O Compromisso cristão:

uma escolha radical “Aquele que diz: Eu o conheço

Mateus 7:21-27
1. O perigo de uma profissão de fé simplesmente verbal (vs.21-23) e não guarda os seus
As pessoas que Jesus está descrevendo aqui estão confiando para a sua
salvação em uma afirmação do credo, no que elas “dizem” a Cristo ou a respeito
de Cristo. “Nem todo o que me diz” (v.21). “Muitos, naquele dia, hão de dizer”
mandamentos é mentiroso, e
(v.22).
Mas o nosso destino final será estabelecido, Jesus insiste, não pelo que lhe
dizemos hoje, nem pelo que lhe diremos no último dia, mas por fazermos o que
nele não está a verdade.” – (1JO
dizemos, por estar a nossa profissão verbal acompanhada da obediência moral.
Uma profissão verbal de Cristo é indispensável. Para sermos salvos,
2:4)
escreveu Paulo, temos que confessá-lo com nossos lábios e crer em nossos Sobre qual alicerce estamos construindo nossas vidas ? John
corações (Rm.10:9-10). Stott
Alguns até “profetizaram” em nome de Cristo, expeliram demônios e 7
fizeram milagres. E não temos motivo para não acreditar, pois, grandes sinais e MORDOMIA DO TEMPO
prodígios são realizados por falsos profetas. (Mt.24:24; 2 Ts 2:9,10).
Jesus dirá a estes: “nunca vos conheci, apartai-vos de mim, os que
praticais a iniquidade.” Portanto, vede prudentemente
como andais,
2. O perigo de um conhecimento meramente intelectual (vs.24-27)
Enquanto, no parágrafo anterior, o contraste era entre o “dizer” e o
“fazer”, o contraste agora é entre o “ouvir” e o “fazer”. De um lado, diz Jesus, está
a pessoa que ouve estas minhas palavras e as pratica (v.24) e, do outro, a pessoa
que ouve estas minhas palavras e não as pratica (v.26). Depois ele ilustra o não como néscios, e sim como
contraste entre os seus ouvintes, o obediente e o desobediente, com a sua
conhecida parábola dos dois construtores, o homem sábio que “cavou” (Lc.6:48) e
construiu a sua casa sobre a rocha, e o tolo que não queria se aborrecer com
sábios,
alicerces e contentou-se em edificar sobre a areia.
As duas casas não tinham diferença, a única diferença estava no alicerce.
Da mesma maneira, os cristão professos (os genuínos e os espúrios)
remindo o tempo, porque os dias
freqüentemente se parecem, ambos lêem a Bíblia, vão a igreja, ouvem os sermões
e compram literatura cristã. Não podemos ver a diferença pois os alicerces de suas
são maus.
vidas estão ocultos aos nossos olhos. A verdadeira pergunta não é se ouvem os
ensinamentos de Cristo (nem mesmo se respeitam ou crêem neles), mas se fazem o
que ouvem. Apenas uma tempestade revelará a verdade. A tempestade do dia do
(EF 5:15-16)
Talvez a maldade maior dos nossos dias seja a sua velocidade. Literalmente, o
juízo certamente o fará. tempo voa, e nesta celeridade do tempo tememos não estar fazendo nada e, fatalmente,
“Tornai-vos, pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos desperdiçando o tempo que nos foi dado. Como aproveitar melhor o nosso tempo?
a vós mesmos.”– (Tg 1:22-25) O apóstolo Paulo, ao tratar do procedimento do servo de Deus, prioriza a
“Se dissermos que mantemos comunhão com ele e andarmos nas trevas, mentimos questão do aproveitamento. Paulo adverte que ser cheio do Espírito Santo, compreender e
e não praticamos a verdade.” - (1JO 1:6) fazer a vontade de Deus inclui ser bom administrador do tempo. Recomenda-se portanto,
que:
1- Sejamos donos do tempo e não seus escravos:
“Não pude ir ali” ou “não pude fazer aquilo porque não tive tempo”,
“ando meio sem tempo” ou (muito humildemente como quem suplica um favor ao
próprio tempo) “vou tentar arranjar um tempinho”. Tais frases se constituem em
nossa desculpa preferida para não ir, não fazer, não viver. “Tudo tem o seu tempo
determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu” - (EC 3:1). Tal
constatação do escritor sagrado coloca por terra todas as nossas racionalizações.
Mas para levar a cabo tamanha verdade, é preciso que se considere duas coisas:
Devemos ter o controle do tempo e não o contrário. Não podemos ser
levados pela maré dos compromissos, nem pela enxurrada do ativismo. O
princípio bíblico pretende definir quem manda em quem. Devemos organizar o
tempo “há tempo para todo propósito...” desde que nos organizemos, fazendo a
lista das prioridades, indo do primordial até ao menos essencial.
2- Economizemos o tempo gastando-o:
O problema da falta de tempo é como o da falta de dinheiro. O
dinheiro deve ser bem administrado, executando-se os investimentos corretos e
fazendo-se eventuais economias para suprir em ocasiões difíceis. No entanto, com
o tempo, não se pode fazer poupança, como alguém que raciocine da seguinte
maneira: não vou fazer isso para guardar um pouco de tempo para depois”. Sua
marcha inexorável não permite. Assim, sua melhor economia é o investimento.
3- Vivamos no tempo, mas com a dimensão da eternidade:
Falar insistentemente no Krónos que se escoa rapidamente sem
mencionar o Kairós que atualiza a eternidade de Deus é sugerir o desespero.
“Tudo fez Deus formoso no seu devido tempo; também pôs a eternidade no
coração do homem, sem que este possa descobrir as obras que Deus fez desde o
princípio até ao fim.” - (EC 3:11). Na opção de servir a Deus não ganhamos
propriamente uma sobrevida humana. O nosso homem exterior continua se
desgastando moralmente; mas o nosso homem interior, a sede do nosso ser, a
essência da nossa vida se renova dia a dia, porque a nossa perspectiva é o
invisível e eternal. E mais do que palavras de consolo para dias que tão
velozmente correm, esta é a mensagem para sermos bons mordomos da vida e do
tempo, para a glória de Deus. Jornal BP
8 políticos, ou econômicos, são morais e espirituais e, a menos que possamos fazer algum
O CRESCIMENTO DO CRENTE JO.6:32-35/II RS.4:38-41
1- A necessidade de Crescimento
É ordem de Deus: “desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite
espiritual, para que, por ele, vos seja dado crescimento para salvação” (1PE 2:2).
O Crescimento é normal: “Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma
coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de
mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo
Jesus.” - (FP 3:13-14)
2- Métodos de Crescimento
Alimento para o bebê: “desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno
leite espiritual, para que, por ele, vos seja dado crescimento para salvação” (1PE 2:2).
Alimento sólido: “Mas o alimento sólido é para os adultos, para aqueles que, pela prática,
têm as suas faculdades exercitadas para discernir não somente o bem, mas também o mal.”
- (HB 5:14).
Alimentar-se da obra de Deus: “Ele te humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou com
o maná, que tu não conhecias, nem teus pais o conheciam, para te dar a entender que não
só de pão viverá o homem, mas de tudo o que procede da boca do SENHOR viverá o
homem.” - (DT 8:3) Doces: “Quão doces são as tuas palavras ao meu paladar! Mais que o
mel à minha boca.” - (SL 119:103) Certeza do alimento puro: “Puríssima é a tua palavra;
por isso, o teu servo a estima.” - (SL 119:140) Sustento da vida: “Ora, aquele que dá
semente ao que semeia e pão para alimento também suprirá e aumentará a vossa
sementeira e multiplicará os frutos da vossa justiça.” - (2CO 9:10)
Dieta de fome cristã “E o terá consigo e nele lerá todos os dias da sua vida, para que
aprenda a temer o SENHOR, seu Deus, a fim de guardar todas as palavras desta lei e estes
estatutos, para os cumprir.” - (DT 17:19)
“Ora, estes de Beréia eram mais nobres que os de Tessalônica; pois receberam a palavra
com toda a avidez, examinando as Escrituras todos os dias para ver se as coisas eram, de
fato, assim.” - (AT 17:11)
3 – Provas de crescimento
“E crescia Jesus em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens.” - (LC 2:52)
Amor à bíblia: Conhecimento, compreensão. “A revelação das tuas palavras esclarece e
dá entendimento aos simples.” - (SL 119:130)
Produz frutos: “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade,
bondade, fidelidade.” - (GL 5:22) “O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu
vim para que tenham vida e a tenham em abundância.” - (JO 10:10)
Fidelidade: Pessoas gostam de estar perto de nós. “Tendo-o encontrado, lhe disseram:
Todos te buscam.” - (MC 1:37)
Crescer até a perfeita varonilidade: “até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno
conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude
de Cristo.” - (EF 4:13)
Cristo é o cabeça: “Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a
cabeça, Cristo.” - (EF 4:15)
O crescimento é necessário para que possamos agradar a Deus, caso não
estejamos nos alimentando corretamente, estaremos passando fome espiritual. Quando não
temos fome, estamos doentes espiritualmente. Devemos pedir a Deus que nos de a fome
espiritual, a fome de conhecê-lo ainda mais, gastando tempo diário com a palavra de Deus.
9
D. Elton Trueblood “Os maiores problemas de nosso tempo não são tecnológicos,
progresso nesses domínios, talvez nem mesmo sobrevivamos”
DISCIPLINA E VIDA ESPIRITUAL
Muitas lutas são por estes problemas que deveriam ser tratados em segundo
plano. Primeiro devemos buscamos resolver os problemas espirituais “porque a nossa luta
não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os
dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões
celestes.” - (EF 6:12)
Vamos estudar sobre algumas ações que podem ser feitas por nós na busca de
espiritualidade. Ações que associadas vão nos fortalecer.
Meditação: Nos desligarmos da agitação de estarmos pensando e realizando várias coisas
ao mesmo tempo. Nos concentrarmos em um só ponto. Um texto da palavra de Deus, um
tema, um acontecimento passado, nossa vida.
A meditação nos capacita a tomar decisões, ficamos mas sensíveis a voz de Deus
não ouvindo apenas uma mensagem de segunda mão.
A meditação cristã vai muito além da oriental, a meditação oriental é uma
tentativa para esvaziar a mente, meramente um método de controlar as ondas celebrais a
fim de melhorar o bem estar fisiológico e emocional. Na meditação cristã, podemos
 esvaziar a mente mas com o fim de enchê-la. O afastamento da confusão que nos cerca é
para que tenhamos uma união rica com Deus e com os demais seres humanos. (GN 24:63; inclinam para Ele. DEUS É PROTETOR: 1. Está sempre alerta, 2.
SL 63:6; SL 119:148) Permanece ao seu lado, 3. O guardará de todo o perigo.
Oração: Amizade com Deus que transforma o caráter humano. “Tenho tanto o que fazer
que não posso prosseguir sem passar três horas diariamente em oração.” Lutero
Muitas ondas passam pelo ar, satélites estão neste momento mandando
informação até esta cidade de várias formas; para capitarmos, precisamos de aparelhos
Deus quer guardar os fiéis:
sintonizados na freqüência exata. Deus também está nesta cidade e nós não precisamos de
nenhum aparelho para vê-lo, precisamos sintonizar nossa vidas em Jesus através da oração. 1. Constantemente (4) Nós
Devemos orar uns pelos outros, pedir menos coisas materiais, orar pelas
programações e reuniões da igreja, pequenos e grandes problemas, pelos enfermos. JO 15:7
Jejum: Tempos de Jejum: “Respondeu-lhes Jesus: Podem, acaso, estar tristes os
somos pessoas que muito
precisam de Deus pois somos
convidados para o casamento, enquanto o noivo está com eles? Dias virão, contudo, em que
lhes será tirado o noivo, e nesses dias hão de jejuar.” - (MT 9:15)
Prática comum do cristão: “Quando jejuardes, não vos mostreis contristados como os
hipócritas; porque desfiguram o rosto com o fim de parecer aos homens que jejuam. Em
verdade vos digo que eles já receberam a recompensa.” - (MT 6:16).
Objetivos: Santificação, busca do auto controle, bem estar físico, orientação ao tomar
inconstantes, este cochilo nos
decisões, contrição, buscar algo especial. (ZC. 7:5)
Fazer jejum, mas não dedicar o tempo em oração, é passar fome.
Simplicidade : É uma realidade interior que resulta num estilo de vida exterior. Parar com a
faz desatentos em momentos
extravagância pomposa, nossos bens se tornam disponíveis aos outros. Parar de competir,
deixar de necessitar de coisas novas e mais coisas a cada dia. importantes, por isso somos
“Então, lhes recomendou: Tende cuidado e guardai-vos de toda e qualquer avareza; porque
a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui.” - (LC 12:15)
“Seja a vossa vida sem avareza. Contentai-vos com as coisas que tendes; porque ele tem
assaltados pelo inimigo. A
proteção de Deus nos conforta
dito: De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei.” - (HB.13:5)

Avarento não é só o rico mas

também o que não se contenta pela sua constância, não é como
nunca com o quanto tem. O um campo de força que liga e
avarento interage com os seus desliga, mas como um escudo
bens. HSG
constante de um guarda que
DEUS É PROTETOR – Sl.121
10 nunca dorme e nem cochila um
Muitas vezes nos sentimos fracos e desprotegidos, sem saber bem momento sequer.
ao certo a quem recorrer diante de nosso problema “sem solução”. Este
Salmo nos mostra a vigilância perpétua de Deus sobre aqueles que se
 2. Pessoalmente (5) É difícil
imaginar como Deus possa estar
pessoalmente diante de todos os
seus filhos espalhados pelo
mundo. Mas basta lembrarmos
que nosso Deus é Deus forte,
onipotente, onipresente,
onisciente. Deus não é o Deus
do pastor, da irmã mas é o meu
Deus. Pessoalmente ele nos
protege. Ele está sempre ao
nosso lado, isso nos dá garantia
da vitória e certeza de proteção,
nos apagando o medo e a
insegurança tão comum no
homem.
3. Fisicamente (6) Muitos são
os nossos problemas físicos,
pois somos vasos de barro,
frágeis. Diante destes perigos o
Senhor nos sustenta, através da
saúde natural, nos protegendo
de perigos de acidentes. Nos
dando capacidade de termos
forças físicas para o trabalho
secular e espiritual.
4. Moralmente (7) O Senhor
guardará de todo mal, de todo
perigo. Esta proteção não é
somente externa, que atende o
físico mas interna, Deus tem em
sua proteção uma luta contra a
natureza pecaminosa que quer
 13.Salmos - Salmo 1-89
persistir muitas vezes sendo a 14.Jó - Jó 1-42
15.Salomão - I Reis 1-11; 2 Crônicas 1-9; Pv; Ecl; Ct.

última a ser vencida. Deus nos

16.Elias: O iniciador das Profecias - I Reis 11-22; II. Crônicas 10-20
17.Eliseu - II. Reis 1-14; II Crônicas 21-26
18.Contemporâneos de Eliseu - Amós e Jonas

protege da palavra frívola, dos 19.Isaías, O Profeta Evangélico - II. Reis 15-20; II. Crônicas 27-32; Is.1-39
20.Contemporâneos de Isaías - Oséias e Miquéias
21.Hilquias, O Sacerdote que Salvou o reino - II. Reis 21-23; II. Crônicas 33-35; Sofonias

pensamentos adúlteros, da 22.Jeremias, O Profeta da Queda - II. Reis 24,25; II. Cr 36; Jr; Lm; Na; Hc
23.Profetas do Cativeiro - Is. 40-66; Jr. 40-52; Ez; Dn; Jl; Ob.
24.A Restauração - Esdras, Neemias, Ester, Ageu, Zc; Ml.

inveja e também da soberba. 25.Hinários do Segundo Templo - Salmo 90 - 150

26.Transição do Antigo ao Novo Testamento - Malaquias; Mt 1, Mc 1; Lc 1; Jo 1.
5. Espiritualmente (7) O Senhor guardará a alma, a vida. Nosso Deus nos protege 27.Precedentes ao Ministério de Jesus - Mt 1:1-2:23; Lc 1-2:52; Jo 1:1-14
da religiosidade de hipocrisia, nos protege de morrermos espiritualmente, nos livra 28.Estabelecimento do Ministério - Mt 3:1-4:25; Mc 1:1-20; Lc.3:1-4:32; Jo 1:15-4:42
deste dano da segunda morte. Ele nos ensina a sermos piedosos e nos alimenta com 29.Ministério do Norte - Mt 14:13-18:35; Mc.6:30-9:50; Lc.9:1-10:62; Jo 6:1-7:10
sua palavra, em sua casa e no momento que estudamos a palavra seja onde for. Ele 30.Ministério da Peréia - Mt.19:1-20:34; Mc 10:1-52; Lc 10:1-19:28; Jo 7:11-11:57
31.A Última Semana - Mt 21:1-27:66; Mc 11:1-15:47; Lc 19:29-23:56; Jo 11:55-19:42
coloca irmãos orando por nós e nos usa como instrumentos para a sua obra.
32.Ressurreição e os Quarenta Dias - Mt 28; Mc 16; Lc 24; Jo 20,21; At 1:1-14; I Co 15:1-
6. Em todas as suas ações (8) O Senhor nos guarda nas ações mais comuns do dia 8
a dia. Um simples ir e vir repetido várias vezes ao dia é observado pelo Senhor. 33.A Igreja em Jerusalém - Atos 1:1- 8-1
Deus nos protege quando estamos viajando e quando estamos deixando nosso lar 34.A Dispersão da Igreja até Antioquia - Atos 8:1 - 13:1
para irmos até a igreja. Até nesses momentos de trânsito podemos aprender muitas 35.Primeira Viajem Missionária - Atos 13:1 - 14:28
lições que nos dão vida e explicam dúvidas que porventura venham a surgir no 36.Segunda Viajem Missionária - Atos 15:1 - 18:22; I e II. Tessalonicenses
futuro. Podemos neste caminhar ver os homens em ação, tirar lições boas de suas 37.Terceira Viajem Missionária - Atos 18:23 - 21:17
boas ações e também aprender com seus erros no intuito de não cair no mesmo 38.Cartas da Terceira Viagem (Parte 1) - Gálatas; I. e II. Coríntios
erro. 39.Cartas da Terceira Viagem (Parte 2) - Romanos Faça um
7. Por toda a eternidade (8) Mas a proteção fornecida por Deus é ilimitada, pois 40.De Jerusalém a Roma - Atos 21 - 28 compromisso
ela oferece não apensas vitória para as lutas do tempo presente. Deus nos protege 41.Cartas da Prisão - Colossenses; Efésios; Filemom; Filipenses com Deus.
42.Primeira Parte: Cartas Pastorais - I. e II. Timóteo; Tito
com sua proteção eterna. O inimigo está derrotado e temos em Deus proteção
43.Segunda Parte: Carta aos Hebreus - Hebreus Leia a Bíblia
eterna. Isto nos deve legar ao desapego dessas pequenas lutas de todos os dias que 44.Epístolas Gerais - Tiago; I. e II. Pedro; I. II. e III. João; Judas. este ano!!!
nos faz parecer mais com pessoas derrotadas ou prestes a perder a luta. 45.Primeira Parte: Apocalipse – Apocalipse
HSG Conheça a sua bíblia - JAF
11 12
Plano Cronológico de Leitura Bíblica Eu e a minha casa
1.Primórdios: Gênesis 1-11
2.Os Patriarcas - Gênesis 12-36 Este plano de leitura serviremos ao
3.Descida Para o Egito - Gênesis 37-50
4.De Gênesis a Êxodo - Bíblica segue a SENHOR.
5.Êxodo - Êxodo 1-20 ordem da história. (JS 24:15)
6.A Dádiva da Lei - Êxodo 21-40; Levítico Assim fica
7.Números - Números
mais fácil
8.Deuteronômio - Deuteronômio
compreender.
 Um lugar onde as pessoas se reúnem de vez em quando ?
9.Josué - Josué
10.Juizes e Rute - Juizes e Rute  Um lugar onde as pessoas não se reúnem ?
11.Samuel - I Samuel 1-15
12.Davi - I Samuel 16 - II. Samuel; I Crônicas
 Onde todos sentem prazer em estar ? Ou estando fora não
ficam alegres com a idéia de voltar ? barco em companhia dos seus
 Onde os amigos tomam com prazer um cafezinho ? Onde o
irmão pobrezinho também é bem-vindo ? discípulos e disse-lhes:
 Onde ainda se “dá um jeito” de arranjar um quarto de
hóspedes ? Passemos para a outra margem
 Um lugar onde todos podem falar, e se entendem, ou onde os
pais sozinhos resolvem tudo ? Ou, ao contrário, os jovens, os as do lago; e partiram. [23]
crianças dominam a situação e obrigam os pais a satisfazerem
todos os seus caprichos ? Enquanto navegavam, ele
 Um lugar onde se responde honestamente às perguntas das
crianças ? Onde “criança também é gente” ou onde se acha que adormeceu. E sobreveio uma
“não dá pra perder tempo com isso” ?
 Um lugar onde há ambiente para a oração e leitura da palavra tempestade de vento no lago,
de Deus ?
 Onde se louva a Deus na saúde e na doença, na fartura ou na correndo eles o perigo de
pobreza, na alegria e na dor ?
 Onde pelo menos uma pessoa, você por exemplo, é a soçobrar. [24] Chegando-se a
lâmpada do Senhor, sempre pronta a iluminar o caminho de
alguém ? ele, despertaram-no dizendo:
 Até que ponto você colabora ou é responsável por aquela
situação desagradável que em seu lar se cria de vez em quando ? Mestre, Mestre, estamos
Já parou para pensar que se fosse capaz de renunciar um pouco a
sua opinião formada, se fosse mais humilde, se reconhecesse perecendo! Despertando-se
seus próprios erros, ou outros, e você também seriam bem mais
felizes. Jesus, repreendeu o vento e a
Maria José Elias
13
fúria da água. Tudo cessou, e
Lc. 8:22-25
veio a bonança. [25] Então,
lhes disse: Onde está a vossa fé?
“[22] Aconteceu que, num Eles, possuídos de temor e
daqueles dias, entrou ele num
 admiração, diziam uns aos
outros: Quem é este que até aos
ventos e às ondas repreende, e
lhe obedecem?”
 Humanidade de Jesus - Jesus, totalmente cansado, e
desassossegado pelas exigências da multidão, buscou um momento de
paz. Continua dormindo em meio a tempestade. Homem, no entanto,
gloriosamente Deus. Podia silenciar o vento e acalmar a fúria da água.
 Jesus repreende esses homens por causa do seu medo, por causa
do seu terror, por causa da sua falta de fé. Absurdo de supor que Jesus
e eles seriam destruídos. “Onde está sua fé ?” Tentaram tirar a água
mas parecia não adiantar
 Ele os repreendeu por estarem em tal estado de agitação e
terror enquanto estavam com ele no barco.
Um cristão não deveria perder o controle, num estado de
agitação, terror ou alarde, quaisquer que sejam as circunstâncias. Em
toda a bíblia Deus nos chama a descansar. (Lc.12; Sl.23; Sl.27:3)
 Inconstância da vida - temporal de vento caiu subitamente...
Deus permite dificuldade e tempestades, elas provam nossa fé. Apesar
dos temporais súbitos devemos ser firmes.
 Devemos ter uma Fé que raciocina – Jesus curou, ressuscitou,
não pode naufragar. Devemos trazer tudo que sabemos a respeito de
nosso relacionamento com Deus e aplicamos ao nosso problema.
 O valor da fé, por menor ou mais frágil que seja. Agitados,
alarmados, foram até Jesus. Jesus os recebeu e acalmou a tempestade.
A fé “como um grão de mostarda”, pequena mas útil.
Se você, se encontra nessa posição de prova, perturbação e
teste, considere isso como uma oportunidade maravilhosa de provar
sua fé, de expressar sua fé, de manifestar sua fé. A palavra de Jesus é
suficiente para acalmar o mar agitado da vida. MLJ-
HSG
14
A Figueira Estéril Lc.13:6-9
“[1] Naquela mesma ocasião, chegando alguns, falavam a Jesus a respeito dos galileus cujo sangue
Pilatos misturara com os sacrifícios que os mesmos realizavam. [2]Ele, porém, lhes disse: Pensais que
esses galileus eram mais pecadores do que todos os outros galileus, por terem padecido estas coisas?
[3] Não eram, eu vo-lo afirmo; se, porém, não vos arrependerdes, todos igualmente perecereis. [4] Ou
cuidais que aqueles dezoito sobre os quais desabou a torre de Siloé e os matou eram mais culpados que
todos os outros habitantes de Jerusalém? [5] Não eram, eu vo-lo afirmo; mas, se não vos arrependerdes,
todos igualmente perecereis. [6] Então, Jesus proferiu a seguinte parábola: Certo homem tinha uma
figueira plantada na sua vinha e, vindo procurar fruto nela, não achou. [7] Pelo que disse ao viticultor:
Há três anos venho procurar fruto nesta figueira e não acho; podes cortá-la; para que está ela ainda
ocupando inutilmente a terra? [8] Ele, porém, respondeu: Senhor, deixa-a ainda este ano, até que eu
escave ao redor dela e lhe ponha estrume. [9] Se vier a dar fruto, bem está; se não, mandarás cortá-la.”
v.1 – É Provável que Pilatos tivesse ordenado que fossem mortos determinados galileus,
quando estavam no ato de abater animais para os sacrifícios que ofereciam.
v.2-3 – Jesus parece repudiar aqui a teoria popular, generalizada em Israel, de que o
sofrimento sempre era conseqüência do pecado. O problema do mal, que é dividido em
“males naturais”, como os desastres que sobrevêm em resultado dos distúrbios da natureza,
como os terremotos, os incêndios, etc., e os “males morais”, que são ocorrências más,
resultantes da vontade pervertida dos homens, que se mostram desumanos no tratamento
que dão uns aos outros.
Jesus reportava-se à questão do arrependimento, frisando que a ameaça de
julgamento (até mesmo julgamento súbito), não está limitada àqueles que são julgados
pecadores empedernidos, mas sim, que todos os homens precisam chegar ao
arrependimento. Ninguém deve ufanar-se como se não precisasse de Cristo.
Jesus não nos explicou por qual motivo os tiranos recebem rédeas soltas para
agir, ou por qual razão as torres caem sobre os incautos.
Perante os olhos de Jesus todos os galileus realmente corriam o perigo de serem
levados ao tribunal do julgamento divino, porquanto o rejeitavam; e, a fim de demonstrar
que os habitantes da Judéia não estavam mais seguros do que os galileus, adicionou as
palavras dos versículos seguintes.
v.4-5 – Esse acidente fatal, que tivera lugar na área imediata de Jerusalém, e que envolveu
certos judeus, foi acrescentado a fim de mostrar que não eram somente os galileus que
sofriam desastres que poderiam ser atribuídos a julgamentos especiais de Deus contra o
pecado.
Parábola da Figueira estéril – Julgamento iminente
v.6 – É obvio que Jesus fazia alusão à nação judaica, a qual, tal como a figueira, tivera
tempo mais do que suficiente para produzir frutos e todos os benefícios que deveriam ter
encorajado tal produção. Ele disse que Israel era privilegiada, tal como uma figueira em um
vinhedo. Tinha uma elevação ensolarada e se elevava acima das vinhas.
O fato que eles rejeitaram ao próprio Messias, era uma prova, de que nada
podiam exibir senão folhas pretensiosas, supondo-se representantes da economia de Deus
sobre a terra, mas sem nenhum fundo de realidade.
v.7 – “três anos” segundo alguns tem pensado, seria uma alusão ao período do ministério
terreno de Cristo, durante o qual ele procurou fazer Israel produzir bom fruto.
v.8-9 – O julgamento vinha sendo adiado. Se uma árvore é arrancada, outra será plantada
em seu lugar. Romanos 11. Somos chamados a dar frutos, Deus nos dá nova chance e
avisa que se continuarmos como a figueira estéril seremos lançados fora.
15

A verdadeira adoração é a mais alta e nobre atividade da
qual o homem, pela graça de Deus, é capaz. O tema
“adoração” possui profundas implicações escatológicas, pois
desde que a adoração será central na vida do céu (Ap. 4:8-11;
5:9-14; 7:9-17; 11:15-18; 15:2-4 e 19:1-10), ela deve ser
central na vida da igreja na terra.
Adoração e teologia caminham juntas e grande parte de
nossa teologia (certa ou errada), é influenciada por nossa
liturgia (forma de adoração).
Importantes efeitos interiores resultam da verdadeira
adoração, a adoração alarga nossos horizontes e nos
descentraliza de nosso ego, enfraquece nossos temores, altera
nossas perspectivas e nos mostra o lado digno do nosso trabalho
diário. Neste sentido, a adoração é potencialmente uma
experiência de cura. Potencialmente porque uma adoração
corrompida traz mais enfermidades do que geralmente
percebemos (“Eis a razão por que há entre vós muitos fracos e
doentes e não poucos que dormem.” - 1CO 11:30)
Qualquer pesquisa sobre a adoração evidência um
renovado interesse neste assunto nos últimos dias. A grande
força motora para a transferência de membros entre igrejas já
não é mais o aspecto doutrinário, geográfico ou o ensino
bíblico, mas o estilo de adoração e culto. Vivemos em uma
cultura consumista e todos nós “assumimos que escolhemos
nosso local de adoração da mesma maneira que escolhemos
nosso local de compras ou de assistir a um filme...” é tudo
baseado nos nossos direitos ao invés de em nossas
responsabilidades. Como resultado imediato, nada mais parece
estável ou sólido em relação ao tópico da adoração cristã, mas
a controvérsia domina nossa conversação sobre o assunto.
Devemos sempre lembrar que a forma aceitável de se
adorar o verdadeiro Deus é instituída por ele mesmo.
16
A Presença de Deus na
Adoração Verdadeira
É mister que se entenda o que estamos perdendo com uma
adoração distorcida. Segundo as escrituras, o que perdemos não é uma
congregação numerosa, nem uma cerimônia mais elaborada, mas a
presença do próprio Deus em nossa adoração.
“Pelo que, quando estendeis as mãos, escondo de vós os olhos; sim,
quando multiplicais as vossas orações, não as ouço, porque as vossas
mãos estão cheias de sangue.” - (Is. 1:15)
A presença de Deus na adoração é uma das maiores bênçãos
do povo cristão. (“e quando em uníssono, a um tempo, tocaram as
trombetas e cantaram para se fazerem ouvir, para louvarem o
SENHOR e render-lhe graças; e quando levantaram eles a voz com
trombetas, címbalos e outros instrumentos músicos para louvarem o
SENHOR, porque ele é bom, porque a sua misericórdia dura para
sempre, então, sucedeu que a casa, a saber, a Casa do SENHOR, se
encheu de uma nuvem; de maneira que os sacerdotes não podiam estar
ali para ministrar, por causa da nuvem, porque a glória do SENHOR
encheu a Casa de Deus.” II Cr 5:13-14; “[19] Tendo, pois, irmãos,
intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus, [20]
pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela
sua carne, [21] e tendo grande sacerdote sobre a casa de Deus, [22]
aproximemo-nos, com sincero coração, em plena certeza de fé, tendo
o coração purificado de má consciência e lavado o corpo com água
pura.” Hb.10:19-22)
A verdadeira adoração sempre exaltará Cristo
“proclamando em grande voz: Digno é o Cordeiro que foi morto
de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e
glória, e louvor.” - (AP 5:12), transformará o adorador (2
Co.3:18-19), convencerá o incrédulo da presença do adorado
entre os adoradores (1 Co.14:24-25) e invocará o “amém” de
cada um dos servos de Deus.
Ainda, a verdadeira adoração nos capacita para o
testemunho e o serviço diário na seara do mestre.
Fides Reformata
17
 Adoração segundo a Bíblia
1- Deus deseja a adoração. Ele ordena que o adoremos, (MT 4:10). Ele próprio busca seus
sentindo bem mas sem termos
adoradores: “Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai
em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores.” - (JO adorado verdadeiramente.
Humanismo – Nossa geração é
4:23).
2- Somente Deus deve ser adorado. Esta verdade foi ressaltada por Jesus: “Então, Jesus
lhe ordenou: Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a
ele darás culto.” - (MT 4:10). É a essência dos dois primeiros mandamentos - (Êx.20:3-5).
3- Verdadeira adoração é uma marca da fé salvadora. “Porque nós é que somos a
circuncisão, nós que adoramos a Deus no Espírito, e nos gloriamos em Cristo Jesus, e não
centralizada no homem. A igreja
confiamos na carne.” - (FP 3:3).
A adoração é uma atividade privada e corporativa. - (MT. 6:6; Hb. 10:25)
4- Nem toda adoração agrada a Deus. Há sempre o perigo de trazermos um “fogo
se torna egocêntrica. Isso
estranho” diante do altar e trono do Senhor (Lv.10:1-2). Não apenas a adoração a falsos
deuses é proibida nas Escrituras, mas também a adoração ao verdadeiro Deus com uma
atitude errada. (Ml.1:7-10; Is. 1:11-16; Os 6:4-6)
manifesta-se em uma busca
Influências negativas na adoração frenética por entretenimento.
Existencialismo – Ênfase na Exigimos que cada momento do
experiência nos sentimentos, culto venha satisfazer nossas
antes que na razão. Assim é que necessidades. Nesse contexto, o
grande parte dos nossos cânticos culto foi transformado em um
e hinos são instrumentos de programa e o desejo de se obter
auto-ajuda e auto-aceitação, e felicidade é certamente maior do
muitas das nossas orações são que se obter santidade.
meios de auto reconciliação. O Deísmo – A filosofia do criador
resultado final é que podemos ir “remoto” . Hoje tem surgido sob
para casa “descarregados” e nos a presunção de que, uma vez
 tendo “tomado posse” das
promessas divinas para nós,
podemos “reclamar” nossos
direitos junto ao trono do Pai. A
idéia é que, uma vez cumpridos
os requisitos (as leis espirituais)
Deus passa a estar a nossa
merce. Como isso acreditamos
na ilusão de que nossas palavras
têm poder e o que “declaramos”
ou “profetizamos” sobre a vida
uns dos outros, e mesmo sobre a
nossa vida individual,
certamente acontecerá.
Pragmatismo – Uma decisão
sob bases pragmáticas é uma
decisão tomada não pela
essência, mas pelo efeito
(resultado) causado na maioria
do povo cristão. Tudo o que
queremos saber nesse sentido é
“se funciona...queremos
formulas...”
A presença destes elementos
de erro em nossa adoração
produz dois resultados
imediatos. A adoração, que
deveria ocupar o centro de nossa
vida cristã, sendo secularizada, é
incapaz de nutrir, edificar,
desafiar, inspirar ou formar
nossa espiritualidade. E como
outros no passado, podemos
estar atraindo sobre nós

maldições e não bênçãos ao
apresentar “fogo estranho”
diante do Senhor em adoração.
Fides Reformata
18
Direção
Ó Deus, assume o controle absoluto de minha vida.
Toma em tuas mãos e segura bem firme as rédeas que me
indicarão o caminho. Quero ser como o cavalo domado,
sem perder o entendimento, mas submisso e obediente.
Sl.32:9
Leva-me para onde tu quiseres, quando tu quiseres e como tu
quiseres. Não me deixes fazer o que não é para fazer. Nem me
permitas deixar de fazer o que é para fazer.
Destrói, ó Deus, todas as minhas concepções, todas as minhas
idéias, todos os meus projetos, todos os meus alvos – que não
procedem de ti, que não estão de acordo com a tua vontade soberana.
Faça-se a tua vontade, assim em mim como no céu. Mt.6:10
Quando eu me desviar para direita, ou para a esquerda, fica
atrás de mim e sussurra em meus ouvidos a palavra de que eu mais
necessito então: “Este é o caminho, andai por ele.” Is.30:21
Controla a direção, controla o tempo, controla as marchas, as
contramarchas e a velocidade dos acontecimentos. Elimina tanto a
hesitação como a precipitação, tanto o medo como a valentia, tanto a
morosidade como a pressa demasiada.
Guia-me pelo raciocínio, pela consciência, pela palavra que tu
colocas na boca de alguém, pelo sofrimento, pela oração, pela leitura
e meditação das Escrituras Sagradas, pelos impulsos do Espírito, pelas
manifestações claras e inequívocas da tua vontade boa e soberana e
pelo sistema de portas abertas e portas fechadas.
Livra-me da imposição clara ou velada de minha própria
vontade em detrimento da tua vontade. Afasta de mim arrazoados, as
explicações e as desculpas que a minha mente fabrica quando eu não
quero abrir mão de minha vontade para fazer a tua.
Quando eu te consultar a respeito de uma coisa ou de outra,
faze-me absolutamente sincero na consulta e honesto na absorção e na
obediência revelada, mesmo que ela, a princípio, não pareça razoável
nem agradável. Amém.
Elben M. Lenz César
19
Ovelha, Dracma e Filhos Perdidos. Lc. 15:1-32
Autoridades religiosas se opunham a Jesus por causa
do seu ministério junto aos pobres e pecadores. As
parábolas que se seguem tem o desígnio expresso de ilustrar
por qual razão Jesus escolhia os pecadores, e como a graça
de Deus ultrapassa a todos os obstáculos, e até mesmo como
os pecadores são de elevado valor aos olhos do Senhor.
A ovelha perdida - Lc 15:3-7 Jesus usou, nesta parábola,
uma ilustração comum, porquanto os seus ouvintes estavam
bem familiarizados com a vida pastoril. Mostrou ele que um
proprietário de ovelhas, apesar de rico, deixaria noventa e
nove ovelhas a fim de procurar a única ovelha que se
perdera. E mostrou que aquilo que qualquer homem faria em
prol de uma ovelha, ele mesmo, em seu ministério, estava
fazendo em favor da alma dos homens.
Não há qualquer indício sobre o motivo pelo qual a
ovelha se desviou e se perdeu. Jesus não estava examinando
as razões por que as pessoas se afastam do caminho certo –
porque as prostitutas assim se tornaram, por que os coletores
de impostos enganavam em suas cobranças, furtavam e
matavam. Mas preocupava-se aqui com o arrependimento,
que é uma modificação, uma reforma, uma vida nova, e ao
qual todos os pecadores são candidatos.
 “Achando-a, põe-na sobre os ombros, cheio de
júbilo...” O pastor fez tudo pessoalmente, em afeto
exuberante, porquanto a pobre ovelha era impotente. Não
houve qualquer reprimenda contra a ovelha que se desviara,
nem houve qualquer murmuração por causa das dificuldades
enfrentadas.
Este versículo (v.5) salienta a alegria do próprio
pastor. O vs. 6 frisa o júbilo de seus amigos. O vs. 7
destaca
20
a alegria que há nos céus por causa de uma alma
anteriormente perdida. Esses ensinos formam contraste com
a atitude do mundo, que só encontra valor nos grandes e nos
socialmente proeminentes, nos ricos, nas autoridades nos
benévolos, nos bem educados e nos de maneiras finas.
A dracma perdida - Lc 15:8-10 “..dez dracmas ...perder
uma...” A dracma grega era uma moeda que tinha o valor de
um bom salário por um dia de trabalho. Considerando a
extrema pobreza em que viviam os habitantes da palestina
naquela época a perda desta moeda era um prejuízo sério.
A moeda representa, de maneira perfeitamente
definida, o pecador perdido. Uma coisa dotada de pequeno
valor, no conceito de alguns (como julgavam as autoridades
religiosas dos Judeus) para outros se revestia de
extraordinário valor (como pensavam a mulher, Cristo e as
autoridades celestiais).
Filhos Perdidos – Lc. 15:11-32 Jesus continuava
ilustrando o amor de Deus pelo pecador. Este aparece como
a ovelha desviada, como a moeda perdida, e agora aparece
como o filho perdido, um filho rebelde que, finalmente,
percebeu o valor da casa de seu progenitor e volta à casa
paterna. Esta parábola consta de duas porções: Os vss. 11-
24 constituem a primeira seção, que ilustra como Deus
acolhe o pecador arrependido; essa seção é completa em si
mesma, ilustrando a mesma mensagem que as duas
parábolas anteriores ilustraram, e quase da mesma maneira.
A segunda seção (vss.25:32) consiste de uma repreensão
contra as críticas farisaicas a respeito dessa interpretação
sobre o amor e a misericórdia de Deus, críticas essas feitas
por pessoas supostamente retas, que não necessitavam de
arrependimento.
21
JOVEM ÊUTICO Atos
20:7-12
Que vergonha! O jovem Êutico dormiu durante o
culto na igreja. Quem dorme durante o culto pode
passar algum vexame. Mas pudera, o que um pastor
espera alongando o seu sermão até a meia noite?!
Tenho certa simpatia por Êutico. Foi um culto
muito longo, e os jovens precisam dormir,
especialmente se eles têm de levantar cedo para
trabalhar no dia seguinte.
Mas se alguém está cansado como Êutico, não
deve sentar-se no peitoril de uma janela aberta do
terceiro andar. Felizmente, Êutico foi trazido de volta à
vida, e, por meio daquela experiência, as pessoas
viram que Deus estava com eles.
Alguns podem dizer que o caso de Êutico é típico
dos jovens que se metem em confusões. Porém desejo
elogiar Êutico, em primeiro lugar por ele estar lá. Ele
estava na igreja, onde o povo de Deus estava; ele
estava lá para encontrar-se com Deus. E quando ele
estava necessitado, o Pai celestial estava lá com ele,
por meio de seu povo. Fico contente em saber que
este jovem foi à igreja, e sinto-me confortado porque
Deus cuidou dele. (Hb.10:25)
Quando nos reunimos com a igreja, seja num
templo sofisticado ou numa casa de família, temos a
esperança de um encontro com nosso Deus e com seu
povo escolhido, porque é isto que nosso Pai celestial
deseja de seus filhos. E procedendo desta forma nós o
honramos e lhe obedecemos.
(Cada Dia)
22
O Bebê E O Rei - I Reis 3:16-28
“[16] Então, vieram duas prostitutas ao rei e se puseram perante ele. [17]
Disse-lhe uma das mulheres: Ah! Senhor meu, eu e esta mulher moramos na
mesma casa, onde dei à luz um filho. [18] No terceiro dia, depois do meu parto,
também esta mulher teve um filho. Estávamos juntas; nenhuma outra pessoa se
achava conosco na casa; somente nós ambas estávamos ali. [19] De noite, morreu
o filho desta mulher, porquanto se deitara sobre ele. [20] Levantou-se à meia-noite,
e, enquanto dormia a tua serva, tirou-me a meu filho do meu lado, e o deitou nos
seus braços; e a seu filho morto deitou-o nos meus. [21] Levantando-me de
madrugada para dar de mamar a meu filho, eis que estava morto; mas, reparando
nele pela manhã, eis que não era o filho que eu dera à luz. [22] Então, disse a outra
mulher: Não, mas o vivo é meu filho; o teu é o morto. Porém esta disse: Não, o
morto é teu filho; o meu é o vivo. Assim falaram perante o rei. [23] Então, disse o
rei: Esta diz: Este que vive é meu filho, e teu filho é o morto; e esta outra diz: Não,
o morto é teu filho, e o meu filho é o vivo. [24] Disse mais o rei: Trazei-me uma
espada. Trouxeram uma espada diante do rei. [25] Disse o rei: Dividi em duas
partes o menino vivo e dai metade a uma e metade a outra. [26] Então, a mulher
cujo filho era o vivo falou ao rei (porque o amor materno se aguçou por seu filho)
e disse: Ah! Senhor meu, dai-lhe o menino vivo e por modo nenhum o mateis.
Porém a outra dizia: Nem meu nem teu; seja dividido. [27] Então, respondeu o
rei: Dai à primeira o menino vivo; não o mateis, porque esta é sua mãe. [28] Todo
o Israel ouviu a sentença que o rei havia proferido; e todos tiveram profundo
respeito ao rei, porque viram que havia nele a sabedoria de Deus, para fazer
justiça.”
Nenhuma das mães tinha um “bom” emprego de que seus filhos
pudessem se orgulhar. Mas o bebê que restou devia sua vida ao amor de sua
mãe. Disto ele podia se orgulhar. Esta história tem a única intenção de
mostrar como era sábio o rei Salomão. Mas a razão de o menino viver é que
sua mãe o amava o bastante, a ponto de ceder seus direitos maternos do que
vê-lo morrer. O menino devia sua vida à sua mãe e à sabedoria que dera ao
rei Salomão.
Numerosas mães tem pelos filhos um amor que as leva ao
sacrifício pessoal. Penso nas mães que assumem trabalhos fora do lar
– ou abandonam suas carreiras para ficar em casa - renunciando a
muitas coisas pelo amor que têm por seus filhos. Suspeito que muitos
de nós não reconhecemos o bastante os sacrifícios feitos por nossos
pais em nosso benefício.
O amor de Deus nosso Pai celeste é maravilhoso, não poupou seu
próprio Filho, mas entregou-o a nós todos, para que nós, filhos adotivos,
pudéssemos viver. Devemos nossas vidas ao amor de nosso Pai celeste.
(Cada dia – Luz para o caminho)
23
A Igreja que agrada a Deus I Coríntios 10:1-11
Em nossa vida devemos ter em mente a necessidade de agradar a Deus,
muitas vezes queremos ser agradados e até lembramos de agradar as pessoas que
nos cercam, mas Deus fica em último lugar.
O que será que Deus pensa de você, sua vida agrada a Deus ? O texto que
vamos estudar fala que Deus não se agradou do povo de Israel (v.5), e nos mostra o
que não agradou a Deus no povo, o v.6 diz: “Ora, estas coisas se tornaram
exemplos para nós, a fim de que não cobicemos as coisas más, como eles
cobiçaram.” Vamos observar o que o povo fez de errado para que possamos fazer o
contrário, assim podemos dizer que Deus se agrada de nossa vida.
1- O povo desviou-se depressa do caminho de Deus. v.7 (Ex.32:6)
Ex.32:7 “...Então, disse o SENHOR a Moisés: Vai, desce; porque o teu
povo, que fizeste sair do Egito, se corrompeu 8 e depressa se desviou do
caminho que lhe havia eu ordenado; fez para si um bezerro fundido, e o
adorou, e lhe sacrificou...”
O povo que estava vivendo próximo de Deus e de Moisés desviou-
se rapidamente, “o povo assentou-se para comer e beber e levantou-se para
divertir-se”. Facilmente também somos tentados em buscar “divertir” sem
ao menos pensar se estamos assim desagradando a Deus.
2- Praticou imoralidade. v.8 (Nm.25:1-18)
 Eles estavam vivendo de forma imoral, não se importavam nem em
tentar esconder o que faziam, por isso veio sobre eles uma praga que matou
a muitos. A imoralidade destrói a vida do homem seja ela como for, interna
ou externa, nos pensamentos ou atos. Não podemos agradar a Deus vivendo
assim. “...os que estão na carne não podem agradar a Deus.” - (RM 8:8)
3- Pôs o Senhor a prova e murmurou. v.9-10 (Nm.21:5-
6;16:41,49)
Eles desagradavam a Deus por ser um povo inquieto, descontente,
que reclamava de tudo. Sem razão, porque Deus estava com eles todo
tempo, mas eles não agradeciam o que tinham só sabiam murmurar quando
algo lhes faltava.
Devemos aprender muito sobre a esperança e o contentamento, se
sempre estamos tristes e reclamando a falta de algo, Deus não está contente
conosco.
 Leia os seguintes textos Bíblicos: [Sl.147:11; Ec.2:26 Ec.5:4; Jr.14:10;
Gl.1:10; Ef.6:6; Cl.3:22; Hb.11:6]
I Tes.4:1 “Finalmente, irmãos, nós vos rogamos e exortamos no Senhor
Jesus que, como de nós recebestes, quanto à maneira por que deveis viver e
agradar a Deus, e efetivamente estais fazendo, continueis progredindo cada
vez mais.”
24
Vindo Com as Nuvens Ap.1:4-8
Geralmente nós, cristãos, gostamos de lembrar e
comemorar os grandes acontecimentos do Cristianismo, como o
nascimento do Salvador, sua morte e ressurreição. Mas, e a
ascensão de Cristo ? O que podemos dizer é que a ascensão de
Jesus é o evento mais importante para os cristãos que vivem
hoje. O próximo grande evento será a volta de Jesus entre as
nuvens.
Desde a ida de Jesus para o céu, nós temos vivido entre
estes dois eventos: A Ascensão e a Volta de Cristo. Para os
crentes eles devem dominar seus pensamentos e tudo quanto
fazem. “...não vos conformeis com este século, mas transformai-
vos pela renovação da vossa mente...” diz Paulo (Rm.12:2).
Tenhamos sempre em mente a ascensão e o retorno de Jesus
com as nuvens, e estaremos aptos a viver a vida que Deus deseja
para nós.
Ambos acontecimentos estão associados ao resgate feito
pelo pecado. Jesus subiu aos céus depois de ter feito a
purificação da humanidade, e voltará como o que nos “livrou
dos pecados por seu sangue”. E entre os que verão sua vida
estarão aqueles cujos espinhos e lanças causaram tanta dor ao
Cordeiro.
Na realidade, todos fomos participantes da crucificação
do Senhor. Foram os nossos pecados que fizeram do Filho de
Deus o Cordeiro do sacrifício. Enquanto aguardamos o retorno
de Jesus entre as nuvens, vamos viver em profunda e constante
gratidão.
Ore: Ó Deus, ajuda-nos a ter em nossa mente a visão da
ascensão de Cristo e as nuvens do seu retorno, com ações de
graça e obediência a Ele. Em nome dele, oramos. Amém.
Cada dia
Luz para o caminho
25
INCENTIVOS À VIDA CRISTÃ NAS FAMÍLIAS
DA BÍBLIA
Grandes histórias de incentivo à vida cristã estão relacionadas
a histórias de famílias, vamos destacar duas destas importantes
histórias. Uma delas é a vida de Rute (ler o livro de Rute) e a outra a
história de Ana (I Samuel 1:1 – 2:11).
Rute uma mulher que se casa com um homem de Deus, por
uma fatalidade seu marido morre, ela que neste instante deveria se
sentir só, pois, estava morando em uma terra distante de sua família,
não se desespera. Quando Noemi sua sogra, diz a Rute que ela poderia
voltar para casa (v.15) Rute não pensa duas vezes e responde: “ Não
me instes para que te deixe e me obrigue a não seguir-te; porque,
aonde quer que fores, irei eu e, onde quer que pousares, ali pousarei
eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus.” - (RT 1:16).
O livro de Rute é uma história de conversão, em que Rute após
encontrar em seu casamento um lar cristão, não pode mais deixá-lo
mesmo após a morte de seu esposo.
Quando nos deparamos como é infinitamente melhor estar
com Cristo e no convívio dos irmãos, deixamos sim, nossos afazeres
terrenos, nossos amigos e até algumas pessoas de nossa família, para
vivermos com nossa verdadeira família, que é a igreja do Senhor.
Ana também é um exemplo pois por muito tempo pediu a
Deus um filho e um dia que estava orando, assumiu um compromisso
com Deus e recebeu a resposta de Deus, que lhe deu um filho. Ana
tinha assumido o compromisso de consagrar seu filho ao trabalho de
Deus entregando-o ao sacerdote Eli. Ela, após desmamar a criança,
entrega ao sacerdote e faz uma bela oração (I Sm.2:1-11).
A família de Ana é um exemplo de uma família que como
qualquer outra tem problemas, mas, é um exemplo de confiança em
Deus e compromisso. Uma família que venceu as barreiras, foi
abençoada e abençoou. Muitas vezes nós erramos em não cumprir
com os compromissos que assumimos perante Deus, ou até mesmo
buscamos as bênçãos sem ao menos pensar como servir a Deus
corretamente. HSG
26
Num canto com o Livro
Salmo 1:1-6
“Antes, o seu prazer está na lei do SENHOR, e na sua lei medita de
dia e de noite.” v.2
Thomas de Kempis disse: “Não consigo descansar se não for
para um canto com o Livro”. A comunhão com o Senhor através da
meditação das Escrituras providenciava-lhe profundo descanso e
refrigério em meio às exigências da vida. O salmista entoa o mesmo
tema. A meditação na lei de Deus fazia-o semelhante à árvore
firmemente plantada junto a ribeiros de água; ele possuía uma fonte
de sustento sem limites.
O Salmo Primeiro é um testemunho autobiográfico do que o
Senhor fez pelo salmista e uma declaração profética com respeito aos
ímpios que zombam e tomam o seu lugar em meio aos que se opõem
aos caminhos de Deus. Mas, observe a afirmação positiva do que está
à nossa disposição: o salmista meditava na lei de Deus. Possuímos as
águas correntes da Bíblia toda, a água da vida que alimenta a árvore
de nossa vida.
A leitura diária de uma porção bíblica dá-nos água para as
nossas raízes. Os recursos residuais sobem pelo tronco até os ramos,
desabrochando-se na folhagem de uma vida formosa e no fruto do
caráter. Um período tranqüilo em nosso “canto com o Livro”, traz paz
à alma em meio ao atropelo das exigências da vida. Jesus disse:
“Tenham cuidado em viver em mim, e permitam que eu viva em
vocês. Pois o ramo não pode produzir fruto se estiver separado da
videira. Nem vocês podem ser frutíferos se estiverem separados de
mim.”
A metáfora muda, mas a mensagem do salmista permanece a
mesma. Todos os dias, mergulhamos nossas raízes nos ribeiros da
água viva, que é o próprio Cristo. Então, durante todo o dia,
refrescamo-nos com o que tiramos da corrente artesiana em nosso
canto de paz. Todos nós precisamos de um lugar tranqüilo para os
nossos quinze minutos diários de liberdade. Através da sua Palavra,
Cristo nos dará um pensamento que orientará nossa vida e florescerá
em inspiração no decorrer do dia. Não espere nada menos do que isso
hoje!
Lloyd John Ogilvie
27
Hoje é tudo o que temos Mt.6:25-34
“Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã
trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal.” - (MT 6:34)
Um dos aspectos mais perturbadores da ansiedade
é a preocupação com o futuro. Soren Kierkegaard disse:
“Que é a ansiedade? É o dia seguinte.” O capítulo ainda
não escrito de nossa vida é que perturba a maioria de nós.
Jesus nos oferece a solução: deixe que o amanhã cuide
de si; viva hoje ao máximo. A mensagem de Cristo é que
se vivermos hoje da maneira que ele sugere, o amanhã
será mais glorioso do que jamais ousamos imaginar, pois
o que fazemos hoje está inseparavelmente relacionado
com o que acontecerá amanhã. Podemos lidar com o
futuro através de como lidamos com o que está
acontecendo. Jesus diz que há oportunidade suficiente
hoje para vermos o seu poder em operação contra o mal,
concentre-se nesta realidade e o amanhã será uma
oportunidade de êxito. Uma vez que o nosso “amanhã”
último, a vida eterna, esteja seguro, podemos viver sem
reservas cada dia.
A maioria de nós se preocupa tanto com o futuro
que não desfruta o presente. Preocupamo-nos com o que
virá e falhamos em experimentar o que é. Prosseguimos
em preparação como se um novo plano, relacionamento
ou oportunidade tornará tudo diferente. É bom fazer
planos, mas não ao ponto de olvidar a voz de Deus nos
momentos mais difíceis da vida.
As sementes da colheita do amanhã são plantadas
hoje. A maneira de as cultivarmos é que determinará o que
colheremos. Não se esqueça de viver... hoje.
Hoje é tudo o que temos. Não se esqueça de
viver hoje
Extraído do livro: O que
Deus tem de melhor para a
minha vida
28
RAÍZES NA PROFUNDIDADE E FRUTOS
NO TOPO
Uma das promessas de Deus ao rei Ezequias garantia que o
remanescente da casa de Judá tornaria a lançar raízes na profundidade
e produziria frutos no seu topo (2Rs 19:30).
Raízes para baixo e fruto para cima. Essa é uma associação
inquestionável. A raiz não depende do fruto, mas o fruto depende da
raiz. A raiz permanece oculta, debaixo da terra, e o fruto eleva-se
para o alto, à vista de todos.
A preocupação do cristão deve ser com as raízes e com os
frutos. Ele precisa e pode dar muito fruto. Todavia se ele não se
preocupar com as raízes, a árvore vai secar e será lançada ao fogo
(Mt.7:19). É por meio das raízes que a planta se forma, alimenta-se,
cresce e dá frutos. Elas se arrastam sob a superfície do solo até os
veios d’água e dele se abastecem (Jr.17:8)
Não se pode dar mais importância ao fruto do que à raiz. O
fruto verdadeiro é uma conseqüência natural da raiz. O segredo está
na raiz. Na parábola do semeador, Jesus deixou bem claro que a
semente lançada em solo rochoso perde-se por completo porque, ao
sair a plantinha, o sol a queima. Por não ter raiz, a planta é de “pouca
produção” (Mt.13:1-23). É a raiz que dá sustentação à planta.
Deixando de lado a alegoria, raízes na profundidade e frutos
no topo significam seriedade no relacionamento com Deus.
Significam piedade pessoal autêntica. Significam vida
devocional rica. Significam compromisso permanente com o Senhor.
Significam renúncia de tudo aquilo que atrapalha a comunhão com
Deus. Significam ausência total de hipocrisia. Significam apego a
Jesus Cristo. Significam confiança absoluta em Deus. A tentação de se
preocupar mais com os frutos do que com as raízes é enorme por
causa da satisfação pública. Os frutos estão no topo e não na
profundidade da terra. E a tendência humana é zelar mais pela
aparência do que pela profundidade. Não obstante, o fruto, a
quantidade de fruto e a qualidade do fruto dependem da raiz. Eu sou a
videira, vós, os ramos.
 “Quem permanece em mim, e eu, nele,
esse dá muito fruto; porque sem mim
nada podeis fazer.” - (Jo.15:5)
Revista Ultimato / Maio-Junho 99
29
DEUS DO IMPOSSÍVEL
Mateus 17:20 “E ele lhes respondeu:
Por causa da pequenez da vossa fé. Pois em
verdade vos digo que, se tiverdes fé como
um grão de mostarda, direis a este monte:
Passa daqui para acolá, e ele passará.
Nada vos será impossível.”
1 - O Poder de Deus
Podemos ter certeza de que nosso Deus é poderoso pra fazer
infinitamente mais do que tudo que pedimos e pensamos (Ef.3:20).
Não há impossíveis para Deus.
Devemos observar o grande poder de Deus, que é infinito,
eterno, imutável, criador e preservador da vida.
2- O Poder de Deus opera em nós
Nós somos alvos do poder de Deus, o seu poder opera em nós.
Se tivermos fé poderemos experimentar deste poder em nossa vida.
Não apenas para realizarmos os nossos desejos, mas para vivermos de
forma a agradar a Deus e fazer sua vontade.
3- Caminho de segurança e paz
Nosso Deus age em nossa vida principalmente nos trazendo
paz. Dentre várias coisas consideradas “impossíveis” está a paz, a
felicidade e a segurança; muitos dizem que elas não existem.
Vivemos momentos de desesperança e violência, não se fala
mais tanto em depressão, hoje se fala em síndrome do pânico. Mas em
Deus podemos repousar em pastos verdejantes. Podemos ser levados
para junto das águas de descanso - (SL 23:2).
DEUS DO IMPOSSÍVEL – DEUS DE PAZ
1- Buscar a paz é viver um dia de cada vez. Mt.6:25-34
“Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã
trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal.” – (Mt.6:34)
2- A paz independe de resultados. Fp.4:4-9
“E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso
coração e a vossa mente em Cristo Jesus.” – (FP 4:7)
3- Paz é o poder de Deus que opera pela sua Palavra. Sl.19:7-8
“Os preceitos do SENHOR são retos e alegram o coração; o
mandamento do SENHOR é puro e ilumina os olhos.” – (Sl.19:8)
30
PERDÃO NA fAMÍLIA
RM.12:9-21
Como cristãos, cremos que Deus criou a família; e a fez para
que seja um refúgio de paz, alegria e equilíbrio em meio à angústia,
desesperança e confusão da sociedade em que vivemos. Entretanto há
várias ameaças que colocam em risco a harmonia da família. É
importante meditar no ensino bíblico a respeito do perdão na família;
mais importante ainda é viver este ensino.
1- O perdão é uma necessidade no relacionamento familiar
Não é novidade para ninguém que toda família tem problemas.
Por mais graves que possam ser os pecados que os membros da
família possam cometer uns contra os outros, o perdão continua a ser
uma necessidade, enquanto esta necessidade não for satisfeita, a
situação dos envolvidos só piorará. A passagem do tempo não é capaz
de resolver muitos problemas que surgem entre parentes, só o perdão
é capaz de fazê-lo. Pedir, dar e aceitar o perdão é uma necessidade
vital para a saúde emocional, espiritual (e até física) de qualquer
família.
2- O perdão e o Amor
Uma família só pode ser sustentada pela presença do amor,
aquele que ama procura fazer algo em favor de quem o ama. José do
Egito revelou um amor autêntico aos seus familiares, concedeu o
perdão, promovendo assim a união familiar, oferecendo recursos para
a sobrevivência dos seus queridos. Se não estamos vivendo bem em
família precisamos analisar onde ficou o primeiro amor, fazendo um
resgate do amor será fácil perdoar.
3- O perdão e a comunicação
No lar todos precisam se sentir à vontade, cada um deve Ter
espaço para compartilhar seus problemas, resolver as suas dúvidas,
 falar das suas necessidades, comemorar as suas vitórias. É preciso
aprender a respeitar as diferenças, evitando agressões verbais.
Devemos aprender a ouvir, não podemos julgar antes de conhecermos
qual foi o motivo de um ato que nos desagradou, ou de uma palavra
que nos feriu. Precisamos resgatar uma comunicação amorosa, uma
palavra branda que desvia o furor.
Através da comunicação podemos alcançar o perdão quando
agimos mal ou quando alguém errou contra nós.
HSG
31
Santa Ceia João 13
Quinta feira à noite Jesus estava em uma reclusão tranqüila com os
apóstolos, ao redor de uma mesa baixa, reclinados sobre almofadas no chão.
Durante a ceia Jesus veste um avental, e lava os pés dos discípulos, diz que
o amor autêntico se expressa mediante o serviço humilde, diz também como
o mundo os identificaria como discípulos, somente se amassem uns aos
outros; ele advertiu que um membro do grupo iria traí-lo. Falou sobre a sua
eminente partida e a vinda do Espírito Santo.
Tomando um pão e um cálice dramatiza a sua morte, distribuindo os
elementos num significado, de estar entregando a si mesmo para a salvação
dos pecadores.
Na ceia do Senhor somos chamados a servir e a amar, podemos ver
um exemplo de amor e solidariedade na mensagem que se segue (Lágrimas
Solidárias). Leia com atenção e siga o exemplo positivo dos amigos de Jó.
Lágrimas Solidárias - (Jó.2:11-13)
“Sentaram-se com ele na terra, sete dias e sete noites; e nenhum lhe dizia
palavra alguma, pois viam que a dor era muito grande.”
Alguma vez você evitou visitar pessoas doentes ou que perderam
uma pessoa amada? O sofrimento do outro nos incomoda. E a desculpa mais
comum é que não podemos ver ninguém sofrendo. Mas não é esta a razão da
visita? A pessoa que sofre precisa saber que os outros se importam com ela,
que não estão sozinhas em seu sofrimento.
Ou talvez evitemos visitar os que sofrem porque não sabemos o que
dizer. No momento, podemos conhecer alguém que está enfrentando um
divórcio, ou que perdeu o emprego, ou que tem um membro da família
envolvido com a justiça. Nós sofremos por essas pessoas, mas ficamos de
longe porque não temos nada para dizer. Mas, quem disse que precisamos
falar? Saiba que uma lágrima vale mais que mil palavras. Um simples
abraço muitas vezes é mais valioso do que todos os discursos do mundo.
Vamos prestar atenção nos amigos de Jó. Eles choraram sentados
com Jó durante toda uma semana sem dizer uma única palavra. Mais pra
frente vamos ver que cometeram erros muito sérios, mas agora precisamos
reconhecer a atitude deles. Eles não evitaram Jó. Foram visitá-lo mais cedo
do que a maioria de nós costuma fazer; derramaram mais lágrimas com ele
do que nós derramaríamos; ficaram de boca fechada mais tempo do que
suportaríamos ficar; e permaneceram mais tempo com ele do que muitos de
nós ficariam. Se alguém está sofrendo, não vamos ficar de fora. Vamos
participar do seu sofrimento! Cada Dia / 4 Junho 99 – HSG
32
DESÇA DO ELEVADOR
Apelo à imitação de Cristo (Fp.2:5-8)
Um chamado à humildade - Elben M. Lenz César
O ser humano está dentro de um elevador. O elevador faz
parte de sua vida . Ele quer subir. Subir sempre. Subir depressa. Subir
sozinho. E deixar lá embaixo os concorrentes, os mais fracos, os mais
pobres, os mais ignorantes, os mais tímidos, os mais tolos, os mais
pecadores. É uma reação natural de que nasceu em iniquidade e foi
concebido em pecado (Sl.51.5). No fundo, no fundo mesmo, ele quer
ser como Deus (Gn.3:5). Quer subir ao céu, acima das nuvens, acima
das estrelas, e se tornar semelhante ao Altíssimo (Is.14:13-14).
O elevador é o sistema que exalta o homem. É a soma da
pecaminosidade latente com o curso deste mundo e com as forças
espirituais do mal (Ef. 2:1-3). O resultado disto tudo é a imposição de
uma cultura que gera, alimenta e estimula a soberba, tornando-a tão
obrigatória quanto a adoração da imagem de ouro que Nabucodonosor
mandou levantar no campo de Dura (Dn. 3.1-7).
Aquele, todavia, que conhece o evangelho e se compromete
com Jesus Cristo não pode permanecer no elevador. Precisa ser
libertado do processo consciente e inconsciente a que tem estado
sujeito desde o berço, desde a torre de Babel, desde o Éden. Precisa
ouvir e entender as muitas exortações da Bíblia para descer de seu
trono imaginário e nivelar-se com os incircuncisos (Ez. 32.19).
Deus odeia a soberba e tudo que nasce dela: A vaidade do
nome, a vaidade do sobrenome, a vaidade da formosura, a vaidade das
posses, a vaidade da posição social, a vaidade do heroísmo, a vaidade
da inteligência, a vaidade de sucesso, a vaidade dos relatórios, a
vaidade da agenda, a vaidade dos títulos, a vaidade dos troféus, a
vaidade das viagens, a vaidade da espiritualidade, a vaidade dos dons
carismáticos, a vaidade da ortodoxia teológica, a vaidade
denominacional, a vaidade da nacionalidade, a vaidade de algumas
bobagens que não vale sequer citar.
João Batista aparece como o melhor exemplo de quem toma
todo o cuidado para não roubar para si mesmo a atenção devida
exclusivamente a Jesus: “Ele tem de ser cada vez mais importante, e
eu menos importante” (Jo.3:30).
33
Humildade X Soberba
“A soberba precede a ruína e a altivez do espírito, a queda.” (Pv.16:18)
O soberbo por excelência:
 Que vive só de pão e não da palavra que procede da boca de Deus. (Mt.4:4)
 Que acumula tesouros sobre a terra e não no céu. (Mt.6:19-21)
 Que busca o seu próprio interesse e não o reino de Deus e sua justiça.
(Mt.6:33)
 Que só anda pelo caminho espaçoso e não pelo caminho apertado. (Mt.7:13-
14)
A soberba é uma doença moral grave. De difícil, dolorosa e
demorada cura.
Buscando a cura da Soberba
1- Reconhecendo o valor das coisas consideradas pequenas.
Precisamos aprender a valorizar não somente o que e quem é grande.
Buscamos a humildade quando aprendemos que muitas vezes alguém
aparentemente sem importância pode ser muito mais útil que alguém muito
capacitado. (I Co.1-28-29)
2- Aprendendo com o espinho limitador de vaidade.
Todos somos propensos à vaidade, sobretudo depois do sucesso. Uma
medida usada para acabar com nossa soberba é o espinho na carne que pode ser
uma porção de coisas: uma doença crônica, uma tentação não satisfeita mas
também não afastada em definitivo, uma limitação qualquer, uma oposição
gratuita e sistemática movida pela inveja alheia, um insucesso inesperado e
inexplicável , uma dificuldade financeira, etc. (II Co.12:7)
3- Diga não à humildade de aparência.
Humildade não pode ser aparente, não pode ser fingida. Há pessoas
soberbas que conseguem dar aparência de humildade, e há pessoas
verdadeiramente humildes que eventualmente podem dar a impressão de que não
são humildes. (Fp.2:3-4; Lc.9:23-25; I Pe.5:5)
4- As ações de graça dão cabo da vaidade humana.
A pessoa tomada de vaidade não agradece nem pede nada. Tal pessoa
considera-se auto suficiente. Quando agradece e pede alguma coisa é outra
formalidade. A ação de graças é um dos tratamentos mais eficazes da vaidade. A
ação de graças só é possível se você exercitar a memória e conhecer um pouco de
história. Enumere os feitos de Deus através do tempo e agradeça por tudo.
5- Influência da Palavra de Deus.
Sob a influência da Palavra de Deus ninguém fica à vontade para pensar
que é superior aos outros. Ao subir ao trono, cada rei de Israel deveria fazer uma
cópia da Lei do Senhor para ler diariamente, com o propósito de aprender a temer
a Deus e cumprir os seus estatutos. Se fizesse isso, o rei não seria presa fácil de
um processo consciente ou inconsciente de envaidecimento progressivo.
Dt.4:17-20 Mt.21:5; Lc.11:27-28; Lc.9:51-56; I Co.4:7; Lc.10:20; Jr.9:23-24
HSG- EMLC Desça do Elevador
34
PACTO
I. HISTÓRICO: A CONFISSÃO DE FÉ DE WESTMINSTER, DE MEADOS DO SÉCULO
XVII, TRATA DA DOUTRINA DO PACTO NO SEU CAPÍTULO VII: DO PACTO DE
DEUS COM O HOMEM
II. Conceito de Pacto: O substantivo pacto significa, segundo o Novo Dicionário Aurélio
da Língua Portuguesa, "ajuste", "convenção" ou "contrato". A idéia básica que encontramos
é a de união entre duas partes, um pacto ou acordo bilateral. ("laço", "vínculo")
III. Pacto e Criação
Partindo-se do conceito da aliança como elo, laço, vínculo e relacionamento de
amor, iniciado e administrado por Deus, verificamos que essa idéia é intrínseca na narrativa
da criação. Destacamos, primeiramente, que ao criar Deus manteve um relacionamento
com sua criação. Ele não só tinha o governo absoluto sobre ela, mas também mantinha tudo
o que havia criado. De um dia da criação para o outro (dia um para o dia dois, dia dois para
o dia três, etc.), Deus sustentava aquilo que, aparentemente, não podia ter auto-sustentação
(pelo menos do ponto de vista do que chamamos de leis naturais). Assim, até que a criação
estivesse completa, Deus estava sustentando de forma extraordinária a sua criação. Depois
que ele terminou de fazer tudo o que havia proposto, a criação, com suas leis naturais,
passou a se manter. Mesmo assim, sabemos que ele é o "sustentador de todas as coisas."
Em segundo lugar, ao criar o ser humano (Gn 1.26-28), Deus o criou à sua
"imagem e semelhança". Incluídas nessa imagem e semelhança estão as habilidades de
comunicação e relacionamento (e suas implicações como pensar, obedecer, discernir, e
fazer opções), como o texto bíblico deixa bem claro a partir do segundo capítulo de
Gênesis. Essa imagem e semelhança permite que o homem criado se relacione com o
Criador. Temos, portanto, presente no relato da criação, a possibilidade do
desenvolvimento de relacionamentos.
Em terceiro lugar, aprendemos da narrativa da criação que Deus deu
responsabilidades ao ser humano (macho e fêmea). Entre elas se encontram obrigações de
cuidar e desenvolver o que Deus havia colocado em suas mãos:
Tomou, pois, o SENHOR Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o
cultivar e o guardar... Havendo, pois, o SENHOR Deus formado da terra todos os animais
do campo e todas as aves dos céus, trouxe-os ao homem, para ver como este lhes chamaria;
e o nome que o homem desse a todos os seres viventes, esse seria o nome deles (Gn
2.15,19).
Ao casal são dadas as responsabilidades de procriação, multiplicação e domínio
refletidas nas bênçãos dadas a eles.
Em quarto lugar, verificamos que nesse relacionamento existe a verbalização
clara da parte de Deus do que seriam as bênçãos e as possíveis maldições do pacto.
Bênçãos e maldições são parte integrante dos pactos entre soberanos e vassalos no antigo
Oriente Próximo.  voluntariamente desprezadas nem abandonadas, sempre que Deus, pela sua providência,
E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e
sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que
rasteja pela terra (Gn 1.28). E o SENHOR Deus lhe deu esta ordem: De toda árvore do
jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás;
porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás (Gn 2.16-17).
As bênçãos são dadas ao homem e expressas em forma imperativa no verso 28:
sede fecundos, multiplicai-vos, enchei, sujeitai, dominai. Em todos esses exemplos
percebemos que o Criador está expressando à sua criatura mandatos em três áreas de
relacionamento: espiritual, social e cultural. Mauro F. Meister - adaptação HSG
35
Confissão de Fé: CAP.XXI- DO CULTO RELIGIOSO E DO DOMINGO
I. A luz da natureza mostra que há um Deus que tem domínio e soberania sobre tudo, que é
bom e faz bem a todos, e que, portanto, deve ser temido, amado, louvado, invocado, crido e
servido de todo o coração, de toda a alma e de toda a força; mas o modo aceitável de adorar
o verdadeiro Deus é instituído por ele mesmo e tão limitado pela sua vontade revelada, que
não deve ser adorado segundo as imaginações e invenções dos homens ou sugestões de
Satanás nem sob qualquer representação visível ou de qualquer outro modo não prescrito
nas Santas Escrituras. Rm.1:20; Sl.119:68, e 31:33; At.14:17; Dt.12:32; Mt.15:9, e 4:9, 10; Jo.4:3, 24; Ex.
20:4-6.
II. O culto religioso deve ser prestado a Deus o Pai, o Filho e o Espírito Santo - e só a ele;
não deve ser prestado nem aos anjos, nem aos santos, nem a qualquer outra criatura; nem,
depois da queda, deve ser prestado a Deus pela mediação de qualquer outro senão Cristo. Jo
5:23; Mt.28:19; II Co.13:14; Cl. 2:18; Ap.19:10; Rm.l:25; Jo.14:6; I Tm. 2:5; Ef. 2:18; Cl. 3:17.
III. A oração com ações de graças, sendo uma parte especial do culto
religioso, é por Deus exigida de todos os homens; e, para que seja aceita,
deve ser feita em o nome do Filho, pelo auxílio do seu Espírito, segundo a
sua vontade, e isto com inteligência, reverência, humildade, fervor, fé, amor
e perseverança. Se for vocal, deve ser proferida em uma língua conhecida
dos circunstantes. Fl.4:6; I Tm.2:1; Cl.4:2; Sl.65:2, e 67:3; I Te.5:17-18; Jo.14:13-14; I Pd.2:5;
Rm.8:26; Ef.6:8; Jo.5:14; Sl.47:7; Hb.12:28; Gn.18:27; Tg.5:16; Ef.6:18; I Co.14:14.
IV. A oração deve ser feita por coisas lícitas e por todas as classes de homens que existem
atualmente ou que existirão no futuro; mas não pelos mortos, nem por aqueles que se saiba
terem cometido o pecado para a morte. Mt.26:42; I Tm.2:1-2; Jo.17:20; II Sam.7:29, e 12:21-23; Lc.16:25-
26.
V. A leitura das Escrituras com o temor divino, a sã pregação da palavra e a consciente
atenção a ela em obediência a Deus, com inteligência, fé e reverência; o cantar salmos com
graças no coração, bem como a devida administração e digna recepção dos sacramentos
instituídos por Cristo - são partes do ordinário culto de Deus, além dos juramentos
religiosos; votos, jejuns solenes e ações de graças em ocasiões especiais, tudo o que, em
seus vários tempos e ocasiões próprias, deve ser usado de um modo santo e religioso.
At.15:21; Ap.1:3; II Tm.4:2; Tg.1:22: At.10:33; Hb.4:2; Cl.3:16; Ef.5:19; Tg.5:13; At.16:25; Mt.28:19;
At.2:42; Dt.6:13.
VI. Agora, sob o Evangelho, nem a oração, nem qualquer outro ato do culto religioso é
restrito a um certo lugar, nem se torna mais aceito por causa do lugar em que se ofereça ou
para o qual se dirija, mas, Deus deve ser adorado em todo o lugar, em espírito e verdade -
tanto em famílias diariamente e em secreto, estando cada um sozinho, como também mais
solenemente em assembléias públicas, que não devem ser descuidosas, nem
proporciona ocasião. Jo.5:21; Ml.1:11; I Tm.2:8; Jo.4:23-24; Jr.10:25; Jó.1:5; II Sm.6:18-20; Dt.6:6-7;
Mt.6:11, e 6:6; Is.56:7.
VII. Como é lei da natureza que, em geral, uma devida proporção do tempo seja destinada
ao culto de Deus, assim também em sua palavra, por um preceito positivo, moral e
perpétuo, preceito que obriga a todos os homens em todos os séculos, Deus designou
particularmente um dia em sete para ser um sábado (descanso) santificado por Ele; desde o
princípio do mundo, até a ressurreição de Cristo, esse dia foi o último da semana; e desde a
ressurreição de Cristo foi mudado para o primeiro dia da semana, dia que na Escritura é
chamado Domingo, ou dia do Senhor, e que há de continuar até ao fim do mundo como o
sábado cristão. Ex.20:8-11; Gn.2:3; I Cr.16:1-2; At.20:7; Ap.1:10; Mt.5:17-18.
VIII. Este sábado é santificado ao Senhor quando os homens, tendo devidamente preparado
os seus corações e de antemão ordenado os seus negócios ordinários, não só guardam,
durante todo o dia, um santo descanso das suas próprias obras, palavras e pensamentos a
respeito dos seus empregos seculares e das suas recreações, mas também ocupam todo o tempo em
exercícios públicos e particulares de culto e nos deveres de necessidade e misericórdia. Ex.16:23-26,
29:30, e 31:15-16; Is.58:13.
36
O Devorador
O devorador age sem parar. Ele é insaciável. Ele suga, morde,
devora, mata. O profeta Joel (1.4), descreve de forma vívida os quatro tipos
de gafanhotos e sua ação devastadora. 1) O cortador — Mora na lavoura.
Corta parte do fruto. Deixa-o bichado. O agricultor não colhe o fruto
completo. 2) O migrador — Voa em bandos, de lugar para lugar, agindo de
surpresa, comendo mais uma parte do fruto, aumentando o prejuízo. 3) O
devorador — Esse é mais violento. Leva o agricultor a perder o seu
trabalho, a ponto de não colher nem para a sua subsistência. 4) O
destruidor — Atenta contra a lavoura. Destrói não só o fruto, mas a lavoura
também. É a falência, a bancarrota.
O gafanhoto é um inseto terrível. Eles se reproduzem aos milhares.
Agem com violência. Provocam estragos terríveis. Quando acabam com
uma lavoura, voam para outra para a destruir. Eles comem sem parar. Eles
comem e defecam ao mesmo tempo. Eles são insaciáveis. Eles sujam tudo
por onde passam. O que eles ingerem não pára no estômago. Na mesma
hora que entra, sai. Apocalipse 9.7-11 usa a figura dos gafanhotos para
referir-se a uma horda de demônios.
Qual é a ação desse devorador? Qual é a aplicação espiritual a
extrair deste texto? 1) O cortador — Vem assolando a videira, comendo-lhe
as folhas. Ele corta, ele come parte do seu salário. Tudo que você ganha,
ele come um pedaço. 2) O migrador — Vem destroçando a figueira,
quebrando-lhe os galhos. Este vem de tempos em tempos, mas quando
vêm fazem grande estrago. Dá um grande prejuízo e depois vai embora.
São despesas inesperadas. Arrebentam os galhos, exatamente onde os
frutos nascem. 3) O devorador — Tira a casca da figueira. Assim a figueira
perde o poder e a força de produção, tornando-se fraca e estéril. Rouba
anos de trabalho. Mina seus negócios. Tudo que você faz não vai para
frente, não dá resultado. 4) O destruidor — Lança-a por terra. Joga a
figueira no chão. Acaba tudo. É a falência. É a depressão financeira. É o
desespero. É o caos. Veja como o profeta Joel descreve a cena (Jo 1.16-
18). Esses gafanhotos são exterminadores de riquezas. Agem no seu
patrimônio, na sua empresa, na sua fábrica, no seu comércio, nos seus
negócios, no seu salário.
Como vencer esses gafanhotos? O dízimo é o instrumento com que
Deus repreende o devorador: "Trazei todos os dízimos à Casa do
Tesouro...por vossa causa repreenderei o devorador, para que não vos
consuma o fruto da terra; a vossa vide no campo não será estéril, diz o
Senhor dos Exércitos." (Ml 3.10,11). Quando deixamos de ser fiéis a Deus
na devolução dos dízimos, o devorador ataca; mas, quando o obedecemos,
Deus mesmo repreende o devorador (Ml 3.11) e nos restitui tudo o que o
devorador comeu (Jl 2.25). A infidelidade gera maldição (Ml 3.9), mas a
obediência abre as janelas do céu e nos traz bênção sem medida (Ml 3.10-
12). Rev. Hernandes Dias Lopes - pastor da 1a IP de Vitória –ES
37
Tentação de Davi (I Cr.21; II Samuel 24)
HSG
Davi, um grande Rei conhecido por ser um homem segundo o coração de Deus,
uma pessoa que como um de nós, sujeito a tentação e ao pecado; a tentação mais
conhecida que Davi sofreu foi a que o levou ao adultério com Bate-Seba (II Sm.11), mas
este texto que vamos estudar hoje texto não tão citado é um exemplo de um outro momento
da vida de Davi, quando foi tentado a levantar um censo e contar seus exércitos com um
objetivo de se engrandecer. O Diabo caiu devido ao seu orgulho (Is.14:12-14). Apelou ao
orgulho de Davi, o único motivo do censo. Davi não estava satisfeito com a promessa de
Deus de que se tornaria uma <<grande nação>>. Davi queria saber o poder do povo armado
(v.5) e não manter sua fé na promessa de Deus (27:23). Então, Satanás se levantou contra
Israel e incitou a Davi a levantar o censo de Israel. - (1CR 21:1). O Censo regia-se por
cláusulas especiais da lei (Êx.30:12-15; Nm.1:2-4; 47-49). Não podiam ser contados os
levitas, as mulheres e pessoas menores de vinte anos: e quando o censo era comum, se
orientava somente pelo motivo de resgate , uma espécie de imposto per capita (religioso) para a
causa do Senhor.
1- Davi insistiu em contar o povo apesar dos solenes avisos de Joabe e dos
conselhos de seus oficiais. (3-4)
Quando Davi toma a decisão de realizar o senso teve uma oportunidade de voltar
atrás, mas firmou-se em sua decisão errada, não dando ouvidos a Joabe.
A tentação é muito forte e nos faz estar determinados ao pecado, desta forma
desconsideramos as advertências e os avisos que nos são dados sempre que estamos prestes
a cair. É muito difícil, mas devemos colocar sempre nossas vidas diante de Deus no
momento que antecede a tomarmos um decisão. Neste momento é como uma última
chance, dada por Deus para que não venhamos cair em um erro que pode trazer graves
conseqüências sobre nós, sobre nossa família e sobre a Igreja.
2- Davi escolhi seu castigo, demonstrando arrependimento. (v.14)
Não demora muito para Davi perceber que havia pecado gravemente (v.10).
Como conseqüência deve escolher entre castigos (12-14): 1. Sete anos de Fome sobre a
terra. 2. Três meses que fuja diante de teus inimigos. 3. Por três dias haja peste na tua terra.
Davi escolhe a peste. Dos dois outros castigos, Davi podia se livrar pessoalmente.
Escolheu, porém, a peste, da qual ele mesmo não podia se livrar, para sofrer junto com o
povo, o que mostra o seu arrependimento. Também escolhe cair nas mãos de Deus, pois
sabia que o seu Deus era um Senhor que perdoa, abundante de misericórdia para com o
arrependido. A praga durou até o tempo determinado (v.15), tempo que não se refere até o
fim dos três dias, mas sim, às 15:00 horas do primeiro dia, que era a ora da oração (At 3:1;
10:3).
Arrependeu-se o Senhor do mal. É um antropopatismo (I Sm.15:11). O arrependimento do
Senhor significa que o Senhor <<deixou de fazer o que estava fazendo>>. Houve mudança,
não em Deus, mas no homem. O arrependimento da parte de Deus é uma mudança de
atitude para com o homem com base na mudança de atitude do homem para com Deus.
3- Davi oferece o melhor para Deus. (v.24)
Vendo a peste aproximar-se de Jerusalém, Davi aprofunda o seu arrependimento,
e diante da palavra de Gade, levanta, às pressas, um altar ao Senhor, porque o altar que
Moisés fizera, estava em Gibeom (I Cr.21:29); em Jerusalém estava, numa instalação
provisória, apenas a arca do Senhor (6:12-19). A oferta de Davi foi de grande valor, e não
uma esmola qualquer. Comprou a eira por 600 ciclos de ouro (I Cr.21:25) e pelos bois
pagou 50 ciclos de prata. Foi nesse lugar que, não só o templo, mas vários palácios foram
erigidos (2 Cr.3:1). Local onde Abraão ofereceu seu filho, Isaque, a Deus. Deus espera que
lhe entreguemos o que há de melhor em nossas vidas, e não só aquilo que não envolve
sacrifício.
38
De quem são todas as coisas?
O Salmo 24.1 diz: "Ao Senhor pertence a terra e tudo que nela se
contém, o mundo e os que nele habitam". De que maneira Deus faria com
que os homens conhecessem os seus direitos sobre a terra e seus habitantes?
Somente pela entrega da décima parte a Ele que é o reconhecimento legal de
que tudo pertence a Deus.
O dízimo existiu antes da lei. A Bíblia mostra isso com muita
clareza nos textos que se seguem: Gênesis 14.20: "E bendito seja o Deus
Altíssimo, que entregou os teus adversários nas tuas mãos. E de tudo lhe deu
Abrão o dízimo". Ainda em Gênesis 28:22, o voto de Jacob a Deus: "De
tudo quanto me deres, certamente te darei o dízimo".
Assim sendo, o dízimo, como todas as leis fundamentais, como a lei
de descanso que não foi somente para o judaísmo, mas para toda a raça, foi
incorporada ao cristianismo que já havia sido estabelecido.
Se Melquisedeque, como tipo de Cristo, tinha o direito de receber o
dízimo de Abraão, assim como também Levi recebia os dízimos do seu
povo, muito mais Cristo, o antítipo, cujo sacerdote é eterno, tem direito de
receber sempre os dízimos de seu povo, isto é, a Igreja.
Vejamos agora as instruções de Paulo às suas igrejas. Em I Coríntios
16.1,2: "Ora, quanto à coleta para os santos, fazei vós também como os
ordenei às igrejas da Galácia. No primeiro dia da semana, cada um de vós
ponha de parte, em casa, conforme a sua prosperidade, e vá juntando, para
que se não façam coletas quanto eu for". Em outro texto, Paulo fala que essa
oferta deve ser uma proposta do coração, isto é, com alegria.
É óbvio que Paulo não está expondo naquelas passagens sobre o
assunto de dízimo e sim pedindo uma cooperação da igreja gentílica para
ajudar os cristãos judaicos de Jerusalém. Em outras palavras, Paulo estava
apelando para a boa vontade a favor dos menos favorecidos.
Da mesma forma, o dízimo que pertence a Deus, deve ser entregue a
Ele em reconhecimento de que tudo foi o Senhor que nos deu e, somente a
décima parte Deus nos requer que entreguemos a Ele conforme seu apelo em
Malaquias 3.10: "Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja
mantimento na minha casa; e provai-me nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu
não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós bênção sem medida".
Não há de se conceber que o verdadeiro cristão, em face do infinito
amor de Deus por nós, dando seu único filho, seja capaz de negar a entrega
de dízimos que lhe pertence. "Roubará o homem a Deus?" (Ml 3.8).
Euricles Leite Cavalcante Macedo Pastor auxiliar da IP de Arapongas (PR)
39
Nosso comandante é Cristo
Conta-se que um navio apinhado de passageiros
enfrentava em alto mar uma grande tempestade. A tripulação,
sob o comando do experiente comandante, tomava todas as
providências de emergências para mantê-lo livre do risco de um
naufrágio. O mar agitado arremessava-o de um lado para outro
como se fosse um barquinho de papel. À medida que as horas
avançavam, as ondas enfurecidas embrulhavam a embarcação
em toneladas de água e espuma.
Enquanto marujos corriam de um lado para o outro,
passageiros, atônitos, permaneciam em seus camarotes
protegidos do temporal.
Em meio àquele alvoroço, um menino brincava no
convés, alheio ao alvoroço. Alguém cruzando aquele piso
constatou, aturdido, a tola criança. Sem vacilar, repreendeu-a,
implorando que se refugiasse junto aos seus familiares. Sem se
dar conta da advertência, permaneceu brincando. Indignada com
tamanha inconseqüência, a pessoa interpelou: "Você não está
com medo? Estamos quase naufragando!"
Com voz serena e segura, respondeu a criança: "O
comandante do navio é o meu pai".
Há pessoas que consomem o tempo dela e dos outros
correndo de um lado para o outro pregando o desespero, a
falência, o naufrágio. São profetas e profetizas da desgraça.
Cultuam a angústia, se rendem ao temor e destilam infortúnio.
Na verdade, o único barco que está à deriva é o da vida delas.
Não satisfeitos com o encapelado mar da existência humana,
com os vendavais das provações e com as aflições inerentes ao
peregrinar do crente, abrem furos em seus próprios cascos e
ainda buscam soçobrar a embarcação alheia.
Semelhante a uma criança que se aninha nos braços de
seu pai, nos aconchegamos no colo de Cristo e dormimos o sono
da paz. Repousamos sem medo. O nosso comandante é o Senhor
da vida, o Altíssimo. Jornal Brasil
Presbiteriano
40
O PECADO É TOLO
Não importa a imagem que escolham, os escritores bíblicos
falam isso vez após vez. Pecar é errar o alvo; pecar é escolher o alvo
errado. Pecar é desviar-se do caminho, ou rebelar-se contra alguém
forte demais para nós, ou negligenciar uma boa herança. Acima de
tudo, em seu cerne, pecado é ofensa contra Deus.
Por que não é apenas um erro como também uma tolice
ofender a Deus? Deus é o nosso bem final, nosso criador e salvador, o
único em quem nossos corações inquietos vêm descansar. Rebelar-se
contra Deus, conforme expressou C.S.Lewis certa vez, é serrar o
galho em que estamos. Fugir de Deus para um país distante e procurar
ali o gozo é encontrar apenas substitutos do mercado negro.
 Combine todas as maravilhas e complexidades da criação;
todas as graças da redenção; todos os deleites e surpresas do amor;
todas as belezas da música e das artes; todo o poder e liberdade
mesclados quando um concertista ao piano percorre oitavas em tom
fortíssimo ou um jogador de basquetebol faz uma dinâmica volta na
quadra; combine todas as tranqüilas garantias e sabedorias passadas ao
longo das gerações; cada ajuntamento de todas as raças e ambos os
sexos vivendo em harmonia com a criação não-humana; todas as
profundas satisfações e realizações da vida no mundo de Deus -
combine tudo isso e chame de shalom. Shalom é o plano arquitetado
por Deus para a criação e a redenção; pecado é vandalismo humano
dessas grandiosas realidades e portanto uma afronta ao seu arquiteto e
construtor, e um estrago néscio do nosso próprio ninho.
Deus odeia o pecado como pecado não apenas por quebrar a
sua lei, mas por quebrar a paz, por quebrar até as pessoas que o
cometem. Pois não importa o que se queira dizer a respeito da tolice
do pecado, uma das coisas principais que se deve dizer é que ele é
autodestrutivo. É por isso que a queda é a primeira e clássica tragédia.
O pecado fere outras pessoas e consterna Deus, mas é também uma
forma de auto-abuso.
Cornelius Plantinga Jr
41
VENCIDO PELA CÃIBRA
Na versão do amalequita, Saul lhe teria dito: "Arremete
sobre mim e mata-me, pois me sinto vencido de cãibra" (2 Sm
1.9). Saul não podia levantar-se, não podia lutar, não podia fugir
— porque estava vencido pela cãibra. O rei estava imóvel,
parado e derrotado, pois se achava vencido pela cãibra.
Mas não é só a cãibra que pode deixá-lo no chão. Às
vezes você não é um vencido pela cãibra, mas é um vencido pelo
sono, como Êutico, aquele jovem que caiu do terceiro andar e foi
dado como morto (At 20.9). Às vezes você não é um vencido
pelo sono, mas é um vencido pelo vinho (Is 28.1). Às vezes você
não é um vencido pelo vinho, mas é um vencido pela mulher
adúltera, cujos lábios "destilam favos de mel" (Pv 5.3) e "cujos
pés não param em casa" (Pv 7.11).
Talvez você seja um vencido pelo gênio, pela ira, pelo
ódio, pela inveja, pela carne, pelo curso deste mundo, pela
multidão ou pelo demônio.
Essa situação não é confortável, não é saudável, não é
boa. Ser vencido por qualquer força estranha gera tristeza, gera
remorso, gera desânimo, gera sentimento de inferioridade, gera
vergonha, gera confusão, gera culpa, gera desespero. Você não é
obrigado a ser vencido pelo mal. Essa rotina descabida precisa
acabar. É você quem tem de vencer a cãibra, o sono, o álcool, as
drogas, a preguiça, o amor ilícito, a incredulidade, a amargura, o
maligno.
Insista na oração. Aprenda a dizer não a você mesmo.
Não existe vitória sem renúncia, sem disciplina, sem
perseverança. Assim como a criança começa a andar, comece a
ceder, comece a abrir mão daquilo que o tornava vencido,
comece a se acostumar com a vitória. Não vai demorar nada e
você deixará de ser um vencido, para ser um vencedor. Por meio
daquele que "sempre nos conduz em triunfo" (2 Co 2.14).
Deus o abençoe!
Revista Ultimato
42
NO DIA DA ANGÚSTIA
"Eu sou Deus, o teu Deus...invoca-me no dia da angústia: e te
livrarei, e tu me glorificarás." (Salmo 50.7,15)
1. A ocasião: "No dia da angústia..." Todos sabemos, por experiência
própria, que angústia é um sentimento terrível de ansiedade, apreensão,
agonia, aperto; uma inquietude profunda que oprime o coração. As causas
são variadas: um acidente, um assalto, a perda do emprego, a queda das
Bolsas, o término do namoro, o divórcio, o pecado, a culpa... "Se te mostras
fraco no dia da angústia, a tua força é pequena" (Provérbios 24.10).
2. O convite: "Invoca-me..." Deus sabe da nossa angústia. E quer que lhe
falemos a respeito, que Lhe peçamos ajuda ou socorro. Esta é a primeira
coisa que devemos fazer num dia assim, tão terrível. "No dia da minha
angústia procuro o Senhor; erguem-se as minhas mãos durante a noite, e não
se cansam..." (Salmo 77.2). "O Senhor é bom, é fortaleza no dia da angústia,
e conhece os que nele se refugiam" (Naum 1.7).
3. A promessa: "...te livrarei..." Quem fez a promessa? Deus, o Senhor, o
Todo Poderoso! Ele é fiel! Cumpre Suas promessas. Pode ser que o socorro
nos chegue de modo diferente do esperado, mas é certo que chegará. A
Bíblia está cheia de testemunhos de pessoas angustiadas que
experimentaram o socorro do Todo Poderoso. O Salmo 107, intitulado Deus
salva de todas as tribulações, descreve situações aflitivas variadas por que
passou o povo de Israel e, em cada caso, afirma: "Então, na sua angústia,
clamaram ao Senhor, e Ele os livrou das suas tribulações" (vs. 6,13, 19,28).
4. O resultado: "E tu me glorificarás!" Glorificamos a Deus com ações de
graça, com adoração, com louvor, e testemunhando perante irmãos e amigos
o Seu poder e a Sua bondade. Outra vez, o exemplo de Davi. Ele escreveu:
"Esperei confiantemente pelo Senhor, Ele se inclinou para mim e me ouviu
quando clamei por socorro. Tirou-me de um poço de perdição, dum tremedal
de lama; colocou-me os pés sobre uma rocha e me firmou os passos. E me
pôs nos lábios um novo cântico, um hino de louvor ao nosso Deus; muitos
verão essas coisas, temerão, e confiarão no Senhor... São muitas, Senhor
Deus meu, as maravilhas que tens operado... Proclamei a Tua fidelidade e a
Tua salvação; não escondi da grande congregação a Tua graça e a Tua
verdade" (Salmo 40.1-3, 10). Isto é glorificar a Deus.
Você está vivendo um dia de angústia? Ore. Invoque o
Senhor. Peça a Sua ajuda, o Seu socorro. Ele prometeu ouvir e
socorrer. Depois, não se esqueça de agradecer, de testemunhar, de
glorificá-Lo!
43
A PROBLEMÁTICA DO LAR - Rev. André Luiz
Ramos
O lar na atualidade não tem correspondido ao
propósito de Deus ao criar o ser humano a Sua imagem e
semelhança, onde o Criador sabiamente lançou o
fundamento pelo qual o Seu Reino se assentaria, isto é, a
família. Devido aos ataques constantes de Satanás e ao
fracasso dos pais cristãos em não se esforçarem para
preservar o lar tal como foi da vontade de Deus, ele
perdeu a sua identidade; e ao perder essa identidade,
perdeu o rumo do qual dependeria o seu reconhecimento.
O Dr. Jack Schisler em um artigo publicado na
Revista Atos, disse que "Satanás fez a sua primeira
oposição à vontade de Deus na terra procurando enganar
e destruir a primeira unidade familiar - Adão e Eva (...) Ele
ainda procura destruir o Reino de Deus, enfraquecendo o
alicerce do lar e da família temente a Deus". Esta citação
vem comprovar o número alarmante de casais que estão
se separando e como resultado, obtêm-se lares desfeitos
e filhos separados dos pais, e sociedade fracassada.
Diante deste caos, é mister que se faça alguma
coisa para deter a deterioração da fibra moral do lar. Mas
o que fazer, visto que ele perdeu a sua identidade? O que
cabe aos pais fazerem nesta hora lúgubre e difícil que
atravessa o lar?
Alguém sabiamente disse que "os problemas do lar na
atualidade não são tão atuais como pensamos, mas antigos".
Sendo antigos ou atuais eles precisam ser detectados a fim de
que o Reino de Deus possa estar bem fundamentado e o mundo
possa ser influenciado pelos lares genuinamente cristãos, que
estão fundamentados sobre a Rocha que é Jesus Cristo, o Senhor
da Igreja. (Rev. André Luiz Ramos é pastor da 1a IP de Nilópolis (RJ), é
autor do livro "Educação Cristã no Lar" e professor de Educação Cristã no
Seminário Teológico Presbiteriano do Rio Janeiro)
Jornal Brasil Presbiteriano OUT/99
44
Deus está no controle - Rev. Hernandes Dias Lopes
Viver é uma aventura, uma aventura perigosa. A estrada da vida está
juncada de espinhos, armadilhas e minas prontas a explodirem. O inimigo nos
espreita e busca uma ocasião oportuna para nos atacar. No caminho há perigos,
ameaças, montes escarpados, ladeiras escorregadias, pinguelas estreitas, lagos
profundos, vales escuros, desertos esbraseados. As circunstâncias adversas,
muitas vezes, conspiram contra nós; situações inesperadas nos deixam abalados;
ventos contrários, surram com desmesurado rigor o barco da nossa vida. Somos
surpreendidos por tempestades que atingem a nossa saúde, o nosso bolso, o
nosso lar, a nossa paz. Somos feridos por setas pontiagudas que rasgam a nossa
carne, fazem jorrar o nosso sangue e alagar o nosso leito com as nossas lágrimas.
Somos, então, amassados debaixo do rolo compressor da angústia, gememos,
choramos, sentimos nossas forças sendo minadas, o sorriso apagar-se do nosso
rosto, o brilho fugir dos nossos olhos. O cenário parece sombrio, não enxergamos
uma luz no fim do túnel, não divisamos solução à vista. O que fazer nessas horas?
Para onde correr? Onde devemos buscar socorro?
 Ser cristão não é ser poupado dos problemas. Cristianismo não é uma
apólice de seguro contra os acidentes da viagem rumo à Canaã celestial. O
sofrimento faz parte também da agenda do povo de Deus. Neste mundo sempre
vamos ter aflições. Aqueles que andaram com Deus neste mundo não pisaram
tapetes aveludados, mas cruzaram desertos inóspitos, entraram em cavernas
escuras, atravessaram mares encapelados, desceram aos vales sombrios, foram
jogados nas fornalhas ardentes, trancados nas prisões, empurrados para as
arenas, lançados nas fogueiras. O próprio Filho de Deus, imaculado, impoluto e
sem jaça, quando pisou nesta terra bebeu o cálice do sofrimento: foi perseguido,
insultado, abandonado, negado, traído, esbofeteado, cuspido, pregado numa cruz.
O nosso sofrimento não deve ser interpretado como ausência do amor de Deus por
nós. Ele sofre conosco. Ele é compassivo. Nossa dor é a sua dor. Os nossos
gemidos são os soluços de Deus. Não sofremos porque Deus está distante de nós
ou nos castigando. Mesmo quando ele nos disciplina, sua motivação é o seu amor,
seu propósito é a nossa santidade. O nosso sofrimento nunca é maior do que a
consolação de Deus. Nosso vale nunca é tão profundo que a misericórdia de
Deus não seja mais profunda. O bálsamo de Deus sempre é eficaz para curar
todas as nossas feridas. A alegria de Deus é temperada com as nossas lágrimas e
a paz que excede todo o entendimento jorra do trono de Deus ao nosso coração
mesmo nas noites mais escuras do nosso sofrer.
Mesmo quando sofremos, Deus está no controle das circunstâncias, para
consolar-nos, levantar-nos, fortalecer-nos e usar-nos como fontes de consolação.
O nosso sofrimento é pedagógico: ele nos ensina a perseverar, ele nos proporciona
experiência com Deus, ele abre dentro do nosso peito uma fonte de esperança no
Deus vivo. O nosso sofrimento é leve e momentâneo se comparado com as glórias
que nos estão reservadas no céu; ele produzirá para nós eterno peso de glória
acima de toda comparação. Por isso, se você está sofrendo, não fique deprimido
nem desanimado, mas levante a cabeça e saiba que Deus está no controle. Na
jornada da vida, por mais estreito que seja o caminho, ele o segura pela sua mão, o
guia com o seu conselho eterno e depois o receberá na glória!
Rev. Hernandes Dias Lopes é pastor da 1a IP de Vitória (ES)
45
RIQUEZA INTERIOR
Um dia, um pai de família rica levou seu filho para
viajar para o interior com o firme propósito de mostrar o
quanto as pessoas podem ser pobres. Eles passaram um dia
e uma noite na fazenda de uma família muito pobre.
Quando retornaram da viagem o pai perguntou ao filho:
— Como foi a viagem?
— Muito boa papai!
— Você viu como as pessoas pobres podem ser?, o pai
perguntou.
— Sim.
— E o que você aprendeu? — o pai perguntou.
O filho respondeu:
— Eu vi que nós temos um cachorro em casa, e eles tem
quatro. Nós temos uma piscina que alcança o meio do
jardim, eles têm um riacho que não tem fim. Nós temos uma
varanda coberta e iluminada com luz, eles têm as estrelas e
a lua. Nosso quintal vai até o portão de entrada, eles têm
uma floresta inteira.
Quando o pequeno garoto estava acabando de
responder, seu pai ficou estupefato.
Seu filho acrescentou:
— Obrigado, pai, por me mostrar o quanto nós somos
pobres!
Não é verdade que tudo isso depende da maneira
como você olha para as coisas? Se você tem amor, amigos,
família, saúde, bom humor e atitudes positivas para com a
vida — você tem tudo! Se você não pode comprar nenhuma
dessas coisas, você ainda pode imaginar-se na posse de
todas elas, mas se você é "pobre de espírito", você não tem
nada!
Igreja Presbiteriana Luz do Mundo – RJ http://www.rio.com.br/~iplm
46
Profeta Micaías (I Reis 22:13-28 - 2 Crônicas 18:7-27)
MICAÍAS [Quem É Como Javé?] - Profeta que predisse a morte do rei Acabe.
“Respondeu o rei de Israel a Josafá: Há um ainda4, pelo qual se pode consultar o
SENHOR, porém eu o aborreço 2, porque nunca profetiza de mim o que é bom 3,
mas somente o que é mau1. Este é Micaías, filho de Inlá. Disse Josafá: Não fale o
rei assim.” - (1RS 22:8)
1- Considerado por Acabe um profeta negativo.
2- Era odiado por dizer a verdade.
3- Sua palavras não tinham importância pois não era o que Acabe queria ouvir.
4- Nem era mais consultado, estava no esquecimento, abandonado.
 Como naquela época as pessoas mais poderosas têm a maioria em seu favor.
 Muitos querem ouvir o que é bom, obter resultados positivos sempre.
 A sociedade rejeita e desconsidera a verdade preferindo o seu bem estar.
 A VIDA HUMANA E A ÉTICA CRISTÃ
“Mas primeiro vamos consultar o Deus Eterno”. I Rs.22:5
1. Devemos ter sempre em nossas mentes a necessidade de buscarmos a
orientação de Deus antes de qualquer realização.
Acabe estava decidido a resgatar a cidade sem ao menos se importar com
a vontade de Deus.
“Aí Acabe mandou chamar os profetas, que eram uns quatrocentos.” v.6
2. Depois, Acabe chama os seus profetas: gente comprada, gente mentirosa, os
conselheiros que o levariam a destruição.
Muitas vezes tentamos discutir nossas opiniões com pessoas que sabemos
(consciente ou inconscientemente) que vão nos apoiar.
Fazemos como Acabe, que faz uma pergunta em que a resposta já está
embutida (“eu estou bem?” – “vou fazer assim...,o que você acha?”)
Muitas perguntas são respostas que querem apenas confirmação. Pois já
decidimos o que vamos fazer, queremos apenas um empurrão, e o que não falta
neste mundo é gente para empurrar a gente.
Devemos tomar cuidado para não sermos empurrados e também para não
empurrar ninguém em decisões falsas.
“Diga a eles que o joguem na cadeia”. v.27
3. Devemos ser abertos para a resposta verdadeira.
É difícil entender como Acabe não acreditou em Micaías, não seria mais
providente ele desistir desta tal cidade, ficar em casa e continuar a festa com
Josafá? Mas ele foi disfarçado, de certa forma ele ouviu pela metade, tentou evitar
o inevitável.
Nós também, algumas vezes agimos errado e com precaução (andar a 140
quilômetros por hora com cinto de segurança). Na maioria das vezes erramos não
por falta de avisos, mas por falta de tomarmos a decisão certa.
Não se deixe enganar, vamos juntos, a todo instante buscar o que é
melhor; o viver segundo a vontade de Deus. HSG
47
A LIÇÃO DA BORBOLETA
Um dia, uma pequena abertura apareceu em um casulo,
um homem sentou e observou a borboleta por várias horas,
conforme ela se esforçava para fazer com que seu corpo
passasse através daquele pequeno buraco. Então pareceu
que ela parou de fazer qualquer progresso. Parecia que ela
tinha ido o mais longe que podia, e não conseguia ir mais
longe. Então o homem decidiu ajudar a borboleta; ele pegou
uma tesoura e cortou o restante do casulo. A borboleta então
saiu facilmente. Mas seu corpo estava murcho, pequeno e
tinha as asas amassadas. O homem continuou a observar a
borboleta porque esperava que, a qualquer momento, as asas
dela se abrissem e esticassem para serem capazes de
suportar o corpo, que iria se afirmar a tempo. Nada aconteceu!
Na verdade, a borboleta passou o resto da sua vida
rastejando com um corpo murcho e asas encolhidas. Ela nunca
foi capaz de voar. O que o homem, em sua gentileza e vontade
de ajudar, não compreendia, era que o casulo apertado e o
esforço necessário para passar através da pequena abertura
era o modo que Deus fazia para que o fluído do corpo da
borboleta fosse para as suas asas. Assim, ela estaria pronta
para voar, uma vez livre do casulo. Algumas vezes, o esforço é
justamente aquilo que precisamos em nossa vida. Se Deus nos
permitisse passar através de nossas vidas sem quaisquer
obstáculos, ele nos deixaria aleijados. Nós não iríamos ser tão
fortes como poderíamos ter sido. Nunca poderíamos voar...
Eu pedi Força... e Deus me deu dificuldades para vencer.
Eu pedi Sabedoria... e Deus me deu problemas para resolver.
Eu pedi Prosperidade... e Deus me deu cérebro e músculos para
trabalhar.
Eu pedi Coragem... e Deus me deu perigos para superar.
Eu pedi Amor... e Deus me deu pessoas com problemas para
ajudar.
Eu pedi Favores... e Deus me deu oportunidades.
Eu não recebi nada do que pedi... Mas recebi tudo de que
precisava.
Igreja Presbiteriana Luz do Mundo – RJ http://www.rio.com.br/~iplm
48
O Vigilante
"Veio ainda a palavra do SENHOR, dizendo: Que vês tu, Jeremias?
Respondi: vejo uma vara de amendoeira. Disse-me o SENHOR:
Viste bem, porque eu velo sobre a minha palavra para a cumprir."
Jeremias 1:11-12)
O profeta Jeremias sabia muito bem o que era uma crise de
credibilidade. Vivendo num tempo de crise nacional e de
instabilidade política internacional, foi chamado para o ministério
profético ainda muito jovem, talvez com uns 18 anos. Confrontado
com a dura realidade de um povo que supervalorizava a capacidade
intelectual dos anciãos e que desprezava a opinião mais jovem, ele
disse: "Senhor, não sei falar, pois não passo de uma criança"
(Jr.1.6). Que atenção a sociedade dos mestres e anciãos daria a um
rapazote insatisfeito?
É quando Deus lhe mostra uma vara de amendoeira. Mas
afinal, o que teria a ver uma amendoeira com a crise de
credibilidade de Jeremias? Sabe-se que ainda no inverno da
Palestina a primeira árvore a "despertar" para a primavera é a
amendoeira. Tanto que seu nome, em hebraico, significa "o
despertador". Depois que Jeremias vê a amendoeira, Deus lhe diz:
Assim como você viu esta amendoeira, que está vigilante para
acordar para a primavera, eu também estou vigilante para fazer
cumprir a minha palavra, por seu intermédio. Deus não estava
preocupado com a idade de Jeremias, mas em fazer cumprir a sua
palavra, o seu juízo sobre um povo rebelde e desobediente.
Muitas vezes, assim como Jeremias, somos confrontados
com a questão da credibilidade. Recebemos uma tarefa para
desempenhar, seja na igreja ou fora dela, e logo somos
atormentados por pensamentos como: "Não tenho capacidade, não
estou preparado, ainda sou muito novo neste negócio..." Para estes
"Jeremias" de hoje Deus diria: Olhem para a amendoeira. Assim
como ela está atenta para ser a primeira árvore a florescer, assim
também eu estou vigilante para fazer cumprir a minha palavra,
independente das situações. Se há um chamado, também há uma
capacitação, pois o nosso Deus é um Deus vigilante, que tem o
controle da história e de nossas vidas em Suas mãos. Não se
intimide diante dos desafios. "Entrega o teu caminho ao Senhor,
confia nele, e o mais Ele (e só Ele) fará" (Sl 37.5).
Clinton Sathler Lenz César
49
A aflição coopera para o bem daqueles que amam a Deus Rm.8:28
Paulo não faz qualquer exceção a essa promessa. Ele diz "todas as coisas __ isso
inclui todas as coisas boas e todas as coisas ruins __ cooperam para o bem".
Primeiro, com a aflição aprendemos ser humildes. (Dt 8:15,16). A aflição não só faz o
verdadeiro crente se humilhar diante de Deus, mas o conserva humilde. A aflição faz secar
o reservatório do combustível que alimenta o seu orgulho.
Segundo, através da aflição o povo de Deus aprende o que é o pecado. Na aflição é como
se a alma do crente fosse esquadrinhada com lanternas expondo os pecados ocultos e
notórios. Quando a aflição é santificada pelo Espírito Santo, o pecado é arrancado do seu
esconderijo dentro do coração e trazido à luz dos santos e prescutadores olhos de Deus.
Terceiro, o Espírito Santo usa a aflição como um remédio para acabar com a enfermidade
mortal do pecado nos filhos de Deus, fazendo-os produzir frutos saudáveis e piedosos. A
aflição trata do pecado. "Antes de ser afligido andava errado", confessa Davi, "mas agora
guardo a tua palavra" (Sl 119:67).
Quarto, o Senhor utiliza a aflição como um meio de fazer o seu povo buscá-lo, para trazê-
lo de volta à comunhão com Ele, e mantê-lo junto ao Seu lado. Mesmo o imã da rica
misericórdia de Deus não traz e mantém tão perto o rebanho do seu Grande Pastor como as
cordas da aflição.
Quinto, o Senhor usa as aflições para moldar o seu rebanho à semelhança de Cristo
fazendo-o participante dos seus sofrimentos e da sua imagem. Cristo foi castigado "para ( o
nosso) aproveitamento", o autor de Hebreus escreveu, "a fim de sermos participantes da
sua santidade" (Hb 12:10).
Sexto, as aflições espirituais cooperam para o nosso bem porque o Senhor os contrabalança
com consolo e alegria espirituais. "A vossa tristeza", disse Jesus aos discípulos, "se
converterá em alegria" (Jo 16:20). Ele leva o seu povo ao deserto para lhes falar ao coração
(Os 2:14). Onde quer que abundem os sofrimentos de Deus, abunda a consolação de Deus
(2 Co 1:4,5; Jó 5:17-19).
Sétimo, a aflição também coopera para o bem fazendo os filhos de Deus andar por fé e não
por vista. Se fosse permitido ao crente sempre desfrutar dos prazeres e alegrias deste
mundo, eles passariam a amar esta vida e a depender das suas provisões espirituais ao invés
de depender dAquele que tudo provê. Na prosperidade, o povo de Deus fala de viver pela
fé; muitas vezes conselhos obscuros de palavras sem conhecimento; mas é na adversidade
que eles alcançam o conhecimento prático do que é viver pela fé.
Oitavo, a aflição coopera para o bem quando desliga e afasta os cristãos das coisas do
mundo.
Nono, a aflição é proveitosa para preparar o povo de Deus para a sua herança celestial. A
aflição eleva as suas almas até o céu, para buscarem "a cidade que tem fundamentos, da
qual Deus é o arquiteto e edificador"(Hb 11:10). A aflição pavimenta o seu caminho para a
glória. "Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de
glória, acima de toda comparação"(2 Co 4:17). "Aquele que corre para receber a coroa",
escreveu John Trapp, "não se incomodará muito com um dia chuvoso".
Filhos de Deus, isso não é suficiente para convencê-lo que a aflição é para o seu
bem __ que "nada" de bom ou necessário "faltará" a vocês, tanto temporal como
espiritualmente? Ainda que o vento da aflição seja contrário à sua carne, Deus se agrada em
usá-lo para conduzir você ao céu. As suas aflições são sob medida para ajustarem-se com
precisão divina a você durante todo o caminho para a glória. "Em tudo (até mesmo nas
aflições) dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus ...." (1 Ts 5:18).
50
Ashbel Green Simonton:
O Fundador do Presbiterianismo no Brasil
Vida Familiar: Simonton nasceu no dia 20 de janeiro de 1833, na
cidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos da América do Norte.
Descendia de família da alta sociedade. Seus pais, Martha Davis e
William Simonton, eram cristãos piedosos e praticantes do culto
doméstico. Seu pai era médico, político e presbítero. Nasceu e
cresceu num lar cristão. Por ocasião do seu batismo, os pais o
encorajaram ao ministério.
Vida Religiosa: Aos dezessete anos, no inverno de 1850, teve
uma profunda experiência com Deus, denominando de uma
verdadeira conversão. Em 03 de março de 1855, fez a sua pública
profissão de fé.
Visão Missionária: Em 14 de outubro de 1855, após ouvir a
pregação do Rev. Hodge sobre a tarefa da Igreja, Deus colocou no
seu coração a convicção do chamado para o campo missionário
estrangeiro. Com 26 anos de idade, formou-se em Teologia e
parte do curso de Direito. Foi ordenado em 1859, ano em que
veio ao Brasil.
Ação Missionária: Chegou ao Rio de Janeiro no dia 12 de agosto
de 1859. Suas primeiras pregações se deram nos próprios navios
ancorados. Como estratégia missionária, alugou uma sala no
centro da cidade onde dava aulas de inglês grátis, como
oportunidade para pregar o Evangelho. Em 22 de abril de 1860,
funda a primeira escola dominical presbiteriana, com apenas cinco
crianças. Em 1862, no dia 12 de janeiro, funda a Igreja
Presbiteriana do Rio de Janeiro, recebendo dois membros por
profissão de fé e batismo: Henry Milford, americano, e Camilo
Cardoso de Jesus, português. Ministra a ceia do Senhor aos
membros fundadores. Em 1863, funda a primeira Igreja
Presbiteriana de São Paulo. Em 1864, funda o primeiro jornal
presbiteriano: "Imprensa Evangélica". Outras igrejas foram
surgindo em São Paulo e Minas. Em 1865, organiza o primeiro
Sínodo Brasileiro. Organiza, também, um seminário no Rio de
Janeiro.
Sua Morte Prematura: Após oito anos de trabalho incansável,
oração e determinação, após a perda da filha única e da própria
esposa, partiu em 09 de dezembro de 1867, com apenas 36 anos,
para a presença de Deus, o seu Senhor. Deus marcou a sua
vida; sua vida marcou o presbiterianismo no Brasil.
Rev. Isaías Cavalcanti
Pastor auxiliar da Catedral Presbiteriana do Rio de Janeiro
51
O PARADOXO DE NOSSO TEMPO
O paradoxo de nosso tempo na história é que temos edifícios mais
altos, mas pavios mais curtos; auto-estradas mais largas, mas pontos de vista
mais estreitos; gastamos mais, mas temos menos; nós compramos mais, mas
desfrutamos menos.
Temos casas maiores e famílias menores; mais conveniências, mas
menos tempo; temos mais graus acadêmicos, mas menos senso; mais
conhecimento e menos poder de julgamento; mais proficiência, porém mais
problemas; mais medicina, mas menos saúde.
Gastamos de forma perdulária, rimos de menos, dirigimos rápido
demais, nos irritamos muito facilmente, ficamos acordados até tarde,
acordamos cansados demais, raramente paramos para ler um livro, ficamos
tempo demais diante da TV e raramente oramos.
Multiplicamos nossas posses, mas reduzimos nossos valores.
Falamos demais, amamos raramente e odiamos com muita freqüência.
Aprendemos como ganhar a vida, mas não vivemos essa vida. Adicionamos
anos à extensão de nossas vidas, mas não vida à extensão de nossos anos. Já
fomos à Lua e dela voltamos, mas temos dificuldade em atravessar a rua e
nos encontrarmos com nosso novo vizinho.
Conquistamos o espaço exterior, mas não nosso espaço interior.
Fizemos coisas maiores, mas não coisas melhores. Limpamos o ar, mas
poluímos a alma. Dividimos o átomo, mas não nossos preconceitos.
Escrevemos mais, mas aprendemos menos. Planejamos mais, mas
realizamos menos. Aprendemos a correr contra o tempo, mas não a esperar
com paciência. Temos maiores rendimentos, mas menor padrão moral.
Temos mais comida, mas menos apaziguamento. Construímos mais
computadores para armazenar mais informações para produzir mais cópias
do que nunca, mas temos menos comunicação. Tivemos avanços na
quantidade, mas não em qualidade.
Estes são tempos de refeições rápidas e digestão lenta; de homens
altos e caráter baixo; lucros expressivos, mas relacionamentos rasos. Estes
são tempos em que se almeja paz mundial, mas perdura a guerra nos lares;
temos mais lazer, mas menos diversão; maior variedade de tipos de comida,
mas menos nutrição. São dias de duas fontes de renda, mas de mais
divórcios; de residências mais belas, mas lares quebrados.
São dias de viagens rápidas, fraldas descartáveis, moralidade
também descartável, ficadas de uma só noite, corpos acima do peso, e
pílulas que fazem de tudo: alegrar, aquietar, matar.
Igreja Presbiteriana Luz do Mundo – Rio - RJ
52
LEMBRAI -VOS DA MULHER DE LÓ (Lc.17: 32)
A esposa de Ló professava a verdadeira religião: seu marido era
um "homem íntegro" (2 Pedro 2:8). Ela deixou Sodoma com ele no dia da
sua destruição; ela olhou para trás, em direção a cidade, em desobediência
a ordem expressa de Deus; ela morreu imediatamente, transformando-se
em uma estátua de sal. E o Senhor Jesus Cristo a utiliza como exemplo para
Sua igreja; Ele diz: "Lembrai-vos da mulher de Ló".
Ele está falando da Sua segunda vinda, quando virá julgar o
mundo; Ele está descrevendo o estado terrível de despreparo no qual
muitos serão achados. Os últimos dias estão na Sua mente, quando Ele nos
diz: "Lembrai-vos da mulher de Ló". O Senhor Jesus estava falando aos
Seus discípulos; Ele não estava falando para os escribas e fariseus que o
odiaram, mas a Pedro, Tiago e João, e muitos outros que O amaram;
mesmo para esses, Ele julga proveitoso uma palavra de precaução. Ele os
diz: "Lembrai-vos da mulher de Ló".
Você vive em tempos em que há muitas pessoas vivendo igual a
esposa de Ló. Ouça pois, a lição que o caso dela nos ensina.
Aprenda que a mera possessão de privilégios religiosos não
salvarão a alma de ninguém. Você pode ter vantagens espirituais de todo
tipo; você pode viver e gozar das mais ricas oportunidades e meios de
graça; você pode desfrutar da melhor pregação e das instruções mais
verdadeiras; você pode morar no meio da luz, conhecimento, santidade e
boa companhia. Tudo isso é possível; contudo, você ainda pode permanecer
não convertido, e estar perdido para sempre.
Joabe era o capitão de Davi; Geazi era o criado de Eliseu; Demas era
companheiro de Paulo; Judas Iscariotes era discípulo de Cristo; e Ló teve
uma esposa mundana e incrédula. Todos eles morreram em seus pecados.
Eles baixaram à cova apesar do conhecimento, advertências e
oportunidades; e todos eles nos ensinam que os homens necessitam não só
de privilégios. Eles precisam da graça do Espírito Santo.
Vamos valorizar nossos privilégios religiosos, mas não vamos
descansar completamente neles. Vamos desejar ter o benefício deles em
nossas atividades, mas não vamos colocá-los no lugar de Cristo. Vamos
usá-los com gratidão, se Deus no-los der, mas nos preocupemos em que
eles produzam algum fruto em nosso coração e vida. Se eles não produzem
o bem, eles seguramente causarão dano; eles cauterizarão a consciência, eles
aumentarão a responsabilidade, eles agravarão a condenação. O mesmo
fogo que derrete a cera endurece o barro; o mesmo sol que faz a árvore
vivente crescer, seca a árvore morta e a prepara para queimar. Nada
endurece mais o coração do homem, do que uma familiaridade estéril com
as coisas sagradas. (Is.40:3; ICo.7:20; Ef.4:1; 2Pe.1:10)
53
Amor - o que é?... Allinges Lenz César Mafra
Amor é permuta contínua.
Aperfeiçoamento constante. É busca, esforço, entrega,
respeito, paciência, doação e troca — não em aparência, mas em profundidade. É o
encontro alegre, reconfortante e sempre renovado de duas personalidades
diferentes e livres, mas ao mesmo tempo cativas, que viajam juntas, sem nunca se
perder uma da outra. Algumas vezes seguindo cada qual a direção que mais lhe
apraz; ou ambas pedalando um tandem, aquela bicicleta de quatro rodas — que
raridade!
Amar é ter e dar o direito de ser autêntico, livre, espontâneo, criativo,
feliz, sem necessidade de se encafuar, de se esconder no mato fundo para liberar
alegria, criatividade, sensibilidade e sonhos não compartilhados. É exibir, isento de
temor e recalques, a mancha roxa do desencanto, sem ter de dar exageradas e
nervosas explicações. É ter chance de prender sonhos, planos, seu segredo e seu
mistério no gargalo da alma, até explodir — ou não — em revelação.
Amar é simplesmente deixar cada um ser, ou ir sendo, em confiante e
saudável mansuetude — com a certeza da não-traição, a não-difamação, a não-
crítica e a humilhação exacerbada e contínua —, visto que cada um sabe o que o
outro na verdade é. Amor assim amado é fundo e ameno amor, onde não faltam
conhecimento, troca, descoberta, crescimento e alegria — ingredientes infalíveis a
uma compensadora ligação. Mas não se esteja inerme, estático, como se o amor
fosse um rio-mar, um Amazonas caudaloso e estuante. Antes de tudo ele é um
riacho que caminha em direção ao amplo oceano, uma paciente, corajosa e
arrojada construção, com bases muito sólidas, para que não desmorone, e sobre
elas colunas, sapatas, andares sobrepostos, varandas, amplos espaços. Tudo
debaixo do olhar atento de Deus, que não descuida um minuto daquele pedaço de
chão. Essa é uma construção sempre necessitada de reforma e conservação; sujeita
a consertos, acréscimos, supressões, mudanças, novos projetos e decorações.
Nunca terminada. Tudo posto sobre alicerces intocáveis: respeito, limpeza de alma
e de atitudes, dignidade, conservação dentro de limites — pois Deus tudo vê,
passeia com seus anjos por toda a casa, onde... os caminhos do homem estão
perante seus olhos, e Ele considera todas as suas veredas (Pv 5.21).
Um amor como o que as Escrituras nos ensinam, desejável a corações
amorosos, digno aos olhos de Deus e dos filhos, limpo sem ser banal, prazeroso
sem ser cansativo, alegre sem ser frívolo; amor que provoque orgulho e
enternecimento nos filhos, e atraia a bênção do céu, não o apoio do Maligno, este é
o amor que amo!
Sei que quando entendido e resolvido dentro dos parâmetros de Deus o
amor tem futuro. Não sendo dessa maneira elaborado, é como velha mansão
caindo aos pedaços, arruinando-se por dentro e por fora. Despertando
desaprovação e tristeza nos que assistem ao seu desmoronamento; ao lixo em que,
por exclusiva responsabilidade de insensatos, acabou se transformando.
Ultimato -Setembro /Outubro 1999
54
Confissão de Pecado
A menos que haja uma verdadeira e sincera confissão de
nossos pecados a Deus, não temos nenhuma promessa que nós
acharemos clemência no sangue do Redentor. "Todo aquele que
confessar seus pecados e os abandonar achará misericórdia". Mas não há
nenhuma promessa na Bíblia para o homem que não confessar seus
pecados .
 Há muitos que fazem uma confissão, e uma confissão diante
de Deus, e não recebem nenhuma bênção, porque a confissão deles
não tem certas marcas que são requeridas por Deus, que provariam
sua genuinidade e sinceridade e que demonstrariam terem sido fruto
do trabalho do Espírito Santo.
Podemos ver como a palavra “pequei”, nos lábios de homens
diferentes, indicam sentimentos muito diferentes. Enquanto uma
pessoa diz "eu pequei" e recebe perdão, outro diz o mesmo, porém
segue seu caminho para se enegrecer com pecados piores que antes e
mergulha em profundezas maiores de pecado do que antes ele tinha
experimentado.
1- O Pecador Endurecido.
Faraó: "eu pequei ". - Êxodo 9:27.
2- O Homem Dúbio
BALAÃO: "eu pequei". -Nm. 22:34.
3- O Homem Insincero.
SAUL : "eu pequei". -1 Samuel 15:24.
4- O Penitente Duvidoso.
ACÃ: "eu pequei". - Josué 7:20.
5- O Arrependimento do Santo.
Jó: " eu pequei ". - Jó 7:20
6- A Confissão Abençoada
O PRÓDIGO: " eu pequei ". - Lc. 15:18.
Somos chamados a confissão de pecado, devemos
esquadrinhar nosso coração e observar com seriedade nossos
caminhos. Muitos estão imobilizados, fragilizados, por que, não estão
levando a sério a confissão de pecado. Não diga apenas “pequei”
seja verdadeiro em sua confissão. BLH “Façam coisas que mostrem
que vocês se arrependeram dos seus pecados.” Mt.3:8
55
Líderes qualificados Igreja Santificada Estudo Nº1:
PRESBÍTEROS E DIÁCONOS: QUEM SÃO E O QUE FAZEM?
Os termos "presbíteros", "bispos" e "diáconos"
"Presbíteros" e "bispos" ocorrem paralelamente no Novo
Testamento e referem-se àqueles líderes espirituais de cujo
ministério e conduta depende o bem estar da igreja.
 "Presbítero" vem do grego "presbíterós", que quer
dizer "ancião". O costume de escolher homens mais
experimentados para ajudar na liderança do povo de
Deus remonta à época em que Moisés nomeou "setenta
anciãos" para ajudá-lo na condução do povo de Israel,
no deserto (Nm 11.15-17). Posteriormente, no
Judaísmo, cada Sinagoga veio a ter os seus "anciãos".
Eles presidiam a congregação, repreendiam e
disciplinavam quando necessário, conciliavam os
inimigos, exerciam a supervisão material e espiritual.
 "Bispo" vem do grego "episcopos" e significa
"supervisor", "superintendente" (I Tm 3.1-2).
 "Diácono" vem do grego "diakonos" e significa
"ministro" ou "servo". "Diakonia", que aparece mais
vezes no Novo Testamento, significa "serviço",
"ministério". Não se refere apenas ao ministério hoje
atribuído aos nossos "diáconos". Paulo descreve
Epafras corno "diakonos" ou 'ministro de Cristo" (Cl 1.7)
e a si mesmo como "diakonos" ou "ministro" do
Evangelho e da igreja (Cl 1.23,25). Entretanto, o relato,
em At 6, sobre a escolha de 7 homens aprovados para
supervisionarem a administração do fundo para as
viuvas, é comumente tornado corno a instituição formal
do diaconato. Este é o primeiro exemplo de entrega de
responsabilidades administrativas e sociais a homens
dotados de caráter e dons apropriados. Tornou-se um
procedimento típico nas igrejas gentias.
A excelente obra do presbiterato
Paulo escreveu a Timóteo: "Se alguém aspira ao episcopado,
excelente obra almeja" (I Tm 3.1). Que obra excelente é esta?
56
a. Pastorear o rebanho com o pastor, que também é
"presbítero" (At 20.17-18; I Pe 5.1-3).
b. Ensinar a Palavra (I Tm 3.2; 5.17).
c. Refutar os que contradizem a Verdade (Tt 1.9,11).
d. Governar, presidir, liderar (I Tm 3.4-5; 5.17).
e. Orar com e pelos doentes (Tg 5.14).
A Constituição da Igreja Presbiteriana do Brasil diz o
seguinte sobre as funções dos presbíteros: "... corrigir ou
admoestar os faltosos; auxiliar o pastor no trabalho de visitas;
instruir os neófitos (novos convertidos); consolar os aflitos; qualificações que os presbíteros e os diáconos precisam ter.
cuidar da infância e da juventude; orar com os crentes e por São elas:
eles; informar o pastor dos casos de doenças e aflições;  Irrepreensível
distribuir os elementos da Santa Ceia; tomar parte na  Esposo de uma só mulher
ordenação de ministros e oficiais; representar o Conselho no  Bom chefe de família
Presbitério, este no Sínodo e no Supremo Concílio" (CI-IPB,  Hospitaleiro
Art. 51).  Temperante
A excelente obra do diaconato  Sóbrio
Com base em Atos 6, os diáconos cuidam da  Modesto
beneficência da igreja, um trabalho tão importante e difícil que  Não dado ao vinho
o texto menciona a necessidade de serem os diáconos  Não violento
"homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria"  Cordato
(v.3). Estêvão, um daqueles primeiros 7 diáconos, era "homem  Inimigo de contendas
cheio de fé e do Espírito Santo"(v.5). Alguns diáconos  Não avarento
receberam também o dom da profecia e/ou do ensino e o  Apto para ensinar
talento natural para discursar, de modo que, além da  Não seja neófito
beneficência, exerciam também o ministério da Palavra. Foi o  Tenha bom testemunho dos de fora
caso de Estêvão (At 6.8-7.53) e de Filipe (At 8.5ss).  Piedoso
A Constituição da Igreja Presbiteriana do Brasil diz o Vamos estudar cada uma destas virtudes. Nosso
seguinte sobre o diaconato: "O diácono é o oficial eleito propósito é duplo: (a) preparar-nos para uma eleição de
pela igreja e ordenado pelo Conselho para, sob a supervisão presbíteros e diáconos; (b) desenvolver estas virtudes em
deste, dedicar-se especialmente: (a) à arrecadação de nossas próprias vidas, uma vez que, na Palavra de Deus, elas
ofertas para fins piedosos; (b) ao cuidado dos pobres, não se restringem aos "oficiais" da igreja. Naturalmente,
doentes e inválidos; (c) à manutenção da ordem e reverência nenhum de nós possui todas estas virtudes, no grau
nos lugares reservados ao serviço divino; (d) exercer a recomendado. Mas o importante é estarmos conscientes de
fiscalização para que haja boa ordem na Casa de Deus e sua necessidade e crescendo na prática das mesmas...
suas dependências."

