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CURSO PARA

NOVOS
CONVERTIDOS

Pr.Mario Cezar
LIÇÃO 1 – CONHECENDO A BÍBLIA

A palavra Bíblia significa “livros” ou conjunto de livros juntos em um


só. A Bíblia é a Palavra de Deus, porque através dela o Senhor se
dá a conhecer à humanidade. Isto se chama revelação divina.
A Bíblia foi escrita por cerca de 40 pessoas, que viveram em
diferentes lugares e em épocas bem distantes, num período de
aproximadamente 16 séculos. Os idiomas em que a Bíblia foi
escrita foram o hebraico e o grego, com algumas passagens em
aramaico. Os escritores bíblicos eram pessoas das mais variadas
atividades: Reis, profetas, criadores de gado, pescadores,
sacerdotes, médico e até cobrador de impostos. Eles escreveram
seus livros separadamente. Entretanto, quando unidos em um só
volume, formou-se uma perfeita harmonia e unidade. Isso mostra
que a Bíblia teve um único autor, ou seja, o Espírito Santo inspirou
homens santos, para que escrevessem a Bíblia. A Bíblia não
contém qualquer erro ou falha, por isso dizemos que ela é inerrante
e infalível.
A Bíblia contém duas divisões principais que são o Antigo e o Novo
Testamento. Juntos, eles somam um total de 66 livros, sendo 39 no
Antigo Testamento e 27 no Novo Testamento.
Como a Bíblia foi escrita originalmente em hebraico e grego
precisou ser traduzida para outros idiomas. A tradução do Antigo
Testamento para o grego foi feita por setenta anciãos de Israel. Por
isso recebeu o nome de Septuaginta. Já a tradução da Bíblia para o
latim foi feita por Jerônimo e foi chamada de Vulgata. Para a língua
portuguesa, a principal tradução utilizada no Brasil é a de João
Ferreira de Almeida. Desta tradução existem outras versões que
apresentam algumas diferenças, não na mensagem, mas nas
palavras, para facilitar a compreensão.
Para usar a Bíblia de forma eficiente é preciso ler, memorizar os
versículos, estudar e meditar. Para um bom estudo da Bíblia é
preciso os seguintes materiais: A Bíblia, de preferência em mais de
uma versão, uma chave bíblica, um dicionário bíblico, um dicionário
de língua portuguesa, um manual de temas bíblicos e um caderno
para anotações. O mais importante, porém, é que antes de estudar
a Bíblia oremos a Deus, pedindo sabedoria.
A Bíblia é a única regra de fé e prática do cristão.

LIÇÃO 2 – CONHECENDO DEUS

Várias teorias baseadas em diferentes sistemas religiosos tentam


explicar, justificar e até mesmo negar a existência de Deus. A
Bíblia, por sua vez, não tenta provar a existência de Deus, mas
parte do pressuposto de que a sua existência é uma realidade
incontestável.
Nós só podemos conhecer a Deus, à medida que Ele se revela.
Deus se revelou através da criação, através das suas qualidades
descritas na Bíblia Sagrada e através do seu Filho Jesus Cristo que
se fez carne e habitou entre a humanidade. Através das coisas
criadas, podemos deduzir que um Deus Todo-poderoso e
infinitamente superior a nós criou o universo e o sustenta. Pela
revelação bíblica, podemos conhecer a revelação que Deus deu de
si mesmo, como as suas qualidades morais reveladas através dos
seus nomes e os seus feitos.
Os nomes mais comuns de Deus descritos na Bíblia são:
Deus: Fala do seu poder criativo e total.
Senhor ou Yaweh: É Deus relacionado com as pessoas para ajudá-
las e salvá-las.
Senhor no sentido de governador e dominador: É aquele que exige
serviço e lealdade do seu povo.
Pai: Mostra que todas as coisas e os seres humanos foram criados
por Ele e estão debaixo da sua proteção.
Alguns aspectos do caráter de Deus ou atributos divinos nos
revelam quem Deus é:
-Soberania: Significa que Deus é maioral, chefe e supremo.
-Eternidade: Significa que Deus sempre existiu. Não teve princípio,
nem terá fim a sua existência.
-Onisciência: Significa que Deus tem todo p conhecimento. Nada o
apanha de surpresa.
-Onipresença: Deus é infinito e está presente em todo o tempo e
espaço. Ninguém se esconde dEle.
-Onipotência: Significa que Deus pode fazer tudo o que lhe
agrada. Para Deus não há nada impossível.
-Imutabilidade: Deus não muda em sua natureza e aspectos.
-Asseidade ou transcendência: Deus é autoexistente. Ele existe
fora do universo, não estando, portanto, limitado ao tempo e
espaço, ou sujeito às leis da física.
Embora Deus seja tão Grande e Santo, Ele é imanente, ou seja, Ele
se envolve com o dia-a-dia do homem que Ele criou. Ele quer se
relacionar conosco e compartilhar as sua bênçãos.

