros do espaço económico europeu,
que sejam equivalentes ou essencialmente comparáveis 4 — O InCI, I. P., deve ainda manter um registo dos pe-
quanto à finalidade. didos indeferidos e das licenças e das inscrições canceladas.
5 — Para efeitos da verificação do cumprimento dos 5 — A organização e a manutenção dos registos referi-
requisitos previstos no presente diploma, o InCI, I. P., dos nos números anteriores ficam condicionadas à obser-
aceita os documentos emitidos noutro Estado membro, vância das normas procedimentais e de protecção de dados,
que tenham uma finalidade equivalente ou que provem de acordo com a Lei n.º 67/98, de 26 de Outubro, a prever
a verificação daqueles requisitos, devendo promover a no diploma legal de alteração dos Estatutos do InCI, I. P.
obtenção das informações que entender necessárias junto
das respectivas autoridades competentes. Artigo 37.º-A
6 — Sem prejuízo de outros regimes legais aplicáveis ao
Dever de cooperação
reconhecimento de habilitações e de formações, o reconhe-
cimento de requisitos relativos a capacidade profissional 1 — As entidades públicas têm o dever de prestar ao
é regido pela Lei n.º 9/2009, de 4 de Março. InCI, I. P., toda a colaboração que este Instituto lhes so-
7 — Para comprovação do preenchimento dos requisi- licitar, facultando os dados e documentos necessários à
tos, é suficiente a apresentação, electrónica ou em formato aplicação do presente diploma.
de papel, de cópia simples dos documentos, podendo o 2 — Para desenvolvimento da colaboração a que se
InCI, I. P., em caso de dúvida, exigir a exibição dos res- refere o número anterior, o InCI, I. P., pode celebrar pro-
pectivos originais ou de cópias autenticadas ou certificadas tocolos com entidades públicas ou privadas, tendo em
dos mesmos. vista a verificação dos requisitos de acesso e permanência
8 — Quando os documentos a que se refere o número na actividade, sem prejuízo do disposto no capítulo VI do
anterior estejam disponíveis na Internet, o requerente pode, Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de Julho.
em substituição da apresentação da sua reprodução, indicar
ao InCI, I. P., o sítio onde aqueles podem ser consultados,
bem como a informação necessária a essa consulta, desde CAPÍTULO V
que os referidos sítio e documentos se encontrem redigidos
em língua portuguesa ou inglesa. Fiscalização e sanções
9 — Quando o interessado tenha prestado o consenti-
mento, nos termos da lei, para que o InCI, I. P., consulte a SECÇÃO I
informação relativa a qualquer dos documentos exigidos
é dispensada a sua apresentação nos termos do n.º 7. Responsabilidade contra-ordenacional
1 — O InCI, I. P., deve organizar e manter um registo 1 — O InCI, I. P., no âmbito das suas competências,
das empresas de mediação, do qual conste: inspecciona e fiscaliza as actividades de mediação imo-
biliária e de angariação imobiliária.
a) A denominação social, a sede, o número de identi-
ficação de pessoa colectiva e o número de matrícula na 2 — No exercício das suas competências de inspecção e
conservatória do registo comercial; fiscalização, o InCI, I. P., pode solicitar a quaisquer servi-
b) As marcas e os nomes dos estabelecimentos comer- ços públicos ou autoridades toda a colaboração ou auxílio
ciais das empresas; que julgue necessários.
c) A identificação dos gerentes, administradores ou di- 3 — O InCI, I. P., pode confiar às autoridades poli-
rectores; ciais a apreensão das licenças e cartões de identificação,
d) A localização dos estabelecimentos; prevista nos termos do n.º 1 do artigo 13.º e do n.º 2 do
e) A forma de prestação do seguro de responsabilidade artigo 30.º
civil e respectivos elementos de identificação; 4 — Todas as autoridades e seus agentes devem participar
f) A identificação das pessoas que detenham a capaci- ao InCI, I. P., quaisquer infracções contra-ordenacionais ao
dade profissional exigida no artigo 7.º presente diploma e respectivas disposições regulamentares.
singulares ou colectivas, ainda que irregularmente consti- 4 — O auto de notícia levantado nos termos dos n.os 1
tuídas, e associações sem personalidade jurídica. e 2 faz fé, até prova em contrário, sobre os factos presen-
2 — As sociedades, as demais pessoas colectivas e as ciados pelo autuante.