57
As qualificações necessárias
Em I Pe 5.1-3, vemos que os presbíteros (incluindo os
pastores) devem ser "modelos do rebanho". Os diáconos,
conforme observamos em At 6.3-5, devem ser "homens cheios
do Espírito Santo e de sabedoria... e de fé". Paulo, em II Tm
2.2, fala de "homens fiéis e idôneos." Este mesmo apóstolo,
nas duas passagens mais importantes sobre presbíteros e
diáconos, I Tm 3.1-12 e Tt 1.5-9, enumera cerca de vinte
58
Líderes qualificados Igreja Santificada Estudo Nº 2:
LÍDERES IRREPREENSÍVEIS
Presbíteros, diáconos e os crentes de modo geral
devem ser irrepreensíveis (I Tm 3.2; Tt 1.6.7). Paulo coloca
esta virtude em primeiro lugar porque ela é a principal e
engloba todas as outras.
O significado do termo
Irrepreensível é "o que não merece censura; que não pode ser
repreendido" (Dicionário KLS). Esta qualidade relacionada por
Paulo não constitui uma novidade no pensamento do Novo
Testamento. Quando a igreja enfrentou o seu primeiro
problema de organização em Jerusalém, os apóstolos
recomendaram que sete "homens de boa reputação" fossem
escolhidos para ajudar a resolver o problema da distribuição
dos alimentos (At 6.3). A idéia é a mesma. Um homem
irrepreensível é um homem de boa reputação, de
comportamento exemplar.
Quando Paulo chegou a Listra em sua segunda viagem
missionária, ele ouviu falar de Timóteo. "Dele davam bom
testemunho os irmãos em Listra e Icônio" (At. 16.2). Em outras
palavras, Timóteo tinha uma "boa reputação"; era
"irrepreensível" em todo o seu procedimento. Observe três
coisas:
f. As pessoas falavam sobre Timóteo. Uma boa reputação
gera comentários, antecedentes positivos.
g. Mais de uma pessoa estava falando bem de Timóteo.
Este é um bom teste para saber se uma pessoa tem ou
não uma boa reputação. Todos temos um ou dois
amigos que nos admiram, mas o que as pessoas em
geral estão dizendo?
h. Os irmãos falavam bem de Timóteo em Listra e Icônio.
A reputação de Timóteo era boa em casa e longe de
casa. Quando nos dois lugares há concordância de bom
testemunho acerca de um homem, podemos saber com
certeza que ele é irrepreensível. Paulo ficou
impressionado com a reputação de Timóteo. Este era o
59
homem (um jovem) que ele queria que "fosse em sua
companhia" (At 16.3).
Leva tempo edificar urna boa reputação. Mas deveria
ser o alvo de cada cristão. Deve acontecer naturalmente
enquanto crescemos e amadurecemos na vida cristã.
"Desenvolvei a vossa salvação..."
Como dissemos, esta qualidade, que engloba todas as
outras, não aparece somente aqui em I Tm 3 e Tt 1. Paulo, em
Ef 1.4, ensina-nos que Deus "nos escolheu nEle (Cristo) antes
da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis
perante Ele". E em CI 1.21-22 diz que "Ele nos reconciliou...
para apresentar-nos perante Ele santos, inculpáveis e
irrepreensíveis" (Ver também Ef 5.25b-27). Em I Co 1.8,
lemos esta promessa: "Cristo vos confirmará até ao fim, para
serdes irrepreensíveis no dia de nosso Senhor Jesus Cristo".
Cristo começou uma "boa obra" em nós e há de completá-la!
(Fl 1.6).
Em Fl 2.12b,15 somos exortados a cooperar com o
Salvador, não na salvação propriamente, mas no
desenvolvimento das virtudes que devem caracterizar a vida
dos salvos: "... desenvolvei a vossa salvação para que vos
torneis irrepreensíveis... inculpáveis no meio de urna geração
pervertida e corrupta..." Não há necessidade de empurrar
estas virtudes para o "dia de Cristo". Ou seja, não devemos
nos acomodar e pensar que só no fim do mundo, no dia da
volta de Cristo é que seremos irrepreensíveis. Pedro exorta
aos que aguardam aquele dia: "...empenhai-vos por ser
achados por Ele... sem mácula, irrepreensíveis... E crescei
na graça..." (II Pe 3.10-18).
"Modelos do rebanho"
Vê-se, nestas passagens, que todos os filhos de Deus
devem ser irrepreensíveis. Mas em I Tm 3.l-13 e Tt 1.5-9,
aprendemos que os presbíteros e diáconos, por razão de suas
posições de liderança, devem ser "modelos do rebanho", nisto
e em tudo o mais (I Pe 5.3). O apóstolo Paulo, que também
ocupava posição de liderança , pôde escrever aos
60
tessalonicenses. "Vós e Deus sois testemunhas do modo por
que piedosa, justa e irrepreensivelmente procedemos em
relação a vós outros, que credes" (I Ts 2.10. Ver At 20.18; I Co
11.1). Este procedimento irrepreensível de Paulo e seus
companheiros em Tessalônica produziu frutos maravilhosos
porquanto os muitos novos convertidos naquela cidade
tornaram-se "imitadores" do apóstolo e, eles próprios,
"modelos para todos os crentes na Macedônia e na Acaia" (I
Ts 1.6-7). No verso seguinte, Paulo lhes diz: "... de vós
repercutiu a palavra do Senhor... e por toda parte se divulgou
a vossa fé para com Deus..." Outra vez, a "boa reputação"!
Líderes qualificados Igreja Santificada Estudo Nº 3:
O LÍDER E SEU LAR
Sob este título, vamos estudar as qualidades
mencionadas por Paulo em I Tm 3.-13 e Tt 1.5-8 e que estão
relacionadas com o lar do pastor, do presbítero e do diácono,
em especial, e dos cristãos, de modo geral.
"Esposo de uma só mulher"
A expressão não quer dizer que o líder cristão tem que
ser casado. Significa, sim, que ele tem que ser puro e, se
casado, deve ser absolutamente fiel à sua mulher. É preciso
lembrar que esta recomendação foi feita num tempo em que a
poligamia era muito comum. Muitos conversos ao cristianismo
eram de procedência pagã e praticantes da poligamia. Havia
judeus que a admitiam. Em nossos dias, as leis e os códigos
de moral não permitem a poligamia, mas os casos furtivos ou
públicos de infidelidade conjugal e de concubinato se
multiplicam. O cinema, a televisão, a literatura e os pseudo-
conselheiros matrimoniais têm contribuído muito para isto. E,
que tragédia! Alguns crentes e mesmo líderes de igreja têm
cedido às pressões e às tentações.
Veja nas passagens seguintes a seriedade com que a Bíblia
trata deste assunto. Há muitas outras, mas a espaço aqui só
nos permite citar estas:
61
 Jó 31.1-12. Jó era um "homem íntegro e reto, temente a
Deus, e que se desviava do mal" (1.1). Mas ele também
teve que fazer uma aliança com os seus olhos...
Compare com II Sm 11.2-4; Nm 15.39b; Mt 5.27-29.
 Pv 5.8, 15-23 (leia todo a capítulo). 0 sexo, com a
própria e única mulher (ou com o próprio e único
marido) é criação e dadiva de Deus, que visa a
procriação (SI 127.3; 128.3-4) e o prazer (Pv 5. 18-19; I
Tm 4.3-5). Fora do casamento, o sexo é iniqüidade que
prende, cordas de pecado que detém, falta de disciplina,
loucura (Pv 5.22-23).
 MI 2.14-16. Note a importância que Deus dá aos votos
feitos no casamento. Ele foi testemunha dos mesmos, e
não se esquece... O patriarca Abraão é censurado no
v.15 (ver Gn 16.1-4). ''Ninguém seja infiel para com a
mulher da sua mocidade".
Alguns passos preventivos:
i. Evite as fantasias sexuais. Veja Fl 4.8.
a. Se estiver namorando ou noivando, Iembre-se de que
Deus preservou a sexo para a casamento. Veja I Ts 4.3-
8. Carícias em demasia nesse período comprometem o
relacionamento do casal depois, na vida conjugal
(haverá desconfiança, ciúme etc.).
a. Se você é casado(a), ame a sua esposa (ou o seu
marido); cultive um relacionamento feliz com ela (ou
com ele). A vida espiritual do casal,
a. assim como a comunicação e o sexo são da máxima
importância. Ver Cl 3.19; I Pe 3.7; Tt 2.4-5; I Co 7.2-5.
a. Evite expor-se deliberadamente às tentações. Cada um
conhece a sua estrutura e as suas reações. Por que
permitir-se conflitos e riscos desnecessários? Ver I Co
6.18; II Tm 2.22.
a. Fortaleça-se com o estudo regular da Bíblia, com
orações constantes e participação na adoração da
igreja. SI 119.11;Mt 26.11; Hb 10.25.
"Que governe bem a sua própria casa"
62
Em nosso dias, mais e mais homens e mulheres estão
confusos a respeito desta importante questão: o governo da
casa. Há maridos tiranos, machistas, totalitários... E há
aqueles que se curvam, se rendem, e entregam o "governo da
casa". Cuidam do seu trabalho (às vezes nem isto) e deixam
para a esposa o controle das finanças, das compras, dos
horários, e a criação e educação dos filhos. Isto é muito
cômodo... e trágico. Não importando o grau de submissão de
sua mulher (Ef 5.22-24) e da obediência dos filhos (Ef 6.1), o
marido e pai deve assumir plenamente a sua posição de
"cabeça" e governar bem a sua casa. Esse "bem" certamente
envolve amor, amizade, humildade, sabedoria, firmeza,
presença, conhecimento bíblico, oração. A ênfase dos textos
parece estar na educação dos filhos: "governe... criando os
filhos sob disciplina, com todo respeito" (I Tm 3.4); "que tenha
filhos crentes, que não são acusados de dissolução, nem são
insubordinados" (Tt 1.6). A razão desta exigência, no caso dos
líderes da igreja é simples: "pois se alguém não sabe governar
a própria casa, come cuidará (governará) da igreja de Deus?"
"Hospitaleiro"
Se os cristãos de modo geral devem "praticar a
hospitalidade" (Rm 12.13), muito mais os líderes da Igreja. As
portas de suas casas devem estar abertas para pregadores e
evangelistas itinerantes, músicos, cantores, irmãos em Cristo e
mesmo estranhos (ainda que certos cuidados sejam
necessários nestes dias de tanta exploração, maldade,
violência). Convidar irmãos para uma refeição, acolher um
Pequeno Grupo de estudo bíblico e comunhão são formas de
praticar a hospitalidade. Ver Lc 10.38; At 10.22-27; 76.15;
16.34; Rm16.23; I Co 16.19.
63
Líderes qualificados Igreja Santificada Estudo Nº 4:
LÍDERES BEM EQUILIBRADOS
Sob este título, estudaremos as virtudes relacionadas
com o equilíbrio emocional e temperamental tanto dos líderes
como dos demais cristãos.
"Temperante"
I Tm 3.2. Ver também I Tm 3.11 e Tt 2.2. O indivíduo
temperante tem uma perspectiva clara e profunda da vida;
seus prazeres não são primariamente os dos sentidos, mas,
sim, os da alma; não se dá a excessos (na alimentação, no
trabalho, na doutrina), mas é moderado, equilibrado e
cuidadoso. Esta virtude relaciona-se com os gostos e hábitos
físicos, morais e mentais. Ver Fl 4.5.
"Sóbrio"
I Tm 3.2; Tt 1.8. A palavra grega, que nestas passagens
é traduzida por "sóbrio", aparece em Tt 2.2,5 e é traduzida
por "sensato". Também pode significar "prudente". Talvez o
melhor comentário sobre o que Paulo tinha em mente se
encontra em Rm 12.3. O apóstolo queria instruir os cristãos a
fazerem uma avaliação mais "sóbria", "sensata" ou "prudente"
de si mesmos em relação a Deus e aos outros cristãos. Ver
Rm 12.4-8; 1 Co 12.14-27. Nas igrejas de Roma e de Corinto,
havia crentes que tinham uma opinião demasiadamente
elevada acerca de seus respectivos dons espirituais e posição
no corpo de Cristo. Conseqüentemente, Pauto teve de
escrever-lhes: "digo a coda um dentre vós que não pense de si
mesmo além do que convém, antes, pense com moderação..."
(Rm 12.3). As pessoas sóbrias são necessariamente
humildes. Elas têm uma opinião equilibrada a seu próprio
respeito. Estão cônscias de que tudo o que têm (dons,
habilidades, posses, etc.) vem de Deus. Sem Ele, não são
nada (Jo 15.4).
Todavia, esta virtude não significa fraqueza. Ter uma
perspectiva adequada do nosso lugar dentro da família de
Deus e reconhecer que não somos nada sem Cristo, não
significa que devemos ser tímidos, retraídos, sem auto-estima,
64
sentindo-nos incapazes. Timóteo, ao que parece, tinha
problemas neste setor. Paulo escreveu-lhe: "...te admoesto
que reavives o dom de Deus, que há em ti... Porque Deus não
nos tem dado espírito de covardia, mas de poder, de amor e
de moderação. Não te envergonhes, portanto... " (II Tm 1.6-8).
E "ninguém despreze a tua mocidade... " (I Tm 4.12).
As pessoas, mesmo crentes, freqüentemente vão a dois
extremos. Ou se consideram um fracasso ou têm uma opinião
exagerada de si mesmas. Precisamos saber que tudo o que
somos e temos provém de Deus, graciosamente. Por outro
lado, devemos reconhecer e usar os recursos materiais, os
talentos naturais e os dons espirituais que Deus nos tem dado
e com eles fazer grandes façanhas para Deus (II Co 3.4-6a; Fl
4.13).
"Modéstia"
I Tm 3.2. No original grego, o termo significa "bem
comportado", "respeitável', "ordeiro" ou "bem- organizado".
Paulo está dizendo aqui que o líder da igreja deve ter uma vida
bem organizada, tanto no que diz respeito à moral interior
como no que se refere à conduta exterior. Pensamentos e
conceitos organizados, arrumados e limpos; vestimenta,
calçado, cabelo, barba, casa, jardim, mesa de trabalho, carro,
tudo bem tratado e com boa aparência. Paulo usa a mesma
palavra quando fala da maneira como as mulheres devem se
vestir (I Tm 2.9-10).
A forma verbal dessa palavra é ainda mais
esclarecedora. Aparece em Mt 12.44 (casa varrida e
ornamentada), Mt 23.29 (túmulo adornado), Mt 25.7 (lâmpadas
preparadas), Lc 21.5 (templo ornado de belas pedras e de
dádivas). Mas talvez o uso mais expressivo do termo seja o
que Paulo lhe dá em Tt 2.9-10. Os servos devem ser
obedientes, não respondões etc., "a fim de ornarem... a
doutrina de Deus, nosso Salvador". Esta ilustração,
naturalmente, alarga o conceito da respeitabilidade ou
modéstia. Paulo está dizendo que urn homem respeitável ou
modesto adorna os ensinamentos do Bíblia. A fala, a veste, o
66
escritório, o lar, os negócios - tudo deve ser mantido em
ordem, com boa aparência, a bem do testemunho e da
doutrina. Nosso Deus é ordeiro!
'Não dado ao vinho"
I Tm 3.3,8; Ti 1.7. A posição bíblica nessa questão de beber
ou não beber vinho (ou bebidas alcoólicas como cerveja, e
outras mais fortes) é a de equilíbrio, de moderação e cuidado.
Paulo diz: "não dado ao vinho" e "não inclinado a muito
vinho". Em I Tm 5.23 ele mesmo recomenda ao jovem pastor
Timóteo: "Não continues a beber somente água; usa urn
pouco de vinho por causa do teu estômago e das tuas
freqüentes enfermidades". Naquela época, o vinho era
reputado medicamente útil na ajuda à cura de várias
enfermidades; e quem sofria de dificuldades de digestão
poderia ser ajudado mediante o uso maderado do vinho.
Em suas epístolas, Paulo combate a posição extremada dos
hereges gnósticos da época, os quais pregavam o ascetismo
(práticas de abstinência com fins espirituais ou religiosos). Ver
I Tm 4.3-4; Cl 2.16,18. E também Jo 2.1-11; Mt 11.19.
Por outro lado, o mesmo apóstolo e outros autores sagrados
condenam veementemente o uso abusivo do vinho (suco de
uva fermentado) e de bebidas fortes. Paulo escreveu aos
Efésios: "Não vos embriagueis com vinho no qual há
dissolução..." (Ef 5.18). E o sábio Salomão escreveu nos
Provérbios: "Para quem são os ais? para quem os pesares?...
para os que se demoram em beber vinho, para os que andam
buscando bebida misturada. Não olhes para o vinho quando...
resplandece no copo... " Em outras palavras, se o vinho lhe
parece tão atraente, tentador, evita-o! Ver Pv 23.29-35.
Há um outro aspecto deste assunto que precisamos
considerar. Embora Paulo não ensinasse a abstinência total
por motivos ascéticos (que estimulam o orgulho espiritual), ele
disse aos romanos: "... é bom não comer carne, nem beber
vinho, nem fazer qualquer outra coisa com que teu irmão
venha a tropeçar" (Rm 14.15-21 e 15.1-3). O amor aos irmãos
é o princípio mais elevado.
67
Assim, temos dois ensinos diretos na Palavra de Deus em
relação ao vinho ou outra bebida forte:
 Não podemos ser adeptos da bebida e jamais devemos
permitir que ela nos influencie negativamente.
 Haverá circunstâncias em que a melhor coisa a fazer é
abster-nos totalmente do vinho (e bebidas alcoólicas) a
fim de não servir de escândalo para outros.
Os líderes, mais que os seus liderados, têm o dever de praticar
estes princípios.
Líderes qualificados Igreja Santificada Estudo Nº 5:
LÍDERES DA PAZ
Consideremos agora as virtudes que permitem que os
líderes sejam instrumentos da paz e harmonia no lar, no
trabalho e na igreja.
"Não arrogante"
Tt 1.7. Arrogar é ter como próprio, atribuir-se a si. Diz-se
"arrogar-se o direito de". O indivíduo arrogante é altivo,
orgulhoso, pretencioso, teimoso; ele pensa que nunca erra, e
jamais admite que cometeu um erro; sempre acaba fazendo o
que quer. Se tiver que entregar os pontos, ele o faz
resmungando. "Esta bem" - diz ele - "mas acho que esta não é
a melhor maneira de resolvermos o assunto..." O homem
arrogante age corno um ditador no seu lar, e a tendência é ser
assim no trabalho e na igreja. Ele toma as decisões e os outros
quase nada podem dizer ou fazer, senão curvar-se à sua
vontade (pelo menos na sua presença).
A palavra grega traduzida por arrogante em Tt 1.7 só
aparece em mais urn outro lugar no Novo Testamento: em II
Pe 2.10. Aqui foi usada num contexto mais amplo, rico em
significado. Trata-se de um caso extremo de arrogância. Pedro
adverte os cristãos contra os falsos mestres e diz como
reconhecê-los. Eles "seguirão as suas práticas libertinas, e...
movidos por avareza, farão comércio de vós, com palavras
fictícias..." (2.2-3). Eles "menosprezam qualquer governo".
Serão " atrevidos, arrogantes " (2.10). Seu coração será
68
"exercitado na avareza" (2.14), e falarão "palavras
jactanciosas de vaidade" (2.18). O perfil está claro. O homem
arrogante é um homem ego-centralizado...
"Não irascível"
Tt I.7. 0 líder cristão não pode ser irascível; não pode irritar-se
ou encolerizar-se com facilidade; não pode perder as
estribeiras; não pode ser "pavio curto".
Nem toda ira é pecado. A Bíblia fala da ira de Deus (SI 76.7; Jo
3.36). Mas esta tem o sentido de "justa indignação" (SI 7.11) e
justo juízo (Rm 2.5-10; Ef 5.6). Jesus manifestou indignação
repetidas vezes durante o seu ministério terreno (Mc 3.5; Jo
2.13-17). Os cristãos, conseqüentemente, podem e devem irar-
se, manifestando a sua indignação e reprovação ante o
pecado. De fato, há uma grande necessidade de mais ira
contra o mundo de hoje. Devemos, diante do mal descarado,
ficar indignados e não tolerantes, zangados e não apáticos.
Deus odeia o pecado e Seu povo deve odiá-lo também. Se o
mal desperta a Sua ira, também deve despertar a nossa. Ver
Nm 16.1S; I Sm 11.6; SI 119.S3.
Ao mesmo tempo, devemos lembrar-nos de que nós próprios
somos pecadores, inclinados à intemperança e à vaidade.
Precisamos vigiar esta nossa ira santa e cuidar para que não
se transforme em ira pecaminosa. Veja SI 4.4; Ef 4.26-27.
Nesta ultima passagem, Paulo tem o cuidado de equilibrar sua
expressão permissiva, "irai-vos", com três negativas:
 "Não pequeis" Devemos assegurar-nos de que a
nossa ira esteja livre do orgulho ofendido, do despeito,
da malícia, da animosidade e do espírito de vingança.
 "Não se ponha a sol sobre a vossa ira". Isto quer
dizer: não fiqueis acalentando a ira; não deixeis que
degenere em ressentimento (ver Os vs. 31-32).
 "Nem deis lugar ao diabo", porque ele sabe quão fina
é a linha entre a ira santa e a ira pecaminosa, e quão
difícil é para nós encontrarmos um uso responsável para
a ira. O diabo gosta de ficar espreitando as pessoas
zangadas, esperando poder tirar proveito da situação ao
69
provocá-las para o ódio ou a violência, ou a um
rompimento do comunhão.
"Não violento..."
I Tm 3.3. Tt 1.7. 0 que Paulo condena aqui é a atitude
agressiva que resulta da ira pecaminosa. Há indivíduos que
parecem estar sempre com os punhos cerrados, prontos para
uma briga; são iracundos, belicosos. Porque Deus se agradou
da oferta de Abel e não da sua, Caim "irou-se sobremaneira" e
acabou matando o irmão (Gn 4.4-8). Moisés tornou-se um
homem "mui manso, mais do que todos os homens que havia
sobre a terra" (Nm 12.3). Mas ele também teve os seus
problemas com a ira que degenera em raiva e, por fim, em
violência. Ver Êx 2.11-12; 32.19; Nm 20.11 com vs. 8 e 12.
Tiago e João, discípulos de Jesus, intentaram pedir fogo do
céu para consumir os samaritanos que não quiseram hospedá-
los, a eles e a Jesus (Lc 9.54).
"... porém cordato..."
Tt 3.2; I Pe 2.18 e Tg 3.17. Nesta última passagem
descreve-se a "sabedoria lá do alto". Esta é "pura. pacífica,
indulgente, tratável, plena de misericórdia..." Esta é a idéia. O
crente cordato é diametralmente oposto ao iracundo. Ainda
que jamais compromete a verdade bíblica, ele está disposto a
ceder quando a questão envolvida carece de importância real,
e mais ainda quando se trata dos seus próprios direitos. Isto
ele faz no espírito de I Co 6.7: "O só existir entre vós
demandas já é completa derrota para vós outros. Por que não
sofreis antes a injustiça?... o dano?"
"...inimigo de contendas"
Esta expressão é ainda mais abrangente que a anterior,
pois uma pessoa pode não estar inclinada a "sair no braço" e,
todavia, gostar das contendas de palavras. Veja I Co 1.11-
12;.3.3; I Tm 1.3-7; Tt 3.9 e especialmente II Tm 2.23-25.
70
Líderes qualificados Igreja Santificada Estudo Nº 6:
O LÍDER E O DINHEIRO
As expressões que vamos estudar neste bloco referem-
se ao dinheiro e aos bens materiais. Paulo diz que o bispo
(presbítero) não pode ser "avarento" (v.3) e que os diáconos
não podem ser "cobiçosos de sórdida ganância" (v.8). Em
Tt 1.7 torna a dizer: "O bispo... não seja... cobiço de torpe
ganância". Em muitas outras passagens, a Bíblia adverte os
crentes contra a avareza, a cobiça ou a ganância. Alguns
líderes, ministrando aos demais, são especialmente tentados
nesta área. Mas eles devem ser "modelos do rebanho" nesta
questão também.
0 dinheiro não é mau
Inicialmente, é preciso esclarecer que o dinheiro em si
mesmo não é mau. Leia I Tm 6.9-10 e observe que a Bíblia
não proíbe a posse de riquezas, mas a ambição pela riqueza a
qual expõe os homens a "tentação e citada", as
"concupiscências insensatas e perniciosas". E acrescenta: "o
amor ao dinheiro é raiz de todos os males". Não é o
dinheiro que é mau, mas o "amor ao dinheiro", a ambição
desmedida, a cobiça. Note que o apóstolo está falando de
"homens cuja mente é pervertida... supondo que a piedade é
fonte de lucro" (vs. 3-5). O cifrão domina suas mentes e é a
sua motivação.
A Bíblia conta a história de grandes homens de Deus
que foram multo ricos. Deus mesmo os enriqueceu não
somente porque queria ser glorificado neles, mas também
porque os amava. Além disso, aprendemos na Bíblia que
quando Deus enriquece a alguns, Ele o faz não apenas para o
seu "aprazimento", mas também e especialmente para "que
pratiquem o bem, sejam ricos de boas obras, generosos em
dar e prontos a repartir..." (I Tm 6.17-18. Ver At 2.44-45; 4.34-
35; II Co 8.14-15).
Uma questão de prioridade.
Falando das necessidades materiais, Jesus disse.
"...vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas
elas;
71
buscai, pois, em primeiro lugar, o Seu reino e a Sua justiça, e
todas estas cousas vos serão acrescentadas" (Mt 6.32-33).
Jesus ensinou também que não devemos ajuntar tesouros no
terra, mas no céu, e acrescentou: "Porque onde esta o teu
tesouro, aí estará o teu coração" (Mt 6.19-21). Ver também. Cl
3.1-2.
Trata-se de um "estilo de vida", determinado por aquilo
que é mais importante e duradouro. O dinheiro e os bens são
importantes e necessários, mas são meios, não o fim ou
propósito de nossas vidas. Tornamo-nos materialistas,
egoístas, avarentos e gananciosos quando amamos o dinheiro
e os bens, e fazemos deles o alvo de nossas vidas.
A tendência humana
A tendência humana é esquecer-se de Deus quando as
riquezas prosperam. Os filhos de Israel enfrentaram esta
tentação quando entraram na Terra Prometida. E Moisés os
advertira de antemão, dizendo: "Havendo-te, pois o Senhor teu
Deus introduzido na terra que... prometeu... te daria, grandes e
boas cidades..., casas cheias de tudo o que é bom, casas que
não encheste... guarda-te, para que não esqueças o Senhor..."
(Dt 6.10-12). E outra vez: "Guarda-te, não te esqueças do
Senhor teu Deus, não cumprindo os Seus mandamentos...
Não digas no teu coração: A minha força e o poder do meu
braço me adquiriram estas riquezas" (Dt 8.11,17). Aprendamos
esta lição de Israel. As bênçãos materiais que Deus nos
concede podem vir a se transformar em uma maldição.
Podemos nos esquecer dAquele que no-las concedeu. É a
tendência humana. Podemos ficar tão envolvidos com as
coisas materiais da vida que perdemos a perspectiva espiritual.
O dinheiro pode se transformar num fim em Si mesmo e não
num meio para alcançar os propósitos divinos.
A tentação do Iíder espiritual
A Bíblia faz-nos saber que os líderes espirituais
enfrentarão tentações particulares em relação ao dinheiro. Eis
por que Paulo, ao especificar as qualificações dos presbíteros
e dos diáconos , isto : " não sejam . . . avarentos " ,
72
"cobiçosos de torpe ganância" (I Tm 3.3; Tt 1.7). Pedro
também recomendou aos presbíteros: "Pastoreai o rebanho de
Deus. . não por sórdida ganância, mas de boa vontade" (1 Pe
52). Entre os cristãos verdadeiros e espirituais do primeiro
século havia homens com falsas motivações "...enganadores...
ensinando o que não devem, por torpe ganância" (Tt 1.10,11).
Entretanto, é preciso esclarecer que é a vontade de
Deus que os líderes espirituais que se dedicam integralmente
ao ministério sejam sustentados financeiramente pelas igrejas.
Paulo escreveu aos coríntios: "Se vos semeamos as coisas
espirituais, será muito recolhermos de vós bens materiais?...
Não sabeis vós que os que prestam serviços sagrados, do
próprio templo se alimentam? e quem serve ao altar, do altar
tira o seu sustento? Assim ordenou o Senhor aos que pregam
o evangelho, que vivam do evangelho..." (I Co 9.6-14). E a
Timóteo, o mesmo apóstolo escreveu: "Devem ser
considerados merecedores de dobrada honra (o sentido literal
é dobrados honorários) os presbíteros que presidem bem, com
especialidade os que se afadigam na Palavra e no ensino" (I
Tm 5.17).
Houve ocasiões em que o apóstolo Paulo não recebeu
dinheiro das igrejas e, além de pregar o evangelho, trabalhou
fabricando tendas a fim de sustentar-se (At 20.34; I Co 18.3-4).
Todavia, ele dizia ter o direito de não trabalhar (noutra
profissão, visando sustento) e receber da igreja (I Co 9.6,7,12).
Noutras ocasiões ele aceitou de bom grado as ofertas que lhe
foram enviadas (ver Fl 4.15.18). Naquelas ocasiões, ele quis
evitar que os pagãos interpretassem mal suas motivações, não
queria ser associado com os falsos mestres cuja motivação era
o dinheiro; algumas vezes, ele quis sustentar-se através de um
trabalho braçal a fim de prover um bom exemplo para
indivíduos que não gostavam de trabalhar (II Ts 3.7-11).
A lição como um todo está muito clara. Os lideres
espirituais devem ser cautelosos. Infelizmente o mundo do
século vinte também está cheio de aproveitadores religiosos.
Mesmo entre os crentes evangélicos existem Iíderes que se
73
aproveitam das igrejas financeiramente. E isto é uma tragédia!
0 reverso também acontece, e é igualmente trágico. Paulo
escreveu aos filipenses: "...no início do evangelho, quando
parti da Macedônia, nenhuma igreja se associou comigo, no
tocante a dar e receber, senão unicamente vós outros..." (Fl
5.15). Dar as cousas espirituais e receber os bens materiais;
dar os bens materiais e receber as cousas espirituais. Ver
outra vez I Co 9.11 e Rm 15.26-27.
Líderes qualificados Igreja Santificada Estudo Nº 7:
O TESTEMUNHO DO LÍDER CRISTÃO
 Vamos ver o que Paulo diz sobre o testemunho dos
lideres cristãos perante o mundo.
"É necessário que tenha bom testemunho dos de fora..."
l Tm 3.7. Um industrial não evangélico observou que os
"crentes" que trabalhavam na sua indústria eram os seus
melhores operários. Quando precisou contratar novos
empregados, deu preferência aos "crentes". Entretanto, o
diretor não evangélico de um certo educandário comentou que
os professores evangélicos do seu estabelecimento não eram,
de modo algum, os mais zelosos no cumprimento dos seus
deveres.
O que as pessoas de fora da igreja dizem dos crentes é
muito importante. Se é um "bom testemunho'; Cristo é
honrado, a igreja é grandemente beneficiada e a pregação do
evangelho encontra uma melhor acolhida nos corações dos
não salvos. Por outro lado, se os "de fora" não têm boa
impressão dos crentes, será muito difícil ganhá-las para Cristo.
Em I Tm 3.7 Paulo está falando da necessidade dos líderes
cristãos terem um "bom testemunho dos de fora", mas há
inúmeras passagens na Bíblia que falam sobre a importância
de todos os crentes terem uma boa reputação entre os não
salvos.
(I Ts 4.11-12; Cl 4.4; I Co 10.31-33; II Co 6.3-7; l Pe2.11-17
Trabalho, negócios, Linguagem, modo de falar; Hábitos
alimentares; Adversidades, trabalho, caráter; Moral, civismo.)
"... a fim de não cair no opróbrio... "
74
A Bíblia vê o "cair no opróbrio" (ignomínia,
reprovação, crítica) de duas perspectivas.
 Há a o opróbio resultante do amor, da obediência e do
serviço a Cristo. É um opróbio inevitável e bem-
aventurado Leia Mt 5.11 (note "por minha causa" e
"mentindo"). Veja também Lc 6.22; I Pe 4.14;II Tm 3. 1~
Hb 11.24-26; Jo 15.18-20;i JO 3.13.
 Mas há um opróbio em nada bem-aventurado. É aquele
que resulta de procedimentos não condizentes com a fé
cristã. Veja o que Pedro diz em I Pe 4.15. No verso
anterior ele fala do opróbio, de um sofrimento que
podemos e devemos evitar. É deste que Paulo está
falando em I Tm 3.7. O opróbrio será maior se a pessoa
em questão for um líder de igreja.
"...e no Iaço do diabo"
"Laço" é armadilha, cilada. Paulo usa a mesma palavra
em I Tm 6.9 e II Tm 2.26. Como a crítica vinda dos não-
cristãos pode constituir-se num "laço do diabo"?
 Desonra. O opróbio pode levar um homem a sentir-se
terrivelmente envergonhado, humilhado, aniquilado. Leia
outra vez I Pe 4.13-16. Note a preocupação de Pedro
em confortar e alegrar aqueles que estão sofrendo "pelo
nome de Cristo". No v.16 ele diz: "se sofrer como
cristão, não se envergonhe disso..." Ora, se o cristão
que não tem motivos para envergonhar-se, sente-se
envergonhado, então, o cristão criticado por mal
procedimento tem duplo motivo para "ficar
envergonhado". A emoção descrita aqui pode levar ao
desânimo, à depressão, ao desespero. Falando de um
certo indivíduo cristão que cometera grave pecado e
fora excluído da comunhão da igreja, Paulo, supondo
que o faltoso já teria se arrependido, escreveu aos
coríntios: "... deveis perdoar-Ihe e confortá-lo, para que
não seja... consumido por excessiva tristeza". (II Co
2.7. Veja I Co 5.1,4-7)
 Temor e perda de confiança. O opróbio pode causar
75
Também temor e perda de autoconfiança. Até Paulo
experimentou temor e conflito emocional quando
criticado (II Co 7.5,6).
 Ira e atitude de defesa. Essa é uma outra reação
diante da critica. Ver Rm 12.17,19.
Vergonha, temor, perda de confiança, ira, defesa geralmente
acompanham opróbrio e são "laços do diabo". Um bom
testemunho pode evitar essa derrota. Comno está o seu
testemunho perante o mundo?
Líderes qualificados Igreja Santificada Estudo N.º 8:
LÍDER AMIGO DO BEM
0 bem e o mal
As Escrituras usam uma série de termos e expressões
para definir o que é o bern e o que é o mal. Identifique-os em
Ef 4.25-5.2 e em CI 3.8-15.
Em Tt 1.8 aprendemos também que o líder cristão deve
ser "amigo do bem", isto é, uma pessoa permanentemente
desejosa de fazer o bern, não o mal. As Escrituras
freqüentemente contrastam o desejo ou conveniência de fazer
o bem com o desejo ou propensão para fazer o mal. Leia as
seguintes passagens: Sl 37.27; Pv 31.1012; Jr 13.23; Am
5.14-15a; Rm 2.5-10; Rm 12.9; II Co 5.10. Vê-se, por estas e
outras passagens, que todos os cristãos devem ser amigos do
bern. Os Iíderes, porém, são "modelos do rebanho". I Pe 5.3.
O bem é "fruto do Espírito"
O apóstolo Paulo falou da sua luta pessoal para fazer o
bem e não o ma!. Chegou a dizer, externando o conflito de
todos aqueles que ainda têm consciência do bem e do ma!: "..
o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo. Porque
não faço o bem que prefiro, mas a mal, que nao quero, esse
faço... não sou eu quem o faz, e, sim, o pecado que habita em
mim" (Rm 7.18-20). Que situação! Não foi sem razão que o
mesmo apóstolo exclamou: "Desventurado homem que sou!"
(v.24). Mas ele diz, logo em seguida: "Graças a Deus por
Jesus Cristo nosso Senhor" (v. 25).
76
O autor da epístola aos Hebreus expressou este desejo
para os seus leitores: "O Deus da paz... vos aperfeiçoe em
todo o bem, para cumprirdes a Sua vontade, operando em vós
o que é agradável diante dEle, por Jesus Cristo..." (Hb 13.21).
Toda a nossa propensão é para o mal, mas, quando
aceitamos Jesus Cristo como nosso Salvador pessoal e
Senhor de nossas vidas, Seu Espírito vem habitar em nós. Se
nos submetemos inteiramente à Sua direção, Ele produz em
nós o Seu maravilhoso "fruto", que é o bem (Gl 5.16-26).
Avaliação pessoal
Avalie a sua vida à luz destes textos bíblicos:
Gl 6.10; Hb 13.16
Aproveito todas as oportunidades para fazer o bem?
Rm 15.2; Ef 4.29
Será que eu edifico as pessoas ou as destruo?
II Co 9.10-11; I Tm 6.17-18
Uso os recursos materiais que Deus me dá para ajudar aos
necessitados?
Sl 35.12-14; Rm 12.19-21; Gl 6.9
Persisto em fazer o bem, mesmo quando me retribuem com o
mal?
Líderes qualificados Igreja Santificada Estudo Nº 9:
LÍDER JUSTO E PIEDOSO
Em Tt 1.8 lemos: "... é indispensável que a bispo seja...
justo, piedoso..."
"Justo"
No original grego, a palavra é "dikaiós", que aparece em
oitenta e uma vezes nas páginas do Novo Testamento, com
significados diversos. Há a justiça imputada, aquela que o
crente recebe pela fé (Rom 3.21-24,26 e II Co 5.21). Essa
justiça tem a ver com a nossa posição diante de Deus. Mas há
também a justiça prática, que tem a ver com a vida diária, com
a conduta reta e íntegra. Este parece ser o sentido aqui em TI
1.8. Ver também I Tm 1.9; Tt 2.11-12.
77
"Piedoso"
A palavra grega é "osios" e significa piedoso, agradável
a Deus, livre do pecado e da maldade, santo. Essa palavra
aparece lado a lado com "dikaios", justo, em outras passagens
também, e não somente aqui em Tt. 1.8. Ver Lc 2.25; I Tm
6.11; Tt 2.12; II Pe 3.11. E isto não é por mera coincidência.
Essas palavras se completam. O "justo" cumpre os seus
deveres para com o homem; o "piedoso" cumpre as seus
deveres para com Deus. O rei Davi foi urn homem muito
piedoso. Os salmos que escreveu mostram o quanto ele
amava ao Senhor. E ele se apercebeu do quanto o Senhor Se
agradava disto, porque escreveu: "O Senhor distingue para Si
a piedoso; o Senhor me ouve quando eu clamo par Ele" (SI
4.3). Uma vez ele ficou assustado com a corrupção à sua volta
e com a falta de temor a Deus e clamou: "Socorro, Senhor!
porque já não há homens piedosos; desapareceram os fiéis
entre as filhos dos homens." (SI 12.1).
Aprendendo a justiça
Na Velho Testamento, o povo de Israel, num tempo de
crise, pretendeu a pratica da piedade sem a justiça. Mas Deus
não se agradou dos seus sacrifícios e demais atos de culto.
Disse-Ihes: "De que me serve a mim a multidão dos vossos
sacrifícios?... Não continueis a trazer ofertas vãs... não posso
suportar iniqüidade associada ao ajuntamento solene... Lavai-
vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos de diante dos
meus olhos: cessai de fazer a mal. Aprendei a fazer o bem;
atendei a justiça..." ( Is 1.11-17).
Jesus também falou da necessidade de justiça prática
antes de pretender prestar culto a Deus. Ver Mt 5.23-24. Há
uma "forma de piedade" sem poder, que não opera a justiça. É
tão morta quanto a fé sem as obras. I Tm 3.5; Tg 2.17. Não
tem valor nenhum para Deus, e não melhora em nada a vida
das pessoas.
Exercitando a piedade
Paulo escreveu a Timóteo: "Exercita-te pessoalmente na
piedade..." (I Tm 4.7). Os gregos davam muita importância ao
78
exercício físico. Paulo, porém, afirma que "o exercício físico
para pouco é proveitoso, mas a piedade para tudo é
proveitosa, porque tem a promessa da vida que agora é e da
que há de ser" (v.8). O exercício físico aumenta a força física e
traz alguma satisfação pessoal, especialmente quando o atleta
consegue o primeiro lugar nas competições. Mas tudo isto tem
pouco proveito quando comparado com os benefícios da
piedade, nesta vida e na que há de ser. Foi neste sentido que
Paulo escreveu a Timóteo nesta epístola: "De fato, grande
fonte de lucro é a piedade" (I Tm 6.6).
A própria comparação que Paulo faz entre o exercício da
piedade e o exercício físico, no contexto dos jogos e
competições gregos, dá-nos as dicas para o exercício da
piedade:
 O atleta alimenta-se adequadamente e se exercita o
mais possível. Assim também nós devemos nos
alimentar adequadamente da Palavra de Deus e gastar
as energias espirituais na prática da justiça e no serviço
a Cristo.
 A oração, praticada regularmente, é também um
excelente exercício espiritual (I Co 9.24-27).
 O atleta despe-se de tudo o que é supérfluo a fim de
movimentar-se livremente. Assim também nós devemos
desembaraçar-nos de tudo aquilo que possa estorvar o
nosso progresso espiritual e o nosso serviço a Cristo
(Hb 12.1).
 O atleta, quando corre, ou lança um disco, um dardo
etc., fixa os olhos num determinado alvo. Ou, conforme
o esporte, ele estabelece uma meta e esforça-se ao
máximo por alcança-la. Assim também nós devemos
fixar os nossos olhos em Cristo (nosso modelo e
inspiração) e estabelecer nossa meta, a completa
dedicação pessoal a Deus e a Cristo (Hb 12.2; I Co
9.26).
79
DESENVOLVENDO UMA
BASE BÍBLICA PARA O
BATISMO DE CRIANÇAS
Estudo Bíblico Quinta-feira
Igreja Presbiteriana de Rialma
LIVRO DO REV. ELIAS DANTAS FILHO – RESUMO E importância e o significado do batismo infantil e de qualquer
ADAPTAÇÃO HSG instrução que seja dada a respeito dele.
É necessário que tanto os que batizam, quanto os que não
batizam crianças, estejam preparados para se respeitarem mutuamente.
 Introdução Isto através de uma sólida investigação bíblica.
As afirmações que se seguirão são um relato breve e
sumariado do assunto, na visão das igrejas reformadas.
1 – A Prática do Novo Testamento
2 – O Testemunho do Antigo Testamento 1 – A Prática do Novo Testamento
A dificuldade principal em relação ao Novo Testamento é que
3 – O Significado do Batismo ele não nos dá um evidência clara e direta a favor ou contra o batismo
4 – A Eleição Soberana do Pai infantil, evidência que muitos desejariam ter, e a qual muitos pensam
ter encontrado. Se tivéssemos disponível alguma evidência direta; se
5 – A Obra Reconciliadora do Filho existissem preceitos ou precedentes, não haveria jeito de continuar
6 – A Obra Regeneradora do Espírito com o debate, e, de fato tal debate nunca teria nem mesmo existido.
Temos no Novo Testamento vários relatos de conversões de
7 – O Escopo do Batismo adultos, pessoas que eram batizadas. O fato é incontestável. Mas será
9 Objeções ao Batismo Infantil que podemos derivar deste fato uma regra exclusiva ?