LIÇÃO 3 – CONHECENDO A SALVAÇÃO

A salvação é a maior bênção que o ser humano pode receber. É o


resultado da morte expiatória de Cristo, que livra o homem da
condenação eterna.
De acordo com Romanos 3.23, a salvação é necessária porque o
homem estava destituído da glória de Deus. O pecado entrou no
mundo através de Adão, que desobedeceu a Deus. Como
representante da raça humana, Adão transferiu para os seus
descendentes, a natureza pecaminosa. A principal conseqüência do
pecado é a condenação eterna. No homem, o pecado o afetou nas
esferas física, mental e espiritual.
Os principais efeitos do pecado foram: A autojustificação, o medo, a
maldição da terra, a expulsão do homem do Jardim do Éden, a
violência, a corrupção do gênero humano, as enfermidades e a
morte.

A salvação possui três aspectos:

1) Justificação: Significa que o homem, morto em seus pecados,


não tinha condições de justificar-se diante de Deus. A Justiça de
Cristo, o Justo, é concedida ao homem gratuitamente, pela fé.
2) Regeneração: É o novo nascimento realizado no interior do
homem pelo Espírito Santo. Antes, o homem era inimigo de Deus.
Agora, justificado, ele se torna membro da família divina e é
adotado como filho de Deus.
3) Santificação: O homem abandona as práticas pecaminosas e
separa-se (santifica-se) para o serviço do Senhor. A santificação
consiste em dizer não para o pecado e sim para Deus.
Jesus Cristo é o único Salvador (Atos 4.12). Portanto, a salvação só
pode ser alcançada pela fé nele. Segundo Efésios 2.8-10, a
salvação é pela graça, mediante a fé. Não vem das obras para que
ninguém se glorie. Não vem de nós mesmos, mas é dom ou
presente de Deus.

LIÇÃO 4 – CONHECENDO A IGREJA

A palavra Igreja vem do grego eklésia e significa um grupo de


pessoas chamados para fora. Portanto, a Igreja é um grupo de
pessoas que deixaram o mundo espiritualmente, não fisicamente,
para seguir a Cristo. A Igreja é um organismo vivo, que tem a
própria vida de Cristo. Foi o próprio Senhor Jesus que fundou a
Igreja e prometeu que as portas do inferno não prevalecerão contra
ela.
A Bíblia mostra alguns símbolos da Igreja: O Corpo de Cristo, a
Noiva de Cristo, o Templo de Deus, a Família de Deus, etc.
Os principais objetivos da Igreja são: Evangelizar o mundo, cultuar
a Deus, praticar a mordomia cristã, cuidar da disciplina e da
conduta cristã.
O Senhor Jesus deixou duas ordenanças para a Igreja: O batismo
nas águas e a Ceia do Senhor. Através do batismo, o crente
testemunha, publicamente a sua identificação com Cristo e mostra,
simbolicamente, que morreu para o mundo e nasceu para Deus.
A ceia do Senhor é um memorial instituído por Jesus, para os
crentes relembrarem a sua morte e anunciar a Cristo até que Ele
venha.
Os elementos da Ceia são o pão e o vinho, que representam
respectivamente o corpo e o sangue do Senhor Jesus.

