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UFCD – 8354
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Índice
ÍNDICE ................................................................................................................. 2
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................ 4
2
1................................................................................... 31
7. CONCLUSÃO ............................................................................................ 32
3
1. Introdução
As exigências sempre acrescidas de qualidade e de competitividade, a par da
inovação tecnológica, vêm fazendo o que os ideais humanistas raramente
conseguiram, isto é: a promoção da Saúde e Segurança nos locais de trabalho,
que, deve traduzir-se numa intervenção global e integrada, envolvendo os
trabalhadores, todos os sectores e todas as dimensões da empresa.
O trabalho florestal constitui entre todas as atividades do mundo rural uma das
mais perigosas, verificando-se um elevado índice de sinistralidade.
4
2. As explorações agrícolas e
florestais em Portugal
O sector agrícola e florestal português encontra-se em fase de profunda mutação
face às novas realidades consequentes da adesão de Portugal à União Europeia a
que tem correspondido um esforço de modernização e uma progressiva redução da
população ativa na agricultura
ü Pinus Pinaster;
ü Quercus Suber;
ü Quercus Rotundiofolia;
ü Eucaliptus Globulus.
5
v Ocorre ao ar livre, de que resulta a permanente exposição às condições
climatéricas;
v Corte;
v Lesões dorso-lombares;
v Esmagamento;
v Surdez;
v Quedas.
6
ü Falta de formação/informação.
7
A organização do trabalho exige cada vez mais uma envolvente de apoio técnico
e tecnológico, para o desenvolvimento:
- da Formação de quadros;
- da Informação necessária às empresas e aos profissionais;
- da Investigação sobre as tecnologias e sobre o modo como se desenvolve
o trabalho;
10%
Corte de ramos
Abate
30%
60% Traçagem
Erro! Objetos não podem ser criados a partir dos códigos do campo de edição.
Os trabalhadores estão expostos a lesões de vários tipos. O trabalho com a
motosserra pode causar doenças profissionais:
v Problemas de coluna;
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v Perda de capacidade auditiva.
3.3 A MOTOSSERRA
A motosserra, constitui um equipamento complexo e perigoso, exigindo do seu
operador um nível elevado de formação adequada e uma boa capacidade de
compreensão da informação contida no respetivo “manual de instruções”.
Algumas partes são iguais para diferentes modelos como por exemplo, lâminas e
cadeias.
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Guarda-m ão dianteiro
Pega dianteira
Comando do
ac elerador
Pega traseira
Lâm ina-guia
Guarda-m ão
Corrente
traseiro
Retentor da c orrente
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6. Bainha da lâmina-guia: evita ferimentos na mão durante o transporte.
O quadro seguinte mostra como os dispositivos de segurança da motosserra
contribuem para a diminuição dos riscos de acidente:
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Arranque da motosserra
2. Lâmina-guia
- Revisão, limpeza da ranhura e dos orifícios de lubrificação;
- Inspeções das porcas da tampa do órgão de corte;
- Inversão da lâmina-guia;
3. Motor da motosserra
- Limpeza cuidadosa e inspeção dos orifícios de entrada de ar, os quais
devem estar sempre limpos;
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4. Guarda-mão dianteiro com travão da corrente
5. Filtro de ar
- Revisão e limpeza;
1. Corrente
- Revisão e afiação cuidadosa. Uniformizar o tamanho dos dentes de corte;
2. Lâmina-guia
- Eliminação de rebarbas;
3. Pinhão de ataque
- Revisão e lubrificação do rolamento do pinhão;
4. Embraiagem
- Revisão e limpeza;
6. Vela
- Limpeza, revisão e regulação. Se necessário, ajuste da folga;
7. Sistema de arranque
- Desmontagem e limpeza, lubrificação do rolamento do carreto,
substituição da corda do arrancador (se estiver gasta), com
ajustamento da tensão da corda, se necessário;
9. Silenciador
- Limpeza.
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3.6 Ferramentas
Para trabalhar eficientemente com a motosserra são necessárias algumas
ferramentas.
6-Suta ou Régua de
cubicagem e Fita 7-Alavanca de abate
5-Gancho com argola
métrica
8-Ganchos ou tenazes
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4. Uma marreta para introduzir as cunhas nas árvores de maiores dimensões,
com um peso aproximado de 300gr, com cabo direito e comprimento à volta
de 80 cm;
5. Um gancho com argola e vara para soltar ou dar a volta a árvores médias;
ü
ü
ü
ü
ü
ü
ü
ü
ü
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Ø Capacete de segurança com orifícios de ventilação e viseira para proteger o
operador contra a serradura e outras partículas,
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Fonte: TEIXEIRA,Filomena;GARDETE, José,Trabalho Florestal, Manual de Prevenção, 2ª Edição Lisboa:
IDICT,2001.
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Distância de segurança= 2 alturas de árvores
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4.2 Execução do entalhe e do corte de queda
Depois de fixar a direção da queda e limpar a base da árvore, assim como os
caminhos de saída, o corte começa fazendo-se o entalhe, o qual deverá penetrar até
cerca de 1/4 ou 1/5 do diâmetro da árvore.
Começa-se pelo corte oblíquo (3). O corte horizontal deve encontrar o corte
oblíquo segundo uma linha perpendicular à direção da queda.