 Conclusão O batismo de famílias inteiras sugerem o batismo de crianças,

Desenvolvendo uma base bíblica para o batismo de
crianças
 Introdução
Este assunto de batismo infantil tem-se constituído em um
problema para um grande número de membros das igrejas de teologia
reformada ou calvinista. Em especial, os que mais sofrem com este
tema são os irmãos e irmãs recém-convertidos, que estão começando
sua caminhada na fé cristã, e também aqueles que convertem-se na
adolescência, ou mocidade, tendo sido batizados na infância em uma
igreja reformada. O novo convertido não consegue, facilmente, ver a
mas não afirmam expressamente.
Exemplos de Inclusão
Existem casos incontestáveis onde o silêncio do Novo
Testamento pode ser preenchido com o caminho da legítima
inferência. O exemplo clássico da inclusão das mulheres à Ceia do
Senhor é, ainda, o melhor. Nos poucos relatos que nós temos da
celebração da Santa Ceia no Novo Testamento, não existe nenhuma
referência expressa à presença e participação de mulheres. Mas por
inferência as mulheres tem sido admitidas na mesa do Senhor. Assim
sendo a falta de um claro exemplo, ou de um comando expresso, não
constitui por si mesmo, uma razão decisiva contra admitir crianças ao
batismo.
O Novo Testamento oferece claras indicações de que as
crianças dos cristãos eram consideradas como membros da
comunidade divina, da mesma maneira que as crianças do Antigo
Testamento também o eram.
“E disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos
tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus.”
- (MT 18:3)
“Naquela hora, exultou Jesus no Espírito Santo e exclamou: Graças te
dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos
sábios e instruídos e as revelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque
assim foi do teu agrado.” - (Lc.10:21)
“Da boca de pequeninos e crianças de peito suscitaste força, por causa
dos teus adversários, para fazeres emudecer o inimigo e o vingador.” -
(SL.8:2)
(Mt.19:13-15; Mc.10:13-16; Lc.18:15-17; Mt.21:16)
Famílias inteiras receberam o batismo:
At.10:34-48 – Cornélio “[47] Porventura, pode alguém recusar a
água, para que não sejam batizados estes que, assim como nós,
receberam o Espírito Santo? [48] E ordenou que fossem batizados em
nome de Jesus Cristo.”
At.16:31-35 – Carcereiro de Filipos “[31] Responderam-lhe: Crê no
Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa. [32] E lhe pregaram a
palavra de Deus e a todos os de sua casa. [33] Naquela mesma hora da
noite, cuidando deles, lavou-lhes os vergões dos açoites. A seguir, foi
ele batizado, e todos os seus”.
At.16:14:15 – Lídia “[14] Certa mulher, chamada Lídia, da cidade de
Tiatira, vendedora de púrpura, temente a Deus, nos escutava; o Senhor
lhe abriu o coração para atender às coisas que Paulo dizia. [15] Depois
de ser batizada, ela e toda a sua casa, nos rogou, dizendo: Se julgais
que eu sou fiel ao Senhor, entrai em minha casa e aí ficai. E nos
constrangeu a isso.
I Co.1:16 – Estéfanas “Batizei também a casa de Estéfanas; além
destes, não me lembro se batizei algum outro.”
Atos 2:38-39 [38] Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um
de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos
vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. [39] Pois para
vós outros é a promessa, para vossos filhos e para todos os que
ainda estão longe, isto é, para quantos o Senhor, nosso Deus, chamar.
O caso de I Co.7:14 “Porque o marido incrédulo é santificado no
convívio da esposa, e a esposa incrédula é santificada no convívio do
marido crente. Doutra sorte, os vossos filhos seriam impuros; porém,
agora, são santos.” No casamento misto o cônjuge não crente, devido
a fé do crente, é, em certo sentido, separado para Deus, ele goza de
alguns privilégios da aliança, por estar dentro da esfera de ação
evangélica, além de existir a esperança de sua futura conversão. O
mesmo, igualmente, é dito em relação aos filhos deste casamento
misto, quanto mais o devemos esperar nos casos quando ambos os
pais são cristãos.
Se membresia na aliança é assim entendida, porque o sinal do
pacto deveria ser negado. Se o cônjuge não – crente se opõe, o
batismo poderia até mesmo nem ser administrado. Se ambos os pais
são cristãos, a questão do batismo dos seus filhos não precisa nem ser
levantada, e, portanto, não existirá nenhum obstáculo para que os
filhos, que já têm a santidade da aliança, recebam o sinal da mesma.
Muitos pais cristãos, que não permitem o batismo de seus
filhos, tentam dar expressão a esta verdade da aliança através da
substituição do batismo por cultos onde seus filhos são dedicados ao
Senhor. No Novo Testamento, não existe nem preceito, nem
precedente, para uma prática de tal natureza. Tais pais, e os líderes das
igrejas que eles freqüentam, ficam em uma situação constrangedora
de, por um lado, negar o batismo cristão às crianças, com base no
argumento de falta de exemplo bíblicos de tal prática, e, por outro
lado, dedicar os filhos em uma aliança sem sinal, embora não haja
igualmente referência bíblica a tal costume.
2 – O Testemunho do Antigo Testamento
A igreja por vezes tem sofrido, no sentido de ver uma
descontinuidade entre o Antigo Testamento e o Novo. Muitos eram
por não observar a unidade das escrituras. Muitos anabatistas,
tiveram uma tendência marcante de desconsiderar o Velho
Testamento. Temos de Ter o maior cuidado em declarar as diferenças
entre a Antiga e a Nova aliança (Velho Testamento - Novo
Testamento), porque Jesus mesmo nos disse que a lei não era para ser
destruída, mas, sim, cumprida, e que nem mesmo um til seria
removido dela, antes que se cumprisse (Mt.5:17-18).
A distinção básica não pode ser de que os dois testamentos
são opostos entre si, nem tampouco que um está em um nível inferior
ao outro, ou mesmo que uma dispensação inferior é substituída por
uma superior. Não, pelo contrário. Devemos vê-las como distinções
entre a promessa e a redenção que cumpre a promessa. A antiga
aliança é a aliança da promessa, enquanto que a nova aliança é a Testamento envolvem o derramamento de sangue e apontam,
aliança da promessa cumprida. profética e tipologicamente, para o derramamento do sangue do
Dois tipos de Batismos sangue de Cristo, em sua obra vicária de reconciliação. Contrastando
com os sinais do Antigo Testamento, os do Novo são sem sangue,
“os quais, noutro tempo, foram desobedientes quando a
porque eles, apostolicamente, olham para trás, para o sacrifício
longanimidade de Deus aguardava nos dias de Noé, enquanto se
único, completo e definitivo pelos nossos pecados, que tornou
preparava a arca, na qual poucos, a saber, oito pessoas, foram
qualquer sacrifício de sangue desnecessário (Hb.10:12).
salvos, através da água, a qual, figurando o batismo, agora também
Correlação entre Circuncisão e Batismo: “Nele, também fostes
vos salva, não sendo a remoção da imundícia da carne, mas a
circuncidados, não por intermédio de mãos, mas no despojamento do
indagação de uma boa consciência para com Deus, por meio da
corpo da carne, que é a circuncisão de Cristo, tendo sido sepultados,
ressurreição de Jesus Cristo” (1PE 3:20-21)
juntamente com ele, no batismo, no qual igualmente fostes
“Ora, irmãos, não quero que ignoreis que nossos pais estiveram
ressuscitados mediante a fé no poder de Deus que o ressuscitou
todos sob a nuvem, e todos passaram pelo mar, tendo sido todos
dentre os mortos.” - (CL 2:11-12)
batizados, assim na nuvem como no mar, com respeito a Moisés.”
Tanto o batismo quanto a circuncisão tem o mesmo
(1CO 10:1-2)
significado intrínseco.
Uma ilustração do relacionamento entre o Antigo e o Novo
A continuidade ou equação que pode ser vista aqui é
Testamento, em conexão com a idéia de batismo, é claramente
importante por duas razões.
achada no Novo Testamento , quando ele aponta-nos dois “tipos” de
1- Em primeiro lugar, nós recordamos, de acordo com a instituição da
batismos cristãos em incidentes descritos no Antigo Testamento.
circuncisão, em Gênesis 17, que, quando a casa de Abraão foi
Em ambos os incidentes acima, o pacto ou aliança é feito, não
circuncidada juntamente com ele, a circuncisão a partir daquele dia,
somente com indivíduos – Noé e Moisés – mas com a família ou o
passou a ser administrada a toda criança dentro da esfera da aliança,
povo. O que importa não é meramente que, nestes eventos, que são
do sexo masculino, no seu oitavo dia de vida.
“tipos” de batismos, os filhos compartilham da mesma experiência
“Dessarte, não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem
com os seus pais. É, na verdade, e pensando mais a fundo, que a ação
liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em
aliancista de Deus não é com indivíduos isolados, mas com famílias,
Cristo Jesus.” - (Gl.3:28)
ou com indivíduos em famílias, de tal maneira que todos os que
Cristo e os primeiros discípulos foram, naturalmente,
pertencem aos indivíduos são também separados como povo de Deus
batizados adultos. Mas estes primeiros batismos no Novo Testamento
e, em um sentido especial, estão dentro da esfera da aliança divina.
são paralelos à primeira circuncisão ou circuncisões no Antigo
A Circuncisão Testamento. Abraão foi circuncidado como adulto. Os israelitas
O batismo como sinal da nova aliança, ocupa o lugar da foram também circuncidados como adultos, após a peregrinação no
circuncisão, que era o sinal da antiga aliança. Mesmo uma leitura deserto. Mas, em cada um destes casos, os filhos da família foram
superficial da Bíblia inteira mostra-nos, claramente, que os igualmente circuncidados, bem como os filhos dos filhos, em cada
sacramentos instituídos por Cristo – batismo e ceia – correspondem, geração que se sucedeu em fé.
de uma forma clara, aos dois sinais da aliança do Antigo Testamento. 2- A circuncisão é, em sua instituição e natureza básica, um sinal do
À santa Ceia corresponde a Páscoa; ao batismo, corresponde a pacto. Ela foi dada para Abraão com o propósito de ser uma marca
circuncisão. ou sinal distinto do pacto que Deus fez com ele (Gn.17:10).
A diferença entre os sinais do Antigo e do Novo Testamento é
evidente, e explica a substituição. Os sinais da aliança no Antigo
3- Significado do Batismo
O Batismo eqüivale a salvação ?
Entendemos que o ato externo, não tem nele mesmo, nenhuma
propriedade ou efeito no trabalho interno. O Batismo não é um
elemento automático de Salvação.
Confissão de Fé ?
Confissão de fé deve ser parte integrante na liturgia batismal,
mas não dizer que esta confissão constitui o significado e propósito
do Batismo.
Em contraste com a ceia do Senhor, o batismo é um ato no
qual o recipiente tem uma função passiva, e não ativa. Mesmo uma
pessoa convertida como adulta não é batizada com a mesma forma
ativa com a qual ela participa da santa Ceia, “tomando, bebendo e
comendo. Ela é batizada. Ela não faz alguma coisa para si mesma.
Algo é feito por, sobre e para ela.
Isto não é acidental, visto que o batismo não relaciona-se
primariamente, com o que nós fazemos, com a nossa fé, ou com a
nossa decisão ou profissão de fé, mas sim com aquilo que é feito por
nós com aquilo sobre o qual nossa fé é fundamentada.
A salvação não está ligada, dependentemente, à nossa fé.
Pedro claramente proclama que a salvação está ligada ao nome de
Cristo. (AT 4:12)
O batismo tem o seu significado básico e central no fato de
ser um sinal e uma proclamação da obra de Deus, pelo qual o selo da
justiça da fé é posto em nós. O seu significado, como uma confissão
de fé e de nossa conversão, tem somente um valor secundário e
derivativo. Somos batizados em nome do Pai, do filho e do Espírito
Santo.
“Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos
filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome; os quais não
nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do
homem, mas de Deus.” - (Jo.1:12-13)
Sinal da Aliança
Certamente, então, nós somos forçados a concluir que o
batismo é primariamente, um sinal ou selo do trabalho do próprio
Deus. É o sinal inicial e o selo que indica que Deus escolheu nos Ter
fazendo parte do seu relacionamento aliancista, como o seu povo.
“O batismo é um sacramento do Novo Testamento, instituído por
Jesus Cristo, não só para solenemente admitir na igreja a pessoa
batizada, mas também para servir-lhe de sinal e selo do pacto da
graça, de sua união com Cristo, da regeneração, da remissão de
pecados e também da sua consagração a Deus por Jesus Cristo, a fim
de andar em novidade de vida.” (Confissão de Fé p.53)
4- A eleição soberana do Pai
O batismo, no nome do Pai, declara-nos o supremo fato de que
Deus tem um propósito de amor para conosco (Jo.3:16). Deus é o
autor da nossa vida. Deus é também aquele que controla as nossas
vidas. Devido à complexa situação que foi introduzida pela nossa
desobediência humana, mais uma vez dá-se uma evidência forte à
idéia de soberania de sua graça. Mas isto não é o fim da história. O
Deus da criação e da providência é também o autor de nossa salvação.
Ele planejou-a desde a eternidade passada (Ef.1:3-4). Em Cristo,
elegeu-nos para sermos parceiros da aliança com ele mesmo. Ele
elegeu-nos para ser o nosso Deus, e nós o seu povo - 1Pe.2:9 “Vós,
porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de
propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes
daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz”. Ele
nos amou muito antes que nós viéssemos a amá-lo. - 1Jo.4:10 “Nisto
consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em
que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos
pecados.”
O batismo no nome do Deus Trino, como um sinal e selo da
aliança e do seu cumprimento, aponta-nos para esta eleição graciosa
do Pai.
A iniciativa é de Deus
“Assim, pois, não depende de quem quer ou de quem corre, mas de
usar Deus a sua misericórdia.” - (RM 9:16)
A graça é corretamente definida como livre e soberana. É
Deus revelando sua bondade para pessoas que merecem somente a sua
severidade. Sua escolha de pecadores, em particular, não foi baseada
em qualquer resposta ou obediência prevista da parte deles, tais como
fé, arrependimento etc. Pelo contrário, Deus dá fé e arrependimento
para cada indivíduo que Ele elege. Estes atos são o resultado, não a
causa, da escolha divina.
Abraão: O início do relacionamento de aliança entre Deus e Abraão
não deveu-se a nenhuma busca insistente da pessoa de Deus por parte
de Abraão. Foi Deus quem decidiu, Deus tirou-o de sua terra e o
encaminhou para a terra da promessa. “Ora, disse o SENHOR a
Abrãao: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai
para a terra que te mostrarei” - (GN 12:1)
Israel: Israel não foi escolhido devido a alguma qualificação
intrínseca que porventura tivesse. “Não vos teve o SENHOR afeição,
nem vos escolheu porque fôsseis mais numerosos do que qualquer
povo, pois éreis o menor de todos os povos” - (DT 7:7)
Novo Testamento: O evento, o qual é selado e confirmado pelo
Espírito, no batismo, não começa com uma decisão humana. Ele
começa com a decisão divina de eleger um povo da aliança.
“em quem também vós, depois que ouvistes a palavra da verdade, o
evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados
com o Santo Espírito da promessa; o qual é o penhor da nossa
herança, até ao resgate da sua propriedade, em louvor da sua glória.” -
(EF 1:14).
A Resposta do Ser Humano
Devemos observar, no entanto, que, porque a aliança não é um
arranjo mútuo, a decisão humana é incontestavelmente secundária e
derivativa. Isto não significa, por outro lado, que ela é sem
importância, ou desnecessária, nem tampouco que nós devemos
desconsiderá-la, desvalorizá-la. A decisão do ser humano por Deus
pressupõe uma decisão já existente de Deus em favor do ser humano.
Se o batismo aponta, prioritariamente, para a eleição divina, a
ausência de uma decisão humana não destrói o significado do
sacramento, ou mesmo torna a sua ministração algo fútil.
Os filhos dos Crentes
O sacramento serve como um sinal e selo do chamado e da
eleição divina, para o qual a resposta correta, em seu devido tempo, é
a fé e o arrependimento do ser humano.
Certamente a aliança de Deus, firmada em Cristo, ainda
permanece válida para os “filhos e os filhos dos filhos”, quando o
evangelho é pregado e recebido. Eles tem a mensagem e a promessa
do evangelho em seus ouvidos, e a marca da aliança em seus corpos.
Para eles, bem como para os filhos do Israel antigo-testamentário, a
eleição se constitui em uma realidade positiva e estabelecida.
E os que não crêem?
Nem todos os filhos de cristãos assumem sua membresia na
aliança, através do arrependimento pessoal de pecados e da fé em
Jesus Cristo.
Se estudarmos as diferentes gerações de israelitas,
descobriremos que sempre existiram inúmeros apóstatas vivendo
junto aos verdadeiros crentes em Deus. A infidelidade de parte de
uma geração, ou mesmo de sua quase totalidade, não poderia
derrotar a infatigável e graciosa fidelidade divina em sua eleição
paternal.
A dificuldade existe em qualquer entendimento de batismo.
Mesmo quando o batismo é entendido como sendo um instrumento
eficaz e automático de graça, sua obra pode ainda ser invalidada por
subseqüente descrença ou outro pecado mortal. Mesmo quando o
batismo é aplicado somente após uma análise muito criteriosa do
candidato, exigindo-se dele o que se entende ser uma confissão de fé
ampla e consciente, não se tem nenhuma garantia de que uma
conversão genuína realmente tenha acontecido e que tal conversão é
o fator preponderante por trás da pública confissão de fé.
5- A Obra de reconciliação do Filho
O Batismo ministrado no nome do Filho de Deus declara para
nós o fato supremo de que Deus tem, de fato, cumprido seu propósito
de graça a nosso favor e implementado a eleição, a aliança e as
promessas, o nome de Jesus Cristo é crucial, porque é nele e em sua
obra que o propósito divino se cumpre.
Jesus Trouxe O Perdão
O Batismo é conectado com a remissão de pecados, Jesus, o
filho divino, veio a este mundo para fazer expiação, para trazer
perdão, para efetuar a reconciliação, para tratar com a questão do
pecado e, deste modo, implementar a aliança e consumar a eleição.
Apesar de o perdão ser sem preço, no sentido que é gracioso
para nós não nos cabendo conquistá-lo ou comprá-lo, isto significa
dizer que ele é sem custo algum para Deus.
A MORTE E RESSURREIÇÃO DE CRISTO
 A vida de Cristo não deve ser isolada de sua morte. No
entanto, o movimento de entrega auto – sacrificial, em benefício dos
pecadores alcança seu clímax somente com sua paixão e morte. Se o
batismo é associado com a remissão de pecados, ele é especificamente
ligado à morte vicária, a qual é a declaração final do auto sacrifício de
Cristo, e a base para o perdão divino. Hb 9:22
O batismo assemelha-se a Santa Ceia. Mc 10:38
A morte e ressurreição de Cristo são vicários, substitutivos e
representativos. Em Cristo, uma vida nova iniciou-se. Cristo
ressuscitou, e nós também ressuscitamos para uma novidade de vida
nele.
Palavras de um pai cristão: “Meus filhos já morreram e
ressuscitaram em Cristo, seu representante e substituto, e portanto, eu
desejo vê-los marcados com o sinal da morte e ressurreição vicária,
como uma confirmação do fato, e também como um sinal da direção
em que deverão andar, quando, no tempo próprio, vierem
pessoalmente ao arrependimento e a fé.”
A FÉ NA OBRA DE CRISTO
Se a tentação no batismo de adultos, é a de por demasiada
ênfase no movimento humano, a tentação do batismo infantil é a de
por tão pouca ênfase em tal resposta humana, que pode haver um sério
prejuízo no processo de condução das boas novas do ato salvífico de
Deus.
6- A Obra regeneradora do Espírito
O batismo, no nome do Espírito Santo, declara-nos o fato
supremo de que o cumprimento do propósito divino em Jesus Cristo é
apropriado para nós, individualmente, através do ministério e do
poder do Espírito.
A marca distintiva do batismo de Cristo em relação ao de João
é a que ele batiza, não somente com água, mas com o Espírito Santo e
com fogo (Mt.3:11).
“O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes
donde vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido do
Espírito” - (JO 3:8). Nós mesmo não controlamos, nem tampouco
entendemos plenamente, a operação pela qual eles acontecem, e da
qual eles são fruto e expressão.
DEUS É SOBERANO
“Em ti haverá prazer e alegria, e muitos se regozijarão com o seu
nascimento. Pois ele será grande diante do Senhor, não beberá vinho
nem bebida forte e será cheio do Espírito Santo, já do ventre
materno”. Lc.1:14-15
“Quando, porém, ao que me separou antes de eu nascer e me chamou
pela sua graça...” Gl 1:15
“Antes que eu te formasse no ventre materno, eu te conheci, e, antes
que saísses da madre, te consagrei, e te constituí profeta às nações.
Então, lhe disse eu: ah! SENHOR Deus! Eis que não sei falar, porque
não passo de uma criança.” Jr 1:5
O que fica claro e estabelecido, nos exemplos acima, é que o
Espírito Santo não somente pode mas realmente opera nas crianças
que ainda não tem auto - consciência.
Se existe uma comunidade de crentes a oração de fé, e o
compromisso de crescer debaixo das orientações da palavra de Deus,
através da qual o Espírito age, não temos nenhuma razão de não
esperar que a obra regeneradora do Espírito comece de acordo com a
sua soberana disposição.
7- Escopo do Batismo (Alvo, Mira, Intenção)
O batismo declara a operação regeneradora interior do Espírito
Santo, que nos faz conforme a imagem de Jesus Cristo. Em sua
extensão plena, esta operação do Espírito incluía concessão dos dons e
graças para o serviço divino, porque uma vida de identificação com
Jesus Cristo será, natural e necessariamente, uma vida de serviço,
como foi a do nosso Senhor.
IDENTIFICAÇÃO GRADATIVA
O batismo nos conta o que tem sido feito, o que está sendo
feito, e o que será feito por nós, para nós e em nós.
Deus nos elegeu e nos reconciliou consigo mesmo e,
presentemente, está nos formando à imagem do seu Filho. O batismo
também nos conta, no poder do Espírito, o que nós temos de fazer em
resposta a ele. “Sejam reconciliados com Cristo” (2 Co.5:20). Sejam
meus imitadores, como eu sou de Cristo” (1 Co.11:1).
O NOVO NASCIMENTO
O batismo, como já temos observado, não é primariamente o
testemunho, sinal ou selo de minha própria consciência e confissão de
arrependimento e fé. Ele é primeiramente e acima de tudo, o
testemunho, sinal ou selo da eleição do Pai, do que o Filho fez em
meu lugar, e do que o Espírito está fazendo em mim, por mim, e para
mim. A conversão, então, tem de ser vista neste contexto próprio. Seu
significado liga-se ao fato de que ela é a consumação da eleição do
Pai, uma identificação com a morte e ressurreição reconciliadoras do
filho, e uma primeira expressão da operação regeneradora do Espírito
Santo, a qual carrega com ela a certeza da continuação e consumação
desta obra, e uma convocação para sua expressão contínua, em uma
vida inteira de identificação com Cristo.
Os filhos dos confessos estão desde o início debaixo da
influência e esfera da Palavra e do Espírito, e as orações dos pais e da
congregação são feitas a favor deles. Eles ainda não são
necessariamente convertidos, nem o batismo os converterá, mas as
promessas do evangelho estão diante deles, e existem sólidas razões
para crer que o Espírito Santo já começou sua obra neles. Eles, então
recebem o batismo como um sinal e selo da eleição, reconciliação e
regeneração divina. Na medida em que crescem, eles podem
rapidamente passar pelo arrependimento e confiar pessoalmente em
Jesus. Por outro lado, eles também podem desviar-se por um período,
ou talvez para sempre.
8- Salvação das Crianças
“Jesus, porém, vendo isto, indignou-se e disse-lhes: Deixai vir
a mim os pequeninos, não os embaraceis, porque dos tais é o reino de
Deus.” - (MC 10:14)
TODOS SÃO PECADORES
Todos são pecadores, sem exceção algum, são pecadoras
caídas e culpadas. “como está escrito: Não há justo, nem um sequer” -
(RM 3:10). De fato, o pecado pessoal dificilmente pode ser atribuído
às crianças. Contudo, as Escrituras não vêem a raça humana
meramente como uma coleção de indivíduos. A raça caminha junta
em uma solidariedade pecaminosa da qual mesmo as crianças não são
isentas. “Eu nasci na iniqüidade, e em pecado me concebeu minha
mãe.” - (SL 51:5) “Portanto, assim como por um só homem entrou o
pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte
passou a todos os homens, porque todos pecaram.” - (RM 5:12)
A propensão para pecar, a qual todas as pessoas, desde muito
cedo, manifestam, deve-se ao fato de que, dentro da lógica da raça,
elas já são, por natureza, pecadoras. Elas não se tornam pecadoras ao
pecarem; elas pecam porque já são pecadoras.
SALVAÇÃO SÓ EM CRISTO
A Salvação é exclusivamente em Cristo e por Cristo, e,
consequentemente pela fé nele.
“E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não
existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa
que sejamos salvos.” - (AT 4:12)
“As crianças que morrerem na infância, sendo eleitas, são regeneradas
e por Cristo salvas, por meio do Espírito, que opera quando, onde e
como quer” (Confissão de Fé, p.22)
“Pelo fato de nós fazermos julgamentos acerca da vontade de Deus
com base na sua palavra, a qual testifica que os filhos de crentes são
santos, não por natureza, mas pela virtude da aliança graciosa na qual
eles, juntamente com os seus pais, são incluídos, os pais crentes não
deveriam duvidar da eleição e salvação dos seus filhos que morram na
infância.” (Cânones do Sínodo de Dort).
Com muito cuidado reverente, nós dizemos, então, que todas
as crianças eleitas por Deus (e nossa esperança é que sejam
muitíssimas, se não todas), deverão ser salvas pela misteriosa obra
divina em seus corações, apesar de serem incapazes de dar uma
resposta plena e adulta de fé.
A verdadeira explicação da fé infantil e de suas possibilidades
baseia-se, como temos visto anteriormente, na atividade regeneradora
do Espírito Santo. A fé pela qual a retidão de Cristo torna-se nossa
não é, primaria ou independentemente, uma decisão humana. É um
dom e obra do Espírito Santo. As crianças fazem orações e Deus tem
respondido estas orações. A Bíblia também diz que, da boca de
criancinhas de peito, Deus recebe perfeito louvor. (SL 8:2)
“Ouves o que estes estão dizendo? Respondeu-lhes Jesus: Sim; nunca
lestes: Da boca de pequeninos e crianças de peito tiraste perfeito
louvor?” - (MT 21:16)
E o que é um louvor perfeito, senão aquele que é produto de
um coração agradecido e cheio de fé?
TODAS?
Existem alguns que dizem que existe um perdão do pecado
original, concedido pelos méritos de Cristo a todas as crianças, o que
parece razoável à luz do ministério da reconciliação de Cristo. Outros
creêm que todas as crianças são salvas até que conscientemente “o surgimento do
pequem, ou conscientemente rejeitem a Cristo. Outros focalizam a
distinção entre a fé infantil e a fé adulta, que não estarão, individualismo” pode dar
necessariamente, em continuidade, apesar de se esperar que uma
conduzirá à outra margem a uma nuance não tão
“Entretanto, o firme fundamento de Deus permanece, tendo este selo:
O Senhor conhece os que lhe pertencem. E mais: Aparte-se da
saudável a respeito dele
injustiça todo aquele que professa o nome do Senhor.” - (2TM 2:19)
mesmo. Ele pode depreciar a
9- Tratando com as objeções ao batismo infantil
1) Os que praticam o batismo infantil falham ao deixar de reconhecer
forte ênfase bíblica tanto no
a descontinuidade existente entre o Antigo e o Novo Testamento.
Essa objeção afirma que o batismo infantil é uma pratica
Antigo Testamento quanto no
ultrapassada, mas a aliança da graça não é obsoleta. Tal aliança não
foi descontinuada jamais.
Novo, a questão da
 A questão do surgimento do solidariedade da família e da
individualismo e das novas igreja.
qualificações espirituais  Algumas vezes a igreja tem
requeridas do povo da nova que englobar o não –
aliança. Por certo, nenhuma regenerado e o hipócrita.
pessoa, em sã entendimento, Neste mundo caído não existe
ousaria afirmar que não existe a possibilidade de termos uma
a necessidade de uma resposta igreja completamente “pura”.
pessoal nas Escrituras. Mas, Não existe uma maneira
 absolutamente segura, de
discernirmos o hipócrita do
verdadeiro.
2) Os que batizam crianças
baseiam-se em demasia em
argumentos dúbios do Antigo
Testamento sobre a circuncisão.
Mas cada doutrina
evangélica tem suas raízes no
Antigo Testamento.
Na medida que as pessoas
foram se convertendo, não
somente elas foram batizadas,
mas também, em alguns casos,
suas famílias inteiras o foram.
Não penseis que vim revogar
a Lei ou os Profetas; não vim
para revogar, vim para cumprir.
- (MT 5:17)
Deus mantêm os seus votos
e cumpre suas promessas.
Santa Ceia toma o lugar do
cordeiro – o batismo toma o
lugar da circuncisão.
1- Quando uma pessoa cria no
Deus de Abraão, no Antigo
Testamento, o que acontecia?
A resposta óbvia é: era
circuncidada. E no Novo
Testamento, quando a pessoa
crê neste mesmo Deus, o que
acontece? É batizada.
2- Qual o sinal que
representava exatamente a
 obra de Deus no coração dos
crentes do Antigo
Testamento? A resposta mais
uma vez é a circuncisão. E no
Novo Testamento? Mais uma
vez a resposta é o batismo
“Nele, também fostes
circuncidados, não por
intermédio de mãos, mas no
despojamento do corpo da
carne, que é a circuncisão de
Cristo, tendo sido sepultados,
juntamente com ele, no batismo,
no qual igualmente fostes
ressuscitados mediante a fé no
poder de Deus que o ressuscitou
dentre os mortos.” - (CL 2:12)
Conclusão:
Aspectos negativos: nenhuma evidência tem sido descoberta para
fechar a falha que permite a existência do problema. Nenhum
mandamento de batizar e de não batizar crianças pode ser achado nas
escrituras. Nenhum relato de batismo infantil e nenhum relato de
batismo de filho de crentes em idade adulta.
Aspectos positivos: Os pais não estão desobedecendo qualquer
mandamento expresso se impedem suas crianças de serem batizadas.
Batismo é testemunho conclusivo da obra de Deus, a
regeneração não é uma possibilidade humana.
A salvação se estende também às crianças e, onde quer que os
meios pelos quais o Espírito realiza sua obra graciosa de chamamento
estejam presentes, o sinal da salvação pode ser estendido a elas
Orientações Práticas:
1- Nenhuma regra absoluta de
batismo infantil deveria ser
imposta sobre a congregação.
2- Por haver muitas experiências, na medida em que nos
aprofundamos no conhecimento de Deus e da sua obra, mais não
pode haver muitos batismos.
3- Os pais cristãos deveriam estar prontos para um compromisso
mais sério em relação ao desenvolvimento espiritual das crianças,
que eles trazem ao batismo. (Educar, disciplinar) O pastor e a
igreja devem ajudar participando do mesmo. (Orações pelas
crianças batizadas em agenda de oração)
Fim - 24/06/1999

II Timóteo Estudo Bíblico Acampamento 1999 Carnaval
Nosso tempo é um tempo de confusão teológica e moral, e até
mesmo de apostasia. E o apóstolo Paulo nos exorta, tal como o fez a
Timóteo, a ser forte, corajoso e perseverante.
Confusão
Teológic
FORÇA
CORAGEM
a “Lembra-te de Jesus Cristo, ressuscitado de entre os mortos,
Moral Perseverança
Apostasi
a não está algemada.” - (2TM 2:8-9)
As palavras que sintetizam esta epístola de 2 Timóteo são duas
palavrinhas monossilábicas su de (“Tu, porém”...), que aparecem
quatro vezes. Timóteo é chamado para ser diferente. Ele não deve se
submeter às pressões da opinião pública, ou conformar-se com o
espírito da época, mas antes deve se submeter às pressões da opinião
pública, ou conformar-se ao espírito de sua época, mas antes deve
permanecer firme na verdade e na justiça de Deus. Creio que nada
mais é necessário aos cristãos de hoje do que esta mesma coragem.
Introdução:
O Rev. Handley Moule confessou ter-lhe sido muito difícil ler
a segunda carta de Paulo a Timóteo sem sentir as lágrimas brotarem
nos olhos. Isso é compreensível, já que se trata de um documento
humano bastante comovedor.
Imaginemos o apóstolo Paulo, já idoso, definhando numa
masmorra escura e úmida em Roma, de onde não deverá sair, a não
ser para a morte. O seu trabalho apostólico está concluído, tanto que
ele pode dizer: “completei a carreira”. Agora, no entanto, compete-lhe
tomar providências para que, depois da sua partida, a fé seja
transmitida sem se contaminar, genuína, às gerações futuras. Assim
ele dá a Timóteo esta soleníssima missão. Cabe-lhe preservar, a
qualquer preço, o que recebeu, e transmiti-lo a homens fiéis, que por
sua vez sejam também idôneos para ensinar a outros (2:2).
II TIMÓTEO
Capítulo 1 – Primeira Exortação: Guarda o evangelho
“Guarda o bom depósito, mediante o Espírito Santo que habita em
nós.” - (2TM 1:14)
Capítulo 2 – Segunda Exortação: Sofre pelo Evangelho
“Participa dos meus sofrimentos como bom soldado de Cristo
Jesus.” - (2TM 2:3)
descendente de Davi, segundo o meu evangelho pelo qual estou
sofrendo até algemas, como malfeitor; contudo, a palavra de Deus
Capítulo 3 – Terceira Exortação: Persevera no Evangelho !
“Mas os homens perversos e impostores irão de mal a pior,
enganando e sendo enganados. Tu, porém, permanece naquilo que
aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o aprendeste” -
(2TM 3:13-14)
Capítulo 4 – Quarta Exortação: Proclama o evangelho
“Conjuro-te, perante Deus e Cristo Jesus, que há de julgar vivos e
mortos, pela sua manifestação e pelo seu reino: prega a palavra,
insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com
toda a longanimidade e doutrina.” - (2TM 4:1-2)
A igreja de nossos dias precisa urgentemente atentar para a
mensagem desta segunda carta de Paulo a Timóteo, já que a nossa
volta vemos cristãos e igrejas abrindo mão do evangelho,
manuseando-o desajeitadamente, incorrendo no perigo de finalmente
vê-lo escorrer por entre os dedos. Precisa-se de uma nova geração de
jovens Timóteos, que queiram guardar o sagrado depósito do
evangelho, que estejam determinados a proclamá-lo e preparados para
sofrer por ele; e que o compartilharão puro e incorrupto à geração
que, em seu devido tempo, se levantará em seguida.
Capítulo 1 – Primeira Exortação: Guarda o evangelho
“Guarda o bom depósito, mediante o Espírito Santo que habita em
nós.” - (2TM 1:14)
1. Paulo, apóstolo de Jesus Cristo (v.1)
[1:1] “Paulo, apóstolo de Cristo Jesus, pela vontade de Deus, de conformidade
com a promessa da vida que está em Cristo Jesus”
Intitulando-se “apóstolo de Cristo Jesus”, Paulo faz uma
considerável reivindicação para si mesmo.
O apóstolo prossegue, descrevendo dois aspectos do seu
apostolado, e lembra a Timóteo a origem e o objeto do mesmo. A
origem do seu apostolado foi “a vontade de Deus”, no chamado
histórico do Deus todo-poderoso, através de Jesus Cristo. O alvo do
seu apostolado diz respeito à “promessa da vida que está em Cristo
Jesus”. Isso equivale a dizer que ele foi comissionado como
apóstolo, primeiramente para formular, e depois para comunicar, o
evangelho.
“Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida;
ninguém vem ao Pai senão por mim.” - (JO 14:6)
2. Timóteo, o filho amado de Paulo
“[1:2] ao amado filho Timóteo, graça, misericórdia e paz, da parte de Deus Pai e
de Cristo Jesus, nosso Senhor. [3] Dou graças a Deus, a quem, desde os meus
antepassados, sirvo com consciência pura, porque, sem cessar, me lembro de ti
nas minhas orações, noite e dia. [4] Lembrado das tuas lágrimas, estou ansioso
por ver-te, para que eu transborde de alegria [5] pela recordação que guardo de
tua fé sem fingimento, a mesma que, primeiramente, habitou em tua avó Lóide e
em tua mãe Eunice, e estou certo de que também, em ti. [6] Por esta razão, pois,
te admoesto que reavives o dom de Deus que há em ti pela imposição das minhas
mãos. [7] Porque Deus não nos tem dado espírito de covardia, mas de poder, de
amor e de moderação. [8] Não te envergonhes, portanto, do testemunho de nosso
Senhor, nem do seu encarcerado, que sou eu; pelo contrário, participa comigo
dos sofrimentos, a favor do evangelho, segundo o poder de Deus”
Paulo menciona, neste parágrafo, as quatro maiores
influências que teriam contribuído para a formação de Timóteo.
a. A Formação Familiar
Paulo refere-se, neste parágrafo, a seus antepassados (v.3),
dele e de Timóteo, e também à mãe e a avó de Timóteo (v.5). E isto
faz sentido porque toda pessoa é, em alto grau afetada por razões de
ordem genética. A maior influência na formação de cada um de nós
deve-se ou à ascendência ou ao lar. Por esta mesma razão, boas
biografias nunca começam abordando as pessoas de que tratam, mas
os seus pais e possivelmente também os seus avós. É bem verdade
que ninguém pode herdar a fé de seus pais, do mesmo modo como
herda traços de personalidade, mas uma criança pode ser conduzida
à fé pelo ensino, pelo exemplo e pelas orações de seus pais.
Timóteo provinha de um lar temente a Deus. Lucas nos conta
que ele era filho de um casamento misto, em que o pai era grego e a
mãe judia (Atos 16:1). Pode-se presumir que o seu pai fosse
descrente, mas a mãe Eunice era judia crente, que se tornou cristã. E,
antes da mãe, sua avó Lóide era também convertida, visto que Paulo
escreve sobre a “fé sem fingimento” das três gerações (v.5). Talvez
os três, avó, mãe e filho, devessem sua conversão a Paulo, quando
levou o evangelho a Listra. Mesmo antes da conversão a Cristo,
essas mulheres tementes a Deus haviam instruído Timóteo no Antigo
Testamento, assim que “desde a meninice” fora inteirado das
“sagradas letras” (3:15).
“Porém confesso-te que, segundo o Caminho, a que chamam seita,
assim eu sirvo ao Deus de nossos pais, acreditando em todas as
coisas que estejam de acordo com a lei e nos escritos dos profetas” -
(AT 24:14)
A primeira influência na vida de Timóteo foi a sua educação
no lar, e em particular, a sua mãe e a sua avó, crentes sinceras, que
lhe falaram das Escrituras desde a infância. De igual forma, é uma
bênção de valor incalculável, da parte de Deus, hoje nascer e ser
criado num lar cristão.
b. A amizade espiritual
Depois de nossos pais, os nossos amigos são os que mais nos
influenciam, especialmente se são, de algum modo, nossos
professores. E Paulo era para Timóteo um mestre e amigo
excepcional. Já vimos que Paulo era o “pai espiritual” de Timóteo.
Paulo o conduzira a Cristo, por isso não se esqueceu dele, nem o
abandonou. Paulo lembrava-se constantemente dele, como diz
repetidamente nesta passagem. Também o tomara consigo em suas
viagens e o treinara como um aprendiz. Na última vez em que se
separaram, Timóteo foi incapaz de conter as lágrimas. E agora,
recordando-se daquelas lágrimas, Paulo almeja “noite e dia” tornar a
vê-lo, “para que eu transborde de alegria” (v.4). Entrementes, Paulo
orava sem cessar por Timóteo (v.3) e, de tempos em tempos,
escrevia-lhe cartas de aconselhamento e encorajamento, tais como
esta.
Tal amizade cristã, incluindo o companheirismo, as cartas e
as orações que a expressavam, certamente teve um poderoso efeito
na formação do jovem Timóteo, fortalecendo-o e sustentando-o em
sua vida e no serviço cristãos.
c. O Dom Espiritual.
Paulo deixa agora os meios indiretos usados por Deus para
moldar o caráter cristão de Timóteo (seus pais e amigos) para
enfocar um Dom diretamente dado por Deus a ele. “Por esta razão,
pois, te admoesto que reavives o dom de Deus que há em ti pela
imposição das minhas mãos.” - (2TM 1:6). É possível também que
Paulo esteja se referindo ao ministério em si, para o qual Timóteo
fora separado, pela imposição de mãos. De fato, as funções de pastor
e de mestre, tal como de apóstolo e de profeta, são apontadas como
dons da graça de Deus (Ef.4:7-11). Desse modo, talvez Dean Alford
tenha razão, ao dizer que “o Dom espiritual é o de ensinar e o de
prestigiar a igreja”.
Aprendemos, pois, que o homem não é somente o que ele
recebe de seus pais, amigos e mestres, mas também o que Deus
mesmo faz dele, quando o chama para um ministério especial,
dotando-o com recursos espirituais apropriados.
d. A disciplina pessoal
De fato, os dons de Deus, tanto os naturais como os
espirituais, precisam ser desenvolvidos e usados. As parábolas dos
talentos e das minas, que nosso Senhor ensinou, ilustram claramente
a responsabilidade pelo serviço, a recompensa pela fidelidade e o
perigo da preguiça. Assim, na sua primeira carta, Paulo pede que
Timóteo não se faça negligente com o seu Dom (4:14) e na segunda
carta o admoesta a reavivá-lo (v.6), ou reacendê-lo. O Dom é
comparado ao fogo. Parece, pois, que a exortação de Paulo é para
continuar soprando, para “atiçar aquele fogo interior”, para
conservá-lo vivo até inflamar-se, e isso presumivelmente pelo
exercício fiel do seu Dom e pela súplica a Deus por constante
renovação desse Dom.
Lançando este apelo, Paulo imediatamente justifica: “Porque
Deus não nos tem dado espírito de covardia, mas de poder, de amor
e de moderação.” - (2TM 1:7)
Sendo ele o Espírito de poder, podemos estar confiantes de
que ele nos capacita no exercício do nosso ministério. Sendo ele o
Espírito de amor, devemos usar a autoridade e o poder de Deus a
serviço do próximo, não em auto – afirmação ou vanglória. Sendo ele
o Espírito de domínio próprio, este uso deve ser com visível
reverência e reserva.
Paulo deixa, agora, os vários fatores que contribuíram para a
formação de Timóteo e volta-se para a autenticidade do evangelho e
para a responsabilidade de Timóteo em relação ao mesmo. Antes de
definir o evangelho, ele roga a Timóteo que não se envergonhe do
mesmo (v.8). Não deveria se envergonhar de Cristo, “do testemunho
de nosso Senhor”.
“Nós somos loucos por causa de Cristo, e vós, sábios em Cristo; nós,
fracos, e vós, fortes; vós, nobres, e nós, desprezíveis.” - (1CO 4:10)
“Quando, porém, vier o Consolador, que eu vos enviarei da parte do
Pai, o Espírito da verdade, que dele procede, esse dará testemunho
de mim; e vós também testemunhareis, porque estais comigo desde o
princípio.” - (JO 15:26-27)
Três modos pelos quais os cristãos são tentados a
envergonhar-se: ora do nome de Cristo, do qual somos chamados a
dar testemunho; ora do povo de Cristo, ao qual também
pertencemos, se é que pertencemos a Ele; ora do evangelho de
Cristo, cuja propagação nos foi confiada.
“Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus
para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também
do grego” - (RM 1:16)
“Porque qualquer que, nesta geração adúltera e pecadora, se
envergonhar de mim e das minhas palavras, também o Filho do
Homem se envergonhará dele, quando vier na glória de seu Pai com
os santos anjos.” - (MC 8:38)
Timóteo não deve, portanto, envergonhar-se do evangelho,
mas tomar parte do sofrimento por ele.
3. O Evangelho de Deus
“[9] que nos salvou e nos chamou com santa vocação; não segundo as nossas
obras, mas conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada em
Cristo Jesus, antes dos tempos eternos, [10] e manifestada, agora, pelo
aparecimento de nosso Salvador Cristo Jesus, o qual não só destruiu a morte,
como trouxe à luz a vida e a imortalidade, mediante o evangelho”
É impossível falar do evangelho sem falar, ao mesmo tempo
da salvação. O evangelho é precisamente isto: boas novas de
salvação, ou boas notícias de “nosso Salvador Jesus Cristo (v.10).
a. A essência da Salvação.
Salvação vai muito além do perdão. O Deus que nos “salvou”
é também o que, ao mesmo tempo, “nos chamou com santa
vocação”, ou seja, que nos chamou para sermos santos. “Porquanto
Deus não nos chamou para a impureza, e sim para a santificação.” -
(1TS 4:7)
“À igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo
Jesus, chamados para ser santos, com todos os que em todo lugar
invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e
nosso” - (1CO 1:2)
Sendo a santidade uma parte integrante no plano de Deus
para a salvação, também o é a “imortalidade”, da qual escreve no
versículo seguinte (v.10). De fato, “perdão”, “santidade” e
“imortalidade” são três aspectos da grande “salvação” de Deus.
b. A origem da salvação
De onde provém tão grande salvação? A resposta de Paulo é:
“Não segundo as nossas obras, mas conforme a sua própria
determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos
tempos eternos” (v.9); “antes do princípio do mundo” BV.
c. O fundamento da salvação
A nossa salvação tem um firme fundamento na obra histórica
efetuada por Jesus Cristo no seu primeiro aparecimento. Porque,
conquanto a graça de Deus nos tenha sido “dada em Cristo Jesus
antes dos tempos eternos”, ela foi “manifestada agora”, no entanto
“pelo aparecimento de nosso Salvador Jesus Cristo”, ou seja, pelo
aparecimento do mesmo Jesus.
4. Nossa responsabilidade perante o evangelho divino (vs.11-18)
“[11] para o qual eu fui designado pregador, apóstolo e mestre [12] e, por isso,
estou sofrendo estas coisas; todavia, não me envergonho, porque sei em quem
tenho crido e estou certo de que ele é poderoso para guardar o meu depósito até
aquele Dia. [13] Mantém o padrão das sãs palavras que de mim ouviste com fé e
com o amor que está em Cristo Jesus. [14] Guarda o bom depósito, mediante o
Espírito Santo que habita em nós. [15] Estás ciente de que todos os da Ásia me
abandonaram; dentre eles cito Fígelo e Hermógenes. [16] Conceda o Senhor
misericórdia à casa de Onesíforo, porque, muitas vezes, me deu ânimo e nunca se
envergonhou das minhas algemas; [17] antes, tendo ele chegado a Roma, me
procurou solicitamente até me encontrar. [18] O Senhor lhe conceda, naquele
Dia, achar misericórdia da parte do Senhor. E tu sabes, melhor do que eu,
quantos serviços me prestou ele em Éfeso.”
a. Nossa responsabilidade de comunicar o evangelho (v.11)
Embora não haja apóstolos de Cristo em nossos dias,
certamente há pregadores e mestres, homens e mulheres chamados
por Deus para se consagrarem à obra da pregação e do ensino.
b. Nossa responsabilidade de sofrer pelo evangelho (v.12a)
Paulo havia ordenado a Timóteo que não se envergonha-se,
mas que assumisse a sua parte de sofrimento pelo evangelho (v.8),
tema este a que se dedicou no segundo capítulo desta carta.
c. Nossa responsabilidade de zelar pelo evangelho (v.12b-18)
Levar um ensino sadio, não corrompido. Devemos ter o
cuidado de preservar a verdade, guardar o evangelho é lutar para
impedir que pessoas o tentem transformar para favorecer seus
interesses.
Guardá-lo fielmente
Difundi-lo ativamente
Sofrer corajosamente

Tríplice responsabilidade perante o
evangelho de Deus, de acordo com este
primeiro capítulo
Capítulo 2 – Segunda Exortação: Sofre pelo Evangelho
1. Passando a verdade adiante (vs.1-2)
“Tu, pois, filho meu, fortifica-te na graça que está em Cristo Jesus. E
o que de minha parte ouviste através de muitas testemunhas, isso
mesmo transmite a homens fiéis e também idôneos para instruir a
outros.”
Timóteo é chamado a procurar recursos para o seu ministério
não em sua própria natureza, mas na de Cristo. “fortifica-te na graça
que está em Cristo Jesus”.
Timóteo deveria guardar a verdade com lealdade, e passá-la
para a geração seguinte. Nesta transmissão de mão em mão, Paulo
divisa quatro estágios. Primeiramente, a fé fora confiada a Paulo por
Cristo. Em segundo lugar, o que fora confiado a Paulo, este por sua
vez o confiou a Timóteo. Em terceiro lugar, o que Timóteo ouviu de
Paulo deve agora confiá-lo a homens fieis. Em quarto lugar, tais
homens devem pertencer àquela classe de homens que sejam “também
idôneos para instruir a outros”.
Esta tradição apostólica, “o bom depósito”, é hoje encontrada
no Novo Testamento. Falando de maneira ideal, os termos “Escritura”
e “tradição” deveriam ser sinônimos, pois o que a Igreja transmite de
geração em geração deveria ser a fé bíblica, nada mais e nada menos.
E a fé bíblica é a fé apostólica.
Três metáforas que ilustram as responsabilidades do obreiro cristão:
2. Metáfora 1: o soldado dedicado (vs. 3,4)
“Participa dos meus sofrimentos como bom soldado de Cristo Jesus.
Nenhum soldado em serviço se envolve em negócios desta vida,
porque o seu objetivo é satisfazer àquele que o arregimentou.”
O bom soldado de Jesus Cristo é assim chamado por ser um
homem dedicado, que mostra sua dedicação por se achar sempre
disposto a sofrer e estando permanentemente em guarda. Os soldados
em serviço não contam com segurança e facilidade. Pelo contrário,
dureza, riscos e sofrimento são aceitos sem contestação. Nenhum
soldado vai à guerra cercado de luxúrias.
O que se proíbe ao bom soldado de Cristo não são as
atividades “seculares” mas “os envolvimentos em negócios desta
vida” que, mesmo sendo perfeitamente inocentes, o impeçam de lutar
as batalhas de Cristo.
3. Metáfora 2: o atleta sujeito às regras (v.5)
“Igualmente, o atleta não é coroado se não lutar segundo as normas.”
Cada esporte tem suas regras e cada prova tem seu prêmio.
A vida cristã é geralmente comparada, no Novo Testamento, a
uma corrida, no sentido de que devemos nos desembaraçar de todo
peso morto (Hb.12:1-2) e, especialmente nesta passagem, no sentido
de que devemos observar as regras.
4. Metáfora 3: o lavrador diligente (v.6)
“O lavrador que trabalha deve ser o primeiro a participar dos frutos.”
O preguiçoso jamais será um bom lavrador. O lavrador
trabalha com dedicação para ter boa colheita. Nós trabalhamos
espiritualmente para colher a santidade e semeamos o evangelho em
busca de almas.
5. O modo de entender (v.7)
“Pondera o que acabo de dizer, porque o Senhor te dará compreensão
em todas as coisas.”
Paulo ordena que Timóteo medite sobre o seu ensino e
promete-lhe que o Senhor lhe dará “compreensão em todas as coisas”,
se assim proceder.
Alguns cristãos nunca se aprofundam num estudo bíblico
sério. A razão disso talvez seja puramente “carnal”, isto é, são muito
preguiçosos. Mas por outro lado o motivo pode ser “pseudo-
espiritual”, quer dizer, eles crêem que a compreensão lhes virá do
Espírito Santo e não de sua própria meditação.
 Outros são bons estudiosos da Bíblia. São “laboriosos
agricultores”, por assim dizer. Usam suas mentes e esquadrinham o
texto da escritura; compram versões, consultam concordâncias e lêem
comentários com a maior atenção, mas se esquecem de que é somente
o Senhor que concede a compreensão, e que Ele a concede como uma
dádiva.
6. O sofrimento, uma condição para a bênção (vs.8-13)
“[8] Lembra-te de Jesus Cristo, ressuscitado de entre os mortos,
descendente de Davi, segundo o meu evangelho; [9] pelo qual estou
sofrendo até algemas, como malfeitor; contudo, a palavra de Deus não
está algemada. [10] Por esta razão, tudo suporto por causa dos eleitos,
para que também eles obtenham a salvação que está em Cristo Jesus,
com eterna glória. [11] Fiel é esta palavra: Se já morremos com ele,
também viveremos com ele; [12] se perseveramos, também com ele
reinaremos; se o negamos, ele, por sua vez, nos negará; [13] se somos
infiéis, ele permanece fiel, pois de maneira nenhuma pode negar-se a
si mesmo.”
a. A experiência de Cristo (v.8)
As palavras “da descendência de Davi” retratam a sua
humanidade, porque falam da sua descendência terrena, como
descendente de Davi. As palavras “ressuscitou dos mortos” atestam a
sua divindade. As duas expressões demonstram, em forma
embrionária, o contraste entre a humilhação e a exaltação. Nos
momentos de dificuldades, podemos lembrar de Jesus Cristo.
b. A experiência do Apóstolo Paulo (vs.9 e10)
Paulo está sofrendo pelo evangelho, mas ainda que ele esteja
acorrentado, a palavra de Deus não está.
A doutrina da eleição não dispensa a necessidade da pregação,
ela a torna essencial.
c. Nossa experiência cristã geral (vs.11-13)
2TM 2:11-12 - “Fiel é esta palavra: Se já morremos com ele, também
viveremos com ele; se perseveramos, também com ele reinaremos; se
o negamos, ele, por sua vez, nos negará”
A morte para o eu, o tomarmos a cruz e seguirmos a Cristo.
“Dia após dia, morro! Eu o protesto, irmãos, pela glória que tenho em
vós outros, em Cristo Jesus, nosso Senhor.” - (1CO 15:31). Somente
teremos parte na vida de Cristo no céu se, anteriormente, tivermos
participado de sua morte na terra. “Ora, se somos filhos, somos
também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo; se
com ele sofremos, também com ele seremos glorificados.” - (RM
8:17)
2TM 2:13 - “se somos infiéis, ele permanece fiel, pois de maneira
nenhuma pode negar-se a si mesmo”.
“mas aquele que me negar diante dos homens, também eu o
negarei diante de meu Pai, que está nos céus.” - (MT 10:33)
A fidelidade da parte de Cristo, significa que ele executa as
suas ameaças... bem como as suas promessas.
7. Metáfora 4: o obreiro que não tem de que se envergonhar
(vs.14-19).
“[14] Recomenda estas coisas. Dá testemunho solene a todos perante
Deus, para que evitem contendas de palavras que para nada
aproveitam, exceto para a subversão dos ouvintes. [15] Procura
apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se
envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. [16] Evita,
igualmente, os falatórios inúteis e profanos, pois os que deles usam
passarão a impiedade ainda maior. [17] Além disso, a linguagem deles
corrói como câncer; entre os quais se incluem Himeneu e Fileto. [18]
Estes se desviaram da verdade, asseverando que a ressurreição já se
realizou, e estão pervertendo a fé a alguns. [19] Entretanto, o firme
fundamento de Deus permanece, tendo este selo: O Senhor conhece os
que lhe pertencem. E mais: Aparte-se da injustiça todo aquele que
professa o nome do Senhor.”
“Obreiro” sua obra é o ensino, chamado a manejar a “palavra
da verdade”. Obreiro que foi aprovado, foi experimentado e
permaneceu fiel. O bom obreiro “maneja bem” (v.15) a palavra da
verdade, expõe integralmente a bíblia, é conhecido por sua fidelidade
à escritura. O mau obreiro “desvia-se” (v.18) da verdade ou vira-se
contra ela. Vai atrás de contendas de palavras, falatórios inúteis. Uma
doutrina falsa é profana, e cancerosa, ela desvia as pessoas de Deus e
as faz avançar na impiedade espalhando a sua infecção na
comunidade.
8. Metáfora 5: o utensílio de honra (vs.20-22)
“[20] Ora, numa grande casa não há somente utensílios de ouro e de
prata; há também de madeira e de barro. Alguns, para honra; outros,
porém, para desonra. [21] Assim, pois, se alguém a si mesmo se
purificar destes erros, será utensílio para honra, santificado e útil ao
 seu possuidor, estando preparado para toda boa obra. [22] Foge,
outrossim, das paixões da mocidade. Segue a justiça, a fé, o amor e a
paz com os que, de coração puro, invocam o Senhor.”
Os dois grupos de utensílios na grande casa (ouro e prata para
uso nobre, madeira e cerâmica para uso ignóbil) apresentam mestres
verdadeiros e falsos na igreja. Os autênticos como Timóteo; e os
falsos como Himeneu e Alexandre.
“se alguém se purificar”. “Será um vaso nobre”. Isso é
completado então com três outras expressões: “santificado”
(permanentemente separado), “útil” (ou serviçal) ao seu possuidor (e
dono da casa) e “preparado para toda boa obra”. Não se pode imaginar
honra mais alta do que a de ser um instrumento na mão de Jesus
Cristo, estando à disposição dele para o cumprimento dos seus
propósitos, achando-se pronto para o seu serviço sempre que
solicitado.
O senhor da casa estabelece apenas uma condição: que os
vasos que ele usa estejam limpos. A pureza, então, a pureza de
doutrina e a pureza de vida, é a condição essencial para ser útil a
Cristo. “nem ofereçais cada um os membros do seu corpo ao pecado,
como instrumentos de iniqüidade; mas oferecei-vos a Deus, como
ressurretos dentre os mortos, e os vossos membros, a Deus, como
instrumentos de justiça.” - (RM 6:13)
A parte negativa refere-se a que Timóteo fuja das “paixões da
mocidade”. Isso não deve ser entendido como referência à
concupiscência sexual tão-somente, mas à auto afirmação, bem como
à auto – indulgência, a ambição egoísta, à obstinada teimosia, à
arrogância e, enfim, à todos os caprichosos impulsos da juventude.
A parte positiva é que Timóteo deve “seguir” as quatro
características essenciais de um cristão: “a justiça, a fé, o amor, e a
paz”, e deve seguí-las em boa companhia.
Temos que nos despir de tudo o que pertence à nossa velha
vida e nos vestir do que pertence à nova vida. Temos que fazer morrer
a nossa natureza terrena e colocar os nossos pensamentos nas coisas
celestes.
9. Metáfora 6: o servo do Senhor (vs.23-26)
“[23] E repele as questões insensatas e absurdas, pois sabes que só
engendram contendas. [24] Ora, é necessário que o servo do Senhor
não viva a contender, e sim deve ser brando para com todos, apto para
instruir, paciente, [25] disciplinando com mansidão os que se opõem,
na expectativa de que Deus lhes conceda não só o arrependimento
para conhecerem plenamente a verdade, [26] mas também o retorno à
sensatez, livrando-se eles dos laços do diabo, tendo sido feitos cativos
por ele para cumprirem a sua vontade.”
Paulo volta às “contendas de palavras” do v.14 e aos falatórios
profanos” do v.16. A palavra traduzida por “questões insensatas” v.23
ensina que o que nos é proibido são as controvérsias que, em si
mesmas, são “insensatas e sem sentido”, com o efeito de “provocar
contendas”. O obreiro no seu ministério, instruindo e corrigindo,
deverá mostrar a mesma qualidade distintiva: “que não viva a
contender”. Ao contrário, deverá ser “brando para com
todos...paciente” e caracterizado por “mansidão”. A característica
fundamental do “servo do Senhor” é “ser manso” (24, 25a). A
primeira palavra significa “brando” e é usada por Paulo para descrever
a atitude de uma “ama que acaricia os próprios filhos” (I Ts 2:7). A
Segunda palavra significa literalmente “suportar o mal, sem
ressentimentos” e assim suportar a dureza das pessoas, sendo paciente
em face das tolices delas e tolerante quanto às suas fraquezas. A
última das três palavras acrescenta à mansidão, já descrita pelas outras
duas, as idéias de “humildade, cortesia, consideração e brandura”. O
seu oposto seria “imprudente, orgulhoso e rude.” (Is.50:4; 42:2-3;
50:6; 53:7; Mt.1:39).
Se o servo do Senhor adornar o seu ensino cristão com um
caráter cristão, e se for brando em seu trato com os inconstantes,
“disciplinando com mansidão os que se opõem”, um bom resultado
virá.
 aprendem sempre e jamais podem chegar ao conhecimento da
verdade. [8] E, do modo por que Janes e Jambres resistiram a Moisés,
também estes resistem à verdade. São homens de todo corrompidos na
mente, réprobos quanto à fé; [9] eles, todavia, não irão avante; porque
a sua insensatez será a todos evidente, como também aconteceu com a
daqueles.”
a. A conduta moral (vs.2-4)
Os homens são egoístas em extremo, amigos de si próprios.
BLH “[2] Pois muitos serão egoístas, avarentos, orgulhosos, vaidosos,
xingadores, ingratos, desobedientes aos seus pais e não terão respeito
pela religião. [3] Não terão amor pelos outros e serão duros,
Capítulo 3 – Terceira Exortação: Persevera no Evangelho ! caluniadores, incapazes de se controlarem, violentos e inimigos do
1. Enfrentando tempos difíceis (vs. 1, 2a)
bem. [4] Serão traidores, atrevidos e cheios de orgulho. Amarão mais
“Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois
os prazeres do que a Deus”
os homens serão egoístas... ”
b. A observância religiosa (v.5)
Paulo quer enfatizar que a oposição à verdade não é uma
Embora seja muito doloroso é real que muitas pessoas
situação passageira, mas uma característica permanente da presente
busquem religiosidade e imoralidade ao mesmo tempo. (Is.1:14-17;
era. Talvez ele tema que Timóteo se torne super – otimista, na
Mt.23:25)
esperança de que, se ficar quieto por algum tempo a tormenta passe.
Preservavam exteriormente uma “forma de piedade, negando-
Os “últimos dias” se iniciaram com Jesus Cristo (Hb.12:1-2) e
lhe, entretanto, o poder” (v.5). Evidentemente essas pessoas
vão até a segunda vinda de Cristo. Nesses últimos dias, Paulo
participavam do culto da igreja. Cantavam os hinos, diziam o “amém”
acrescenta, “sobrevirão tempos difíceis”. Não são tempos
às orações e deitavam dinheiro na bandeja das ofertas. Tinham
permanentemente maus, mas períodos perigosos. Tempos difíceis de
aparência e palavras notoriamente piedosas. Mas era forma sem poder,
suportar, de lidar, de enfrentar.
aparência externa sem realidade interna, religião sem moral, fé sem
Paulo imediatamente prossegue dizendo-nos a razão disso:
obras.
pois os homens serão... É importante compreender que os homens é
c. O zelo proselitista (vs.6-9)
que são os responsáveis pelos tempos ameaçadores pelos quais a
Na igreja visível o mal sempre se mistura com o bem, e por
igreja deverá passar.
vezes o mal tem autoridade superior. Dentro da igreja, há homens de
2. Os homens maus são descritos (vs.2-9)
caráter e de conduta imorais, de religiosidade puramente exterior, de
“[2] pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos,
mentes corruptas e de fé fingida. Amam mais a si mesmos, ao
arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos,
dinheiro, e aos prazeres, do que a Deus e a seus semelhantes. Retêm a
irreverentes, [3] desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem
forma de religião, mas negam o seu poder. Opõem-se à verdade e
domínio de si, cruéis, inimigos do bem, [4] traidores, atrevidos,
procuram ganhar os fracos para os seus erros perniciosos. São
enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus, [5] tendo
perversos moral, religiosa e intelectualmente.
forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também
3. Permanecendo firme na fé (10-15)
destes. [6] Pois entre estes se encontram os que penetram
“[10] Tu, porém, tens seguido, de perto, o meu ensino, procedimento,
sorrateiramente nas casas e conseguem cativar mulherinhas
propósito, fé, longanimidade, amor, perseverança, [11] as minhas
sobrecarregadas de pecados, conduzidas de várias paixões, [7] que
perseguições e os meus sofrimentos, quais me aconteceram em
Antioquia, Icônio e Listra, - que variadas perseguições tenho
suportado! De todas, entretanto, me livrou o Senhor. [12] Ora, todos
quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão
perseguidos. [13] Mas os homens perversos e impostores irão de mal a
pior, enganando e sendo enganados. [14] Tu, porém, permanece
naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o
aprendeste [15] e que, desde a infância, sabes as sagradas letras, que
podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus.”
Timóteo é chamado para ser diferente e, se necessário, a
permanecer sozinho. Dois verbos principais resumem o propósito
deste parágrafo: “Tu me tens seguido fielmente até agora (v.10);
continua, pois a agir assim (v.14).
a. O passado (vs.10-13)
A posição de Timóteo é descrita em termos de ter “seguido” a
Paulo. Seguir o raciocínio, compreender, aceitar a idéia, seguir
fielmente sem contestar.
b. O futuro (vs. 14-15)
Timóteo deve permanecer naquilo que aprendeu porque sabe
de quem aprendeu (professores, sua avó Lóide, e sua mãe Eunice, e
ainda Paulo). Tinha aprendido o Velho Testamento e o ensino de
Paulo. O evangelho em que cremos é o evangelho bíblico, o
evangelho do Velho Testamento e do Novo Testamento, autenticado
tanto pelos profetas de Deus, como pelos apóstolos de Cristo. E
devemos tomar também a firme resolução de atender à exortação que
Paulo deu a Timóteo, e permanecer no que temos aprendido, em vista
dessa dupla autenticação.
4. A origem e o propósito da Escritura (vs. 15b-17)
“[15] e que, desde a infância, sabes as sagradas letras, que podem
tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus. [16] Toda a
Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão,
para a correção, para a educação na justiça”
Origem – “toda escritura é inspirada por Deus”, ela é soprada
por Deus. Ela se originou na mente de Deus e foi comunicada pela
boca de Deus, pelo sopro de Deus, ou pelo seu Espírito.
Propósito – “as sagradas letras”, diz ele, “podem tornar-te
sábio para a salvação”. Só Deus pode revelar ao homem esta
salvação. Ela é útil para orientar a vida do homem e ensiná-lo a viver.
Através de um diligente estudo da Escritura o homem de Deus pode
tornar-se “perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra”.
Considerando tudo o que foi dito neste capítulo, podemos
aprender a relevância da mensagem de Paulo à nossa sociedade
pluralista e permissiva. Os “tempos difíceis”, em que estamos
vivendo, são desconcertantes. “Tu, porém”, Paulo nos diz, como o
disse a Timóteo, “permanece naquilo que aprendeste”, ainda que a
pressão para se acomodar seja muito forte. Que a palavra de Deus te
faça um homem de Deus.
Capítulo 4 – Quarta Exortação: Prega o Evangelho !
1. A natureza da exortação (v.2)
“prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige,
repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina.”
Timóteo deve “pregar” esta palavra; ele deve falar o que Deus
falou. Sua responsabilidade não é somente ouvir essa palavra, crer
nela e obedecê-la, nem guardá-la de toda falsidade; nem somente
sofrer por ela e permanecer nela; mas, sim, pregá-la a outros.
Paulo prossegue mostrando quatro sinais que deverão
caracterizar a proclamação a ser feita por Timóteo.
a. Uma proclamação urgente.
“instar”- assistir, estar de prontidão, estar disponível. Não
somente o sentido de alerta e zelo mas de insistência e urgência. Boa
pregação transmite um sentido de urgência e de importância do que
está sendo pregado.
“quer seja oportuno quer não” – Não nos é dada a liberdade de
entrarmos sem cerimônia na vida privada de outras pessoas ou lhes
pisarmos grosseiramente nos calos, temos aqui um apelo para que a
pregação seja efetuada em todo tempo e lugar, é um apelo contra a
preguiça e o comodismo.
b. Uma proclamação contextual
O pregador deve usar argumentos de repreensão e apelo, o que
vem a ser uma classificação de três abordagens: a intelectual, a moral
e a emocional. Porque muitas pessoas acham-se atormentadas por
dúvidas e precisam ser repreendidas; outras ainda, são perseguidas
pelas dúvidas e precisam ser encorajadas.
c. Uma proclamação paciente
 Devemos ser pacientes tanto na forma de expor, instruir,
corrigir como também termos paciência em esperar os resultados na
vida de quem instruímos. Não devemos tentar provocar decisões a
força, temos que ser fiéis na exposição e aguardar pacientemente a
obra do Espírito Santo.
d. Uma proclamação inteligente
Não devemos só pregar a palavra, mas também ensiná-la, ou
melhor, pregá-la “com toda a doutrina”. C. H. Dodd tornou clara a
distinção entre Kerygma e didache, sendo a primeira a proclamação
de Cristo aos descrentes, com apelo ao arrependimento; e a segunda, a
instrução ética aos convertidos.
O ministério pastoral é um ministério de ensino, e é por isso
que exige dos candidatos ortodoxia na fé e aptidão para o ensino.
2. A base da exortação (vs. 1, 3-8)
“[1] Conjuro-te, perante Deus e Cristo Jesus, que há de julgar vivos e
mortos, pela sua manifestação e pelo seu reino: [3] Pois haverá tempo
em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de
mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira
nos ouvidos; [4] e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-
se às fábulas. [5] Tu, porém, sê sóbrio em todas as coisas, suporta as
aflições, faze o trabalho de um evangelista, cumpre cabalmente o teu
ministério. [6] Quanto a mim, estou sendo já oferecido por libação, e
o tempo da minha partida é chegado. [7] Combati o bom combate,
completei a carreira, guardei a fé. [8] Já agora a coroa da justiça me
está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não
somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda.”
a. O Cristo que vem (v.1)
A ênfase deste primeiro versículo está na volta de Cristo.
Tanto os que pregam a palavra, como os que ouvem, terão de dar
contas a Cristo, quando ele aparecer.
b. O cenário prevalecente (vs.3-5)
“tempos difíceis” – Em que as pessoas não podem suportar a
verdade, “não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de
mestres segundo as suas próprias cobiças” v.3 “e se recusarão a dar
ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas.”v.4 . Em outras palavras,
tais pessoas não podem suportar a verdade e recusam-se a ouví-la,
buscando, então, mestres que adaptem suas fantasias especulativas,
nas quais estão determinados a andar. Elas sofrem de uma condição
patológica peculiar, conhecida como “coceira nos ouvidos”, ou “fome
de novidades”. O critério pelo qual julgam os mestres não é a palavra
de Deus, mas o seu próprio gosto subjetivo. Ainda mais, não ouvem
primeiro para depois decidir se o que ouviram é verdade; primeiro
decidem o que querem ouvir e depois escolhem mestres que são
obrigados a manter o padrão por eles exigido.
“Tu, porém” - (1) Por serem pessoas instáveis de mente e
conduta, Timóteo deverá acima de tudo ser sempre “sóbrio”, bem
equilibrado. Quando homens e mulheres se intoxicam com heresias
inebriantes e novidades reluzentes, os ministros devem conservar-se
calmos e sensatos. (2) Mesmo que o povo não queira dar ouvidos ao
seu bom ensino, Timóteo deve persistir em ensinar, predispondo-se a
suportar aflições, por causa da verdade que ele se recusa a
comprometer. (3) Timóteo deve fazer um “trabalho de um
evangelista”. Como se Paulo estivesse ordenando a Timóteo: “Faze da
pregação do evangelho a obra da tua vida.” (4) Mesmo que as pessoas
abandonem o ministério de Timóteo em favor de mestres que lhes
cocem idéias fantasiosas, Timóteo deve cumprir o seu ministério.
c. O velho apóstolo (vs. 6-8)
O terceiro motivo da exortação tem a ver com um outro evento
futuro, ou seja, o seu próprio martírio. O elo entre este parágrafo e o
v.5, que o procede, é bem claro. O argumento de Paulo poderia estar
escrito da seguinte forma: “Tu porém, Timóteo, tu deves cumprir o
teu ministério porque eu já estou às portas da morte”. Assim como
Josué sucedeu a Moisés, Salomão sucedeu a Davi e Eliseu a Elias,
assim também agora Timóteo deve suceder a Paulo.
“combati o bom combate” – “corri a grande corrida”, contexto que
envolve esforço e luta.
“completei a carreira” – Paulo já havia expressado o desejo de fazer
exatamente isso: “Porém em nada considero a vida preciosa para mim
mesmo, contanto que complete a minha carreira e o ministério que
recebi do Senhor Jesus para testemunhar o evangelho da graça de
Deus.”- (AT 20:24). Agora Paulo está em condições de dizer que
assim o fez.
“guardei a fé” – “guardei a fé no meu mestre” . Paulo demonstra em
guardar a verdade.
3. Uma ilustração da exortação (vs.9-22)
“[9] Procura vir ter comigo depressa. [10] Porque Demas, tendo
amado o presente século, me abandonou e se foi para Tessalônica;
Crescente foi para a Galácia, Tito, para a Dalmácia. [11] Somente
Lucas está comigo. Toma contigo Marcos e traze-o, pois me é útil
para o ministério. [12] Quanto a Tíquico, mandei-o até Éfeso. [13]
Quando vieres, traze a capa que deixei em Trôade, em casa de Carpo,
bem como os livros, especialmente os pergaminhos. [14] Alexandre, o
latoeiro, causou-me muitos males; o Senhor lhe dará a paga segundo
as suas obras. [15] Tu, guarda-te também dele, porque resistiu
fortemente às nossas palavras. [16] Na minha primeira defesa,
ninguém foi a meu favor; antes, todos me abandonaram. Que isto não
lhes seja posto em conta! [17] Mas o Senhor me assistiu e me revestiu
de forças, para que, por meu intermédio, a pregação fosse plenamente
cumprida, e todos os gentios a ouvissem; e fui libertado da boca do
leão. [18] O Senhor me livrará também de toda obra maligna e me
levará salvo para o seu reino celestial. A ele, glória pelos séculos dos
séculos. Amém! [19] Saúda Prisca, e Áqüila, e a casa de Onesíforo.
[20] Erasto ficou em Corinto. Quanto a Trófimo, deixei-o doente em
Mileto. [21] Apressa-te a vir antes do inverno. Êubulo te envia
saudações; o mesmo fazem Prudente, Lino, Cláudia e os irmãos todos.
[22] O Senhor seja com o teu espírito. A graça seja convosco.”
Vários fatores contribuíram para Paulo se sentir só; ele os
menciona abertamente: foi abandonado por seus amigos (9-13); sofreu
a oposição de Alexandre, o latoeiro (14-15); e ninguém foi a seu favor
em sua primeira defesa (16-18).
a. Abandonado por seus amigos (vs.9-13 e 19-21)
É quase certo que Paulo não foi inteiramente abandonado por
seus amigos, não obstante, o apóstolo sente-se terrivelmente isolado e
abandonado, exilado das igrejas que fundara e de seus membros, os
quais conhece e ama.
Ele sente profundamente esta solidão. Deseja e pede três
coisas: primeiro, pessoas que lhe faça companhia; segundo, uma capa
que o aqueça; terceiro, livros e pergaminhos que o mantenham
ocupado. Como Paulo não precisamos, pois, negar a nossa
humanidade ou fragilidade, ou julgar-nos feitos de outra matéria que
não o pó.
b. A oposição de Alexandre, o latoeiro (vs.14-15)
O segundo fato que contribuiu para a provação de Paulo foi a
violenta oposição feita a ele e à sua mensagem, por um homem
chamado Alexandre. Sabemos que a profissão dele era a de
“latoeiro”, ou trabalhador com cobre.
c. Ninguém a seu favor, em sua defesa (vs. 16-18)
Paulo pôde dizer que, apesar de todos o terem desamparados,
“o Senhor me assistiu e me revestiu de forças” (v.17). A presença de
Cristo a seu lado, dando-lhe uma força interna (Fp.4:13), capacitando-
o a pregar o evangelho a todos os gentios presentes e a conseguir o
seu livramento “da boca do leão”.
d. Conclusão
Sublinhando esta carta inteira está a convicção básica que
Paulo tinha de que Deus falou através de seus profetas e apóstolos, e
que esta singular revelação – “a fé”, “a verdade” , “a palavra”, “o
evangelho”, “a sã doutrina” – foi confiada à igreja como um tesouro
sagrado ou um “depósito”.
Agora o apóstolo, que por três décadas de ativo ministério
confiou fielmente a outros o que ele mesmo tinha recebido, está em
seus derradeiros momentos de vida. Ele está exatamente a ponto de
ser sacrificado. Com os olhos da mente parece ter tido um vislumbre
da luzidia espada do carrasco. Por isso ele deseja veementemente que
Timóteo, seu jovem mais fiel tenente, o substitua, continuando a partir
do momento em que parar, em que passe a tocha adiante a outros.
Contudo Paulo tem plena consciência das dificuldades, tanto
internas como externas. Timóteo é inexperiente, fraco e tímido. A
oposição do mundo é forte e sutil e, por detrás dessas coisas, está o
diabo, tentando “capturar vivos os homens”, para aprisioná-los,
porque o diabo odeia o evangelho e usa toda a sua força e astúcia para
impedir-lhe o progresso, e isso faz ora pervertendo-o na boca dos que
devem pregar, ora amedrontando-os até o silêncio através da
perseguição ou do ridículo, ora persuadindo-os a ir além do
evangelho, em uma novidade fantasiosa, ora fazendo-os tão ocupados
com a defesa do evangelho a ponto de não terem tempo de proclamá-
lo.
Assim, pois, conhecendo o sagrado depósito que lhe fora
confiado, a iminência de seu martírio, a natural fraqueza de Timóteo,
a oposição do mundo e a extrema sutileza de Satanás, Paulo dá a
Timóteo essas quatro exortações com relação ao evangelho: guardá-lo
(porque é um tesouro de valor inestimável), sofrer por ele (por ser
uma pedra de tropeço ao orgulho), permanecer nele (porque é a
verdade de Deus) e pregá-lo (porque é a boa nova da salvação).
Timóteo foi chamado a ser fiel em sua geração; onde estão os
homens e as mulheres dispostos a serem fiéis em nossos dias? Tais
pessoas são necessárias com urgência. Sem dúvida nossa preocupação
será: “Mas quem é capaz de tudo isso?” Se este é o caso, precisamos
considerar duas expressões bem curtas nos versículos finais da carta,
os quais até agora omiti.
Primeiro, no versículo 22: “O Senhor esteja com o teu espírito.
A graça seja convosco”. Estas são as últimas palavras do apóstolo que
foram registradas. Se até esse ponto da carta ele esteve ditando (talvez
a Lucas), possivelmente agora ele próprio tenha tomado a pena e
escrito, como que assinando a missiva. “O Senhor esteja com o teu
(no singular) espírito” é sua oração, assim como ele esteve comigo
durante o julgamento (v.17), e que “a graça (palavra que sintetiza
toda a teologia de Paulo) seja convosco !” Desta vez o pronome é
“convosco”, no plural, que “demonstra que a carta de fato é destinada
a uso público”. Foi escrita para toda a Igreja. Foi escrita para nós,
hoje.
Depois, no v.18, lemos: “A ele, glória pelos séculos dos
séculos. Amém!”. Seria difícil achar resumo melhor do que estas duas
sentenças para a vida e para a aspiração do apóstolo. Primeiro, ele
recebeu a graça de Cristo. “Dele a graça, a ele a glória”. Não
devemos, em toda a nossa vida e em todo o nosso serviço cristão, ter
outro desejo, ou outra filosofia, que não seja esta.
 CRISTÃOS CRISTÃOS

Cristão: O nome pelo qual os seguidores de Jesus Cristo agora são

geralmente conhecidos entre si mesmos e que, no mundo, chegou apenas
paulatinamente ao destaque. Conforme Atos 11:26 (“tendo-o encontrado,
levou-o para Antioquia. E, por todo um ano, se reuniram naquela igreja e
ensinaram numerosa multidão. Em Antioquia, foram os discípulos, pela
primeira vez, chamados cristãos.”), o nome teve sua origem em Antioquia.
Na narrativa de Atos ocorre mais uma vez (“Então, Agripa se dirigiu a
Paulo e disse: Por pouco me persuades a me fazer cristão.” - AT 26:28), nos
lábios de Agripa. Em I Pe.4:16 (“mas, se sofrer como cristão, não se
envergonhe disso; antes, glorifique a Deus com esse nome.”) é a única
ocorrência no Novo Testamento, também como a sugestão do seu uso por
descrentes.
Mesmo que tenha sido usado originalmente como termo de
zombaria, o nome comum dos crentes no mundo romano, logo se tornou a
designação por causa da qual os seguidores de Jesus Cristo eram
perseguidos. Talvez em grande parte como resultado, no século II a
afirmação “eu sou cristão” tornou-se a confissão triunfante de muitos
mártires. Termo que foi um elemento de ridicularização em breve veio a ser
um nome que aqueles que o recebiam sentiam-se honrados em levarem.
Cristão é uma palavra que define aquele a quem se aplica como
sendo partidário de Christos, de modo bem semelhante a Herodianos como
termo técnico para os seguidores de Herodes.
Jesus: Transcrição de nome grego, por sua vez derivado da raiz hebraica
(Jehoschua), que significa ajudar, salvar.
Cristo: Ungir, Ungido. Denota uma pessoa que foi cerimonialmente ungida
para um cargo.

Discípulo: O nome característico daqueles que se reuniam ao redor de Jesus

durante o seu ministério era “discípulo”. Ele era professor ou mestre, eles
eram seus discípulos, e o termo envolvia muita ligação e dedicação pessoais
para ser traduzido adequadamente por “aluno”. O nome continuou a aparecer

NOMES NOMES em Atos, onde freqüentemente tem o sentido geral de cristão (“E, tendo
anunciado o evangelho naquela cidade e feito muitos discípulos, voltaram

DOS para Listra, e Icônio, e Antioquia.” - AT 14:21). O uso do termo em Atos

em referência àqueles que não conheceram Jesus durante os dias de Sua
carne serve de lembrança de que o relacionamento de gerações de cristãos
subseqüentes com o Cristo glorificado não é essencialmente diferente
daquele que era desfrutado pelos que andaram com Ele na terra. Indica,
ainda mais, que as frases solenes do Senhor a respeito da natureza e do preço
do discipulado devem ser levados em plena consideração ao se construir
uma doutrina da vida cristã.
LC 6:40 “O discípulo não está acima do seu mestre; todo aquele, porém,
que for bem instruído será como o seu mestre.”
Lc. 25-33 “[25] Grandes multidões o acompanhavam, e ele, voltando-se,
lhes disse: [26] Se alguém vem a mim e não aborrece a seu pai, e mãe, e
mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs e ainda a sua própria vida, não pode ser
meu discípulo. [27] E qualquer que não tomar a sua cruz e vier após mim
não pode ser meu discípulo. [28] Pois qual de vós, pretendendo construir
uma torre, não se assenta primeiro para calcular a despesa e verificar se tem
os meios para a concluir? [29] Para não suceder que, tendo lançado os
alicerces e não a podendo acabar, todos os que a virem zombem dele, [30]
dizendo: Este homem começou a construir e não pôde acabar. [31] Ou qual é
o rei que, indo para combater outro rei, não se assenta primeiro para calcular
se com dez mil homens poderá enfrentar o que vem contra ele com vinte
mil? [32] Caso contrário, estando o outro ainda longe, envia-lhe uma
embaixada, pedindo condições de paz. [33] Assim, pois, todo aquele que
dentre vós não renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo.”
Por mais comum que o termo seja em Atos, desaparece
completamente no restante do Novo Testamento. Parece que “discípulo”,
como título permanente dos cristãos, não era mais adequado do que
“Mestre” ou “Rabi” para Jesus, cujo senhorio já fora plenamente revelado e
entendido. Tinha a desvantagem adicional de que o termo era comum nos
círculos gregos ou judaicos (cf. nos evangelhos: discípulos de João Batista,
dos fariseus, de Moisés) e portanto exigia alguma explicação para ser
distintivamente cristão (e.g., “discípulos do Senhor”, At 9:1)
Irmão: Esta palavra ocorre tão freqüentemente como “discípulo”, em Atos,
como nome dos cristãos. O uso paralelo destes títulos, como em AT 18:27
(“Querendo ele percorrer a Acaia, animaram-no os irmãos e escreveram aos
discípulos para o receberem. Tendo chegado, auxiliou muito aqueles que,
mediante a graça, haviam crido”), indica que, como termos técnicos, eram
praticamente sinônimos. Ao contrário de “discípulo”, no entanto, “irmão”
sobreviveu como auto - designação comum no restante do Novo Testamento
e na literatura cristã primitiva. Como título, expressa o vínculo espiritual
entre companheiros crentes e a obrigação de amarem uns aos outros. “Amai-
vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em
honra uns aos outros.” - (RM 12:10) “Finalmente, sede todos de igual
ânimo, compadecidos, fraternalmente amigos, misericordiosos, humildes” -
(1PE 3:8).
Os cristãos nem sempre vivem a altura deste nome. “Mas vós
mesmos fazeis a injustiça e fazeis o dano, e isto aos próprios irmãos!” -
(1CO 6:8).
A terminologia tem suas raízes no Velho Testamento - ÊX 2:11
“Naqueles dias, sendo Moisés já homem, saiu a seus irmãos e viu os seus
labores penosos; e viu que certo egípcio espancava um hebreu, um do seu
povo.” SL.22:22 “A meus irmãos declararei o teu nome; cantar-te-ei
louvores no meio da congregação”
Nos costumes judaicos - (AT 28:21) “Então, eles lhe disseram: Nós
não recebemos da Judéia nenhuma carta que te dissesse respeito; também
não veio qualquer dos irmãos que nos anunciasse ou dissesse de ti mal
algum.”
No ensino de Jesus - (MT 23:8) “Vós, porém, não sereis chamados
mestres, porque um só é vosso Mestre, e vós todos sois irmãos.”
Em alguns poucos casos, o termo indica o relacionamento básico
entre os cristãos e o próprio Cristo. - (MT 28:10) “Então, Jesus lhes disse:
Não temais! Ide avisar a meus irmãos que se dirijam à Galiléia e lá me
verão.” (JO 20:17) “Recomendou-lhe Jesus: Não me detenhas; porque ainda
não subi para meu Pai, mas vai ter com os meus irmãos e dize-lhes: Subo
para meu Pai e vosso Pai, para meu Deus e vosso Deus. - (RM 8:29)
“Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para
serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito
entre muitos irmãos.” - (HB 2:11-12,17) “Pois, tanto o que santifica como
os que são santificados, todos vêm de um só. Por isso, é que ele não se
envergonha de lhes chamar irmãos, dizendo: A meus irmãos declararei o teu
nome, cantar-te-ei louvores no meio da congregação. ... Por isso mesmo,
convinha que, em todas as coisas, se tornasse semelhante aos irmãos, para
ser misericordioso e fiel sumo sacerdote nas coisas referentes a Deus e para
fazer propiciação pelos pecados do povo.
O termo, como nome geral dos cristãos, é encontrado apenas
esporadicamente depois do século III, e sobreviveu principalmente nos
círculos clericais. Reapareceu na Idade Média posterior (e.g., os Irmãos da
Vida Comum) e tem sido empregado por alguns grupos na igreja moderna.
Santo: Embora seja raro em Atos, este é um título comum em Paulo e no
Apocalipse, que aparece quase exclusivamente no plural, como coletivo. É
um nome vetero-testamentário referente ao povo de Deus. “Temei o
SENHOR, vós os seus santos, pois nada falta aos que o temem.” - (SL 34:9)
“Escutarei o que Deus, o SENHOR, disser, pois falará de paz ao seu povo e
aos seus santos; e que jamais caiam em insensatez.” - (SL 85:8).
E deriva das doutrinas da santidade intrínseca de Deus e da
santidade do Seu povo em razão do seu relacionamento com Ele. “Porque tu
és povo santo ao SENHOR, teu Deus; o SENHOR, teu Deus, te escolheu,
para que lhe fosses o seu povo próprio, de todos os povos que há sobre a
terra. - (DT 7:6) “Disse o SENHOR a Moisés: - Fala a toda a congregação
dos filhos de Israel e dize-lhes: Santos sereis, porque eu, o SENHOR, vosso
Deus, sou santo.” - (LV 19:1-2) “Ser-me-eis santos, porque eu, o SENHOR,
sou santo e separei-vos dos povos, para serdes meus.” - (LV 20:26). No
Novo Testamento, também, a idéia fundamental da santidade é a de ser
separado para Deus ou pertencer a Deus. Assim, a “santidade dos cristãos é,
em primeiro lugar, objetiva “Porque o marido incrédulo é santificado no
convívio da esposa, e a esposa incrédula é santificada no convívio do marido
crente. Doutra sorte, os vossos filhos seriam impuros; porém, agora, são
santos. - (1CO 7:14).
Eles são santos em virtude de serem o povo de Deus. - Ef.2:19-22
“[19] Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos
santos, e sois da família de Deus, [20] edificados sobre o fundamento dos
apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular; [21]
no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao
Senhor, [22] no qual também vós juntamente estais sendo edificados para
habitação de Deus no Espírito.
Escolhidos e amados por Deus - “Revesti-vos, pois, como eleitos de
Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de
humildade, de mansidão, de longanimidade.” - (CL 3:12)
Chamados – “A todos os amados de Deus, que estais em Roma,
chamados para serdes santos, graça a vós outros e paz, da parte de Deus,
nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo.” - (RM 1:7)
Em Cristo - “Paulo e Timóteo, servos de Cristo Jesus, a todos os
santos em Cristo Jesus, inclusive bispos e diáconos que vivem em Filipos”, -
(FP 1:1) “Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou, da parte
de Deus, sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção, - (1CO 1:30).
E os objetos da obra do Espírito Santo – “Entretanto, devemos
sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus
vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito
e fé na verdade” - (2TS 2:13)
Portanto a dimensão ética, a santidade subjetiva, é secundária,
embora não seja menos importante. “Mas a impudicícia e toda sorte de
impurezas ou cobiça nem sequer se nomeiem entre vós, como convém a
santos” - (EF 5:3) “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual
ninguém verá o Senhor” - (HB 12:14)
Este nome, assim ligava os crentes ao seu Deus santo, aos grandes
atos mediante os quais Ele os separou para Si, e a uma vida que
correspondia à santidade dEle.
O nome continuou como título geral dos cristãos somente no século
II. Talvez como resultado da justaposição da condição de santo e de mártir,
no Apocalipse (16:6;17:6), tornou-se aos poucos um título honroso para
confessores, mártires e ascéticos.
Crente: Dada a centralidade de fé no Novo Testamento, era de se prever que
um nome para os cristãos surgisse desta direção. Este é o outro título
arraigado no Velho Testamento. “Ele creu no SENHOR, e isso lhe foi
imputado para justiça.” - (GN 15:6) “Entretanto, a capital de Efraim será
Samaria, e o cabeça de Samaria, o filho de Remalias; se o não crerdes,
certamente, não permanecereis.” - (IS 7:9) “Eis o soberbo! Sua alma não é
reta nele; mas o justo viverá pela sua fé.” - (HC 2:4).
Na forma verbal (e.g., At.5:14 pisteuontes) a ligação com a doutrina
neotestamentária da fé como confiança na misericórdia de Deus aprendida
em Cristo fica clara. “Estes, porém, foram registrados para que creiais que
Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu
nome.” - (JO 20:31) “justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para
todos [e sobre todos] os que crêem; porque não há distinção” - (RM 3:22).
Ocorrências no Novo Testamento dão força ao seu uso técnico como
título dos cristãos. “Que harmonia, entre Cristo e o Maligno? Ou que união,
do crente com o incrédulo?” - (2CO 6:15) “Ora, é para esse fim que
labutamos e nos esforçamos sobremodo, porquanto temos posto a nossa
esperança no Deus vivo, Salvador de todos os homens, especialmente dos
fiéis.” - (1TM 4:10)
Outros: Seguidor do caminho, Amigo, Nazareno.
Designações: Algumas das mais importantes, teologicamente:
Filhos de Deus - “O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que
somos filhos de Deus.” - (RM 8:16) “Vede que grande amor nos tem
concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato,
somos filhos de Deus. Por essa razão, o mundo não nos conhece, porquanto
não o conheceu a ele mesmo.” - (1JO 3:1)
Servo – “agora, Senhor, olha para as suas ameaças e concede aos teus servos
que anunciem com toda a intrepidez a tua palavra” - (AT 4:29) “Paulo, servo
de Jesus Cristo, chamado para ser apóstolo, separado para o evangelho de
Deus” - (RM 1:1).
Soldado – “Participa dos meus sofrimentos como bom soldado de Cristo
Jesus.” - (2TM 2:3).
Herdeiro – “Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de
Deus e co-herdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com ele
seremos glorificados.” - (RM 8:17) “E, se sois de Cristo, também sois
descendentes de Abraão e herdeiros segundo a promessa. - (GL 3:29).
Eleito – “Pedro, apóstolo de Jesus Cristo, aos eleitos que são forasteiros da
Dispersão no Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia” - (1PE 1:1)
Os nomes dos cristãos, estudados em conjunto, fornecem elementos
para uma teologia da vida cristã. Em especial, ligam os cristãos ao seu
Senhor e Mestre, uns aos outros, ao AT e à história da salvação e a sua
chamada exaltada e santa. É uma constatação relevante, porém infeliz, o fato
de que alguns dos mais ricos títulos tenham caído em desuso bem cedo, e
nunca tenham sido restaurados à sua importância original.
Bibliografia:
Enciclopédia Histórico - Teológica – Nomes de Deus. R. S. Rayburn
Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento.
Adaptação HSG
NOMES
DOS
CRISTÃOS
HSG
POSSO REPETIR A ORAÇÃO DO SENHOR ?
 Não posso dizer nosso, se vivo num compartimento espiritual de onde
nada sai e onde nada penetra; se penso que no céu esta reservado um
lugar especial apenas para a minha denominação.
 Não posso dizer Pai, se não demonstro diariamente a minha relação de
filho.
 Não posso dizer que estás no céu, se estou tão ocupado com a terra que
não ajunto tesouros lá.
 Não posso dizer Santificado seja o teu nome, se eu, que sou chamado
pelo seu nome, não sou santo.
 Não posso dizer Seja feita a tua vontade, se estou discutindo ressentido
e desobediente à sua vontade para comigo.
 Não posso dizer na terra como no céu, se não estou preparado para
dedicar minha vida aqui ao serviço seu.
 Não posso dizer Dá-nos hoje o pão nosso de cada dia, se estou
vivendo na experiência do passado ou se não faço muita questão de ter o
que pedi.
 Não posso dizer Perdoa-nos a nossas dívidas, assim como nós
também temos perdoado aos nossos devedores, se guardo rancor
contra alguém.
 Não posso dizer Não nos deixe cair em tentação, se eu
deliberadamente me ponho a mim mesmo ou fico onde provavelmente
poderei ser tentado.
 Não posso dizer Livra-nos do mal, se não estou preparado para lutar no
reino espiritual com a arma da oração.
 Não posso dizer Teu é o reino, se não concedo ao rei a obediência
disciplinada de súdito fiel.
 Não posso dizer Teu é o poder, se temo o que os homens me possam
fazer, ou o que os vizinhos possam pensar de mim.
 Não posso dizer Tua é a glória, se estou procurando a minha própria
glória.
 Não posso dizer Para sempre, se meu horizonte está limitado pelas
coisas do tempo.
 Não posso dizer Amém, se es também não acrescento “Custe o que
custar”. Porque dizer esta oração honestamente, eqüivale a consagrar
tudo a Deus.
M.W. GASS
07