LIÇÃO 5 – CONHECENDO O VALOR DA ORAÇÃO

A oração é a chave da vitória. O hino 296 da Harpa Cristã diz que


“Jesus teve completa vitória, porque sempre viveu em oração”.
Mas, o que significa orar?
Orar não é rezar ou ficar repetindo frases de efeito. Orar é
conversar com Deus e ter comunhão com Ele. Na oração
agradecemos a Deus, por tudo o que Ele nos deu e falamos para
Ele das nossas dificuldades, enfermidades e necessidades. Além
disso, intercedemos pelas necessidades de outras pessoas.
Podemos orar de várias formas: Em pé, como Josafá (2 Crônicas
20.5,6); Deitado, como o rei Ezequias (2 Reis 20.2,3) e de joelhos
como disse o apóstolo Paulo em Efésios 3.14. Muitos cristãos
consideram esta última a melhor maneira de orar, pois é uma
demonstração de submissão, reverência e humildade.
Não existe um lugar específico para a oração. Entretanto, o templo
é chamado por Jesus de casa de oração. (Mateus 21.13).
Consagrações, vigílias e círculos de oração nas nossas igrejas são
reuniões, onde o Senhor tem operado muitas maravilhas. Também
podemos orar em particular. É uma ótima oportunidade para
estarmos a sós com o nosso Deus. Os lares evangélicos que se
reúnem diariamente para orar são felizes e harmoniosos. O culto
doméstico é muito importante para a união e prosperidade da
família.
Devemos orar sempre. Ao deitarmos, levantarmos, antes das
refeições, antes de tomarmos decisões, nas tentações, nas
enfermidades, nas perseguições e nas mais diversas situações que
enfrentarmos.
A oração é um diálogo que devemos ter diariamente com Deus. O
Espírito Santo nos ajuda e nos ensina a orar. É diferente da reza,
que é uma repetição de citações elaboradas por alguém.

LIÇÃO 6 –  A FÉ

“A fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova,


das coisas que não se vêem” (Hebreus 11.1). Esta é a melhor
definição de fé. A fé é a base da esperança que faz o crente seguir
avante, deixando as incertezas e as dúvidas para trás.
Tudo o quanto fizermos, se não tiver a fé como base não terá
nenhum sentido. A Bíblia diz que “tudo o que não é por fé é
pecado”. (Romanos 14.23). Se a fé não estiver operando, a
incredulidade predomina, gerando incertezas e fracassos.
A fé só tem valor, se ela for concentrada na pessoa de Jesus Cristo.
A fé direcionada a qualquer outra pessoa, ou objeto, constitui-se em
idolatria.
O capítulo onze da epístola aos Hebreus é considerado como a
galeria dos heróis da fé, porque descreve personagens que viveram
nos tempos do Antigo Testamento, firmados nas promessas de
Deus para o futuro. A crença que eles tiveram na vinda de Cristo ao
mundo levou-os a serem vitoriosos, mesmo em meios às mais
ardentes perseguições.

Há três qualidades de fé:

1) A fé para a salvação. É aquela que leva o homem, a reconhecer


os seus pecados e aceitar o sacrifício de Cristo em seu lugar.

2) A fé vitoriosa. Significa que o trabalho de cada crente é


proporcional ao tamanho da sua fé. No exercício da vida cristã a fé
varia de intensidade. A fé vitoriosa é a fé grande. Os que têm esta
fé podem fazer grandes coisas para Deus.

3) O dom da fé. É a manifestação sobrenatural do Espírito Santo


na vida crente, que o capacita a realizar maravilhas.
A fé produz salvação e segurança. Ela não vê o fracasso e nos
conduz à vitória. Necessitamos de mais fé, para termos paz com
Deus, pois “sem fé é impossível agradá-lhe”. (Hebreus 11.6). A fé
vem pelo ouvir a Palavra de Deus. (Romanos 10.17).

LIÇÃO 7 –  A OBEDIÊNCIA.