associações sem personalidade jurídica são responsáveis
pelas contra-ordenações previstas no presente diploma Artigo 42.º
quando os factos tiverem sido praticados, no exercício Notificações
das suas funções, pelos membros dos respectivos órgãos
ou pelos titulares de cargos de administração, gerência ou 1 — As notificações efectuam-se:
direcção, bem como pelos seus mandatários, trabalhadores a) Por contacto pessoal com o notificando no lugar em
ou prestadores de serviços, agindo no exercício das funções que for encontrado;
que lhes foram confiadas. b) Mediante carta registada expedida para a sede, o
3 — Os empresários em nome individual são responsá- domicílio ou o estabelecimento do notificando;
veis pelas contra-ordenações previstas no presente diploma c) Mediante carta simples expedida para a sede, o do-
quando os factos tiverem sido por si praticados ou pelos micílio ou o estabelecimento do notificando;
seus mandatários, trabalhadores ou prestadores de serviços, d) Por via electrónica, nos termos do n.º 3 do artigo 36.º
agindo no exercício das funções que lhes foram confiadas.
4 — Os administradores, gerentes ou directores das 2 — A notificação por contacto pessoal deve ser efec-
pessoas colectivas, ainda que irregularmente constituídas, tuada, sempre que possível, no acto de autuação, podendo
e das associações sem personalidade jurídica respondem ainda ser praticada quando o notificando for encontrado
solidariamente pelo pagamento das coimas e das custas pela entidade competente.
em que aquelas forem condenadas ainda que, à data da 3 — Se não for possível, no acto de autuação, proceder
condenação, hajam sido dissolvidas ou entrado em liqui- nos termos do número anterior ou se estiver em causa
dação, excepto quando comprovem ter-se oposto à prática qualquer outro acto, a notificação é efectuada através de
da contra-ordenação. carta registada expedida para a sede, o domicílio ou o
estabelecimento do notificando.
Artigo 40.º 4 — Se, por qualquer motivo, a carta prevista no número
Procedimento de advertência anterior for devolvida à entidade remetente, a notificação é
reenviada ao notificando para a sua sede, o seu domicílio
1 — Quando a infracção, praticada no âmbito do exercí- ou o seu estabelecimento, através de carta simples.
cio da actividade de mediação imobiliária, for punível com 5 — A notificação prevista no n.º 3 considera-se efec-
coima até € 5000 ou, praticada no âmbito da actividade de tuada no 3.º dia útil posterior ao do envio, cominação que
angariação imobiliária, for punível com coima até € 2500, deve constar da notificação.
pode o InCI, I. P., advertir o infractor, notificando-o para 6 — No caso previsto no n.º 4, é lavrada uma cota no
sanar a irregularidade. processo com a indicação da data de expedição da carta
2 — Da notificação devem constar a identificação da e da morada para a qual foi enviada, considerando-se a
infracção, as medidas necessárias para a sua regularização, notificação efectuada no 5.º dia posterior à data indicada,
o prazo para o cumprimento das mesmas e a advertência cominação que deve constar da notificação.
de que o seu não cumprimento dá lugar à instauração de 7 — Se o notificando se recusar a receber ou a assinar
processo de contra-ordenação. a notificação, o agente ou o distribuidor do serviço postal
3 — Se o infractor não comprovar ter sanado a irregu- certifica a recusa, considerando-se efectuada a notificação.
laridade no prazo fixado, o processo de contra-ordenação
é instaurado. Artigo 43.º
4 — O disposto no presente artigo só é aplicável se o
infractor não tiver sido advertido, no decurso dos últimos Medidas cautelares
dois anos, pela prática da mesma infracção. 1 — Quando existam fortes indícios da prática de contra-
-ordenação punível com coima cujo limite máximo seja
Artigo 41.º igual ou superior a € 15 000 ou quando se verifique a
Auto de notícia e de denúncia existência de perigo de destruição de meios de prova ne-
cessários à instrução do processo de contra-ordenação ou
1 — Quando o InCI, I. P., no exercício das suas com- de continuação da prática da infracção, o InCI, I. P., pode
petências de inspecção e fiscalização, presenciar contra- determinar a aplicação das seguintes medidas, conside-
-ordenação levanta ou manda levantar auto de notícia, que rando a gravidade da infracção e da culpa do agente:
deve mencionar os factos que constituem infracção, o dia,
a hora, o local e as circunstâncias em que foi cometida, o a) Encerramento preventivo de estabelecimento, no
nome e a qualidade do agente que a presenciou e tudo o caso de violação do disposto no n.º 1 do artigo 5.º ou de
que puder averiguar acerca da identificação dos infracto- contra-ordenação relacionada com o funcionamento do
res e, quando possível, a indicação de, pelo menos, uma estabelecimento;
b) Suspensão da apreciação de pedido de licenciamento,
testemunha que possa depor sobre os factos.