PÁSCOA
A PÁSCOA É HOJE UM FERIADO PROLONGADO ONDE QUASE
NINGUÉM FAZ NADA, ALGUNS NEM COMEM CARNE NA SEXTA-FEIRA,
PÁSCOA TAMBÉM É UMA DATA QUE SE FALA SOBRE AMIZADE E
MOMENTO PARA CONFRATERNIZAÇÃO, SE DA UM OVO DE PÁSCOA E DIZ
QUE É SÓ PARA COMER NO DOMINGO, NA PÁSCOA TEM COELHO,
CHOCOLATE E TUDO MAIS. ALGUNS AINDA LEMBRAM DA MORTE E
RESSURREIÇÃO DE CRISTO MAIS ISSO É O MENOS IMPORTANTE, ALGUNS
LEMBRAM DE PEDIR PERDÃO A DEUS PELO ANO DE PECADOS MAS SÃO
POUCOS.
De Gênesis a Êxodo: José e sua família 70 pessoas partem da terra de
Gosem para o Egito protegidos por faraó - Êxodo 600 Mil escravos perseguido por
faraó fabricando tijolos.
A Páscoa histórica está relacionada a Décima praga - a morte dos
primogênitos. Israel recebeu a ordem de preparar um cordeiro para cada lar. O
sangue deveria ser aplicado na verga e nas ombreiras das portas. O sinal do sangue
garantia a segurança de cada casa assim indicada. Páscoa - verbo hebraico
(pasah) passar por cima no sentido de poupar. Festa judaica que comemorava a
libertação dos Israelitas do cativeiro egípcio. A Páscoa era uma prefiguração da
morte de Cristo.
Nossa festa de Páscoa hoje é a Santa Ceia, que representa o
sacrifício de Jesus na Cruz para a nossa real libertação. "Se, pois o filho
vos libertar, verdadeiramente sereis livres"
Somos chamados para viver a páscoa, que é a passagem para a vida de
libertação, a verdade de Cristo que nos conduz a Deus. Jo.8:32-36
 A Páscoa nos liberta das limitações morais: Esta é a principal mensagem de
páscoa, em Cristo fomos libertos da escravidão, não só física, mas acima de
tudo libertos espiritualmente. Rm.13:13-14, Andemos dignamente, como em
pleno dia, não em orgias e bebedices, não em impudicícias (imoralidade ou
indecência) e dissoluções (briga ou ciúmes); mas revestidos do Senhor Jesus
Cristo, e nada disponhais para a carne, no tocante às suas concupiscências (não
satisfazer os seus desejos pecaminosos da natureza humana). Hb.12:1-2. A
Páscoa para nós deve ser o passar da escravidão para uma vida Crista de
amor e trabalho.
 A Páscoa nos liberta da falsidade e hipocrisia: Nossa festa não pode se
limitar a um dia do ano, ou um dia do mês deve se prolongar por toda
nossa vida terrena e toda a eternidade. Os judeus se mostravam
cuidadosos em limpar todo o fermento que houvesse, quando chegava o
período de sua Páscoa. Paulo exorta os Coríntios (I Co.5:6-8) a terem o
cuidado de limpar todo o fermento de suas vidas, buscando a sinceridade e a
verdade.
 Lucas 22:7-23 Jesus e os discípulos participam da Páscoa, que é a instituição
da Santa Ceia.
08
Maridos Amai
MT 5:25-33
A idéia determinante com respeito ao marido deve ser o amor. É dever do marido
amar sua esposa. Você marido é o cabeça, todavia, uma vez que ama a sua esposa, a
liderança nunca se tornará uma tirania. O amor tempera seu poder.
Nenhum marido tem o direito de dizer que é o cabeça da esposa se não ama a sua
esposa. Hoje em dia temos visto um abuso da idéia de poder e amor. Se fala muito de
amor, mas amor não é poesia, música. Na língua grega haviam três palavras que podem ser
traduzidas pela palavra amor. Eros que descreve um amor inteiramente ligado à carne.
Filos que significa gostar de – amizade, amor filantrópico. Ágape Amar como Deus ama, o
perfeito e verdadeiro amor.
“Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade,
bondade, fidelidade” - (GL 5:22). A maneira que o marido pode demonstrar que esta cheio
do Espírito é através do modo que se porta com sua esposa quando está em casa. Este
amor ágape é muito importante na vida conjugal. Um casamento apenas com base no fator
físico, logo se acabará. É bom que os dois cônjuges tenham as mesmas afinidades,
interesses, sintam-se atraídos pelas mesmas coisas.
O texto faz uma comparação do amor de Cristo pela igreja que deve ser como o
amor do marido por sua mulher. Você não pode amar sua esposa de verdade se não
compreender o amor de Jesus. “Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a
igreja”...v.25
1- Amar apesar das deficiências - Cristo amou sua Igreja apesar de sua
indignidade e deficiências. “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo
fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. Porque, se nós,
quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho,
muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida”- (RM 5:8,10)
O marido se depara com erros que sua esposa comete, e acha que por isso
pode criticar e maltratar sua mulher, mas deve amá-la apesar das suas
imperfeições.
2- Amor que se sacrifica - “...e a si mesmo se entregou por ela” - (EF 5:25).
Cristo sacrificou-se de fato pela igreja. Qual tem sido seu sacrifício pela
sua esposa ? Ela tem se sacrificado por você mais do que você por ela ?
3- Quer que ela ocupe lugar de destaque - “para que a santificasse, tendo-a
purificado por meio da lavagem de água pela palavra.” Preocupa-se com ela,
deseja que ela seja perfeita, “para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem
mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito”. Quer
que o mundo inteiro a admire.
Amor é a coisa mais prática do mundo - (JO 14:21). O que prova que de fato
estamos manifestando amor é o que fazemos. Muitos casamentos podem mudar se
os homens com Cristo aprenderem a amar suas esposas. Uma mulher bem amada é
outra mulher.
Marido, deixe o egoímo e o comodismo e viva em Deus para a sua
família, assim você encontrará grande alegria e paz como retribuição. Maridos
amai... HSG/MLJ
09
Como sabemos que estamos vivos espiritualmente ?
LÁZARO, VEM PARA FORA. JOÃO 11:1-46
Embora seja uma forma constrangedora, o falar de morte
física comparando com a morte espiritual, esta é uma forma
prática e verdadeira, e pode nos ajudar, para que antes da
morte física, estejamos espiritualmente preparados.
1- O primeiro sintoma que estamos vivos é termos fome e sede
de Deus. Gosto pela Bíblia, oração, pela comunhão com Deus.
O morto não tem apetite, só se volta para Deus pelos
benefícios que pode receber, não tem apetite para eventos
espirituais. “Sede tem minha alma, sede do Deus vivo”
2- Podemos saber que estamos vivos quando nossa vida tem
objetivo e ação.
Como cristãos devemos ser movidos a reagir,
movimentar, vibrar espiritualmente. Os mortos espiritualmente
não tem ação espiritual. Não tem tempo para Deus, estão
sempre ocupados, mas tem tempo para o caixão, tempo para
práticas pecaminosas, tempo para desagradar a Deus.
3- Estamos vivos quando reagimos ao amor de Deus e das
pessoas .
Devemos reagir ao amor de Deus em nos salvar, reagir a
Sua misericórdia que é a causa de não sermos consumidos.
Para o morto nada mais tem sentido, o morto não
percebe quem está em sua volta.
Estamos vivos quando percebemos as pessoas que nos
cercam, que dão suas lágrimas por nós, e suas orações. E
quando respondemos a este amor com gratidão, e mudança de
vida.
Seja vivo, e com Deus faça de sua vida um caminho para
a glória eterna.
HSG
10
OUVIR A VOZ DE DEUS - LEITURA
BÍBLICA
Hoje encontramos muitas pessoas querendo ter experiências sobrenaturais;
visão de anjos, curas e até mesmo pessoas querendo conversar pessoalmente com
Deus. O que chama atenção é que a maioria destas pessoas não lêem a Bíblia.
Comprovando o seu desinteresse por Deus, mostrando que estão mesmo
interessadas nos sinais e maravilhas, e não no Deus maravilhoso.
Mas será impossível conversar com Deus ? Como será a experiência de
falar com Deus, ouvir o que ele tem a dizer para nós ?
Se através da oração falamos com Deus, e ele nos ouve; através da leitura
da Bíblia encontramos a forma mais direta para ouvirmos o que Deus tem a dizer.
Muitos deixam a bíblia aberta na sala, mas ela não está de fato aberta para o seu
coração. Você conversa com Deus? Para que esta conversa não seja um monólogo
precisamos ouvir sua voz através da leitura Bíblica.
1- Dá brilho à sua vida
Quando lemos a Bíblia temos uma grande alegria de viver, a palavra de Deus
sempre tem algo a nos ensinar, quando lemos podemos sentir a presença de Deus em nossa
vida.
“Em Deus, cuja PALAVRA eu exalto, neste Deus ponho a minha confiança e nada temerei.
Que me pode fazer um mortal?” - (SL 56:4) “Venha, pois, a tua bondade consolar-me,
segundo a PALAVRA que deste ao teu servo.” - (SL 119:76) “Antecipo-me ao alvorecer do
dia e clamo; na tua PALAVRA, espero confiante.” - (SL 119:147)
2- Dirije seu caminho (II Rs.22; SL 119:9; 1JO 2: 14; Sl. 119:11)
Na palavra de Deus encontramos respostas para nossas freqüentes dúvidas, nela
podemos firmar nossos passos na luta contra o pecado.
“De todo mau caminho desvio os pés, para observar a tua PALAVRA.” - (SL 119:101)
“Firma os meus passos na tua PALAVRA, e não me domine iniqüidade alguma.” - (SL
119:133) “Lâmpada para os meus pés é a tua PALAVRA e, luz para os meus caminhos.” -
(SL 119:105)
3- Altera o seu destino
Somos de Deus se buscamos os seus mandamentos, através da palavra de Deus
sabemos que estamos no caminho certo e assim chegaremos ao destino que Deus tem
preparado para nós, o céu.
“Portanto, despojando-vos de toda impureza e acúmulo de maldade, acolhei, com
mansidão, a PALAVRA em vós implantada, a qual é poderosa para salvar a vossa alma.” -
(TG 1:21) “Aquele, entretanto, que guarda a sua PALAVRA, nele, verdadeiramente, tem
sido aperfeiçoado o amor de Deus. Nisto sabemos que estamos nele” - (1JO 2:5)
Conclusão: O que nos chama atenção é a autenticidade, a fidelidade da Bíblia. Ela é um
livro inquestionável, sem erros, inspirada por Deus, provada, comprovada.
“O caminho de Deus é perfeito; a PALAVRA do SENHOR é provada; ele é escudo para
todos os que nele se refugiam.” - (SL 18:30) “Porque a PALAVRA do SENHOR é reta, e
todo o seu proceder é fiel.” - (SL 33:4) [1TM 1:15; 1TM 4:9; 2TM 3:16; SL 119:14; PV
30:5]
HSG
11
 Salvo por Cristo, pela graça – não por obra alguma nossa – cada filho de
QUEM É VOCÊ NO CORPO DE CRISTO ? Deus passa por um novo nascimento, uma recriação em Cristo. Somos

“de quem todo o corpo, bem redirecionados e equipados para realizar os planos de Deus. “Pois somos feitura
dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou
para que andássemos nelas.” - (EF 2:10).
ajustado e consolidado pelo O Corpo de Cristo: Um corpo, para funcionar em dado momento, precisa contar com
a cooperação expontânea de vários membros para o bem geral.

auxílio de toda junta, segundo a Por outro lado o bem de todos pode exigir sacrifício de um ou outro membro para
o bem comum.
Mas Deus dispôs os membros, colocando cada um deles no corpo, como lhe

justa cooperação de cada parte, aprouve. - (1CO 12:18). A vontade de Deus para cada indivíduo está intimamente ligada a
sua identidade no Corpo. HSG
efetua o seu próprio aumento 12

para a edificação de si mesmo

em amor.” - (EF 4:16)
 Unidade na diversidade: Somos muitos membros com diferentes funções,
mas toda esta diversidade não pode superar a unidade sem a qual nenhum
corpo vive.
Você está alto demais. Você enxerga todo
 Necessidade de desenvolver o Dom que há em ti: Cada um de nós devemos mundo lá embaixo. Isto não é bom para você. Nem
buscar em Deus descobrir e desenvolver nossos dons. Sua responsabilidade para os outros.
prioritária é desenvolver o Dom que há em ti. É um erro achar que temos que
fazer tudo bem feito o tempo todo para sermos um crente completo. Faça como Esdras, aquele homem que reformou
 Responsabilidade de Todos: Mesmo não tendo determinado Dom como o culto e o tempo destruído de Jerusalém
cristãos devemos auxiliar em todas as áreas, se necessário, quando formos
chamados por Deus. (Ed.9:3;10:1). No dia em que fez a confissão coletiva
Definição: Dons Espirituais são certas capacidades, concedidas pela graça e poder de pecados, Esdras foi se abaixando cada vez mais.
de Deus, que habilitam pessoas para serviços específicos e correspondentes.
(capacidade que qualifica uma pessoa para um ministério). Ele estava de pé. Depois assentou-se. Depois se pôs de
Se todos nós prometêssemos a Deus que faríamos um esforço sincero para joelhos. Depois se prostrou diante de Deus.
descobrir e utilizar totalmente nossos dons (espirituais) toda a Igreja Cristã
passaria por uma revolução. (Peter Wagner, Amor, pp.85 e 94). Quanto mais você enxerga a glória de Deus,
Existem fatores que dificultam a identificação individual dos dons mais você se abaixa. Quanto mais você enxerga a sua
espirituais. Por exemplo:
a. Aquele que não aceita a si próprio, ou vive representando um papel, tem miséria, mais você se abaixa. A santidade de Deus é
problemas em se reconhecer na descrição dos dons. perturbadora. Seu pecado é perturbador.
b. O crente morno e inativo não está exercendo seus dons de maneira normal, o
que impede sua identificação. Diminua sua altura. Não se eleve acima dos
c. A pessoa com experiência grande e diversificada no serviço do Senhor pode ter outros pecadores. Não se diferencie deles. Ponha seu
aprendido a fazer relativamente bem muitas coisas, dificultando a identificação de
seus próprios dons. rosto em terra. Cubra-se de pano de saco. Ponha terra
A Vontade de Deus para Cada Um
sobre si. Isso são expressões externas de uma
convulsão interna.
E é essa convulsão interna de culpa, de confissão e de anseio
por Deus que vai tirá-lo da situação em que você se encontra. Pois
Deus não despreza “coração compungido e contrito” Sl.51:17
Em letras grandes 74
Revista ultimato – Março 1998
13
FALTA UMA COISA: O DÍZIMO
HÁ MUITOS PIEDOSOS, FIRMES NA FÉ, TESTEMUNHAS DE
JESUS, MAS QUE AINDA NÃO ESTÃO COMPLETOS PORQUE LHES
FALTA UMA COISA: O DÍZIMO. PARA ESTES, DESEJO COM AMOR
CRISTÃO E EM NOME DO SENHOR JESUS, APRESENTAR-LHES
VÁRIAS RAZÕES PORQUE O CRENTE DEVE DAR O DÍZIMO.
1- PORQUE É BÍBLICO: O POVO DE DEUS NO VELHO TESTAMENTO
ERA DIZIMISTA. EXEMPLO MAGNÍFICO É O ABRAÃO (GN.14:20).
2- PORQUE DEUS É DONO DE TUDO: “AO SENHOR PERTENCE A
TERRA E TUDO O QUE NELA SE CONTÉM, O MUNDO E OS QUE
NELE HABITAM.” - (SL 24:1). SENDO DEUS DONO DE TUDO, ELE É
DONO DE MINHA VIDA E DO MEU DINHEIRO. QUANDO DAMOS O
DÍZIMO, DAMOS O QUE É DELE.
3- PORQUE É DEUS QUEM CRIA CONDIÇÕES PARA ADQUIRIRMOS
BENS (DT.8:11-18). SEM ELE NÃO TERÍAMOS NADA; ENTÃO É JUSTO
QUE LHE RETRIBUAMOS ESSE FAVOR.
4- PORQUE É UM ATO DE ADORAÇÃO A DEUS. LÊ-SE EM AP. 5:12
“DIGNO É O CORDEIRO QUE FOI MORTO DE RECEBER O PODER, E
RIQUEZAS”. PRESTAMOS CULTO A DEUS TAMBÉM COM O NOSSO
DÍZIMO.
5- PORQUE É UM ATO DE CONSAGRAÇÃO A DEUS. CANTAMOS O
HINO “TUDO A CRISTO, A TI ENTREGO”. TUDO INCLUÍ O DÍZIMO.
6- PORQUE É UM PROGRESSO DE SANTIFICAÇÃO À MEDIDA QUE
VAMOS NOS SANTIFICANDO, VAMOS NOS DESPRENDENDO DAS
COISAS MATERIAIS.
7- PORQUE É UM ATO DE GRATIDÃO A DEUS. CONCLAMA O POETA
CRISTÃO: “CONTA AS BÊNÇÃOS, DIZE QUANTAS SÃO RECEBIDAS,
VERÁS SURPRESO QUANTO DEUS JÁ FEZ”. SE DEUS FEZ TANTO
POR NÓS, PORQUE NÃO RETRIBUIR-LHE SUA BONDADE.
8- PORQUE HÁ UMA PROMESSA PARA OS DIZIMISTAS. LÊ-SE EM
ML. 3:10 “E PROVAI-ME NISTO, DIZ O SENHOR DOS EXÉRCITOS, SE
EU NÃO VOS ABRIR AS JANELAS DO CÉU E NÃO DERRAMAR SOBRE
VÓS BÊNÇÃO SEM MEDIDA.”
9- PORQUE ESTAMOS CONTRIBUINDO PARA A EVANGELIZAÇÃO
DOS PERDIDOS. COM O DÍZIMO PODEMOS DISTRIBUIR BÍBLIAS,
FOLHETOS, SUSTENTAR OS MISSIONÁRIOS, PASTORES,
SEMINARISTAS.
 10 – PORQUE CRISTO MORREU POR NÓS NA CRUZ DO CALVÁRIO.
MAIS DO QUE TODO O DINHEIRO DO MUNDO, VALE A NOSSA ALMA
SALVA, REMIDA, JUSTIFICADA PELO SEU SANGUE PRECIOSO
VERTIDO NA CRUZ. QUE É O DÍZIMO EM FACE DE TÃO
MARAVILHOSA GRAÇA? NADA VALE, TANTO COMO A NOSSA
SALVAÇÃO.
ENTÃO, AMADOS, NÃO FAÇAMOS COMO O RICO QUE SE
RETIROU TRISTE DA PRESENÇA DE JESUS CRISTO, PORQUE
CRISTO LHE EXIGIU DINHEIRO, MAS CONTINUEMOS ALEGRES NA
SUA PRESENÇA POR SABER QUÃO VALIOSO É O NOSSO DÍZIMO
PARA A GLÓRIA DE DEUS E SEU REINO.
. H.S.G.
14
“Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração,
como para o Senhor e não para homens” - (CL 3:23)
É necessário olharmos para nós e fazermos uma reflexão, se
nossa bondade é verdadeira ou se estamos caindo no enorme erro de
corromper a bondade.
É muito fácil dizer que nosso próximo é
interesseiro sem ao menos observarmos como somos
da mesma forma bondosos apenas quando nos
interessa ser.
15

Bondade Existe?
Vivemos em um mundo deformado
que deforma, corrompe, enfraquece até
mesmo coisas boas como a bondade, a ponto de chegarmos a esta
triste pergunta: Bondade existe ?
Hoje encontramos muitas pessoas hedonistas
individualistas ao invés de pessoas bondosas. Pessoas
que sabem que prestar serviços a outros pode lhe
trazer felicidade, por isso ele faz algo para os outros
não pensando no outro mas nele. O objetivo final é
sempre seu próprio prazer. Isto algumas vezes
acontece inconscientemente o que não deixa de ser
errado.
Muito diferente de bondade, que é levar
felicidade a outros, até através de seu sofrimento, e
sempre sem esperar reciprocidade de sua bondade.

CORAÇÃO ENDURECIDO
“ENGANOSO É O CORAÇÃO, MAIS DO QUE TODAS AS COISAS, E
DESESPERADAMENTE CORRUPTO; QUEM O CONHECERÁ?” - (JR 17:9)
MUITOS DE NÓS VIVEMOS COM UM CORAÇÃO DURO, PESADO,
SEM PERSPECTIVA DE MUDANÇA, CONFORMADO, ESTÁTICO, INTACTO.
MOISÉS FAZ UMA PERGUNTA MUITO IMPORTANTE, “ATÉ
QUANDO ?” (ÊX 10:3)
O TEXTO DE ÊXODO CAPÍTULO 7 A 13 NOS MOSTRA A QUE
PONTO PODE UM HOMEM COM UM CORAÇÃO DURO. AS DEZ PRAGAS
NOS MOSTRAM AS CARACTERÍSTICAS DE UM CORAÇÃO ENDURECIDO.
1- INCREDULIDADE E OPÇÃO FUNCIONAL 7:10-13; 7:22; 8:7
FARAÓ VENDO O MILAGRE OPERADO POR MOISÉS, TEM COMO
ATITUDE CHAMAR SÁBIOS E ENCANTADORES QUE FIZERAM O MESMO
MILAGRE. FARAÓ FAZ UMA COMPARAÇÃO E SUA OPÇÃO É A
INCREDULIDADE, TROCANDO DEUS POR DEUSES. COMO UM HOMEM
QUE PREFERE ESTAR NA COMODIDADE DE SUA VONTADE À FAZER A
VONTADE DE DEUS.
2- DUPLICIDADE E INCONSTÂNCIA 8:8, 8:15; 8:28, 8:32; 9:28, 9:34-35
UM CORAÇÃO ENDURECIDO QUE AGE FORÇOSAMENTE, NO
MOMENTO DA DOR RESOLVE AGIR CORRETAMENTE, MAS QUANDO
SENTE ALÍVIO DESISTE IMEDIATAMENTE. CORAÇÃO MENTIROSO E SEM
COMPROMISSO.
3- NÃO QUER OUVIR 8:19
OS PRÓPRIOS MAGOS DISSERAM QUE ERA O DEDO DE DEUS,
QUANDO NÃO PUDERAM COM SUAS CIÊNCIAS PRODUZIREM PIOLHOS.
NÃO IMPORTA QUEM FALE, COMO FALE, QUANDO FALE,
QUANDO O CORAÇÃO ESTÁ ENDURECIDO, ELE NÃO PODE ESCUTAR
NENHUMA PALAVRA.
4- ATENDE PARCIALMENTE 8:28
FARAÓ DISSE A MOISÉS QUE PODERIA IR, MAS QUE NÃO FOSSE
MUITO LONGE.
UM CORAÇÃO QUE NÃO SE ENTREGA TOTALMENTE, NÃO SE
DISPÕE A SERVIR A DEUS INTEGRALMENTE, FAZ AS COISAS PELA
METADE.
5- IMPLICANTE NO ERRO 9:7
FARAÓ INSISTIA APESAR DE VER AS CONSEQÜÊNCIAS, MESMO
VENDO QUE ESTÁ ERRADO PROSSEGUE EM SEU ERRO, COMO MUITAS
PESSOAS QUE SABEM QUE NÃO ESTÃO CERTAS EM SUA MANEIRA DE
VIVER MAS PROSSEGUEM ERRADAMENTE.
6- APEGO MATERIAL 10:24
AQUI NA NONA PRAGA, FARAÓ JÁ HAVIA PASSADO POR TODO
TIPO DE SOFRIMENTO, E TEM A CORAGEM DE DIZER A MOISÉS QUE O
POVO PODERIA IR, MAIS OS ANIMAIS DEVERIAM FICAR. FOI UM
ABSURDO, NAQUELE MOMENTO ELE PENSAR EM ANIMAIS.
7- CONVIVE COM A DOR
“LEVANTOU-SE FARAÓ DE NOITE, ELE, TODOS OS SEUS OFICIAIS E
TODOS OS EGÍPCIOS; E FEZ-SE GRANDE CLAMOR NO EGITO, POIS NÃO
HAVIA CASA EM QUE NÃO HOUVESSE MORTO. - (ÊX 12:30). UM CORAÇÃO
DE PEDRA PESA, MACHUCA TODO CORPO, MATA.
CONCLUSÃO: NÃO PODEMOS VIVER COMO FARAÓ, DEVEMOS SABER
QUE DEUS É CAPAZ DE TRANSFORMAR NOSSO CORAÇÃO, BASTA NOS
ENTREGARMOS NAS SUAS MÃOS EM CONFISSÃO E ARREPENDIMENTO.
(EZ 36:26) HSG
16
Jesus Apresenta oito Razões pelas quais devemos evitar a ansiedade
Mt.6:25-34
1- A vida humana é mais importante que a parte física e
seus problemas, por isso merece mais consideração. v.25
2- Deus cuida dos animais inferiores, como as aves, que
não fazem provisão alguma para si mesmas. Assim
também cuidará de seus próprios filhos. v.26
3- A ansiedade não altera as condições da vida e nem
aumenta a sua duração v.27
4- Deus outorga belíssimas vestes as flores, que nem sabem
raciocinar. Certamente providenciará soluções às
necessidades de seus filhos, sem que estes precisem
preocupar-se. v.28
5- A ansiedade pelas coisas físicas faz parte da conduta dos
não crentes. Os cristãos devem ter uma atitude diferente,
pois contam com o seu Pai celeste. v.32
6- O conhecimento perfeito que o Pai tem de nossas
necessidades físicas garante o fornecimento para as
mesmas. v.32
7- A busca do reino de Deus e da sua justiça, garante o
recebimento das coisas menos importantes, ou seja,
daquilo que precisamos para as nossas necessidades
físicas. v.33
8- A ansiedade por sua própria natureza é inútil, e só
acrescenta maior dose de sofrimento à vida diária, que já
possui muitos males. É loucura sofrer o mal futuro, que
nem ao menos existe ainda, juntamente com o sofrimento
presente, o qual é perfeitamente real. v.34
Extraído do Boletim n.º4 HSG
FAMÍLIA
A VIDA EM FAMÍLIA É UMA GRANDE BÊNÇÃO DE DEUS, E SÓ
17
PODE PERMANECER ABENÇOADA QUANDO É EDIFICADA PELO SENHOR,
QUANDO OS MEMBROS DESTA FAMÍLIA TEM EM DEUS SEU SENHOR, E
COMO NOS ENSINA O HINO 395, QUANDO REINA NO LAR DOCE AMOR.
MAS A VIDA EM FAMÍLIA É ACOMPANHADA DE PROBLEMAS E
MISTÉRIOS, PRINCIPALMENTE NA VIDA DO CASAL, VAMOS VER HOJE
DOIS IMPORTANTES TEMAS:

I- UMA SÓ CARNE: EIS POR QUE DEIXARÁ O HOMEM A SEU PAI E A SUA
MÃE E SE UNIRÁ À SUA MULHER, E SE TORNARÃO OS DOIS UMA SÓ
CARNE. - (EF 5:31).
O TEXTO DE EFÉSIOS É O MESMO QUE SE ENCONTRA NA
HISTÓRIA DA CRIAÇÃO EM GN.2:18-24, TEXTO QUE MOSTRA: A) A
MULHER FOI CRIADA DA COSTELA DO HOMEM E NÃO CRIADA
SEPARADAMENTE DO PÓ DA TERRA V.21; ELA FOI TIRADA DO HOMEM
PORTANTO É DA MESMA SUBSTÂNCIA. B) FOI CRIADA PORQUE NÃO SE
ACHAVA AUXILIADORA V.20. C) ADÃO DIZ NO V.23: “ESTA, AFINAL, É
OSSO DOS MEUS OSSOS E CARNE DA MINHA CARNE; CHAMAR-SE-Á
VAROA, PORQUANTO DO VARÃO FOI TOMADA.”
UM CASAL NUNCA PODE SER VISTO COMO DOIS, A PALAVRA DE
DEUS ENSINA QUE UM CASAL FORMA UM CORPO ÚNICO, SÓ ASSIM
PODE EXISTIR MAIOR COMPREENSÃO.

II- SUBMISSÃO DA MULHER: COMO, PORÉM, A IGREJA ESTÁ SUJEITA A

CRISTO, ASSIM TAMBÉM AS MULHERES SEJAM EM TUDO SUBMISSAS AO
SEU MARIDO. - (EF 5:24)
ESTE TEMA MUITAS VEZES VEM ACOMPANHADO DE
PRECONCEITOS, A PALAVRA SUBMISSÃO JÁ ASSUSTA POR SI MESMA; ELA
VEM ACOMPANHADA DA IDÉIA DE INFERIORIDADE E ESCRAVIDÃO.
DEVEMOS PRIMEIRO SABER QUE SUBMISSÃO NÃO É NADA DISSO, PELO
CONTRÁRIO É UMA POSIÇÃO NOBRE DE TRABALHO (AUXILIADORA) E AO
MESMO TEMPO PROTEÇÃO (RECEBE O CUIDADO AMOROSO DO
MARIDO).
MOTIVO MAIOR DA SUBMISSÃO: ORDEM DE DEUS: “AS
MULHERES SEJAM SUBMISSAS AO SEU PRÓPRIO MARIDO, COMO AO
SENHOR” - (EF 5:22). O TEXTO NOS MOSTRA QUE AS MULHERES DEVEM
SER SUBMISSAS POIS ISSO FAZ PARTE DA VONTADE DE DEUS. É UMA
EXPRESSÃO DE SUA SUJEIÇÃO AO SENHOR. I CO.11:31.
 A SUBMISSÃO DA MULHER ESTÁ RELACIONADA COM A ORDEM
NATURAL DA CRIAÇÃO, A MULHER FOI CRIADA DEPOIS DO HOMEM,
o desmoraliza, formando rodinhas para
PARA SER AUXILIADORA, ADJUTORA IDÔNEA. O HOMEM TEVE LUGAR DE mover campanhas contra ele?
LIDERANÇA DANDO NOME AOS ANIMAIS V.20, SENDO A MULHER A
PARTE MAIS FRÁGIL I PE.3:7. TAMBÉM ENCONTRAMOS A MULHER 8- Um membro que se alegra e aprova todas as
SENDO ENGANADA PRIMEIRO I TM.2:13-15, DESTA FORMA AUMENTOU A
SUBORDINAÇÃO DA MULHER COMO RESULTADO DA QUEDA GN. 3:16. coisas boas , ou procura por defeitos nelas?
O QUE A PALAVRA DE DEUS ENSINA À MULHER É QUE ELA NÃO
DEVE SER MÁSCULA, SE COMPORTAR COMO HOMEM, TOMAR O LUGAR “O verdadeiro cristão está sempre na parte mais nobre de
DELE, USURPAR SUA POSIÇÃO; MANDAR NA CASA, NOS FILHOS, NOS
MÓVEIS E ATÉ NO MARIDO .
todos os itens”
SAF DE URUANA - GO
HSG 19
18

O QUE SOU NA IGREJA?

“No trabalho não deveis Ter, não sejais preguiçosos”
(Rm.12:11, adaptado)
1- Um membro assíduo e pontual, ou assistente
de quando em quando e pela metade?
2- Uma pedra de alicerce, ou uma pedra de
escândalo ou tropeço?
3- Um poder para ajudar o trabalho do Senhor,
ou um doente para ser tratado?
4- Um elemento para remover dificuldades, ou
um elemento criador de dificuldades?
5- Um cristão pacificador, ou um agente de
intrigas e dificuldades?
6- Um cristão que perdoa, ajuda e procura os
fracos, ou que critica, persegue e ajuda pô-
los para fora?
7- Um membro que ama, procura, ajuda,
aconselha e orienta o pastor, ou que o critica,

TENTAÇÃO I
CO 10:12-13
“AQUELE, POIS, QUE PENSA ESTAR EM PÉ VEJA QUE NÃO
CAIA. NÃO VOS SOBREVEIO TENTAÇÃO QUE NÃO FOSSE
HUMANA; MAS DEUS É FIEL E NÃO PERMITIRÁ QUE SEJAIS
TENTADOS ALÉM DAS VOSSAS FORÇAS; PELO CONTRÁRIO,
JUNTAMENTE COM A TENTAÇÃO, VOS PROVERÁ LIVRAMENTO,
DE SORTE QUE A POSSAIS SUPORTAR.” - (1CO 10:12-13)
A TENTAÇÃO É OBRA MALIGNA USADA POR SATANÁS
PARA ENGANAR O HOMEM FAZENDO-O PECAR. A TENTAÇÃO
NUNCA VEM DE DEUS, NÓS SOMOS TENTADOS PELO DIABO
PELA NOSSA COBIÇA. (TG.1:13-15)
1- O ENGANO DA TENTAÇÃO: CADA UM DE NÓS TEM UM PONTO
FRACO, NESTE PONTO SOMOS FORTEMENTE TENTADOS. A
TENTAÇÃO É UM ENGANO QUE TENTA NOS CONVENCER QUE SER
TENTADO É PECADO, QUANDO ESTAMOS SENDO TENTADOS
TEMOS A SENSAÇÃO DE QUE ESTAMOS PECANDO. TEMOS UMA
IDÉIA DE SANTIDADE QUE VIVE A SONHAR COM CARNEIRINHOS E
PENSAR EM FLORES A TODO INSTANTE, O QUE NÃO É VERDADE,
SOMOS BOMBARDEADOS COM MAUS PENSAMENTOS E DESEJOS
MAS ISSO NÃO SIGNIFICA QUE ESTAMOS PECANDO.
2- A FORÇA DA TENTAÇÃO: A TENTAÇÃO TRAZ CONSIGO A IDÉIA
DE QUE NÃO TEMOS OPÇÃO DE RESISTI-LA, SUA FORÇA NOS
ENGANA NOS CONVENCENDO QUE JÁ PECAMOS E SUA FORÇA NOS
FAZ ENTREGAR OS PONTOS ANTES DA HORA. ELA É COMO UMA
FORTE TEMPESTADE E QUE VEM DE SURPRESA, TRAZENDO UM
SENTIMENTO DE DERROTA, DE QUE TUDO ESTÁ DESMORONANDO.
TEMOS NESTES MOMENTOS TER FÉ EM DEUS NA CERTEZA
DE QUE AS COISAS ANTIGAS JÁ PASSARAM, E QUE NÃO SEREMOS
TENTADOS ALÉM DAS NOSSAS FORÇAS. I CO.10:13.
3- RESISTIR E LUTAR É O ÚNICO CAMINHO: RESISTIR AO DIABO E
ELE FUGIRÁ DE VOZ. PARA ISSO PRECISAMOS NOS PREPARAR COM
JEJUM E ORAÇÃO.
TODOS SOMOS TENTADOS POR ALGUMA COISA POR ISSO
TODOS NÓS PRECISAMOS VIGIAR E ORAR PARA NÃO ENTRAR EM
TENTAÇÃO. MT.26:41
NOSSA LUTA TEM COMO BASE A PROMESSA DE DEUS DE
PROVER LIVRAMENTO. JESUS FOI TENTADO E NÃO PECOU E É
PODEROSO PARA NOS SOCORRER. HB 2:18
TEMOS QUE INSISTIR NESTA LUTA, NÃO PODEMOS DESISTIR
DIZENDO: “É SÓ MAIS ESTA VEZ”, E MUITO MENOS DIZER:
“DEPOIS EU PEÇO PERDÃO”. NÃO PODEMOS ALIMENTAR A
TENTAÇÃO DANDO ASSIM MAIOR FORÇA A ELA. NUNCA SE AFASTE
DE DEUS E DA IGREJA POR TER CAÍDO EM PECADO, ISSO É O
MESMO QUE DESISTIR DE LUTAR. TENHA A CERTEZA DE QUE UM
DIA O LIVRAMENTO VIRÁ.
HSG
20
Visão
da Realidade
O dramaturgo Augusto Boal afirma que o homem é capaz
de se ver a si mesmo em ação. “Os outros animais, mesmo
diante de um espelho, não se reconhecem na imagem refletida,
não aproveitam a imagem refletida, não aproveitam a imagem
especular para melhorarem suas aparências. Nós, humanos,
mesmo sem espelho, somos capazes de nos vermos vendo”
A coisa não é tão simples como Boal coloca, Jesus chega
a dizer que somos capazes de ver um cisco no olho alheio e
incapazes de enxergar a viga que está em nosso próprio olho
(Mt.7:3). Há humanos que se dizem ricos e abastados sem
necessidade de coisa alguma, e, no entanto, são pessoas
miseráveis, dignas de compaixão, pobres, cegas e despidas
(Ap.3:17). Uma das maiores dificuldades do homem é tomar
conhecimento de sua fragilidade. Ele é como a relva que
floresce de madrugada e à tarde murcha e seca, mas não o sabe
(Sl.90:5; 103:15). O homem não se vê com profundidade, vê
apenas a casca o invólucro, a superfície, a aparência. Ele só vai
ao espelho para se arrumar, para se embelezar, para esconder o
que lhe parece feio e denunciador. E para se admirar.
Ao contrário do que diz Augusto Boal, o homem não se vê a si
mesmo como convém. Só se tomar emprestado os olhos de Deus e se
olhar através deles. “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração,
prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum
caminho mau e guia-me pelo caminho eterno.” - (SL 139:23-24). Ou
se comprar os tais colírios que limpam os olhos de todos os artifícios,
“VELÓRIOS NOS
deixando-os capazes de ver além da capa, de acordo com a sugestão
de Jesus ao anjo da Igreja em Laodicéia (Ap.3:18).
TEMPLOS”
HÁ, EM ALGUMAS DE NOSSAS IGREJAS, UMA QUESTÃO QUE,
ENTRE OUTRAS, TEM PRODUZIDO, TEM CAUSADO
Revista Ultimato CONTROVÉRSIAS, OCASIONADO INSATISFAÇÃO E DIVIDIDO
OPINIÕES. TRATA-SE DA REALIZAÇÃO DE VELÓRIOS NOS TEMPLOS.
21 ALGUMAS IGREJAS, COMO A QUE EU PASTOREIO EM
JAPERI (RJ), QUE, POR DECISÃO UNÂNIME DO CONSELHO, NÃO
ADOTA ESSA PRÁTICA. PORÉM, NESSA MESMA IGREJA HÁ OS QUE
SÃO A FAVOR E A DEFENDEM.
AFINAL, DEVEMOS OU NÃO DEVEMOS VELAR CORPOS EM
NOSSOS TEMPLOS? CREIO QUE TODOS NÓS, CRISTÃOS
EVANGÉLICOS, TEMOS A BÍBLIA COMO ÚNICA REGRA INFALÍVEL
DE FÉ E PRÁTICA”. OBSERVAMOS AS ESCRITURAS SAGRADAS
COMO FONTE DE ORIENTAÇÃO EM TODAS AS QUESTÕES QUE
ENVOLVEM A NOSSA VIDA INDIVIDUAL BEM COMO A VIDA DA
IGREJA. SE ASSIM É, PENSO QUE ESSA QUESTÃO DEVE SER POSTA
DIANTE DA BÍBLIA. DEVE SER EXAMINADA SOB A SUA LUZ. O
ANTIGO TESTAMENTO NOS MOSTRA, DE FORMA MUITO CLARA,
NOS LIVROS DE LEVÍTICOS E DE NÚMEROS, AS ORDENAÇÕES DO
SENHOR QUANTO A QUESTÃO DO CONTATO FÍSICO COM OS
MORTOS, QUER POR PARTE DOS SACERDOTES (LV. 21:1, 10-11),
COMO DO HOMEM COMUM QUE, POR TAL CONTATO FICAVA
PRIVADO DE PARTICIPAR DA PÁSCOA NO DIA NORMAL DE SUA
CELEBRAÇÃO (NM. 5:1-2 E 9:6-7). OS QUE TINHAM QUALQUER
CONTATO ERAM OBRIGADOS A PASSAR POR UM MINUCIOSO
PROCESSO DE PURIFICAÇÃO.
EU ENTENDO QUE O TEMPLO CRISTÃO ESTÁ PARA A
IGREJA COMO O TABERNÁCULO ESTAVA PARA O POVO DE ISRAEL:
UM LUGAR SANTO. UM LUGAR PURO. CASO ESSA COMPARAÇÃO,
ESSA ANALOGIA SEJA RECONHECIDA COMO PROCEDENTE, PENSO
QUE A QUESTÃO DOS VELÓRIOS NOS NOSSOS TEMPLOS FICA MAIS
FÁCIL DE SER RESOLVIDA. OS MEUS AMADOS IRMÃOS E QUERIDOS
LEITORES JÁ IMAGINARAM UM VELÓRIO REALIZADO NO
TABERNÁCULO OU NO TEMPLO DE SALOMÃO?
 CREIO QUE ESSA PRÁTICA É DE INFLUÊNCIA ROMANISTA.
TODOS NÓS SABEMOS QUE A IGREJA ROMANA TEM UMA GRANDE
PREOCUPAÇÃO COM OS MORTOS FISICAMENTE. ELA NÃO APENAS
VELA OS SEUS CORPOS EM SEUS TEMPLOS COMO OS ENTERRA
DENTRO DOS SEUS PRÓPRIOS TEMPLOS. VIA DE REGRA, OS
TEMPLOS ROMANISTAS TÊM SEMPRE POR PERTO UM CEMITÉRIO.
ACRESCE AINDA, QUE HOJE TEMOS LOCAIS PRÓPRIOS –
CAPELAS – QUE SÃO DESTINADAS PARA ESSE FIM, EM GRANDES E
PEQUENAS CIDADES, COM EXCELENTES CONDIÇÕES PARA
VELÓRIOS E A REALIZAÇÃO DOS OFÍCIOS RELIGIOSOS.
REV. MAURO RAMALHO
PRESIDENTE DO PRESBITÉRIO DE JAPERI
PASTOR DAS IGREJAS DE JAPERI E PARACAMBI (RJ)
22
Devoção a Cristo e sua Origem Lucas 7:36-50
Dois personagens com destinos diferentes nos
chamam atenção: o fariseu Simão e a Mulher, “uma
pecadora”. Ambos têm um encontro com Jesus, deste
encontro surte um resultado diferente em cada um dos
casos.
Simão ficou surpreendido, foi repreendido e condenado, e
provavelmente sentiu-se irritado e descontente; a mulher encontrou
exatamente o que estava esperando, foi elogiada, abençoada, e se
retirou com a paz de Deus em seu coração. Tanto Simão como a
mulher estão interessados em Cristo, e ambos O tratam de uma certa
maneira.
O interesse de Simão pelo Senhor é principalmente intelectual,
por isso o convidou para uma refeição em sua casa, assim poderia
observá-lo de perto e testar tanto a Pessoa como os Seus ensinos.
Como é diferente no caso da mulher, ela se aproxima dele motivada
por sua necessidade, pelos fracassos da sua vida, pela vergonha da sua
reputação. Ela não vem para examinar e avaliar; ela vem para ouvir e
para receber.
O próprio Simão realmente não estava envolvido no encontro.
Era apenas uma parte dele. Há uma estranha indiferença nele, sua
atitude é calma, controlada e impassível. Ele é senhor de si mesmo.
Em nenhum momento ele nos dá a impressão de que este encontro
representava a ocasião mais momentosa e crucial de sua vida. Não há
emoção, nem entusiasmo ou tensão. Ele parece calmo e indiferente.
Como é diferente a atitude da mulher, sua personalidade toda
está envolvida, ela está ansiosa e chega a tremer de emoção ante a
idéia de se aproximar de Jesus. As lágrimas descem de seu rosto, ela
está envolvida até as profundezas do seu ser . Observem como Simão
O trata. Ele não vacila em se sentar ao Seu lado, nem hesita em olhá-
lo nos olhos sem corar. Ele nem sequer O trata com a cortesia e a
polidez próprias de um anfitrião, e que invariavelmente conferia à
maioria dos seus convidados. Ele não providenciou água para lavar os
pés, não lhe deu as boas-vindas com um beijo nem ungiu a sua cabeça
com óleo. Quão diferentes são as ações da mulher! Ela cai nos Seus
pés, envergonhada demais para mostrar o seu rosto e
23
contemplar Seus olhos puros. Ela beija Seus pés, lavando-os com suas
lágrimas e enxugando-os com seus cabelos, e ungindo-os com
ungüento. Ela tinha guardado aquele vaso de alabastro com o
ungüento por anos, era um dos seus maiores tesouros, e é isso que ela
traz e quebra para ungir, não a Sua cabeça, mas os Seus pés.
Por que há pessoas cujo interesse pelo Senhor é distante
impessoal, e que se mantém indiferentes à Sua religião, como Simão
no passado, enquanto que outras O louvam, amam e adoram, como
essa mulher, e sentem o desejo de entregar tudo a Ele? Cristo diz que
nossa perspectiva dEle e nossa atitude para com Ele dependem do
nosso ponto de vista a nosso próprio respeito, ou nossa perspectiva da
nossa necessidade.
O que faz um pecador não é o numero de pecados que ele
comete, mas a sua condição pecaminosa, o desejo de pecar, sua
natureza que é inclinada para o mal. A parábola (v. 40-43) citada por
Jesus fala de dois homens, ambos são devedores, nenhum deles pode
pagar a dívida, ambos provavelmente foram lançados na prisão, e os
dois foram perdoados exatamente da mesma forma. O tamanho da
dívida relatada com 50 e 500 denários ilustra a diferença que Simão
acreditava existir entre ele a mulher. Havia uma grande falta de
reconhecimento de sua necessidade de Jesus, pois mesmo que ele
devesse apenas 50 denários continuaria preso se não fosse perdoado.
“Pois qualquer que guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto, se
torna culpado de todos.” - (TG 2:10).
Ama mais a Deus, aquele que reconhece a gravidade do
pecado, que uma vez consumado gera a morte, seja o pecado da
prostituição ou qualquer outro considerado mais fraco. Ela sabe que é
incapaz de pagar a sua dívida. Por isso cai aos pés de Jesus com
lágrimas de contrição e fracasso consciente de sua necessidade.
Muitos não amam a Deus pois como Simão acreditam estar acima da
média, vivendo na lei. Não compreendem o seu fracasso, não
percebem a necessidade de estarem aos pés de Jesus, de entregarem
suas vidas sem reservas a Deus.
“Mas Jesus disse à mulher: A tua fé te salvou; vai-te em paz.”
LC. 7:50
MLJ-HSG
24
Aparência Divina
Certo pastor de uma igreja do interior, ao receber um
pedido de ajuda, solicitou a um membro de sua igreja que
fosse buscar uma senhora num sítio vizinho e a trouxesse
até o hospital, pois estava passando muito mal. O irmão,
reclamando, disse: “Logo a mim, que estou descansando
sossegado em minha casa, o sr. faz este pedido?” Diante da
insistência do pastor acabou indo.
Lá no sítio, aquela jovem senhora orava a Deus e
confiante já agradecia a ajuda que, com certeza, receberia.
Ao filhinho de quatro anos, tristonho por ver a mamãe
doente, ela dizia: “Não fique triste, meu filho, Deus vai nos
socorrer. Irei ao médico e logo ficarei boa.”
O enviado do pastor chegou. A mulher, com muitas
dores deitou no banco traseiro do carro e o garotinho se
acomodou na frente.
No caminho, o menino ficava olhando para o
motorista, admirando-o, quando este olhou para ele e sorriu
para confortá-lo. Aproveitando a oportunidade o garotinho
disse: “Quando eu crescer quero ser igual ao senhor”.
“Porque ?” Indagou o motorista. Ao que o menino
respondeu com outra pergunta: “Você não é Deus ?” E
continuou: “é que a mamãe disse que Deus viria em nosso
socorro... e logo você chegou!”
Preocupado, o motorista disse: “quem dera eu tivesse
pelo menos a aparência divina!”
Ao informar ao pastor do cumprimento da missão,
aquele senhor agradeceu-o pela oportunidade que lhe foi
dada de ser útil a alguém, por uma criança sentir o desejo de
ser como ele, e por vê-lo com aparência divina.
Rev. Eider Ribeiro Luz – Jornal Brasil Presbiteriano
25
Fique até o fim
Não seja inquieto. Nem inconstante. Nem
medroso. Não arranje desculpas esfarrapadas. Não
fuja. Fique até o fim.
Você precisa ouvir tudo. Você precisa ver tudo.
Você precisa se expor. Não interrompa a sucessão de
frases que você está ouvindo. Não interrompa a
sucessão de quadros que você está vendo. Não
interrompa a sucessão de portas que estão se abrindo.
Fique até o fim.
Não mande o pregador embora antes de ele
terminar de falar. Não feche o livro antes de terminar
de ler. Não se vá antes de ser esclarecido, antes de
ser convencido, antes de abrir a última porta. Fique até
o fim.
Esse negócio de não ficar até o fim é coisa do
Governador Félix. Quando Paulo começou a falar
acerca da justiça, do domínio próprio e do juízo
vindouro, o governador ficou amedrontado e mandou o
apóstolo embora (At.24:25).
Seja diferente de Félix. Não seja covarde.
Enfrente você mesmo. Aceite a acusação. Siga o
caminho do arrependimento, do perdão e da mudança.
Fique até o fim. Para voltar para casa outra criatura,
infinitamente superior à primeira.
“E, assim, se alguém está em Cristo, é nova
criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se
fizeram novas.” - (2CO 5:17)
Revista Ultimato
Maio 98
26
PROFISSÃO DE FÉ E BATISMO
A Profissão de fé: É um ato de obediência à vontade expressa do Senhor Jesus aos
seus seguidores. Por meio deste ato, os que aceitam a mensagem salvadora
proclamam e reconhecem publicamente a pessoa de Jesus Cristo como Salvador,
Senhor e mestre. Mt.10:32-33, Rm.10:10
Esta confissão não é apenas um ato formal, que se realiza durante a
cerimônia de um culto público. Confessar a Cristo como salvador é dever solene e
reconhecido de todos os seus verdadeiros discípulos, onde quer que estejam e
perante todos aqueles com quem se relacionam.
Batismo, Profissão de Fé e Salvação: O único caminho de salvação do pecador é
o que nos aponta o apóstolo Paulo, nas seguintes palavras: “Pela graça sois salvos,
mediante a fé; e isso não vem de vós, é dom de Deus” (Ef.2.9). Ninguém se salva
pelo batismo administrado pelo pastor, nem pela profissão de fé. Devemos,
portanto, fazer a nossa profissão de fé, por obediência a Jesus, para nos tornarmos
membros da comunidade, e para termos autoridade de proclamar a alegria da
salvação. Não, porem, para nos salvarmos.
O Batismo - “O batismo é o sacramento no qual o lavar com água, em nome do
Pai, do filho, do Espírito Santo, significa e sela a união do crente com Cristo, a
participação das bênçãos do pacto da graça e a promessa de pertencermos ao
Senhor” (Catecismo Maior). Singelamente, podemos dizer que o batismo é o rito
de iniciação no seio da igreja de Cristo. As três formas de Batismo são: a aspersão,
a imersão e a efusão.
PRIVILÉGIOS DOS CRENTES
a) Um relacionamento Filial com Deus.
b) A Certeza do Perdão.
c) A Segurança da Salvação.
d) A Participação nos Sacramentos.
DEVERES DOS CRENTES
a) Para Com Deus: Amor supremo pela obediência. (Mt.22:37-38)
b) Para com o Mundo: Ser instrumento de Deus para a Evangelização.
c) Para Consigo Mesmo: Procurando ser um cristão integral, na vida e na
conduta.
d) Para Com o Lar: Do esposo e da esposa (Ef.5:22-23; Cl.3:18-19; 2 Pe.3:1-7).
Pais para com os filhos (Dt.6:6-7;Pv.22:6). Filhos para com os pais (Dt.5:16;
Ef.6:4).
e) Para Com a Igreja: Servir Mc.10:43-45; 1 Co.12:22. Todos os membros do
corpo são úteis e necessários. Testemunhar At.1:8; 2 Tm.3:12 . Testemunhar é
viver realmente os ensinamentos do Mestre, qualquer hora, em qualquer lugar.
Evangelizar Mc.16:15,16; At.8:1-4. Anunciar o evangelho é missão de cada
membro da Igreja. Sustentar A igreja é uma instituição divina, cuja missão de
propagar e anunciar o evangelho ao mundo não pode ser levada a efeito sem
recursos materiais. JAF- HSG
27
Perguntas aos Pais para o Batismo Infantil
Instruções: A graça da salvação não é só para os adultos. Nosso Deus
não só apiedou de nós, admitindo-nos no número de seus filhos e na
comunhão de sua igreja, mas também se compadeceu de nossa
posteridade (GN 17:7, ÊX 20:5). Assim, os filhos dos crentes não tem
menos direito hoje ao sacramento do batismo do que a descendência
de Abraão tinha ao rito da circuncisão. Esta criança quando atingir
maturidade poderá confirmar este ato através da sua pública Profissão
de Fé.
Perguntas:
 Os irmãos crêem em Deus Pai, Todo-Poderoso, Criador do
céu e da terra ?
 Vocês crêem em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor,
o qual foi concebido por obra do Espírito Santo, nasceu da
virgem Maria, padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos, foi
crucificado, morto e sepultado, ressurgiu dos mortos ao
terceiro dia, subiu ao céu e está assentado à mão de Deus
Pai, Todo-Poderoso, donde há de vir julgar os vivos e os
mortos ?
 Crêem no Espírito Santo, em uma só igreja universal, na
comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na
ressurreição do corpo e da vida eterna ?
 Prometem que se o Senhor Deus for servido conservar a vida
deste seu filho, até a idade da razão, hão de instruí-lo na
crença seguida pelo povo de Deus, como vem ensinada na
Sagrada Escritura ?
 Prometem ensinar-lhe a ler para que leia por si mesmo a
Santa Escritura; orar por ele e com ele; servir-lhe vocês
mesmos, de bom exemplo de piedade e religião, e esforçar-se,
por todos os meios designados por Deus, para criá-lo na
disciplina e correção do Senhor ?
 Prometem ler com ele a bíblia e trazê-lo à igreja com
assiduidade, ensiná-lo desde a mais tenra idade a respeitar o
culto divino e participar dele ?
Manual Litúrgico Pags. 89-90
28
Perguntas para Profissão de fé
Em ocasião própria, no decurso do culto público, o pastor
recebe por profissão de fé as pessoas que foram examinadas e
aprovadas pelo conselho da igreja. Faz as seguintes perguntas:
 Vocês crêem em um só Deus que subsiste em três pessoas: o Pai,
Criador de todas as coisas visíveis e invisíveis; o filho que foi
concebido por obra do Espírito Santo e nasceu da virgem Maria, o
qual morreu pelos nossos pecados e ressuscitou para a nossa
justificação; e o Espírito Santo, santificador de nossas almas e
doador da vida?
 Vocês confessam que as Escrituras sagradas do Velho e do Novo
Testamento são a palavra de Deus e a única regra de fé e prática
dada por Ele à sua Igreja, e que são falsas e perigosas todas as
doutrinas e cerimônias contrárias a essa Palavra, e todos os usos e
costumes acrescentados à simples lei do Evangelho de nosso
Senhor Jesus Cristo?
 Vocês confessam que foram concebidos em pecado; que, por
natureza, são incapazes de cumprir perfeitamente a lei de Deus,
inclinados antes a amar e fazer o que essa lei condena, tendo
pecado muitas vezes por pensamentos, palavras e obras ?
 Vocês confessam firmemente que o sangue de Cristo nos purifica
de todo o pecado, e que não há outro meio de se alcançar o perdão
e o poder santificador senão a graça de nosso Senhor Jesus Cristo
e a obra do Espírito Santo, que Jesus dá a todo o que lho pede?
 Vocês estão agora sinceramente arrependidos do mal que tem feito
diante de Deus e resolvidos a fazer uso diligente de todos os
meios de graça por Ele ordenados para o bem de seu povo, e a
seguir os preceitos de sua lei, deixando de fazer o que Ele lhes
proíbe em sua Palavra, e fazendo toda a sua vontade auxiliados
por sua graça ?
 E vocês prometem mais que, como membros desta igreja, se
sujeitarão sempre à sua disciplina e às autoridades nela
constituídas para o seu ensino e governo, enquanto forem fiéis às
Sagradas Escrituras?
Manual Litúrgico pag. 47-48
29
Plenitude da Saudade
A saudade é uma sensação dolorida fácil de alimentar e difícil de
rejeitar. É ao mesmo tempo gostosa e dolorosa, proveitosa e perniciosa. Em
alguns casos, ela cura. Em outros casos, ela mata.
A plenitude da saudade não é a saudade de entes queridos, como a
saudade de Jacó da casa de seu pai, depois de 20 anos de exílio (Gn.31:30).
Não é a saudade dos esposos que estão momentaneamente separados
(Ct.7:10). Não é a saudade do pastor de suas ovelhas queridas, como a de
Paulo e a de Epafrodito da igreja dos filipenses (Fp.1:8 e 2:26).
A plenitude da saudade não é a saudade da pátria amada, como a
saudade insuportável que os desterrados em Babilônia tinham de Israel
(Jr.22:27), a ponto de dependurar suas arpas nos salgueiros que lá havia e
negarem-se a entoar o canto do Senhor em terra estranha (Sl.137:1-6).
A plenitude da saudade não é a saudade histórica, a saudade de um
tempo que já se foi para sempre, a saudade de um passado mais alegre, mais
feliz, mais tranqüilo. Não é a saudade da situação anterior à perda de todos
os bens de uma hora para outra, anterior à morte dos filhos, anterior à
doença, anterior à desgraça, como aconteceu com Jó.
Por mais dolorosa que seja a saudade descrita pelo homem da terra
de Uz (Jó 29:1-25), na qual ele contrasta com sofrimento a situação presente
com a situação passada, essa ainda não é a plenitude da saudade.
A plenitude da saudade é aquela saudade mística, aquela saudade
estranha, aquela saudade escondida, de Deus. É a saudade mais remota, mais
generalizada, mais natural, mais constante, mais duradoura, mais bela e
também mais incômoda. Essa saudade está apegada à alma de todos os seres
humanos, em todos os lugares e em todos os tempos. Felizes são aqueles
que não a negam nem a repelem. É ela que provoca aquela sede incontida de
Deus: “Eu tenho sede de ti, o Deus vivo! Quando poderei ir adorar na tua
presença ?” (Sl.42:2 BLH). O homem é religioso só por causa da plenitude
da saudade. Movimento algum, filosofia alguma, ideologia alguma, poder
algum, nação alguma não tem destruído o sentimento religioso em tempo
algum por causa dessa bendita saudade de Deus, arraigada no mais interior
do ser humano, desde a sua criação à imagem e semelhança dele!
Revista Ultimato –
Julho–Agosto 1998
30
Amigo
Procura-se Amigo ! – Cada vez é mais difícil encontrar
um bom amigo,
existem até expressões como: “amigo da onça”, “mui amigo”,
“com este amigo não preciso ter inimigo”, entre outras;
demonstrando que a amizade está desaparecendo.
Uma característica das pessoas em nossos dias é a
individualidade, um ostracismo sistemático de vivermos em nosso
mundo sem espaço para mas ninguém; temos medo de nos
aproximar das pessoas, isto muitas vezes inconscientemente.
Medo de perdermos algo com isso, uma preocupação com o que os
outros podem descobrir em nós, não queremos revelar quem
verdadeiramente somos, por isso nos fechamos, até mesmo de
nossos parentes mais próximos como mulher, e filhos.
 Alguns Pontos negativos
Amizade interesseira: Alguns tem amigos por interesse, amigo de
pessoas com maior condição financeira, física, intelectual. Uma
amizade que é representada pelos benefícios da convivência. “As
riquezas multiplicam os Amigos; mas, ao pobre, o seu próprio amigo
o deixa.” - (Pv.19:4)
Riscos da amizade: Nossos amigos são seres humanos que podem
errar, isso não é nenhum absurdo. “Até o meu AMIGO íntimo, em
quem eu confiava, que comia do meu pão, levantou contra mim o
calcanhar.” - (Sl.41:9) “Guardai-vos cada um do seu AMIGO e de
irmão nenhum vos fieis; porque todo irmão não faz mais do que
enganar, e todo amigo anda caluniando.” - (Jr.9:4) “Não creiais no
AMIGO, nem confieis no companheiro. Guarda a porta de tua boca
àquela que reclina sobre o teu peito.” - (Mq.7:5)
Limites da amizade: Amizade deve respeitar o amigo e sua
individualidade, amizade deve atentar para a diferença entre a
qualidade do amigo e a quantidade de amigos. “Não sejas freqüente na
casa do teu PRÓXIMO, para que não se enfade de ti e te aborreça.” -
(Pv.25:17)
31
“O homem que tem muitos Amigos sai perdendo; mas há amigo mais
chegado do que um irmão.” - (Pv.18:24) “Não abandones o teu
AMIGO, nem o amigo de teu pai, nem entres na casa de teu irmão no
dia da tua adversidade. Mais vale o vizinho perto do que o irmão
longe.” - (Pv.27:10)
 Amizade Modelo: Afinidade condicional
1- Demonstração de Compaixão: “Ao aflito deve o AMIGO mostrar
compaixão, a menos que tenha abandonado o temor do Todo-
Poderoso.” - (Jo.6:14)
2- Sinceridade e gentileza: “O que ama a pureza do coração e é
grácil no falar terá por AMIGO o rei.” - (Pv.22:11)
3- Conselho cordial: “Como o óleo e o perfume alegram o coração,
assim, o AMIGO encontra doçura no conselho cordial.” - (Pv.27:9)
4- ALEGRIA RECIPROCA: “O QUE TEM A NOIVA É O NOIVO;
O AMIGO DO NOIVO QUE ESTÁ PRESENTE E O OUVE MUITO
SE REGOZIJA POR CAUSA DA VOZ DO NOIVO. POIS ESTA
ALEGRIA JÁ SE CUMPRIU EM MIM.” - (JO.3:29)
CONCLUSÃO: AMIGO DE DEUS
DEUS É O VERDADEIRO AMIGO
1- O Amigo de Deus: Confia em Deus “e se cumpriu a Escritura, a
qual diz: Ora, Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado para
justiça; e: Foi chamado AMIGO de Deus.” - (Tg. 2:23)
2- O amigo de Deus: É inimigo do mundo “infiéis, não
compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele,
pois, que quiser ser AMIGO do mundo constitui-se inimigo de Deus.”
- (Tg.4:4)
“A partir deste momento, Pilatos procurava soltá-lo, mas os judeus
clamavam: Se soltas a este, não és AMIGO de César! Todo aquele que
se faz rei é contra César!” - (Jo.19:12)
Amigo - HSG
32
Calma em Deus – Salmo 131
VIVEMOS NUM MUNDO DOMINADO PELA
AGITAÇÃO, AS PESSOAS PARECEM BRIGAR COM A
PRÓPRIA SOMBRA, NINGUÉM QUER CEDER, TODOS
QUEREM SER O PRIMEIRO. DAVI EM UMA ÉPOCA
DISTANTE DA NOSSA, TAMBÉM ESTAVA PASSANDO POR
PROBLEMAS E VIVIA EM TEMPOS DE INTRANQÜILIDADE,
GRANDE PARTE DE SUA VIDA ELE PASSOU FUGINDO DA
PERSEGUIÇÃO DO REI SAUL. NESTE SALMO PODEMOS
APRENDER UMA GRANDE LIÇÃO MUITO APROPRIADA
PARA OS NOSSOS DIAS, UMA LIÇÃO DE SOLITUDE,
CALMA E ESPERA.
DAVI ATRAVÉS DO EXEMPLO DE UMA CRIANÇA
ALIMENTADA NOS BRAÇOS DE SUA MÃE, DA SEU
TESTEMUNHO DIZENDO: “ASSIM É MINHA ALMA PARA
COMIGO”.
Humildade X Arrogância: Temos que ter cuidado para não
termos nossos olhos altivos e altaneiros, olhar com desprezo para
algumas pessoas, com o coração orgulhoso e soberbo. O povo de
Israel por um bom tempo abusou de seu nome, achavam-se os
melhores. “Por causa do teu furor contra mim e porque a tua
arrogância subiu até aos meus ouvidos, eis que porei o meu
anzol no teu nariz e o meu freio na tua boca e te farei voltar pelo
caminho por onde vieste.” (II Rs. 19:28) “Tende o mesmo
sentimento uns para com os outros; em lugar de serdes
orgulhosos, condescendei com o que é humilde; não sejais sábios
aos vossos próprios olhos.” - (RM 12:16). A arrogância deve
dar lugar a humildade, devemos e podermos ser humildes. Este é
o primeiro passo para a calma em Deus, a humildade.
Confiança X Grandiosidade: Devemos falar como Davi: “não
procuro grandes coisas, coisas maravilhosas demais para mim,
extraordinárias, fora do alcance, não ando atrás em me fazer de
entendido em coisas muito difíceis e grandiosas”. As maiores
disputas que travamos demonstram o desejo de defender uma
opinião num desejo de vencer, mas nem sempre, temos
convicção de estarmos certos no que defendemos, pelo contrário
muitas vezes não sabemos se estamos certos, apensas
33
nos convencemos disto. “Povo de Deus, confie e espere, coloque
você também a sua esperança no Senhor hoje e sempre” BLH
v.3 . No lugar de sermos um sabe tudo, temos que aprender a
confiar em Deus e esperar a resposta dele, não tentarmos fabricar
a Sua vontade. “Tal conhecimento é maravilhoso demais para
mim: é sobremodo elevado, não o posso atingir.” - (SL 139:6)
“Quem é aquele, como disseste, que sem conhecimento encobre
o conselho? Na verdade, falei do que não entendia; coisas
maravilhosas demais para mim, coisas que eu não conhecia.” -
(JÓ 42:3) “E procuras tu grandezas? Não as procures; porque eis
que trarei mal sobre toda carne, diz o SENHOR; a ti, porém, eu
te darei a tua vida como despojo, em todo lugar para onde fores.”
- (JR 45:5)
Calma X Desespero: Davi disse que era calado, tranqüilo e
sossegado: “tenho acalmado e aquietado a minha alma, acalmei e
fiquei em paz, meu coração está calmo dentro de mim, calada e
sossegada é minha alma para comigo”
Uma experiência extraordinária é encontrar a paz em
meio a dificuldade, esta é a conseqüência de quem espera no
Senhor. “Por que estás abatida, ó minha alma? Por que te n.º de Membros da UUCCPP 27.889
perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, n.º de Membros da UUPPAA 25.762
a ele, meu auxílio e Deus meu.” - (SL 42:5) “Somente em Deus, n.º de Membros da UUMMPP 38.089
ó minha alma, espera silenciosa; dele vem a minha salvação.” - n.º de Membros da SSAAFF 51.021
(SL 62:1) “Bom é aguardar a salvação do SENHOR, e isso, em n.º de Membros da UUPPHH 17.677
silêncio.” - (LM 3:26) “Davi muito se angustiou, pois o povo
falava de apedrejá-lo, porque todos estavam em amargura, cada Observações:
um por causa de seus filhos e de suas filhas; porém Davi se 1- O número total da somatória de Igrejas Organizadas +
reanimou no SENHOR, seu Deus.” - (1SM 30:6) Congregações Presbiteriais + Campos missionários +
Aguardar em silêncio como uma criança desmamada é Congregações de Igrejas é: 3912.
uma atitude cristã em meio as dificuldades, a gritaria e o 2- O numero total da somatória de Membros Comungantes
desespero são atitudes de quem não tem a quem recorrer. + Membros Não Comungantes é: 409.281.

HSG
34 35
Disciplina com Equilíbrio Ef.6:1-4
Informações Estatísticas da IPB no Brasil “Não provoqueis a ira a vossos filhos”. “não exaspereis vossos filhos, não irriteis
vossos filhos, levando-os a ficarem ressentidos”. Esse é um perigo real quando exercemos a
disciplina. Exige-se de nós que mantenhamos equilíbrio.
Igreja Presbiteriana do Brasil  “E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do
Espírito” - (EF 5:18). A chave é sempre essa. Seremos incapazes de exercer a
(SGE - Rev. Josias dos Reis Coelho) verdadeira disciplina, se primeiro não formos capazes de exercer domínio
próprio e de disciplinar nosso gênio. Se tentar disciplinar seu filho quando
n.º de Sínodos 53 estiver de mau humor ou com raiva, é certo que fará mais malefício do que
n.º de Presbitérios 204 benefício.
 O pai jamais deverá agir caprichosamente. Não há nada mais irritante para
n.º de Pastores na Ativa 2.140 quem está se submetendo à disciplina do que a percepção de que a pessoa que a
n.º de Licenciados 38 está ministrando é caprichosa e incerta, um tipo de pai cujos sentimentos e atos
n.º de Candidatos 426 nunca podem ser previstos, pessoa variável, cujas condições pessoais são sempre
n.º de Evangelistas 326 incertas. Um dia com temperamento bondoso, é indulgente e deixa o filho fazer
n.º de Igrejas 1.874 quase tudo o que quer, contudo no dia seguinte fuzila de raiva se o filho mal chega
a fazer alguma coisa. Estas atitudes são mais de quem está cheio de vinho do que
n.º de Congregações Presbiteriais 279 cheio do espírito. O filho é provocado e irritado, vindo a irar-se, e perde todo o
n.º de Congregações de Igrejas 1.664 respeito pelo pai.
n.º de Pontos de Pregações 1.653  O pai que não é coerente em sua conduta, que faz uma coisa hoje e o
n.º de Presbíteros 8.565 contrário amanhã, não é capaz de ministrar boa disciplina. Precisa haver um
padrão quanto a vida do pai, pois o filho está sempre observando e vigiando. Se o
n.º de Diáconos 9.503
filho vê que o pai é variável e que faz exatamente aquilo que proíbe ao filho, não
n.º de Membros Comungantes 288.458 se pode esperar que o filho venha a ser beneficiado com a disciplina desse pai.
n.º de Membros Não Comungantes 120.823  Os pais nunca devem ter a mente e os ouvidos fechados para o argumento do
n.º de Alunos de Escolas Dominicais 289.694 filho. Ao filho não é dada a permissão nem sequer para expor a sua situação ou
para dar algum tipo de explicação. Deixe o filho dar sua explicação, se não for
explicação verdadeira , castigue-o por isso também. Mas, negar-se a ouvi-lo,
proibir toda espécie de réplica é indesculpável.
 O pai nunca deve ser egoísta. Alguns pais parecem achar que os filhos são
inteiramente para o prazer deles ou para o seu uso. Não entendem que são apenas
tutores e guardiães destas vidas que nos são entregues. Um pai que impõe a sua
personalidade ao filho, e que está sempre esmagando a personalidade do filho; o
tipo de pai e mãe que exige tudo e tudo espera do filho. São pais possessivos.
 A disciplina nunca deve ser demasiado severa. Devemos ter o cuidado de não
aplicarmos a punição máxima a todas as questões. “a punição deve ser
proporcional ao crime”. Uma punição demasiada é um ato de violência e
humilhação. Também errada é a surra acumulada, quando o pai resolve bater no
filho pelos erros que ele cometeu em um grande espaço de tempo.
 A disciplina deve ser aplicada com amor, e sempre deve ser exercida de modo
que leve os filhos a respeitarem seus pais. Nem sempre eles entenderão, mas virá o
dia em que nos agradecerão por havermos agido assim. Imagine, se Deus nos
tratasse como freqüentemente tratamos nossos filhos ! Ah, a longanimidade de
Deus ! Ah, a paciência de Deus !
HSG-MLJ
36
Educação Cristã no Lar Ef.6:1-4
“criai-os na doutrina e admoestação do Senhor. v.4b”
 “Criai-os”, diz ele, “edificai-os, educai-os para a maturidade” . Os filhos nos
são dados para que criemos, os edifiquemos e os treinemos como convém. Uma
enorme responsabilidade que é negligenciada por muitos pais que talvez cuidam de
plantas e animais, cuidam das suas responsabilidades no trabalho mas deixam seus
filhos serem criados pela escola, por amigos, empregados e sozinhos. Cada vez
mais cedo as crianças entram na escola, está é uma forma de transferência de
responsabilidade dos pais. O apóstolo nos concita a considerarmos esta como a
maior atividade da vida, a maior coisa que existe para manejar e negociar.
 “Na doutrina e na admoestação do Senhor” . “Doutrina” (ou “educação” ou
“ensino”). É a totalidade do ensino, da instrução, da criação do filho. Todo
processo de cultivo da mente e do espírito, a moralidade e o comportamento moral,
a personalidade completa da criança. Sua ênfase recai nas ações. Conversação
geral em termos cristãos, nosso assuntos sobre política, problemas industriais,
esporte, tudo deve ser feito do ponto de vista cristão.
 “Admoestação”. A palavra admoestação tem praticamente o mesmo sentido
que “doutrina” exceto que dá maior ênfase ao falar. Primeiro temos que tratar da
conduta e do comportamento gerais, das coisas que temos que realizar mediante
ações. Depois, em acréscimo, há certas admoestações que devem ser dirigidas aos
filhos, palavras de exortação, palavras de encorajamento, palavras de reprovação,
palavras de censura.
 “Do Senhor”. Não criar os filhos somente na moralidade geral ou das boas
maneiras. Primeiro os filhos precisam ser criados no conhecimento do Senhor
Jesus Cristo como Salvador e como Senhor. Os pais devem aplicar o ensino da
igreja, repetir os ensinamentos dos cultos, ensinar a Bíblia a seus filhos. Devem
fazer seus filhos desaprenderem conceitos errados que aprendem fora e dentro de
casa, na escola, na televisão, etc.
 Os pais não podem dar uma educação mecânica, em que os filhos tem regras
milimétricas para tudo e fazem com regularidade suas tarefas cristãs mas tudo sem
coração.
 Não podemos agir de maneira inteiramente negativa e repressiva. Se você der a
impressão de que ser religioso é ser infeliz, e que a vida religiosa consiste de proibições e
de constantes repressões, você os lançará nas garras do diabo, e no mundo.
 Nunca deveremos criar nossos filhos de modo tal, que os torne pequenos
fingidos e hipócritas. Algumas crianças que dizem frases piedosas que não
entendem, frases que foram ensinadas pelos pais sobre assuntos que as crianças são
novas demais para compreenderem. Não devemos forçar a criança a tomar uma
decisão. “o meu pequeno , um simples rapazinho, decidiu-se por Cristo”.
 Responder às perguntas dos filhos, pode ser uma grande oportunidade para os
pais, se sabem a resposta certa e tem habilidade para apresentá-la.
Pais: “criai-os na doutrina e admoestação do Senhor. v.4b”
37
Filhos Submissos Ef.6:1
Vivemos dias de insubmissão excessiva e falta de disciplina, até o
afeto natural está acabando (II Tm.3:1-9). Tempo de religiosidade, não de
espiritualidade. Os pais e os filhos cristãos tem oportunidade de testemunhar
ao mundo sendo diferentes, demonstrando em seu viver, disciplina e
submissão, esta genuína relação entre pais e filhos. Filhos rudes aos pais
são pedras de tropeço para os pais não convertidos.
“Vós, filhos, sede obedientes aos pais”. E depois lhes lembra o
mandamento, “honra a teu pai e a tua mãe”.
Os filhos devem obedecer aos pais. Honrar significa reverenciar,
respeitar. Os filhos não devem dar aos pais uma obediência mecânica e com
má vontade, devem alegrar-se com isso, mostrar reverência em suas ações.
Por que eu deveria obedecer a meus pais ? “Porque isso é Justo”.
É certo fazer isso. O que é natural, fundamental, que prevalece desde o
princípio, sempre foi assim, faz parte da natureza, é um dos componentes
fundamentais da vida. Isso não é somente justo, diz ele, é também “o
primeiro mandamento com promessa”. “Honra a teu pai e a tua mãe, que é o
primeiro mandamento com promessa”. A promessa é um reforço para que o
mandamento fosse cumprido, caracteriza a importância deste mandamento.
O esfacelamento da vida doméstica levará finalmente ao esfacelamento de
todas as áreas. A relação de filhos e pais aponta para uma relação mais
elevada, o pai terreno é, pois, por assim dizer, uma lembrança do pai
celestial. A relação de pai e filho deve fazer lembrar nossa relação com
Deus.
 Que promessa ? “Para que te vá bem e vivas muito tempo sobre a Metodista 150.000
terra” Se querem viver bem, ter um longo período de felicidade, viver sob a
bênção de Deus, honrem a seu pai e sua mãe. Agrada a Deus os filhos que
guardam este mandamento, Deus nos verá com agrado, sorrirá para nós e
Outras 3.000.000
nos abençoará.
“No Senhor...” Devemos obedecer a nossos pais, honrá-los e
Estas estatísticas são do ano de 1995, o total de
respeitá-los porque isso faz parte da nossa obediência a nosso Senhor e evangélicos segundo estes números é de 34.060.000, em uma
Salvador Jesus Cristo. A natureza o ordena, a Lei o salienta, porém, como população de 160.000.000. Uma porcentagem de 21,29 %
cristãos, temos mais este motivo, esta grande e poderosa razão - Cristo nos evangélicos no Brasil.
pede que façamos, é uma das maneiras pelas quais nos relacionamos com
Ele, é a nossa obediência a Ele. “Filhos, obedecei a vossos pais, como ao Rev. Josias dos Reis Coelho
Senhor”. EF 6:1. Secretário Geral de Estatística (SGE)
HSG MLJ 39
38
É hora de correr !!!
N.º de membros de algumas denominações no Brasil Eu gosto muito da mensagem de “Hugo Boss”, um literata de
renome o qual, deixou o texto que transcrevo abaixo e nele medito
Assembléia de Deus 14.000.000 com aplicações importantes e práticas para a vida evangélica.
“Cada manhã na África uma gazela se levanta. Sabe que
Universal 4.000.000 deverá correr mais rápido do que o leão ou será morta. Cada manhã
na África um leão se levanta. Sabe que deverá correr mais do que a
Congregação Cristã 3.200.000 gazela ou morrerá de fome. Quando surge o sol, não importa se és
leão ou gazela, é melhor começar a correr, já...”
Deus é Amor 2.700.000 O mundo é ameaçador, com as astúcias do inimigo. Há uma
luta constante entre a carne e o espírito. O compromisso Cristão é
Brasil para Cristo 2.000.000 vencer o mal com as armas do Evangelho da paz e equipando –se com
toda a “Armadura de Deus” exposta em Efésios 6:10-18, buscando
Convenção Batista 1.500.000 viver integralmente os valores do “Fruto do Espírito” de Gl. 5:22-23.
Neste mundo aterrador e contaminado pelo pecado, se faz
Luteranos 1.050.000 necessário uma maior vigilância contra as obras da carne, e uma luta
mais renhida pela causa evangélica.
Adventista do Sétimo dia 900.000 O que Hugo Boss me incentiva em sua obra é que eu tenho
que acordar para vencer o inimigo, antes que ele se veja vitorioso por
Evangelho Quadrangular 650.000 derrotar-me ou contaminar-me com sua sagacidade infernal.
O apóstolo Pedro adverte em sua carta (1PE 5:8) “Sede
Presbiterianos 550.000 sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor,
como leão que ruge procurando alguém para devorar.”
Batista Nacional 360.000
 “Quando surge o sol” (da justiça), ou, após o amanhecer na
vida cristã, o que importa é que temos que correr das contaminações
do mundo hostil, evitando ser tragado; como também correr para
enfrentar o mundo conduzindo o poder salvífico do evangelho
remidor e vivificador de Cristo, sendo testemunha eficaz de Sua
salvação. Gosto da visão profética quanto a esperança que se renova
na vida do crente cuja vida está no Senhor, conforme IS.40:31 “mas
os que esperam no SENHOR renovam as suas forças, sobem com asas
como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam”.
Chego a conclusão que a alternativa é correr mesmo; correr do pecado
e correr para vencer o pecado, impactando o mundo com as armas da
fé, e que seja assim...Amém... Rev. Adiel Ferreira
40
SANTIFIQUE-SE
Se a vida te parece tão vazia, e já não tens
alegria, nem vigor; se a esperança já não tem
sentido, Santifique-se hoje ao Senhor!
Se teus momentos raros de alegria são tão
fugazes, ínfimos, sem cor, se já não sentes o prazer
da vida, Santifique-se hoje ao Senhor!
Se em tuas noites tristes, sós e frias, já não
sentes o aconchego, nem calor, se não tens a Jesus
por companhia, Santifique-se hoje ao Senhor!
Se ao abrires a tua velha Bíblia, não
encontrares palavras de amor, se ela não lhe traz
paz, nem conforto, Santifique-se hoje ao Senhor!
Se ao dobrares os joelhos fracos, na oração
não encontrares o fervor, se ao teu coração Deus
já não fala, Santifique-se hoje ao Senhor!
Se sentes tua fé enfraquecida, não tendo gozo
e alegria no louvor, se a comunhão dos irmãos não
é sentida, Santifique-se hoje ao Senhor!
Se o tempo rapidamente vai voando, e te
preocupas em encontrar o Salvador; não deixes
pra depois: é importante, Santifique-se hoje ao
Senhor!
Dilma Pereira Pani RJ
41
Levando o peso dos outros
Com ar de cansaço, ele subia a ladeira levando sobre o
ombro um botijão de gás de cozinha... Alguém, bondosamente,
ofereceu-lhe um carrinho de mão em casa ..., eu quero mesmo é
levar o peso nas costas...
Faz-me lembrar o caso da mulher que andou na charrete
de carona, levando na cabeça uma trouxa de roupas. O homem
que oferecia a carona lhe falou: - Coloque a bagagem ao lado...
Simploriamente, ela respondeu: O cavalo já está fazendo a
gentileza de me levar, e ainda vai dar carona para a minha
trouxa???
Os fatos acentuados acima aproximam-nos da triste
realidade deste mundo inconseqüente que tem prazer de levar
consigo os pesos de uma vida pecaminosa, dispensando a
libertação proposta por Jesus. É ele quem leva sobre Si o peso
dos nossos pecados e assumiu a nossa dor, no ato de Sua entrega
na cruz do Calvário. O pecado escraviza os homens de tal
maneira, a ponto de fazê-los tristes e abatidos, mas Jesus
continua convidando. “Vinde a mim, todos os que estais
cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei.” - (MT 11:28).
A renúncia da humanidade aos apelos amorosos de Jesus
é tal qual a atitude dos personagens acima, que dispensam os
favores de quem pode levar seus fardos. Os homens de nossos Jesus Cristo nunca confiou na natureza humana,
dias tem agido desta forma, dispensando a Graça de Jesus e todavia nunca foi cético nem desconfiado, porque confiava
vivendo “sem graça” ou na “desgraça”, na vida infeliz e sem cabalmente no que ele podia fazer pela natureza humana. A
sentido. A salvação de Cristo é o alívio para que a nossa vida pessoa pura, não a inocente, é a pessoa mais protegida.
seja abundante e triunfante. Nunca se está seguro com uma pessoa inocente, seja homem
E você? Tem agido assim também? Está dispensando ou
ou mulher. As pessoas não deveriam ser inocentes. Deus
apropriando-se dos favores de Deus em sua vida? Reflita nisso...
É hora e tempo de abandonar “a trouxa de pecados” ou de contar
exige que sejam puras e virtuosas. A inocência é
com o auxílio de Jesus, o qual quer levar todos os seus fardos de característica da criança; por isso é bastante reprovável a
pecados. Não dispense a Graça e o Amor de Jesus... Sede atitude da pessoa que não reconhece a realidade do pecado.
abençoado... Rev. Adiel Ferreira 43 Oswald Chambers
42
JARGÕES EVANGÉLICOS
Reconhecer a Realidade do Pecado “Irmãos, não sejais meninos no juízo; na malícia, sim, sede
“...Esta, porém, é a vossa hora e o poder das trevas.” - (Lc.22:53b)
crianças; quanto ao juízo, sede homens amadurecidos.” -
O não reconhecimento da realidade do pecado é que
(1CO 14:20)
produz todos os desastres na vida. Podemos falar sobre a
O termo “jargão” indica um vocabulário peculiar a
nobreza da natureza humana, mas sempre há alguma coisa
qualquer classe, profissão, etc., consistindo numa linguagem
nela que rirá na cara de cada uma dessas belas idéias que
pobre, pouco compreensível ou sem sentido.
temos. Quem se recusa a reconhecer que no ser humano
No meio evangélico verifica-se hoje uma série de
existe vício, egoísmo e algo profundamente maligno e
jargões que são utilizados e considerados por alguns como
errado, no momento em que sua vida for atingida pelo
sinal de linguagem espiritual e carregada de poder. Para
pecado, em lugar de reconhecer essa realidade, ele se
exemplo podemos citar alguns dos jargões mais comuns, a
acomodará e dirá que não adianta combatê-lo. Você já se
saber: “tô na bênção”; “eu repreendo”; “eu declaro”; “eu
preparou para essa hora, para enfrentar o poder das trevas,
ordeno”; “tá amarrado”; “o sangue de Jesus tem poder”;
ou tem uma imagem de si mesmo que exclui o pecado?
“oh, glória”; “quebra maldição”; “queima”; “manda teu anjo
Admite que o pecado pode estar presente em seus
de guerra”; “em nome de Jesus”; “amém irmão”; etc.
relacionamentos e amizades ? Se não, será pego de surpresa,
Estas expressões – pouco inteligíveis para o não
e fará concessões a ele. Se reconhecer o fato de que pecado
crente – vão sendo copiadas e adotadas, e em torno delas
existe, perceberá imediatamente o perigo: “Sim, eu vejo o
vão sendo construídas até mesmo algumas teologias. Daí a
que poderia resultar disso.” Reconhecer a realidade do
necessidade de se analisar melhor esse linguajar. Afinal,
pecado não destrói a base da amizade; apenas estabelece o
como deve ser a linguagem evangélica?
mútuo assentimento de que a base da vida é trágica. Evite
Resumindo:
sempre qualquer forma de encarar a vida que não reconheça
o fato de que o pecado existe.
 A linguagem evangélica precisa estar sintonizada com a
Palavra de Deus. (I Pe.4:11)
 A linguagem evangélica precisa estar sintonizada com o
tempo e o lugar.
 A linguagem evangélica precisa ser coerente com a
prática. (I Ts. 1:5-6)
REVISTA DIDAQUÊ – VOLUME XXXIII P.28-30
Contribuição – Diva Pereira de Souza.
44
A Ética do Eleitor
O voto é uma das mais sublimes expressões da cidadania.
Voto é instrumento de poder. É pelo voto que você transfere
parte do poder, que pertence ao povo para que este mesmo poder
seja exercido em nome do povo e por expressa delegação de uma
maioria ou coeficiente da maioria. Poder você delega, mas não
perde. Voto é cidadania. Voto é instrumento de punição para os
maus governantes e para os representantes circunstancialmente
eleitos, que negociam e vendem a alma da nossa Nação. É tempo
de punir os maus governantes e remover os maus representantes.
O eleitor ético não aceita cabresto. Voto consciente, livre
e responsável é o voto ético. O eleitor não vende o seu voto. Ele
o consagra numa urna, porque vota com a sua consciência, no
exercício livre e responsável do seu direito.
O eleitor ético analisa os candidatos, suas propostas, seus
partidos e não se deixa iludir. Ele é bem informado. Pode se
enganar ou ser traído na sua confiança. Mas ele sabe votar.
O eleitor ético é verdadeiramente evangélico, conta com a
iluminação do Espírito Santo. Não admite que outro decida por
ele. Eleitor crente, nascido de novo, não aceita cabresto porque o
seu rosto não tem forma do cabresto. Ele sabe o que quer. A
participação política dentro desses mínimos éticos é salutar para
todos os evangélicos. Os pastores e líderes das igrejas
evangélicas devem dar apoio aos candidatos éticos e dentre os
éticos, aos verdadeiramente evangélicos. Vote. Não se omita. É
seu direito, deve ser privilégio escolher ou ajudar a escolher
quem nos vai governar. Todos às urnas em outubro. Consagre
sua cidadania através do seu voto.
Rev. Guilhermino Cunha
(Presidente do Supremo Concílio da IPB)
45
Comunhão - AT 2:42
As pessoas dia a dia estão distanciando-se umas das outras, tem crescido o
número de amizades por interesse. A Bíblia ensina que nos últimos dias haverá
muito ódio e traição, a iniquidade se multiplicará e o amor se esfriará de quase
todos. “Nesse tempo, muitos hão de se escandalizar, trair e odiar uns aos outros;
levantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão a muitos. E, por se multiplicar a
iniqüidade, o amor se esfriará de quase todos.” Mt.24:10-12
A característica pela qual somos conhecidos como discípulos de Deus é o
amor. (JO 13:35)
1- Comunhão: Tem sua origem em Deus
“o que temos visto e ouvido anunciamos também a vós outros, para que vós,
igualmente, mantenhais COMUNHÃO conosco. Ora, a nossa comunhão é com o
Pai e com seu Filho, Jesus Cristo.” - (1JO 1:3)
“Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados à COMUNHÃO de seu Filho Jesus
Cristo, nosso Senhor.” - (1CO 1:9)
Porventura, o cálice da bênção que abençoamos não é a COMUNHÃO do sangue
de Cristo? O pão que partimos não é a comunhão do corpo de Cristo? - (1CO
10:16)
2- Comunhão: Busca o interesse do próximo
I Co.10:24 “Ninguém busque o seu próprio interesse, e sim o de outrem.”
I Co.10:33 “assim como também eu procuro, em tudo, ser agradável a
todos, não buscando o meu próprio interesse, mas o de muitos, para que sejam
salvos.”
FP 2:1-4 “Se há, pois, alguma exortação em Cristo, alguma consolação de
amor, alguma COMUNHÃO do Espírito, se há entranhados afetos e
misericórdias, completai a minha alegria, de modo que penseis a mesma coisa,
tenhais o mesmo amor, sejais unidos de alma, tendo o mesmo sentimento.
Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando
cada um os outros superiores a si mesmo. Não tenha cada um em vista o que é
propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros”.
“Amai-vos cordialmente uns aos outros com AMOR fraternal, preferindo-
vos em honra uns aos outros.” - (RM 12:10)
 “Nisto conhecemos o AMOR: que Cristo deu a sua vida por nós; e
devemos dar nossa vida pelos irmãos.” - (1JO 3:16)
3- Comunhão: Um distanciamento das trevas
“Se dissermos que mantemos COMUNHÃO com ele e andarmos nas
trevas, mentimos e não praticamos a verdade.” - (1JO 1:6) “Se, porém,
andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos COMUNHÃO uns com os
outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.” - (1JO
1:7)
“Não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos demônios; não podeis ser
participantes da mesa do Senhor e da mesa dos demônios.” I Co 10:21
Somos um só corpo devemos andar juntos pois esta é a vontade de Deus para
a nossa vida.
HSG
46
O Salvador do Mundo
“Muitos outros creram nele, por causa da sua palavra, e diziam à mulher: Já
agora não é pelo que disseste que nós cremos; mas porque nós mesmos
temos ouvido e sabemos que este é verdadeiramente o Salvador do mundo.”
- (JO 4:41-42)
Não há dúvida de que o que se coloca entre muitas pessoas e um
conhecimento pleno de Jesus Cristo, e portanto da verdadeira alegria da
salvação, é o fato de que elas tem certas idéias e preconceitos que tornam
virtualmente impossível que venham a obter e experimentar esse
conhecimento, essa alegria. Tudo vai bem até certo ponto, mas além disso
elas não conseguem ir. Têm suas idéias e seus limites estabelecidos, e tudo
deve caber dentro desses limites, ou então é rejeitado. Uma crença que
muitas pessoas professam: que a religião se aplica somente a um certo tipo
de pessoa, e que nunca teve o propósito de ser para todos. E naturalmente,
não preciso acrescentar que pessoas que declaram e crêem nisso, sempre
acreditam que elas próprias pertencem ao grupo a que a religião não se
aplica. No caso de muitas pessoas, não é que elas negam o valor da religião,
mas elas o limitam. Reconhecem que faz bem a um certo tipo de pessoa.
“Está muito bem para ele”, dizem, “mas eu não sou assim”; você foi criado
assim”. Começam com a suposição que a natureza humana neles é diferente
da natureza humana de outras pessoas e que, portanto, o que se aplica a
outros de alguma forma não se aplica a eles.
Precisamos nos descartar de todas as nossas maravilhosas idéias a
nosso respeito, e reconhecer que somos nada mais que carne e sangue –
“barro humano”. O primeiro passo para alguém se tornar cristão, é cessar de
ser um esnobe, seja social, intelectual ou moral. Para obtermos a salvação,
devemos buscá-la, e o que nos leva a buscá-la é a compreensão de nossa
necessidade dela.
Nada poderia ser mais casual do que o encontro de Cristo com essa
mulher – sem premeditação, sem preparo. Eles se encontraram e começaram
a conversar a respeito de água, e daquilo resultou a salvação da própria
mulher, como também de muitas das pessoas da sua cidade!
Gosto de pensar nessa mulher, saindo da vila para ir ao poço
naquela manhã, uma pecadora oprimida, e voltando pouco tempo depois,
uma alma redimida e uma nova mulher. E a vida sob a direção de Deus é
repleta de coisas assim – é por isso que todo crente deve ser otimista. Nunca
sabemos quando Deus vai Se manifestar, nunca sabemos quando o Espírito
Santo vai descer, nunca sabemos quando o Cristo vai operar em nós e
47
remover nosso fardo e libertar a nossa alma. Justamente quando nos
convencemos que a noite nunca vai findar, raia a alvorada; justamente
quando pensamos que a luta é em vão, e que é inútil lutar, é aí, quando
menos esperamos, que alcançamos a vitória. Esta é a história do cristão –
não é ficção, mas a pura realidade. Comecem com essa perspectiva de vida,
comecem com essa perspectiva a respeito de vocês mesmos, ou seja, que
vocês são fundamentalmente iguais a todos os outros seres humanos, creiam
na possibilidade da salvação, e, mais cedo ou mais tarde, vocês a receberão.
Aquele que não espera nada, nada irá receber.
Pois bem, considerem tudo isso à luz desses samaritanos, e vocês
verão como uma mente sincera, aberta e sem preconceitos é recompensada.
E o que eu quero enfatizar é que teria sido muito fácil para aqueles
samaritanos ignorarem aquela mulher e sua história – e, de certa forma, teria
sido muito natural se tivessem feito isso.
Aqui estavam esses homens na cidade, ocupados em suas atividades
habituais, quando de repente essa mulher aparece e começa a clamar:
“Venham ver um homem que me disse tudo quanto tenho feito; não será este
o Cristo?” Ora, eles conheciam bem essa mulher; infelizmente, sua
reputação era famosa. No momento, estava vivendo com seu sexto marido –
ou pelo menos alguém que passava por seu marido. Isso é tudo que sabemos
a seu respeito. Podemos fazer uma idéia do terrível quadro da sua vida. E,
entre todas as pessoas daquela cidade, essa mulher é que de repente aparece
anunciando que acabara de ver o Cristo, e que Ele estava ali, fora da cidade.
Essa mulher pecadora de má reputação e caráter imoral, que havia caído tão
baixo a ponto de não ser mais tema dos falatórios, e cujos atos tinham sido
tão desesperados que ninguém mais ficava chocado com qualquer coisa que
ouvissem a seu respeito – essa era a mensageira ! Essa era a pessoa que veio
chamar o povo para sair da cidade e ver o Cristo!
 Muitos mensageiros de Cristo são pessoas estranhas. Ex-
prisioneiros, ex-bêbados, ex-tudo que há de ruim. Vocês estão preparados
para ouvi-los? Estão preparados para ver que um evangelho que é poderoso
para salvá-los, é poderoso e amplo o suficiente para operar em suas vidas
também ?
Mas se a mensageira era estranha, a mensagem, ou a forma em que
ela foi comunicada, era ainda mais notável. “Venham”, ela disse, “venham
ver um homem que me disse tudo quanto tenho feito”. Que mensagem
extraordinária! “Venham ver um homem” – não um homem que me falou de
todas as minhas boas qualidades, não um homem que me elogiou e me disse
que eu era uma mulher extraordinária, mas um homem que me falou das
48
minhas falhas, dos meus pecados, e me revelou toda a minha vida passada
com todo o seu horror.
Cristo expõe nossos pecados e nossas fraquezas, mas Deus seja
louvado, Ele não para aí! Por que é que essa mulher saiu clamando pelas
ruas a respeito disso? Simplesmente porque Cristo não só expôs seus
pecados, mas também os removeu.
Bem, ali estavam aqueles homens, ouvindo o que essa mulher dizia.
Como teria sido fácil para eles dizerem: “Parece que há algum valor na
religião, afinal de conta”, mas sem fazer nada a respeito. Ela definitivamente
os tinha convencido acerca disso, pois lemos: “E muitos dos samaritanos
daquela cidade creram nele, pela palavra da mulher.” Este para mim, é o
momento crucial na experiência da maioria de nós. Vemos outras pessoas
sendo transformadas, como os samaritanos viram a transformação dessa
mulher, e há apenas duas formas em que podemos reagir a essa evidência.
Ou dizemos a nós mesmos: “Bem, eu me alegro que isso tenha acontecido.
A religião obviamente faz bem a esse tipo de pessoa.” Talvez até mesmo
sintamos uma certa tristeza por não sermos desse “tipo”, para que isso
pudesse se aplicar a nós também. Quantas milhares de pessoas há, neste país
hoje, nessa situação! Sua religião é de segunda mão. É baseada
exclusivamente no testemunho de outros, e em relatos de conversões em
centros evangelísticos, ou em campos missionários no estrangeiro. Nunca
lhes ocorreu que podiam buscar isso para si mesmos; na verdade, estão
convencidos que isso nunca poderia acontecer com eles, por isso nem sequer
o buscam, e passam a vida de coração pesado, com problemas sem solução,
sem nunca conhecer a verdadeira alegria da salvação. Crendo que o que
aconteceu com outros não pode acontecer com eles, porque se aprofundaram
nisso, eles nunca o buscam, e consequentemente nunca o alcançam.
Ou a pessoa reage dessa forma ou reage da forma que os samaritanos
reagiram. Vendo a transformação na mulher, e ouvindo sua história, eles
resolveram experimentar isso por si mesmos. Claro que havia perigo dos
seus pecados também serem expostos, mas que importava, se conseguissem
a felicidade que ela tinha obtido? Que importa tudo isso diante da certeza
que Deus perdoou seu passado, e agora encheu seu coração com a alegria da
salvação e o entusiasmo de uma nova vida? Lá se vão eles, então, com a
mulher, para ver Cristo. Eles não podiam negar a mudança que se operava
nela; todavia, não tinham muita certeza quanto a essa questão religiosa –
“Deve haver alguma coisa nisso – talvez haja.” Alguns, talvez, a caminho do
poço se arrependeram de ter ido, mas prosseguiram, decididos a ver por si
mesmos. Nesse estado de espírito crítico, eles chegaram lá, viram Cristo
49
face a face, e pediram que permanecesse ali e falasse com eles. Esse é o
caminho. Prove Cristo, antes de condená-lo. Dê uma oportunidade à religião
em sua vida, antes de declarar que ela é inútil.
Bem, vocês se lembram do que se seguiu. O que tinha acontecido à
mulher aconteceu com os samaritanos. Suas vidas foram transformadas, seus
pecados perdoados, e eles sentiram aquela mesma alegria, e disseram à
mulher: “Já não é pelo teu dito que nós cremos; porque nós mesmos o temos
ouvido, e sabemos que este é verdadeiramente o Cristo, o Salvador do
mundo”.“Em outras palavras, disseram: “Você nos levou a crer que havia
alguma coisa nisso, mas o que disse era uma pálida imagem da realidade !
Ah, isto é vida eterna! Isto é alegria indizível, é ser transportado do inferno
para o céu.”
Homens e mulheres, provem-no! Creiam que isso pode acontecer
com vocês. Não, não se limitem a crer, somente lutem por isso, esforcem-se,
façam o melhor, busquem, trabalhem, orem, batalhem até o fim – lembrem-
se que talvez seja exigido de vocês que saiam ao encontro de Cristo. Façam
isso mediante a leitura da Bíblia, orando a Deus por perdão e luz através de
Jesus Cristo, e lutando contra tentações e pecados com todas as suas forças.
Façam tudo que puderem, enquanto oram pela graça de Deus, e que venha
breve o dia em que vocês virão até aqui para me dizer: “Agora nós cremos,
não por causa do que nos falou, mas porque nós mesmo O ouvimos, e
sabemos que Ele é na verdade o Cristo, o Salvador do mundo” Amém.
D.M.Lloyd-Jones –
Adaptação HSG