A palavra obediência segundo os dicionaristas significa “ato de


submeter-se à vontade de alguém”. Com relação ao cristão, a
obediência está profundamente ligada fé e através desta somos
introduzidos à presença do Deus invisível de forma voluntária e
consciente.
Há na Bíblia vários exemplos de obediência. Entre eles
destacamos:
1) Abraão. (Gênesis 12). Deus ordenou que ele deixasse a sua
terra, os seus parentes e a casa de seus pais e seguisse para uma
terra desconhecida, que Deus iria lhe mostrar. Abraão deixou tudo e
saiu, porém, levou consigo o seu sobrinho Ló. Lá na frente, os
empregados se desentenderam e eles foram obrigados a se
separarem. Entretanto, Abraão embora fosse o patriarca, deu ao
seu sobrinho o direito de escolher para onde queria ir, confiando na
promessa de Deus de abençoá-lo. Deus havia prometido alguns
privilégios para Abraão, caso lhe obedecesse: Ele seria pai de uma
grande nação, seria grandemente abençoado e seria uma bênção
para todas as famílias da terra.
Num dado momento da vida de Abraão, sendo ele já avançado em
idade e não tendo filhos ele se precipitou. Induzido por Sara sua
mulher, ele acabou tendo um filho com a sua escrava Agar, fora do
plano de Deus, que havia lhe prometido um filho. Isso trouxe
conseqüências que até os dias atuais, prejudicam os descendentes
de Abraão. Surgiram vários problemas familiares e ainda hoje, há
hostilidade entre os Judeus, descendentes de Isaque, o filho da
promessa e os Árabes, descendentes de Ismael o filho da escrava.
2) Paulo. O apóstolo Paulo após um encontro com o Cristo
ressurreto, no caminho de Damasco, obedeceu e o mundo inteiro
foi beneficiado pela sua obediência. Paulo evangelizou o mundo de
sua época. Ele mesmo declarou: “Pelo que não fui desobediente à
visão celestial”.
3) Jesus. Este foi o maior exemplo de obediência. Em obediência
ao Pai, ele deixou a sua glória, para vir a este mundo, morrer numa
cruz para nos salvar. Em tudo, Cristo foi obediente e submisso ao
Pai, na sua vida terrena.
Nós devemos obedecer a Deus, através da Sua Palavra, obedecer
à Igreja, que é a fiel depositária do plano de salvação e aos nossos
pastores, pois a Bíblia assim o determina em Hebreus 13:17:
“Obedecei a vosso pastores...”.

A obediência produz alguns efeitos na vida daqueles que a


praticam:
1) Os que obedecem a Deus têm o Espírito Santo (Atos 5.32);
2) São inabaláveis (Mateus 7.24);
3) São conhecidos (Romanos 16.19);
4) Obedecem a Deus e O glorificam (2 Coríntios 9.13);
5) São irrepreensíveis (Filipenses 2.12-15).
A obediência é tão importante que obedecer ou desobedecer pode
interferir fatalmente nos destinos de todas as pessoas. Deus
considera a obediência superior a qualquer obrigação religiosa.

LIÇÃO 8 –  O DÍZIMO (Malaquias 3.8-10)


Pagar o dízimo significa tirar dez por cento de toda a renda pessoal
e investi-la nos negócios de Deus aqui na terra.
O dízimo não deve ser pago por mera obrigatoriedade, mas, como
um ato de fé nas promessas de Deus.
O dízimo aparece pela primeira vez na Bíblia em Gênesis 14.20,
quando Abraão paga o dízimo de tudo a Melquisedeque, rei de
Salém e sacerdote do Deus Altíssimo. Melquisedeque é apontado
na Epístola aos Hebreus como uma figura de Cristo. O dízimo,
portanto, vem antes da Lei de Moisés.
No texto de Malaquias 3.8-10, quem não paga o dízimo é chamado
de ladrão por Deus. Além disso, nesse mesmo texto, Deus promete
abençoar grandemente os dizimistas.
No Novo Testamento, Jesus falou sobre o dízimo em Mateus 23.23,
repreendendo os Fariseus que davam o dízimo por motivações
erradas e omitiam a justiça e a misericórdia. Porém, Ele disse ser
necessário “fazer estas coisas (dar o dízimo), sem omitir aquelas
(exercitar a justiça e a misericórdia)”.
Nas epístolas, a palavra dízimo não aparece, mas a idéia está
implícita nos escritos do apóstolo Paulo. Em 1 Coríntios 16.2 ele diz
que as contribuições devem ser proporcionais à prosperidade de
cada um e o dízimo é exatamente isso.
O dízimo é uma bênção para a igreja local. Ele serve para a
evangelização, para enviar missionários, construir templos,
sustentar obreiros que se dedicam integralmente à obra de Deus e
para suprir o dia-a-dia da administração da igreja.
Se todos os crentes fossem dizimistas, não seriam necessárias
campanhas de arrecadações, para a realização das tarefas da
igreja.
Seja um dizimista! Deus se agrada disso e te abençoará cada dia
mais!