Se as árvores tiverem tendências para o aparecimento de falhas, o entalhe deverá
ser concluído com pequenos cortes laterais (5) e (6).
O corte oblíquo (a), o corte horizontal (b) e o corte de queda (c), não devem ser
demasiadamente aprofundados, como e vê na figura.
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O corte de queda (charneira) deverá ser feito horizontalmente 2,5 a 5cm do traço
horizontal do entalhe. Este não deve ser demasiadamente aprofundado, uma vez
que a charneira permite manter o controlo da árvore.
Uma cunha (a) ou uma alavanca (b), permitem empurrar a árvore na direcção da
queda.
Uma vez iniciada a queda da árvore, o operador deve afastar-se por um dos
caminhos de saída.
2.
20
4. Na medida do possível deixar que a árvore suporte o peso da
motosserra;
Deve-se adotar uma sequência de trabalho regular, seguindo os andares dos ramos,
como mostram as figuras seguintes:
Havendo espaço por baixo da árvore, cortam-se os ramos da parte inferior num
único movimento e só depois o operador avança em direção ao topo (7).
Quando o operador chega ao topo do tronco, este deve ser rodado e então cortam-
se os ramos que ficaram (8).
21
7 8
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4.5 Operação de traçagem
Esta operação consiste no seccionamento transversal dos troncos abatidos,
efetuado por cortes verticais ao seu eixo a distâncias variáveis.
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4.6 A extração
A extração é uma operação que envolve uma grande variedade de processos e
equipamentos, consoante o tipo de material lenhoso a movimentar, o local e as
condições em que o mesmo se encontra, natureza dos acessos, etc..
Extracção
-Extracção de árvores inteiras, não
desramadas, até ao local do carregadouro;
MECÂNICA
EXTRACÇÃO
MANUAL
- A rechega manual;
- A extracção com tractor arrastador e guincho;
PROCESSOS: - A extracção com tractor transportador;
- A extracção por meio de um cabo-grua;
- O empilhamento em carregadouro.
Princípios de economia
de esforço e cooperação
no trabalho coletivo: - Utilizar os braços estendidos;
- Eixo de impulsão;
- Utilizar a reação dos objetos;
- Colocar-se rapidamente debaixo da carga;
- Utilizar o peso do corpo;
- Coordenar os esforços com o parceiro.
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Eis alguns exemplos:
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5- Carregamento e transporte
Nas operações de carregamento e transporte é muito importante ter em conta
alguns aspetos de que serão de destacar:
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Ø Não confiar na rotina. Uma descida pode ficar perigosa de um
momento para o outro.
Trabalho Florestal
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6. A Ergonomia e o trabalho florestal
A maioria dos trabalhos florestais impõem uma carga física pesada.
• Sustentação
• Mobilidade
• Proteção (da espinal medula e dos tecidos nervosos)
• Controle
Compõe-se de 33 corpos vertebrais, dos quais nove são fixos e formam o sacro e
o cóccix. O volume das restantes 24 vértebras aumenta a partir da nuca, a sua
mobilidade é variável (as vértebras cervicais são as de maior mobilidade e as
lombares as de menor mobilidade), e estão dispostas numa série de curvaturas que
permitem uma sustentação acrescida.
As vértebras estão separadas uma das outras por um disco e por uma cartilagem
intervertebral, e estão ligadas por articulações facetadas que dão uma estabilidade
suplementar e amortecem as cargas que pesam sobre as vértebras lombares. Em
caso de danos, podem deslocar-se, aparecendo dores.
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6.2 Fatores de risco
Alguns fatores de risco que provocam dores dorsais foram já referidos. São:
• A elevação de cargas pesadas;
Existem ainda fatores de risco associados a cada pessoa que devem ser tidos em
consideração: Idade, sexo, altura e peso, classe social, grau de atividade, consumo
de tabaco, são fatores que nalguns casos não podem ser modificados. É por isso
que uma abordagem ergonómica tendente à prevenção das lesões dorso-lombares
é aconselhada, bem como reduzir as cargas.
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6.3 Ergonomia e Prevenção
Os trabalhadores agrícolas e florestais deveriam poder avaliar o risco potencial do
acidente. Deveriam ter formação em manipulação correta de cargas e saber evitar
posturas perigosas.
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Postura incorreta Postura correta
Posição correta:
Dorso direito;
Carga próxima do corpo.
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7. CONCLUSÃO
Na elaboração do presente trabalho, o objetivo principal foi dar a conhecer os
principais riscos relacionados com as operações de abate de árvores com recurso
à motosserra, procurando de alguma forma contribuir para a diminuição da
sinistralidade no sector.
Muito mais haveria para dizer. No entanto, não foi possível um maior
aprofundamento do tema, devido ao tempo disponível para a apresentação do
mesmo. Este trabalho deve ser considerado um ponto de partida, para
conhecermos melhor os problemas do sector e tomarmos consciência de que as
questões ligadas à Prevenção, à Segurança no Trabalho, são questões com as quais
nos devemos preocupar sempre, porque todos somos responsáveis, e porque têm a
ver com o nosso presente e com o nosso futuro...
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8. Referências bibliográficas
MACEDO, Ricardo, Manual de Higiene do Trabalho na Indústria, Lisboa,
Fundação Calouste Gulbenkian,1988.
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