50
Sonda-me ó Deus
Muitas são as realidades que nós ignoramos, entre elas a realidade do
conhecimento de Deus sobre nossa vida. Desta forma deixamos também de perceber os
benefícios deste conhecimento. Perdemos oportunidades de esclarecer muitas dúvidas por
não observarmos esta realidade.
Inversamente nós somos pessoas de pouco conhecimento, tanto de Deus como de
nosso próximo. “Até a cegonha no céu CONHECE as suas estações; a rola, a andorinha e o
grou observam o tempo da sua arribação; mas o meu povo não conhece o juízo do
SENHOR.” - (JR 8:7) “Porém o SENHOR disse a Samuel: Não atentes para a sua
aparência, nem para a sua altura, porque o rejeitei; porque o SENHOR não vê como vê o
homem. O homem vê o exterior, porém o SENHOR, o coração.” - (1SM 16:7)
Devemos atentar para o conhecimento de Deus sobre nós, um conhecimento que
demonstra a preocupação pessoal de Deus com cada um de nós. Não só aprender sobre o
conhecimento de Deus mas fazer como o salmista, afirmar nosso desejo de que o Senhor
esteja sondando nossa vida. “Sonda-me ó Deus...”
1- Onisciência e presciência de Deus
Este salmo em primeiro lugar nos dá uma grande lição sobre onisciência
presciência de Deus. (Sl 139:1-6; 13-18)
Nossa primeira atitude diante da leitura do Salmo 139 é nos
maravilharmos com a riqueza de nosso Deus que tudo sabe e tudo vê, ontem, hoje
e sempre.
2- Seu cuidado para conosco
Quanto mais aprendemos sobre o conhecimento de Deus sobre nós mais
aprendemos sobre a segurança que ele nos proporciona.
Este conhecimento é garantia de nossa segurança, pois Deus nos cerca
com amor, cuidando de nós a todo instante. (SL 1:6; Sl.139:5)
3- O controle de nossa vida
Mas muitas vezes este conhecimento nos assusta, temos medo destes
olhos que nos vêem completamente como somos. O homem busca fugir, busca um
escape no tempo e no espaço. (Sl.139:7)
Mas não podemos fugir de Deus, não existe uma forma de fazer algo
escondido dele, onde estivermos ele estará, em todo o tempo sempre esteve ao
nosso lado. Deus tem total controle sobre a nossa vida, se buscarmos a sua
presença ele pode nos demonstrar muitas coisas. (JR 33:3). Principalmente pode
nos guiar por bons caminhos, indicando o que é mal. (Sl.139:23-24)
O homem tem boa intenção, mais isto não basta, temos que andar
corretamente, sem desculpas. O conhecimento de Deus sobre nós é a maior fonte
de luz para nossa vida.
O Senhor conhece nossa sinceridade em buscá-lo. (JR 12:3; 1RS 8:39; 2CR
6:30)
O Senhor faz um exame completo detectando o mal e purificando. (PV 20:27;
SL 26:2; SL 139:23)
“Se o buscares, ele deixará achar-se por ti; se o deixares, ele te
rejeitará para sempre.” - (1CR 28:9b) HSG
51
Cristianismo: Impossível para os Homens (MC 10:26-
27)
O princípio vital da mensagem Cristã é a Salvação em Cristo Jesus.
“E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum
outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos.” - (AT
4:12)
A esta mensagem pode-se dar duas respostas: ou somos atraídos e
nos unimos a ela; ou nos afastamos repelindo e odiando.
Quantos de nós verdadeiramente crêem que, se não fosse a
intervenção de Deus em nossas vidas, estaríamos perdidos e condenados?
No início do século o ponto de vista prevalecente era que cada
homem tem a sua própria salvação dentro de si, e que tudo que ele precisa
fazer é exercitá-la, que a humanidade está gradual e certamente evoluindo
em direção a um tipo superior.
Esta realidade acontece em parte hoje, muitos vendo a sua volta um
mundo sem esperança, lançam sua imaginação rumo ao futuro, e se
consolam com a idéia de que, embora sejam maus agora, estão melhorando.
O homem insiste em viver fora de sua época, não tendo noção se as coisas
estão melhores ou piores.
Muitos acreditam que não há necessidade de freqüentar uma igreja
ou assistir ao culto; acham que podem evoluir em casa. Não crêem no poder
de Deus para converter e transformar os homens, aqui e agora.
Considerem também o caso do jovem rico, descrito neste capítulo,
onde se encontra o nosso texto. “Conheces os mandamentos”, Jesus lhe
disse. “Não adulteraras, não matarás, não furtarás, não dirás falso
testemunho, não defraudarás alguém, honra pai e mãe.” “Mestre, todas estas
coisas tenho observado desde a minha mocidade”, ele respondeu. E nós que
não podemos fazer tal declaração, sentimos que ele, pelo menos, era salvo.
“Não” responde Cristo. “A você ainda falta uma coisa; apesar de tudo isso, e
apesar do fato de que o amo, você tem que vender todos os seus bens, e dar
tudo aos pobres; então, tomar a cruz, e segue-Me” Guardar os mandamentos
não é o suficiente para a salvação. “Quem então pode ser salvo?” Para os
homens é impossível. Mas pela graça de Deus, isso não é tudo, isso não é o
fim – porque não é impossível para Deus. “Para Deus todas as coisas são
possíveis”.
energia os fracos. Até os jovens
“Eu não posso mudar a mim mesmo” diz o homem. “Não posso
viver uma vida reta, não posso resistir as tentações”. “É claro que você não
se cansam, e os moços tropeçam
pode”, diz Jesus Cristo. “Nenhum ser humano pode, mas Deus pode
transformar você, Deus pode lhe dar força e poder. Submetam-se a Ele. e caem; mas os que confiam no
D.M.Lloyd-Jones-Adaptação HSG
52
“O que é já foi, e o que há de ser também já foi; Deus fará renovar-se o que se
Deus Eterno recebem sempre
passou.” Eclesiastes 3:15
“O SENHOR, teu Deus, está no meio de ti, poderoso para salvar-te; ele se novas forças. Voam nas alturas
como águias, correm e não
deleitará em ti com alegria; renovar-te -á no seu
amor, regozijar-se -á em ti com júbilo.” Sofonias 3:17
RENOVA-ME ISAÍAS 40:27-31
Neste texto, encontramos um povo fraco e cansado que queixa-se de Deus
com um sentimento de estar abandonado.
perdem as forças, andam e não
Hoje não é diferente, encontramos milhares de pessoas que estão no
esgotar de suas forças. Não conseguem dar mais um passo, estão derrotadas, sem se cansam.”
saída. Não sabem o que fazer, estão prestes a desistir, mas por sua fragilidade não  v.29-31 Deus é fonte inesgotável de força para os Seus. Força que supera a
tem coragem nem mesmo de desistir. Então seguem sem saber se estão vivendo ou força humana natural.
passando pela vida. “Os que esperam” Aqueles que buscam exercer fé, confiam em Deus e
A palavra que Deus escolhe para levar até o povo sem esperança é sabem que Deus tem poder de realizar o impossível.
simples e objetiva. Deus não diz que somos poderosos e nunca vamos nos cansar, “Porque a visão ainda está para cumprir-se no tempo determinado, mas se apressa
ele diz que Ele renova as nossas forças. para o fim e não falhará; se tardar, espera-o, porque, certamente, virá, não tardará.”
“Renovar” – tornar novo: Esta é a grande realidade presente na vida dos filhos de - (HC 2:3)
Deus que devemos estar buscando. Deus sempre dá novas forças, de forma que HSG
podemos ser comparados com a águia que, em seus vôos altíssimos, é figura de 53
força incansável.
Is.40:27 BLH “Povo de Israel, por que você se queixa, dizendo: "O Deus Eterno
não se importa conosco, o nosso Deus não se interessa pela nossa situação"?
 v.27 O povo estava sentindo-se desprezado e queixa-se. “Porque te queixas”
pergunta o profeta ao povo, dando a entender, sem dúvida, que sua queixa é
inteiramente infundada.
Is.40:28 BLH “Será que vocês não sabem? Será que nunca ouviram falar disso? O
Reforma religiosa do Século XVI – O monge agostiniano e
Eterno criou o mundo inteiro e o governa em todos os tempos. Ele não se cansa,
não fica fatigado; ninguém pode medir a sua sabedoria. professor de teologia Martinho Lutero afixou à porta da Igreja de
 v.28 Não existe causa esquecida para Deus. Ele possui todo poder e sabedoria. Wittenberg, na Alemanha, as suas célebre Noventa e Cinco Teses,
convidando a comunidade acadêmica local para um debate público sobre a
Is.40:29-31 BLH “Aos cansados venda das indulgências e outras questões controvertidas. Desde então, o
dia 31 de outubro de 1517 tem permanecido na consciência evangélica
ele dá novas forças e enche de como um símbolo fundamental do seu movimento.
 Ao comemorar mais um aniversário da Reforma, de que maneira
podemos celebrar a obra dos desbravadores evangélicos do século XVI?
Destacamos três formas, que reputamos essenciais para a igreja
contemporânea.
Primeiramente, é notável o lugar que os reformadores deram ao
Deus trino em seu pensamento e ação. Apesar dos fatores políticos, sociais
e econômicos envolvidos na Reforma, o seu ímpeto mais central veio da
profunda experiência religiosa de líderes como Lutero e Calvino. A sua
visão da graça e da glória de Deus, mediada pelas Escrituras, levou-os a
colocá-lo no centro de suas vidas e a rejeitar tudo aquilo que pudesse
obscurecer a sua majestade como Senhor do Universo, da vida e da
redenção.
Em segundo lugar, há que considerar o seu entendimento da Igreja
como comunidade de adoração, comunhão e serviço. A Igreja não era para
eles uma estrutura ou instituição, mas o conjunto dos fiéis que se reúnem
para exaltar a Deus, estudar a sua Palavra e celebrar a sua salvação e
depois se dispersam para testemunhar e servir.
Finalmente, os reformadores nos inspiram em seu entendimento da
sociedade. Rompendo com a dicotomia entre o sagrado e secular, os líderes
da Reforma e seus seguidores insistiram no fato de que toda a vida pertence
a Deus e deve refletir o seu senhorio. Com seu trabalho e exemplo, o
cristão deve esforçar-se para que os valores do reino permeiem todas as
áreas da coletividade. Que sejam essas as nossas preocupações ao
lembrarmos novamente os eventos e personagens dos quais somos
herdeiros.
Rev. Alderi Souza de Matos
São Paulo – SP
54
O crescente desprestígio da igreja do Ocidente, mais interessada,
nos séculos XIV e XV, no próprio enriquecimento material do que na
orientação espiritual dos fiéis; a progressiva secularização da vida social,
imposta pelo humanismo renascentista; e a ignorância e o relaxamento
moral do baixo clero foram os fatores que desencadearam a reforma e a
contra-reforma.
Reforma foi o movimento radical registrado na igreja do Ocidente
ao longo do século XVI e que, ultrapassando questões disciplinares, deixou
à mostra problemas doutrinários de transcendência vital para o cristianismo.
Por outro lado, já haviam surgido no interior da igreja movimentos
reformistas que pregavam uma vida cristã mais consentânea com o
Evangelho.
Martinho Lutero, líder da Reforma, nasceu em 10 de novembro de
1483, em Eisleben, Saxônia-Turíngia, na Alemanha. Era filho de um
mineiro que chegou a conselheiro na pequena cidade de Mansfeld. Lutero
cresceu num ambiente religioso e de disciplina rigorosa. Depois de estudar
em Magdeburgo e Eisenach, ingressou na Universidade de Erfurt, onde
obteve o grau de bacharel em artes em 1505.
Decidiu então seguir a vida religiosa e solicitou sua admissão na
ordem dos eremitas agostinianos de Erfurt. O convento de Erfurt seguia
rigorosamente a regra agostiniana. Depois de estudar teologia durante
dois anos, Lutero ordenou-se em 1507.
Prosseguiu sua formação na Universidade de Wittenberg e recebeu a
proteção do vigário-geral dos agostinianos da Alemanha, Johann von
Staupitz, que o enviou a Roma, em 1510, para tratar de assuntos da ordem.
Nessa viagem, Lutero ficou chocado com a frivolidade da cúria romana.
Depois de doutorar-se em teologia, em Wittenberg, em 1512,
dedicou os anos seguintes a atividades pastorais e ao ensino de
teologia, enquanto amadurecia sua doutrina sobre a justificação pela fé, idéia
fundamental do luteranismo.
Martinho Lutero, sentiu como uma experiência pessoal, baseada em
um texto da epístola de Paulo aos romanos, que a salvação de Deus se
55
comunicava pela fé e não por meio das obras, que decorrem da natureza
humana corrompida pelo pecado original. Dessa concepção fundamental -
"só a fé" - deduziu aos poucos, segundo as controvérsias ou as
circunstâncias políticas, o conjunto de seu pensamento.
A ruptura com a hierarquia católica iniciou-se em 1517. Indignado
com os abusos na venda de indulgências, que “permitia” a comutação parcial
de penitências em troca do pagamento de uma soma em dinheiro, Lutero
afixou, na porta da igreja do castelo de Wittenberg as 95 teses em 31 de
outubro de 1517, em Wittenberg na Alemanha, que formulara contra o
sistema de indulgências.
O escrito teve imediata repercussão na Alemanha, cujos príncipes
mantinham relações tensas com Roma e com o imperador. O sucesso
alcançado por suas idéias encorajou Lutero a atacar, em 1518, os métodos
teológicos da filosofia escolástica, apoiado por seu colaborador Philipp
Melanchthon.
Queima da Bula Papal em 1520:
A ruptura definitiva entre Lutero e
a Igreja Católica teve como marco
a queima da bula papal que
ordenava ao reformador se
retratasse, ato que teve lugar em
Wittenberg, em 1520.
Lutero enviou ao papa Leão X um documento no qual sustentava
que as indulgências não haviam sido instituídas por Cristo, mas pelo
papado. Nesse mesmo ano, o papa chamou Lutero a Roma, sob a acusação
de heresia, mas o príncipe eleitor Frederico III conseguiu que Lutero fosse
levado para uma entrevista pessoal com um enviado do papa em Augsburgo.
Ali, Lutero se negou a retratar-se e, depois, negou a autoridade divina do
papa. Ante sua iminente excomunhão, decidiu registrar suas opiniões por
escrito e redigiu, em 1520, três célebres tratados que estabeleceram a base
do luteranismo e o início da Reforma. Neles, Lutero afirma a salvação do
homem apenas pela fé, nega todo tipo de autoridade por parte de Roma e
exorta à livre interpretação das Sagradas Escrituras, única autoridade
existente. A comunidade cristã constituiria a "igreja invisível" unida pela fé
e, no aspecto temporal, estaria submetida ao poder dos príncipes, instituído
por Deus.
Essa tese foi confirmada pela atitude de Lutero ao apoiar os
56
príncipes contra uma revolta de camponeses reformadores. Em 1521,
recusou-se novamente a se retratar perante a Dieta de Worms e, no mesmo
ano, foi excomungado.
Escondido no castelo de Wartburg, perto de Eisenach, com a
cumplicidade de Frederico III, Lutero iniciou a tradução da Bíblia para o
alemão. Em 1525, casou-se com a ex-freira Katherina von Bora, e assim
rejeitou a imposição do celibato aos clérigos.
Na segunda Dieta de Speyer, em 1529, aprovou-se um decreto que
aumentava a pressão dos estados católicos contra Lutero e seus seguidores.
O protesto contra essa situação criou a denominação protestantes.
Propaganda religiosa:
Aliança cordial de Lutero e
Lúcifer, panfleto antiluterano do
século XVI.
Adotado pelos protestantes, o
novo meio de propaganda religiosa
foi imitado pelos católicos.
A Reforma protestante iniciada por Lutero com seu desafio aos
legados papais e à excomunhão não se desenvolveu em uma só direção:
foram diversos os grupos que percorreram caminhos paralelos e
irreconciliáveis, embora unidos por sua oposição à doutrina e à disciplina
da igreja romana e por sua luta política e militar contra o papa ou o
imperador.
Em 1525 o reformador suíço Huldrych Zwingli fundou em Zurique
uma teocracia que se estendeu a Berna, Basiléia e Estrasburgo. Sua
doutrina teológica radicalizou-se mais que a de Lutero, especialmente
ao negar a presença de Cristo na Eucaristia. Sua igreja, excluída da aliança
evangélica de Gotha em 1526, só foi readmitida após sua morte, na
concórdia de Wittenberg, em 1536.
João Calvino, teólogo francês, refugiou-se em Basiléia e depois em
Genebra devido a suas idéias reformistas. Publicou em 1535 Christianae
religionis institutio (Instituições da religião cristã), que se tornou o primeiro
catecismo da Reforma. Sua tentativa de unificar os diversos grupos
protestantes atraiu importantes seguidores de Zwingli, mas consumou a
separação com os luteranos. Sua doutrina sobre a
57
predestinação à salvação e à condenação, a severa disciplina imposta em sua
concepção teocrática da cidade-igreja e o governo presbiteral das igrejas
constituíram de fato o que se chamou de segunda Reforma. Na Escócia,
predominou o presbiterianismo introduzido por John Knox, que havia
participado da Reforma em Genebra junto a Calvino.
Dos escritos de Lutero, sobretudo dos Kleiner Katechismus
(Pequeno catecismo) e Grosser Katechismus (Grande catecismo), publicados
em 1529, Melanchthon extraiu o material para a Augsburger Konfession
(1530; Confissão de Augsburgo), a primeira declaração de fé do
luteranismo. Entre 1531 e 1545, Lutero deixou a direção do movimento
reformador nas mãos de Melanchthon e retirou-se para sua cátedra de
Wittenberg.
Em 1534, concluiu a tradução completa da Bíblia, que, juntamente
com suas coleções de hinos e salmos, desempenhou papel fundamental na
fixação da língua alemã. Apesar de gravemente doente, escreveu diversos
textos polêmicos, entre os quais Von den Conciliis und Kirchen (1539; Dos
concílios e das igrejas).

Bíblia traduzida por Martinho Lutero:
Folha de rosto da Bíblia traduzida por
Martinho Lutero, um dos ideólogos da
Reforma protestante, edição alemã de 1692.
(Museu Nacional, Rio de Janeiro.)
Lutero morreu em Eisleben, em 18 de fevereiro de 1546. Depois de
sua morte, agravaram-se as dissensões não só entre as igrejas protestantes,
como no próprio luteranismo. A figura de Lutero permaneceu, porém, como
a do grande inspirador da Reforma.
©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.- Adaptação HSG
58
PROFETA ELIAS
 Dificuldades Espirituais (I Reis 16:30-31)
Elias foi profeta onde o perigo do sincretismo estava
presente. A fé teria ficado perdida se fosse fundida com a
religião de Baal – Melcarte. O rei de Israel, Acabe, buscou o que
era mau, “mais do que todos os que foram antes dele...tomou por
mulher a Jezabel, filha de Etbaal” (1RS 16:30-31). Este
casamento foi o grande motivo para o problema do
enfraquecimento espiritual do povo.
 Dificuldades Materiais (I Reis 17:1-21)
Elias viveu em tempo de fome e falta de água, muitas
dificuldades físicas e perseguição por parte de Jezabel que
mandava matar os profetas. Mas Elias teve a proteção de Deus,
não lhe faltou nada, pois Deus providenciou miraculosamente o
seu sustento. Deus também abençoou pessoas que Elias se
aproximou, como a viúva de Sarepta e seu filho. Nosso Deus
abençoa quem vive conosco, abençoa nosso lugar de trabalho e
onde vamos.
 Confronto Espiritual (I Reis 18:17-40)
Era necessário um confronto espiritual pois o povo de
Deus estava se perdendo. Para isso Elias tem um encontro com
Acabe. Então Elias manda juntar os profetas de Baal e o povo
para estarem diante dele e passa a questionar sobre o erro que
estavam cometendo de servirem a dois senhores. “Até quando
coxeareis entre dois pensamentos? Se o SENHOR é Deus, segui-
o; se é Baal, segui-o.” - (1RS 18:21).
Elias então propõe um acordo: “Então, invocai o nome de
vosso deus, e eu invocarei o nome do SENHOR; e há de ser que
o deus que responder por fogo esse é que é Deus. E todo o
povo respondeu e disse: É boa esta palavra. - (1RS 18:24). Desta
forma eles ficaram várias horas clamando a Baal e nada
aconteceu, então Elias ora ao Senhor e o fogo aparece. “Então,
caiu fogo do SENHOR, e consumiu o holocausto, e a lenha, e
59
as pedras, e a terra, e ainda lambeu a água que estava no rego.” -
(1RS 18:38)
 Pedido pelas dificuldades materiais (I Reis 18:41-46)
Agora Elias pede chuva, ora buscando o suprimento
material para o povo que recebeu o ensino espiritual. Após sua
oração aguarda confiante a resposta e depois de sete vezes
mandar seu ajudante olhar se tinha algum sinal de chuva, a
resposta foi que uma pequena nuvem aparecera. Isso foi o
suficiente para Elias afirmar com segurança que a chuva cairia
em breve.
 A queda de Elias e o levantar de Deus (I Reis 19)
Jezabel ameaça Elias de morte e ele fica amedrontado,
difícil acreditar que após enfrentar 400 profetas de Baal que
foram mortos e depois de toda sua demonstração de fé ele fique
tão fraco. “...pediu para si a morte e disse: Basta; toma agora,
ó SENHOR, a minha alma...” I Rs.19:4.
 Mas Deus manda que se levante e coma, mostrou que ele
tinha muito a fazer. Elias reclama de estar só, a resposta
acalentadora de Deus foi mostrar que Elias estava errado pois
não estava só como pensava, “conservei em Israel sete mil,
todos os joelhos que não se dobraram a Baal, e toda boca que o
não beijou.” - (1RS 19:18)
Quando estamos fracos acreditamos estarmos a sós, mas
nunca estamos a sós, Deus sabe onde estão nossos
companheiros e quando nô-los deve revelar.
 Elias depois de ser erguido por Deus enfrenta os líderes
Acabe , Jesabel, e Acasias. (I Reis 21-22 II Reis 1)
Elias é um exemplo para nós, passou por dificuldades
espirituais e materiais e as enfrentou bravamente. Elias também
teve seu momento de queda, depressão, desesperança que foi
auxiliado por Deus. É após o auxílio de Deus recuperou as suas
forças e com mais forças fez a obra de Deus e no final de sua
vida foi arrebatado, levado por Deus por um redemoinho.
HSG
60
Ofertas ao Senhor
Muitos anos se passaram desde os tempos de Abraão que dava
o Dízimo ao Senhor com total fidelidade. Hoje ainda temos como
parte de nossa vida cristã, que sustentar a obra de Deus
financeiramente. Nossa responsabilidade não pode ser amenizada em
nossos corações, temos um compromisso inadiável, entregarmos
nossos Dízimos e ofertas ao Senhor. É muito difícil falar sobre
contribuição na Igreja pois primeiro encontramos muitos corações que
precisam ser instruídos, e falar sobre o bolso parece que estamos
invertendo as ordens. Por outro lado se não conseguimos abrir os
nossos bolsos para a obra do Senhor estamos cada vez mais trancando
o nosso coração para qualquer palavra. Mas vamos pensar sobre o que
a palavra de Deus nos ensina sobre Dízimo e ofertas.
1- O Dízimo é dez por cento de tudo que recebemos. “e
bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus adversários nas
tuas mãos. E de tudo lhe deu Abrão o dízimo.”- (GN 14:20)
Muitos são tentados a esquecer que o Dízimo não é igual a
uma oferta esporádica, Dízimo é a décima parte, dez por cento
do que Deus nos concede financeiramente. Não existe caixa dois
na vida do cristão, damos dez por cento de tudo o que
recebemos, devemos ter muito cuidado com os ajustes tentadores
do inimigo.
2- Devemos dar o Dízimo sem esquecer outros mandamentos
importantes. “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque dais
o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e tendes negligenciado os
preceitos mais importantes da Lei: a justiça, a misericórdia e a fé;
devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas!”- (MT 23:23)
Deus detesta hipocrisia, não podemos ser pessoas com
um envelope de Dízimo recheado todo mês que não tem em seu
coração o verdadeiro interesse de ajudar a obra do Senhor, mas
dá o Dízimo como uma fuga da ira de Deus, como um modo
legalista pois negligencia outros pequenos mandamentos tão
necessários no viver cristão diário. Como filhos de Deus
devemos dar o Dízimo mas não deixar de cuidar de outras
coisas importantes como a misericórdia, a justiça e a fé.
61
3- Devemos entregar nossos Dízimos e ofertas com
liberalidade. “Porque todos estes deram como oferta daquilo que
lhes sobrava; esta, porém, da sua pobreza deu tudo o que possuía,
todo o seu sustento.” - (LC 21:4)
Perigoso é o valor comparativo de nossas ofertas, muitos
são os que negligenciam a diferença financeira existente entre
as pessoas. Uma pessoa com maior condição financeira
costumeiramente dá quase o mesmo que uma pessoa com
dificuldades financeiras. O motivo disto está relacionado à
ganância do homem que consome rapidamente o que consegue
adquirir. Faz grandes compromissos neste mundo mas no reino
de Deus sua oferta é minguada embora parece ser maior do que
a da viúva pobre.
4- Nossos Dízimos e ofertas devem ser uma expressão
voluntária. “Tomai, do que tendes, uma oferta para o SENHOR;
cada um, de coração disposto, voluntariamente a trará por oferta ao
SENHOR: ouro, prata, bronze, - (ÊX 35:5).
O homem tem esquecido o que é ser voluntário, uma
palavra que não só está esquecida no que se refere a dinheiro.
Hoje temos no lugar da voluntariedade o fazer a minha vontade.
Quando falamos de Dízimo e ofertas estamos falando de algo
sagrado que deve ser feito voluntariamente por nós, não porque
nãos estamos na lista dos dizimistas, ou porque estamos em
campanha de ofertas. Sempre devemos estar atentos para as
necessidades da Igreja assumindo nossa responsabilidade.
5- Dar Dízimo é devolver o que já é de Deus. “Porque quem sou
eu, e quem é o meu povo...? Porque tudo vem de ti, e das tuas mãos to
damos.” - (1CR 29:14)
A grande novidade é que não damos nada, pois o que
devolvemos veio de Deus, nós recebemos de Deus e entregamos
parte disso de volta ao Senhor. Ele prova nossa fidelidade
entregando em nossas mãos a parte que é dele e se não
devolvemos estamos roubando de Deus . “Roubará o homem a Deus?
Todavia, vós me roubais e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas
ofertas.” - (ML 3:8). HSG
62
Bênçãos
 O objetivo permanente de Deus é abençoar o seu povo. Nm.6:22-27
Mas o homem vive muitas vezes como se o céu estivesse em greve, e não
consegue enxergar as bênçãos de Deus, ou até enxerga mas elas parecem
insuficientes e acompanhadas de maldições, frustrações, sentimentos estranhos de
fraqueza e desesperança.
 O que será que temos a aprender sobre as bênçãos de Deus ?
 As bênçãos de Deus coincidem com as bênçãos dos homens ?
 Você tem utilizado as bênçãos que recebe ?
1- Devemos saber sobre as bênçãos de Deus.
a) Para termos as bênçãos de Deus devemos ter o Deus das Bênçãos. Quem quer
água vai até a fonte, quem quer bênçãos vai até Deus. “Buscar-me-eis e me
achareis quando me buscardes de todo o vosso coração.” Jeremias 29:13
b) As bênçãos são decorrentes da obediência. Dt.28:1-14 Não podemos ignorar a
resposta natural de nossas ações. “Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois
aquilo que o homem semear, isso também ceifará.” (GL 6:7) PV 10:6; Sl.24:4-5.
c) As bênçãos estão relacionadas com nossa fé e esperança no Senhor. “Bendito o
homem que confia no SENHOR e cuja esperança é o SENHOR.” - (JR 17:7)
d) Deus abençoa o seu povo reunido. A casa de Deus é a casa da bênção. No
templo, o povo reunido tem a oportunidade de receber grandes bênçãos para a sua
vida. “Plantados na Casa do SENHOR, florescerão nos átrios do nosso Deus.”
(Salmos 92:13) [SL 118:26; 1 Timóteo 3:15; Sl.134:1-3; Sl.133]
2- Nem sempre as bênçãos de Deus coincidem com as bênçãos dos homens.
Quando se fala de bênçãos muitos pensam em dinheiro, curas
miraculosas, em algo sobrenatural. Mas bênção ou o bem de Deus não significa
somente isto, é muito mais que isso. O homem pensa como alguém carnal, que
valoriza mais o que é material, esquecendo do que é eterno. Uma criança gosta
mais de um brinquedo de plástico que vai durar uma semana do que um tratamento
de dentes que vai protege-lo de grandes problemas. Uma criança prefere algodão
doce do que arroz com feijão e nós, muitas vezes somos crianças colocando para
Deus nossos pedidos de bênçãos esquecendo o que é essencial.
a) A Bênção da misericórdia. [Êxodo 34:6-7; LM 3:22]
b) Bênção da vida eterna.
[Mateus 19:29; João 6:27; João
6:40; Tito 1:2]
3- Muitas bênçãos não são requeridas.
Nós recebemos todos os dias muitas bênçãos de Deus que não podemos
contar, como o hino 172 do Hinário Presbiteriano Novo Cântico nos diz: “contas as
bênçãos... e verás surpreso quanto Deus já fez...” Por isso perdemos muitas
oportunidade por não utilizar das bênçãos de Deus. Muitos tem o dom de cantar
mas não cantam, outros tem família mas vivem só. Muitas vezes estamos pedindo
a Deus o que ele já nos deu e não sabemos. “Do SENHOR é a salvação, e sobre o
teu povo, a tua bênção.” Sl. 3:8 [Sl. 37:22-24] “O SENHOR vos aumente bênçãos
mais e mais, sobre vós e sobre vossos filhos.” - (SL 115:14) HSG
63
Eliseu – Seu nome significa
Deus é Salvação.
Profeta de Israel do século IX A.C. Filho de Safate. Tudo quanto se
pode saber do passado histórico de Eliseu se encontra em 1 Rs.19:16, 19-21.
Seu ministério, se o datarmos a partir de sua chamada, se estendeu por todos
os reinados de Acabe, Acasias, Jeorão, Jeú, Jeocaz e Joás, um período de
mais de 50 anos. As narrativas do ministério de Eliseu estão registradas em I
Rs.19; 2 Rs. 2-9,13, e compreendem uma série de cerca de vinte episódios.
Não é possível ter certeza quanto a ordem cronológica dos mesmos do
princípio ao fim, por causa de obvias interrupções na seqüência dos eventos.
Eliseu é referido no Novo Testamento apenas uma vez – em Lc. 4:27.
A HISTÓRIA DE ELISEU – II Reis
(1) Pede uma porção dobrada de graça, 2:9.
(2) Divide o Jordão, 2:14.
(3) Sara as águas, 2:19-22.
(4) Amaldiçoa os rapazes que zombaram dele, 2:23-24.
(5) Consegue água para um exército, 3:15-20.
(6) Aumenta o azeite da viúva, 4:1-7.
(7) Ressuscita a um menino, 4:18-37.
(8) Purifica o alimento nocivo, 4:38-41.
(9) Alimenta a multidão, 4:42-44.
(10) Sara a Naamã, o leproso, 5:5-15.
(11) Faz que Gezi fique leproso, 5:20-27.
(12) Faz flutuar o ferro de um machado, 6:1-7.
(13) Revela os planos do rei da Síria, cap 6.
(14) Provoca cegueira nos sírios, 6:18-20.
(15) Profetiza abundância para uma cidade açoitada pela fome, 7:1-18.
(16) Garante à mulher sunamita a restauração da sua terra, 8:3-6.
(17) Profetiza a exaltação de Hazael, 8:7-15.
(18) Ordena a unção de Jeú como rei, 9:1-6.
(19) Conserva o poder profético até em seu leito de morte, 13:14-19.
(20) O poder divino se manifesta em seu túmulo, mesmo após a sua morte,
13:20-21.
O segredo de seu poder - seu desejo de receber porção
dobrada de graça o capacitou a viver numa atitude de contínua
vitoria.
64
CEIA DO SENHOR
“Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém dele comer, viverá
eternamente; e o pão que eu darei pela vida do mundo é a minha carne.” –
(João 6:51)
RA “Porventura, o cálice da bênção que abençoamos não é a comunhão do
sangue de Cristo? O pão que partimos não é a comunhão do corpo de
Cristo? - (1CO 10:16).
BLH “Pensem no cálice pelo qual damos graças a Deus na Ceia do Senhor.
Será que, quando bebemos desse cálice, não estamos tomando parte no
sangue de Cristo? E, quando partimos e comemos o pão, não estamos
tomando parte no corpo de Cristo?” - (1CO 10:16).
Há um verdadeiro relacionamento vivificante de comunhão entre os
eventos e as realidades passados, presentes e futuros simbolizados na Ceia e
naqueles que dela participam.
É pelo Espírito Santo somente que o pão e o vinho, quando
recebidos pela fé, transmitem a realidade que representam, e que a Ceia nos
dá participação na morte e na ressurreição de Cristo e no reino de Deus. É
pela fé somente que Cristo é recebido no coração na Ceia (e, assim, habite
Cristo no vosso coração, pela fé, estando vós arraigados e alicerçados em
amor, - EF 3:17).
Ele não está presente à disposição da igreja, para ser dado e recebido
automaticamente, na mera realização de um ritual. Ele está presente de
conformidade com Sua promessa, para a fé que busca e adora.
Ao participarem, pelo Espírito, do corpo de Cristo oferecido na cruz
de uma vez por todas, os membros da igreja são estimulados e capacitados
pelo mesmo Espírito Santo a se oferecerem ao Pai no sacrifício eucarístico, a
servirem uns aos outros em amor dentro do corpo, e a cumprirem sua função
sacrificial como corpo de Cristo a serviço da necessidade do mundo inteiro
que Deus reconciliou a Si mesmo em Cristo (“Porque nós, embora muitos,
somos unicamente um pão, um só corpo; porque todos participamos do
único pão.” - 1CO 10:17. “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de
Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a
Deus, que é o vosso culto racional.” - RM 12:1).
Há, na ceia do Senhor, uma renovação constante da aliança entre
Deus e a Igreja. A palavra “memória” refere-se não simplesmente ao
homem, que se lembra do Senhor, mas também a lembrança que Deus tem
do Seu messias, da Sua aliança e da Sua promessa de restaurar o reino.
Enciclopédia Histórico Teológica adaptação HSG.
65

RESUMO DO HISTÓRICO DA IGREJA
PRESBITERIANA DE RIALMA
POR VOLTA DO ANO DE 1949, NA VILA DENOMINADA “BARRANCA” JÁ
HAVIA INICIADO OS TRABALHOS DE EVANGELIZAÇÃO FUNCIONANDO SOMENTE
A ESCOLA DOMINICAL , NA RESIDÊNCIA DO SR. JOAQUIM LUIZ DE SOUZA E SUA
ESPOSA DONA SARA, TRADICIONAL FAMÍLIA CRISTÃ, QUE GRACIOSAMENTE
CEDIAM SUA RESIDÊNCIA PARA REALIZAÇÃO DO TRABALHO. POSTERIORMENTE
OS TRABALHOS FORAM PARA UMA OUTRA RESIDÊNCIA, A DO SR. AMÂNCIO
BORGES CARNEIRO E SUA ESPOSA. ATÉ ENTÃO OS TRABALHOS ERAM DIRIGIDOS
PELO MEMBRO DA IGREJA PRESBITERIANA DA COLÔNIA AGRÍCOLA DE CERES,
SR. ABSALÃO GOMES DE BRITO. NO MÊS DE JANEIRO DE 1950, CHEGAVA À VILA
RIALMA O SR. PEDRO ANTÔNIO DE OLIVEIRA E SUA ESPOSA SENHORA
JOVENTINA MELO DE OLIVEIRA, VINDOS DE GOIÂNIA E NUM SALÃO ALUGADO
ELA ESTEVE A FRENTE DOS TRABALHOS DA ESCOLA DOMINICAL.
ASSIM NESTA ÉPOCA, COM O DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO E
PENSANDO NO FUTURO , COM RELAÇÃO AO LOCAL PARA REALIZAÇÃO DOS
TRABALHOS, O EVANGELISTA DA VIZINHA IGREJA PRESBITERIANA DE CERES,
SENHOR WALDEMAR ROSE CONCEDEU A SEGUINTE AUTORIZAÇÃO A SENHORA
JOVENTINA PARA LEVANTAR FUNDOS PARA CONSTRUÇÃO DO TEMPLO NA VILA
RIALMA: “AUTORIZO A PORTADORA DESTE LIVRO DE OURO, SENHORA
JOVENTINA MELO DE OLIVEIRA, LEVANTAR FUNDOS PARA CONSTRUÇÃO DO
TEMPLO NA VILA RIALMA. CERES 02/12/50 ASS. WALDEMAR ROSE”.
O EVANGELISTA SR. WALDEMAR ROSE, FOI QUEM INICIOU OS
TRABALHOS NO PRIMEIRO SALÃO PRÓPRIO DA CONGREGAÇÃO DE
RIALMA – GO, SITO À RUA 5 EM RIALMA.
PASSARAM PELA CONGREGAÇÃO OS EVANGELISTAS, ALEXANDRE
ROSE, JOSÉ SILVÉRIO, AMBOS A CARGO DO PRIMEIRO MISSIONÁRIO REV.
RICARDO TAYLOR; O EVANGELISTA NAGIB AMIM, QUANDO FOI
CONSTRUÍDO O NOVO TEMPLO DA IGREJA. OS EVANGELISTAS, SINVAL,
JOSÉ CABRAL, OTÁVIO CAIXETA, ESTES SOB A COORDENAÇÃO DO REV.
ROBERTO COMENNICH. OS EVANGELISTAS, JOSÉ FRANCISCO, VICENTE
ALMEIDA, LINDOMAR, ESTES A CARGO DO REV. RICARDO TAYLOR. O
EVANGELISTA CLARINDO FERNANDES CAIXETA, ESTE EMPOSSADO A
CONVITE DOS PASTORES WALTER GRACIANO MARTINS E OTÁVIO ALVES
CAIXETA, NA SUA GESTÃO VÁRIAS OBRAS FORAM REALIZADAS,
HAVENDO UM CRESCIMENTO SIGNIFICATIVO NO NÚMERO DE
MEMBROS, CRIOU-SE A ESCOLA PRESBITERIANA DE ASSISTÊNCIA
SOCIAL.
EM 28/03/82, A CONGREGAÇÃO DE RIALMA PASSA A SER
CONGREGAÇÃO PRESBITERIAL. NO PERÍODO DE 01/02/84 A 31/02/85
ASSUME A CONGREGAÇÃO O EVANGELISTA MÁRIO STALL; EM 01/01/86 A
31/12/86 O REV. WALTER GRACIANO MARTINS, O PRIMEIRO PASTOR
ORDENADO DA IGREJA, NA SUA GESTÃO FOI VENDIDO O LOTE ONDE
ESTAVA O TEMPLO VELHO, VENDA ESTA PARA A REFORMA DO TEMPLO
NOVO. NO PERÍODO DE 01/02/87 A 31/12/87, ASSUME OS TRABALHOS O
EVANGELISTA DILSON DOMINGOS DA SILVA. NO PERÍODO DE 01/01/88 A
31/12/88, ASSUME OS TRABALHOS O REV. GIDELSON JOSÉ FIRMO. NO
PERÍODO DE 01/01/89 A 31/12/90 ASSUME O EVANGELISTA EUDÓXIO
JOAQUIM DOS SANTOS. NO PERÍODO DE 01/02/91 A 31/12/91, ASSUME O
REV. GIDELSON JOSÉ FIRMO, A CONGREGAÇÃO FOI ORGANIZADA EM
IGREJA NO DIA 22/12/91. NO PERÍODO DE 01/01/92 A 31/12/93, FOI PASTOR
O REV. JOSÉ JÚNIOR BESSA MACEDO. NO PERÍODO DE 01/02/94 A 31/12/95
ASSUME OS TRABALHOS O EVANGELISTA RAUL MOREIRA FILHO E PARA
OS ATOS PASTORAIS O REV. EDSON SOUZA GONÇALVES. NO DIA 01/01/96
ASSUME O REV. HEBERT DOS SANTOS GONÇALVES PASTOR ATUAL DA
IGREJA. SECRETÁRIO DO CONSELHO:
SETSUO BEPPU
66
Casamento de Francisco e Alessandra (12-12-98)
“Por isso, deixa o homem pai e
mãe e se une à sua mulher,
tornando-se os dois uma só
carne.” Gn:2:24
 Instituído por Deus para conforto e felicidade do gênero humano.
“Deu nome o homem a todos os
animais domésticos, às aves dos
céus e a todos os animais
selváticos; para o homem,
 todavia, não se achava uma
auxiliadora que lhe fosse
idônea.” - (GN 2:20). “Goza a
vida com a mulher que amas,
todos os dias de tua vida fugaz,
os quais Deus te deu debaixo do
sol; porque esta é a tua porção
nesta vida pelo trabalho com
que te afadigaste debaixo do
sol.” - (EC 9:9). “O que acha
uma esposa acha o bem e
alcançou a benevolência do
SENHOR.” - (PV 18:22).
“Digno de honra entre todos
seja o matrimônio, bem como o
leito sem mácula; porque Deus
julgará os impuros e adúlteros.”
- (HB 13:4)
 Uma só carne.
“...se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne.” Gn:2:24
Não são duas partes que vão
lutar o resto da vida para se
entenderem, a Bíblia ensina que
é uma só carne. Um único
interesse, onde um volta-se para
o outro. “O marido conceda à
esposa o que lhe é devido, e
também, semelhantemente, a
esposa, ao seu marido. A mulher
não tem poder sobre o seu
próprio corpo, e sim o marido; e
também, semelhantemente, o
marido não tem poder sobre o
seu próprio corpo, e sim a
mulher.” - (1CO 7:3-4) “Amar é
 mais do que ser feliz: é perder o da Igreja Presbiteriana
de Americana – SP
direito à sua própria felicidade
em favor do outro”. Sua Imagine só se Deus tornasse verdadeira a
felicidade não pode ser egoísta, enfermidade de que você diz padecer como
justificativa para não ir à Igreja...
você deve casar não pensando Imagine só se Deus lhe retomasse os dons, com
que enriqueceu sua personalidade, porque você diz
no que seu cônjuge vai fazer não tê-los para não usá-los...
para faze-lo (la) feliz, mais sim Imagine só se Deus se esquecesse mesmo de você
como você anda dizendo para explicar seu
casar para fazer o outro feliz. esquecimento de Deus...
Imagine só se Deus empobrecesse você a tal
 Permanecer no primeiro amor.
O primeiro amor é o amor verdadeiro, o amor interessado, forte do ponto, que já não fosse mentira o que você diz que
começo do casamento. Muitos dizem que este amor acaba com o tempo mas “o não contribui porque não tem...
tempo constrói o amor não o apaga”. Em muitos casamentos o amor vai Imagine só se Deus resolvesse levar os filhos que
desaparecendo o casal continua vivendo junto simulando um casamento que já não
mais existe. Isso acontece por que deixaram o tempo apagar o primeiro amor. você diz serem impedimentos para freqüentar os
O primeiro amor pode também ser atacado pelo zelo descontrolado. Isso cultos...
acontece quando um casal começa a cobrar e brigar por tudo tentando que o outro
seja perfeito e faça as coisas como ele pensa. Querer as coisas certas do seu jeito,
Imagine só se Deus desse às suas palavras e
começam então as cobranças com grosseria e ironia. Assim o primeiro amor se orações o mesmo valor que você dá à Bíblia...
desgasta pois passam a cuidar dos problemas e esquecem da pessoa. Cuidam das E imagine só o que seria a Igreja se você a ela se
plantas, da Escola dos filhos, dos animais domésticos, da reforma da casa, e o
amor fica esquecido. O Zelo sem amor é loucura. dedicasse com todos os seus valores e nela
Conclusão: revelasse seu amor a Deus...
“Se o SENHOR não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se
o SENHOR não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela.” - (SL 127:1)
“Plantados na Casa do SENHOR, florescerão nos átrios do nosso Deus.” -
(SL 92:13) HSG
67 68

Imagine Entre no Feixe

Transcrito do Boletim “Se algum homem se levantar para te perseguir e buscar a tua
só vida, então, a tua vida será atada no feixe dos que vivem com o
SENHOR, teu Deus; porém a vida de teus inimigos, este a
arrojará como se a atirasse da cavidade de uma funda.” -
(1SM 25:29)
Foi Abigail, a mulher de Nabal, quem inventou esta
bonita expressão: “o feixe dos que vivem com o Senhor”
(1Sm 25:29). É uma braçada de pessoas especiais que se
comprometeram com Deus e vivem em órbita dele.
Não são muitos, se comparados com os que estão fora
do feixe. Mas são homens e mulheres que sabem o que
querem, que sabem o que estão fazendo e que experimentam
uma dose muito alta de segurança emocional. São pessoas
que saíram da multidão e engrossaram a minoria que busca
o Senhor. “Não seguirás a multidão para fazeres mal; nem
deporás, numa demanda, inclinando-te para a maioria, para
torcer o direito.” – (ÊX 23:2). São egressos do caminho
espaçoso, que se tornaram noviços do caminho apertado
(Mt.7:13-14). São os retornados que voltaram à casa paterna,
depois de muito vazio, depois de muita confusão mental,
depois de muitos atos tresloucados, depois de muitas
experiências frustrantes, depois daquela sede estranha e
insuportável de algo além dos sentidos e além da matéria.
Encontrar-se no feixe dos que vivem com o Senhor é
um privilégio. É um avanço enorme, com repercussões agora
e depois, aqui e na eternidade.
Nada impede que você entre no feixe. Faça isso sem
mais delonga. Não furte de você mesmo a sensação de bem-
estar que o feixe dos que vivem com o Senhor vai lhe dar.
Entre no feixe!
Revista Ultimato – Novembro/Dezembro/98
69
Um programa para Hoje
Hoje,
Glorificarei a Cristo com todo o meu coração falando e
pensando nele o dia todo.
Hoje,
Não entristecerei o Espírito Santo, sabendo que ele vê todos os
meus pensamentos e atos.
Hoje,
Orarei pelos meus irmãos na fé, a começar por aqueles que não
inspiram grande simpatia ou não têm sido meus amigos.
Hoje,
Lerei a palavra de Deus com mais atenção e amor do que tenho
feito até aqui.
Hoje,
Estarei presente em minha Igreja, ocupando o meu lugar onde
tiver sido convocado.
Hoje,
Procurarei evangelizar uma pessoa e levá-la a Cristo.
Hoje,
Não permitirei nenhum comentário desfavorável sobre quem
quer que seja e não criticarei a vida de ninguém.
Hoje,
Procurarei bendizer os que me maldizem, fazendo o bem aos
que me odeiam, orando pelos que me maltratam e me perseguem; para
que seja realmente filho de meu pai que está nos céus, pois se amar aos
que me amam, que galardão terei?
Hoje,
Procurarei viver com alegria, lembrando-me das bênçãos que
tenho recebido do Senhor. “Teu sou e tudo quanto tenho”.
Hoje,
Finalmente farei deste programa o meu programa, assinalando,
à noite, os tópicos que “HOJE, VIVI PARA CRISTO! ALELUIA!”
SAF EM REVISTA – Mês 1-2-3/99
70
Apresentação
Com muita alegria estou realizando um antigo desejo de
juntar em um único livro todas os resumos de mensagens ministradas
por mim, principalmente as mensagens do domingo à noite, na Igreja
Presbiteriana de Rialma. Estas mensagens são de janeiro de 1996 até
Novembro de 1997, e já foram impressas no boletim da Igreja,
quando semanalmente a mensagem pregada em um domingo faz parte
do boletim da próxima semana com o objetivo de fazer com que a
Igreja possa guardar melhor a mensagem que muitas vezes é
esquecida por nós.
Estas mensagens são resumos, por isso não tem a pretensão
de serem completas e muito menos terem uma homilética perfeita.
Mas são mensagem profundas, que devem ser lidas e meditadas e até
mesmo interpretadas, são fruto de muitos anos de estudo, e fazem
parte de minha formação e vida cristã.
Também estão presentes mensagens de revistas livros de
autores variados (cerca de 50 % do total). Algumas adaptações,
resumos e copias.
Que você possa receber as bênçãos de Deus a partir desta
leitura. Desculpe os erros desta edição mas saiba que tudo foi escrito
com muito amor, lagrimas e sorrisos.

Rev. Hebert dos Santos Gonçalves

Rialma Dezembro de 1997
(Segunda Edição Ampliada Abril de 1998)

Acomodação Imediatista Lc.11:24-26

Encontramos na história uma ênfase diferente em determinado período,
como modismos passam com o tempo. Podemos destacar algumas destas ênfases:
intelectual, emocional, social. Hoje o que podemos ver é uma mistura de tudo isso,
mas a ênfase atual é o imediatismo funcional, as pessoas estão a procura de
resultados imediatos, não se importando em buscar a verdade, e sim a busca do
que funciona.
1- Devemos sempre lembrar que há outros poderes, além do de Cristo, que
podem oferecer resultados.
 Esta verdade tem sido esquecida ou ignorada apesar do fato de que o
mundo está literalmente fervilhando com seitas que demonstram esta verdade. É
possível que homens e mulheres hoje em dia encontrem alívio de seus males, suas
tribulações à parte do evangelho.
Quantas pessoas há no mundo, hoje, cuja grande razão para se
recusarem a crer no evangelho e se tornarem cristãs, é que elas estão muito bem
sem ele, e que encontram a solução dos seus problemas através de outros métodos.
2- Se nossa vida se tornou melhor devido a qualquer outro poder que não
o de Cristo, nossa condição é pior do que era antes.
v.26 diz que o Espírito imundo depois de ter vagueado buscando outro
lugar onde habitar, finalmente retornou, e, encontrando o lugar pronto e
esperando por ele, saiu e buscou outros sete espíritos piores do que ele, e
habitaram ali. O último estado deste homem é pior do que o primeiro.
É muito importante a exata natureza do poder que opera mudanças, o que
aparentemente nos torna melhores pode na verdade estar tornando nossa condição
muito pior, sujeito a recaídas. Como uma pessoa doente que toma remédio errado
e pode até aliviar momentaneamente a sua dor, mas depois a doença se agrava.
3- Mesmo não tendo uma recaída a sua situação é pior, pois estamos
presos a uma mentira, a uma ilusão.
Resultados e efeitos não são suficientes, nem todo alivio é verdadeiro,
nem todos resultados são o que parecem ser, as imitações se parecem
extraordinariamente com o que é autêntico.
O que realmente importa não é o que aconteceu comigo e sim como
aconteceu, quem me libertou, sou assim devida a minha força de vontade e por
qualquer outro motivo, ou sou assim porque Cristo e sua graça maravilhosa me
libertaram. É melhor não crer em nada do que crer numa mentira, existe mais
esperança para aquele que está se arrastando pelas sarjetas do pecado, do que
para o homem que crê estar bem sem o estar. O primeiro precisa apenas ser
levantado o segundo ser derrubado para depois ser levantado. ( Fariseu -
Publicano)
Pense bem, sua vida não pode ser uma busca de resultados e sim uma
busca da verdade, pense na infinita superioridade do que é verdadeiro. O
contraste entre Cristo e sua libertação, e míseros resultados mentirosos e
ilusórios.
07
Desejo Carregar a Cruz
“E obrigaram certo Simão, cireneu, pai de Alexandre e de Rufo, que
por ali passava, vindo do campo, a carregar-lhe a cruz. Mc.15:21
Deus está procurando homens e mulheres cujos corações
estejam comprometidos com Ele, que desejam ardentemente conhecer
a Cristo, na intimidade, e segui-lo com diligencia. (Fl.3:7-10, 12-16)
“Pois os olhos do Senhor passam por toda a terra, para cima e para
baixo, procurando pessoas que tenham coração perfeito para com Ele,
de maneira que ele possa mostrar o grande poder que tem em ajudar
essas pessoas.” 2 Cr. 16:9
Cirene na África do Norte, possuía numerosa população judaica.
Provavelmente, Simão era Judeu daquele lugar, que viera à festa. Foi pego
de surpresa e obrigado a carregar a cruz pois Jesus que não tinha forças.
1- Obrigaram Simão levar a Cruz.
Não faria espontaneamente, não poderia ver importância neste ato,
carregar a cruz de um criminoso qualquer que ele não conhecia.
Será que nós temos percebido a necessidade de carregar a cruz de
Cristo? Estamos fazendo isso espontaneamente ?
2- Simão passava por ali.
Ele veio para uma festa importante, mas algo muito mais importante
estava acontecendo na sua frente. Sua desatenção não o deixa perceber isso.
Quando estamos atentos à nossa própria vontade não enxergamos a
verdadeira necessidade que é levar a cruz de Cristo, somente vemos nossas
festas particulares.
3- Simão foi encontrado para carregar a Cruz.
Entre tantos na multidão foi escolhido para carregar a cruz por
aquele longo percurso. Que imenso privilégio foi o seu de levar a cruz de
Jesus !
Nós também fomos escolhidos em meio a uma multidão, até hoje
Jesus nos oferece sua cruz para levarmos. (Mt.10:38; 16:24). Mas muitos se
recusam a pagar qualquer preço substancial para levar e carregar a cruz de
Cristo hoje em dia.
O que é a cruz ?
 É a vereda da renúncia.
 O caminho da santificação, sem o que ninguém jamais verá a
Deus. Hb.12:14; II Tes.2:13).
 É o serviço que prestamos aos outros.
 É uma inquirição espiritual séria.
08
Discurso de Pedro Atos 2:14-47 (26-28; 37-
41)
Conversão a Jesus:
Mais que uma opção de vida - A opção da Vida - A verdade viva
“Todo homem, toda mulher, ser humano. Tá com fome de ...
Tá com sede de ... Lá no fundo quer, Jesus”.
 Encontramos na bíblia um momento muito forte de testemunho e
conversão, logo após Jesus subir aos céus encontramos seus discípulos
pregando o evangelho com constância e determinação (At.5:42) “E todos os
dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar, e de pregar a
Jesus, o Cristo”.
Uma destas mensagens ficaram marcadas pois foi recebida por
milhares de pessoas num só dia, esta mensagem foi o discurso de Pedro.
Sempre ficamos curiosos: O que será que Pedro falou ? O que
aconteceu naquele dia ? O mais importante não foi a palavra de Pedro,
mais o Espírito Santo que tocou naqueles corações através desta palavra.
Sua mensagem surge como uma explicação aos que zombavam
dizendo que os apóstolos estavam bêbados. A argumentação de Pedro foi
consistente, disse: 1. Ainda é a terceira hora do dia (nove horas da manhã),
muito cedo para tal embriagues. 2. O que se passa é o cumprimento da
Profecia de Joel (Jl.2:28-32) que fala sobre o derramamento do Espírito
Santo nos últimos dias.
A partir destas palavras começa a evangelizar, dizendo:
1. Jesus veio ao mundo, fez milagres e maravilhas, coisas extraordinárias.
(v.22)
2. Foi morto por homens maus que o crucificaram. (v.23)
3. Mas Deus ressuscitou Jesus, livrando-o do poder da morte, pois não era
possível que ele fosse dominado por ela. (v.24)
4. E exaltado, ao lado direito de Deus envia o Espírito Santo que foi
derramado sobre nós. (v.33)
Perguntaram: O que devemos Fazer (v. 37 b)
Pedro respondeu: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em
nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o
dom do Espírito Santo. Salvai-vos desta geração perversa. (v.40 b)
Cada pessoa tem um vazio dentro de si que é do tamanho de Jesus.
Para atravessarmos o rio que nos separa de Deus e
preenchermos este vazio, precisamos passar pela ponte que se chama
Jesus, e não dar carona para escorpião. Que Deus te abençoe.
O Senhor está a minha direita para que eu não seja abalado v.26
1- Fonte de Esperança. V.26
2- Liberdade da corrupção. V.27
3- Partilhar da presença de Deus. v.28
09
Culto do bebê
o pequeno ser
Uma criança sempre desperta fascínio, sua beleza natural é
contagiante. Temos muito a aprender com as crianças. Para os seus
Pais elas devem ser um tesouro que precisa de cuidados especiais, um
pequeno ser que será um grande homem.
1- Deve ser criado na Igreja. Jl.2:16; Mt.21:15-16; Sl.8:2
As crianças devem estar na casa de Deus desde cedo, como
ensina Jl.2:16 “congregai os meninos, e as crianças de peito...”. Nas
crianças é que está o perfeito louvor, nenhuma família deve se afastar
da igreja porque seus filhos dão trabalho.
A verdade é que não podemos nos afastar da casa de Deus por
motivo algum, pois assim fazendo estamos nos afastando de Deus.
2- Educado na Palavra de Deus. Pv.20:11; Pv.23:13; Pv.29:15
Toda criança precisa do constante acompanhamento dos pais,
ela está numa fase que precisa ser ensinada em todas as áreas de sua
vida. Os pais devem corrigir seus filhos quando perceberem algo
errado.
Cada um de nós também devemos estar sempre conscientes
que mesmo adultos ainda temos diariamente o que aprender, e a cada
momento devemos estar sendo humildes para aceitar a correção que
vem de Deus e das pessoas que nos cercam.
3- Cultivadas suas características. Mt.18:2; Sl.131:2
As crianças tem características próprias que com o tempo vão
deixando de existir, como: pureza, simplicidade, confiança. No
acompanhamento dos filhos, os pais devem estar procurando
conservar estas características, ensinando principalmente a
necessidade de boas companhias.
Os adultos devem estar resgatando em suas vidas o exemplo
que as crianças dão. Jesus ensina, devemos estar indo até Ele como
os pequeninos senão jamais entraremos no reino dos céus.
Jo.16:21 “A mulher, quando está para dar à luz, sente tristeza porque é
chegada a sua hora; mas, depois de ter dado à luz a criança, já não se
lembra da aflição, pelo gozo de haver um homem nascido ao mundo. ”
Confiança E Vida
10
(Sl. 91 & Is. 26:3-4)
O mar da vida diariamente tenta nos engolir e muitos de nós
estamos afogando pois não estamos buscando a proteção constante de Deus,
não estamos nos dirigindo para o esconderijo do altíssimo. O motivo disto é
só um: Falta de confiança em Deus. Você confia em Deus ? Como
podemos ter certeza que confiamos em Deus ? O Que fazer para confiar
em Deus ?
Busque conhecer a Deus
Você só pode confiar em Deus se o conhece de perto, não podemos
confiar em alguém que não conhecemos, devemos buscar dia a dia conhecer
o Senhor. (Jo.2:24; Sl.9:10).
Declare sua confiança a Deus.
O Salmo 91:1-2 ensina que os que confiam no Senhor devem
declarar isso a Ele. Diga ao Senhor em voz alta “ Meu refúgio e meu
baluarte, Deus meu, em quem confio.” Hb.13: 6; Sl.71: 28; Sl.62:8
Tome posse de sua proteção.
A sombra do onipotente nos aguarda, o esconderijo do altíssimo está
a nossa disposição, devemos sair do sol, devemos fugir das perseguições e
caminhar até a proteção de Deus. Não fique parado, corra até Deus com
ousadia, fé e confiança. Ef.3:12
Entrega em serviço, submissão e amor.
A confiança vem com trabalho, trabalhe para Deus e isto fortalecerá
sua confiança nele. I Tm.3:13; Salmo 4:5; Sl.37: 3. Espere grandes coisas
de Deus, faça grandes coisas para Deus.
Não confie mais no próximo e em si mesmo do que em deus Somos fracos a
ponto de confiar mais em nós, ou no próximo, e até mesmo em coisas
materiais do que em Deus. Deus deve ocupar o primeiro lugar de nossa
confiança. Lc.18:9; Sl.20: 7; Sl.49: 6; Jr.17: 5; Sl.118: 8.
Tenha confiança permanente.
Devemos ter uma confiança que vai alem de um primeiro instante,
devemos confiar toda nossa vida. Hb.3:14; Hb.10:35-38
Deus é Digno de confiança.
Deus tem dado provas todo instante que é digno de confiança, não
precisamos nos preocupar pois Ele é fiel, ele é rocha e libertador. Dt.1:32; I
Sm.22: 3; Sl.18:30
Confie na Dificuldade na Dúvida e na incerteza.
Confiar não só quanto tudo está bem, a confiança não pode ter como base
uma resposta garantida aos problemas, demonstramos que confiamos
realmente quando exercitamos nossa fé esperando e confiando nas maiores
dificuldades. I Jo. 2:28; Sl.27:3; Rm.8: 24;25.
11
Pedro, como um de nós !!!
1. Um líder firme e decidido.
Pedro estava sempre na frente, perguntando, dando sua opinião,
arriscando sem medo de errar. Perdemos grandes oportunidades por não tomarmos
decisões certas, e não sermos mais firmes. Se ficarmos medindo problemas não
conseguiremos vencê-los, se esperarmos outros fazerem o que nós podemos fazer,
talvez vamos esperar para sempre.
Pedro é o primeiro apóstolo a ser escolhido (Mt.4:18); foi o primeiro a
responder a pergunta de Jesus aos Doze sobre o que eles achavam sobre Sua pessoa
(Mt.16:16); pediu a João que pergunta-se a Jesus sobre quem era o traidor
(Jo.13:24); anda sobre as águas (Mt.14:28).
2. Reconhece o senhorio de Jesus.
Muitos deixaram de seguir a Jesus, por isso Jesus pergunta aos Doze se
também queriam abandoná-lo, Pedro responde: “Para quem iremos nós ? Tu tens
as palavras da vida eterna” (Jo. 6:68). Diz também a Jesus “tu és o Cristo, o filho
do Deus vivo”, afirmando assim seu reconhecimento do poder de Jesus. E na sua
confissão diz: “Senhor, tu sabes todas as coisas; tu sabes que eu te amo”,
demonstrando seu reconhecimento da onisciência de Jesus.
Nós precisamos diariamente reconhecer a importância e o poder de Jesus,
e declarar isso a ele em uma confissão de amor e gratidão.
3. Precipitado.
Por ser sempre o primeiro a falar e agir muitas vezes não pensava antes de
falar, e no que estava falando ou fazendo. Quando Jesus disse que seria
abandonado por todos, Pedro diz “ainda que me seja necessário morrer contigo, de
modo algum te negarei”, e como sabemos Pedro nega Jesus (Mt.23:33-34).
Precipitado também foi quando cortou a orelha de um dos guardas que levaram
Jesus, nesta ocasião Jesus disse: “Mete a tua espada na bainha; não hei de beber o
cálice que o Pai me deu ?” (Jo.18:10-11). Disse também a Jesus que Ele não
lavaria seus pés. (Jo.13:8).
Devemos ter firmeza na vida mas não podemos exceder a ponto de achar
que sabemos tudo, devemos refletir e ter calma para resolver os problemas sejam
eles fáceis ou difíceis.
4. Demonstra fraquezas humanas.
Pedro foi vencido pelo sono “nem uma ora pudestes vigiar comigo ?”
(Mt.26:40). Com medo, nega Jesus dizendo que não o conhecia (Mt.26:58-75),
com medo do vento começa a afundar no mar (Mt.14:30). Foi chamado de Satanás
por Jesus pois contradisse o que o Senhor estava falando, Jesus diz que Pedro
estava pensando nas coisas de homem e não nas coisas de Deus. (Mt.16:22-23).
Somos pessoas como Pedro que cometemos erros, temos medo, sono,
muitas vezes negamos Jesus, mas não podemos permanecer acomodados em
nossos erros e fraquezas, Pedro, confessou a Deus seus pecados, arrependeu-se e
deixa de exemplo sua confissão. “Senhor, tu sabes todas as coisas; tu sabes que eu
te amo”.
12
Jesus Levou nossas dores
Somos cobrados a todo instante: contas para pagar, nossa postura, nossa
cara feia, a qualidade de nosso trabalho, o trabalho que deixamos de fazer, termos
sinceridade. Também na igreja somos cobrados a todo instante: “você não deu o
Dízimo, não participou das programações...” Também cobramos muito: a cara feia
do outro, o que ele nos deve. Na Igreja cobramos o que os outros deveriam estar
fazendo. Desta forma, a beleza do evangelho fica camuflada pelas preocupações,
dores e ansiedades. É como fazer uma viagem em um ônibus quebrado, não
desfrutamos a viagem pelas preocupações.
O lar que seria o lugar de descanso e prazer vira local de brigas e tristeza.
A Igreja, local de paz e serviço, se torna local de cobrança e angústia. É necessário
chamar a atenção, cobrar, mas o pastor, os presbíteros e os membros não podem
estar aqui só fazendo isso, pois só vão desgastar a todos e criar uma imagem
negativa de todos.
Devemos chegar mais perto de Jesus e perceber como ele levou nossas
dores. Perceber como ele está presente nos nossos corações. Devemos seguir o
exemplo de Maria que escutava Jesus, enquanto Marta trabalhava sem parar
Lc.10:38-42 .
Is.53:4-6 “4 Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades,
e carregou com as nossas dores; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e
oprimido. 5 Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e esmagado por
causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e
pelas suas pisaduras fomos sarados.
1- Pagou as nossas dívidas.
Vivemos muitas vezes como alguém que precisa concertar o mundo.
Esquecemos que em Cristo estamos salvos, antes mesmo de existirmos ele já havia
morrido para que pudéssemos ter vida. Nossas dívidas estão pagas, Deus quer
somente o nosso sincero arrependimento.
2- Nos deu nova vida.
Sem Cristo estaríamos sem direção, na prostituição, na bebida, o pior de
tudo na independência.
Cristo nos da condição para fazermos o impossível; com Cristo podemos
amar, dominar nossa raiva, suportar os problemas, esperar nas dificuldades.
Ele nos traz a paz: poder estar ao lado de Deus, abraçá-lo, sentir sua
presença e louvar o seu nome.
3- Nos cerca de bênçãos
Vida preservada em um mundo que somos como a neblina. Temos o
sustento material; o que temos é muito mais do que pensamos.
Bênçãos como família, filhos, irmãos, saúde, visão, audição, respiração.
Condição de contribuir para a obra de Deus como o nosso dízimo, visitando
enfermos, escrevendo cartas, entregando folhetos, orando.
Receba o que o Senhor tem para lhe oferecer, viva na companhia de Jesus.
Servir é melhor
13
Mc.9:33-37
Jesus que estava sempre atento às conversas dos discípulos, faz uma
pergunta: “o que era que discutíeis no caminho ?”. O silêncio foi a resposta, e por
traz deste silêncio estava escondido “veneno puro, vaidade, espírito de competição,
ódio e violência”.
Seja o último Jr.8:23-24 “Assim diz o Senhor : Que o sábio não se glorie da
sabedoria! Que o valente não se glorie da valentia! Que o rico não se glorie da
riqueza! Mas quem quiser gloriar-se, glorie-se disto: De compreender e conhecer
que sou o Senhor que pratico o amor, o direito e a justiça na terra. Porque é disto
que eu gosto - Palavra do Senhor!”
Muitas vezes alimenta-se o desejo mortal e feroz de anular o outro e
negar-lhe o espaço vital que cada um precisa para realizar-se. Passa-se a fazer
comentários que são falatórios de comparação, que tem embutido o desejo de
provar que sou melhor.
Evite falatórios, que só servem para criar contendas, e preocupe em
ocupar o último lugar, reconheça seus erros, dê aos outros o seu lugar de
destaque.
Não é sábio medir forças, somos diferentes, seres singulares, parte de um
corpo, com funções próprias, nem mais nem menos importantes. O que vale mais:
o pé ou a mão?, o homem ou a mulher?, o médico ou o cantor? Este
questionamento deve ser afastado de nossa mente, não é sábio pensar assim.
Seja o servo de todos
Maior é o que serve, devemos servir a Deus. Quem é você no corpo de
Cristo? Devemos andar como Ele andou, fazer a vontade de Deus, servir na casa
de Deus, servir em casa a Deus. Assumir responsabilidade com a sua obra, visitas a
enfermos, participação nos trabalhos da igreja e etc.
Seja como uma criança
Em confiança, como uma criança que se aquieta nos braços de sua mãe.
Em humildade, percebendo outros como amigos não concorrentes ou estranhos.
Em fragilidade, correndo até o pai nos momentos de perigo buscando com
lágrimas a libertação de Deus.
Textos Bíblicos: Lc.22:26 O Maior seja como menor; Lc.4:8 Servirá a Deus;
Mt.6:24 Não podemos servir a dois senhores; Mt.20:20-28 O Pedido da mãe de
Tiago e João; Lc.10:38-42 Marta e Maria.
Jesus deixou uma grande mensagem quando partiu. João 13:12-17
Depois de lavar-lhes os pés, vestiu o manto, pôs-se de novo à mesa e
perguntou-lhes: “Sabeis o que vos fiz? Vós me chamais Mestre e Senhor e dizeis
bem, porque o sou. Se pois eu, Mestre e Senhor, vos lavei os pés, também vós
deveis lavar os pés uns dos outros. Dei-vos o exemplo para que façais o mesmo
que eu vos fiz. Na verdade eu vos digo que o escravo não é maior do que o seu
senhor, nem o mensageiro maior do que aquele que o enviou. Se compreenderdes
isto e o praticardes, sereis felizes.
14
O Verdadeiro Amor ( Apocalipse
2:1-7)
Na vida todos os cristãos tem um momento em que Cristo através
de seu espírito nos convence que o caminho de Deus é o único e
verdadeiro caminho, isso acontece das mais variadas formas e tempos.
Esse momento marca o primeiro amor, um momento em que você esta
fortemente interessado em servir a Deus e envolver-se com sua obra. Este
é o primeiro e verdadeiro amor que:
1- Deve resistir ao Tempo
O primeiro amor pode esfriar, e começamos a ceder aos apelos da
carne, do orgulho pessoal. Como muitos casamentos que o amor vai
desaparecendo, o cristão pode esfriar. O crente que perde o amor mas
continua na igreja, vem a todos os cultos, estão dispostos ao trabalho mas
não motivados pelo verdadeiro amor. Como um casal que perde o amor
mas simula uma evasão da realidade e faz de conta que está tudo bem e
vive um casamento ativo. O tempo não deve tirar o brilho de nosso trabalho
na Igreja, de nosso louvor, de nossa atenção à mensagem, de nossas
orações. Todas as ações cristãs bem como o exercício de todos os dons
espirituais, devem ser inspirados pelo amor. O tempo também não deve
apagar o amor no casamento. O tempo constrói o amor, não o apaga .
2- Deve resistir ao Zelo na adversidade
A igreja de Éfeso foi elogiada pelo seu trabalho árduo, uma igreja
muito atacada por doutrinas estranhas e de tanto lutarem esqueceram do
amor. Éfeso é sem dúvida um exemplo a ser seguido por sua dedicação
pela causa de Cristo. Solidamente firmados na verdade do evangelho,
perseverantes em suportar circunstâncias adversas com fidelidade.
Mas temos que tomar cuidado de na busca do zelo não perdermos
o amor, muitas brigas de casais são por querer as coisas muito “certas” do
nosso jeito, e começa a cobrança quase sempre com grosseria ou ironia. O
amor se desgasta na adversidade em que passamos a cuidar dos
problemas e esquecemos da pessoa, casa para comprar, filhos para criar e
no zelo de deixar tudo em ordem conseguimos esquecer o amor. O zelo
sem amor é loucura. “O trabalho do justo conduz à vida” Pv.10:16.
3- Deve ser reconquistado : v.4 “abandonaste o teu primeiro amor” .
Significa partir, ir-se embora, relaxar, dispensar. Sem amor nada tem
significado, o amor consegue em um momento o que o labor dificilmente
obtém em um século. O trabalho sem amor se torna enfadonho. Por isso
que para muitos o trabalho da Igreja se torna cansativo, vir à igreja é difícil.
Falta compromisso e falta AMOR. Com amor a dona de casa se alegra em
cuidar da casa de seus filhos e marido, com amor você se firma na Igreja,
trabalha e tem resultados. v.5 “Lembra-te de onde caíste arrepende-te”.
Volte sua memória aos dias anteriores, aos nossos planos de realização
espiritual, aos planos conjugais. Arrepende-te, mude de idéia, de conduta
volta a prática das primeiras obras.
15
ESMIRNA AP. 2:8-11 Uma Lição de força de Esmirna
O futuro imediato para os Cristãos de Esmirna era de sofrimento e morte.
Como reagiríamos se amanhã a perseguição batesse à nossa porta ?
Vida sobre pressão “E haverá tempo de angustia, qual nunca houve” Dn. 12:1
1. Consciente de que o sofrimento é certo
v.9 “conheço a tua tribulação a tua pobreza”. A história têm reservado
para nós sofrimento e dor. A vida do homem tem em si uma parte chamada
sofrimento. Esmirna estava sofrimento com os Judeus: Pressões econômicas;
quando aceitavam a Jesus perdiam o que tinham. Pressões difamatórias; acusação,
prisão e morte.
Nossa vida também é rodeada de sofrimento. Doenças, dores, solidão,
medo, culpa do pecado. Temos que estar cientes que isso vai acompanhar nossa
vida. Só não enxergamos isso de duas formas: 1. Não sentimos pois nos desligamos
do sofrimento pelo lazer, bebida, prazer ou trabalho. 2. Ou não sentimos pois não
estamos vivos. Alguém pode dizer que não tem sofrimento? . Saber que o
sofrimento é certo implica em saber que: O Sofrimento não é sinônimo de tristeza,
auto comiseração, desespero e depressão.
“Mas tu és rico”, ricos em bens espirituais, em graça e seus frutos
gloriosos. O Sofrimento não deve ser agente contra nossa alegria e equilíbrio. Ele
acompanha toda vida terrena, mas a tristeza e a depressão não.
2. A limitação do Sofrimento
“Não temas as coisas que tem que sofrer, tereis tribulação de dez dias.” O
Sofrimento não morreu isso é verdade, mas tem o seu ponto fraco, tem limites, tem
saída. O maior incentivo a alegria no sofrimento é saber que vamos nos livrar dele.
Nem se for como o povo de Esmirna, muitos só foram libertos pela morte física.
Rm. 8:18 “Pois tenho para mim que os sofrimentos deste tempo presente não se
podem comparar com a glória que em nós há de ser revelada.” Será que nosso
sofrimento é igual ao de Esmirna, mesmo se for, em Cristo podemos ser ricos e
alegres. Não podemos só enxergar sofrimento, apegar-se a ele só vai prolongar a
sua duração.
3. Deus está por traz de tudo e ele controla todas as coisas.
v. 8 “esteve morto e reviveu” .Jesus morreu e sofreu numa cruz e é nosso
exemplo. Esmirna estava sendo perseguida mas venceu. Entregar nas mãos de
Deus nossa vida, assim passamos a viver. Conseguir respirar e sentir o ar que nos
move. Conseguimos fixar nossos olhos e sentir paz.
Nos sentirmos bem onde estivermos, principalmente na Igreja. Existem
pessoas que na igreja só enxergam os problemas. Luz que não acende, crente
indecente, mocidade dormente, UPH doente, UPA inconseqüente. A igreja deve
ser o ultimo lugar no mundo para nos sentirmos mal. Seja qual for o motivo, o
maior que for, “Alegrei-me quando me disseram, vamos a casa do Senhor”. Muitos
se sentem mais felizes no futebol, assistindo televisão, na rodoviária suja, na praça
do que na casa do Senhor. Pela bondade de Deus haverá o décimo primeiro dia.
16
MUNDANISMO & TOLERÂNCIA
AP.2:12-17 PERGAMO
É fato que as pessoas hoje mais do que nunca estão
quebrando seus compromissos. Isso é influência do mundanismo que
tem tomado conta da sociedade como aconteceu em Pergamo.
 Pergamo era a sede do governo imperial, uma capital onde
havia o mais antigo templo dedicado à pratica da religião
patrocinada pelo estado, a saber, a adoração do Imperador. Em
Pergamo havia uma enorme biblioteca, a própria cidade devia o seu
nome à palavra “pergaminho”. Uma sociedade alternativa que
necessitava da mente, do corpo, do espírito; oferecendo ao homem
um sistema de vida viável, fora do reino de Deus. Satanás trabalha
em Pergamo através das pressões de uma sociedade pagã.
Os Nicolaítas que tinham um ensino do mesmo tipo de
Balaão, que conduzia o povo de Deus ao pecado (Nm.31:16; 25:1-3;
I Co.5e8). Um tipo de tentação típica do mundanismo de todas as
épocas: “que mal há nisso ? todo mundo faz, porque não você ? (I
Pe.4:4)
Desta forma a igreja em Pergamo vivia como muitas igrejas
dos dias atuais, uma igreja tolerante com o pecado, dizendo “a vida é
assim!!” . Temos que estar alertas e ter compromisso pois “a vida
não é assim, ser crente é ter compromisso se você esta brincando com
isso jamais viu a Deus, precisa aprender então que o laço esta posto
agora a espera da sua hora, oh busque o perdão.”
Mundanismo para nós pode soar somente como prostituição,
uso de drogas, violência. Mas mundanismo é o apego ao mundo, a
perda do referencial de equilíbrio entre as atividades da vida e a
vontade de Deus, é o apego as coisas deste mundo colocando-as no
lugar de Deus.
Mundanismo esta hoje na ociosidade, na crescente atividade
secular e diminuição da atividade na Igreja, participando menos e
faltando mais. O mundanismo está nos falatórios inúteis e profanos
(II Tm.2:16; 22-24).
Jesus Convida a igreja ao arrependimento e ao compromisso.
Quem tem ouvido ouça o que o Espírito diz as igrejas.
17
MUNDANISMO DENTRO DA IGREJA AP.2:18-29 TIATIRA
Enquanto os crentes de Pergamo estavam sendo levados a
participarem do mundo, em Tiatira o mundo estava sendo levado para
dentro da igreja, isto através de uma mulher que ensinava o sincretismo
religioso com o paganismo levando a igreja a mudar seus costumes.
Jesus se apresenta à esta Igreja no v.18 como alguém cujos olhos
são como chama de fogo e cujos pés são semelhante ao bronze, demonstra
que não vai tolerar por muito tempo aquela atitude.
Levar o homem ao apego às coisas do mundo, como se nada
estivesse errado é sempre uma estratégia forte de Satanás,mas o pior é
quando ele usa pessoas como esta mulher que tenta mundanizar a igreja.
A grande sutileza é, que este mundanismo é mascarado pela
aparência santa de quem o pratica. O v.19 mostra que estes mundanos
eram pessoas de boas obras, caridade, até mesmo são chamados de homens
de fé, pacientes, e cada dia que passava suas obras eram aperfeiçoadas.
Em nosso tempo temos vários exemplos de pessoas como estas, que
levam outras a se confundirem com suas idéias sobre Deus, pessoas que
buscam seus interesses usando misturas de idéias Bíblicas com Candomblé,
Neurolingüística, Teologia da Prosperidade e etc...
Um mundanismo diferente tem sido pregado, não um mundanismo
de Álcool, drogas e prostituição; o que se vê hoje é ensinar “a ir para o
lado claro da vida” , ser cristão, buscar a Jesus e levar todas suas
características para incrementar a Igreja. Você aceita a Jesus fica
bonzinho, muda de ateu para crente, a partir daí você muda a Igreja
levando seus brincos, suas gírias, suas danças; ou seja, não é a igreja que
muda sua vida, você que muda a igreja, e ainda fica convencido de que “tá
tudo legal”. A igreja passa a ser uma opção de entretenimento não de
serviço.
Para Jezabel o cristão deveria conhecer as coisas profundas de
Satanás, fazer tudo assistir as festas da sociedade comercial, cometer
fornicação, e ainda continuar sendo cristão; ou antes, torne-se assim um
melhor cristão. Mas havia um grupo fiel, que é chamado a aguardar
firmemente sem ser contaminado até a vinda de Jesus. Eles carregavam um
fardo que Jesus promete não ser aumentado, mas nem diminuído.
O grande conselho é: permaneça fiel, tome cuidado para não cair
na tentação de conhecer as profundezas de Satanás. Este conselho é para
os homens de fé de Tiatira irmãos trabalhadores como eu e você. Somos
convidados a mais uma vez buscar a vontade de Deus não encaixar a nossa
vontade no plano de Deus e fazer do cristianismo mundanismo .
18
NOME DE QUE VIVES AP.3:1-6 SARDES
 tens nome de que vives, e estás morto.
 não tenho achado as tuas obras perfeitas diante do meu Deus.
 virei como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei.
 tens em Sardes algumas pessoas que não contaminaram...
confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus
anjos.
Das sete igrejas, Sardes é a única que não se encontra qualidade
positiva, a única coisa boa era a sua reputação que não merecia. Talvez
considerada por todos, bem sucedida; todos, com exceção de Cristo. Seu
povo era arrogante e alto confiante. As formas estavam lá; cerimônias mas
não realidade.
Estavam morrendo e tinham um futuro incerto, um futuro de
punição inesperada (Mt.24:43). “Gozava de paz, mas era paz de cemitério”.
Cristo diz aos mortos desta igreja que deviam despertar-se e
permanecerem acordados. São chamados como Éfeso a recobrar o passado.
Apenas algumas pessoas, “umas poucas pessoas”, eram conhecidas
nominalmente pelo pai celeste.
Teremos surpresa nos céus, pois muitos que hoje clamam a Deus
dizendo: “Senhor, Senhor”; Deus dirá em resposta: “Não vos conheço”.
Mt.7:21-23. “Nem todo o que me diz Senhor, Senhor ! entrara no reino dos
céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai.”
 O que temos de bom ? O que fazemos para o bem ? Quem somos nós ? O
que pensam os outros sobre nós ? O que pensamos nós sobre nós ?
 Talvez temos enganado a todos e até mesmo a nós mesmos sobre quem
somos. Diariamente pessoas comuns passam a ser estrelas, você pode estar
crescendo nesta vida, seu prestigio, sua autoridade; igrejas hoje, muitas
delas como Sardes estão cada vez mais conhecidas. Será que Deus às
conhece ??? Para Deus, você tem crescido, ele te conhece ???
 Em uma cadeia se vê a realidade da vida, quem esta preso está marcado
por ser alguém errado. Algumas pessoas não gostam de ir em hospitais e
cadeias por que fogem da realidade. Mas dentro de seus lares, e igrejas,
muitas vezes escondem a realidade de sua miséria e pecado.
Não podemos nos acomodar com o alto ibope, e nem
desesperar porque o nosso trabalho não está sendo reconhecido.
Devemos ser transparentes e sinceros mesmo que isso nos faça perder
alguns pontos.
19
PORTAS ABERTAS AP.3:7-13
FILADÉLFIA
Alem de Esmirna, Filadélfia é a única igreja
em que não se fala sobre falhas. Jesus adverte
àqueles irmãos que viria uma grande tribulação
sobre eles mas que teriam Sua proteção.
“Porquanto guardaste a palavra da minha
perseverança, também eu te guardarei da hora da
provação que há de vir sobre o mundo inteiro”. É
muito interessante notar que das sete igrejas, as
duas igrejas mais fiéis eram as que mais sofreram.
Tens pouca força, entretanto guardaste a minha
palavra e não negaste o meu nome. Deus encoraja a
igreja que não tinha muita força a perseverar. Por
mais fortes que sejamos sabemos que nossa força não
é capaz de nos proteger, pois somos pequenos diante
da complexidade da vida e sua tribulação. O que nos
ensina este texto, é a necessidade de reconhecermos
nossas limitações e voltarmos toda nossa vida para a
proteção de Deus.
Eis que tenho posto diante de ti uma porta
aberta que ninguém pode fechar. Cristo tem a chave
de uma porta que conduz para dentre de seus muros,
ele nos salva, nos guarda, ele abre portas de
oportunidades. Só ele tem a chave, nada nem ninguém
pode fechar. Is.56:5; 26:2.
Deus representa um escudo de proteção, e
deixa bem claro que precisamos confiar nele, seja
qual for a nossa situação. O mais importante não é
a inexistência da adversidade, mas a nossa
fidelidade na palavra de Deus em qualquer
circunstância.
20
IGREJA MORNA AP.3:14-22 Laodicéia
“Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; oxalá foras frio ou quente!
Assim, porque és morno, e não és quente nem frio, vomitar-te-ei da minha boca.”
(vs.15,16) “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a
porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo.” (v.20)
“Aqui todo mundo é bom”. Assim a Igreja de Laodicéia pensava, mas
Jesus diz que estava a ponto de vomitá-los.
O grande defeito daquela igreja era conter crentes água morna. Pessoas
que não trabalhavam para ajudar sendo úteis na Igreja e sociedade. E não eram
frios a ponto de serem repreendidos e recuperados. São mornos, sempre tem
desculpa, não servem para nada, não assumem suas responsabilidades e nem
deixam de ocupar espaço. Neste grave caso, Jesus chega a dizer que melhor seria
se eles fossem frios.
Tudo o que tinham, Jesus mostra que não tinham. No que se achavam
fortes, Deus mostra suas fraquezas.
Dinheiro => Com muitos Bancos na cidade diziam: Rico sou, e estou
enriquecido (abastado), e de nada tenho falta (e não preciso de cousa alguma).
Jesus diz: não sabes que és um coitado (infeliz), e miserável, e pobre, e cego, e nu.
v.17. Aconselho-te que de mim compres ouro refinado no fogo, para que te
enriqueças. v.18. Muitos se acham ricos pelas suas boas ações, pela estabilidade
familiar, por trabalharem. Mas Rico para Deus é o que compra ouro refinado. Jesus
é este ouro, fonte da verdadeira riqueza, o pão que desceu do céu.
Industrias Têxteis: Mesmo tendo muitas fabricas de roupas de lã. Jesus diz que
deveriam comprar “vestes brancas, para que te vistas, e não seja manifesta a
vergonha da tua nudez.” Vestir de Santidade, pois, nada adianta ter as melhores
roupas mas estar nu.
Colírio : Possuíam o Pó Frigia, medicamento para cura de males oftalmológicos,
mas Jesus diz que precisavam de “colírio, a fim de ungires os teus olhos, para que
vejas”. Não adiantava terem solução para a cegueira física se eram cegos
espirituais. Mt.6:22 “A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus
olhos forem bons, todo teu corpo terá luz...”
O que nós precisamos fazer ?
Para começar é importante que escutemos a voz de Jesus, depois disso é preciso
abrir a porta de nossa vida para Ele em um ato de fé, como Salvador e um ato de
submissão como Senhor. “Se alguém ouvir a minha voz, e me abrir a porta,
entrarei em sua casa”.
Hb.13:5 “De maneira nenhuma te deixarei, nunca mais te
abandonarei”. Jesus está batendo, a sua mão, agora precisa procurar a
maçaneta, é um ato urgente.
“Hoje se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações”
Pv.27:1
21
Solidão “Porque o Senhor consolará a Sião; consolará a todos
os seus lugares assolados, e fará o seu deserto como o Edem e a sua
solidão como o jardim do Senhor; gozo e alegria se acharão nela, ação de
graças, e voz de cântico.” Is.51:3 3
“Achou-o numa terra deserta, e num erma de solidão e horrendos uivos;
cercou-o de proteção; cuidou dele, guardando-o como a menina do seu
olho.” Dt.32:10
1- O Ser solidão: Solidão não é apenas um sentimento, ela está inserida na
essência do nosso ser. “O homem é um ser solidão” .Singular, inédito, erreptivel.
Sempre será insuficiente suprir o afeto, nenhum ser humano poderá jamais suprir
todas as carências emocionais do outro. (Quebra cabeça - solidão a peça que
faltava). Os Corredores de nossas características emocionais são únicos.
2- Solidão no casamento: Fazemos uma confusão entre o ter solidão e o estar
solitário. Ter solidão é abandonar a si mesmo, é auto desprezo, isso independe de
estarmos solitários ou não. Pior que a solidão física é a solidão emocional, o
isolamento da alma abate e atrofia o ser humano. No casamento muitos embora
acompanhados vivem só. A Pessoa entra no casamento achando que o cônjuge
suprira todas as carências emocionais. O erro ocorre quando um casal resolve
casar, raramente pensa nas necessidades um do outro e, ainda muito menos, em
como supri-las. Quando o clima de encantamento se esvai e, ocorre de “alguém
mais” entrar em cena, aparentemente alguém que compreenda sua forma de
pensar e possa suprir as suas carências. A Solidão chega com todas as suas forças,
refeição na mesma mesa, sentados mesmo sofá, dormindo na mesma cama, mas
existe uma imensa distância emocional, uma falta de intimidade, proximidade.
Praticam sexo sem amor, conversam entre si mas não se comunicam, moram
juntos mas na realidade não vivem juntos. Casaram para driblar a solidão e vivem
na companhia dela. Por causa de muitos problemas decidiram “pendurar as
chuteiras” e sem conseguir sequer identificar as causas, utilizam como razão a
famosa incompatibilidade. Dá-se a inversão da compatibilidade em
incompatibilidade, a leveza do relacionamento se torna fardo.
Solidão Produtiva: Se começarmos a compreender a solidão poderemos diminuir
seu poder sobre nós. Solidão é um vazio e oportunidade. Devemos recebê-la sem
anestesia sabendo que os tempos de solidão vem e vão. Em tempos de solidão
devemos ter uma busca ansiosa por Deus. Sl.63:1 Sl.42:1-2. Após é tempo de
avaliar o casamento. Nossa família deve ser o que temos de mais próximo depois
de Deus. Observe sua tendência natural de prestar mais atenção às fraquezas do
que as virtudes no casamento, devemos aproveitar o tempo em que temos uma
família ao redor, para nos achegarmos e desenvolvermos relacionamento profundo
e significativo. Aprenda a utilizar produtivamente os tempos de solidão, podemos
transformá-la em algo positivo.
Solidão, o vírus em expansão
22