LIÇÃO 9 O ESPÍRITO SANTO

O Espírito Santo é a terceira pessoa da Santíssima Trindade. Ele


aparece pela primeira vez nas Escrituras em Gênesis 1.2: “... E o
Espírito do SENHOR se movia sobre a face das águas”.
O Espírito Santo não é uma força impessoal como algumas seitas
sugerem, mas é uma pessoa, pois Ele possui atributos pessoais,
como Intelecto, vontade e sentimentos. (Romanos 8.27; 1 Coríntios
2.10,11, 16). O Espírito Santo revela (2 Pedro 1.21), ensina (João
14.26), intercede (Romanos 8.26), ordena ( Atos 13.2), testifica de
Cristo (João 15.26), fala à igreja (Apocalipse 2.7), convida os
pecadores à salvação (Apocalipse 22.7). Somente uma pessoa
seria capaz de tais ações.
Além de ser uma pessoa, o Espírito Santo é Divino. A sua divindade
fica evidente, quando são conferidos a Ele atributos ou qualidades
divinas como Onipotência (Lc 4.14), Onipresença (Salmo 1398.7-
10), Onisciência (Salmo 139.2), Eternidade (Hebreus 9.14), etc. E
também, a Bíblia afirma que o Espírito Santo é Deus em Atos 5.3,4,
quando Pedro diz a Ananias que este havia mentido ao Espírito
Santo. Logo após, Pedro diz que Ananias havia mentido a Deus.
Alguns símbolos são usados na Bíblia, para indicar a obra do
Espírito Santo: Fogo, Vento, água, azeite e pomba.
O Espírito Santo opera no pecador, no crente e na igreja. No
pecador Ele regenera a natureza pecaminosa do homem, tornando-
o nova criatura. No crente o Espírito Santo consola, conduz, ensina,
concede poder, intercede e santifica. Na igreja, o Espírito Santo
coordena a obra missionária, separando e ordenando obreiros; Atua
na pregação, usando os pregadores para convencer os pecadores
a se arrependerem.
Sem a presença do Espírito Santo a igreja se torna uma
organização religiosa sem vida, vazia e sem poder.

LIÇÃO 10 –  VIVENDO CHEIO DO ESPÍRITO SANTO

“E não vos embriagueis com vinho em que há contenda, mas


enche-vos do Espírito. (Efésios 5.18)”.
No momento em que o homem arrepende-se dos seus pecados e
aceita a Cristo como Salvador, ele recebe o Espírito Santo.
Entretanto, a partir desta experiência, surge a necessidade de um
revestimento do poder de Deus, que vem do batismo no Espírito
Santo. Este batismo é uma promessa do Pai (Joel 2.28), Um
revestimento de poder (Marcos 16.17,18) e uma necessidade (Atos
19.6). Os dias atuais são de densas trevas, portanto o revestimento
do poder de Deus é indispensável.
O Espírito Santo concede aos crentes os dons espirituais (1
Coríntios 12.8-10) e o fruto do Espírito (Gálatas 5.22). Os dons
espirituais descritos na Bíblia são: A palavra da sabedoria, a
palavra da ciência, a fé, os dons de curar, a operação de
maravilhas, a profecia, o discernimento de espíritos, a variedade de
línguas e a interpretação de línguas. O Fruto do Espírito descrito
em Gálatas 5.22 é o resultado da comunhão do crente com o
Espírito Santo. Não são vários frutos, mas um só fruto que é
composto de nove virtudes: Amor, alegria, paz, longanimidade,
benignidade, bondade, fé, mansidão e temperança.
O Espírito Santo como nosso líder, nos ensina todas as coisas, nos
santifica e dirige a Igreja.
Para receber o batismo no Espírito Santo, o crente precisa em
primeiro lugar orar (Atos 1.14), depois estar em comunhão com
Jesus, pois é Ele quem batiza. A propósito: Você já recebeu o
batismo no Espírito Santo? Ainda não? Busque a Deus. Peça com
fé e Ele te batizará.