inscrição ou revalidação formulado, pelo infractor, junto
2 — O auto de notícia é assinado pelo agente que o
do InCI, I. P.
levantou e pelas testemunhas, quando for possível.
3 — A autoridade ou agente da autoridade que tiver
2 — As medidas determinadas nos termos do número
notícia, por denúncia ou conhecimento próprio, de in-
anterior vigoram, consoante os casos:
fracção ao presente diploma, levanta auto a que é corres-
pondentemente aplicável o disposto nos n.os 1 e 2, com as a) Até ao seu levantamento pelo presidente do conselho
necessárias adaptações. directivo do InCI, I. P., ou por decisão judicial;
Diário da República, 1.ª série — N.º 114 — 15 de Junho de 2011 3157
pena prevista para o crime de falsidade de depoimento profissional previsto no Decreto-Lei n.º 77/99, de 16 de
ou declaração. Março, regulado pela Portaria n.º 204/2000, de 5 de Abril,
3 — Quando haja indícios da intervenção, na mediação sem prejuízo da obrigação de formação contínua, conforme
de negócios sobre bens imóveis de pessoa singular ou estabelecido na portaria prevista no artigo 7.º
colectiva que não seja titular de licença para o exercício 2 — A requerimento do interessado, pode o InCI, I. P.,
da actividade de mediação imobiliária, o notário deve autorizar que aos procedimentos em curso se aplique o
enviar ao InCI, I. P., até ao dia 15 de cada mês, cópia das regime de comprovação da capacidade profissional cons-
respectivas escrituras notariais para efeitos de averiguação tante do presente diploma.
da prática de contra-ordenação. 3 — Em caso de substituição dos administradores, ge-
rentes ou directores que assegurem a capacidade profissio-
nal das empresas mencionadas no n.º 1 devem as entidades
CAPÍTULO VI
aí referidas cumprir o preceituado no artigo 7.º
Disposições finais e transitórias
Artigo 55.º
Artigo 51.º Caução
Idioma dos documentos
1 — A caução prestada nos termos do disposto no
1 — Os requerimentos e os demais documentos referidos Decreto-Lei n.º 77/99, de 16 de Março, será devolvida a
no presente diploma devem ser redigidos em língua por- requerimento das empresas, uma vez verificados, cumu-
tuguesa, sem prejuízo do disposto nos números seguintes. lativamente:
2 — No caso de documentos originalmente redigidos em
a) O decurso do prazo de um ano sobre a data de entrada
inglês, só pode ser exigida a respectiva tradução quando
em vigor do presente diploma ou sobre a data da cessação da
tal se justifique, em função da sua tecnicidade ou com-
plexidade. respectiva actividade, se esta ocorrer em momento anterior;
3 — No caso de documentos redigidos noutro idioma b) A conclusão de todos os processos de accionamento
deve ser apresentada a respectiva tradução. de caução pendentes na data prevista na alínea anterior,
caso existam.
Artigo 52.º
2 — Até à devolução da caução compete ao InCI, I. P.,
Actos sujeitos a publicitação decidir o accionamento da mesma a requerimento dos
1 — (Revogado.) interessados, nos termos do disposto no artigo 27.º do
2 — (Revogado.) Decreto-Lei n.º 77/99, de 16 de Março.