Não Magoe Jesus
Pessoas, cidades, países que chegaram a conhecer o evangelho, hoje
estão distantes do Senhor. Paulo nos fala de uma igreja que tendo começado bem,
havia se afastado do Senhor. Isso acontece quando “perdemos Jesus de vista”.
No evangelho de João capítulo 14:8-10, encontramos um homem
chamado Filipe que diz a Jesus: “Mostra-nos o pai”. Disse-lhe Jesus: “há tanto
tempo estou convosco, e não me tens conhecido?”
Este texto nos mostra a necessidade de aprender a olhar o que está
proposto, ensinado, depositado em nós, e aplicar estas bênçãos nos aproximando
de Jesus. Filipe acreditava que Jesus poderia fazer alguma coisa mas não
entendera que já havia feito. Filipe esperava algo novo sobrenatural, desprezava
a presença e o ensino de Cristo até o momento. Magoamos Jesus quando ficamos
como alguém que espera o que já veio, sempre acreditando que vai chegar lá, sem
perceber que já chegou.
Deus está aqui, agora, o seu poder opera em nós hoje, neste momento,
não está só no que vai acontecer daqui a pouco, “a tanto tempo estou convosco e
não me tens conhecido”. “Deus nunca nos guia daqui a pouco mas sempre
agora”. A Fé acredita que Deus pode fazer, que vai fazer , que já fez. Dá-me luz é
o que dizemos, mas Jesus quer saber o que fizemos da luz que já nos foi dada.
1- Hipocrisia Humana ( Judas: exemplo de hipocrisia) Ele nos deu com certeza
luz para sermos verdadeiros, não precisamos ser hipócritas. O caminho de Deus
requer de nós sinceridade. Vivemos em um mundo de falsidades a qual refletimos.
A maior forma de hipocrisia atual é a omissão; quando nos tornamos inertes sem
expressão sem opinião ou ação, desviando das obrigações. Ficamos como um
telespectador ouvindo e vendo tudo, prontos para criticar, falar e não agir. Não
magoe Jesus seja sincero, não perca Jesus de vista. (Mt.17:17)
2- Infidelidade na dificuldade. A infidelidade é o que mais desagrada a Deus, ela
se manifesta na falta de amor e comunhão para com o próximo e para com Deus.
E se desenvolve em milhares de ações requeridas de nós. Muitas requerem a nossa
disposição imediata, como a fidelidade de contribuir. II Co.8:1-15 Paulo nos
mostra o exemplo desta fidelidade em pessoas que “no meio de muita prova de
tribulação e profunda pobreza participaram da assistência aos santos” eles
pediram para contribuir, “com muitos rogos”. Nós devemos como membros da
Igreja assumir a responsabilidade de contribuir mensalmente não importa quanto,
o que importa é a fidelidade. Se a Igreja reagir com fidelidade, Deus vai
abençoar, se continuarmos a negar esta fidelidade vamos perder Jesus de vista,
magoando o Senhor. (II Co.6:14:18, Fp.4:8)
Conclusão: O inimigo tenta fechar os nossos olhos tentando nos convencer que
não somos nada, que nada podemos fazer, mas podemos, se colocarmos em prática
tudo o que o mestre já nos ensinou, desta forma a cada dia teremos algo novo
para aprender.
23
Família, Casamento e Vida Ef.5:22-33
A esposa e o marido não precisam viver analisando quem é
que está errado pois não são dois e sim apenas uma só carne.
A mulher deve ser submissa como a palavra de Deus nos
manda, sabendo que submissão não é uma obediência burra, mas
uma aceitação de todo o carinho e amor do marido dispensado a ela.
O marido sempre deve lembrar que deve amar a sua esposa
como Cristo amou a Igreja dando sua vida por ela. Em todas as suas
decisões deve lembrar que não vive como quando era solteiro, que
agora sua esposa se torna participante da sua vida, das suas
atividades e de tudo que lhe diz respeito. Os maridos tem que
considerar a opinião das esposas, os seus desejos, as suas
necessidades. No amor o homem não tem desejos só para si, sua
esposa está envolvida em todos os seus desejos. A Mulher é a parte
frágil e deve ser tratada com todo o carinho.
Deus precisa urgentemente morar em nosso lar.
Muitos casas estão sem cheiro de Deus, sem cor de Deus, sem
sabor de Deus, sem a presença de Deus; lares frios e sombrios. Deus
fica na Igreja não chega a nossa casa.
Deus precisa comandar o nosso lar.
Mostrar os caminhos, abrir as portas e fechar. Estar em
nossas conversas, em nossos pensamentos e relacionamentos com
nossos familiares.
Deus precisa permanecer em nosso lar .
Não podemos desistir da luta, e permitir que nossas atitudes
façam de nosso lar um lugar em que Deus não pode permanecer.
Dois elementos destruidores do lar que devemos destruir
1- O descarregar da Ira na Família.
Devemos aprender controlar nossas emoções, e não sermos pessoas
mal humoradas e agressivas com nossos familiares.
2- Contar Problemas desqualificando um ao outro.
Nossos problemas de família não podem ser resolvidos, pelos nossos
pais, vizinhos e estranhos. Um casal deve conversar muito e resolver
com a ajuda de Deus suas dificuldades.
“Mas, se alguém não cuida dos seus, e especialmente dos da sua família, tem
negado a fé, e é pior que um incrédulo.” I Timóteo 5:8
24
LONGE DE JESUS, OU COM ELE Mc.5:17-
18
 Jesus chegando a Gerasa encontra um homem que estava
dominado por um espirito mal. Este homem é curado e os outros
moradores pediram para Jesus ir embora, enquanto o homem que foi
curado quer ir com Jesus.
Ou queremos nos livrar de Cristo, ou então queremos estar com
ele, entregando-lhe inteiramente a nossa vida. Qual e a sua atitude para
com Deus?
Sentimos a sua presença mas o que fazemos com Ele?
A - Receio que muitos tenham feito o possível para se livrarem dele.
1- Talvez tenham deliberadamente se retraído, apagando o espirito durante um
culto ou uma reunião.
2- Outro modo de fazer a mesma coisa e ignorar a voz da consciência, e continuar
deliberadamente fazendo as coisas contra as quais a voz de Deus em seu Espírito
os esta advertindo.
3- Outra forma preferida e a de nos ocuparmos de tal maneira com outras coisas
que não temos tempo para meditação ou reflexão.
O que pode ser responsável por tal loucura?
B- Qual o problema dos Gadarenos?
1- Parece que este milagre os alarmou, estavam possuídos por um espirito de
temor. Uma sensação que se tem do infinito e desconhecido.
2- Não há dúvida do que mais os amedrontou foi seu próprio senso de culpa, e a
presença de Jesus sempre produz isso. Perto de Jesus começamos a ver como
somos imperfeitos.
3- Sentimento de que Aquele que fizera tudo aquilo pelo endemoninhado, mudaria
suas vidas completamente. Teriam que renunciar todos os seus pecados, seria o
fim de todos os seus prazeres, perderiam a liberdade. Muitos hoje estão
preparados para aceitarem o evangelho de forma geral, mas que se retraem e
resistem quando percebem que ele significa e envolve certas coisas.
C- O que motivou esse homem que tinha sido curado a desejar seguir o Senhor?
1- Seu senso de gratidão a Cristo, e seu desejo e anseio de expressá-lo. Ele era um
endemoninhado selvagem perigoso; vivendo entre os túmulos; mutilando, e
dilacerando a sua carne; sem descanso e sem paz; rejeitado, temido e odiado por
todos.
2- Aquele homem queira que sua condição abençoada continuasse e fosse
permanente, tudo era tão maravilhoso, tão glorioso, mas Jesus iria partir, iria se
retirar. Muitos de nós sentimos a libertação de Deus, mais ao mesmo tempo, um
medo de que Jesus vá embora e leve a força que sentimos. Medo de ser
escravizados novamente. Isso demostra que aquele homem reconheceu a sua
fraqueza, mas também demonstra que ele não compreendeu que o poder de Cristo
que libertara também podia mante-lo livre. Se os demônios retornassem, ele
estaria seguro pois com Cristo ele estava guardado.
25
Mordomia Cristã Mt.25.14-33; Lc.19:12-27.
Mordomo > O maior da casa (mor + domus). Era o servo a quem o Senhor
entregava tudo o que possuía para ser por ele administrado.Gn.24:2; Gn. 39:4,
41:39-41. Deus é o Senhor de tudo. Sl.24:1 . Dt.10:14. Tudo o que temos e tudo o
que somos pertence a Deus. I Co.6:19; Rm.14:7,8. Nós somos apenas
administradores. A Parábola dos Talentos e parábola das minas nos ensina que
teremos de Prestar contas de nossa vida. Nada trouxemos e nada levaremos
conosco. I Tm.6:7.
A mordomia do Dízimo As igrejas evangélicas, em geral, têm apresentado o
dízimo como o método básico ideal de contribuição, que todos os crentes devem
adotar para guiá-los na mordomia dos seus bens materiais.
O Dízimo no Velho Testamento Antes da Lei: Primeira passagem Gn.14:18-20.
O Dízimo surgiu como um ato expontâneo e voluntário do coração piedoso de
Abraão. Aparece também como voto de Jacó. Gn.28:22; com Moisés se torna legal
Dt.14:22.
O Dízimo no Novo Testamento Mencionado em três ocasiões apenas no NT.
Mt.23.23; Lc.18:12; Hb.7:1-10 Demais referencia do N.T. dizem respeito não ao
dízimo, mas a contribuição de maneira geral.
Jesus fez duas observações relevantes que se aplicam ao Dízimo:
1- Ele ampliou e aprofundou os princípios do Velho Testamento.
Na dispensação da graça, o crente não pode ficar aquém do Judeu na
dispensação da Lei. Mt. 5. 21,22,27,28,33-37,38-41,43,44. Devemos fazer mais do
que os fariseus. O Dízimo deve ser a contribuição mínima, de onde deverão partir
todos os crentes para contribuições mais generosas, à medida que cresçam seus
rendimentos econômicos. Contribuição pode ser provada não pelo que se dá, mas
pelo que é retido pelos ofertantes. Mc.12:43-44.
2- Ele condenou o legalismo
Jesus censurou duramente os fariseus porque davam o Dízimo mas
desprezavam virtudes importantes (Mt.23:23 e Lc.11:42) . Dar o Dízimo sem
compromisso com a justiça, a misericórdia e a fé faz dele prática legalista, sem o
menor valor diante de Deus.
Recomendações de Paulo I Co 16:2; II Co.9:7
As Contribuições devem ser metódicas: “No primeiro dia da semana”;
devem ser pessoais: “cada um de vós” ; devem ser voluntárias: “propôs no seu
coração”; devem ser proporcionais: “conforme tiver prosperado”; devem ser
apresentadas com alegria: “não c/ tristeza”; devem ser discretas: “não...coletas
quando eu chegar.”
A Bênção de Contribuir Muita ênfase tem sido dada às bênçãos materiais
decorrentes da prática do dízimo. Mas as bênçãos mais preciosas advindas do
Dízimo são de natureza espiritual. O verdadeiro mordomo é o que entrega a sua
vida a Deus, mais do que o seu dinheiro Deus quer o seu coração. Pv.23:26 “Filho
meu, dá-me o teu coração; e deleitem-se os teus olhos nos meus caminhos.”
JAF Adaptação HSG
26
 SOMOS UMA IGREJA
“DÍZIMISTA”
Só dez por cento da igreja vem aos cultos.
Só dez por cento da igreja ora.
Só dez por cento da igreja canta.
Só dez por cento da igreja da o Dízimo.
Só dez por cento da igreja lê a Bíblia.
Só dez por cento da igreja visita.
Só dez por cento das mulheres participam da SAF.
Só dez por cento dos Jovens participam da UMP.
Só dez por cento da igreja reconhece seus erros.
Só dez por cento da igreja é a verdadeira Igreja de Cristo.
Infelizmente esta é a realidade de muitas
comunidades hoje, umas pequenas outras grandes,
umas com poucos membros e outras com muitos.
Não sabemos ao certo e nem podemos saber se esta
realidade se faz presente em nossa Igreja local,
porque isso compete a Deus.
Mas Deus quer que cada membro esteja
refletindo nestas frases e observando se não está
fazendo parte desta igreja “Dizimista”.
Deus não quer seu Dízimo, ele quer 100 % de
sua vida entregue em suas mãos. O pedido de Deus
é expresso em Pv.23:26 “Dá-me, filho meu, o teu
coração...”
“Não voz enganeis: de Deus não se zomba; pois
aquilo que o homem semear isso também ceifará.”
Gálatas 6:7
27
“Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à
perdição, e muitos são os que entram por ela; e porque estreita é a porta, e apertado o
caminho que conduz à vida, e poucos são os que a encontram. Mt.7:13-14
PORTA ESTREITA
Acusação comum entre tantas, é que o cristão é estreito.
Muitos crentes não gostam de ser chamados de estreitos. Pois na
verdade o evangelho não é uma lista de proibições. O perigo é que
temendo sermos considerados pessoas estreitas, passemos para outro
estremo e nos tornamos indefinidos e absolutos convictos. O
evangelho não muda para adaptar-se as pessoas, ele muda as pessoas.
Este texto nos mostra que não devemos ter medo de sermos
considerados estreitos. A palavra que deve expressar seu estilo de vida
é “estreito” .
Se queremos ser Cristãos dignos de levar o nome de Cristo
devemos nos esforçar para sermos pessoas estreitas.
Ser estreito é a forma de se aproximar de Deus. É preciso
caráter extraordinário para dizer não a tentação, para se restringir e se
controlar. Não se contente em um nível comum, sirva de forma plena
como especialista.
 Ser estreito
 Ser estreito - Não ignorante. Com integridade não superficialidade.
 Estreito em absoluto não no relativo (coar mosquito).Não em detalhes
mesquinhos.
 Ser estreito pessoal - Não limitador do próximo. Ser estreito com amor.
 Qual o rumo de nossa vida
 Para cima ou para baixo, a vida é uma rede de eventos entrelaçados, cada
decisão nossa é parte de nossa vida. Que rumo estamos seguindo ?
 I Pedro 4:3 BASTA “Porque é bastante que no tempo passado tenhais
cumprido a vontade dos gentios, andando em dissoluções,
concupiscências, borrachices, glutonarias, bebedices e abomináveis
idolatrias.”
 Esvaziar da auto confiança, buscar discernir movimentos de
épocas.
 Sl.131“não ando a procura de grandes coisas”. É o contrário do que se
vê hoje, hoje temos uma grande procura do desejo de ser respeitável de
parecer grande aos olhos dos outros. Ter e fazer sem ser é morrer, é grandeza
sem funcionalidade, beleza sem profundidade, um momento vitoriano numa
era artificial.
28
RECONSAGRAÇÃO |JÓ 1-42|
“...Jó; homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desviava do mal...”
“O grande problema do livro de Jó, o problema do sofrimento,
é o drama de todo o ser humano. Não há vida neste mundo que
decorra sem sofrimento. Dura realidade mas é a realidade da qual se
pode tirar grande lição espiritual.” (J.A.F.)
Jó é um grande exemplo, pois representa um homem honesto,
que sofre pela permissão de Deus, e aprende a partir desta dura
experiência o caminho do conhecimento de Deus.
O sofrimento pode ser um elemento incomodo e indesejado, mas ele
pode nos levar ao caminho da reconsagração através dos seguintes passos:
1- Firmeza na adversidade. (Cap.1) Jó perde seus animais, sua
fazenda, seus filhos, seus servos; mesmo assim consegue dizer
palavras de louvor a Deus “Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei; o
Senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor!.” v.21.
Não devemos ceder na adversidade, não podemos viver para
os problemas como se a vida fosse somente isso, devemos seguir em
direção a Deus apesar do peso dos problemas.
2- Não medir o pecado pelo sofrimento. (Cap.11-14) Bildade acusa
Jó de grande iniquidade como causa de seu sofrimento.
Que o pecado causa sofrimento não há dúvida. O erro é pensar
que podemos medir o pecado pelo sofrimento. O fato de você estar
sofrendo mais do que os outros pode não significar que o seu pecado é
maior do que o dos outros.
3- Ter fé em Deus. (Cap.35:9-16) O texto diz que por causa das
opressões os homens clamam, porém Deus não responde por causa da
arrogância, e dos gritos vazios. Não somos ouvidos pois pedimos sem
fé e de maneira errada, mas Deus nunca nos desampara. “Jó, ainda que
dizes que não o vês, a tua causa está diante dele; por isso espera nele”
v.14 (espera em Deus) .
4- Humilhar-se diante de Deus. (Cap.38-40;42) Deus demonstra o
seu poder e mostra à Jó como o homem é pequeno e ignorante. Jó que
havia falado demais se humilha diante de Deus “sou indigno; que te
responderia eu?” 40:4. E no final do livro confessa a Deus “falei do
que não entendia ; cousas maravilhosas demais para mim...Eu te
conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem...” 42:3b,5 .
29
A Tentação de Jesus/ Fraqueza Humana / Mt. 4:1-11
A tentação foi dirigida aos três aspectos da fraqueza humana: desejo do carne,
desejo dos olhos e orgulho da vida. I Jo.2:15-17
1- Desejo do carne v.3,4 Esta primeira tentação tem como base o egoísmo, pois
Jesus mostraria o seu poder para satisfazer a própria fome. (Jesus responde com Dt.
3:8). O desejo da carne se manifesta de diversas maneiras e abrange uma série de
pecados. O possuir para mostrar poder, não quero porque preciso mas para provar
que posso ter. Isso abrange orgulho, desperdício, egoísmo, vanglória. O mais
comum é nos tornamos pessoas com um único objetivo; alimentar a carne, e
esquecemos de alimentar o espírito. Jesus estava jejuando e não teria sentido
comer. Muitos de nós estamos ocupados alimentando a carne com comida, sono,
prazer, e não temos tempo para Deus. O verdadeiro pão é espiritual, e esse pão
vem de Deus. O homem viverá, participará da vida eterna.
2- Desejo dos olhos v.5-7 Jesus respondeu esta tentação citando Dt.6:16
(Ex.17:1-7) C. “Nota-se que a citação se baseia na história de Israel, quando o
povo murmurava contra Deus por causa das dificuldades no deserto, e queria
alguma prova sobrenatural de que a presença de Deus era um fato. Pediam a prova
dos cuidados da vida de Deus em suas vidas, apesar das provas já recebidas”.
Olho gordo, falta de contentamento, tinham recebido o maná mas não
estavam contentes, queriam provas da presença de Deus. Tudo que temos foi dado
por Deus e devemos saber administrar, e utilizarmos em nossa vida, e para a obra
de Deus.
3- Orgulho da vida v.8-11 C. “Tentação em forma de visão. Satanás é capaz de
produzir um quadro visionário de toda a glória dos reinos do mundo em um
segundo, mas Jesus não se deixou influenciar. Infelizmente visões menores sobre
as vantagens mundanas tem o poder de afetar muitos cristãos.” (Jesus cita Dt.6:13)
Uma busca mais fácil de se conquistar o que queremos: roubar para
comer; pedir melhor que roubar; furar fila, passar na frente de outros ou mais
objetivamente, por cima; fazer a nossa vontade; viver para satisfazer o
imediatismo; fazer pouco e ganhar muito.
Vencendo a Tentação - Devemos estar preparados para enfrentá-la: Jesus tinha
recebido uma unção especial e estava de Jejum em busca de maior força espiritual.
Muitos de nós pensamos em Jejum unicamente para alcançarmos alguma bênção,
ou nos livrar de algum problema sério. Precisamos Jejuar em busca de crescimento
espiritual, em busca de forças para combatermos as tentações deste mundo.
Não devemos escutar a voz do enganador que muitas vezes nos induz a
pensar que ele está certo, citando até mesmo a palavra de Deus para nos convencer
a pecar. Não devemos ceder a persistência do inimigo que sempre tenta das mais
variadas formas. Devemos como Jesus responder às tentações com a palavra de
Deus. “Resisti ao diabo e ele fugirá de vós.” Tg.4:7
30
A DERROTA DO HOMEM
E A VITÓRIA DE DEUS
I Samuel 4: 10,11,18,21 Sl. 87:7 “Todas as minhas fontes são em
ti”.
Sl. 84:1 “A minha alma suspira e desfalece pelos átrios do Senhor”.
1- A derrota da auto confiança e infidelidade.
Após perder 4000 mil homens numa batalha contra os filisteus,
o povo de Israel não percebe o perigo que estava correndo e se
prepara para mais uma derrota, mandam buscar a arca da aliança e
junto dela em gritos de vitória e auto confiança são novamente
derrotados e a arca é tomada, morrem mais 30000 homens. Um povo
infiel que tenta garantir a vitória no grito é mais uma vez derrotado.
Humildade é a verdadeira grandeza pessoal, se queremos
vencer, devemos saber que não poderemos se não for por intermédio
de Deus, na busca do propósito de uma vida santa.
2- A derrota do imprevisto.
Quando o sacerdote Eli fica sabendo que a arca fora roubada,
caiu da cadeira, quebrou o pescoço e morreu.
Em nossa vida temos muitos imprevistos aos quais devemos
responder com sabedoria. No imprevisto devemos nos conter com um
momento de silêncio e espera, uma ação precipitada pode nos ser fatal
como no caso de Eli.
3- A vitória sobrenatural de Deus.
Os Filisteus roubaram a arca e levaram para a casa de Dagon
(ídolo), a partir daí vários problemas surgiram; a estátua de Dagon
que estava perto da arca é encontrada caída para trás, depois para
frente sem cabeça e sem as mãos; aparecem também tumores em todo
o território, até que eles resolvem devolver a arca com ofertas de ouro.
Não há impedimentos para Deus, Atos 5:17-42 é um exemplo
disso, os apóstolos foram presos por pregar o evangelho, mas as
grades foram abertas pelos anjos, Gamaliel fala sabiamente: “se estes
apóstolos falam o que é de homens desaparecerão, mas se vem de
Deus vocês não poderão destruí-lo, pois neste caso estariam lutando
contra Deus” Estar com Deus é a única forma para
alcançarmos a vitória.
31
Páscoa I Co.5:6-8
Escolhem qualquer data e tomam emprestado para fazer dela o que
quiserem. A Páscoa é hoje um feriado prolongado onde ninguém faz nada, alguns
nem comem carne na sexta-feira, Páscoa também é uma data que se fala sobre
amizade e momento para confraternização, se da um ovo de Páscoa e diz que é só
para comer no Domingo, na Páscoa tem coelho, Chocolate e tudo mais. Alguns
ainda lembram da morte e ressurreição de Cristo mais isso é o menos importante,
alguns lembram de pedir perdão a Deus pelo ano de pecados mas são poucos.
De Gênesis a Êxodo: José e sua família 70 pessoas partem da terra de
Gosem para o Egito protegidos por faraó - Êxodo 600 Mil escravos perseguido por
faraó fabricando tijolos.
A Páscoa histórica está relacionada a Décima praga - a morte dos
primogênitos. Israel recebeu a ordem de preparar um cordeiro para cada lar. O
sangue deveria ser aplicado na verga e nas ombreiras das portas. O sinal do sangue
garantia a segurança de cada casa assim indicada.
Páscoa - verbo hebraico (pasah) passar por cima no sentido de
poupar. Festa judaica que comemorava a libertação dos Israelitas do cativeiro
egípcio. A Páscoa era uma prefiguração da morte de Cristo.
Nossa festa de Páscoa hoje é a Santa Ceia, que representa o
sacrifício de Jesus na Cruz para a nossa real libertação. "Se, pois o filho
vos libertar, verdadeiramente sereis livres"
Somos chamados para viver a páscoa, que é a passagem para a
vida de libertação, a verdade de Cristo que nos conduz a Deus.
Jo.8:32-36
 A Páscoa nos liberta das limitações morais: Esta é a principal mensagem de
páscoa, em Cristo fomos libertos da escravidão, não só física, mas acima de
tudo libertos espiritualmente. Rm.13:13-14, Andemos dignamente, como em
pleno dia, não em orgias e bebedices, não em impudicícias (imoralidade ou
indecência) e dissoluções (briga ou ciúmes); mas revestidos do Senhor Jesus
Cristo, e nada disponhais para a carne, no tocante às suas concupiscências (não
satisfazer os seus desejos pecaminosos da natureza humana). Hb.12:1-2. A
Páscoa para nós deve ser o passar da escravidão para uma vida Crista de amor
e trabalho.
 A Páscoa nos liberta da falsidade e hipocrisia: Nossa festa não pode se
limitar a um dia do ano, ou um dia do mês deve se prolongar por toda
nossa vida terrena e toda a eternidade. Os judeus se mostravam cuidadosos
em limpar todo o fermento que houvesse, quando chegava o período de sua
Páscoa. Paulo exorta os Coríntios (I Co.5:6-8) a terem o cuidado de limpar
todo o fermento de suas vidas, buscando a sinceridade e a verdade.
 Lucas 22:7-23 Jesus e os discípulos participam da Páscoa, que é a instituição da
Santa Ceia.
32
BALAÃO Num.22 e 23
O Rei de Moabe, Balaque, estava com muito medo dos
Israelitas, por isso chama Balaão para amaldiçoar o povo de Israel.
Balaão era um adivinho que cobrava para fazer previsões e maldições.
Balaão fica interessado pois ganharia muito dinheiro mas ele
sabia que Deus não permitiria que ele amaldiçoasse seu povo. Deus
disse a Balaão: “Não vá com eles nem amaldiçoe o povo de Israel,
pois é um povo abençoado.”
No versículo 18 ele diz “eu não poderia fazer”, bem que ele
queria, mas não é possível fazer o que não seja da permissão de
Deus. O Cristão não pode ser amaldiçoado desde que esteja com
Deus, e sobre a sua proteção.
Mesmo sabendo que não poderia amaldiçoar o povo Balaão
insiste em ir com Balaque até o monte, onde faria seus rituais. Deus
permite, v.20 diz a Balaão “apronte-se e vá com eles”, Deus já havia
dito que não era para Balaão ir, mas pela insistência, Deus permite
que Balaão vá mesmo contra a sua vontade. Estes versos nos mostram
que é inútil discutir com Deus, tentar fazer Deus mudar de idéia,
insistir naquilo que ele já revelou estar errado é um grande erro.
No caminho Deus pôs um anjo na frente para impedir a
passagem de Balaão, ele estava tão influenciado pela sua ganância de
receber muito dinheiro que não vê este anjo que estava com uma
espada na mão pronto para matá-lo. A Jumenta que o carregava vê e
Deus faz esta Jumenta falar. Muitas vezes estamos cegos pelo nosso
pecado e cobiça que não enxergamos a mão de Deus, não
escutamos o que a Bíblia nos diz, o que os cânticos falam; é preciso
uma jumenta ou acontecimentos dolorosos, enfermidades falarem o
que esta claro nas palavras de uma simples oração de um irmão.
No final deste texto encontramos Balaão abençoando o povo,
ele que foi chamado para amaldiçoa-lo, Balaque desesperado diz: “se
não pode amaldiçoar o povo de Israel, pelo menos não abençoe”. Isto
mostra que Deus usa até mesmo as pessoas ruins e desobedientes e
os acontecimentos desagradáveis de nossa vida para uma bênção
futura.
“pois todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus”
Rm.8:28
33
Achegai-vos a Deus e Ele se chegará a vós outros
Tiago...
Tiago fala sobre assuntos gerais como: pobreza, riqueza, paciência,
orgulho, oração e fé. Acima de tudo fala da necessidade de crer como
também agir. “A fé sem obras é morta”.
Ensina como devemos agir quando queremos ser cristãos:
 Tenha alegria ao passardes por várias provações, sintam-se felizes, pois,
quando vencemos pela fé, produz-se a perseverança, nos aproxima da
perfeição e integridade. (1:2-4)
 Se alguém quer sabedoria peça a Deus, mas peça com fé, com convicção
de que Deus pode e vai responder. Peça e faça a sua parte, lute pois a fé sem
obras é morta, até os demônios crêem. (1:5-8; 4:3; 2:14-26)
 Os bens materiais são insignificantes e transitórios (1:9-10)
 Nossa natureza tem uma tendência e atração a determinado (os) pecado
(os), não podemos usar isso como desculpa para uma vida dupla, não
devemos achar que viver a pecar é normal, a vida de pecado gera a morte,
tal duplicidade gera a morte, a amizade do mundo é inimiga de Deus,
devemos resistir ao Diabo e ele fugirá (1:12-15; 4:4; 4:7).
 O bem e todas coisas boas vem de Deus (1:16-18)
 Seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para irar-se, a ira do
homem não produz a justiça de Deus. (1:19)
 Tornai-vos, pois, praticante da palavra não somente ouvinte, enganando-
vos a vós mesmos. (1:22)
 A religião pura é visitar os órfãos e as viuvas nas suas tribulações, a si
mesmo guardar-se incontaminado do mundo. 1:26-27
 Não trate as pessoas diferente por causa da aparência delas. (2:1-13)
 Se alguém não tropeça no falar é perfeito varão capaz de refrear também
todo o corpo. A língua é um pequeno membro mas de incontrolável poder.
(3:1-12)
 Sabedoria do mundo: Inveja, sentimento faccioso, mentira, glória
própria. Sabedoria do Alto: Mansidão, proceder condigno, pura, pacifica,
plena de misericórdia, sem fingimento. (3:13-18)
 Não compete a nós saber o dia de amanhã. Se o Senhor quiser viveremos,
e faremos isso e aquilo. (4:13-17)
 Sede pacientes e fortalecei o vosso coração, pois a vinda do Senhor está
próxima. (5:8)
Achegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós outros . Tiago 4:8
 34
SOBERANIA DE DEUS
Salmo 73
Neste Salmo, Asafe fala de uma experiência particular pela qual
passara, fala que estava por demais abalado e que esteve perto de cair. Qual
a causa do seu problema ? Simplesmente que ele não compreendia o
procedimento de Deus concernente a ele. Ele tomara ciência de um fato
doloroso, estava vivendo uma vida piedosa, estava limpando o seu coração,
evitando o pecado, meditando nas coisas de Deus. Contudo apesar de estar
fazendo tudo isso, estava tendo uma eternidade de problemas “de contínuo
sou afligido e cada manhã castigado”.
Ora isso era em si mesmo bastante ruim, mas não era o que
realmente o perturbava e o afligia. O problema real é que ele olhava para os
ímpios, e via um chocante contraste. “Estes homens”, dizia, “todos sabemos
que são ímpios”, mas prosperam no mundo, não tem problemas como os
outros homens, são arrogantes mas tem muito sucesso.
A luz desta espécie de situação, a perplexidade é normal. É normal
ficarmos surpresos pois os nossos pensamentos e caminhos são diferentes
dos de Deus. Em nosso conceito nunca deveria existir qualquer problema ou
dificuldade.
O grande problema é que ficar perplexo sempre abre a porta para a
tentação, que pode ser tão poderosa que não só abala o maior e o mais forte
santo, na verdade o derruba. “quase os meus pés se desviaram”. Tentação
que produz cegueira e pode influenciar-nos a fazer coisas que em nossas
condições normais seriam inimagináveis. “pois eu invejava os arrogantes”.
Tentação que é sutil, parece muito inocente e razoável e tenta nos convencer
que já pecamos, devemos aprender a fazer a distinção entre ser tentado e
pecar, tentação não é pecado, não podemos impedir a tentação, mas se
acolhermos e concordarmos com ela, então se torna pecado, por isso
devemos enfrentá-la.
A primeira coisa que o salmista fez foi refrear-se, após ele se
apegou aquilo que estava certo, e se apegou a qualquer preço. Devemos
enfrentar a tentação com pensamento espiritual. O salmista viu que a
destruição estava reservada para os ímpios, “até que atinei para o fim deles”
v.17, viu que o único caminho era o Senhor “não há outro que me compraza
na terra” reconheceu que deveria ser servo da vontade de Deus.
35
VADES E DEIS FRUTOS
Mateus 12:33-37
A qualidade dos frutos externos é determinada pela natureza
interior, a qualidade da arvore determina a qualidade do produto, quando o
caráter de um homem é transformado por Deus este é justificado por Ele e
produz a partir daí frutos da justificação.
 Deus quer frutos, não desculpas. Lc. 3:8 “Produzi, pois, frutos dignos
de arrependimento; e não comeceis a dizer em vós mesmos temos por
pai a Abrão...”
Neste texto Jesus fala aos fariseus, denunciando sua hipocrisia,
aqueles que eram considerados doutores da lei de Deus, eram na verdade
pessoas que tinham o coração cheio de maldade. Eles expressavam esta
maldade através da perseguição a Jesus, falavam muitas coisas contra Jesus.
 Podemos até nos esconder por traz de nossos atos mas nossas palavras
nos denunciam e expõe a verdade, por que a boca fala do que o coração
está cheio. De nossas palavras escapa o que realmente somos.
Jesus diz que o homem bom, do seu bom tesouro tira coisas boas, e
o homem mal tira coisas más. Só poderemos tirar coisas boas se tivermos
bom tesouro por isso devemos diariamente estar juntando estes tesouros,
plantando sementes boas e produtivas.
 “Quem sai andando e chorando, enquanto semeia, voltará com júbilo,
trazendo seus feixes.” Sl.126:6
Nosso fruto depende de nossa proximidade do Senhor, pois a
arvore plantada junto às correntes de águas, tem folhas sempre verdes, e não
deixa de dar frutosSl.1:3, 37:3;Jr.17:8. Na velhice ainda daremos frutos, seremos
viçosos e florescentesSl.92:14; podemos estar certos que o Senhor multiplicará
nossa sementeira e aumentará os frutos da nossa justiça. II Co.9:10
Agora só nos resta lembrar que estes frutos não devem ser usados
egoísticamente, para o nosso desfrutar. O que recebemos de Deus a ele deve
ser entregue, para ele é os primeiros frutos, o melhor do que somos e temos.
“agora te trago as primícias dos frutos da terra, que tu, ó Senhor, me
deste...Dt.26:10 assim repousa a bênção de Deus sobre a nossa casa. Ez.44:30
Vades e deis frutos, esta é a vontade de Deus
Vós não me escolhestes a mim mas eu vos escolhi a vós, e vos
designei, para que vades e deis frutos, e o vosso fruto permaneça, a
fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo
conceda. Jo.15:16
36
 INFIDELIDADE Jeremias 2:25-28
A infidelidade acontece quando resolvemos tomar nossas decisões
baseadas em nossa vontade, e não na vontade de Deus.
Fé, fiel. Significa o abandono de toda a confiança em nossos
próprios recursos; fé implica em completa dependência de Deus e plena
obediência ao Senhor. O que temos feito em nossa vida ? Temos sido fiéis a
Deus, nossa vida agrada o Senhor ?
Infidelidade Desenfreada
Podemos ver no texto de Jeremias um exemplo de infidelidade
consciente. “Não é inútil, porque amo os estranhos e após eles irei” .
Estavam convictos da preferência em abandonar a Deus e servir ao mundo e
seus desejos.
Nada mais atual do que pessoas tomarem o nome de cristão, mas
sua vida não apresentar nada que o difere do não cristão. Pessoas totalmente
envolvidas com o pecado, uma situação onde se diz: eu sei que estou errado
mas não adianta, eu amo os estranhos e vou para eles...vou atras dos meus
próprios interesses.
Mas como isso chega a acontecer, como alguém pode cair neste
extremo?
“Embora conheçam a Deus, não lhe dão a honra que merece e não
lhe são agradecidos. Ao contrário, acabam pensando só em tolices, e as suas
mentes vazias estão cheias de escuridão. Eles dizem que são sábios, mas são
loucos... E porque esses seres humanos são assim tão loucos, Deus os
entregou aos desejos de seus corações... (Rm.1:21-25 Linguagem de Hoje)
A infidelidade desenfreada é um processo, em que vamos deixando
a Deus cada dia um pouquinho, até que somos envolvidos por tanta sujeira
que ficamos atolados, com o abandono permissivo de Deus.
Os pés estão machucados de andar atras do que é errado, a garganta
está seca mas isso nada adianta. A infidelidade trazendo dia a dia feridas
constantes, no bolso, na saúde, no coração, na mente, os pés estão
machucados... Trazendo maior carência, desejo de paz de Deus, vontade de
mudança, a garganta cada vez mais seca...
O texto de Provérbios 6:6-11 nos orienta a considerar os nossos
caminhos e buscarmos a sabedoria. Devemos lutar contra a infidelidade,
contra toda preguiça espiritual. Infidelidade não leva a lugar nenhum, senão
à morte. Os caminhos da fidelidade são recompensadores.
Fé, fiel a Deus é o único caminho para a felicidade. Deus quer que
sejamos fiéis a Ele em todos os aspectos, e nos dará forças para alcançarmos
este maravilho alvo. Busque a Deus, seja Fiel !!!
37
Mentalidade Interesseira Lc.14:1-24
Jesus estava na casa de um fariseu, em um sábado, comendo. Aproveita
este momento para questionar e ensinar aos que estavam a sua volta verdades
sobre:
Quem é o primeiro Quem é o servo Quem é o discípulo
CONSELHO AOS HÓSPEDES ( Quem é o primeiro 7-11)
Qual é o lugar que nos sentamos: o conselho de Jesus é que estejamos nos últimos
lugares, que por mais perto de Jesus, e amigo intimo dele, nós devemos ter
humildade, e nos colocarmos como miseráveis pecadores donos não de elogios
mas sim da constante misericórdia de Deus. (Mt.20:20-28 e Mc.10:35-45)”Quem
quiser ser o primeiro entre vós será servo de todos”. Lc. 14:11 Porque todo o que
a si mesmo se exaltar será humilhado, e aquele que a si mesmo se humilhar será
exaltado. (Rm.12:3; II. Co.12:9)
CONSELHO AO HOSPEDEIRO ( Quem é o servo 11-15)
 Este texto é uma critica a nosso modo fechado de vida em um circulo
microcosmico social, de uma mentalidade de troca de favores por favores maiores.
 A recomendação do texto não é o extinguir relacionamentos já conquistados
mas sim uma recomendação para abrirmos os nossos olhos e vermos se nossa
bondade não esta restrita aos que nos favorecem de alguma forma concreta.
 O desejo de Jesus é que quebremos a mesmice inerte egoísta de nossos
relacionamentos, e passemos a nos relacionar com os excluídos por nós, e talvez,
os excluídos por todos.
 Naquela época os deficientes eram excluídos de tudo, considerados pecadores.
Jesus recomenda, ao seu hospedeiro, que convide para as suas atividades sociais
mais intimas estes excluídos.
 De certa maneira, Jesus recomenda que abramos nossas casas e atividades
sociais para as próprias pessoas contra quem temos os mais profundos
preconceitos.
 Os que agem desta maneira podem esperar ser retribuídos, pois Deus os
recompensará.
 O amor altruísta e boa vontade transcendem a morte e tem significado eterno.
Mt.10:42 E aquele que der até mesmo um copo de água fresca a um destes
pequeninos, na qualidade de discípulo, em verdade vos digo que de modo algum
perderá a sua recompensa. Lc.6:32 Se amardes aos que vos amam, que mérito há
nisso? Pois também os pecadores amam aos que os amam.
CONSELHO A UM PARTICIPANTE (Quem é o discípulo 16- 24)
Um homem se levanta e se alegra dizendo, como é bom poder participar
dos filhos do reino de Deus. Jesus ressalta que o discípulos do reino é o que tem
compromisso com Deus, não aquele que vive de desculpas, e sempre tem motivos
para não participar dos banquetes do Pai. Com certeza este também não vai
participar do banquete final já esta desculpado e excluído do mesmo. Por um prato
de sopa perdemos o grande banquete. (Gn.25:27-30). “Assim, pois, todo aquele
dentre vós que não renuncia a tudo quanto possui, não pode ser meu discípulo”. Lc.14:33
 38
Candidato de Jesus Lc.9:57-62
Este texto nos mostra três diálogos pequenos em que Jesus
corrige o erro de três possíveis seguidores seu, e serve de alerta para
que atentamente estejamos refletindo o modo pelo qual estamos ou
queremos seguir a Jesus.
1- O candidato atraído pela comunidade. (v.57-58)
Este primeiro candidato é voluntário e se apresenta a seguir Jesus
sem parar e pensar o que estava fazendo realmente, talvez só pensou nos
privilégios de ser de Jesus. Mas Jesus mostra através de sua resposta (“as
raposas tem seus covis...o filho do homem não tem onde reclinar a
cabeça”..) que ele deveria refletir seriamente acerca do preço e das
implicações de seguir um mestre sofredor e rejeitado. Cada um de nos deve
sempre lembrar que para seguir a Jesus devemos tomar a sua Cruz “aquele
que diz que permanece nele, este deve também andar assim como ele
andou.” I Jo. 2:6.
2- O candidato que quer deixar para depois. (v.59-60)
O segundo candidato é chamado por Jesus, mas tem como desculpa
sua atividade cultural familiar (“sepultar meu pai”) que era trabalhar com
seu Pai e estar com sua família até a morte de seu pai, desta forma ele diz a
Jesus que o seguiria mas só depois de viver sua vida normal. Para este
candidato a resposta de Jesus é direta, (“deixe os mortos sepultarem os seus
mortos”) deixe os mortos espirituais cuidarem de seus afazeres, mas você
deve me seguir já. Nossa missão é para hoje, devemos nos desvencilhar de
nossa vontade pessoal, devemos servir agora, pois amanhã pode ser muito
tarde. “Buscai o Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está
perto.” Is.55:6
3- O candidato dividido (v.61-62)
O terceiro candidato como o primeiro é voluntário, mas coloca uma
condição para seguir Jesus, despedir-se dos de casa, que era o direito de
pedir permissão dos seus pais o que naturalmente seria recusado. Ele quer
seguir mas coloca condições paralelas prioritárias para este servir. Em
resposta a isto Jesus afirma que para ser apto para o seu reino deve ter como
prioridade fazer sua vontade. Na caminhada de Cristão não devemos ficar
olhando para trás, para os lados, devemos mirar em Jesus e seguí-lo sem
paralelos e concorrentes.
Conclusão: Jesus nos chama para seguí-lo, qual será nosso posicionamento
como candidato de Jesus?
Isaías 6:8 “...A quem enviarei...? Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a
mim”.
39
IGREJA VIVA
A Igreja Viva: Podemos comemorar este dia enumerando alguns aspectos
importantes, problemas, deveres que uma Igreja deve saber.
1. O fundamento da Igreja. (I Pedro 2)
Jesus não colocaria qualquer ser humano como base de sua Igreja,
Cristo é o fundamento é nós pedras vivas. A igreja não existe por causa de
homens, não estamos aqui por causa de homens.
2. O progresso da Igreja. (Atos 2:42-47)
 Perseverança: ensino, comunhão (voluntária e intima), orações
 Temor e Simpatia.
3. O Serviço da Igreja - Missões
Igreja não tem como missão comemorar datas importantes, não tem
como mais importante fazer cultos bonitos, nem nossa missão como
membros é estar aqui dia a dia tentando escapar dos problemas. Nossa
missão é a pregação da palavra de Deus. Mt.10: 7; Mt.10:16-33; Mc.16:15; I
Co.1:18-31, 2:1-3.
4. Uma Igreja Zelosa.
“Toda igreja tem zelador mas nem todas tem zelo”
ATOS 17:10-12 - Zelo pela palavra de Deus
Receberam com avidez, desejo ansioso ardente, sem preconceito
sem inveja. Devemos buscar o estudo e a prática da palavra. Ser zelosos e
ter carinho com as coisas de Deus, cuidado com um “simples copo” na casa
de Deus. (Fl.1:18)
5. A Igreja e os problemas
É possível uma pessoa viver sem problema? Na Igreja também eles existem
e são vários: Divisões, imoralidade, desordem, falta de zelo, sentimento de
inferioridade.
Os problemas devem ser uma dor de alerta que nos leva ao médico
dos médicos e nos desperta para soluções e nunca uma dor causadora de
outras dores sem solução que levam a destruição.
6. A Espiritualidade da Igreja
Parece que Espiritualidade é coisa do passado, o moderno passa ser
sinônimo de secular, o conservador sinônimo de obsoleto; isso, quando a
espiritualidade se afasta...
 Ser espiritual não é nada disso, ser espiritual é o contato com a mente de
Deus. Um caminhar pelo campo com Deus... espiritualidade que
refletimos no olhar, e nas pequenas palavras. II. Timóteo 2:1-4; 15-17
“ Procura apresentar-te diante de Deus aprovado, como obreiro que não tem de que
se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.” II. Tm.2:15
 40
Os Dois Pecadores Lucas 7:36-50
Jesus recebe um convite de um fariseu chamado Simão para
comer, uma mulher da cidade, pecadora, fica sabendo e vai até o
local.
1. Na casa do Fariseu a mulher age:
Traz perfumes para ungir os pés de Jesus, beija os pés de Jesus,
molha com lágrimas e enxuga com seus cabelos.
 Esta mulher faz isso movida por uma gratidão imensa, ela tinha ouvido a
pregação do Senhor e aprendeu sobre o perdão de Deus e seu amor isso
iniciou nela uma reação de gratidão.
 Motivada por arrependimento demonstrado em ação. O perfume
derramado nos pés de Jesus era usado pelas prostitutas para perfumar o
hálito e todo o seu corpo, para chamarem a atenção dos homens; o ato de
derramar significava uma entrega pessoal dizendo que não precisava mais
daquela vida de pecado.
 Motivada pela hostilidade Simão. Era costume oferecer ao hospede água
para que ele pudesse lavar os seus pés, e também receber com um beijo
no rosto de boas vindas. Aquela mulher vendo este desprezo coloca-se no
lugar do dono da casa e recebe Jesus com devoção e amor.
2- Simão Julga erradamente.
Um homem sensível só poderia pedir desculpas humildemente
ao hóspede, e agradecer à mulher por haver propiciado um
compensação à sua grosseria. Mas aqui realmente aparece o
significado do convite a Jesus, não era admira-lo e sim investigar sua
autenticidade. Ele vê uma mulher pecadora contaminando o hospede,
este que não reconhece quem estava lhe tocando.
3- O Discurso de Jesus
Neste momento o Senhor pede a palavra e fala através de uma
parábola que compara dois devedores com Simão e a mulher, (dois
pecadores). E mostra nesta parábola que o amor do homem é uma
resposta a graça de Deus, reação do grande favor imerecido de Deus
para a sua vida.
Jesus faz uma comparação entre Simão e a mulher mostrando
que aquela que fora desprezada o amava muito mais. Mostra a Simão
a necessidade da consciência e convicção de pecados brotarem em
nós. Esta parábola tem este objetivo sério de revermos nossa vida e
amarmos ao Senhor de Todo nosso coração pois ele muito nos ama.
41
EXTINGUINDO O ESPÍRITO I
Ts.5:19
No livro de João 14:16-18, Jesus nos diz que Deus nos dará um
Consolador, o Espírito Santo que está sempre conosco, e habita em nós. O
Espírito Santo foi enviado e nos convence do pecado, nos vivifica, capacita-
nos a crer e nos outorga a fé. Nos conduz no processo de santificação e em
muitos aspectos da vida Cristã.
Muitos deturpam a obra do Espírito, acham que sua obra é somente
um movimento pirotécnico fantástico com milagres sensacionais
espalhafatosos e barulhentos. Mas podemos encontrar em Efésios 5:19-21
que o homem cheio do Espirito busca falar com salmos, com palavras de
gratidão e amor, vivendo em louvor, sujeitando ao seu próximo. Estar cheio
do Espírito é muito alem de fazermos afirmações extravagantes que mais
tarde se vêem que não são verdadeiras com as afirmações de sonhos dos
falsos profetas em Jeremias 23: 25-32.
Mas o grande pecado de hoje não é não saber como o Espírito
Santo se manifesta, é o pecado de apagá-lo constantemente de nossos
pensamentos, é o pecado de extinguir o Espírito, jogar água em seu fogo.
Não extingais o fogo do Espírito que está dentro de vós, como
cristãos fomos destinados a viver no espírito, destinados a enchermo-nos do
Espírito. Ef.5:18
O Espírito é fogo em nossas vidas, e traz vários resultados
se não jogarmos água nele.
 Ele é fogo que ilumina e da entendimento : Ef.1:17-19 “...Tendo
iluminado os olhos do vosso entendimento para que saibais ...” O
Espirito da Sabedoria e entendimento, ele aplica os mistérios da fé
dando-nos compreensão da doutrina da Salvação, e nos firmando nela.
Você demonstra que está apagando o Espírito se lhe falta conhecimento
espiritual.
 Ele é fogo que traz calor: Não devemos ser frios, o Espírito Santo nos
livra do gelo que existe em nós, o Espírito Santo tem calor real, não fogo
de palha, fogo de falsidade aparente.
 Ele da segurança: Através do Espírito sabemos que nossos pecados são
perdoados e que somos filhos de Deus. “O Espírito testifica com o nosso
espírito que somos filhos de Deus.”
 Ele é Poder: Produz uma espécie de perturbação dentro de nós,
movendo-nos, concitando-nos. Nele ha poder, ha vigor e entusiasmo
contagiante.
Preste atenção na voz do Espírito de Deus, viva na sua luz.
42
O SERVIÇO - Natureza da Graça de Deus
O texto nos fala sobre um servo e seu Senhor. O servo tinha como
função sair bem cedo pelos campos arar a terra ou cuidar das ovelhas e
depois, por volta das 15:00 horas, voltar para a sede fazer comida e servir
para seu senhor. Depois do trabalho iria comer e descansar.
A pergunta deixada pelo texto é: o servo merece algum tratamento
especial por ter feito a sua obrigação? O Senhor terá que agradecer o servo
por ele ter feito a sua obrigação? O Senhor fica obrigado para com o seu
servo, quando as suas ordens são cumpridas?. A resposta para estas
perguntas é não, pois o servo deve trabalhar movido por um senso de dever
e lealdade, e não com a esperança de ganhar recompensas. De fato, depois
de ter cumprido todas as ordens, ele diz, nada me devem; cumpri apenas o
meu dever.
Paulo se chama escravo de Cristo (Rm.1:1), e nos também
devemos assumir uma vida que tenha este nome, servo de Cristo.
Estamos acostumados a sabedoria do mundo, da troca de
favores, do trabalho que espera recompensas, elogios; acostumados ao
materialismo, a ganância de resolver nossos problemas , no desespero
de querer mais, receber, ter, ganhar. Queremos sempre receber e
fazemos da religião mais uma mentalidade contabilista. Pessoas
querem receber curas, bênçãos, dinheiro, saúde. Vai a Igreja para
receber.
Dá o dízimo porque pensa: “eu já sou pobre e se não der vou
ser amaldiçoado”; ou pensa: “vou dar o dízimo porque Deus vai abrir
as janelas do céu derramando bênçãos sem medida.” Não é só isso!
Você deve dar porque é sua obrigação de escravo.
Outros dizem: “Vou na Igreja porque meus filhos precisam crescer e
ser crentes; para ouvir cânticos; para me acalmar. Não é só isso! Vou na
Igreja porque faz parte da vontade de Deus para a minha vida.
Alguns falam: “Não vou viver pecando porque senão vou para o
inferno” . Mas deveriam dizer: não vou viver pecando porque amo a Deus e
devo servi-lo, pois desejo me unir mais a Deus e sinto nojo do pecado.
Chega de interesses, Deus quer responsabilidade, Jesus morreu
na cruz movido por um único interesse, fazer a vontade de Deus.
Devemos estar interessados em testemunhar, o servo trabalha para
cumprir o seu dever, sabe que nada merece por aquilo que ele é, e
faz. As dadivas do senhor lhe são feitas imerecidas e gratuitamente,
isto é a graça de Deus. Amém
43
A Suprema Sabedoria Provérbios 8
Os ensinamentos deste capitulo dignificam e enobrecem. Nos faz
debruçar sobre a criação maravilhosa da sabedoria. Chegamos a não
entender como existem tantas falhas e problemas nesta pobre e desviada
humanidade. Não entender como podemos viver longe da sabedoria, que a
todo momento nos alerta para a vida.
A Sabedoria fala entre os Homens
Há uma pergunta muito interessante no texto: Quem bate a sua
porta? Será o carteiro, o vizinho, o político, a testemunha de Jeová, o calor,
o cansaço. Ou será a sabedoria “Não clama porventura a sabedoria e o
entendimento não faz ouvir a sua voz? (v.1) “A vós outros, o homens clamo,
e a minha voz se dirige aos filhos dos homens” (v.4).
Será quantas vezes por dia somos chamados à sabedoria, chamados
a pensar a entender e viver a vida com os pés no chão. E quantas vezes, não
ouvimos a voz do entendimento.
Jesus é a sabedoria e está clamando no coração dos filhos de Deus.
Você está ouvindo o seu clamor, a sua voz?
Esta é a pergunta inicial do texto, o autor quer saber se existe em
nós vida. Como você tem ouvido este chamado ? Muitos de nós passamos
muito tempo de nossas vidas, ouvindo da pior forma possível, que é
ignorando o que se ouve. É como se a sabedoria batesse a sua porta, e você
de dentro perguntasse: Quem é ? E ela respondendo quem era você de dentro
diria: Volte outra hora agora não? Muitas vezes queremos que a sabedoria
volte outra hora, ou até que não venha nos perturbar, já temos uma lista de
desculpas para cada visita da sabedoria.
São muitas as visitas da sabedoria v.2-3
1- No cume das alturas: montanhas, nos lugares altos, são lugares muito
bons para meditarmos pois altura lembra Deus e sabedoria.
2- Junto ao Caminho: Ao caminhar, no andar da vida, no momento de
tomarmos decisões, da idéia de direção para o caminhar, a reflexão nos
mandamentos de Deus.
3- À entrada das portas: No abrigo, na comunidade, nas cidades.
Todo momento, em todo lugar, todos somos chamados à sabedoria
A sabedoria não escolhe um grupo seleto para conversar, muitas
vezes ela fala ao mais ignorante dos homens, fala a nós independentemente
de quem somos.
Is. 55:3 Inclinai os ouvidos e vinde a mim; ouvi, e a vossa alma
viverá.
Pv.8:6 ... falarei cousas excelentes; os meus lábios proferirão
cousas retas.
44
Santa Ceia
(Mt.26:26-30; Mc.14.22-26; Lc.22:14-20; I Co.11.22-25)
A ceia é a bandeira da Igreja, relembra a riqueza do
Evangelho Salvador. Um grande privilégio do Cristão.
1- Memorial do Senhor - Retrospectiva
A ceia é a retrospectiva, no sentido de ser uma volta no
pensamento, ao passado. O passado que traz sentido ao nosso
presente. Na ceia nos lembramos que Cristo morreu por nós.
(fazei isto em memória de mim I Co.11:24). É um momento de
reconhecimento, glorificação e adoração ao Deus vivo, momento
em que também devemos lembrar com gratidão das bênçãos que
o Senhor tem acrescentado diariamente em nossas vidas.
Esta retrospectiva é um exercício de fé pois lembramos o
que não vimos com os nossos olhos naturais, mas cremos pela
palavra de Deus através da fé com nossos olhos espirituais.
2- Memorial do Servo - Introspectiva
A ceia é a oportunidade em que cada um de nós pode
fazer uma auto analise. Um momento de reflexão e contrição.
(“examine-se pois o homem a si mesmo” I Co.11:28). A ordem
Bíblica para examinar-mos a nós mesmos, fazermos uma auto
análise. Talvez exista hoje muita confissão e pouca contrição,
muitos reconhecem que são pecadores mais não sentem pelo seu
pecado.
3- Memorial do Serviço - Prospectiva
Não adianta somente voltar ao passado, olhar para dentro,
se não seguirmos em frente, para o serviço, para a pratica. A
ceia é um momento de dedicação e compromisso, não só idéias,
mas ação. Devemos fazer um compromisso de trabalharmos
mais, é um momento de disposição e consagração, nossas forças
são renovadas para as novas batalhas. Podemos servir a Deus
pois em Jesus fomos libertos da escravidão do Pecado.
Hb.12:1 “...deixemos todo embaraço, e o pecado que tão de perto nos
rodeia, e corramos com perseverança a carreira que nos está proposta,
fitando os olhos em Jesus, autor e consumador da nossa fé...”
45
O Salvador Batendo Está (Ap.3:20)
O coração humano ou a alma é aqui comparado com uma casa. Cada um de nós
tem a sua própria vida para viver, sua própria casa para dirigir. Do lado de fora da porta da
frente da casa de nossa personalidade esta Jesus, batendo. Ele deseja entrar.
 Porque deveria Jesus nos visitar? Ele nos visita porque somos pecadores, ele veio a
nossa porta não porque merecemos tal coisa, mas porque necessitamos dele. Laodicéia
tinha um certo renome, de modo particular pela manufatura de roupas de lã do rebanho, por
sua escola médica onde o famoso pó de frigia era fabricado, assim como os seus bancos
bem ricos. A prosperidade material trouxera em seu rastro um espírito de satisfação própria
e também complacência que havia contaminado até a igreja cristã, muitos cristãos
demonstravam ser cristãos só de nome, não eram, nem quentes, nem frios. Apesar de sua
fabrica de roupas, nus; apesar de seu pó frigio, cegos; apesar de seus bancos pobres. Não
somos diferentes deles, nossa independência arrogante, faz com que não nos entreguemos a
Cristo. Cristo pode nos vestir com a sua justiça, tocar nossos olhos para que vejamos, e
enriquecer-nos com riquezas espirituais.
 Quem é o visitante ? O que Ele está fazendo. É bem difícil de compreender o que uma
pessoa tão majestosa como Ele pudesse se dignar a visitar pobres mendigos, cegos e nus
como nós somos. Ele permanece ali pertinho da porta, de pé, Ele poderia ter sentado em
seu trono em toda pompa e riqueza, e esperando nós fossemos a Ele. Ao invés disso, Ele
mesmo veio até nós, até no limiar e degrau de nossa porta. Talvez Ele tenha vindo a muito
tempo, pela primeira vez. Quantos anos você têm deixado que Ele o esperasse? Mas Ele
permanece ali impassivel, Ele bate agora continuamente, Ele nos pede que observemos que
Ele ali se encontra. Ele poderia abrir ou empurrar a porta, Ele simplismente nos convida
para que abramos para Ele.
 O que Ele deseja fazer ? Ele deseja entrar. Ele que mas do que um conhecimento
distante, Ele quer que façamos uma decisão para abrir a porta de uma vez por todas e
solicitar que ele entre. Porque Ele deseja ser o salvador e Senhor de nossas vidas, uma vez
dentro de casa ele fara uma limpeza total nela, renovara, decorara, porá outra mobília, Ele
purificara e nos perdoara , todo passado será apagado.
 O que nós precisamos fazer ? Para começar é importante que escutemos a sua vós,
depois disso é preciso que abramos a porta, em um ato de fé nele como Salvador e um ato
de submissão como Senhor. “Se alguém ouvir a minha vós, e me abrir a porta, entrarei em
sua casa”. Quando Cristo estiver entrando, Ele trancará a porta e pora a trave do lado de
dentro. O pecado pode afastá-lo para o porão, porem Ele nunca abandonará de todo a casa
que Ele entrou. Hb.13:5 “De maneira nenhuma te deixarei, nunca mais te
abandonarei”. Jesus esta batendo, a sua mão, agora precisa procurar a
maçaneta, é um ato urgente. Pv.27:1 “Hoje se ouvirdes a sua a vós, não
endureçais os vossos corações”
 Oração: Senhor Jesus, admito que sou pecador, pequei em pensamentos,
palavras e ação. Sinto-me arrependido por meus pecados e dou as minhas costas a
eles, em arrependimento. Creio que tu morreste por mim, carregando os meus
pecados em teu próprio corpo. Agradeço-te por teu grande amor. Agora eu abro a
porta. Entra como meu salvador e mestre, a fim de tomar todo o controle de minha
pessoa. E eu servirei a ti, em comunhão com os outros cristãos, a medida que tu
fores me concedendo forças, no decorrer de toda a minha vida. Amém
46
Fidelidade no Dízimo Ml.3:9:11
Muitas são as desculpas e as não desculpas sobre um assunto sem meio
termo, ou somos fieis, ou não. A palavra de Deus é clara, e entre tantos assuntos
fala a respeito da mordomia Cristã, que é a administração correta de todos os bens
que Deus colocou à nossa disposição.
Observemos algumas considerações sobre o Dízimo, e pela graça de Deus,
vamos colocar um ponto final na infidelidade, que porventura esteja em nossa
vida.
 Teste de Obediência e fidelidade. Da mesma forma que existem limites
existem obrigações, se passamos dos limites desobedecemos e ofendemos a
Deus, se não cumprimos nossa obrigação desrespeitamos a Deus. Deus não
precisa do Dízimo , o dízimo faz parte de um pedido de Deus para provar
nossa fidelidade e obediência. O Rev. Jacó Silva ilustra esta afirmação dizendo
que Deus não precisava da arvore do Éden, não precisava de Isaque sacrificado
como cordeiro, mas utilizou estes como provas em que Adão quando comeu do
fruto, respondeu a Deus, não conte comigo, eu não sei obedecer; e Abraão
inversamente, quando leva seu filho para ser sacrificado estava dizendo a Deus:
conte comigo, peça o que quiser. Deus nos diz, “Trazei todos os Dízimos” se nós
negamos, estamos dando a resposta de Adão, não conte comigo, eu não sei ser fiel.
 Não nos fará falta, sim nos trará bênçãos. Abraão quando se dispôs a
entregar seu filho, não teve duvida em fazer a vontade de Deus, acreditava
na providência de Deus. Deus não falha, Deus não mente. Deus promete
abrir as janelas do céu, derramar bênçãos sem medida, Deus deixa muito
claro que o dinheiro entregue nos Dízimos não vai nos fazer falta, pois ele
nos devolverá multiplicado. A promessa de Deus é também de reter o
devorador, costurar os bolsos furados, as despesas com enfermidades, vícios,
consumismo supérfluo. (Ag.1:6; Ml.3:11)
 Oferta aleijada. Quando falamos de Dízimo a primeira lembrança que
tenho é que estes dez por cento são o padrão mínimo de contribuição, Jesus
nos ensina em Mateus 5:17-20, a cumprir a lei, Ele explica que não veio
revogar a lei, e mostra que nossa justiça deve exceder em muito a dos
escribas e fariseus. Muitos acham que dar o Dízimo é muito, mas podemos
ter certeza que é o mínimo. Saber disso deve nos impulsionar a contribuir
mais e também a considerar, que dar qualquer oferta menor do que o
mínimo, de certa forma é ofender a Deus.
Algumas pessoas não dão o dízimo e tem como conforto de
consciência, pequenas, ou até “grandes” colaborações esporádicas. Podemos
e devemos ajudar nestas ofertas, mas elas não podem ser desculpas para não
darmos o Dízimo, e muito menos substituírem o Dízimo, pois não posso dar
uma oferta menor para substituir uma dívida maior.
47
Santa Ceia
(Mt.26:26-30; Mc. 14: 22-26; Lc.22:14-20; I Co. 11:22-25 )
Quinta feira à noite Jesus estava em uma reclusão tranqüila com os
apóstolos, ao redor de uma mesa baixa, reclinados sobre almofadas no chão.
Durante a ceia Jesus veste um avental, e lava os pés dos discípulos, diz que
o amor autêntico se expressa mediante o serviço humilde, diz também como
o mundo os identificaria como discípulos, somente se amassem uns aos
outros; ele advertiu que um membro do grupo iria traí-lo. Falou sobre a sua
eminente partida e a vinda do Espírito Santo.
Tomando um pão e um cálice dramatiza a sua morte, distribuindo os
elementos num significado, de estar entregando a si mesmo para a Salvação
dos pecadores.
 O propósito da morte de Jesus é perdão de pecados.
Na páscoa o povo lembrava, e revivia os eventos da sua libertação da
escravidão do Egito, na Ceia Jesus quer que lembremos que fomos libertos
das correntes do pecado e feitos filhos de Deus, revivendo esta libertação
com ações de graça. Sua morte como evento salvifico que livrará o novo
Israel de toda a escravidão.
 Um pacto da nova aliança.
Jesus aponta para a sua própria pessoa como substituto verdadeiro
do cordeiro Pascal. A ceia é sinal da presença mistério do Reino de Deus. É
a nova aliança profetizada por Jeremias. (Jr.31-31-34)
“Eis que os dias vêm, diz o Senhor, em que farei um pacto novo com
a casa de Israel e com a casa de Judá...” “...todos me conhecerão,
desde o menor deles até o maior, diz o Senhor; pois lhes perdoarei a
sua iniqüidade, e não me lembrarei mais dos seus pecados”.
 Celebração Participativa.
Jesus não somente fez uma encenação, todos que estavam à mesa
participaram daquele momento, ouve comunhão com Cristo, eles ouviram a
ordem de Jesus “tomai e comei”. Devemos participar do chamado de Jesus,
na ceia assumimos um compromisso de ação.
 Consciência de que Cristo é o verdadeiro alimento.
 João 6: 50:58, nos fala sobre a multiplicação dos pães, nossos olhos
vêem de uma forma geral este texto como um grande milagre, Jesus sendo
muito poderoso em multiplicar o pão, mas o grande ensinamento neste texto
não é valorizar o pão e sua multiplicação, e sim mostrar que Ele é o
verdadeiro alimento, e que só Jesus é capaz de alimentar com vida. Cristo é
o pão da vida que se multiplica e alimenta o coração daqueles que o buscam.
48
Sabedoria (Provérbios 8:22-36)
Deus controla todas as coisas em suas obras de Sabedoria, Sua sabedoria
não tem começo nem fim, é eterna. Esta sabedoria deve ser compartilhada por nós
em sua diversidade de expressão, quem acha a sabedoria de Deus acha a vida.
 Promessa aos Filhos (v.32; Dt.5:16) Felizes os filhos que fazem a
vontade de Deus “Façam o que eu digo e serão felizes” BLH. Para os filhos
ser sábio é fazer a vontade de Deus. Dentre tantas propostas aos filhos de
como fazer a vontade de Deus, a mais conhecida e talvez a menos praticada
é “Honra a teu pai e a tua mãe, como o Senhor, teu Deus, te ordenou, para
que se prolonguem os teus dias e para que te vá bem na terra que o Senhor
Deus te dá”. Os filhos sábios respeitam seus pais.
 Obediência (Ex.19:5) A Sabedoria tem como requisito a obediência, o
povo de Deus deve obedecer a Deus, cumprindo Sua vontade.
Ser Sábio é ouvir a voz de Deus e responder ao seu chamado.
1. Ouvir a Instrução (Pv. 1:8) Devemos estar atentos a instrução de
Deus, temos a tendência a desprezar a sabedoria, desprezar o ensino, o filho
de Deus deve ouvir o ensino do Pai, prestar atenção em tudo o que vem
como instrução e construção, e fugir de toda instrução de destruição,
instrução de pecado, de sabedoria para o mal.
2. Ouvir a Repreensão (Pv.15:31) É característica do ignorante não aceitar
ser repreendido, a Bíblia diz que, o que dá ouvidos a repreensão da vida, no
meio dos sábios faz sua morada. Temos que ter sabedoria e humildade para
ouvir a repreensão, sem tentar justificar os nossos erros.
3. Ouvir a Disciplina (Pv.15:32) A disciplina como nos diz a própria
palavra, é ensino, a correção de Deus é sabedoria. Quem a despreza,
menospreza a sua alma, não se importa em crescer, em construir sua vida;
prejudica a si mesmo.
Is. 1:19 “Se quiserdes e me ouvirdes, comereis o melhor desta terra”
 Dever Diário (Lc. 9:23; Ec.12:13) Esta sabedoria deve morar conosco, se
queremos seguir a Cristo devemos negar a nós mesmos, diante das sugestões
transitórias e ilusórias deste mundo, temos o dever de fazer uma opção pela
sabedoria “Temer a Deus e guardar os seus mandamentos”.
 Sabedoria é Vida (Dt.32:47, 30:19; Jo:14:6; I Jo. 5:12) Ela não é uma
simples palavra, ou mais uma regra de boas maneiras, Deus e sua sabedoria é o
caminho para a vida: no caminhar diário, para prolongar a vida terrena, caminho
da vida eterna. Sabedoria é a proposta de Deus para a vida, a escolha é sua...
“Agora, escolhe a vida, para que vivas tu e teus filhos, amando o Senhor, dando
ouvidos à sua voz e apegando-te a ele; pois disto depende a tua vida...”
Dt.30:19:20
HSG Presbítero Dinair Antônio
da Silva
49
Liderança: Expressão administrativa da
Igreja
Todo grupo de pessoas necessita de líderes. A liderança
da Igreja deve mirar-se em Jesus Cristo, que liderou o grupo de
discípulos servindo. Os lideres da Igreja são servos e não
celebridades.
 A liderança é necessária por varias razões:
a) Orientação, quando não há liderança o povo enfraquece; b)
Direção; para alvos que devem ser atingidos. c) Instrução;
ensinar o povo o que é útil e proveitoso.
 Requisitos da liderança:
a) Espiritualidade; o líder só pode ser líder cristão, na busca do
Espírito. b) Capacidade; não basta querer, deve saber, não
apenas ter um curso, mas capacidade para a obra. c)
Disponibilidade; Não só ter tempo de sobra, mas se dispor de
coração para realizar a tarefa. d) Humildade; não ser
dominador, ser servo. e) Dedicação; não pode ser negligente ou
preguiçoso.
 A Recompensa da liderança:
Consciência tranqüila, a coroa da glória, e a aprovação do
Senhor.
Um líder deve ter consigo um coração em solitude por
amor 2 Co.8: 16. Não são pequenos detalhes de boas maneiras
que fazem um líder, deve haver muito trabalho, deve deixar as
pessoas agirem, liderar não é tomar as rédeas e sim ser o
exemplo. Descobrir o caminho de virtudes de cada pessoa e dar
oportunidades. Um líder deve comunicar-se com todos, um líder
nunca conseguirá agradar a todos.
UM LÍDER VÊ TRÊS COISAS
O que deve ser feito
O que pode ser feito
E como fazê-lo
50
Vingança (Mat.5:38-48)
Este texto é objeto de indagação e admiração por ser tão desafiador, trata-
se da atitude de amor total que Cristo manda que demonstremos ao perverso (v.39)
e aos nossos inimigos (v.44).
Mesmo na lei de Moisés, que funcionava um princípio de retribuição
exata, era proibida a vingança, era proibido que membros de famílias inimigas
tomassem a lei em suas próprias mãos para atos de vingança, o propósito do olho
por olho, era estabelecer o fundamento de justiça.
Os cristãos tem o dever de abster-se completamente da vingança, e
conforme o texto devemos até permitir a pessoa perversa dobrar a injúria.
 O padrão que Deus exige é o padrão que ele mesmo cumpriu. Na
crucificação de Jesus, a polícia judia cuspiu nele, vendou-lhe os olhos e
bateu-lhe no rosto, coroaram-no com espinhos, zombaram dele...
(Mc.14:65;15:16-20). E Jesus com infinita dignidade do alto controle do amor
permaneceu calado.
 Não se vingar, não significa de forma alguma ser covarde, ou alguém
que não oferece resistência. Refere-se ao homem forte cujo controle de si
mesmo e cujo amor aos outros é tão poderoso que rejeita absolutamente
qualquer forma concebível de retaliação.
 Devemos recusar a “satisfação” da vingança. O gostinho da desforra.
O princípio do texto é o amor, o amor altruísta de uma pessoa que, quando
ferida, recusa-se a satisfazer o seu ego através da vingança.
 A vingança é uma ação de ódio, multiplicadora do mal. Não devemos
retribuir o mal com o mal, e sim, vencer o mal com o bem. O ódio
multiplica o ódio e é tão perigoso para a pessoa que odeia, quanto para a sua
vitima. O ódio fere todas as partes, mas acima de tudo o amor é a única
força capaz de transformar um inimigo em amigo. A vingança, incentiva
a irresponsabilidade, que incentiva o mal. (Rom.12:14-21).
 A vingança é prerrogativa de Deus. “A mim pertence a vingança, diz o
Senhor”(Rom.12-19; Heb.10:30). Quando Paulo proíbe a prática da
vingança, não porque ela seja errada em si mesma, mas porque é privilégio
de Deus e não do homem. O cristão tem que se sentir livre do desejo da
vingança, não só na ação, mas também no seu coração.
 A vingança sutil das palavras. Muitas vezes nos vingamos, fazendo
contra quem nos desagrada uma retaliação com palavras, nos vingamos
falando mal dos outros, transmitindo desonra uns aos outros. Rm.12:10
“Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos
em honra uns aos outros”. Não devemos viver uma mesquinha reciprocidade
egoísta. Mat.5:47-48.
“Sede vós, perfeitos, como perfeito é vosso pai celestial”
51
Movidos à esperança João 5:1-15
Esperança faz parte da vida, esperar é viver, sem esperar não se pode
viver e sim acabar com a vida. Este texto nos da um grande exemplo de
esperança, devemos saber que na vida há tempo para tudo, e entre cada
realização existe a motivação da esperança.
1- Não assimilar a derrota, encarar e lutar contra ela. v.3-4
Existem pessoas que só esperam coisas ruins em sua vida, se
acostumaram a passar por derrotas, e estão pregadas a elas como um estigma
pessoal registrado. O texto nos mostra uma multidão de doentes que apesar
de mutilados arrasados não aceitavam esta derrota e se candidataram a
guerra da esperança. Tinham um alvo de esperança “A esperança crê que o
tempo do reinado da desgraça pode ser subitamente interrompido, pela
presença sobrenatural de Deus”.
2- Jesus não faz distinção entre as pessoas.
Qualquer um que se lançasse na água seria curado, não importava
quem, nem qual a gravidade de seu problema. Para Deus não existe
problema sem solução, Deus não faz distinção ou má distribuição de
bênçãos.
3- Ser candidato a corrida da fé quantas vezes esta aconteça. v. 6-7
Esperança sem limite, para ter esperança é preciso esperar
(esperar...esperar...esperar e não esperar...desistir...esperar) “A vitória da
esperança não é vencer; a vitória da esperança não é cansar! Só quando
não se cansa é que um dia se vence; quando se cansa não se vence.”
 Inimigos da Esperança
O tempo: aquele homem estava 38 anos esperando v.5
A multidão dos frustrados: os problemas a volta que trazem
desesperança
Falta de solidariedade: “...não tenho ninguém” v.7
 Seus Amigos
A vontade de viver: Ter objetivo, determinação, confiança
Conquista dos outros: perceber a vitória de alguns que estão a nossa
volta. (Hb.13:1-3, I Pedro 5:9)
Ouvirmos o chamado de Jesus: v.6 “perguntou-lhes queres ser
curado” v.8 conta que Jesus olhar para este homem e lhe diz: “
Levanta-te toma o teu leito e anda.”
A esperança se efetiva mediante a fé na palavra de Jesus
Você tem condição de esperar para o futuro algo diferente ?
52
Olhar de Jesus - Compaixão Mc.6:34
Neste texto Jesus olha para uma multidão de pessoas que o
seguiram, e vê o que ninguém poderiam ver com tal profundidade e
complexidade. Jesus vê pessoas exaustas, acossadas, angustiadas,
desorientadas, abatidas, prostradas, famintas, espoliadas, desanimadas.
Este olhar de Jesus é um olhar de compaixão, Jesus teve
compaixão daquela multidão que caminhara até ele; havia Igrejas
(sinagogas) quase sem numero, só em Jerusalém mais de quatrocentas,
mas aquelas pessoas reconheceram que só caminhando até Jesus
poderiam receber restauração.
Seu olhar de compaixão, transmitiu nova vida e animou os
corações daquelas pessoas. Devemos ir a Jesus nesta confiança, Ele
vai olhar para a nossa vida com compaixão.
Três situações em que esta semente de
compaixão morre Mt.13:1-23
a) Semente caiu no meio do caminho. v.4; v.19
O Senhor olha para nós e não entendemos. Nos
acostumamos aos outros olhares, que não percebemos a presença
de Deus.
b) Semente caiu em lugares pedregosos. v.5; v.20
O Senhor olha para nós, recebemos com alegria, mas sem
profundidade, achamos agradável o seu olhar, mas este olhar não
penetra nosso interior. Não existe terra para as raízes de Deus se
fixarem em nós. Jesus não quer ser um paliativo, quer nosso
interior.
c) Semente caiu entre os espinhos. v. 7; v.22
Quando o olhar de Jesus e sua semente é apenas mais um
ingrediente de nosso terreno. Uma terra em que se planta tudo o
que é praga, quando uma boa semente tenta nascer, ela é
sufocada.
Para receber este olhar de Compaixão e ensino, é preciso
arrancar as pragas, e limpar o terreno de sua vida, dos cuidados
deste mundo, da sedução das riquezas, e de tantas outras pragas.
53
Amor A t i v o
Muitos tem aprendido a oferecer a outra face
mas não sabem como amar a pessoa que o
esbofeteou, temos que ir além da paciência, até o
serviço; alem da recusa de retribuir o mal, até a
determinação de vencer o mal com o bem.
“Retribuir o bem com o mal é demoníaco;
retribuir o bem com o bem é humano; retribuir o
mal com o bem é divino.”
Amai os vosso inimigos, orai pelos que vos
perseguem (Mt. 5:44). Jesus orou por seus
atormentadores no momento da crucificação
(Lc.23:34 “Pai, perdoa essa gente. Eles não sabem o
que estão fazendo”. ).
O povo de Deus deve imitar a Deus e não aos
homens, a cultura não cristã é a da retribuição, tanto
do mal como do bem, você me prejudicou, vou
fazer o mesmo. Mas Deus nos ensina amar o nosso
próximo seja ele amigo ou inimigo. Amamos os
nossos inimigos pois sabemos separar as pessoas de
seus atos. “Quem não ama, não conhece a Deus pois
Deus é amor” I Jo. 4:8
 Amar é uma expressão de Louvor 4. Moralmente (7)
Amar é ser adulto suficiente para enxergar 5. Espiritualmente (7)
6. Em todas as suas ações (8)
Deus
7. Por toda a eternidade (8)
Amar é ter comunhão verdadeira
Amar é viver, Deus é Amor 55
54
DEUS É PROTETOR
Hoje: tempo de buscar a Deus (Oséias 10:1-15)
“ Pelo que, como diz o Espírito Santo: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais
Bíblia Linguagem de Hoje: Salmo 121 Deus, o nosso protetor os vossos corações, como na provocação, no dia da tentação no deserto. Vede,
1 Olho para os montes e pergunto: “De onde virá o meu socorro?” irmãos, que nunca se ache em qualquer de vós um perverso coração de
2 O meu socorro vem do Deus eterno, Que fez o céu e a terra . incredulidade, para se apartar do Deus vivo; antes exortai-vos uns aos outros todos
3 Ele não deixará que você caia, pois o seu protetor esta sempre alerta. os dias, durante o tempo que se chama Hoje, para que nenhum de vós se
endureça pelo engano do pecado”(Hb. 3:3, 12-13).
4 O protetor do povo de Israel nunca dorme nem cochila.
Muitas vezes esquecemos as exortações de Deus, e mesmo tendo
5 O Deus Eterno guardará você; ele está sempre ao seu lado para tudo para fazer a vontade do Senhor nós escapamos e procuramos o caminho
protegê-lo. errado. É tempo de buscar ao Senhor:
6 O sol não lhe fará mal de dia, nem a lua, de noite. 1. Pois Ele manifesta a sua generosidade. (Os.10:1-2)
7 O eterno o guardará de todo perigo; ele protegerá a sua vida. Este texto nos mostra a bênção de Deus que estava sendo
8 Ele o guardará quando você for e quando voltar, agora e para manifesta ao povo, mas multiplicando-se as bênçãos também estava se
sempre. multiplicando o pecado do povo. Como a prostituta que foi escolhida
Muitas vezes nos sentimos fracos e desprotegidos, sem saber para ser esposa de Oséias, foi abençoada em receber um marido, um
bem ao certo a quem recorrer diante de nosso problema “sem filho, mas mesmo depois destas bênçãos volta a vida de prostituição.
solução”. Deus quer que nós estejamos observando sua generosidade
Hoje encontramos muito a idéia da busca da auto ajuda, “eu para com as nossas vidas, a graça de Deus deve nos mover a buscá-lo.
posso eu consigo”, mas a verdade que devemos ter em mente é a 2. Ele destrói os nossos ídolos. (Os.10:8)
necessidade de buscar a Deus, o único guia verdadeiro, companheiro, Deus quebra os altares de ídolos derruba as colunas sagradas,
amigo certo todas as horas. os altares ficam cobertos de mato e espinhos, mas o povo ao invés de
Este Salmo nos mostra a vigilância perpétua de Deus sobre voltarem a Deus clamam às rochas. Deus tira tudo o que eles tinha
aqueles que se inclinam para Ele. É um grande apelo para confiarmos como fator de alegria e prazer e eles ficam tristes, não aprendem a
em lição.
Deus em todas as circunstâncias. Muitos de nossos ídolos são desmascarados, perdem o valor
DEUS É PROTETOR: mas nós arranjamos outros. Deus tem derrubado os nossos ídolos,
1. Está sempre alerta, coisas que dávamos um enorme valor e Deus nos mostra que não
2. Permanece ao seu lado, passam de nada, nossos ídolos são destruídos para que ocupemos este
3. O guardará de todo o perigo. tempo, dinheiro, trabalho, força, para o Senhor; não devemos arranjar
Deus quer guardar os fiéis: outros ídolos, pois assim demonstramos total desinteresse pelo
1. Constantemente (4) Senhor.
2. Pessoalmente (5) 3. Coloca sobre nós o seu jugo. (Os.10:11-15)
3. Fisicamente (6)
 O Senhor colocou o jugo sobre o povo, e eles são forçados a
trabalhar pesado, mesmo assim rejeitam o Senhor.
Deus coloca sobre nós responsabilidade do compromisso de
seguí-lo. A prostituta quando foi comprada por Oséias, fez com ele
um trato de fidelidade. Devemos tomar o jugo suave do Senhor e
buscar o caminho de Cristo custe o que custar, “ser fiel até à morte”.
56
Sete coisas que Deus detesta (Pv.6:16-19)
Se nos pedissem exemplos de sete coisas que detestamos, talvez
passaríamos longe do que é detestável a Deus, há no homem uma falta de
conhecimento da vontade de Deus. Neste texto encontramos o que Deus
detesta, e o que também devemos detestar e nos afastar continuamente.
1- Olhos Altivos: Deus detesta o olhar orgulhoso, olhar como quem
domina o tempo e estações, olhar de domínio como quem pode tudo,
toda falta de humildade. (Sl.18:27; I Tm.6:17)
2- Língua Mentirosa: A mesma língua que louvamos a Deus a
Deus, pode ser usada para amaldiçoar o próximo. Mentirosos, de
canto em canto cochichando nos ouvidos venenos contra alguém. Pv.
12:19.
3- Mãos que derramam sangue inocente: Toda forma de ódio
contra alguém, toda violência praticada em atos e no coração.
4- Coração que trama projetos iníquos: É do coração que
provem todo o mal, o assassino que tira a vida de outrem, concebeu
antes o crime no coração. O que difama a mulher do próximo já
arquitetou a maldade no coração. Cuidado com os sentimentos que se
aninham no seu coração.
5- Pés que se apressam a correr para o mal: Muitas vezes
damos passos para arruinar a nossa própria vida, e muitos desses
passos são para arruinar a vida de nosso próximo.
Nunca leve informação de discórdia entre duas pessoas para
terceiros
Nunca escute estas informações negativas de uma pessoa sem
escutar o que esta pessoa tem a dizer em sua defesa. “Não há
ausente sem culpa, nem presente sem desculpa”.
Nunca diga que duas pessoas não se dão.
6- Testemunha falsa que profere mentiras: Mais uma vez a
mentira é destacada com algo que Deus detesta. A mentira vem do
Diabo (Jo.8.44), devemos fugir dela e de toda sua aparência
multiforme, a hipocrisia, as invenções, os aumentos, toda ficção
mentirosa. ( Ap.22:15; I Tm.4:2)
7- O que semeia contendas entre os irmãos: Seis coisas Deus
aborrece, a sétima Ele abomina, é o separar o que Deus uniu através
da morte de seu filho Jesus. Parece ser melhor a prostituta da esquina
do que o semeador de intrigas.
57
COMPROMISSO DE
ARREPENDIMENTO
Mateus 21:28-32 “...vai trabalhar hoje na vinha... respondeu-
lhe: não quero; mas depois, arrependendo-se, foi...”
Arrependimento é uma porta que todos os que desejam
entrar no reino de Deus tem que passar.
As fraquezas das igrejas e seu mal testemunho, as fraquezas
pessoais, são fruto do esquecimento do arrependimento.
O que é arrependimento?
Há os que tem uma compreensão muito superficial do
arrependimento. Para eles, é apenas uma espécie de tristeza e remorso
superficial, por causa de algo que fizeram. Mas há outros que se
aprofundam demais no sentido do arrependimento, acham que deve
acontecer algo sobrenatural, como um queimado no peito, ou uma
semana de falta de apetite, e coisas deste tipo, modelos de
arrependimento.
Arrependimento, envolve uma mudança de atitude, e uma
confissão de que estávamos errados.
 Reverter o caminho do pecado e seguir a nova vida com Deus,
dedicação em reconstruir. Destruir as estradas, pontes e vielas,
caminhos maus, apaga-los da mente e do coração.
 Devemos interromper o ciclo do pecado, desmontar e destruir as
estruturas pecaminosas, nos mantermos firmes pela misericórdia de
Deus, rejeitando as novas sugestões de pecado, e mesmo se cairmos
em algum pecado, devemos parar, reconsiderar, confessar o nosso
pecado, e mudar a direção.
 Não devemos ficar tentando justificar os nossos erros,
arrependimento é o contrario disso, é afirmar nossa incapacidade em
permanecer corretos, é mostrar nossas delimitações.
 Arrependimento não é esforço pessoal, nos arrependemos, não
porque somos fortes e queremos mudar, mas pela graça de Deus, pelo
contato com a Salvação em Jesus.
Diga sim para Deus !!!
v < Mt.3:8; Lc.3:8, 5:32; Rm.2:4; Jo.14:1-6>
58
SERVOS DE VERDADE (Atos 5:1-11)
Ananias e Safira venderam uma propriedade e deram apenas
parte do dinheiro, mentindo que deram todo o dinheiro, por este ato
de mentira contra Deus morreram. Este acontecimento trouxe grande
temor em todos os corações, e esse temor agiu tanto como purificador,
tanto como um agente preventivo, as pessoas passaram a agir com
muito mais cautela em diante. Buscaram ser SERVOS DE
VERDADE.
1- Total desprendimento em sacrifício X Retenção de Recursos
Podemos aprender com a Igreja Primitiva o desprendimento,
vendiam os seus bens e colocavam aos pés dos Apóstolos, eles eram
responsáveis pela distribuição dos bens de acordo com a necessidade de cada
um.
Muito importante era o desprendimento daqueles irmão, não tinham
amor aos seus bens o mais importante era fazer a obra de Deus.
 Desprendimento: Tempo, Dinheiro, bens, mas não acompanhados de
vanglória. (II Crônicas 31:3-14)
2- Sinceridade, Serviço total X Hipocrisia Odiosa, Ação superficial
Verdadeiros ( a verdade deve ocupar o nosso coração e a nossa vida,
o ludibrio é um mal tremendo). “A hipocrisia é o principal defeito”
Nada adiantou venderem aquela propriedade, pois não foram
verdadeiros. Muitas pessoas vivem com recheios de aparência, casca de
verniz, deixam transparecer que fazem um grande sacrifício, tentam induzir
os outros a pensarem que eles são algo que não são. (Provérbios 13:7)
É o belo se transformando em feio, como uma mulher com
maquiagem carregada, enfeitada e “enfeiada”.
 Vou fazer isso! Vai mesmo? Fiz isso! Fez mesmo? Devemos buscar a
sinceridade, pois Deus nos ama como nós somos, não precisamos mentir.
3- Bênçãos X Maldições
“O casal havia pecado contra a comunidade e impedido a expressão
desta comunidade no mundo, tendo debilitado enormemente o testemunho
em favor de Cristo. Portanto o remédio divino teria de reverter tudo isso.”
O julgamento divino acabara por alcançar todos os homens. Ele virá
com bênçãos àqueles que são fiéis e com maldição sobre os infiéis.
 Deus pode nos remover da cena terrestre antes do tempo, se nos
tornarmos obstáculo para a sua causa.
“Se quiserdes e me ouvirdes, comereis o melhor desta terra.”
Isaías .1:19
59
EXEMPLO DE EZEQUIAS 2 Reis 20:1-11
1- Fé Pessoal (“virou Ezequias o rosto para a parede e orou ao
Senhor” v.2)
2- Não desistir no esgotar das possibilidades ( sua morte estava
proposta, tudo era certo, a enfermidade era mortal mas Ezequias
não desiste v.1).
3- Construir uma história de antecedentes bons ( “andei diante de
ti, com fidelidade, inteireza de coração, fiz o que era reto aos teus
olhos” v. 3 ) Devemos manter um saldo positivo de vida; não
somente aos meus, não somente aos olhos dos outros, mas aos
olhos de Deus.
4- Contrito - Chorou muitíssimo. Muitos de nós sabemos a
gravidade de várias situações que enfrentamos mas isso não nos
toca profundamente a ponto de estarmos contritos, colocando o
nosso problema diante de Deus com seriedade e com lágrimas.
INVERSÃO DA DECRETAÇÃO DA DESGRAÇA
“Põe ordem porque morrerás...” “eis que te Curarei...”
 Ouvi a tua oração, e vi as tuas lágrimas ( arrependimento de Deus , nunca
é uma modificação em Deus , mas outra disposição de Deus em relação a
um ser humano transformado). Caminhos de morte que são alterados pela
misericórdia de Deus. (v.5)
 Ao terceiro dia subirás a casa do Senhor . (v.5)
 Medicamento: Pasta de figo sobre a ulcera e ela secou ( a cura é
associada claramente à pasta de figos, a ênfase geral da narrativa, não é
que o restabelecimento resulta de um processo natural. E sim o poder
terapêutico inerente aos figos. (v.7)
 Sinal - o sol retardou 10 graus (o fato de Ezequias pedir um sinal não é
prova de incredulidade, é, pelo contrário, uma indicação de uma fraqueza
humana a qual Deus tem o prazer em favorecer. Através do relógio do
 Sol Deus demonstrará o seu poder para dar a Ezequias, seu servo fiel, a
certeza de que sua oração foi ouvida. Ezequias escolhe o sinal dentro da
proposta de Deus. (v.8-11)
 Extensão da benção, mais quinze anos de vida, livrarei a ti e esta cidade.
(v.6)
60
Conhecendo e Combatendo o Inimigo
Salmo 56 & Lucas 11:24-26
A bíblia nos ensina que é necessário nos revestirmos de toda a
armadura de Deus, para podermos ficar firmes contra as ciladas do
diabo. “Nossa luta não é contra o sangue e a carne e sim contra os
principados e potestades, contra os dominadores deste mundo
tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes”
Efésios 6:12. Nós devemos saber que o inimigo é astuto, é adversário
cruel.
No Salmo 56 vemos 6 maneiras de ataque do inimigo:
1- O inimigo procura ferir (v.1) => estas feridas são decepções que
passamos, feridas na alma, na mente, e no coração. Feridas que tentam, e
muitas vezes conseguem atrapalhar nosso caminhar.
2- O inimigo oprime (v.1) => “pelejando contra mim, todo o dia” ; existem
dias em que o inimigo escolhe estrategicamente para nos oprimir e
perseguir.
3- O inimigo espreita (v.2) => Fica nos observando, esperando o momento
certo para atacar, o momento de nossa fraqueza, no afrouxar da guarda.
4- O inimigo combate atrevidamente (v.2) => Ele ataca nos lugares mais
santos, nas horas de profunda adoração, tenta criar contradição na nossa
mente, não tem hora, nem local certo para seu atrevimento.
5- O inimigo torce as palavras (v.5) => Faz da Bíblia, a mãe de todas as
heresias, transforma um dialogo sincero em uma feia discussão, transforma
uma observação positiva em uma crítica ferina, transforma também uma
apreciação franca em um elogio soberbo.
6- O inimigo espiona os passos (v.6) => Tem computado dados a nosso
respeito, quando cometemos erros ele nos ajuda encobrir pois quer que o
santo se transforme em hipócrita; ele ajuda nos negócios ilícitos. Também
trabalha para revelar os erros de pessoas com a finalidade de destrui-las.
Em Lucas 11:24-26 encontramos outra estratégia do inimigo, o texto
fala sobre um espírito imundo que sai de uma pessoa, e volta depois de
algum tempo trazendo mais sete espíritos piores. O sentido geral do texto é
nos mostrar que uma das estratégias do diabo é afastar-se por algum tempo
para depois voltar com forças maiores. Isso só ocorre quando o homem faz
reformas em sua vida (deixa a casa limpa) e não se alimenta do poder de
Deus (deixa a casa vazia), não basta se libertar do poder satânico, devemos
estar repletos do poder de Deus. Nesta vida a única forma de vencer o
inimigo, é viver constantemente nas mãos de Deus, qualquer outra tentativa
é fracasso e inútil. (Sl.56:9-11).
61
ORAÇÃO DE JONAS
“ Ó Deus Eterno, na minha aflição clamei
por socorro, e tu me respondeste; do fundo do
mundo dos mortos, gritei pedindo socorro, e tu
ouviste a minha voz.
Tu me tiraste do abismo, bem no fundo do
mar. Ali as águas me cercavam por todos os
lados, e todas as tuas poderosas andas rolavam
sobre mim.
Pensei que havia sido jogado fora da sua
presença e que não tornaria a ver o teu santo
Templo.
As águas vieram sobre mim e me
sufocaram; o mar me cobriu completamente, e as
plantas marinhas enrolaram na minha cabeça.
Desci até a raiz das montanhas, desci à terra que
tem o portão trancado para sempre.
Tu, porém, me salvaste da morte, ó
Eterno, meu Deus! Quando senti que estava
morrendo, eu me lembrei de ti, ó Deus eterno, e
a minha oração chegou a ti, no teu santo
Templo.”
Jonas 2:2-7 B.L.H.
62
Adquira o Hábito de Não Ter
Hábitos
“Porque estas coisas, existindo em vós e em vós aumentando, fazem
com que não sejais nem inativos, nem infrutuosos.” 2 Pedro 1.8
Quando começamos a formar um hábito, temos consciência
disso. Há ocasiões em que nos conscientizamos de que estamos nos
tornando virtuosos e pacientes e espirituais, mas isso é apenas uma
etapa; se pararmos ai, acabaremos nos tornando espiritualmente
pedantes. A maneira correta de lidar com os hábitos é integrá-los à
vida do Senhor até que todos, de tanto serem praticados, deixem de
ser hábitos conscientes. Em nossa vida espiritual voltamos
continuamente à introspecção porque existem algumas qualidades que
ainda estão ausentes. Em última análise, essa vivência deve ser
completamente simples.
O seu deus pode ser sua prática religiosa, como o hábito de
orar em determinadas horas, ou o hábito de ler a Bíblia. Observe
como o Pai transtornará esses horários, se você começar a cultuar
esses hábitos em lugar do que eles simbolizam: “Eu não posso fazer
isso agora, estou orando; esta é minha ora de estar com Deus.” Não; é
hora de estar com o seu hábito. Está lhe faltando alguma virtude.
Reconheça essa lacuna e então procure oportunidades de desenvolver
a virtude a ser acrescentada.
A presença do amor implica na ausência de hábitos visíveis;
chegamos àquele ponto em que um hábito desaparece e pela prática se
torna um ato inconsciente. Quando somos conscientemente espirituais,
isto significa que há certas coisas que achamos que não podemos
fazer, certos relacionamentos nos quais não somos nada simples; que
sempre há algo há ser acrescentado. A única vida sobrenatural é a que
o Senhor Jesus vivia, e ele se sentia à vontade com Deus em qualquer
lugar. Há alguma situação que você não se sente à vontade com
Deus ? Deixe que Deus opere nessa situação até que, nela, você passe
a sentir-se à vontade com ele, e a vida se tornará simples como a de
uma criança.
(Tudo para Ele)
63
10 RAZÕES PARA O CULTO
DOMÉSTICO
1. Porque nos dispõe para enfrentarmos as tarefas diárias com
um coração mais alegre, torna-nos mais fortes para o trabalho, mais
dedicados ao nosso dever e predispõe-nos a glorificar a Deus em tudo
que fizermos. Ler Colossenses 3.17.
2. Porque o culto doméstico nos dá força para enfrentarmos o
desânimo, as decepções, as adversidades inesperadas e as frustrações
com que nos deparamos. Ler Hebreus 2.18.
3. Porque nos torna mais cônscios, no decorrer do dia, da
presença reconfortante do Deus que nos ajuda a vencer pensamentos
impuros e outros inimigos quaisquer, que porventura vierem atacar-
nos. Ler Filipenses 4.4-7.
4. Porque o culto doméstico suaviza as aspereza do
relacionamento no lar e enriquece grandemente o convívio em
família. Ler Efésios 6.1-9.
5. Porque esclarece os mal-entendidos e tende a aliviar as
tensões que por vezes invadem o ambiente sagrado do lar. Ler
Romanos 12.9-11.
6. Porque o culto doméstico ajuda a manter na fé os filhos que
saem de casa, afastando-se da influência dos pais. Na maioria dos
casos, é o culto doméstico que mais tarde irá determinar a salvação de
filhos de lares crentes. Ler II Timóteo 3.15-17.
7. Porque ele poderá ter influência sadia e santa sobre as
pessoas que possam estar visitando a família. Ler Romanos 14.7-9. 8.
Porque o culto doméstico reforça o trabalho pastoral e, além disso,
estimula em muito a participação na Igreja. Ler Romanos 15.6-7.
 9. Porque o culto doméstico faz de um lar exemplo e estímulo
a outros lares, para que tenham a mesma vida de devoção e adoração a
Deus. Ler Atos 2.46,47.
10. Porque a palavra de Deus ensina que devemos fazer o culto
doméstico. Ao obedecermos a Deus, estamos dando honra àquele que
é o doador de todo o bem e fonte de toda a benção.
Ler Romanos 12.1,2.
64
O MAIOR MOTIVADOR DE TODOS OS
TEMPOS
Nasceu numa aldeia obscura, filho de uma
camponesa. Cresceu noutra aldeia, onde trabalhou numa
carpintaria até aos trinta anos. Depois, durante três anos foi
pregador itinerante.
Nunca escreveu um livro; nunca exerceu nenhum
cargo; nunca constituiu família, nem possuiu casa; não
freqüentou nenhuma faculdade; nunca percorreu distância
superior a 300 quilômetros do lugar onde nasceu. Não fez
nenhuma das coisas que geralmente se associam com a
grandeza.
Não tinha outras credenciais senão ele próprio. Tinha
apenas 33 anos quando a opinião pública se voltou contra
ele. Seus amigos fugiram. Ele foi entregue aos inimigos e
suportou o escárnio de um julgamento. Foi pregado numa
cruz entre dois ladrões.
Enquanto morria, seus algozes lançavam sorte sobre
sua túnica, a única propriedade que ele teve na terra. Morto,
seu corpo foi posto num túmulo emprestado pela compaixão
de um amigo.
Dezenove séculos se passaram, e hoje ele é a figura
central da raça humana, o líder do progresso da humanidade.
Todos os exércitos que já marcharam, todas as
marinhas que já singraram os mares, todos os parlamentos
que já se constituíram, todos os reis que já reinaram, todos
eles reunidos não influenciaram a vida do homem sobre a
terra quanto essa Vida Solitária o fez.
(Anônimo)
65
O Homem de Visão
É da vontade de Deus que cada membro do corpo de
Cristo seja um homem de visão e se proteja de qualquer má
interpretação, dúvida, desânimo, inatividade, confusão ou
naufrágio na fé.
1- Ele vê certo => O Homem de visão é exigente. Não se
deixa levar pelas manipulações da história, das notícias e
das pesquisas de opinião pública. Previne-se contra
mentira. Ouve o que se fala e lê o que se escreve, mas só
retém o que é bom e certo, à luz da Revelação. Ele aceita de
muito bom grado a repetida exortação das Escrituras: “Não
vos enganeis” ( I Co.6:9; Gl.6:7; Tg.1:16 e outras).
2- Ele vê longe => Há muita coisa bem longe dos olhos que
o homem de visão pode contemplar pela fé, com tanta
segurança como se estivesse ao seu lado. Às vezes são
coisas na realidade invisíveis, mas o homem que vê longe
percebe essas coisas e chega a colocá-las dentro de suas
mãos.
3- Ele vê alto => Ele observa os pássaros que voam por aí
e se lembra de que eles não semeiam, não colhem e nem
ajuntam em depósitos, mas não passam necessidade alguma
porque o Pai que está no céu dá de comer a eles
(Mt.6:26).Ele olha para os montes e declara : “O meu
socorro vem do Senhor, que fez o céu e a terra” (Sl.121:2) .
Este é o segredo de sua vida transbordante e vitoriosa.
(Revista Ultimato)
66
FALTA DE ESPIRITUALIDADE
I Co.3:1-9 e 4.14-21
“E a Igreja vai bem ?” A resposta para esta pergunta
depende fundamentalmente da espiritualidade evidênciada pelos
membros da Igreja. Mas o que é espiritualidade ? A 2. Permanência - O Primeiro fundamento da Oração: Permanecer
espiritualidade cristã é uma expressão de devoção, que envolve o
cristão em todas as dimensões de sua vida na relação consigo
próprio, com Deus e com o próximo, determinando
positivamente a maneira de pensar, falar e agir, enfim, de ser e
de viver.
Através da confissão, do louvor, da adoração, da
meditação, do Jejum, da oração e de outras atitudes e práticas
cristãs, o crente exercita a sua espiritualidade.
Quando há espiritualidade a Igreja vai bem; quando não
há, vai muito mal.
1- A FALTA DE ESPIRITUALIDADE É DEMONSTRADA
ATRAVÉS DE ATITUDES MESQUINHAS.
Estas atitudes são: Ciúmes e Contendas, Disputas
Partidárias, Deturpação do Evangelho, Super - valorização da
Sabedoria Humana, Julgamentos Indevidos, Auto - Suficiência.
2- A FALTA DE ESPIRITUALIDADE É DESASTROSA
PARA A VIDA CRISTÃ.
Prejudica o crescimento pessoal na fé, prejudica a unidade
comunitária, e o testemunho pessoal.
3- A FALTA DE ESPIRITUALIDADE PRECISA SER
CONFRONTADA.
Não podemos ficar inertes a observar a falta de
espiritualidade, ela deve ser confrontada com autoridade e amor,
com o objetivo de promover a maturidade cristã.
CONCLUSÃO: Certamente, a Igreja só vai bem quando os
crentes têm convicção de que a falta de espiritualidade, deve
ser superada pela maturidade cristã, e por isso, a buscam dia
após dia.
67
O Segredo da Oração
1. Deus honra a oração: É da vontade de Deus que estejamos
desenvolvendo uma vida de oração. Podemos não sentir muitos
benefícios, de início, ao começarmos a orar, mas eles vêm à medida
que desenvolvemos nossa vida de oração.
orando desta forma podemos permanecer em Cristo, Ele nos dará
força para fazer a sua vontade.
3. Pureza - O Segundo fundamento da Oração: Para isso devemos
constantemente confessar nossos pecados a Deus desta forma teremos
firmeza para orar.
4. As Três Condições da Oração.
 Orar em nome de Jesus. Jo.14:13-14;
 Orar de acordo com a vontade de Deus. I Jo.5:14;
 Orar com Fé. Mt.21:22.
5. Uma Oração Padrão - Oração Dominical (Mt.6:9-13): a.
Glorifica a Deus: Teu nome, teu reino, tua vontade. b. Necessidades
Humanas: O Pão nosso de cada dia; perdoa-nos as nossas dívidas,
livra-nos do mal.
6. Habitue-se a Ter Sua Hora Tranqüila (Sl.143:8,10):
Devocional particular que incluí oração, leitura bíblica, louvor. Deve
ser feita diariamente. Escolha um lugar apropriado, faça uma lista de
oração especifica, não se limite a uma repetição mecânica mas sempre
seja criativo com o coração preparado e a mente concentrada.
7. Extraindo Riquezas da Palavra de Deus: Devemos estudar e
meditar na Bíblia, não apenas ler, assim estaremos extraindo da
Palavra de Deus grandes ensinamentos.
8. Devoção e Compromisso: Oração, estudo da palavra, vida
devocional, tudo isso estará refletindo em nossa vida de forma prática;
aumentando o zelo em nossa maneira de viver, aumentando nossos
compromissos com Deus e sua causa.
9. Separe Tempo Para a Oração: Temos tempo para o que achamos
importante, se não estamos tendo tempo para oração estamos dando
pouco valor a ela. Ore em qualquer tempo e lugar; sem esquecer a
hora tranqüila que deve ter tempo para oração. Warren e Ruth
68
Discernimento de Fio a Pavio
Desde a queda, quando o pecado entrou no mundo e o mal
passou a ser uma experiência humana, a prática do discernimento é
uma questão fundamental, de vida e morte. A partir de então, a
dificuldade de chamar o mal de mal e o bem de bem, sem margem de
erro, tornou-se quase impossível. A confusão entre o bem e o mal,
entre o claridade e a escuridão, entre o doce e o amargo é, sem
exagero algum, enorme. Na verdade, somente com a misericórdia
divina, é possível descobrir a exata diferença entre uma coisa e outra.
O problema se agrava todas as vezes que as reservas morais diminuem
em número e em qualidade. Então o mal se generaliza e se torna
compulsivo. É nessas ocasiões que nem os guias religiosos são
capazes de fazer diferença entre o sagrado e o profano, entre o impuro
e o puro (Ez.22:26). É também em ocasiões assim que os crimes mais
nefandos são cometidos, sem nenhuma dor de consciência, sem
nenhuma reação em contrário. Para salvar o mundo de uma auto
destruição provocada pela ausência de discernimento, Deus costuma
entrar em cena e encostar na parede os que chamam o mal de bem e o
bem de mal. Daí a observação do salmista: “Os maus não governarão
para sempre a terra do povo de Deus; se eles governassem, até os bons
começariam a fazer o mal” (Sl.125:3) em A Bíblia na Linguagem de
Hoje). O problema se agrava também em épocas de reforma religiosa
e de reavivamento, quando o mal se mistura com o bem para causar
prejuízos ao processo e diminuir o seu impacto. Junto com os
avivamentos surgem seitas cristãs ou não cristãs, dá-se o
desvirtuamento de muitas coisas boas, acontecem não poucos
escândalos e se desenrolam muitas histórias de fanatismo religioso.
Não é só o pecado que torna a prática do discernimento
bastante difícil. O outro elemento é a atuação satânica, que Jesus tão
bem denunciou na parábola do joio, segundo a qual, depois de
semeada a boa semente, vem o diabo nas caladas da noite e semeia o
joio em meio do trigo, retirando-se em seguida . A semelhança é tão
grande que torna impossível separar um do outro antes da consumação
do século. Daí a desagradável convivência do verdadeiro e do falso na
história do povo de Deus em todos os tempos.
Revista Ultimato - Julho de 1997
69
Discernimento de Fio a Pavio
“A Pratica do Discernimento é a arte de
distinguir com a maior precisão possível entre
duas ou demais coisas, cujas diferenças nem
sempre parecem a primeira vista.”
Áreas do Discernimento:
1-É preciso discernir entre o bem e o mal.
2-É preciso discernir entre a verdade e a mentira.
3-É preciso discernir entre o verdadeiro e o falso.
4-É preciso discernir entre Deus e os ídolos.
5-É preciso discernir entre a minoria sábia e a maioria
enlouquecida.
6-É preciso discernir entre a vontade de Deus e a vontade
própria.
7-É preciso discernir entre falta alheia e falta própria.
8-É preciso discernir entre zelo e fanatismo.
9-É preciso discernir entre o saudável e o insano.
10-É preciso discernir entre o misticismo sadio e o
misticismo patológico.
11-É preciso discernir entre os acontecimentos comuns e os
grandes acontecimentos de Deus.
12-É preciso discernir entre espíritos que procedem de Deus 14. Evite orar para pedir coisas. Ore para
e espíritos que não precedem. agradecer. Quando pedir, peça sabedoria e
“Porque os olhos do Senhor estão sobre os justos, e coragem.
os seus ouvidos atento à sua súplica; mas o rosto do 15. Dê às pessoas uma segunda chance;
Senhor é contra os que fazem o mal. “ I Pedro 16. Evite tomar decisões quando estiver cansado ou
3:12 nervoso;
17. Respeite todas as coisas vivas, especialmente as
Revista Ultimato - Julho de 1997
indefesas;
70 18. Dê o melhor de si no seu trabalho e em sua
Pense Nestas “Dicas” (Anatoli casa;
19. Seja HUMILDE, principalmente nas vitórias;
Oliynik) 20. Jamais prive uma pessoa de esperança. Pode ser
que ela só tenha isso.
1. Elogie 3 pessoas por dia;
2. Tenha um aperto de mão firme; 71
3. Olhe as pessoas nos olhos; Os dez mandamentos de como viver bem
4. Gaste menos do que ganhe; com os outros !
5. Saiba perdoar a si e aos outros; 1- Tenha controle de sua língua. Sempre diga menos do que
6. Faça novos amigos; pensa. Cultive uma voz baixa e suave. (Pv.15:1; Tg.3:2)
7. Saiba guardar segredo; 2- Pense antes de fazer uma promessa e depois não dê
8. Evite adiar uma alegria; importância ao quanto lhe custa. (Nm.30:2; Dt.23:21-23;
9. Sorria, sempre; Jn.2:9)
10. Pague as suas contas em dia; 3- Nunca deixe passar a oportunidade para dizer uma coisa
11. Surpreenda aqueles que você ama com presentes meiga e animadora a uma pessoa ou a respeito dela.
inesperados; (Gl.6:10; Cl.4:5-6)
12. Trate os outros como eles gostariam de ser 4- Tenha interesse nos outros, em suas ocupações, bem
estar, seus lares e famílias. (Rm.12:15)
tratados;
5- Seja alegre, conserve para cima os cantos da boca.
13. Aceite sempre uma mão estendida; (Gl.5:22,23)
6- Conserve a mente aberta para todas as questões de
discussões. Investigue, mas não argumente. (Pv.18:13;
Pv.19:2; Tg.1:19)
7- Deixe as suas virtudes falarem por si mesmas e recuse a
falar das faltas e fraquezas dos outros. (Rm.12:16-18)
8- Tenha cuidado com os sentimentos dos outros. Gracejos e
humor não valem a pena e freqüentemente magoam quando
menos se espera. (Ef.4:1-3)
9 - Não faça questão com observações más a seu respeito.
Só viva de modo que ninguém as acredite. (Mt.5:11;
Rm.12:21; I Pe.3:8-9)
10- Não seja tão ansioso a respeito de seus direitos.
Preocupe-se mais com suas responsabilidades. (Sl.37:5-7)
Rev. Eudaldo Gomes de Almeida
72
O Escorpião e a Rã
Um Escorpião quer atravessar o rio
mais não sabe nadar, procura uma Rã que
sabe e pede uma carona, a Rã diz: “se leva-
lo nas costas, você vai me ferroar”. O
Escorpião retruca: “não é do meu
interesse, pois eu me afogaria junto com
você”. A Rã pensa nesta lógica e concorda,
leva o Escorpião nas costas, enfrenta as
águas com coragem. Na metade do
caminho, sente uma forte pontada do lado,
e se dá conta que foi o ferrão do Escorpião.
Enquanto ambos afundam sob as ondas a
Rã grita: “porque me ferroou Sr.
Escorpião, agora ambos vamos nos
afogar”. O Escorpião responde: “não
posso evitar é minha natureza”.
Muitas lições podemos tirar desta
fábula, uma delas é que muitas vezes
queremos viver carregando nas costas um
escorpião chamado mundo, que nos faz
propostas tentadoras e que promete não
nos destruir, mas, se continuarmos no
mundo, cedo ou tarde
receberemos a picada mortal.
(leia a mensagem “O Discurso de Pedro”).
73
Lição 1: Classe de Catecúmenos e Profissão de Fé
1.Classe de Catecúmenos: Esta expressão adotada pela igreja para
designar um grupo de principiantes na vida cristã que se reúne para
estudar a palavra de Deus com vista à pública profissão de Fé.
Catecúmeno quer dizer noviço, pois qualifica a pessoa iniciante no
conhecimento da fé cristã. É alguém que está começando a instruir-se
nos ensinamentos e princípios bíblicos com o fim de preparar-se para
fazer a sua pública profissão de fé cristã. É alguém que está
começando a instruir-se nos ensinamentos e princípios bíblicos com o
fim de preparar-se para fazer a sua pública profissão de fé e tornar-se
membro comungante da Igreja.
Esta classe da aos alunos instruções básicas sobre à Bíblia, as
doutrinas e a vida cristã, ajudando-os assim, a compreender o sentido
do passo que vão dar, e se equiparem para melhor servirem a igreja.
2. A Profissão de fé: É um ato de obediência à vontade expressa do
Senhor Jesus aos seus seguidores. Por meio deste ato, os que aceitam
a mensagem salvadora proclamam e reconhecem publicamente a
pessoa de Jesus Cristo como Salvador, Senhor e mestre. Mt.10:32-33.
Esta confissão não é apenas um ato formal, que se realiza
durante a cerimônia de um culto público. Confessar a Cristo como
salvador é dever solene e reconhecido de todos os seus verdadeiros
discípulos, onde quer que estejam e perante todos aqueles com quem
se relacionam.
3. Profissão de Fé e Privilégios: Por meio da Profissão de fé, o
candidato passa a desfrutar todos os direitos e privilégios da Igreja,
tais como a participação na Santa Ceia, o Batismo dos filhos, a
ocupação de cargos eletivos na igreja etc. Passa formalmente a
categoria de membro comungante da Igreja do Senhor Jesus.
4. Batismo, Profissão de Fé e Salvação: O único caminho de
salvação do pecador é o que nos aponta o apóstolo Paulo, nas
seguintes palavras: “Pela graça sois salvos, mediante a fé; e isso não
vem de vós, é dom de Deus” (Ef.2.9). Ninguém se salva pelo batismo
administrado pelo pastor, nem pela profissão de fé. Devemos,
portanto, fazer a nossa profissão de fé, por obediência a Jesus, para
nos tornarmos membros da comunidade, e para termos autoridade de
proclamar a alegria da salvação. Não, porem, para nos salvarmos.
74
Lição 2: A Bíblia - Palavra de Deus (Primeira Parte)
1. Significação e Composição: A palavra Bíblia é de origem grega, e
está na forma singular. O seu sentido, porém, é plural e significa,
literalmente, livros. Isto porque na realidade, a Bíblia não é um só
livro, mas uma coleção de livros ou uma pequena biblioteca, num só
volume.
A Bíblia está dividida em dois Testamentos, desiguais em
tamanho. O maior é o Velho Testamento, com 39 livros , e o menor, o
Novo Testamento, com 27 livros. Esses livros obedecem a certa
classificação, conforme o estilo ou assunto de cada um. A palavra
testamento vem do latim e significa pacto ou aliança.
2. Escritores e Tempo: Os estudiosos não têm opinião uniforme a
respeito do número exato dos escritores da Bíblia, nem do período de
tempo que levaram para escrevê-la. Podemos entretanto admitir como
calculo estimativo, aceito por algumas autoridades, que ela teria sido
escrita por cerca de 36 autores, durante 16 séculos aproximadamente.
3. Livros da Bíblia:
Velho Testamento
5 Livros da Lei: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio.
12 Livros Históricos: Josué, Juizes, Rute, 1 Samuel, 2 Samuel, 1
Reis, 2 Reis, 1 Crônicas, 2 Crônicas, Esdras, Neemias, Ester.
5 Livros Poéticos: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cantares.
5 Profetas Maiores: Isaías, Jeremias, Lamentações de Jeremias,
Ezequiel, Daniel.
12 Profetas Menores: Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias,
Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias.
Novo Testamento:
Evangelhos: Mateus, Marcos, Lucas, João.
Livro Histórico: Atos
Cartas de Paulo: Romanos, 1 Coríntios, 2 Coríntios, Gálatas,
Efésios, Filipenses, Colossenses, 1 Tessalonicenses, 2
Tessalonicenses, 1 Timóteo, 2 Timóteo, Tito, Filemom. Carta de
Autor Desconhecido: Hebreus.
Cartas Gerais: Tiago, 1 Pedro, 2 Pedro, 1 João, 2 João, 3 João,
Judas.
Livro Profético (Revelação): Apocalipse.
75
Lição 3: A Bíblia - Palavra de Deus (Segunda Parte)
 Três Palavras importantes: Há três vocábulos que nos ajudam a
compreender alguns aspectos relacionados com o registro e o ensino
da Bíblia como palavra de Deus.
1. Revelação - Ato pelo qual Deus se deu a conhecer ao homem. Se
Deus não houvesse tomado a iniciativa de revelar-se ao homem, ele,
por si mesmo, jamais chegaria a conhecê-lo. “Os vossos pecados
fazem separação entre vós e Deus” (Is.59.2). “O salário do pecado é a
morte” (Rm.6:23a). No sentido mais comum, a palavra revelação
significa descobrir, desvendar, tirar o véu. No sentido bíblico, refere-
se ao ato pelo qual Deus manifestou a sua pessoa e o seu plano
salvador à criatura.
2. Inspiração - É o ato pelo qual Deus, mediante o Espírito Santo,
influenciou e guiou os escritores sagrados para que registrassem
fielmente os atos e as palavras de seu plano de salvação: “Toda a
escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão,
para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem
seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda a boa obra” (II Tm.
3:16-17). A Bíblia é inspirada num sentido único e divino, e não no
sentido literário e poético.
3. Iluminação - Por meio da iluminação, Deus, pela ação do Espírito
Santo, esclarece os leitores da Bíblia, capacitando-os a compreender a
verdade salvadora revelada. Sem a revelação o pecador jamais
chegaria a conhecer a Deus; sem a iluminação, jamais chegaria a
conhecer a verdade revelada: “Ora, o homem natural não aceita as
obras do Espírito de Deus, porque lhe são loucuras; não podem
entendê-las porque elas se discernem espiritualmente” (I Co.2:14).
Certamente que a palavra da Cruz é loucura para os que se perdem,
mas para nós, que somos salvos, poder de Deus” (I Co. 1:18).
Esta é a razão por que devemos orar, quando lemos a Bíblia e
quando nos encontramos no templo para prestar culto a Deus e ouvir a
leitura e a exposição de sua palavra.
 A leitura da Bíblia: Sustentamos que a leitura da Bíblia é fator
seguro para se avaliar a vida espiritual do crente. Sua leitura regular,
feita com atenção e reverência, ou a negligência desse dever , indica,
com muita segurança, o crente espiritualmente forte ou o crente fraco.
76
Lição 4: A Trindade
1. Um mistério: A doutrina da trindade é um dos mistérios da
religião, que aceitamos pela fé. Não podemos entendê-la pela razão,
nem explicá-la com palavras. Costumamos expressá-la simplesmente
assim: “Há um só Deus que subsiste em três pessoas: o Pai, o Filho e o
Espírito Santo.”
Todas as tentativas para explicar a trindade fracassam, não
porque ela seja contrária à razão, mas porque está acima da razão.
Figuras e ilustrações que tem sido usadas para elucidá-la ficam
sempre aquém da realidade e apresentam distorções da verdade que as
tornam insatisfatórias. Todavia, não seria razoável rejeitá-la pelo fato
de ser um mistério. Estamos rodeados de mistérios, no mundo natural
em que vivemos, os quais, todavia, não só aceitamos mas até usamos
para o nosso bem estar.
2. Breves Definições:
“Quem é Deus ? “Deus é espirito, infinito, eterno, imutável em seu
ser, poder, sabedoria, santidade, justiça , bondade e
verdade”(B.C.p.4).
“Quem é (o filho) o Redentor Escolhido do Pai ? O único redentor
escolhido por Deus é Jesus Cristo, que, sendo o eterno filho de Deus,
se fez homem, e assim foi e continua a ser Deus e homem, em duas
naturezas distintas e uma só pessoa, para sempre” (Breve C. p.21).
“Quem é o Espírito Santo ?” O Espírito Santo é a terceira pessoa da
Trindade, procedente do Pai e do Filho, da mesma substância e igual e
poder e glória e deve-se crer nele, amá-lo, obedecer-lhe, juntamente
com o Pai e o Filho, por todos os séculos” (Confissão de Fé, XXXIV).
3- A Doutrina firmada na Bíblia: A Bíblia é, naturalmente, a base
fundamental e a autoridade suprema em que se firmam todas as
demais doutrinas. Desde os primeiros versículos, a doutrina da
trindade aparece apresentada na Bíblia e repetidamente, através de
toda a palavra de Deus. Gn.1:1-2; Jo.1:1-3; Mt.3:16-17; Mt.28:19; 2
Co.13:13.
4- Funções das Três Pessoas: Em virtude da sua unidade, as três
pessoas da Trindade estão sempre presentes em todas as obras
realizadas por Deus. Todavia, os estudiosos concordam em fazer
certas distinções, na base da relevância da obra de cada pessoa, no
exercício de determinadas funções. Assim podemos dizer que Deus
Pai é o Criador (Gn.1:1); Deus filho é o Salvador (Lc. 2:11); Deus
Espírito Santo é o Regenerador e Santificador (Tt.3:5; I Pe.1:2).
77
Lição 5 - 6 - 7 : O Homem (Criação, Pecado e Salvação)
1. CRIAÇÃO - Bem no início do primeiro livro da Bíblia, o Gênesis,
encontramos os seguintes textos sobre a origem do homem (Gn.1:26-
27; 2:7)
1.1. O Homem é Criatura de Deus - Foi trazido à existência por
Deus, de maneira especial e distinta de todo o resto da criação. Ato
final que coroou a obra da formação do universo.
1.2. Formado do Pó da Terra - É um ser material e, neste sentido, é
parte do reino animal.
1.3. O Homem foi feito à imagem e Semelhança de Deus - Um ser
moral (Gn.2:16-17). Uma pessoa (Gn.3:6). Um ser racional (Gn.2:17).
Um ser Espiritual (Gn.2:7). Um ser imortal (2 Tm.1:10).
2. PECADO (“Pecado é qualquer falta de conformidade com a lei de
Deus ou qualquer transgressão dessa lei” Breve catecismo p.14)
No diálogo travado com o tentador (Gn.3:1-7), a voz do
tentador prevaleceu, e nossos primeiros pais desobedeceram a Deus,
comendo do fruto proibido. A bíblia afirma que o pecado afetou toda
a raça, e por isso o ser humano sempre comete atos e nutre
disposições contrarias à lei de Deus. (I Rs. 8:46; Rm. 3:10,12;
Sl.51:5; Rm.7:24).
As conseqüências do Pecado (Gn.2:17) - Morte Física (Ec.12:7).
Morte Espiritual (Gn.3:23, 24). Morte Eterna (Mt.25:46, 2 Ts.1:9).
3. SALVAÇÃO - É impossível ao homem conquistar sua própria
Salvação, era necessário um Salvador suficiente. Jesus o homem
sujeito às mesmas limitações do nosso corpo, mas nele não havia
nenhum pecado. Jesus o Deus, possui atributos de Deus, como
existência própria, imutabilidade, santidade, eternidade, onipresença,
onisciência, onipresença; realiza obras de Deus, como criação,
ressurreição dos mortos, juízo do mundo; perdoa pecados; é adorado
como Deus etc. (Lc.1:35; Mt.1:23; Jo.1.1).
Cristo morreu pelos nossos pecados, seu sangue nos purifica
de todo o pecado. (Hb.9:22; I Jo.1:7; Is.53:4-5). Salvação é uma
dádiva, e não uma conquista; provém da graça de Deus, e não dos
méritos do homem. (Ef. 2:8-9; Rm.3:24-26). O espírito Santo leva o
pecador à experiência do novo nascimento. (Jo.3:3,6; Jo.16:8; I
Co.6:11). O homem se expressa mediante dois atos: arrependimento e
fé (as obras são frutos indispensáveis da fé genuína).
78
Lição 8: A Ressurreição de Cristo
1. A VITÓRIA SOBRE O ÚLTIMO INIMIGO: A ressurreição de
Cristo foi o evento culminante que coroou a vitória total de seu
ministério terreno com a derrota do último inimigo, a morte. (I Jo.3:8)
2. A IMPORTÂNCIA DA RESSURREIÇÃO: A morte e a
ressurreição de Cristo são, pois, os dois pilares sobre os quais repousa,
com segurança, o Edifício da nossa fé. Do ponto de vista apologético,
a ressurreição ocupa posição incontestavelmente mais destacada.
2.1. O Testemunho de Paulo - Se Cristo não houvesse ressuscitado,
proclamar ao mundo um Cristo morto seria tarefa dolorosamente
inútil. (I Co.15:14,17,19)
2.2. O Testemunho Doutrinário
 A Ressurreição e a Redenção - Na crucificação foi “esmagada a
cabeça da serpente” (Gn.3:15), e na ressurreição, vencido o grande
inimigo - a morte. A ressurreição de Cristo foi, pois, o evento
indispensável que completou a sua obra redentora.
 A Ressurreição e o Senhor da Vida - Cristo apresentou-se
repetidamente, durante o seu ministério, como a vida, Jo.14:6; 1:14;
10:10.Ele não podia deixar de triunfar sobre a morte.
 A Ressurreição e a Imortalidade - Somente Cristo, em virtude da
ressurreição pode dar aos seus adoradores a gloriosa segurança da
ressurreição e imortalidade. Jo.11:25,26
3. A REALIDADE DA RESSURREIÇÃO: A ressurreição é
contestada por muitos, suas alegações são as seguintes: A) Os
discípulos roubaram o corpo de Cristo. (Mt.27:62-66; 28:12-15) B)
As mulheres foram ao túmulo errado. C) A teoria do desmaio de
Cristo. D) O corpo foi removido. E) A teoria da Alucinação.
 Ressurreição comprovada - A) O túmulo vazio. B) Os
aparecimentos de Jesus. C) A conversão de Saulo. D) O testemunho
da Incredulidade de Tomé. E) A Igreja Cristã. F) O dia do Senhor. G)
A transformação dos Apóstolos.
4. O SENTIDO DA RESSURREIÇÃO: A) Deus, por meio dela,
confirmou a pessoa e a obra de seu filho. B) Ela é a garantia de nossa
imortalidade e ressurreição. C) Comunica poder a mensagem do
Evangelho. D) Proclama um salvador vivo e presente. E) É a garantia
da permanente obra intercessória de Cristo.
79
Lição9: A Igreja
1. Origem da Palavra Igreja: Igreja é uma palavra que vem do
grego, e nesta língua significa assembléia, multidão, ajuntamento
popular.
2. Diversidade de Sentidos: A palavra igreja, na linguagem religiosa,
passou , com o tempo, a ser usada em vários sentidos, tais como:
igreja visível e igreja invisível; igreja militante e igreja triunfante;
igreja católica ou universal e igreja particular ou local; igreja como
credo (igreja romana; igreja ortodoxa; igreja reformada ou
protestante); seitas ou denominações (presbiteriana, metodista, batista,
etc.), e, naturalmente, o próprio edifício onde se congregam os fiéis.
3. Igreja de Cristo: “é a companhia dos eleitos que são chamados
pelo Espírito de Deus” Igreja invisível; “a comunidade dos que
professam a verdadeira religião, juntamente com os seus filhos”, que
é a igreja visível.
4. A missão da Igreja: A igreja foi estabelecida por Deus para ser
instrumento de proclamação ao mundo da mensagem de salvação em
Cristo e agência de ensino e edificação dos que, convertidos,
tornavam-se seus membros.
5. Os Atributos da Igreja: A) Unidade - Consiste na união espiritual
de todos os verdadeiros crentes. I Co.12:7; Jo.17:21. B) Santidade -
Santo é aquele que é “separado” do mundo por Deus, para servi-lo no
mundo. C) Universalidade (ou Catolicidade) A igreja de Cristo é
universal porque inclui todos os crentes, de todas as partes da terra.
6. As Marcas Características da Igreja: A) O verdadeiro ensino da
Palavra de Deus, Jo.8.31,32; II Jo.9. B) A Administração correta dos
Sacramentos (Batismo e Santa Ceia). Mt.28:19; At.2:42. C) O
Exercício Fiel da Disciplina, Mt.18:18; I Co. 5:13.
Outras marcas importantes: A) A presença do Espírito Santo - O
Espírito Santo criou, dirige e sustenta a igreja. Atos 15:28 B) Amor - Esta é
a marca fundamental, tanto na vida do crente, quanto na da Igreja. Jo.13:34-
35; I Jo.4:8. C) Serviço - Cristo exorta os discípulos sobre a importância do
serviço, referindo-se à finalidade de sua vinda ao mundo. Mt.20:28. D)
Testemunho - O testemunho da igreja é segundo um teólogo, a sua
capacidade de ser “transparente”, isto é, de deixar que o mundo veja, através
dela, a pessoa de Cristo. E) Comunhão - Rm.12:4b-5 “nem todos os
membros têm a mesma função, assim nós, embora muitos, somos um só
corpo em Cristo, e individualmente uns dos outros.”
80
Lição 10: Os Sacramentos
1. Quantos e Quais São ? Para as igrejas reformadas ou evangélicas
só há dois sacramentos: O Batismo e a Santa Ceia. A igreja romana
afirma a existência de mais cinco, que são: a confirmação, a
penitência ou confissão, a extrema unção, a ordem e o matrimônio.
2. Definição - “O sacramento é uma santa ordenança instituída por
Cristo na sua igreja para significar, selar e conferir àqueles que estão
no pacto da graça os benefícios da mediação de Cristo; para fortalece-
los e aumentar-lhes a fé e todas as demais graças, e obrigá-los à
obediência; para testemunhar o seu amor e comunhão uns para com os
outros e para distinguir entre eles e os que estão de fora”. Agostinho
deixou-nos a seguinte definição, mais breve e mais simples:
“Sacramento é o sinal visível de uma graça invisível”.
3. Origem - Os sacramentos foram instituídos por Cristo mesmo, que
os entregou à igreja para que os observasse. (Mt.28:19; I Co.11.23-25)
4. Observações Necessárias - Os sacramentos não têm valor em si
mesmos. Eles só se tornam eficazes, como meio de graça, mediante a
operação do Espírito Santo e a bênção de Cristo que os instituiu. O
batismo ou a Santa Ceia aplicados a um incrédulo em nada o
beneficiam. Outra observação é que os sacramentos não têm nenhum
poder de salvar. São meios de graça instituídos por Cristo para o bem
dos que são salvos, mas não têm nenhum poder salvador.
O Batismo - “O batismo é o sacramento no qual o lavar com água, em
nome do Pai, do filho, do Espírito Santo, significa e sela a união do crente
com Cristo, a participação das bênçãos do pacto da graça e a promessa de
pertencermos ao Senhor” (Catecismo Maior). Singelamente, podemos
dizer que o batismo é o rito de iniciação no seio da igreja de Cristo.
As três formas de Batismo são: a aspersão, a imersão e a efusão.
A Santa Ceia - “Ceia do Senhor (Santa Ceia ou Eucaristia) é o
sacramento no qual, dando-se e recebendo-se o pão e vinho, conforme
a instituição de Cristo, anuncia-se a sua morte, e aqueles que
participam dignamente, não de maneira temporal e carnal, tornam-se
participantes do corpo e do sangue, com todas as suas bênçãos, para o
seu alimento espiritual e crescimento em graça” (Breve Catecismo)
Simboliza a nossa libertação do poder do pecado, mediante o
sacrifício de Cristo.
81
Lição 11: Privilégios e Deveres dos Crentes
1. PRIVILÉGIOS DOS CRENTES
a) Um relacionamento Filial com Deus: O Crente é aquele que se
tornou filho de Deus (Jo. 1:12). O Crente não é apenas uma criatura
de Deus. Sua relação com Deus é idêntica à do filho com o pai.
(Mt.6:9; Hb.12:6, 12:10)
b) A Certeza do Perdão: O perdão que Deus nos concedeu em Cristo
é definitivo. (Ef.4:32)
c) A Segurança da Salvação: Este é, incontestavelmente, um dos
maiores privilégios do crente. (2 Tm.1:12; Fp.1:21-23). Sempre é
bom lembrar, que estar seguro da vida eterna não é sentir-se seguro da
vida eterna. O alicerce da nossa segurança não está no que sentimos.
(Rm.8:17; Jo.3:16; Rm.5:5).
d) A Participação nos Sacramentos: O Batismo, a Santa Ceia e os
outros meios de graça (leitura da Bíblia, oração, participação no culto público etc.)
2. DEVERES DOS CRENTES
a) Para Com Deus: “O dever que Deus requer do homem é a obediência à
sua vontade revelada.” (Breve Catecismo Perg. 39) Em síntese, amor
supremo a Deus pela obediência. Mt.22:37-38; Jo.14:15,21,23;
Mt.10:37).
b) Para com o Mundo: Cristo veio para salvar o mundo. Nós somos
instrumentos de Deus para a realização desta tarefa. Jo.17:18;
Mt.22:39,40; Lc.10:25-37. “amarás o teu próximo”.
c) Para Consigo Mesmo: Procurando ser um cristão integral, na vida
e na conduta diária. Ler diariamente a Bíblia; cultivar a vida de
oração, buscar a orientação e o poder do Espírito Santo, cuidar da
pureza pessoal, crescer na vida de obediência a Deus, integrar-se no
programa e nas atividades da comunidade cristã, etc...
d) Para Com o Lar: Do esposo e da esposa (Ef.5:22-23; Cl.3:18-19; 2
Pe.3:1-7). Pais para com os filhos ( Dt.6:6-7; Pv.22:6). Filhos para com os
pais ( Dt.5:16; Ef.6:4).
e) Para Com a Igreja: Servir Mc.10:43-45; 1 Co.12:22. Todos os
membros do corpo são úteis e necessários. Testemunhar At.1:8; 2
Tm.3:12 . Testemunhar é viver realmente os ensinamentos do Mestre,
qualquer hora, em qualquer lugar. Evangelizar Mc.16:15,16; At.8:1-4.
Anunciar o evangelho é missão de cada membro da Igreja. Sustentar A
igreja é uma instituição divina, cuja missão de propagar e anunciar o
evangelho ao mundo não pode ser levada a efeito sem recursos materiais.
82
Mordomia Cristã Mt.25.14-33; Lc.19:12-27.
Mordomo > O maior da casa (mor + domus). Era o servo a quem o Senhor
entregava tudo o que possuía para ser por ele administrado.Gn.24:2; Gn. 39:4,
41:39-41.
Deus é o Senhor de tudo. Sl.24:1 . Dt.10:14. Tudo o que temos e tudo o
que somos pertence a Deus. I Co.6:19; Rm.14:7,8. Nós somos apenas
administradores.
A Parábola dos Talentos e parábola das minas nos ensina que teremos de
Prestar contas de nossa vida. Nada trouxemos e nada levaremos conosco. I Tm.6:7.
A mordomia do Dízimo
As igrejas evangélicas, em geral, têm apresentado o dízimo como o método
básico ideal de contribuição, que todos os crentes devem adotar para guiá-los na mordomia
dos seus bens materiais.
O Dízimo no Velho Testamento
Antes da Lei: Primeira passagem Gn.14:18-20. O Dízimo surgiu como um ato
expontâneo e voluntário do coração piedoso de Abraão. Aparece também como voto de
Jacó. Gn.28:22; com Moisés se torna legal Dt.14:22.
O Dízimo no Novo Testamento
Mencionado em três ocasiões apenas no NT. Mt.23.23; Lc.18:12; Hb.7:1-10 Demais
referencia do N.T. dizem respeito não ao dízimo, mas a contribuição de maneira geral.
Jesus fez duas observações relevantes que se aplicam ao Dízimo:
1- Ele ampliou e aprofundou os princípios do Velho Testamento.
Na dispensação da graça, o crente não pode ficar aquém do Judeu na dispensação
da Lei. Mt. 5. 21,22,27,28,33-37,38-41,43,44. Devemos fazer mais do que os fariseus.
O Dízimo deve ser a contribuição mínima, de onde deverão partir todos os crentes
para contribuições mais generosas, à medida que cresçam seus rendimentos econômicos.
Contribuição pode ser provada não pelo que se dá, mas pelo que é retido pelos
ofertantes. Mc.12:43-44.
2- Ele condenou o legalismo
Jesus censurou duramente os fariseus porque davam o Dízimo mas desprezavam
virtudes importantes (Mt.23:23 e Lc.11:42) . Dar o Dízimo sem compromisso com a
justiça, a misericórdia e a fé faz dele prática legalista, sem o menor valor diante de Deus.
Recomendações de Paulo I Co 16:2; II Co.9:7
As Contribuições devem ser metódicas: “No primeiro dia da semana”; devem ser
pessoais: “cada um de vós” ; devem ser voluntárias: “propôs no seu coração”; devem ser
proporcionais: “conforme tiver prosperado”; devem ser apresentadas com alegria: “não c/
tristeza”; devem ser discretas: “não...coletas quando eu chegar.”
A Bênção de Contribuir
Muita ênfase tem sido dada às bênçãos materiais decorrentes da prática do
dízimo. Mas as bênçãos mais preciosas advindas do Dízimo são de natureza
espiritual.
O verdadeiro mordomo é o que entrega a sua vida a Deus, mais do que o
seu dinheiro Deus quer o seu coração. Pv.23:26 “Filho meu, dá-me o teu coração;
e deleitem-se os teus olhos nos meus caminhos.”
83
O CONSUMISMO QUE CONSOME !
Muitos tem compulsão pelo consumo. Sem necessidade, sem
dinheiro, sem tempo vão às compras sem preocuparem com as
dificuldades posteriores.
O consumismo é um pedido de socorro, uma resposta para
agüentar o tranco da vida quando se assume a vitória do
materialismo e a falência da espiritualidade.
(Mt.13:45-46; João 4:32-34)
Discípulos ou consumidores
 Uma multidão extasiada com o milagre da multiplicação dos
pães queriam proclamar Jesus como rei, mas ele recusou.
João 6:14 -15 “Vendo, pois, aqueles homens o sinal que Jesus operara,
diziam: este é verdadeiramente o profeta que havia de vir ao mundo.
Percebendo, pois, Jesus que estavam prestes a vir e levá-lo à força
para o fazerem rei, tornou a retirar-se para o monte, ele sozinho.”
No dia seguinte , Jesus também recusa a fazer mais milagres
diante da multidão pois percebe que o estão seguindo por causa dos
pães que comeram.
João 6:22-40 “Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos
digo que me buscais, não porque vistes sinais, mas porque comestes
do pão e vos saciastes. Trabalhai, não pela comida que perece, mas
pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do
homem vos dará; pois neste, Deus, o Pai, imprimiu o seu selo.” V.26-
27
Jesus preferiu doze discípulos à cinco mil consumidores. Hoje
o consumismo entra de vez no mundo Gospel. Mentalidade de
satisfazer, prestar serviço. Programações especiais, forma e o
conteúdo das pregações, escolha das músicas, tipo de liturgia,
estratégias de crescimento das comunidades. Tudo feito com o
objetivo de satisfazer as necessidades emocionais, físicas e materiais
das pessoas, para atrair mais freqüentadores, torná-los mais felizes,
satisfeitos, e dispostos a continuar freqüentando as igrejas.
Sem dúvida a indústria da música cristã tem crescido
assustadoramente e se distanciado do propósito inicial de propagar a
fé. Não se busca o reino de Deus mas diversão e entretenimento
evangélico, se a igreja não satisfaz a sua necessidade, vão para outra
escolhendo a igreja que se sinta confortável.
84
“Minha missão é fazer as pessoas comprarem o que elas não precisam pelo
dinheiro que elas não têm” ( um vendedor anônimo ) .
1- Consumir para viver e viver para consumir: Qualquer pessoa que vive debaixo
do sol precisa comer para viver, mas cada vez mais vivemos para consumir e não
consumimos para viver.
2- Propaganda persuasiva e invasiva: Existe uma excessiva quantidade de
propaganda que gera uma grande multidão de discípulos. O americano é exposto a
cerca de 3500 anúncios por dia, promessas de sucesso, doçura e sensibilidade, nos
envolvendo.
“O alvo do anúncio é ensinar o povo a desejar o que não desejava antes, e
indicar onde tais desejos podem ser atendidos.”
Anúncios começaram sendo instrutivos, e passaram de informação para
persuasão ensinando o povo a ser consumista.
O consumismo vem como uma resposta a insatisfação e
descontentamento, com a idéia de consumir para ser feliz.
3- A beleza da simplicidade: Devemos aproveitar o máximo de coisas simples, e
não só por não ter condição de ter outras. Ser agradecido pelas coisas pequenas
que temos. A arte de dar presentes sem o propósito de receber algo em troca.
Oferecer resistência interior ao desejo interior de acumular sempre.
4- Mordomia Sacerdotal: A arte de gastar tempo, dinheiro e os recursos da terra
para o serviço e louvor a Deus. Somos mordomos, não para viver utilizando as
cousas para o nosso prazer e sim em primeiro lugar com um propósito de agradar a
Deus. Consumismo não é algo necessariamente mal. Devemos consumir para viver
e podemos consumir da maneira cristã.
Consumismo: Correr atrás do vento”: Um dia talvez você se pergunte: “Que fiz,
afinal, da minha vida? Para que me servem, ou serviram tantas coisas, acumuladas
em tantos anos? Onde irá parar tudo isso, Deus meu?... Porque acumulam as
pessoas tantos tesouros perecíveis, em sua trajetória pela terra?...” Na verdade o
consumidor não busca possuir coisas, e sim consumir coisas. Ele não consome as
coisas, elas que o consomem. E o faz incessantemente, sem nunca satisfazer-se e
quando de repente deixa de consumir, entra em depressão, tédio e solidão. O
consumir é aprendido desde criança, os pais dão presente aos seus filhos em
exagero. O que fazer com tudo isso ?? Dar para outra pessoa o que sobrou ??
Vender ?? Até mesmo nas mentes das pessoas, ávidas de criar mais, falar com
maior brilho que qualquer um, escrever sem competidores, ter na ponta da língua
as melhores respostas para todas as perguntas, entregam-se apaixonadamente ao
consumo de livros, pesquisas estudos, experiências, investigações,
aperfeiçoamentos, consumindo o cérebro em cansaços exaustivos, na busca do
melhor troféu. Consomem o poder em diversas batalhas intermináveis.
O consumismo exagerado significa vazio, pobreza e carência de Alma. A
pessoa não tem nada dentro de si e vive à procura de algo para preencher esse
vazio. Pode ser também resultado de um forte complexo de inferioridade.
Revista Ultimato Adaptação HSG
85
A TERAPIA DO MEDO
“Ó Deus Eterno, faze que sintam medo e que
saibam que são seres humanos e nada mais”.
Salmo 9.20
 O Medo é um sentimento paralisante e muito incômodo.
Não deve ser tolerado. É defeito grave que estrangula na
nascente muitos propósitos e muitos projetos.
Não obstante, em certas circunstâncias, o medo oferece
uma vantagem enorme. Acaba com a valentia descabida. Põe
um ponto final na caminhada tortuosa do pecado. Assusta quem
sem razão alguma se sente exageradamente tranqüilo.
Daí os pedidos que aparecem nas orações dos salmistas.
Davi ora assim: “Ó Deus eterno, faze que sintam medo e que
saibam que são seres humanos e nada mais”. (Salmo 9.20 em a
Bíblia na Linguagem de Hoje). Já Asafe ora assim: “persegue-
os com a tua tempestade, e amedronta-os com o teu vendaval”
(Salmo 83:15).
Em algumas ocasiões o medo põe por terra a soberba,
acaba com o indiferentismo religioso, destrói planos diabólicos,
gera o temor do Senhor e traz o medroso para perto de Deus
outra vez.
O medo de perder tudo o que se tem, o medo da doença,
o medo da morte, o medo da bancarrota, o medo do escândalo,
o medo da rejeição, o medo de ser entregue a uma disposição
mental reprovável (Rm.1:28), o medo de não haver caminho de
volta e o medo da punição eterna, se bem aproveitados, podem
arrancar o pecador das trevas e trazê-lo para a luz.
Certas coisas que Deus faz, certas palavras que Deus diz
e certas imagens escatológicas que Deus mostra incutem nesse
medo terapêutico. E por ser um medo que cura e salva, é
também um medo bem-vindo!
Revista Ultimato
86
“ E percorria Jesus todas as cidades e povoados, ensinado nas sinagogas,
pregando o Evangelho do reino e curando toda a sorte de doenças e
enfermidades” (Mateus 9:35)
Missão Integral
“O Evangelho todo, Para o homem todo, Em todo lugar.”
1- O Desafio do Evangelho em seu Todo.
A Igreja é chamada a pregar o Evangelho sem mutilações na
sua hermenêutica, sem amputações quanto a sua doutrina bíblica e
sem particularizações acomodadas por lideranças dogmáticas. O
grande desafio nesse mundo tomado por “um evangelho”, é o retorno
corajoso ao Evangelho do Reino, é a volta ao Evangelho do Reino, é
a volta ao evangelho Todo: sem nada acrescentar e sem nada
suprimir. Mas o grande obstáculo para esse desafio está na falta de
conhecimento, na falta de interesse, na falta de estudo da Palavra de
Deus. Uma Igreja sem o conhecimento das Escrituras jamais
conseguirá pregar o Evangelho Todo.
2- O Desafio do Evangelho para o Homem Todo.
O segundo desafio se relaciona com o chamado da Igreja, não
apenas para anunciar, mas para exercer em meio a uma sociedade
humana apodrecida e corroída, a vocação de sal e luz. Nosso desafio
deve se estender muito além da preocupação com a “alma do
homem”, mas com o homem em toda a sua complexidade; espiritual,
física, social, emocional, financeira, etc... A palavra ensina-nos como
Jesus curou “toda sorte de doenças”, como Jesus “alimentou com
pães e peixinhos uma multidão”, como Jesus “restaurou vidas
perdidas à família e à sociedade”. A Igreja, muitas vezes, vê o
homem apenas como mais uma “alma” a ser salva. A salvação é para
o homem todo!
3- O Desafio do Evangelho Estendido a Todo Lugar
O terceiro chamado para a Igreja está relacionado com a
responsabilidade de uma visão abrangente e ampla da missão: “em
todo lugar”. Aqui e lá. Perto e longe. Em Jerusalém e na Judéia, sem
esquecer-se de ir a Samaria e dos confins da terra. A ação local da
Igreja, não apenas atinge nossa contextualidade, mas atravessa
fronteiras transpõe mares para buscar o homem em todo lugar.
“Vamos nós trabalhar, somos servos de Deus”
Rev. Carlos de Oliveira Orlandi Jr.
87
Práticas Devocionais: PRÁTICA DA INTROSPECÇÃO
A prática da introspecção é a arte de investigar-se
acuradamente a si mesmo com o propósito de localizar os erros e os
acertos, as qualidades boas e as qualidades más, a virtude e o pecado,
o sucesso e o fracasso, sempre sob a perspectiva cristã. Embora a
Bíblia ensine e reforce o valor da auto-sondagem, não se pode
dispensar a sondagem realizada pelo próprio Deus, em resposta à
oração. A prática da introspecção é necessária por causa da
dificuldade nata que todos temos de admitir e nomear as próprias
faltas: “Quem há que possa discernir as próprias faltas?” (Sl.19:12).
Os verbos da introspecção:
 Examinar 1 Co.11:28 “Examine-se o homem a si mesmo”
 Esquadrinhar: investigar a área toda miudamente, pedaço por
pedaço, quadrinho por quadrinho, até nada mais achar. Sl.139:1-3
“Senhor, tu me sondas, e me conheces. Tu conheces o meu sentar e
o meu levantar; de longe entendes o meu pensamento.
Esquadrinhas o meu andar, e o meu deitar, e conheces todos os
meus caminhos.”
 Sondar, Provar : Sondar a nascente de tudo, as razões pessoais (Por
que penso assim? Por que falo assim? Por que me comporto
assim?)
Sondar as reações que estamos sujeitos. O estudo de nossas reações
revelam o conteúdo de nossa espiritualidade.
Sondar a consciência, o caráter, a fé, o amor, o trabalho.
Sondagem de cima: Deus é quem olha, esquadrinha.
Auto-sondagem e sondagem alheia
 É necessário parar de mentir a si próprio acabar com as eternas
desculpas, confessar tudo que sabe de errado, cultivar a capacidade
de ouvir repreensões, preocupar-se primeiro com a trave que está
em seu próprio olho e depois com o argueiro que está no olho de
seu irmão (Mt.7:3) e dar-se o trabalho de conhecer o seu íntimo.
 Em alguns casos a sondagem se inicia e até mesmo se desenrola
através da participação de um parente, amigo, irmão na fé ou guia
religioso. (Hb.3:13 “antes exortai-vos uns aos outros todos os dias,
durante o tempo que se chama hoje, para que nenhum de vós se
endureça pelo engano do pecado...”)
Elben M. Lenz Cézar
88
PRÁTICAS DEVOCIONAIS
RESTAURAÇÃO
A prática da restauração é a arte de se colocar contritamente
nas mãos do divino Oleiro para que ele refaça o vaso quebrado e lhe
dê a forma e a beleza anteriores, depois de qualquer crise ou desastre
de ordem religiosa. A restauração depende da submissão ao
tratamento dispensado soberanamente por Deus e baseia-se na sua
imensa misericórdia.
Danos e ocorrências:
 Perda do primeiro amor: sem entusiasmo, vontade, esperança,
tornou-se frio insensível.
 Perda das obrigações morais: Você se soltou. Fez concessões à
carne, ao mundo.
 Perda da pureza doutrinária: Distanciando gradativamente do
compromisso doutrinário.
 Perda do senso de dependência: Você está sempre certo, a última
palavra é sua.
A capacidade do restaurador:
 Restauração física, Restauração espiritual, Restauração do culto,
Restauração ecológica, Restauração final. (Exemplos Bíblico de
pessoas que foram restauradas: Davi, Pedro).
O caminho da restauração: É preciso fazer alguma coisa, fazer o possível!!
 Entre com o desejo. (Sl.81.11 “não queres” Mt.23:37 ...“quantas
vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus
pintos debaixo das asas, e não o quiseste!”)
 Entre com o pedido. Orar perseverantemente para Deus o restaurar.
(Sl.80:3,7,19. “restaura-nos”)
 Lembre-se onde, e quando começou a crise que o deixou no fundo
do poço.
 Confesse o iceberg todo: De nome aos seus pecados e confesse um
a um.
 Renove a aliança: Faça um compromisso sério com Deus
Deixe o resto com Deus: Deus vai recuperar o tempo
perdido, confie em Deus Salmo. 37:5 ... “o mais ele fará”.
Elben M. Lenz Cézar
89
PRÁTICA DA HUMILDADE
A prática da humildade é a arte da contenção e privação da
soberba e seus semelhantes: o orgulho, a vaidade, a jactância, a altivez
de espírito, a auto-suficiência e a estima exagerada. Por sua natureza,
a humildade tem que se alojar primeiro no íntimo para só depois se
exteriorizar.
 Humildade é o sentimento constante da necessidade de Deus.
A soberba é coisa séria
 A oração de Davi: SALMOS 19:11-13 “Também por eles o teu servo é
advertido; e em os guardar há grande recompensa. Quem pode discernir os
próprios erros? Purifica-me tu dos que me são ocultos. Também de pecados de
presunção guarda o teu servo, para que não se assenhoreiem de mim; então serei
perfeito, e ficarei limpo de grande transgressão.”
 O provérbio de Salomão. Pv.16:18-19 “A soberba precede a
destruição, e a altivez do espírito precede a queda. Melhor é ser
humilde de espírito com os mansos, do que repartir o despojo com os
soberbos. BLH “a desgraça está um passo depois do orgulho; logo
depois da vaidade vem a queda”.
 A citação de Pedro. I Pe.5.5-6 “Semelhantemente vós, os mais moços,
sede sujeitos aos mais velhos. E cingi-vos todos de humildade uns para com os
outros, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes. Humilhai-
vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que a seu tempo vos exalte...”
(Tg.4:6)
Prevenção da Soberba
O cuidado de Deus em colocar em Paulo o estranho mas eficaz
espinho na carne, que no entendimento do apóstolo era: “mensageiro de
Satanás, para me esbofetear, a fim de que não me exalte”. (BV “Deus ficou
receoso de que eu me inchasse”) II Co.12:7-10 “E, para que me não
exaltasse demais pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na
carne, a saber, um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de que
eu não me exalte demais; acerca do qual três vezes roguei ao Senhor que o
afastasse de mim; e ele me disse: A minha graça te basta, porque o meu
poder se aperfeiçoa na fraqueza. Por isso, de boa vontade antes me
gloriarei nas minhas fraquezas, a fim de que repouse sobre mim o poder de
Cristo. Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades,
nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou
fraco, então é que sou forte.”
Elben M. Lenz César
90
O BRASIL NÃO É DO SENHOR JESUS
É preciso respeitar o entusiasmo dos evangélicos
brasileiros que estão espalhando por aí que “o Brasil é do
Senhor Jesus”. Mas a verdade nua e cura é outra: o Brasil
não é do Senhor Jesus. O Brasil do carnaval, o Brasil das
injustiças sociais, o Brasil dos assaltos e assassinatos, o
Brasil do cristianismo nominal, o Brasil do Cristianismo
interesseiro - não é do Senhor Jesus.
Não será pela técnica da Pregação positiva que o país
se tornará de Jesus. O caminho é outro - será através da
convicção violenta do pecado pessoal e social, através do
arrependimento violento, através da mudança violenta do
comportamento, através da colocação violenta da fé
salvadora em Jesus Cristo, através da prática violenta das
boas obras decorrentes da nova vida em Cristo e através
de sucessivos reparos ou reconversões sempre que houver
pequenas ou grandes alterações no comportamento devido
a Jesus. E tudo debaixo da misericórdia de Deus.
Esta é não é a primeira vez que se diz
equivocadamente que o brasil é do Senhor Jesus. Ao
desembarcar no litoral da Bahia, os descobridores
portugueses batizaram o país com o nome ilha de Vera
Cruz. Antes foram os católicos que disseram que o Brasil é
do Senhor Jesus. Quinhentos anos depois são os protestantes
que dizem. Uma mudança desse porte, alcançando um país
inteiro ou o mundo inteiro, é evento escatológico, e está
ligado a volta gloriosa de Jesus Cristo, quando então se dirá:
“O Reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seu
Cristo e Ele reinará pelos séculos dos séculos.” (Ap.11:15).
Revista Ultimato Março 1997
91
NÃO POSSO ESQUECER
Não posso esquecer de bendizer ao meu Senhor!
Não posso esquecer os seus benefícios.
Porque apesar das muitas lutas.
Ganho vitórias pelas misericórdias de Cristo.