LIÇÃO 11 OS DONS DO ESPÍRITO SANTO

“Acerca dos dons espirituais, não quero irmãos, que sejais


ignorantes. (1 Coríntios 12.1) “.

Os dons do Espírito Santo são meios, pelos quais os membros do


Corpo de Cristo são habilitados e equipados, para a realização da
obra de Deus.
Os dons do Espírito Santo se classificam em três grupos:

1. Dons de revelação: Palavra da sabedoria, palavra da ciência e


discernimento de espíritos.
2. Dons de Poder: Fé, dons de curar, e operação de maravilhas.
3. Dons de inspiração ou elocução: Profecia, variedade de
línguas e interpretação de línguas.
A Palavra da ciência é o dom, que permite ao crente conhecer os
segredos divinos e a Palavra da sabedoria leva-o a aplicar
corretamente, os segredos revelados. Por isso, estes dois dons se
completam.
O discernimento de espíritos ajuda o crente a separar o falso do
verdadeiro, o puro do impuro, o santo do pecador, o joio do trigo e
especialmente, a intenção dos corações. (João 4.1).
Os dons de cura são concedidos como uma solução divina capaz
de amenizar o sofrimento humano, através da fé em Cristo.
A operação de maravilhas se constitui em manifestações especiais
do poder de Deus, inexplicáveis e superiores à capacidade
humana. O Supremo Senhor apenas usa da forma que Ele quer, as
leis e forças que Ele mesmo criou.
O dom da fé é a capacitação espiritual e sobrenatural que conduz o
crente a confiar em Deus, a fim de realizar proezas em nome do
Senhor.
A variedade de línguas e a interpretação das línguas também são
dons que se completam. O dom de variedade de línguas capacita o
crente a transmitir uma mensagem de Deus à congregação em
outras línguas, portanto só terá eficácia se houver interpretação.
A Profecia como dom significa falar aos homens em nome de Deus.
É o único dos dons que está sujeito ao julgamento da igreja. A
profecia tem como objetivo exortar, confortar e consolar a igreja.
Não devemos dar crédito a qualquer manifestação espiritual, mas,
“provar se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos
profetas se têm levantado no mundo”.(1 João 4.1; 1
Tessalonicenses 5.20,21).

LIÇÃO 12 – O FRUTO DO ESPÍRITO SANTO

“Mas o fruto do Espírito é: Amor, gozo, paz, longanimidade,


benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra estas
coisas, não há lei”. (Gálatas 5.22,23).
O fruto do Espírito é a expressão da natureza e do caráter de Cristo
através do crente, ou seja, é a reprodução da vida de Cristo no
crente.
O fruto do Espírito em contraste com as obras da carne possibilita
ao cristão autêntico viver de modo íntegro diante de Deus e dos
homens. O fruto do Espírito consiste nas nove virtudes ou
qualidades da personalidade de Deus, implantadas pelo Espírito
Santo no interior do crente, com a finalidade de conduzi-lo à
perfeição.
-Qualidades universais. Estão direcionadas ao nosso
relacionamento com Deus: Amor, alegria e paz.
1. Amor ou caridade. Tradução da palavra grega “agape”. É o
amor que flui diretamente de Deus. É capaz de amar até aos
inimigos, desejando-lhes o bem e perdoando as ofensas.
2. Gozo ou alegria. Qualidade de vida caracterizada pela boa
vontade e senso de bem estar espiritual, por causa de um bom
relacionamento com Deus, apesar das dificuldades e intempéries
da vida. (Atos 16.25).
3. Paz. Qualidade espiritual, produzida pela reconciliação, pelo
perdão dos pecados e pela conversão da alma transformada
segundo a imagem de Cristo.