3 — São publicitadas na página electrónica do InCI, I. P., 3 — Para efeitos de accionamento da caução relevam,
acessível através do Portal do Cidadão e do Portal da Em- apenas, os factos ocorridos até à data de entrada em vigor
presa, as sanções de natureza contra-ordenacional e as do presente diploma.
medidas cautelares aplicadas, no âmbito da actividade 4 — Sem prejuízo do disposto nos números anteriores,
regulada, por decisão definitiva, assim como as licenças é extinta a obrigação de prestação de caução.
suspensas e canceladas e as inscrições canceladas.
4 — A publicitação das decisões de aplicação de san- Artigo 56.º
ções e das medidas cautelares deve ser mantida na página Modelos e impressos
electrónica do InCI, I. P., acessível através do Portal do
Cidadão e do Portal da Empresa, até à ocorrência dos Os modelos e impressos a utilizar em cumprimento
seguintes factos: do disposto no presente diploma, bem como os respec-
tivos preços, serão aprovados pelo conselho directivo do
a) Nas sanções aplicadas, a título principal, em processo InCI, I. P.
de contra-ordenação, o decurso de dois anos contados da
definitividade ou do trânsito em julgado da decisão que Artigo 57.º
as aplicou;
b) Nas sanções acessórias, o decurso do prazo da du- Revogação
ração das mesmas; 1 — Sem prejuízo do disposto no artigo 54.º e no n.º 2
c) Nas medidas cautelares, o decurso do prazo de dura- do artigo 55.º, é revogado o Decreto-Lei n.º 77/99, de 16
ção das mesmas ou o seu levantamento ou revogação. de Março.
2 — Sem prejuízo do disposto no número seguinte,
Artigo 53.º após a entrada em vigor das portarias previstas no presente
(Revogado.) diploma, são revogadas as Portarias n.os 952/99, de 29 de
Outubro, 957/99, de 30 de Outubro, e 1120/2001, de 24
Artigo 54.º de Setembro.
3 — Para efeitos de aplicação do disposto no artigo 54.º,
Regime transitório da capacidade profissional
mantém-se em vigor a Portaria n.º 204/2000, de 5 de Abril.
1 — Sem prejuízo do disposto nos números seguintes,
às empresas titulares de licença emitida em data anterior Artigo 58.º
à entrada em vigor do presente diploma, bem como às Entrada em vigor
empresas que hajam requerido o licenciamento e o res-
pectivo procedimento não tenha sido objecto de decisão O presente diploma entra em vigor 30 dias após a sua
final, é aplicável o regime de comprovação de capacidade publicação.
Diário da República, 1.ª série — N.º 114 — 15 de Junho de 2011 3159
nismos oficiais, empresas públicas e concessionárias do g) Elaborar estudos relativos a sistemas e tecnologias
Estado, ou junto de quaisquer entidades que desempenhem da informação, em articulação com as demais entidades
funções de natureza pública ou actuem no uso de poderes competentes, organizando e mantendo actualizadas bases
de natureza pública, os elementos e colaboração que julgue de dados contendo a informação relevante do sector;
convenientes. h) Decidir quais as acções necessárias e o modo de pro-
5 — O InCI, I. P., pode estabelecer formas de coope- moção, fomento, criação e participação em entidades de
ração ou associação atinentes ao desempenho das suas mediação e arbitragem, públicas ou privadas, com vista à
atribuições com outras entidades de direito público ou resolução extrajudicial de conflitos no sector da construção
privado, nacionais ou internacionais, nomeadamente com e do imobiliário.
entidades reguladoras afins, ao nível nacional, comunitário
ou internacional, quando tal se mostre necessário ou con- 5 — O conselho directivo reúne ordinariamente uma
veniente para a prossecução das respectivas atribuições. vez por semana e extraordinariamente sempre que for
convocado pelo presidente, por sua iniciativa ou mediante
solicitação da maioria dos seus membros.
CAPÍTULO II 6 — O conselho directivo pode delegar competências
Estrutura e organização em qualquer dos seus membros e autorizar que se proceda
à subdelegação dessas competências, estabelecendo em
Artigo 4.º cada caso os respectivos limites e condições.