É ele quem perdoa as minhas iniquidades
Ele tem sarado as minhas enfermidades
É ele quem tem conduzido a minha mocidade
E tem nos levado nos seus caminhos com benignidade.
Não posso esquecer de sua graça e misericórdia
Da sua justiça proteção e benignidade
Não tem nos tratado segundo o nosso merecimento
Porém dá sua riqueza dispensada do seu firmamento
Não posso esquecer a minha estrutura
Pois bem sabemos que somos apenas pó.
Somos como a flor do campo que desaparece
Porém o Senhor nos sustenta com a sua graça maior
Não posso esquecer dos que cumprem a sua palavra
Nos céus estabeleceu o Senhor o seu trono
Por isso é que somos valorosos em poder.
Na certeza que pertencemos ao mesmo dono.
Diva Pereira da Souza
92
SIMPLICIDADE
Ó Deus, dá-me um estilo de vida simples, sem vaidade, sem anéis
de ouro nos dedos, sem trajes de luxo 1, sem Mercedes, sem sofisticação, sem
exibicionismo. Faze-me girar em torno do ser e não em torno do ter.
Não me deixes ficar nem rico nem pobre. Dá-me o suficiente para eu
viver. Porque se eu tiver muito mais do que é necessário, corro o risco de me
tornar auto-suficiente. E se eu ficar pobre, corro o risco de invejar os outros
e ficar zangado contigo.2
Se eu vier a ter mais do que preciso, livra-me de inventar e justificar
despesas sem fim e ainda reclamar que ganho pouco. Se eu vier a ter mais
do que preciso, concede-me a alegria de distribuir o excedente, com os meus
entes queridos3, com os pobres e com a evangelização do mundo.
Ensina-me a arte de viver contente em toda e qualquer situação, na
abundância e também na escassez. 4 Não me deixes relacionar alegria com
dinheiro, com riqueza, com fartura, com presentes, com sucesso, com
elogios, com fama e com prêmios. Faze-me lembrar vezes seguidas das
palavras do próprio Senhor Jesus: “Mais bem aventurado é dar que
receber”.5
Livra-me da escravidão do dízimo, de achar que o dízimo é a
medida única de minhas contribuições, algo que me dispense de qualquer
outra liberdade e que me faça repousar tranqüilo diante do clamor das
multidões sem Cristo e sem pão. Ajuda-me a gastar menos para dar mais.
Não me deixes dar com o intuito de receber. Livre-me desta
irreverência, desta perversão, deste absurdo, desta negociata desta
malversação. Ajuda-me a dar, não para ajuntar mais riquezas neste mundo,
onde as traças e as ferrugem ainda destróem e onde os ladrões ainda
arrombam e roubam, 6 mas para expressar o meu amor por ti e pelo próximo
e meu zelo pela expansão do teu reino. Santifica a minha oferta.
Dá-me a simplicidade de Jesus Cristo, que sendo rico, se fez pobre
por amor de mim 7, que teve a coragem de nascer num estábulo 8 , que não
tinha onde reclinar a cabeça9 , que precisou de um jumento emprestado para
entrar em Jerusalém10 , que recebia assistência da parte de algumas mulheres
da Galiléia11 . Amém
1
Tg.2:2-4 2 Pv.30:7-9 3 I Tm.5:4 4
Fp.4:10-13 5 At.20:35 6
Mt.6:19 7 II Co.8:9 8 Lc.2:7 9 Lc.9:58 10
Mc.11:1-7 11 Lc.8:1-3
Súplicas de Um Necessitado
93
Agarre-se à vida Eterna
Você é pobre simplesmente porque não sabe que
é rico. Parece uma brincadeira, mas é verdade. Você
tem e não sabe que tem. Você passa necessidade. Você
sofre. Você chora. Você reclama. Você passa
vergonha. Tudo à toa. Você tem o suficiente e muito
alem do suficiente.
 Seu caso é igualzinho ao do mendigo francês que
tinha em sua velha conta bancária trezentos mil francos
em dividendos de ações de uma firma em que
trabalhara e não sabia. Até tomar conhecimento dessa
pequena fortuna, ele viveu como pobre.
Em Cristo você é rico. Muito rico. Você tem
perdão para os seus pecados. Purificação para as suas
injustiças. Esponja para o seu passado. Alívio para a
sua dor. Pastos verdejantes para a sua fome. Águas
tranqüilas para a sua sede. Descanso para a sua alma.
Provisões para a sua ansiedade. Consolo para as suas
lágrimas. Vida eterna para o presente e para o além. É
tudo verdade. Não há exagero algum. A riqueza está
em Cristo. Se você se relaciona com ele, tudo isso
torna-se seu. Não é mentira. É exatamente assim.
Deixe de ser pobre. Para que sofrer, se há
recursos, se há provisões, se há fartura? É uma questão
de fé : “Quem crê no filho (de Deus) tem a vida eterna”(I
Tm.6:12). Em outras palavras: “Agarre-se com firmeza a vida
eterna que Deus lhe concedeu e que você reconheceu numa
confissão tão notável diante de tantas testemunhas” (Bíblia Viva).
Em Letras Grandes
94
CORREÇÃO
“Não menosprezes a correção que vem do
Senhor, nem desmaies quando por ele és
reprovado.” Hebreus 12:5
É muito fácil apagar o Espírito; fazemos isso quando
menosprezamos a correção do Senhor e desmaiamos ao
sermos reprovados por ele. Quando a nossa experiência de
santificação é apenas superficial, achamos que essa
“sombra” é a realidade; e quando o Espírito de Deus começa
a chamar nossa atenção, dizemos: “deve ser o Diabo.”
Nunca apague o Espírito, e não o despreze quando ele
lhe disser “Não seja mais cego com relação a este ponto;
você não está onde pensava estar. Até agora não me foi
possível revelar-lhe isso, mas estou-lhe revelando agora.” E
quando o Senhor o corrigir assim, deixe-o agir. Deixe que
ele acerte seu relacionamento com Deus.
“Nem desmaies quando por ele és reprovado.”
Ficamos amuados com Deus e dizemos: “Ora, a culpa não é
minha; orei e as coisas não entraram nos eixos; vou desistir
de tudo.” Pense o que aconteceria se fosse essa a nossa
postura em qualquer outra área da vida!
Estarei preparado para deixar que Deus, pelo seu
poder, me domine e realize em mim uma obra digna dele ?
A noção certa de santificação não é minha idéia do que
Deus quer fazer por mim; mas é a idéia divina do que ele
quer fazer por mim _ Fazer com que a minha atitude mental
e espiritual lhe permita, a qualquer custo, santificar-me
totalmente.
Tudo para Ele
95
FONTES DE BENIGNIDADE
“ A água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna.
Jo.4:14.”
A figura que o Senhor usa não é a de um canal, mais de
uma fonte. Encha-se continuamente e a doçura do
relacionamento vital com Jesus fluirá de você com a mesma
profusão com que lhe foi transmitida. Se perceber que de você a
vida não esta fluindo como deveria, a culpa é sua; alguma coisa
obstruiu o fluxo. Mantenha-se junto à fonte e ... você próprio
será abençoado ? Não, do seu interior fluirão rios de água viva,
de uma vida impossível de se estancar.
Devemos ser fontes através das quais Jesus possa fluir
como rios de água viva, em bênçãos para todos. Alguns de nós
são como o mar Morto, sempre recebendo mas nunca dando,
porque não acertamos nosso relacionamento com o Senhor Jesus.
Assim como recebemos a graça de Jesus, ele fluirá através de
nós para outros; e se ele não estiver fluindo, isso indicará que há
uma falha em nosso relacionamento com ele. Haverá alguma
barreira entre você e Jesus Cristo? Haverá alguma coisa
atrapalhando sua fé nele ? Se não houver, diz Jesus, do seu
interior fluirão rios de água viva. Não se trata de se transmitir
uma bênção, nem de se relatar uma experiência, mas de um rio
fluindo continuamente. Mantenha-se junto à fonte, conserve
firme sua fé em Jesus Cristo e seu relacionamento com ele, e, em
vez de sequidão e morte, haverá um permanente manancial a
jorrar para os outros.
Mas não será exagero dizer que de uma só pessoa fluirão
rios ? “Eu não vejo esses rios”, dirá você. Nunca olhe para si
mesmo com uma atitude do tipo: “Quem sou eu ?” Na história da
obra de Deus, você descobrirá que quase sempre ela começou
com pessoas que se achavam no anonimato eram desconhecidas,
ignoradas, porem permanentemente fiéis a Jesus Cristo.
Chambers
96
A iniciativa contra a Depressão
Levanta - te e come ! - I Reis 19:5
O anjo não deu a Elias uma visão, nem lhe
explicou as Escrituras, nem fez algo notável: disse a
Elias que fizesse a coisa mais simples do mundo -
levantar-se e comer. Se nunca ficássemos deprimidos,
não seriamos seres vivos; um cristal, por exemplo, nunca
fica deprimido. Um ser humano é sujeito à depressão, do
contrário não poderia também receber a exaltação. Há
coisas que são por natureza depressivas, coisas que se
acham relacionadas com a morte. E quando você fizer
uma avaliação de si mesmo, leve sempre em conta a
possibilidade de cair em depressão.
Quando o Espírito de Deus vem a nós, ele não nos
dá visões; ele emite ordens muito simples e naturais -
coisas que nunca associaríamos a Deus; mas, quando as
fazemos, descobrimos que ele está nelas. A inspiração
que nos vem desta ação é uma iniciativa contra a
depressão; temos que fazer o que deve ser feito em
seguida, e faze-lo sob a inspiração de Deus. Quando
tentamos de alguma forma vencer a depressão,
acabamos por intensificá-la; mas, quando o Espírito de
Deus nos faz sentir intuitivamente o que devemos fazer, e
o fazemos, a depressão desaparece. Assim que nos
levantamos e obedecemos, entramos num plano de vida
mais elevado.
Tudo para Ele
97
Cuidado com a má vontade
A má vontade é um desastre, se você
demonstra uma contínua má vontade vai jogar fora
inúmeras oportunidades e abrir um enorme fosso
entre você e seus chegados. Vai ter sérios
problemas com o cônjuge e com os filhos. Se
ninguém mais o procura por causa da sua irritante
má vontade, a culpa é totalmente sua.
Quando a má vontade se instala entre você e
Deus, a situação se torna muito arriscada.
A má vontade clássica de Jerusalém para com
Jesus Cristo custou a sua destruição. O mais
nostálgico lamento de Jesus é a este respeito:
“Jerusalém, Jerusalém, quantas vezes eu quis
abraçar o seu povo assim como a galinha ajunta os
seus pintinhos debaixo das suas asas, mas você não
quis! Agora a sua casa ficara abandonada”
(Mt.23.37-38 em a Bíblia na Linguagem de Hoje).
Menos de quarenta anos depois, no ano 70 da era
cristã, a cidade foi cercada e arrasada pelo general
Tito.
A disposição favorável é muito melhor que a
disposição desfavorável. A boa vontade segue um
caminho de glória e a má vontade, em caminho de
morte. Tenha a coragem de romper com a sua má
vontade e passe hoje mesmo para o outro lado.
Revista Ultimato
98
Você está parecendo com Jesus?
“Vós sois os que tendes permanecido comigo nas minhas tentações”
Lucas 22:28.
É verdade que Jesus Cristo está conosco em nossas
tentações, mas será que permanecemos com ele nas suas
tentações? Muitos de nós param de acompanhar Jesus a
partir do momento em que conhecem através de uma
experiência o que ele pode fazer. Observe se, quando Deus
muda as suas circunstâncias, você permanece lado a lado
com Jesus, ou passa para o lado do mundo, da carne e do
diabo. Nós ostentamos o “emblema” dele, mas será que o
estamos acompanhando? “A vista disso, muitos dos seus
discípulos o abandonaram e já não andavam com ele.”
Jesus foi submetido a tentações durante toda a sua
vida terrena, e elas continuarão presentes na vida do filho de
Deus em nós. Será que estamos acompanhado Jesus em
nosso viver hoje?
Achamos que devemos proteger-nos de algumas
situações em que Deus nos envolve. Nunca! Deus determina
todas as circunstâncias e, sejam elas quais forem, temos que
enfrentá-las permanecendo firmes com Jesus em suas
tentações. Essas tentações são dele; não são tentações; não
são tentações dirigidas a nós, mas a vida do Filho de Deus
que há em nós. A honra de Jesus Cristo está em jogo em
nossa vida. Será que estamos permanecendo leais ao filho
de Deus quando a vida dele que há em nós é atacada ?
Você tem permanecido com Jesus ? Ainda terá
que passar pelo Getsêmani, passar pelo portão da cidade,
sair do arraial; terá que ir sozinho, prosseguindo até que não
reste mais nem um vestígio de pegadas de outra pessoa;
apenas a voz, “segue-me”.
99
Qualidade de Vida
“Sucesso é conseguir o que você quer, felicidade é querer o que você
conseguiu”
 Em nossa vida precisamos ter planos, alvos, projetos que são
partes do nosso dia, não podemos viver apenas na inércia dos
acontecimentos, devemos lutar.
 Auto Estima: O modo como somos criados nos faz não gostarmos
de nós mesmos, uma criança recebe cerca de 9 repreensões para
cada elogio. Por isso somos críticos demais e limitados por esta
programação negativa de nosso cérebro. O modo como medimos o
nosso valor reflete no valor que o mundo vai nos entregar.
 Desenvolver pontos fortes: devemos nos concentrar em nossas
qualidades e desenvolve-las, perdemos muito tempo fazendo coisas
que não somos aptos. Como uma pessoa totalmente desafinada
querendo reger um coral, muitas vezes querendo fazer de tudo e
não nos tornamos nada. Devemos aceitar o que somos, não
podemos ser o outro, devemos nos desenvolver dentro do que
temos, sempre dentro da vontade de Deus.
 ECO: A vida é um eco, se você não está gostando do que está
recebendo, observe o que está emitindo.
 Transcendência: Significa superar uma situação e começar tudo
de novo. Nós temos a capacidade de transcender a qualquer
instante da nossa existência. Não há impossíveis para Deus.
 Sorte não Existe: Sorte é quando preparação encontra
oportunidade, devemos estar preparados, pois as oportunidades
aparecem a todo o momento.
 Aprenda a recomeçar: Se o que você está fazendo não está
funcionando, pare, pense, analise e decida uma nova ação.
Continuar agindo da mesma forma e esperar resultados diferentes
pode ser inútil. Agir pode significar, às vezes, nada fazer. O fazer
nada, em muitas ocasiões , é estar fazendo o que precisa ser feito.
O negócio nem sempre é fazer a coisa bem feita, é fazer a coisa
certa. Sempre que estiver pronto para iniciar qualquer atividade,
pergunte a si próprio: isso precisa realmente ser feito?
Adaptação HSG
100
Preocupador de Mão Cheia
“Descansa no Senhor e espera nele, não te irrites.” (Salmo 37:7)
Ouvi alguém descrever o patrão, dizendo: “Ele é um
preocupador de mão cheia !” É uma maneira um tanto
coloquial de descrever uma pessoa que se irrita
constantemente que faz tempestade em copo d’água.
Sei muito bem o que ele queria dizer. Como alguém
que possui superabundância de perfeccionismo e
meticulosidade, com altos padrões de lambujem, examinai
os cupins que estavam tomando por montanhas. Fiz uma
relação das coisas que me irritava na vida, as
responsabilidades e os relacionamentos. Para a minha
surpresa, a lista ocupou uma página toda do meu diário de
devoções. Decidi pedir ao Senhor que me ajudasse a
declarar guerra contra a irritação. Entreguei a ele cada uma
das minhas preocupações e escrevi o que aconteceu depois.
Algumas das coisas que me irritavam jamais se tornaram
realidade, muitas se resolveram pela intervenção do Senhor
e outras se transformaram em fonte de crescimento na
confiança e paciência. Hoje um ano depois, examinei
novamente essa relação. “Porque cargas d’água eu me
preocupei com isso?” perguntei a mim mesmo.
Irritar-se é fazer mal uso da imaginação, trazendo a
mente quadros do pior que poderia acontecer. Uma
imaginação cativada por Cristo nos capacita a imaginar com
clareza maior o que ele deseja que façamos com as pessoas
e situações que nos irritam.
Podemos parar de nos irritar e começar a
viver
Lloyd John Ogilvie
101
Flexibilidade