-Qualidades sociais. São virtudes direcionadas ao relacionamento


entre os cristãos: Longanimidade, benignidade, bondade.
1. Longanimidade. Qualidade do que é paciente; Demora em irar-
se. Deus é longânimo e tem demonstrado isso, tolerando
pacientemente todas as iniqüidades do homem.
2. Benignidade. Qualidade do que é desejoso do bem a todos,
inclusive dos inimigos. Quem é benigno mostra-se afável e gentil
para com o próximo, sem amargura e inflexibilidade.
3. Bondade. Generosidade que flui de uma santa retidão dada por
Deus. Deus é bom e aqueles que têm o fruto do Espírito, praticam o
que é bom para todos, sem acepção de pessoas.

- Demais qualidades. Fé, mansidão e temperança ou domínio


próprio.
1. Fé ou fidelidade. É a certeza de que Deus existe e está sempre
conosco. (Hebreus 11.6) A fé é a confiança plena da alma em
Jesus Cristo, resultante de uma experiência com Ele.
2. Mansidão. Submissão do homem para com Deus e em seguida
para com o próprio homem. É o resultado da verdadeira humildade,
que nos leva a reconhecer o valor dos outros e a recusar
considerar-se superior a eles.
3. Temperança ou domínio próprio. Qualidade ou virtude de
quem é moderado; sobriedade; Autocontrole. Uma pessoa
temperante evita os extremos. Devemos ser moderados nas
palavras, nas ações e nos pensamentos.
O Fruto do Espírito Santo não é produzido na vida de quem vive de
qualquer maneira. O cristão precisa dedicar-se à oração, ao estudo
da Palavra de Deus e passar por várias provas, para alcançar o seu
crescimento espiritual.

LIÇÃO 13 – O EVANGELISMO

“E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda


criatura” (Marcos 16.15).
Evangelismo é a ação, cujo objetivo é levar os homens a
conhecerem sua condição de pecadores perdidos e o plano de
Deus para sua salvação; Induzi-los à aceitação de Jesus Cristo
como Senhor e Salvador e integrá-los na vida Cristã. Em outras
palavras, é o emprego da Palavra de Deus por todos os crentes,
com o sincero desejo de ganhar almas para Cristo em todos os
lugares, em todo o tempo e por todos os meios.

Devemos evangelizar por pelo menos quatro razões:

1.Todos precisam de um salvador. Toda a humanidade sem


Cristo estará perdida, sem exceção alguma. Por isso precisamos
urgentemente anunciar o evangelho. (Atos 4.12; João 14.6; Marcos
16.15,16).

2. Porque recebemos uma ordem do Senhor Jesus. Jesus não


nos pediu para evangelizar se quisermos. Ele nos deu uma ordem,
portanto é nossa obrigação falar de Jesus para as pessoas.
(Marcos 16.15; Mateus 28.19, Atos 1.8; Lucas 24.47).
3. Deus nos concedeu o privilégio de participarmos da sua
obra. A proclamação do evangelho é um privilégio que Deus
concedeu aos homens e Ele recompensará a cada um, de acordo
com o seu trabalho. Os anjos desejam ardentemente realizar esta
tarefa, mas Deus não lhes deu este direito.

4. O tempo de Deus é agora. Devemos fazer a obra de Deus


agora, porque não sabemos quando seremos recolhidos pelo
Senhor, não sabemos o dia da sua vinda, nem quando os
pecadores morrerão. Hoje no nosso país, temos liberdade de
pregar em qualquer lugar livremente, porém não sabemos se no
futuro será assim.
Não podemos fazer cultos em todos os lugares, mas podemos
ganhar almas individualmente em vários lugares: Nos cultos, nos
lares, no trabalho, nos transportes coletivos, nos hospitais, nas
penitenciárias em outras instituições públicas.
O ganhador de almas precisa em primeiro lugar, ser salvo. Ninguém
poderá fazer pelos outros, aquilo que ainda não foi feito por si.
Quem ainda não tem convicção da sua própria salvação, não tem
condições de evangelizar. Além disso, é necessário ler e estudar a
Bíblia diariamente, ter ardente amor pelas almas, ter uma vida
santa, aprender com o Mestre Jesus e ser cheio do Espírito Santo.
A Igreja de Cristo existe, com três objetivos principais: Adorar a
Deus, evangelizar o mundo e proporcionar o crescimento espiritual
dos crentes. Uma Igreja que não evangeliza não pode ser chamada
de igreja. Perdeu a sua identidade e a sua razão de ser.

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