7 — A atribuição de um pelouro implica a delegação
Órgãos das competências necessárias para dirigir e fiscalizar os
São órgãos do InCI, I. P.: serviços respectivos e para praticar os actos de gestão
corrente das unidades orgânicas envolvidas.
a) O conselho directivo; 8 — Por razões de urgência devidamente fundamenta-
b) O conselho consultivo; das, o presidente do conselho directivo, ou quem o subs-
c) O fiscal único; tituir nas suas ausências e impedimentos, pode praticar
d) As comissões técnicas especializadas. quaisquer actos da competência do conselho directivo, os
quais são, no entanto, sujeitos a ratificação na primeira
Artigo 5.º reunião ordinária seguinte do conselho.
Conselho directivo
Artigo 6.º
1 — O conselho directivo é um órgão colegial responsá-
Conselho consultivo
vel pela definição e implementação das funções de gestão,
fiscalização e inspecção e de regulamentação do InCI, I. P., 1 — O conselho consultivo é o órgão de consulta, apoio
bem como pela direcção dos respectivos serviços, em con- e participação na definição das linhas gerais de actuação
formidade com a lei e com as orientações governamentais. do InCI, I. P.
2 — O conselho directivo é composto por um presidente 2 — O conselho consultivo é composto por:
e dois vogais.
3 — Um dos vogais pode, sob proposta do presidente a) O presidente do conselho consultivo das Obras Pú-
e por despacho do ministro da tutela, assumir a função de blicas, Transportes e Comunicações, que preside;
vice-presidente. b) O presidente da Autoridade da Concorrência;
4 — Compete ao conselho directivo, sem prejuízo de c) O presidente do Instituto de Emprego e Formação
outras competências que lhe sejam conferidas por lei ou Profissional, I. P.;
nele delegadas ou subdelegadas: d) O presidente do Instituto da Habitação e da Reabi-
litação Urbana, I. P.;
a) Dirigir a actividade do InCI, I. P., e definir políticas e) O presidente do Instituto Nacional de Estatística, I. P.;
de gestão orientadas para a modernização do instituto, a f) O presidente do Instituto de Seguros de Portugal, I. P.;
inovação de procedimentos e a introdução de novas prá- g) O presidente do Laboratório Nacional de Engenharia
ticas de gestão; Civil, I. P.;
b) Decidir da atribuição, manutenção, alteração ou can- h) O director-geral da Agência Portuguesa do Ambiente;
celamento dos títulos habilitantes para o exercício das diver- i) O director-geral do Consumidor;
sas actividades legalmente reguladas pelo InCI, I. P., bem j) O presidente da Associação Nacional de Municípios
como as demais competências previstas na legislação que Portugueses;
regulamenta o acesso e permanência naquelas actividades; l) Um representante da Associação Portuguesa de Se-
c) Aplicar coimas, sanções acessórias e medidas caute- guradores;
lares em processos de contra-ordenação da competência m) Representantes de organismos e entidades que te-
do InCI, I. P.; nham a seu cargo a defesa do consumidor;
d) Definir indicadores de desempenho da actividade do n) Representantes de serviços públicos a quem estejam
InCI, I. P., e dos serviços prestados ao público; atribuídas funções no âmbito dos mercados da construção
e) Promover o desenvolvimento de competências para e do imobiliário;
a melhoria do desempenho profissional e fomentar a mo- o) Representantes de associações empresariais e profis-
tivação dos trabalhadores e a coesão da equipa, com vista sionais do sector da construção e do imobiliário.
à melhor prossecução dos objectivos, atribuições e missão
do InCI, I. P.; 3 — Os membros do conselho directivo participam sem
f) Celebrar acordos de cooperação com outras entida- direito a voto.
des públicas ou privadas no domínio das atribuições do 4 — Quando o conselho directivo entender por conve-
InCI, I. P.; niente, pode convidar outras individualidades ou repre-
Diário da República, 1.ª série — N.º 114 — 15 de Junho de 2011 3161
sentantes de entidades externas a participar nas reuniões 4 — Os membros das comissões e respectivos suplen-
do conselho consultivo, sem direito a voto. tes são designados por despacho do ministro da tutela,
5 — Os membros referidos nas alíneas l) a o) do n.º 2 pelo período de dois anos, sob proposta das entidades a
são designados por despacho do ministro da tutela, sob representar.
proposta das entidades a representar e, quando for caso 5 — Cada comissão dispõe de um secretário, a desig-
disso, ouvidos os ministros competentes. nar pelo presidente, sem direito a voto, a quem compete,
6 — O mandato dos membros nomeados é de três anos, designadamente, promover as respectivas convocatórias
renovável. e elaborar as actas das reuniões.
7 — Compete ao conselho consultivo: 6 — Todos os membros das comissões têm direito a
a) Apoiar o conselho directivo na definição das grandes auferir, por reunião, senhas de presença no valor a esta-
linhas de acção do InCI, I. P.; belecer por despacho conjunto dos Ministros das Finanças
b) Avaliar a situação dos mercados do sector da cons- e da tutela.
trução e do imobiliário; 7 — As comissões reúnem sempre que convocadas pelo
c) Pronunciar-se sobre o quadro normativo, ao nível presidente e funcionam de acordo com o seu regulamento
nacional e comunitário, bem como sugerir novas propostas interno, a aprovar pelo ministro da tutela, sob proposta do
legislativas, ou outras, aplicáveis ao sector; conselho directivo, ouvidas as comissões.
d) Pronunciar-se sobre a definição e os valores de refe- 8 — As deliberações são tomadas por maioria de vo-
rência dos indicadores de equilíbrio financeiro das empre- tos e só são válidas quando estiver presente, pelo me-
sas de construção previstos no regime jurídico que regula nos, metade dos membros, incluindo obrigatoriamente
o exercício dessa actividade. o respectivo presidente ou, na sua ausência, o respectivo
substituto.
8 — O conselho consultivo reúne ordinariamente, por 9 — Podem assistir às reuniões, a convite do presidente,
convocação do seu presidente, no máximo quatro vezes por individualidades ou representantes de entidades externas
ano, e extraordinariamente sempre que for convocado pelo e trabalhadores ou funcionários do InCI, I. P., sem direito
presidente, por sua iniciativa ou a pedido de, pelo menos, a voto.
um terço dos seus membros ou do conselho directivo.
9 — As deliberações são tomadas por maioria de vo- Artigo 9.º
tos e só são válidas quando estiver presente, pelo menos, Comissão de Classificação de Empresas de Construção
metade dos seus membros, incluindo, obrigatoriamente,
o presidente ou, na sua ausência, o respectivo suplente. A CCEC é um órgão consultivo ao qual compete:
10 — O regulamento do conselho consultivo é aprovado a) Pronunciar-se, na generalidade, sobre os critérios
pelo ministro da tutela, sob proposta do conselho directivo. de avaliação das empresas para efeitos de habilitação
para o exercício da actividade da construção, tendo
Artigo 7.º em vista a sua uniformização e a simplificação dos
Fiscal único procedimentos;
b) (Revogada.)
O fiscal único tem as competências e é nomeado nos c) (Revogada.)
termos previstos na Lei n.º 3/2004, de 15 de Janeiro. d) Pronunciar-se sobre quaisquer assuntos que o presidente
do conselho directivo do InCI, I. P., entenda submeter-lhe.
Artigo 8.º
Composição das comissões técnicas especializadas Artigo 10.º
1 — Funcionam no InCI, I. P., as seguintes comissões: Comissão de Índices e Fórmulas de Empreitadas
2 — O direito de opção é exercido mediante declaração duzidas pelo Decreto-Lei n.º 65/2011, de 16 de Maio, é
escrita, individual e irrevogável, dirigida ao presidente do aplicável até 31 de Dezembro de 2012.
conselho directivo, no prazo previsto no número anterior. 2 — As zonas de intervenção florestal abrangidas são
3 — A celebração do contrato individual de trabalho as seguintes:
implica a exoneração do lugar de origem e a cessação a) ZIF de Ponte de Lima, abrangendo áreas das fregue-
do vínculo à função pública, que se torna efectiva com a sias de Anais, Cabaços, Calvelo, Fojo Lobal, Friastelas,
publicação na 2.ª série do Diário da República. Queijada e Rebordões, todas do município de Ponte de
4 — Os lugares do quadro a que se refere o n.º 1 Lima;
extinguem-se à medida que vagarem. b) ZIF de Alcofra, abrangendo a área da freguesia de
Alcofra, do município de Vouzela;
Artigo 26.º c) ZIF de Penedos, abrangendo áreas das freguesias de
Norma revogatória Góis e Alvares, do município de Penedos.
São revogados: A Secretária de Estado do Ordenamento do Território
e das Cidades, Fernanda Maria Rosa do Carmo Julião,
a) O Decreto-Lei n.º 60/99, de 2 de Março, com as al- em 2 de Junho de 2011.
terações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 339-E/2001, de
31 de Dezembro, com excepção do n.º 1 do artigo 5.º;
b) O Decreto-Lei n.º 339-E/2001, de 31 de Dezembro.
MINISTÉRIO DO TRABALHO
Artigo 27.º E DA SOLIDARIEDADE SOCIAL
Entrada em vigor
Portaria n.º 235/2011
O presente decreto-lei entra em vigor no 1.º dia do mês
seguinte ao da sua publicação. de 15 de Junho
O Decreto-Lei n.º 165/85, de 16 de Maio, instituiu o
regime de formação em cooperação entre o Instituto do
MINISTÉRIO DO AMBIENTE Emprego e Formação Profissional, I. P. (IEFP), e entidades
E DO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO do sector público, privado ou cooperativo que pretendam
o desenvolvimento de acções de formação profissional,
nele se consagrando que uma das formas através da qual
Portaria n.º 234/2011 aquela cooperação se concretiza, consiste na celebração de
de 15 de Junho protocolos com aquelas entidades tendo em vista a criação
de centros de formação profissional com a finalidade de
O Decreto-Lei n.º 65/2011, de 16 de Maio, veio possi- responder às necessidades permanentes de formação num
bilitar a aplicação do regime experimental da execução, ou em vários sectores da economia.
exploração e acesso à informação cadastral às zonas de Nessa conformidade e ao abrigo daquele diploma legal
intervenção florestal. o IEFP celebrou, ao longo dos anos, um conjunto de proto-
Nos termos do disposto no artigo 2.º daquele decreto- colos com diferentes entidades que conduziu à criação de
-lei, o prazo de aplicação do regime experimental, bem uma rede de centros protocolares que integra actualmente
como a identificação das respectivas áreas de incidência, 28 centros de formação de gestão participada.
é estabelecido mediante portaria do membro do Governo As alterações que nos últimos anos ocorreram ao nível
responsável pelo ordenamento do território. da coordenação integrada da oferta de formação de toda a
No relatório final apresentado, em Fevereiro de 2011, rede pública e privada e no próprio Sistema Nacional de
pelo grupo de trabalho criado através de despacho dos Qualificação (SNQ), tornaram necessária uma reorgani-
Secretários de Estado das Florestas e do Desenvolvimento zação das respostas, eliminando sobreposições e interven-
Rural e do Ordenamento do Território e das Cidades, com o ções que, neste novo quadro, deixam de ser consideradas
n.º 5828/2010, publicado no Diário da República, 2.ª série, indispensáveis.
n.º 63, de 31 de Março de 2010, foram identificadas três Por outro lado, no domínio da reorganização estrutural
zonas de intervenção florestal (ZIF) que seriam objecto da Administração Pública, o Governo aprovou, através da
Resolução do Conselho de Ministros n.º 124/2005, de 4 de
deste projecto e estimado o respectivo prazo de execução
Agosto, o Programa de Reestruturação da Administração
em um ano. Central do Estado (PRACE), tendo como objectivos, além
Assim: do mais, a promoção do desenvolvimento económico e da
Ao abrigo do disposto no artigo 52.º do Decreto-Lei qualidade dos serviços públicos, com ganhos de eficiên-
n.º 224/2007, de 31 de Maio, na redacção introduzida pelo cia pela simplificação, racionalização e automatização,
Decreto-Lei n.º 65/2011, de 16 de Maio, manda o Governo, que permitam a diminuição do número de serviços e dos
pela Secretária de Estado do Ordenamento do Território e recursos a eles afectos.
das Cidades, o seguinte: Na sequência da aprovação do PRACE e considerando
a actual conjuntura económico-financeira, torna-se pre-
Artigo único mente a adopção de princípios de racionalidade económica
Âmbito de aplicação
na adequação da oferta às necessidades da procura e na
promoção da utilização eficaz dos recursos disponíveis de
1 — O regime experimental instituído pelo Decreto-Lei modo a elevar os padrões de qualidade do serviço público,
n.º 224/2007, de 31 de Maio, com as alterações intro- nele se incluindo a área da formação profissional.