Isaías 45:9 “Acaso dirá o barro ao que lhe dá forma:
Que fazes?”
Devemos ser como o barro na mão do oleiro. O
barro não determina a forma do objeto a ser produzido,
nem discute a sabedoria ou habilidade do oleiro. O
quadro que esta passagem pinta é a um tempo claro e
humorístico. Rimo-nos da idéia de o barro rolar para
fora da roda do oleiro e dizer uma ou duas coisas
acerca de como desejo ser formado e que tipo de vaso
quero ser. Eu tenho direitos você sabe !” Que absurdo!
Mais como se parece com o nosso relacionamento com
Deus, nosso Oleiro!
Devemos ser flexíveis e adaptáveis. O barro,
quando morno, e flexível responde às mãos do oleiro.
Essa deve ser nossa atitude nas mãos de Deus. Ele sabe
melhor o que devemos fazer e em que nos devemos
transformar. Cabe-nos confiar nele. Mansidão é a
disposição de confiar em Deus de modo que ele molde
a nossa vida.
Deus pode moldar-nos, levando-nos muito além
de nossa maior expectativa. Ele pode modelar nossa
vida em dimensões magnificas que jamais poderíamos
imaginar. Nosso dever é sermos abertos, dispostos e
livres. O restante fica com Deus. Os mansos sãs
flexíveis.
(Isaías 45:9-10; Romanos 9:19-33)
Lloyd John Ogilvie
102
O Melhor Ano da Sua Vida
“Eu sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o Senhor;
pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que
desejais.” (Jr. 29:11)
O sinal seguro de que temos um relacionamento autêntico com
Deus é crermos mais no futuro que no passado. O passado não pode
ser fonte de confiança nem de condenação. Na sua graça, Deus dividiu
nossa vida em dias e anos para que pudéssemos abrir mão de nossos
ontens e antegozar os amanhãs. Para os erros passados, ele oferece-
nos o perdão e a habilidade de esquecer. Para os nossos amanhãs, ele
nos dá a dádiva da expectação e da emoção.
O que o Senhor disse ao povo de Israel que definhava no
exílio babilônico aplica-se a qualquer de nós que nos encontramos
exilados dele, sem esperança para o futuro. Ele tem planos para cada
um de nós - bons planos para nosso crescimento em sua graça - a fim
de que tenhamos um futuro com esperança. Emil Brunner disse: “O
que o oxigênio é para os pulmões, a esperança é para a alma.” A
esperança possibilita uma qualidade de vida imprescindível; liberta-
nos para ousar, dá-nos a confiança para as frustrações diárias e a
coragem para viver a vida venturosamente. A dádiva da esperança
para o futuro é a chave que abre as comportas do poder do Senhor e
destranca o fluxo de suas possibilidades surpreendentes e ilimitadas.
Muitos dizem : “Precisamos ter esperança!” como se a
esperança fosse algo que pudéssemos conseguir por nós mesmos. A
esperança vem de algo ou de alguém. A esperança autêntica vem de
Cristo, por causa do que ele é e do que ele pode fazer. Sua
ressurreição é a fonte suprema de esperança. Nada pode derrotar a
Cristo ! O pior que o homem fez no Calvário foi seguido da melhor
esperança para todas as eras. Ele se encontra conosco hoje a fim de
dar-nos ânimo para o futuro. Ele está no controle deste novo ano. Ele
tem um plano! Entregue-lhe o ano que você tem pela frente, agradeça
ao Senhor, pois tudo o que lhe vai acontecer está de acordo com o que
ele planejou a fim de ajudar-nos a nos tornar-mos mais à sua
semelhança. Tenha um ano cheio de alegria!
O melhor que Deus tem para a minha vida começa com uma
esperança vibrante para o futuro. Lloyd John
Ogilvie
103
 ANO NOVO
Um dia discursa a outro dia, e uma noite revela
conhecimento a outra noite. Salmo 19:2.
Diante destas palavras do Salmista, nós observamos o
poder de Deus, nesta beleza de criação de um dia após outro
dia, e com isso a formação de trezentos e sessenta e cinco dias,
seguindo um Novo Ano.
Estamos chegando ao Novo Ano esperançosos de
alcançar muitas vitórias e muitas bênçãos de Deus.
Nós louvamos ao Senhor pelo Ano findo, fazemos um
retrospecto e analisamos o que foi feito, às vezes perguntamos
para nós mesmos: O que fizemos este ano? Verificamos que
poderíamos ter feito muito mais?
Um dia discursa outro dia, um ano discursa outro ano,
graças a Deus por reconhecermos o seu poder e por ter Ele nos
concedido a bênção desta vida vitoriosa.
Obrigada, Senhor, por Jesus Cristo e pela Salvação que
ele nos deu.
Obrigada pela saúde, pela paz, pelo pão de cada dia;
pelas vitórias que nos fizeram vibrar e pelas dores que nos
fizeste passar, porque através de tudo isto, nós podemos ver o
teu amor e a tua misericórdia.
Nos ajude Senhor a ser cada vez melhores, mais fiéis no
ano que se aproxima, para que através de nossas vidas Jesus
possa ser exaltado.
Obrigada Senhor pelas flores, pelos frutos pela chuva
que do céu desce para regar a terra; obrigada Senhor pelo ano
novo, que possamos ter força divina para continuarmos a
caminhada terrena amando o nosso próximo e louvando o
Senhor.
E seja sobre nós a formosura do Senhor, nosso Deus e
confirma sobre nós a obra das nossas mãos. Sl.90:17
Diva Pereira
104
ONTEM
“ O Deus de Israel será a vossa retaguarda.”
Isaías 52.12
Proteção contra o passado. “Deus pede conta do que
passou.”. No fim do ano, olhamos com grande expectativa tudo
o que Deus tem para o futuro, mas mesmo assim podemos ficar
ansiosos ao lembrar-nos dos dias de ontem. O presente gozo da
graça de Deus pode ser reprimido pela recordação dos pecados e
falhas de ontem. Mas Deus é o Deus do nosso passado, e permite
que lembremos dele a fim de transformá-lo numa lição espiritual
para o futuro. Deus nos lembra do passado para que não nos
resguardemos na segurança superficial do presente.
Segurança para o amanhã. “Porque o Senhor irá diante
de vós.” Essa é uma revelação da misericórdia de Deus, a de que
ele nos protegerá, quando não nos protegemos. Ele vigiará para
que certos obstáculos não nos façam recair nas mesmas falhas,
como certamente o fariam se ele não fosse a nossa retaguarda. A
mão de Deus se estende ao passado possibilitando-nos manter a
consciência limpa.
Segurança para hoje. “Portanto não saireis
apressadamente.” À medida que nos aproximamos do novo ano
não o façamos com a pressa da alegria impetuosa ou da
irreflexão impulsiva, mas com a força paciente da certeza de que
o Deus de Israel marchará adiante de nós. Nosso passado
apresenta-nos falhas irreparáveis; é verdade que deixamos passar
oportunidades para sempre perdidas, mas Deus pode transformar
essa ansiedade destrutiva em uma construtiva reflexão para o
futuro. Deixe o passado no esquecimento, mas deixe-o nas mãos
de Cristo. Entregue a ele o irreparável passado, e entre com ele
no irresistível futuro.
CHAMBERS
 105
Levante a Cabeça
Não olhe para o chão. Levante a cabeça e olhe para o
céu, para o espaço, para o infinito. Veja o invisível, o
imensurável, o eterno. Enxergue Deus.
Não olhe para essa maquinazinha que opera o seu
pulso e tem poder de mostrar-lhe a velocidade dos segundos
ou a morosidade das horas. Levante a cabeça e olhe o
relógio de Deus, cujos ponteiros marcam “eras que tombam
sobre eras numa eterna sucessão”.
Não olhe para os reinos deste mundo. Eles passam e a
glória deles se desvanece. Levante a cabeça e olhe para o
reino de Deus, cuja glória é sempiterna.
Não olhe para a sua própria dor. Levante a cabeça e
veja as multidões “aflitas e exaustas como ovelhas que não
têm pastor”. E bem provável que a dor que você sente
desapareça.
Não olhe para as suas limitações e fraquezas. Levante
a cabeça e olhe firmemente para a vitória de Jesus, autor e
consumador da fé, por meio de quem todas as coisas são
possíveis.
Não olhe para trás. Levante a cabeça e olhe para a
frente, para o panorama todo que termina com novos céus e
nova terra e se estende ao redor de Deus.
Não olhe para as ofertas mirabolantes do pecado,
cujos prazeres são transitórios. Levante a cabeça e
contemple o galardão real, em nada semelhante a qualquer
outra recompensa.
Elben M. Lenz César
106
Equilíbrio - Suplica de um necessitado
Ó Deus, dá-me equilíbrio. Livra-me da tentação dos
extremos. Da apatia religiosa e do fanatismo religioso. De
nenhuma fé em milagres e da busca frenética de milagres. Da
negação do diabo e da idéia fixa de diabo. Da ausência de
ambição, e da ambição desmedida. Da falta de alvos e da
multidão de alvos. Da ênfase demasiada na teologia do livre
arbítrio e da ênfase demasiada na teologia da soberania de Deus.
Do anuncio exclusivo da bondade divina e do anuncio exclusivo
da severidade divina. Da incômoda depressão e da falsa euforia.
Do desastroso legalismo e do desastroso antinomianismo.
Salva-me da fé sem obras e das obras sem fé. Da ação
sem oração e da oração sem ação. Da ortodoxia sem amor e do
amor sem ortodoxia. Da evangelização sem ação social e da ação
social sem evangelização. Da misericórdia sem sabedoria e da
sabedoria sem misericórdia. Da psicologia sem teologia e da
teologia sem psicologia.
Dá-me a medida certa. Não me deixes desviar da tua
Palavra nem para a direita nem para a esquerda, para que eu seja
bem sucedido por onde quer que ande.
Concede-me moderação no pensar, no falar e no agir. E
que minha moderação, minha amabilidade, minha bondade
sejam públicas. (Fp.4:5)
Ajuda-me a fazer um conceito equilibrado de mim mesmo
Rm.12:3. Que eu não me considere um super-homem nem um
superverme. Ajuda-me a fazer uso da mesma cautela no que diz
respeito aos outros. Que eu enxergue seus defeitos e também as
suas virtudes.
Não me deixes bater palmas demais nem para mim nem
para os outros. Não me deixes comer demais, beber demais,
trabalhar demais, descansar demais, andar devagar demais,
correr demais, ser manso demais, ser bravo demais, ficar calado
demais. Torna-me sóbrio em todas as coisas. II Tm. 4:5 Amém.
Elben M. Lens César
107
 Deus tem um nome
Deus tem um nome. O nome de Deus é santo. Não
pode ser profanado. Não pode ser blasfemado. Não pode ser
usado por brincadeira. Não pode ser pronunciado em vão.
O terceiro mandamento protege a santidade do nome
de Deus: “Não pronunciarás o nome de Iahweh, teu Deus,
em vão, porque o Senhor não deixará impune aquele que
pronunciar o seu nome em vão” (Ex.20.7 em A Bíblia de
Jerusalém).
Logo depois da invocação, as primeiras palavras do
Pai Nosso são em favor do nome de Deus: “Santificado seja
o teu nome” (Mt.6:9).
Deus preza o seu nome. Não suporta ver o seu nome
relacionado com magia, com juramento falso, com
hipocrisia, com fanatismo religioso, com práticas
pecaminosas, com escândalo.
O nome de Deus tem sido desrespeitado na literatura,
na música, na pintura, no cinema, na publicidade, nas
charges, nas piadas, nas conversas fiadas e em programas de
auditório. Muitos blasfemam o nome do Senhor por causa
da conduta errada de alguém que se declara servo de Deus e
é conhecido como tal. Alguns usam o nome de Deus, como
se estivessem no lugar Dele , a irreverência é tal que se tem
a impressão de que o Espírito Santo está nas mãos dos
homens para o usarem como bem o desejam, e não os
homens nas mãos de Deus.
O pecado é realmente muito grave e não ficará
impune, se não agora, no juízo final.
“Terei zelo pelo meu santo nome” Ez.39.25
Revista Ultimato
108
A Voz da Natureza Divina (Isaías 6:8)
“Ouvi a voz do Senhor que dizia: A quem enviarei?”
Quando falamos do chamado de Deus, é possível que
esqueçamos o aspecto mais importante da questão - a
natureza daquele que chama. Existe a voz do mar, a voz das
montanhas, a voz dos grandes bancos de gelo; mas essas
vozes são ouvidas por poucos. Cada voz é a expressão da
natureza daquilo que ela provém, e só conseguimos captar
determinada voz se tivermos a mesma natureza dela. A voz
de Deus é a expressão da natureza dele, e não da nossa. Pela
providência de Deus, vibram em nós ressonâncias da voz
divina que só nós reconhecemos, e ninguém mais. É a voz
de Deus que nos é dirigida particularmente, sobre algum
assunto nosso, e não adianta consultar a ninguém sobre ele.
Temos que manter este profundo relacionamento apenas
entre nós e Deus.
A voz de Deus não é um eco da minha natureza; meu
temperamento e gostos pessoais não entram em questão.
Enquanto eu ficar levando em conta meu temperamento e
pensamento nas minhas aptidões pessoais, nunca ouvirei a
voz de Deus. Mas, quando passar a ter um relacionamento
com Deus, então me encontrarei nas mesmas condições em
que Isaías se encontrava. Ele estava tão afinado com Deus,
dada a tremenda crise porque passara, que conseguiu captar
a voz de Deus falando à sua alma atônita. A maioria de nós
não tem ouvidos para nada do que Deus diz. Ser levado a
uma sintonia com o chamado de Deus é ser profundamente
transformado.
Tudo Para Ele
109
 O Destino: Santidade
“Sede santos, porque eu sou santo.” - I Pedro 1.16.
Repita continuamente para si mesmo qual é o propósito
de sua vida. O fim a que o homem foi destinado não é a
felicidade pessoal, nem a saúde, mas a santidade. Hoje em dia
temos inclinações e gostos em demasia; ficamos prejudicados
por causa deles; são gostos e inclinações corretas, bons, nobres,
que ainda hão de ser plenamente realizados, mas que, por ora,
Deus terá de atrofiar. A única coisa que importa é saber se
aceitaremos o Deus que nos tornará santos. Devemos nos
relacionar corretamente com Deus custe o que custar.
Será que eu acredito que preciso ser santo? Será que eu
acredito que Deus pode entrar em minha vida e tornar-me santo?
Se, com sua pregação, você me convence que não sou santo, eu
me ressinto de sua pregação. A pregação do evangelho provoca
mesmo um ressentimento porque revela que não sou santo; mas
também desperta um intenso anseio. Deus tem um único alvo
para a raça humana, a saber, a santidade. Seu único objetivo é a
formação de pessoas santas. Deus não é uma maquina eterna de
produzir bênçãos para nós; ele não veio salvar os homens por
piedade; veio salvá-los porque os havia criado para serem santos.
A expiação significa que, através da morte de Jesus Cristo, Deus
pode recolocar-me em perfeita união consigo mesmo, sem que
sequer uma sobra se interponha entre nós.
Nunca tolere, por pena de si mesmo ou de outros,
qualquer prática que não se harmonize com a santidade de
Deus. A santidade significa andar sem mácula, falar sem
mácula, pensar sem mácula - tendo todos os pormenores da vida
sobre o escrutínio de Deus. A santidade não é apenas o que
Deus me dá, mas o que demonstro daquilo que Deus me deu.
(Oswald Chambers)
110
Prática da Alegria
A alegria não é só uma opção de vida. É uma ordem de
Deus ao seu povo. Em Cristo é uma aberração não ser alegre. É
mal testemunho. É uma contra evangelização. É uma falta de
coerência.
A Bíblia ensina uma alegria teimosa, aparentemente
arrogante, não científica, baseada na fé e não na instabilidade das
circunstâncias de tempo e lugar, comprometida mais com a
saúde da alma do que com o bem-estar físico. Este tipo resistente
e durável de alegria pode ser visto na famosa oração de
Habacuque: “Embora as figueiras tenham sido totalmente
destruídas e não haja flores nem frutos, embora os rebanhos
morram pelos pastos e os currais estejam vazios, eu me alegrarei
no Senhor! Ficarei muito feliz no Deus da minha salvação!”
(Hab.3:17-18 em A Bíblia Viva).
A maior fonte de alegria é a presença de Deus na vida
diária do homem: “Na tua presença há plenitude de alegria, na
tua destra há delícias perpetuamente”(Sal. 16:11). Porque Davi
pecou e se retirou da presença de Deus, perdeu a alegria que lhe
era uma experiência normal. E por esta razão que ele pede duas
vezes no famoso Salmo de confissão e arrependimento, o retorno
deste estado de espírito: “Faze-me ouvir júbilo de alegria para
que exultem os ossos que esmagastes” e “Restitui-me a alegria
da tua salvação” (Sal.5l:8 e 12).
A alegria não é tão difícil quanto os pessimistas pensam.
Ela é provocada por coisas simples sempre relacionadas com a
pessoa de Deus.
A prática da alegria é a arte de se oferecer resistência à
tristeza através do gozo proporcionado pela presença de Deus na
vida daquele que o busca honesta e continuamente.
Elben M. Lenz Cézar
111
 A Escolha dos Diáconos
É necessário que estejamos nos preparando
para a eleição de presbíteros e diáconos que será dia 15
de Dezembro, toda igreja deve estar orando e pensando
seriamente no assunto.
Manual Presbiteriano
 O Diácono é o oficial eleito pela igreja e ordenado
pelo conselho, para, sob a supervisão deste, dedicar-
se especialmente:
a) à arrecadação de ofertas para fins piedosos;
b) ao cuidado dos pobres, doentes e inválidos;
c) à manutenção da ordem e reverência nos lugares
reservados ao serviço divino;
d) exercer a fiscalização para que haja boa ordem na
casa de Deus e suas dependências.
 O exercício do presbiterato e do diaconado limitar-
se-á ao período de cinco anos, que poderá ser
renovado.
 Três meses antes de terminar o mandato o conselho
fará proceder a nova eleição.
 O presbítero e o diácono devem ser assíduos e
pontuais no cumprimento de seus deveres,
irrepreensíveis na moral, sãos na fé, prudentes no agir,
discretos no falar e exemplos de santidade na vida.
I Timóteo 3:8-13
112
A Escolha dos Presbíteros
A Igreja Presbiteriana tem um sistema bíblico de
escolha de Presbíteros e Diáconos, sistema este origina
em João Calvino. A palavra Presbítero significa ancião,
velho, no sentido de homem experimentado. O Manual
Presbiteriano nos traz o seguinte sobre este assunto:
“Deverão ser eleitos homens maiores de 18 anos,
o presbítero é o representante da Igreja, eleito pela
Igreja para juntamente com o Pastor, exercer o governo
e a disciplina e zelar pelos interesses da Igreja.
Compete ao presbítero, levar ao conhecimento do
conselho, as faltas que não puder corrigir por meio de
admoestações particulares; auxiliar o Pastor no
trabalho de visitas; instruir os recém convertidos,
consolar os aflitos e cuidar da infância e da juventude;
orar com os crentes e por eles; informar o Pastor de
casos de doenças e aflições; distribuir elementos da
Santa Ceia; tomar parte na ordenação de ministros e
oficiais; representar o conselho no Presbitério.
Devem ser assíduos e pontuais no
cumprimento de seus deveres, irrepreensíveis na moral,
sãos na fé, prudentes no agir, discretos no falar e
exemplos de santidade na vida. Juntamente com os
membros sustentar moral e financeiramente a Igreja.”
113
 E As outras Nove Partes?
Ao contribuir com esse mínimo, um décimo, devemos ter
diante de nós três perguntas:
1- Como foi que eu ganhei esse dinheiro do qual vou dar o
dízimo?
É essencialmente que o dinheiro tenha sido ganho
honestamente, como resultado do trabalho e esforço do contribuinte,
para que traga bênção ao seu coração. Dinheiro ganho por vias
escusas, misturado com o fermento do mundo, é um acido à queimar
constantemente nas mãos e a consciência do seu possuidor.
2- Depois de ter dado o dízimo, quanto me resta?
Para alguns, dar o dízimo é um ato de fé, por causa do salário
minguado que recebem e da família numerosa que têm. Para outros é
uma parcela relativamente insignificante de sua entrada mensal.
Suponhamos uma família com muitos filhos, vivendo numa cidade
grande e recebendo um ordenado ridículo, e de outro lado um casal
sem filhos, na mesma cidade, com ordenado folgado. Depois de dar o
dízimo, uma tem justamente o essencial para viver, enquanto que a
outra tem mais do que precisa para a sua manutenção. Neste caso,
tendo ambos dado o dízimo, o primeiro deu muito mais do que o
segundo, por que num caso houve esforço maior do que no outro. A
proporção da contribuição do crente deveria subir na razão direta do
dinheiro que tem, isto é, quanto maior seu ordenado e quanto menor
sua despesa forçada, tanto maior deveria ser, em proporção, sua
contribuição.
3- Depois de ter dado o dízimo, como irei gastar os outros nove
décimos:
É errôneo o ensino de que um décimo é de Deus e os outros
nove são nossos. Todos os dez décimos pertencem a Deus, mas Ele,
bondosamente, permite que usemos parte para nossa manutenção e
bem material, confiante em que daremos para manutenção da sua
santa causa tudo o que pudermos dar. O dízimo é o mínimo razoável
que poderemos dar com uma consciência cristã esclarecida. Depois de
entregar à igreja o nosso dízimo, devemos pedir a direção divina para
gastarmos sabiamente os nove décimos restantes. Eles são tão
sagrados como o décimo que demos para o trabalho do Senhor .
114
“Pai Nosso”
Será inútil dizer “Pai nosso”, se em minha vida não ajo
como filho de Deus, fechando o meu coração ao amor.
Será inútil dizer “que estás nos céus” se os meus valores
são representados pelos bens da terra.
Será inútil dizer “santificado seja o teu nome” se penso
apenas em ser cristão por medo, superstição e comodismo.
Será inútil dizer “Venha o teu reino” se acho tão sedutora
a vida aqui, cheia de supérfluos e futilidade.
Será inútil dizer “Seja feita a Tua vontade assim na terra
como no céu” se no fundo desejo mesmo é que todos os meus
desejos se realizem.
Será inútil dizer “o pão nosso de cada dia nos daí hoje” se
prefiro acumular riquezas, desprezando os meus irmãos que
passam fome.
Será inútil dizer “perdoa as nossas dívidas assim como
nós perdoamos aos nossos devedores” se não me importo em
ferir, injustiçar, oprimir, e magoar aos que atravessam o meu
caminho.
Será inútil dizer “E não nos deixe cair em tentação” se
escolho sempre o caminho mais fácil, que nem sempre é o
caminho de Deus.
Será inútil dizer “livra-nos do mal”, se por minha própria
vontade procuro os prazeres materiais e se tudo o que é proibido
me seduz.
Será inútil dizer “Pois teu é o reino, o poder, e a glória
para sempre” se o que quero mesmo é ter poder para reinar sem
a glória de Deus.
Será inútil dizer “Amém” porque sabendo que sou assim,
continuo me omitindo e nada faço para me modificar.
Grupo: Jeová Nissi (I. P. Ceres)
115

Você anda de Branco ?
Romanos 6:4
Ninguém entra na experiência de total santificação sem
antes passar por um “enterro espiritual” - o enterro da velha vida.
A menos que essa “morte” ocorra, a santificação não passa de
um anseio. É preciso que haja esse enterro, essa morte, que tem
uma única ressurreição - um ressurgimento com a vida de Jesus
Cristo. Nada pode perturbar essa vida; é uma vida com Deus,
que tem um só objetivo: ser testemunha dele.
Você já encerrou sua vida própria ? Do ponto de vista do
sentimento, certamente isso já ocorreu muitas vezes, mas terá
realmente acabado com ela. Você não pode ir ao seu enterro
apenas em sentimento, nem morrer só em sentimento. Morrer
significa parar de existir. Você concorda com Deus em parar de
ser o tipo de cristão esforçado e zeloso que tem sido? Ficamos
rodando o cemitério, mas o tempo todo nos recusamos a morrer.
Não se trata de esforçar-nos para chegar à morte, mas de morrer
- de sermos “batizados na sua morte”.
Você já presenciou o seu “enterro espiritual”, ou está
enganando a si mesmo? Lembra especificamente do dia que
ficou marcado como último de vida própria, um marco ao qual a
memória retorna com humilde e grata satisfação: “Sim, foi ali,
naquele “enterro espiritual”, que fiz um acordo com Deus.
“Essa é a vontade de Deus, a vossa santificação.” Quando
percebemos qual é a vontade de Deus, entramos na santificação
da maneira mais natural possível. Você está disposto a
presenciar esse “enterro espiritual” agora? Considera este o seu
último dia na terra, conforme é o desejo dele? É você quem
decide o momento desse acordo.
(TUDO PARA ELE)
116
Escolhas e Conflitos na Oração
“Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto,
e... orarás a teu Pai que está em secreto.” - Mateus 6:6.
Jesus não diz: “Sonha com o teu Pai em secreto”,
mas, sim, “Ora a teu Pai em secreto “. A oração é um
esforço da vontade. Depois de entrarmos no nosso lugar
secreto e fecharmos a porta a coisa mais difícil de fazer é
orar ; não conseguimos por em ordem em nossa mente o
nosso primeiro conflito é o pensamento que vagueia. Nossa
grande luta, na oração, é vencer os devaneios da mente.
Temos que disciplinar a mente e nos concentrar
deliberadamente na oração.
Precisamos ter um lugar próprio para orar; mas assim
que entramos nele começa a praga dos pensamentos:
“Tenho que fazer isso e aquilo .” Feche a tua porta ! Um
silêncio secreto significa fechar a porta deliberadamente às
emoções e pensar só em Deus. Deus está em secreto, e ele
nos vê de seu lugar secreto; ele não nos vê como as outras
pessoas nos vêem, ou como nós nos vemos. Quando
vivemos no lugar secreto é impossível duvidar de Deus;
temos mais certeza dele do que de qualquer outra coisa.
Vosso Pai, diz Jesus, está no lugar secreto e em nenhuma
outra parte. Entre no lugar secreto e bem no meio da rotina
diária você encontrará Deus o tempo todo. Adquira o hábito
de conversar com Deus a respeito de tudo. Se no primeiro
instante em que você desperta não escancarar a porta e
deixar Deus entrar, passará o dia todo num nível bem aquém
do ideal; mas escancare a porta e ore a seu Pai em secreto, e
todas as suas atividades ficarão marcadas pela presença de
Deus .
Osvaldo Chambers
117

Ativismo
Por ativismo compreendemos a cristão tem de seu País, Estado e Município;
tendência, tão comum neste país, de supor
que, quanto mais se age, tanto mais se está
vivo.
Muitas pessoas estão sempre ocupadas
só para disfarçar a ansiedade; seu ativismo é
um modo de fugir si mesmas. Elas obtêm um
pseudo e temporário senso de vivacidade
correndo de um lado para outro, como se
estivessem realizando algo só pelo fato de se
movimentarem, ou como se estarem ocupadas
fosse uma prova de sua importância.
Ativismo: Ação como fuga de si mesmo
Estar vivo significa muitas vezes ter
capacidade não para agir, e sim para estar
criativamente ocioso - o que talvez seja mais
difícil do que fazer alguma coisa, para a
maioria dos homens de hoje. Estar ocioso
exige um forte senso de identidade pessoal .
Devemos ser alguma coisa, em lugar de
simplesmente fazer alguma coisa.
ROLLO MAY
118
Os Evangélicos e a Ética do Voto
I. - O voto é intransferível e inegociável. Com ele o Cristão expressa sua
consciência como cidadão. Por isso, o voto precisa refletir a compreensão que o
II. - O cristão não deve violar a sua consciência política. Ele não deve negar sua
maneira de ver a realidade social, mesmo que um líder da Igreja tente conduzir o
voto da comunidade numa outra direção;
III. - Os pastores e líderes tem obrigação de orientar os fiéis sobre como votar com
ética e com discernimento. No entanto, devem evitar transformar o processo de
elucidação política num projeto de manipulação e indução político partidária ;
IV. - Os líderes evangélicos devem ser lúcidos e democráticos;
V.- A diversidade social, econômica e ideológica que caracteriza a igreja
evangélica no Brasil deve levar os pastores a não tentar conduzir processos
político-partitários dentro da igreja, sob pena de que, em assim fazendo, eles
dividam a comunidade em diversos partidos.
VI .- Nenhum cristão deve se sentir obrigado a votar em um candidato pelo
simples fato de ele se confessar cristão evangélico. Antes disso, os evangélicos
devem discernir se os candidatos ditos cristãos são pessoas lúcidas e
comprometidas com as causas de justiça e da verdade. E mais: é fundamental que
o candidato evangélico queira se eleger para propósitos maiores do que apenas
defender os interesses imediatos de um grupo religioso ou de uma denominação
evangélica. Um político evangélico tem que ser , sobretudo, um evangélico na
política e não apenas um despachante de Igrejas.
VII.- Os fins não justificam os meios. Portanto, o eleitor cristão não deve jamais
aceitar a desculpa de que um evangélico votou de determinada maneira, apenas
porque obteve a promessa de que, em fazendo assim, ele conseguirá alguns
benefícios para a igreja, sejam rádios, concessões de TV, terrenos para templos,
linhas de crédito bancário, propriedades ou outros “trocos” ainda que menores.
VIII.- Os eleitores evangélicos devem votar sobretudo, baseados em programas de
governo e não apenas em função de “boatos” do tipo: “O candidato tal é ateu”; ou:
“O fulano vai fechar as igrejas”; ou ainda: “O beltrano é bom porque dará muito
aos evangélicos”. É válido observar que aqueles que espalham tais boatos, quase
sempre, têm a intenção de induzir os votos dos eleitores assustados e
impressionados, na direção de um candidato com o qual estejam comprometidos;
IX.- Sempre que um eleitor evangélico estiver diante de um impasse do tipo: “o
candidato evangélico é ótimo, mas seu partido não é o que eu gosto”, é de bom
alvitre que, ainda assim, se dê um “voto de confiança” a esse irmão na fé , desde
que ele tenha as qualificações para o cargo.
X-. Nenhum eleitor evangélico deve se sentir culpado por ter opinião política
diferente da de seu pastor ou líder espiritual. O pastor deve ser obedecido em tudo
aquilo que ele ensina sobre a Palavra de Deus, de acordo com ela. No entanto,
no âmbito político, a opinião do pastor deve ser ouvida apenas como a palavra de
um cidadão, e não como uma profecia divina.
AEVB
119
 A prática da resistência é a arte de não ceder, não relaxar, não
fazer concessões, não se deixar arrastar, não se dobrar, não se render.
DECORO NA IGREJA É virtude se a resistência é dirigida a qualquer força que tem o
propósito claro ou velado de remover o crente do centro da vontade
soberana e particular de Deus. Mas é fraqueza e tragédia se a
resistência é dirigida aos ditames da consciência, aos impulsos do
“Não saias antes do amém, não chegues tarde Espírito, ou à instrução da Palavra de Deus (At. 7:51).
também.  Exemplos de resistência: José resistiu a mulher de Potifar
(Gn..39:1-23); Elias resistiu os profetas de Baal (I Rs. 18.20-40); Jó
Entra logo, com cuidado, fica em silêncio, resistiu os infortúnios (Jó.1:22, 2:10 e 19:25); Daniel resistiu o
calado. decreto do rei e não deixou de orar a Deus (Dn.6:1-28); Jesus resistiu
Mas, dos hinos em harmonia soe tua voz com ao Diabo (Mt.4:1-11).
 Exemplo de não resistência: Eva não resistiu à serpente e o
alegria. pecado entrou no mundo (Gn.3:1-7); Davi não resistiu a
Busca lugar bem na frente, Quem tarde chega, concupiscência dos olhos e cometeu adultério (II. Sm.11:1-4);
Salomão não resistiu aos clamores de suas mulheres estrangeiras e
atrás senta. cometeu idolatria (I Reis 11.1-8); Judas não resistiu ao diabo e traiu
A oferta não te espantes, dá com amor, dá ao Senhor (Lc.22:3-6)
O CAMPO DA RESISTÊNCIA: A resistência deve ser
bastante. dirigida a qualquer tipo de pressão contrária à vontade de Deus,
Ouve o aviso que foi feito, pode dizer-te desde a mera sugestão (o fogo mais brando) até a tentação
respeito. absurda (o fogo mais alto).
O VOLUME DA RESISTÊNCIA: A resistência tem que ir
Teu Pastor respeitarás, dele mal não falarás. até as ultimas conseqüências, no esforço e no tempo. Até setenta
Para o teu próximo dá abrigo, do estranho faz- vezes sete (Mt.18:22); até terminar o obra iniciada (II. Cr.8:16);
te amigo. até o fim (Mt. 24:12); até ao sangue (Hb.12:4); até a morte
(Ap.2:10); até a vinda do Senhor (Tg.5:7)
Haja o que houver, sê bondoso, sairás, A RESISTÊNCIA NO DIA MAL: Por questões orgânicas,
vitorioso. por questões climáticas, por questões geográficas, por questões
históricas, por questões sentimentais. (Ec.3:1-8) Ef.6:13 “Tomai
E assim, por teu exemplo, mostra estar Deus toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mal, e,
neste TEMPLO.” depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis.
Autor Desconhecido
Elben M. Lenz César
121
120
PRÁTICA DA RESISTÊNCIA
Desejo Carregar a Cruz
 “E obrigaram certo Simão, cireneu, pai de Alexandre e de Rufo, que
por ali passava, vindo do campo, a carregar-lhe a cruz. Mc.15:21
Deus está procurando homens e mulheres cujos corações
estejam comprometidos com Ele, que desejam ardentemente conhecer
a Cristo, na intimidade, e segui-lo com diligencia. (Fl.3:7-10, 12-16)
“Pois os olhos do Senhor passam por toda a terra, para cima e para
baixo, procurando pessoas que tenham coração perfeito para com Ele,
de maneira que ele possa mostrar o grande poder que tem em ajudar
essas pessoas.” 2 Cr. 16:9
Cirene na África do Norte, possuía numerosa população judaica.
Provavelmente, Simão era Judeu daquele lugar, que viera à festa. Foi pego
de surpresa e obrigado a carregar a cruz pois Jesus que não tinha forças.
1- Obrigaram Simão levar a Cruz.
Não faria espontaneamente, não poderia ver importância neste ato,
carregar a cruz de um criminoso qualquer que ele não conhecia.
Será que nós temos percebido a necessidade de carregar a cruz de
Cristo? Estamos fazendo isso espontaneamente ?
2- Simão passava por ali.
Ele veio para uma festa importante, mas algo muito mais importante
estava acontecendo na sua frente. Sua desatenção não o deixa perceber isso.
Quando estamos atentos à nossa própria vontade não enxergamos a
verdadeira necessidade que é levar a cruz de Cristo, somente vemos nossas
festas particulares.
3- Simão foi encontrado para carregar a Cruz.
Entre tantos na multidão foi escolhido para carregar a cruz por
aquele longo percurso. Que imenso privilégio foi o seu de levar a cruz de
Jesus !
Nós também fomos escolhidos em meio a uma multidão, até hoje
Jesus nos oferece sua cruz para levarmos. (Mt.10:38; 16:24). Mas muitos se
recusam a pagar qualquer preço substancial para levar e carregar a cruz de
Cristo hoje em dia.
O que é a cruz ?
 É a vereda da renúncia.
 O caminho da santificação, sem o que ninguém jamais verá a
Deus. Hb.12:14; II Tes.2:13).
 É o serviço que prestamos aos outros.
 É uma inquirição espiritual séria.
122
A vida da Igreja:Evidências da presença e do poder do Espírito Santo. Atos 2:42-
47
1- Uma igreja que aprendia: A Primeira evidência da presença do Espírito Santo
que Lucas menciona é que eles perseveravam na doutrina dos apóstolos. O
antiintelectualismo e a plenitude do Espírito Santo são mutuamente incompatíveis, pois o
Espírito Santo é o Espírito da verdade. Esses primeiros discípulos também não pensavam
que, devido ao fato de terem recebido o Espírito, esse era o único professor de que
precisavam, podendo dispensar os mestres humanos. Pelo contrário, eles se assentavam aos
pés dos apóstolos, ansiosos por receberem instruções, e nisso perseveravam. Considerando
que o ensino dos apóstolos, chegou até nós em sua forma definida no Novo Testamento, a
devoção contemporânea ao ensino apostólico significará submissão à autoridade do NT.
2- Uma igreja que amava: Perseveravam ... na comunhão (koinonia). Koinonia (de
koinos, “comum”) testemunha a vida comunitária da igreja em dois sentidos. Primeiro, o
termo expressa o que compartilhamos. A saber o próprio Deus. Em segundo lugar, koinonia
também expressa o que partilhamos uns com os outros, tanto o que damos como o que
recebemos. Estes primeiros cristãos compartilhavam suas propriedades uns com os outros.
(vs.44-45). Mas é importante notar que até mesmo em Jerusalém a comunhão de
propriedades e bens era voluntária. Vale também notar que ambos os verbos no v.45 estão
no tempo imperfeito, o que indica que a venda e a partilha eram ocasionais, em resposta a
necessidades específicas, não feitas de uma só vez. Ao mesmo tempo, apesar de a venda e a
partilha serem voluntárias, é de todo cristão precisar tomar decisões conscientes diante de
Deus quanto a essa questão, todos somos chamados à generosidade, especialmente em
relação aos pobres e necessitados (I Jo.3:17). Aquela comunidade não considerava
exclusivamente deles nem uma das coisas que possuíam. O pobre não sabia o que era
vergonha o rico não conhecia a arrogância.
3- Era uma igreja que adorava: Perseveravam ... no partir do pão e nas orações
(v.42). Ou seja: a comunhão era expressa não somente no cuidado mútuo, mas também no
culto conjunto. Era formal e informal, pois era realizado tanto no templo como de casa em
casa (v.46), o que é uma combinação interessante. O segundo exemplo de equilíbrio no
culto da igreja primitiva está no fato de ele ser alegre e reverente. Não se pode duvidar da
alegria deles; está escrito que tinham alegria e singeleza de coração (v.46), que significa
“em exultação e sinceridade de coração. A alegria deles nunca era irreverente. Se a alegria
do Senhor for uma obra do Espírito, o temor do Senhor também será autêntico. Em cada
alma havia temor (v.43).
4- Era uma igreja evangelística: Podemos aprender três lições vitais sobre
evangelização da igreja local com esses primeiros crentes de Jerusalém. Primeiro, foi o
Senhor (ou seja, Jesus) quem fez: acrescentava-lhes o Senhor. Sem dúvida foi através deles
mesmo assim, Ele fez, pois é a cabeça da Igreja. Segundo, Jesus fez duas coisas ao mesmo
tempo: ele acrescentava ... os que iam sendo salvos. Ele não acrescentou à igreja sem
salvá-los (no começo não havia crentes nominais), nem os salvou sem acrescentá-los à
igreja (também não haviam cristão solitários). A salvação e a participação na igreja
andavam juntas; e continuam andando. Terceiro, o Senhor acrescentava pessoas dia a dia. A
evangelização não era uma atividade ocasional ou esporádica da igreja primitiva, o culto
deles era diário (46a), e assim também o testemunho.
Conclusão: Não precisamos esperar, como os cento e vinte, pela vinda do Espírito
Santo. Pois o Espírito Santo veio no dia de Pentecoste, e nunca mais deixou a sua igreja.
Nossa responsabilidade é nos humilharmos diante de sua autoridade soberana, decididos a
não apagá-lo, mas a lhe dar toda a liberdade. HSG-
Stott
123
O Caminho do Amor
1- A quem destinamos o nosso amor: A palavra amor (ágape) era apenas no mundo
grego uma das formas de se falar de amor, como um sentimento por alguma pessoa, pela
melhor das pessoas. Quanto melhor, mais elevada, quanto mais querida fosse aquela pessoa
em relação as mesquinhezas da própria vida, mais digna de amor seria.
Mas Cristo introduz outro conceito. Amor não é aquilo que se destina aos
melhores. O amor não cresce à medida em que cresce o objeto amado. Ao contrário, quanto
maior é o amor, tanto menor é o objeto ao qual ele se dirige. Maior é o amor quanto mais
destituídas de virtudes são as pessoas as quais ele se direciona. Maior é o amor, se
consegue amar os não amado, se consegue querer os não queridos, se consegue viver com
pessoas impossíveis de se viver.
2- Maior do que todos os dons: O melhor discurso sem amor, é apenas barulho.
Ainda que você dê pão aos pobres, ainda que venda todo o seu patrimônio e saia dando pão
pra todo mundo, mas se não tiver amor nada disso aproveitará. Quando aprendemos a amar
nos tornamos grandes, pelo que somos. O ser sobrepuja o ter. Amor é a única coisa que
pode fazer e pode transformar esta nossa vida de meninos tolos na existência de homens
amadurecidos. Quando aprendemos amar deixamos de competir e passamos a viver.
3- O que é o amor.
 Paciente - Não apenas com as circunstâncias, mas paciente com as pessoas.
 Benigno - Ele é bondoso para com aqueles que nos maltratam, que nos magoam, que
nos fazem mal.
 Tudo sofre - Não recua facilmente diante do sofrimento. Ele encara a dor.
 Tudo crê - Vê o valor nos outros, retém a fé nas pessoas. O amor não é pessimista para
com o outro. Ele é capaz de imaginar o melhor a respeito das pessoas.
 Tudo espera - Ele tem olhar prospectivo futurista. Recusa-se a tomar o fracasso
como algo final. Espera uma vitória além.
 Tudo suporta - Idéia de um escudeiro que suporta tudo, mas vai andando passos
adiante.
 Não desiste - O amor não se deixa vencer, enfrenta a luta do mal e a vence
varonilmente.
 Jamais acaba - Não entra em colapso, tudo passa, mas o verdadeiro amo não passa.
 Não arde em ciúme - Não se aborrece com o sucesso dos outros
 Não se ufana - Não fica enfatuado com o seu próprio sucesso (Não se enche de vento).
 Não se ensoberbece - A preocupação do amor é dar-se, não afirmar-se.
 Não se conduz inconvenientemente - Evita o que é vergonhoso, toda gama de
comportamento inconveniente.
 Não procura os seus interesses - Amor é antítese do egoísmo.
 Não é melindroso - Não se predispõe a ofender-se facilmente.
 O amor é resistente - Sente muito pelos outros e pouco por si mesmo.
 Não se ressente do mal - Não é maldoso, malicioso, não suspeita mal.
 Não se alegra da injustiça. Não consegue viver em paz quando impera a injustiça.
Recupere o tempo perdido, ame de coração. Certamente, a sua vida
vai ser bem mais tranqüila e melhor de ser vivida. Deus nos abençoe !
“Amar é mais do que ser feliz: é perder o direito à sua própria felicidade em favor
do outro.” HSG -
CF
124
Criança: Revelação Natural de Deus, o evangelho sem palavras. Sl.8:1-2
1- Capazes de emudecer os inimigos de Deus.
Um criminoso toma como refém uma criança que é
trocada por um homem que fica como refém no lugar dela. Este
assassino foi sensibilizado pela presença de uma criança . A
presença de uma criança transforma o ambiente, suas palavras
ensinam sem muito dizer, sua voz encanta, um pequeno ser com
grande poder.
2- Prova da Existência de Deus.
Desde a sua concepção ao nascimento vemos
o milagre que demonstra a existência de um ser
superior capaz de criar um novo ser, sustentar
dando crescimento e saúde.
Nenhum homem é capaz de explicar a vida e sua beleza,
por mais que médicos e cientistas aprendam sobre o corpo
humano nunca serão capazes de compreender em sua totalidade
a criação de Deus.
Se a vida humana existe é porque foi criada, se foi criada
alguém criou, e pela complexidade da criação sabemos que o
criador só pode ser Deus. Não podemos acreditar que uma
explosão deu origem à vida, acreditar nisto é igual acreditar
que uma explosão em uma biblioteca criaria uma enciclopédia.
3- Oferecem o perfeito Louvor.
“Fornecer completamente”; as crianças vivem para
Deus, são de Deus, são puras e tem nesta fase de suas vidas o
perfeito louvor.
Para louvarmos a Deus temos que voltar a ser crianças,
puros e sem preconceito.
Devemos nos questionar sobre nosso conhecimento de
Deus e buscar conhecê-lo através das crianças e principalmente
ouvindo a voz do Espírito Santo que fala ao nosso coração.
Pedindo que Ele se revele em nossa vida.
Deseje conhecê-lo, busque o Senhor. O único caminho.
HSG
125
Equilíbrio - Suplica de um necessitado
 Ó Deus, dá-me equilíbrio. Livra-me da tentação dos
extremos. Da apatia religiosa e do fanatismo religioso. De
nenhuma fé em milagres e da busca frenética de milagres. Da
negação do diabo e da idéia fixa de diabo. Da ausência de
ambição, e da ambição desmedida. Da falta de alvos e da
multidão de alvos. Da ênfase demasiada na teologia do livre
arbítrio e da ênfase demasiada na teologia da soberania de Deus.
Do anuncio exclusivo da bondade divina e do anuncio exclusivo
da severidade divina. Da incômoda depressão e da falsa euforia.
Do desastroso legalismo e do desastroso antinomianismo.
Salva-me da fé sem obras e das obras sem fé. Da ação
sem oração e da oração sem ação. Da ortodoxia sem amor e do
amor sem ortodoxia. Da evangelização sem ação social e da ação
social sem evangelização. Da misericórdia sem sabedoria e da
sabedoria sem misericórdia. Da psicologia sem teologia e da
teologia sem psicologia.
Dá-me a medida certa. Não me deixes desviar da tua
Palavra nem para a direita nem para a esquerda, para que eu seja
bem sucedido por onde quer que ande.
Concede-me moderação no pensar, no falar e no agir. E
que minha moderação, minha amabilidade, minha bondade
sejam públicas. (Fp.4:5)
Ajuda-me a fazer um conceito equilibrado de mim mesmo
Rm.12:3. Que eu não me considere um super-homem nem um
super-verme. Ajuda-me a fazer uso da mesma cautela no que diz
respeito aos outros. Que eu enxergue seus defeitos e também as
suas virtudes.
Não me deixes bater palmas demais nem para mim nem
para os outros. Não me deixes comer demais, beber demais,
trabalhar demais, descansar demais, andar devagar demais,
correr demais, ser manso demais, ser bravo demais, ficar calado
demais. Torna-me sóbrio em todas as coisas. II Tm. 4:5 Amém.
Elben M. Lens César
126
Casamento Bênção de Deus
1.Instituído para conforto e felicidade do
gênero humano.
Ec.9:9“ Goza a vida com a mulher que amas,
todos os dias de tua vida vã; os quais Deus te
deu debaixo do sol; porque esta é a tua porção
nesta vida pelo trabalho com que te afadigaste
debaixo do sol.”
2.Um amor que jamais acaba.
Ct.8:7 “As muitas águas não podem apagar o
amor, nem os rios afogá-lo. Se alguém desse
todos os bens da sua casa pelo amor, seria de
todo desprezado.”
3.Faz de duas pessoas uma só carne.
Mc.10:6-9 “Mas desde o princípio da criação,
Deus os fez homem e mulher. 7 Por isso deixará o
homem a seu pai e a sua mãe, [e unir-se-á à sua
mulher,] 8 e serão os dois uma só carne; assim já
não são mais dois, mas uma só carne. 9 Porquanto
o que Deus ajuntou, não o separe o homem.”
Uma Família:
 A Família pode ser ameaçada pela Ansiedede.
 A Família pode ser Abençoada com a Fé.
 A Família pode ser abençoada mediante a
obediência.
(Casamento Gervane & Brenda)
HSG
127
SAÚDE EMOCIONAL
 Ó Deus, dá-me saúde emocional. Livra-me de altos e baixos
freqüentes demais. Livra-me da instabilidade emocional.
Ajuda-me a consultar o passado mas não a me acorrentar a ele.
Ajuda-me a me esquecer das coisas que para trás ficam e avançar para
as que estão diante de mim. (Fp.3:13) Não me deixes colecionar
tristezas nem dores nem decepções nem afrontas nem amarguras. Não
me deixes chorar para sempre a morte de um ente querido. Dá-me o
raciocínio de Jó: “O Senhor o deu, e o Senhor o tomou; bendito seja o
nome do Senhor!” (Jó 1:21). Dá-me a capacidade de entrar na tua casa
e adorar-te, mesmo depois da morte de um filho. (II Sm.12:20).
Peço-te a graça de não desprezar, e muito menos
supervalorizar, as emoções.
Ajuda-me a colocar a tua Palavra e a minha confiança em ti na
frente das emoções. Para eu não condicionar a minha alegria e a
minha disposição aos pequenos e poucos períodos de facilidade. Se eu
tiver uma dor de cabeça ou uma indisposição física, se o dia estiver
encoberto ou chuvoso, se eu sentir calor ou muito frio, se meu salário
atrasar ou vier com muitos descontos - que nada disso altere o meu
vigor. Coloca-me a salvo da sensibilidade demasiada, da tristeza
prolongada, da amargura fácil, da dor no íntimo, da melancolia dos
românticos, da preocupação exagerada, dos nervos à flor da pele, do
pavio curto e da dificuldade de perdoar - esquecendo.
Não me deixes trazer os problemas de ontem e os problemas
de amanhã e ajuntá-los todos com os problemas de hoje. Ajuda-me a
não esquecer de observar as aves do céu e os lírios do campo e a me
lembrar daquela palavrinha de Jesus: “Basta a cada dia o seu próprio
mal”. (Mt.6:25-34).
Livra-me de abrir caminho para a depressão. Seja pelos
cuidados espirituais, seja pelos cuidados médicos ou seja pela boa
manutenção de minhas relações humanas. Não me deixes ter medo da
depressão. Quero me refugiar dela em teus braços e obter a proteção
da paz “que excede todo o entendimento.” (Fl.4:7) Amém
Súplicas de um Necessitado “Elben”
128
O Contra - Ataque satânico At.4:32 -6:7
Estratégia de Satanás
O inimigo é totalmente inescrupuloso, ao longo dos anos não
mudou sua estratégia, nem suas táticas, nem suas armas; ele continua na
velha rotina. Assim sendo estudando sua campanha contra a Igreja primitiva,
devíamos ficar alertas contra a sua provável estratégia hoje. Se formos
surpreendidos não teremos desculpa.
Lucas, porém, não se preocupa apenas em expor a malícia do diabo,
mas também em mostrar como ele foi vencido.
1- Perseguição (Física): Ele tentou esmagar a Igreja através da violência
física.
Oposição do Sinédrio (5:17-42)  O ministério de cura dos apóstolos provocou o
segundo ataque por parte das autoridades, da mesma forma que a cura do coxo
havia provocado o primeiro. Prenderam os apóstolos, mas de noite um anjo do
Senhor abriu as portas do cárcere e, conduzindo-os para fora. O capitão e os
guardas, foram buscá-los para apresentá-los ao Sinédrio, porém sem violência
porque temiam ser apedrejados pelo povo. O sumo sacerdote ordenou que eles não
mais falassem de Cristo e a resposta foi bem clara: Antes nos importa obedecer a
Deus do que os homens (v.29).
Os cristãos são chamados para serem cristãos cidadãos conscientes e, em
termos gerais, devem se submeter à autoridade humana. Mas, se a autoridade em
questão emprega erroneamente o poder que Deus lhe concedeu, ordenando o que
ele proíbe e proibindo o que ele ordena, o dever dos cristãos é desobedecer a
autoridade humana a fim de obedecer a Deus. TITO 3:1-2; I Pedro 2:13-20;
Romanos 13:1-8
O Inimigo Foi derrotado  Quando o sinédrio usou a violência, eles foram
impedidos de matar os apóstolos pelo conselho cauteloso de Gamaliel (5:17-42).
2- Corrupção (Moral): Não conseguindo destruir a Igreja de fora, ele
tentou infiltrar o mal em sua vida interna, através de Ananias e Safira, arruinando
assim a comunhão cristã.
Ananias e Safira (5:1-11)  O Apóstolo não denunciou a falta de honestidade
(trazer apenas uma parte do dinheiro da venda), mas a falta de integridade (trazer
apenas uma parte, fingindo que era todo o dinheiro).
 Gravidade do Pecado: Pedro enfatizou isso ao repetir que a mentira deles não
foi dirigida primeiramente a ele, mas, sim, ao Espírito Santo, isto é, a Deus.
 A importância da Consciência Limpa: Não podemos permitir que nada se
ponha entre nós e Deus ou entre nós e o nosso próximo. Paulo afirma perante
Festo de que ele sempre procurou manter sua consciência pura diante de Deus e
dos homens. Atos 24:16
 Necessidade da disciplina: Nessa área, a igreja tem oscilado entre a severidade
128
 extrema (disciplinando membros pelas ofensas mais triviais) e a
permissivadade extrema (não exercendo nenhuma disciplina, mesmo em casos
de ofensas sérias). Uma boa regra geral é tratar secretamente os pecados
 secretos, tratar particularmente os pecados particulares, e publicamente apenas
os pecados públicos. Mt. 18:15 ss.
O Inimigo Foi derrotado  Não se permitiu que a hipocrisia de Ananias e Safira
se espalhasse, pois o julgamento de Deus caiu sobre eles, e a igreja cresceu
rapidamente (5:12-16).
3- Distração (Profissional): Ele tentou desviar os apóstolos de suas
responsabilidades prioritárias, a oração e a pregação, preocupando-se com a
administração social, que não era tarefa deles. Se fosse bem sucedido, a igreja, por
não ser instruída, ficaria exposta a todos os ventos de falsa doutrina.
Os sete são escolhidos e comissionados (6:1-7)  Os membros da Igreja estavam
murmurando contra os Apóstolos que recebiam o dinheiro das contribuições
(4:35,37), porque estava havendo falha na distribuição diária de comida às viuvas.
Os doze não impuseram uma solução à igreja, mas convocaram a
comunidade dos discípulos e compartilharam o problema com eles. Disseram: Não
é razoável que nós abandonemos a palavra de Deus para servir as mesas (v.2). Eles
não podiam ser desviados da sua tarefa prioritária. Assim, fizeram uma sugestão à
igreja: “3 Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete homens de boa reputação,
cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais encarreguemos deste
serviço. 4 Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra. 5
O parecer agradou a todos, e elegeram a Estevão, homem cheio de fé e do
Espírito Santo, Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas, e Nicolau,
prosélito de Antioquia, 6 e os apresentaram perante os apóstolos; estes,
tendo orado, lhes impuseram as mãos.
Deus chama todo o seu povo para o ministério de tempo integral, ele
chama pessoas diferentes para ministérios diferentes, e aqueles chamados para
oração e ministério da palavra não devem permitir que sejam desviados de suas
prioridades.
O Inimigo Foi derrotado  Quando a questão das viúvas ameaçou ocupar o
tempo e a energia dos apostólos, a obra social foi delegada a outros, os apóstolos
retornaram às suas tarefas prioritárias e a igreja começou a multiplicar-se
novamente (6:1-7).
 Conclusão: Os apóstolos estavam alertas suficiente para detectar as
“ciladas do diabo”. Precisamos desse discernimento espiritual hoje, para
reconhecer a atividade do Espírito Santo e a do espírito maligno (cf. 5:3).
Precisamos também da fé que eles tinham no poderoso nome de Jesus, pois os
poderes das trevas só podem ser vencidos através dessa autoridade.
“Eu escrevi, jovens, porque sois fortes, e a palavra de Deus
permanece em vós, e já vencestes o Maligno.” I João 2:14b
Este plano deStott
leitura
- HSG
129 Bíblica segue a
Plano Cronológico de Leituraordem
Bíblica
da história.
1.Primórdios: Gênesis 1-11 Assim fica mais
2.Os Patriarcas - Gênesis 12-36
3.Descida Para o Egito - Gênesis 37-50 fácil compreender.
4.De Gênesis a Êxodo -
5.Êxodo - Êxodo 1-20
6.A Dádiva da Lei - Êxodo 21-40; Levítico
7.Números - Números
8.Deuteronômio - Deuteronômio
9.Josué - Josué
10.Juizes e Rute - Juizes e Rute
11.Samuel - I Samuel 1-15
12.Davi - I Samuel 16 - II. Samuel; I Crônicas
13.Salmos - Salmo 1-89
14.Jó - Jó 1-42
15.Salomão - I Reis 1-11; 2 Crônicas 1-9; Pv; Ecl; Ct.
16.Elias: O iniciador das Profecias - I Reis 11-22; II. Crônicas 10-20
17.Eliseu - II. Reis 1-14; II Crônicas 21-26
18.Contemporâneos de Eliseu - Amós e Jonas
19.Isaías, O Profeta Evangélico - II. Reis 15-20; II. Crônicas 27-32; Is.1-39
20.Contemporâneos de Isaías - Oséias e Miquéias
21.Hilquias, O Sacerdote que Salvou o reino - II. Reis 21-23; II. Crônicas 33-35; Sofonias
22.Jeremias, O Profeta da Queda - II. Reis 24,25; II. Cr 36; Jr; Lm; Na; Hc
23.Profetas do Cativeiro - Is. 40-66; Jr. 40-52; Ez; Dn; Jl; Ob.
24.A Restauração - Esdras, Neemias, Ester, Ageu, Zc; Ml.
25.Hinários do Segundo Templo - Salmo 90 - 150
26.Transição do Antigo ao Novo Testamento - Malaquias; Mt 1, Mc 1; Lc 1; Jo 1.
27.Precedentes ao Ministério de Jesus - Mt 1:1-2:23; Lc 1-2:52; Jo 1:1-14
28.Estabelecimento do Ministério - Mt 3:1-4:25; Mc 1:1-20; Lc.3:1-4:32; Jo 1:15-4:42
29.Ministério do Norte - Mt 14:13-18:35; Mc.6:30-9:50; Lc.9:1-10:62; Jo 6:1-7:10
30.Ministério da Peréia - Mt.19:1-20:34; Mc 10:1-52; Lc 10:1-19:28; Jo 7:11-11:57
31.A Última Semana - Mt 21:1-27:66; Mc 11:1-15:47; Lc 19:29-23:56; Jo 11:55-19:42
32.Ressurreição e os Quarenta Dias - Mt 28; Mc 16; Lc 24; Jo 20,21; At 1:1-14; I Co 15:1-
8
33.A Igreja em Jerusalém - Atos 1:1- 8-1
34.A Dispersão da Igreja até Antioquia - Atos 8:1 - 13:1
35.Primeira Viajem Missionária - Atos 13:1 - 14:28
36.Segunda Viajem Missionária - Atos 15:1 - 18:22; I e II. Tessalonicenses
37.Terceira Viajem Missionária - Atos 18:23 - 21:17
38.Cartas da Terceira Viagem (Parte 1) - Gálatas; I. e II. Coríntios
39.Cartas da Terceira Viagem (Parte 2) - Romanos Faça um
40.De Jerusalém a Roma - Atos 21 - 28
41.Cartas da Prisão - Colossenses; Efésios; Filemom; Filipenses compromisso
com Deus.
42.Primeira Parte: Cartas Pastorais - I. e II. Timóteo; Tito
43.Segunda Parte: Carta aos Hebreus - Hebreus Leia a Bíblia
44.Epístolas Gerais - Tiago; I. e II. Pedro; I. II. e III. João; Judas.
45.Primeira Parte: Apocalipse - Apocalipse
este ano!!!
46.Segunda Parte: O sentido da Vida
130
Significados dos nomes nos tempos bíblicos
O próprio fato de a palavra “nome” ocorrer mais de mil
vezes na Bíblia testifica a sua importância teológica. No mundo
antigo, um nome não era um mero rótulo, mas era virtualmente
equivalente à pessoa ou objeto que o levava. I Sm.25:25 é uma
passagem - chave: “Nabal é exatamente como o seu nome -
Louco é o seu nome, e a loucura está com ele” (Nova Versão
Internacional). A palavra grega “nomes” é traduzida
corretamente como “pessoas” em Ap.3:4. “Nome”
freqüentemente significa “reputação” (Mc.6:14; Ap.3:1),
“autoridade / poder” (Mt.7:22; At.4:7), “caráter” (Mt.6:9). No
AT é freqüentemente achado em paralelismo com memória,
lembrança, renome (e.g. Ex.3:15; Jó 18:7; Sl.135:13).
Dar um nome a uma pessoa ou coisa era equivalente a
possuí-la ou controlá-la (Gn.1:5,8,10; 2:19-20; 2 Sm.12:28), e
mudar um nome significava a promoção para uma posição
superior (Gn.17:5; 32:28; até hoje, no judaísmo ortodoxo, às
vezes o nome de uma pessoa é mudado na esperança de que um
novo nome traga saúde e uma renovação de vida) ou a demoção
para uma posição inferior (2 Rs.23:34-35; 24:17). Apagar ou
cortar o nome de uma pessoa ou coisa significa destruir aquela
pessoa ou coisa (2 Rs.14:27; Is.14:22; Sf.1:4; veja também
Sl.83:4)
O nome e a Pessoa de Deus freqüentemente são usados
em paralelismo entre si (Sl.18:49; 68:4; 74:18; 86:12; 92:1;
Is.25:1; Ml.3:16), ressaltando a identidade essencial entre eles.
Crer no nome de Jesus é a mesma coisa que crer no próprio
Jesus, conforme demonstra Jo.3:18. Orar em nome de Jesus,
portanto, não é depositar uma confiança mística numa fórmula
tradicional, mas é orar em harmonia com o caráter, com a
mente e com o propósito de Jesus. Ele é exatamente como o Seu
nome - um nome que significa Salvador (Mt.1:21), um nome
“que está acima de todo (outro) nome”
R. Youngblood
131
A ARTE DE DESRESOLVER
Aqui está uma coisa que você precisa aprender: a arte de
desresolver. Isto se aplica apenas nos casos em que a resolução
tomada anteriormente não é a mais sábia nem a mais correta.
Neste aspecto a arte de desresolver não tem nada a ver com a
falta de perseverança ou de firmeza. Não se trata de capitulação.
Nem de retrocesso. Nem de fraqueza. Quando é para reparar o
erro, a arte de desresolver é um ato de extrema sabedoria e de
grande coragem.
Vejamos este exemplo extraordinário: ao saber que Maria
estava grávida, sem que tivessem ambos coabitado, José
resolveu deixá-la secretamente. Ao tomar, porém, conhecimento
de que a concepção de Maria era sobrenatural, José fez
exatamente o contrário que havia resolvido: ele a recebeu como
esposa (Mt.1:18-25).
Há muitas resoluções intempestivas, baseadas em
raciocínios falazes, frutos de uma cultura oposta ao caráter de
Deus e geradas pela pecaminosidade latente do homem. Elas
precisam ser revogadas. É exatamente aí que entra a bendita arte
de desresolver. Há votos e promessas feitos impensadamente em
momentos de desespero que não atingem o alvo e que não
agradam a Deus. Eles devem ser anulados.
Inicie-se na arte de desresolver. Lembre-se de suas mais
recentes ou de suas mais antigas resoluções e volte atrás. Talvez
você tenha resolvido nunca mais pôr os pés na igreja, talvez você
tenha resolvido abandonar o cônjuge, talvez você tenha resolvido
vingar-se de alguém, talvez você tenha resolvido entregar-se às
aventuras da carne, talvez você tenha resolvido brigar com Deus,
talvez você tenha resolvido jogar fora toda a herança cristã
imposta ou adquirida até agora. Use a arte de desresolver para
proteger-se do tédio, do vazio, da vaidade, da loucura, da dor, do
desespero, do suicídio, da morte e da morte eterna.
Elben M. Lenz Cézar
132
Falha de Concentração
“Os altos, porém, não foram tirados de Israel; todavia o
coração de Asa foi perfeito todos os seus dias.” - 2 Crônicas 15:17.
 A obediência de Asa, no que diz respeito ao seu
exterior, não foi completa; ele estava certo no principal, mas
não totalmente certo. Cuidado com as coisas das quais você
diz: “Oh, isso não tem muita importância.” O fato de não
terem muita importância para você pode significar que tem
uma importância enorme para Deus. Na vida do filho de
Deus, não há nada que não tenha importância. Por quanto
tempo constrangiremos Deus a continuar tentando nos
ensinar a mesma coisa? Ele nunca perde a paciência. Você
diz: “Sei que estou bem com Deus”, todavia, “os altos”
permanecem, há alguma coisa em que você não obedeceu.
Você tem afirmado que seu coração está bem com Deus e,
no entanto, há alguma coisa em sua vida que Ele o tem
levado a questionar? Sempre que houver dúvida, largue
imediatamente seja lá o que for. Nada é trivialidade.
Existe algo ligado à sua vida física ou intelectual, à
qual você não está prestando a devida atenção? As coisas
principais você já acertou, mas está desleixado em outras;
há uma falha de disciplina. Você Não tem necessidade de
dar feriado à sua disciplina espiritual assim como o seu
coração não precisa de feriado. Você não pode tirar um
feriado moral e ainda continuar sendo moral, nem pode tirar
um feriado espiritual e permanecer espiritual. Deus o quer
inteiramente dele, e isso significa que você tem de estar
vigilante para manter-se sempre em “boa forma”. Isso leva
tempo. Tem gente que espera “chegar lá” num minuto.
Oswald Chambers
133
VIVENDO DE PROMESSAS OU DAS PROMESSAS ?
Há dois tipos de pessoas: os que vivem de promessas, e os que vivem das
promessas. O primeiro grupo é formado por gente que vive prometendo. Promete
para si mesmo e para os outros. Promete que o próximo ano vai ser diferente, que
as coisas vão melhorar, que agora é sério, que vai pegar firme mesmo, que vai
estudar como nunca, que vai deixar a moleza de lado, que vai poupar algum
dinheiro, que vai casar, que não vai trabalhar tanto e vai pensar mais na família,
que vai fazer um bom exame médico, que não vai mais ser multado no trânsito, e
vai por aí a fora. Na área espiritual promete assumir compromissos na igreja ou
com missões. Isto apenas como exemplo. O dia mais feliz para este grupo é o dia
31 de dezembro, dia mundial da promessa. Geralmente neste dia, proliferam
impressos com calendário anual de leitura bíblica, agenda de intercessão, guia para
memorização de versículos, plano diário, mensal e anual para a vida espiritual,
social e financeira, etc. Especialmente quando se aproxima a hora da passagem de
ano, o prometente extrapola. Apresenta sua lista de promessas aos amigos que,
empolgados, dão a maior força. E dá-lhe promessas. No fim, por que promete, se
compromete. Chega o ano novo. Dia 1 de janeiro é feriado, logo, não é dia para
começar a cumprir promessas. Mas, no dia seguinte, o prometente começa a pensar
em todas elas e percebe que a distância entre o prometer e o fazer é bem maior do
que havia imaginado. Então vem o desânimo. Buscando forças para mais uma
promessa, o prometente promete não prometer jamais. É mais uma promessa. Das
decisões tomadas à base da emoção passa para a razão. Aí cai na real (ou no real)
concluindo que, assim como dizem que as leis existem para ser quebradas, as
promessas são feitas para não ser cumpridas. Resultado: o ano novo ficou velho
logo no início. O jeito? Esperar o próximo ano.
O segundo grupo é composto por gente que pode até fazer alguma
promessa, mas a grande ênfase não são as promessas que faz, mas as que foram
feitas no passado por alguém que é capaz de sustentar a cada promessa anunciada.
Sua capacidade é tanta que há, inclusive, promessa feita antes da fundação do
mundo (I Pe.1:20). Quer prova maior do caráter de quem pode prometer e cumprir
desta maneira ? A bíblia é repleta de ênfases sobre o caráter de Deus, seus
atributos e Suas promessas. A expressão fidelidade permeia toda a bíblia. Isso
mostra que é muito melhor crer e viver das promessas feitas pelo Senhor do que
repetir promessas anualmente. Enquanto a esperança do primeiro grupo é crer na
possibilidade de cumprir aquilo que ele mesmo promete, (autoconfiança), o
segundo grupo confia em quem prometeu (confiança depositada). Temos, então
razões de sobra para basear nossa vida nas promessas reveladas. Todavia, não é
errado prometer, embora a bíblia chame a atenção para quem promete. (Ecl.5:1).
Por que não confiar em quem prometeu ? Por que não esforçar-se em conhecer
mais sobre cada promessa ? Entre tantas promessas que a bíblia nos traz, uma
precisa ser destacada. Ela foi feita pelo Senhor Jesus, e diz: “Eis que estou
convosco todos os dias, até a consumação do século”. (Mt.28:20b).
José Eduardo Dias - Rádio Transmundial
134
IGREJA VIVA
Na Casa da Vida vi um altar com lâmpadas acesas e uma
cruz. Curvando-me reverentemente, olhos fechados, vi,
maravilhado, a Igreja Viva. As paredes não eram de tijolo e
pedra, mas de vontades consagradas, unidas com o cimento da
mútua colaboração e da consagração geral ao melhor jamais
revelado. As janelas não eram de vidros coloridos, mas dos
maravilhosos sonhos, esperanças e aspirações que coavam
visões de infinita beleza, refulgente como mil sóis. As colunas e
abóbadas não se firmavam em concreto e aço, mas nos longos e
incontáveis braços levantados em inumeráveis e ferventes
orações. Os longos corredores não eram atapetados com
passadeiras de veludo mas com as tentações calcadas sob os pés
e com as boas resoluções mantidas. As portas nunca se
fechavam, antes, permaneciam constantemente abertas em boas-
vindas `a humanidade inteira: santos e pecadores, ricos e
pobres, pretos, vermelhos, brancos, todos, todos.
O altar não era de madeira esculpida, mas de corações
arrependidos, envergonhados de seus pecados, fortalecidos com
a graça do perdão. O púlpito não era tribuna para proclamação
de dogmas, mas foco de luz e fogo, de onde irrompiam clarões
vivos da verdade e o impacto de poder espiritual. O Santo Livro
não era apenas um volume, colocado sobre a mesa, mas a base
de honesto estudo da vida diária profundamente provada,
ternamente confrontada e constantemente desafiada. A música
não se compunha do som de instrumentos e vozes humanas, mas
de liderança consagrada e capacidade diversificada,
harmonizadas na pura melodia da cooperação criadora. E o
calor vital desta Igreja procedia do esforço conjunto de todos no
sentido de atender à ordem do seu Chefe: “Ide”.
Esteiras de Luz
135
Mulher Presbiteriana
Como muitos pensam erradamente, a bíblia não fala da
mulher como um ser inferior, alguém que deve ocupar os últimos
lugares e que deve ficar calada na Igreja. Longe disso a Palavra
de Deus nos mostra que a mulher sempre destacou-se por suas
qualidades de força e ao mesmo tempo doçura e amor.
Na bíblia encontramos mulheres que ocuparam posições elevadas
como a profetiza Miriã, a Juíza Débora, a Rainha Ester e muitas outras.
A mulher é o clímax da atividade criadora de Deus, Adão diz
sabiamente ... “Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne da minha
carne...” (Gn.2:23).
Jesus sempre valorizou as mulheres e deu a elas maior destaque.
Sempre se dispôs a falar com elas, como no caso da mulher Samaritana;
ensiná-las como a Marta e Maria; admiti-las como suas seguidoras.
Quando a bíblia ensina sobre a submissão da mulher aos maridos,
um versículo antes diz: “sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo”
(Ef.5:21), ensinando que é dever de todos a submissão santa ao próximo seja
ele homem ou mulher como exemplo de humildade. Também neste capítulo
fica muito claro que ao marido compete a parte mais difícil que
é: ...“Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si
mesmo se entregou por ela.” (Ef.5:25).
Se o pecado veio porque a mulher foi iludida como nos ensina I
Tm.2:12-14, sabemos que a Salvação foi possível pois Jesus nasceu de uma
mulher. Aprendemos também que ... “no Senhor, todavia, nem a mulher é
independente do homem, nem o homem, independente da mulher. Porque,
como provém a mulher do homem, assim também o homem é nascido da
mulher; e tudo vem de Deus.” (I Co.11:11-12).
Mulher Presbiteriana, você que é mãe, educadora do lar, esposa, que
seu adorno seja porém, o interior do coração, unido ao incorruptível trajo de
um espírito manso e tranqüilo, que é de grande valor diante de Deus (I Pedro
3:3-4). Que Deus te abençoe, hoje e sempre.
Mulher, criada à imagem de Deus para ser ajudadora
do homem, não tirada de sua cabeça para governar sobre ele,
nem de seus pés para ser pisoteada por ele, mas de debaixo de
seu braço para ser protegida por ele, e de perto de seu coração
para ser amada. Mattheu
Heny
HSG
136
DESÇA DO ELEVADOR
Apelo à imitação de Cristo (Fp.2:5-8)
Um chamado à humildade
O ser humano está dentro de um elevador. O elevador faz
parte de sua vida. Ele quer subir. Subir sempre. Subir depressa.
Subir sozinho. E deixar lá embaixo os concorrentes, os mais fracos,
os mais pobres, os mais ignorantes, os mais tímidos, os mais tolos, os
mais pecadores. É uma reação natural de que nasceu em iniquidade e
foi concebido em pecado (Sl.51.5). No fundo, no fundo mesmo, ele
que ser como Deus (Gn.3:5). Quer subir ao céu, acima das nuvens,
acima das estrelas, e se tornar semelhante ao altíssimo (Is.14:13-14).
O elevador é o sistema que exalta o homem. É a soma da
pecaminosidade latente com o curso deste mundo e com as forças
espirituais do mal (Ef. 2:1-3). O resultado disto tudo é a imposição de
uma cultura que gera, alimenta e estimula a soberba, tornando-a tão
obrigatória quanto a adoração da imagem de ouro que Nabucodonozor
mandou levantar no campo de Dura (Dn. 3.1-7).
Aquele, todavia, que conhece o evangelho e se compromete
com Jesus Cristo não pode permanecer no elevador. Precisa ser
libertado do processo consciente e inconsciente a que tem estado
sujeito desde o berço, desde a torre de Babel, desde o Éden. Precisa
ouvir e entender as muitas exortações da Bíblia para descer de seu
trono imaginário e nivelar-se com os incircuncisos (Ez. 32.19).
Deus odeia a soberba e tudo que nasce dela: A vaidade do
nome, a vaidade do sobrenome, a vaidade da formosura, a vaidade das
posses, a vaidade da posição social, a vaidade do heroísmo, a vaidade
da inteligência, a vaidade de sucesso, a vaidade dos relatórios, a
vaidade da agenda, a vaidade dos títulos, a vaidade dos troféus, a
vaidade das viagens, a vaidade da espiritualidade, a vaidade dos dons
carismáticos, a vaidade da ortodoxia teológica, a vaidade
denominacional, a vaidade da nacionalidade, a vaidade de algumas
bobagens que não vale sequer citar. João Batista aparece como o
melhor exemplo de quem toma todo o cuidado para não roubar para si
mesmo a atenção devida exclusivamente a Jesus: “Ele tem de ser cada
vez mais importante, e eu menos importante” (Jo.3:30). Elben
137
SAÚDE DA ALMA
Nós possuímos uma vida que se divide em físico e espiritual ou corpo e alma (GN
2:7). Mas infelizmente damos muito mais importância as coisas da carne do que as do
Espírito, a maior parte da reação do homem é para o seu corpo. É quase certo que teríamos
medo de receber as palavras de João com segurança quando disse: “Amado, acima de tudo,
faço votos por tua prosperidade e saúde, assim como é próspera a tua alma.” - (3JO 1:2).
Devemos pensar seriamente neste assunto pois podemos ser pegos de surpresa em
nossa atitude errônea de aumentar os celeiros da terra enquanto nada temos construido
espiritualmente. (“Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para
quem será?” LC 12:20). Ec.2:24-26; Mt.10:28.
Devemos estar conscientes que nenhum proveito existe em ganhar o mundo
inteiro e perder a alma Mt.16:26.
Ec.6:3 Se alguém gerar cem filhos e viver muitos anos, até avançada
idade, e se a sua alma não se fartar do bem, e além disso não tiver sepultura, digo
que um aborto é mais feliz do que ele.
Mas como podemos fartar nossa alma do bem? , qual o alimento adequado para
darmos à nossa alma? Vamos enumerar abaixo alguns alimentos básicos que trarão vida e
saúde para a sua alma.
1- Boas Companhias: É necessário aprender a estar com pessoas que sejam tementes a
Deus, andar com o incrédulo é assimilar sua personalidade.
Pv. 22:5 Espinhos e laços há no caminho do perverso; o que guarda a sua alma retira-se
para longe deles.
2- Guardar os mandamentos e caminhos de Deus: No caminhar da vida o destino final
está relacionado com a estrada que andamos.
Pv.19 [16] O que guarda o mandamento guarda a sua alma; mas o que despreza os seus
caminhos, esse morre. Pv.16 [17] O caminho dos retos é desviar-se do mal; o que guarda o
seu caminho preserva a sua alma.
3- Falar palavras Agradáveis: O que falamos serve para nutrir ou desnutrir nossa alma .
As nossas palavra tem poder de construir ou destruir.
Pv. 16 [24] Palavras agradáveis são como favo de mel: doces para a alma e medicina para
o corpo. Pv.13 [3] O que guarda a boca conserva a sua alma, mas o que muito abre os
lábios a si mesmo se arruina.
4- Atender a repreensão: Ser corrigido e aceitar esta correção traz vida para a alma. A
disciplina é fundamental pois somos imperfeitos.
Pv. 15 [32] O que rejeita a disciplina menospreza a sua alma, porém o que atende à
repreensão adquire entendimento.
5- Lutar contra o pecado: O pecado é o violentador da alma, ele gera a morte. Lutar
contra ele é sempre necessário.
Pv. 8 [36] Mas o que peca contra mim violenta a própria alma. Todos os que me
aborrecem amam a morte.
Conclusão: Nos ensina Ec 6:3 que é melhor nem nascer se não tivermos o objetivo de
fartar nossa alma do bem. Isso é nosso dever !!!
Que daria um homem em troca de sua alma? - (MC 8:37)
HSG
138
Certeza da Salvação
Dúvidas sempre nos trazem tristeza, ainda mais
quando nossa dúvida se refere à vida futura. O livro de
I João foi escrito para tirar nossas dúvidas (“Estas
coisas vos escrevi, a fim de saberdes que tendes a vida
eterna, a vós outros que credes em o nome do Filho de
Deus.” 1JO 5:13) e nos dar certeza da salvação, foi
escrito para completar a nossa alegria (“Estas coisas,
pois, vos escrevemos para que a nossa alegria seja
completa.” 1JO 1:4).
1- Podemos ter certeza da salvação pois cremos em
Jesus, guardamos os mandamentos. (4:15, 5:12, 2:5-
6, 2:23)
2- Temos certeza da salvação pois amamos os irmãos e
ajudamos os necessitados. (2:9, 3:14, 4:8, 3:17-18)
3- Sabemos que somos de Deus pois não amamos o
mundo, não vivemos em pecado mas na prática da
justiça pela fé. (2:15, 3:6, 3:8-10, 2:29, 5:4)
4- Somos de Deus pois a palavra de Deus permanece
em nós e não abandonamos a Igreja, permanecemos
na comunhão dos irmãos, e ouvimos a palavra
aceitando-a de coração. (2:19, 2:24, 4:6).
“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu
Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça,
mas tenha a vida eterna.” - (JO 3:16)
HSG
139
Ações de Graça
Podemos e devemos ser pessoas gratas a Deus, ações de graças como a
palavra mesmo nos diz é ação, agir de nossa parte, manifestação; de graças,
agradecimento, ser grato, expressar sentimentos de alegria, atitude de gratidão,
Eucaristia. É muito bom nos alegrarmos com alguém que nos faz bem, melhor
ainda quando este alguém é Deus.
Devemos aprender pelo que agradecer, saber também como e quando
agradecer evitando assim sermos como o Fariseu em Lc.18:11 “O fariseu, posto
em pé, orava de si para si mesmo, desta forma: Ó Deus, graças te dou porque não
sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como
este publicano”.
1- Como agradecer
Devemos agradecer a Deus com muita alegria, cânticos, oração, cultuando
ao Senhor na Igreja e em nosso lar como nos ensina os textos seguintes:
a. Cantando: “Louvarei com cânticos o nome de Deus, exaltá-lo-ei com ações de
graças.” SL 69:30. (Sl.147:7; Ne 12:46; Is.51:3).
b. Orando: “Perseverai na oração, vigiando com ações de graças.” CL 4:2.
(Fp.4:6).
c. Cultuando no Lar: “Quanto à família de Jedutum, os filhos: Gedalias, Zeri,
Jesaías, Hasabias e Matitias, seis, sob a direção de Jedutum, seu pai, que
profetizava com harpas, em ações de graças e louvores ao SENHOR.” 1CR 25:3.
d. Cultuando na Igreja: “Entrai por suas portas com ações de graças e nos seus
átrios, com hinos de louvor; rendei-lhe graças e bendizei-lhe o nome.” SL100:4
e. Sendo Generoso: “enriquecendo-vos, em tudo, para toda generosidade, a qual
faz que, por nosso intermédio, sejam tributadas graças a Deus.” 2CO 9:11-12.
2- Pelo que e quando agradecer.
Agradecer a Deus, dar ações de graça a Ele não deve ser algo que
acontece somente em datas especiais e sim em todo tempo desde o momento em
que acordamos. Até mesmo nossas petições devem ser acompanhadas com ações
de graças (Fp.4:6). Entre tantas coisas devemos agradecer pela nossa salvação,
motivo maior de gratidão; também devemos ser gratos pelos irmãos e por todos os
homens que nos cercam; e agradecer os alimentos que nos dão sustento físico.
a. Pela graça e Salvação: “Porque todas as coisas existem por amor de vós, para
que a graça, multiplicando-se, torne abundantes as ações de graças por meio de
muitos, para glória de Deus.” 2CO 4:15.
b. Por todos os homens: “Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de
súplicas, orações, intercessões, ações de graças, em favor de todos os homens”
c. Pelos irmãos: “Pois que ações de graças podemos tributar a Deus no tocante a
vós outros, por toda a alegria com que nos regozijamos por vossa causa, diante do
nosso Deus” 1TS 3:9.
d. Pelo Alimento: “Tendo dito isto, tomando um pão, deu graças a Deus na
presença de todos e, depois de o partir, começou a comer.” AT 27:35 (Mt.15:36;
Rm 14:6; I Co.10:30; I Tm 4:3). HSG
140
Razões da Insegurança da Salvação
1. Ausência de Segurança: Você pode ser cristão sem ter certeza da salvação ?
Esta dúvida surge a partir do momento em que a pessoa aprende que o cristão deve
ter a certeza da salvação; pela lógica se ele não tem esta certeza pensa que não é
cristão. Começa achar que não pode ser cristão, se não tem segurança da salvação.
Mas é um princípio que esta sendo usado erradamente pois a Bíblia fala
que todo cristão deveria ter e não que tem segurança da salvação. Em I Jo.5:13,
João estava escrevendo para crentes; porem estes não tinham segurança da
salvação; escreveu-lhes para que à tivessem. É possível ser cristão sem o
seguro conhecimento da salvação, sem sentir-se salvo.
2. Passar por um esfriamento espiritual: Um homem se torna cristão e
transborda de júbilo, de louvor, e de gratidão. Contudo, depois ele começa a notar
que já não sente as coisas que sentia, não as desfruta como desfrutava. No inicio a
experiência cristã era maravilhosa, a leitura da Bíblia, a oração, a comunhão do
povo cristão, as atividades, tudo. Mas agora ele começa a notar que não é mais
assim. Daí começa a questionar: “Será que sou realmente cristão? Se fosse não
estaria passando por uma fase como esta, as coisas deveriam ser cada vez
melhores, mas parece que eu, ao contrário, estou cada vez pior. Sou Cristão
mesmo ? Alguma vez fui Cristão ?”
Sim você é realmente cristão. Há variações na experiência do cristão.
Quando alguém é cristão, não é repentinamente elevado da terra aos céus para
passar o resto da vida em órbita.
3. Passar por muitos problemas e dificuldades: Muitas vezes somos tentados a
pensar que por sermos cristãos não deveríamos passar por tantas dificuldades. O
inimigo nos faz pensar que Deus não deveria nos deixar sofrer tanto assim, que não
deveríamos como cristãos termos estes tipos de problemas (“se Deus é Deus, e se é
Deus de amor, porque está acontecendo isso comigo?”. No mundo tereis aflições,
Deus nos avisou que deveríamos esperar dificuldades e tribulações. “Se é certo que
padecemos, para que com ele sejamos glorificados”, “por muitas tribulações nos
importa entrar no reino de Deus” (At.14:22).
4. Achar que não é suficientemente bom: Muitos começam a fazer um auto –
exame em excesso, e caem numa situação dolorosa de infelicidade, chegam a
conclusão que não são suficientemente bons para a salvação, que não podem estar
seguros de que são cristãos enquanto não se livrarem de todos os pecados.
Suponhamos que um homem cai em pecado e por isso começa a duvidar
que é salvo, passa a questionar o seu relacionamento com Deus. “Se eu fosse
cristão não cometeria este pecado”. Quando você ofende seu pai ou sua mãe, não
muda a relação, não deixa de ser seu filho. Aí está o engano fundamental do filho
pródigo (“não sou digno de ser chamado seu filho”) que mesmo depois de tudo que
fez contra o seu pai continuou sendo filho.
HSG
141
Dom Espiritual de (I Co.12:28; Rm.12:7)
Serviço ou ministério
O possuidor do Dom espiritual de serviço é poderosamente motivado por
Deus para ser o canal através do qual Ele suprirá a necessidade que uma pessoa (ou
grupo) tem de realizar certas tarefas, mas não pode ou talvez não tenha condições
ou o tempo necessário para faze-las. Ele percebe por si mesmo qual tarefa precisa
ser feita com maior urgência, e toma a iniciativa de se responsabilizar por ela,
executando-a a seu modo. (Lc.10:30-35 Bom Samaritano)
Algumas características comumente encontradas no possuidor deste Dom:
1- Discerne necessidades práticas, as mais variadas, de indivíduos, grupos ou de
uma situação. Toma a iniciativa de supri-las o mais depressa possível, podendo
distinguir a necessidade mais urgente.
2- Procura quem possa substituí-lo, caso ele próprio não possa tomar todas as
providências necessárias.
3- Cuida de suprir necessidades urgentes sem importar-se com seu próprio
cansaço, fica frustrado quando isso não é possível.
4- Tem disposição de usar fundos pessoais para evitar atrasos em atender a uma
necessidade prática.
5- Assume a responsabilidade de realizar uma tarefa do seu jeito, muitas vezes
sem ser convidado. (“Deixa isso comigo”, diz ele.)
6- Gosta de mandar, mas não se importa em ser mandado, desde que “bem
mandado”.
7- Evita burocracia (hierarquia, protocolo, papelada), que complica ou atrasa a
solução do caso.
8- Envolve-se numa variedade de atividades, por ser muitas vezes incapaz de
dizer “não”.
9- Fica frustrado quando há limite de tempo para tarefas e serviços.
10- Tem satisfação com alvos a curto ou médio prazo, mas fica frustrado com
alvos a longo prazo.
11- Está convicto da importância de testemunhar, mais pela vida cristã autêntica
do que por muito falar.
12- É capaz de discernir falsidade. Recusa suprir necessidades alegadas,
desmascarando a insinceridade da pessoa.
13- É um canal para Deus atrair outros para mais perto dele.
Erros, Riscos e perigos. O possuidor do Dom do serviço pode ser tachado de:
Intrometido; querer auto promoção; ter pouco interesse em coisas espirituais; ser
auto-suficiente, pensar mal dos outros. Quem tem o Dom do serviço deve evitar:
Negligenciar a família. Querer envolver-se com todas as necessidades que
aparecem. Não se adaptar à chefia de outros. Quando pede ajuda, querer ser
atendido imediatamente; Ser irresponsável por assumir vários compromissos ao
mesmo tempo. Lida E. Knight
142
“Ó homens, até quando tornareis a minha glória em
vexame, e amareis a vaidade, e buscareis a mentira?” - (SL
4:2)
 Pela mentira o homem pode agir contra os homens,
contra as coisas, contra o passado e o futuro, não apenas
rescrever a história, mas ainda refaze-la.
A mentira fundamental é negar tanto a divindade
como a humanidade de Cristo, que é o centro da história (I
Jo.4:1; 2:22). (É curioso observar que a serpente, em Gn.3,
recriou o passado para influir sobre o futuro).
A mentira está no próprio coração. Rm.1:25
“abandonaram a vontade de Deus pela mentira” . A
mentira promete ao homem aquilo que não pode lhe dar, na
realidade ela lhe dará o contrário.
Dualidade é uma das características do mentiroso, o
Ter duas vidas, aquela do domingo e a da semana.
Mentir é transformar o que é verdadeiro, ou a isso
acrescentar (Pv.30:6).
O veredicto final do Antigo Testamento é que mentira
é ilusão, loucura, pois cedo ou tarde a palavra retorna
àquele que é seu autor. A mentira mente àquele que mente.
“Fora ficam os cães, os feiticeiros, os impuros, os
assassinos, os idólatras e todo aquele que ama e pratica a
mentira.” - (AP 22:15)
HSG
143
Oferta – Mistério da Reconciliação
“Dá-me, filho meu, o teu coração, e os teus olhos se agradem dos meus
caminhos.” - (PV 23:26)
A oferta sempre foi o meio que Deus usou para a aproximação de
seu povo a Ele. A palavra oferta significa “trazer para perto”, “oferecer”. No
Velho Testamento as ofertas eram classificadas como (1) Propiciatórias
(expiação por compensação): oferta pelo pecado, oferta pela culpa; (2)
Dedicatórias (de consagração): holocausto, oferta de manjares, libação; (3)
Comunitárias (de comunhão): oferta pacífica, oferta movida, oferta de ações
de graças, voto, oferta voluntária.
A primeira menção de oferta na Bíblia acha-se na história de
Caim e Abel.
 Deus ordenou as maneiras segundo as quais as pessoas deveriam
aproximar-se dele.
 Por causa do pecado e da culpa, ninguém pode aproximar-se do
Senhor livremente.
 Tudo quanto uma pessoa possui foi recebido do Senhor e, como
conseqüência, ela deve ao Senhor reconhecimento perpétuo pelas suas
misericórdias. (Sl.24:1; Dt.10:14; I Co.6:19; Rm.14:7-8)
Mas o homem não pode pensar que pode chegar até Deus com
suas ofertas, tudo que nós fizermos será pouco e insuficiente para a
salvação. Por isso, Deus ofereceu Jesus como oferta de reconciliação.
Através da oferta de Deus podemos nos unir a Deus.
Nossa oferta a partir de Jesus passa a ser uma resposta a
Salvação e a graça de Deus. Nosso sacrifício não é de animais ou
rituais e sim um sacrifício vivo, santo e agradável. Rm.12:1
Muitos hoje estão procurando o caminho da união para com
Deus através do cumprimento de vários regulamentos, desta forma
estão querendo comprar Deus com ofertas aleijadas. Deus quer seu
coração (Pv.23:26), ele quer que você se agrade dos seus caminhos, e
faça a sua vontade.
O mistério da reconciliação está na grande oferta de Deus que
nós recebemos quando vivemos como verdadeiros filhos de Deus a
refletir sua bondade, não chegando a Deus com listas de pedidos e
requerimento de bênçãos, mas dia a dia oferecendo uma oferta suave
ao Senhor como reconhecimento de sua graça.
HSG
144
PARE DE ENGOLIR CAMELOS !
De fato a exortação é muito forte. Mas
foi Jesus quem a fez: “Guias cegos, que coais
o mosquito e engolis o camelo!” - (MT 23:24)
Se você, em público, se mostra
escrupuloso e, às ocultas, faz o que bem
entende – isso é coar mosquito e engolir
camelo. Se você não parar de engolir camelo,
é muito melhor parar também de coar
mosquito. Assim, pelo menos, você não
comete o terceiro pecado, que é o mais grave
de todos, o pecado que Jesus não suporta: a
hipocrisia.
Hipocrisia é devorar as casas das viúvas
e, para o justificar, fazer longas orações.
Hipocrisia é dar dízimo da hortelã, do endro e
do cominho e, ao mesmo tempo, negligenciar
os preceitos mais importantes da lei.
Hipocrisia é limpar o exterior do corpo e
deixá-lo por dentro cheio de rapina.
Tenha coragem. Seja determinado. Pare
de engolir camelos!
Em letras grandes
Revista Ultimato
145
O que vem por aí
Depende da fonte a ser consultada. Se a fonte
for a tecnologia, a resposta é uma. Se a fonte for a escatologia
(parte da Teologia que trata das últimas coisas), a resposta é outra.
Algumas das previsões da tecnologia são:
1. Partes do deserto do Saara serão transformadas em florestas.
2. Icebergs da Antártida serão usados para obtenção de água
potável.
3. Fazendas e usinas oceânicas produzirão comida e energia.
4. Base de mineração serão construídas na Lua e em pequenos
asteróides.
5. Mamutes e outras vinte espécies extintas serão ressuscitados pela
genética.
6. Aparecerão os primeiros computadores biológicos baseados em
DNA.
Algumas das previsões da Escatologia são:
1. Jesus Cristo há de voltar em poder e glória e todo olho verá.
2. Os mortos ressuscitarão com corpos incorruptíveis e imortais
3. Os vivos terão seus corpos subitamente transformados para serem
iguais aos ressuscitados.
4. Os pecadores que nunca se arrependeram, que nunca se
converteram e que nunca foram alcançados pela graça de Deus serão
julgados e condenados a penas eternas.
5. A criação toda será redimida do cativeiro da corrupção para
liberdade da glória dos filhos de Deus.
6. Haverá novos céus e nova terra, sem dor, sem doença, sem morte,
sem luto, sem lágrima, sem pecado e sem tempo.
O que vem por aí através da Ciência tem data marcada: lá
pelo ano 2025 todas as previsões deverão ser concretizadas. Estão
baseadas no documento 2025 – Scenarios of Usande global society.
O que vem por aí através da Teologia não tem data marcada.
É surpresa. Está baseado nas Escrituras Sagradas.
Revista Ultimato
146
REVELAÇÃO ATOS 14:15-17
Como é possível conhecer Deus ? Como obter um conhecimento mais profundo e
pessoal de Deus ?
No texto que lemos encontramos Paulo e Barnabé com o objetivo de
anunciar o evangelho em Listra. Pelo poder de Deus eles curaram um homem
aleijado. Observando este milagre as pessoas deveriam glorificar a Deus pois o
milagre era uma manifestação do poder de Deus, uma revelação de sua pessoa.
Mas o que aconteceu é uma adoração a deuses estranhos Júpiter e Mercúrio, nomes
que Barnabé e Paulo passaram a ser chamados.
Revelação: É o ato pelo qual Deus comunica aos seres humanos a verdade
concernente a Si próprio, Sua natureza, obras, vontade ou propósitos, bem como a
revelação de tudo isso – a remoção do véu que o oculta, a fim de podermos vê-lo.
1- Impossível ao Homem conhecer Deus por seus próprios métodos.
 Não é possível por causa de Sua natureza: Infinitude, caráter, propriedades
A seara é muito grande
absolutas, bem como a sua perfeita santidade. Os trabalhadores são tão poucos,
 A nossa única esperança de conhecer a Deus genuinamente consiste em que
Ele graciosamente queira revelar-se a nós, e o ensino cristão assevera que Deus Um aqui, outro ali,
já o fez. (RM 16:25-26) Queremos assim o mundo sacudir?
2. Como Deus se revela a nós.
a) Revelação Geral: através da criação e da natureza. Tudo quanto foi criado é
em si uma revelação de Deus. (AT 14:16-17; RM 1:20)
Providência: A disposição das coisas neste mundo, sua manutenção, seu sustento,
Conclamamos ao povo de Deus
bem como o fato de que tudo prossegue em plena atividade e persiste na vida. Raça eleita e escolhida,
A REVELAÇÃO GERAL NÃO É SUFICIENTE POR CAUSA DO PECADO.
b) Revelação Especial:
Mulheres homens e crianças,
Através da Bíblia que é o registro da revelação especial. É Deus Evangelizar é nossa lida
revelando-se a si mesmo. O objetivo e intenção da bíblia é Deus revelar-se a si
mesmo. Devemos lê-la com esta idéia nítida em nossa mente.
Conclusão: Deus em sua perfeição não poderia deixar de ser perfeito quanto a algo
tão importante que é manifestar Sua presença. Mas nossas atitudes são muitas
Oh Deus querido dai-nos:
vezes atitudes de alguém que não quer enxergar. Coragem, força e poder
1. A bíblia, maior concentração da revelação, a própria revelação, é desprezada.
"A revelação das tuas palavras esclarece e dá entendimento aos simples."
Quando a boca formos abrir e passos formos dar,
2. O Espírito Santo, consolador, é apagado, é deixado sem alimento enquanto De Ti precisamos,
alimentamos nossa carne. (1TS 5:19; GL 5:16; JO 14:16; 14:26; JO 15:26)
3. A Criação de Deus é adorada no lugar do criador. Pois sem Ti iremos fraquejar.
"pois eles mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura
em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente. Amém!"- (Rm 1:25)
4. Mesmo com todas evidências de Deus e seu caminho, não confiamos e não Benta Gontijo de Alencar
obedecemos. Deixamos de seguir o caminho básico da revelação que é Deus
revelar a si próprio e a sua vontade, e nós obedecermos a Ele por fé. (RM 16:25-
Concurso de Poesia da SAF
26).
Devemos fazer nossa parte, Deus já fez a Dele ....
147 148

Evangelizar A Escolha de Jairo Mc. 5:21-43

COMO ALGUEM DEVE SE APROXIMAR DE JESUS ?
A- COM PROFUNDA CONSCIÊNCIA E COMPREENÇAO DE SUA PRÓPRIA
NECESSIDADE.
Foi por isso que Jairo empreendeu sua jornada em busca do Senhor
Ide é imperativo de Jesus Jesus. Sua Filha estava desesperadamente enferma, às portas da morte, Jairo já
Para aqueles que Nele confiam deveria ter procurado no mundo a cura que não veio. Estava consciente de sua
própria necessidade rogava-lhe muito. "Rogo-te que venhas e lhe imponhas as
Somos medrosas ao cumprir, mãos para que viva." Você já  se concientizou de sua necessidade? Jairo sentia que
a morte estava se aproximando cada vez mais da sua filha, e podia ocorrer a
Mas é Deus que nos guia. qualquer momento. O mesmo se aplica em nossa vida. O dia do Senhor se
aproxima, devemos nos aproximar de Deus.
B- COM UMA EXTRAORDINÁRIA HUMILDADE
 Jairo embora seja um dos lideres da sinagoga, um homem importante,
em posição de autoridade. Cai aos pés de Jesus no meio da multidão, Jesus que
aparentemente era apenas filho de um carpinteiro de Nazaré. Muitas pessoas se
aproximam de Jesus com espírito de curiosidade, com suas próprias idéias e
conceitos como os fariseus. Devemos ir a Jesus de Joelhos prostrados
reconhecendo que não somos nada. "Quem cai aos pés de Jesus reconhecendo a
sua grandeza não se levanta sem receber uma bênção".
C- COM FÉ E OBEDIÊNCIA
Jairo Crê que Cristo pode curar e salvar a vida de sua filha. Roga que
Jesus venha imediatamente para impor suas mãos sobre ela. Ele tem fé no poder
do Senhor. Se coloca inteiramente e sem reservas em suas mãos e se submete  à
sua direção. Depois do primeiro pedido, a única coisa que Jairo faz é seguir o
Senhor e se apegar a Ele. Ele não reclama do atraso causado pela mulher enferma.
v.30Jesus quer que estejamos preparados para seguí-lo onde quer que nos dirija,
não importa o que aconteça no caminho.
QUE ACONTECE COM OS QUE SE APROXIMAM DELE
Varias descobertas Jairo fez naquele dia sobre Jesus, ele tinha certas
idéias a respeito de Jesus antes de sair de sua própria casa, foi baseado nestas
idéias que se aproximou dele; mas sua experiência naquele dia ensinou-lhe que
precisava conhecer Jesus pessoalmente, antes que pudesse conhece-lo
corretamente.
- Começa a aprender a respeito da sua solicitude (cuidado Diligente). Depois que
você recebê-lo, ele cuidará  de você, ele o protegerá, guiará, guardará, Ele o
acompanhará . Vs.35-36 As pessoas vieram da casa de Jairo falaram com Ele, mas
quem respondeu foi Jesus, antes que Jairo pudesse proferir uma só palavra, o
Senhor falou esta bendita frase: "Não temas Crê somente"
Você tomará consciência do seu poder. Antes de ir até Jesus, Jairo acreditava que
Ele tinha um certo poder, mas era limitado. Ele acreditava que Jesus poderia
impedir que sua filha morresse, curando-a de sua enfermidade. Mas depois que
conhece Jesus pessoalmente, vê o seu poder de curar e ressuscitar sua filha. HSG
149
Páscoa
Páscoa significa "passagem". No Antigo Testamento o povo
de Deus comemorava a páscoa comendo pães asmos, isto é, sem
fermento e ervas amargas. Na saída do povo de Deus do Egito eles
comemoravam a páscoa comendo os pães e ervas com o cajado na
mão, prontos para a grande viagem para a terra prometida por Deus
e sendo conduzidos por Moisés, onde milagrosamente atravessaram o
Mar Vermelho.
No Novo Testamento, Cristo celebrou a páscoa para lembrar
o seu sacrifício na Cruz por nós, os elementos são: o pão e o vinho
representando o corpo de Cristo e o seu sangue que é derramado por
Ele na Cruz do Calvário. Este é um sacramento que quase todas as
igrejas celebram para lembrar a morte vicária de nosso Senhor Jesus
Cristo.
Páscoa, também significa vida, a vida abundante em Cristo
que derramou o seu sangue na cruz e que ressuscitou para nos dar
vida eterna, sentido religioso da palavra, embora existam lendas
imaginárias de que coelhos escondiam ovos e que eram procurados
por crianças com o símbolo de páscoa. Dentro desta lenda o
comércio também investiu nesta idéia para vender ovos de chocolate
e que muitas vezes uma grande parte da população não conhece o
verdadeiro sentido da "páscoa" e sim o sentido comercial que é o de
se comprar, comer e dar ovos de chocolate. Porém, o sentido
religioso cristão verdadeiro é que a Páscoa significa vida nova em
Cristo, significa morte na cruz e ressurreição do filho de Deus. É
tempo de reconciliação, de união entre o povo de Deus e não apenas
comerciar doces e chocolates como a maioria pensa.
Comemoramos uma páscoa de um Cristo Vivo que venceu a
morte, que ressuscitou no terceiro dia e que está assentado a destra
de Deus Pai todo poderoso onde há de vir e julgar a terra, para
cumprir as escrituras. Aleluia ! Ele ressuscitou como havia dito.
Diva
150
O Dom de Exortação ou Encorajamento (Rm.12:8)
O possuidor do dom espiritual de exortação é poderosamente
motivado por Deus para ser o canal através do qual Ele suprirá a
necessidade que uma pessoa ou grupo tenha de encarar realisticamente
sua própria situação. Diante de reações emocionais, ele procura
levantar a moral do outro, apresentando uma solução.
Está ao lado daquele que necessita de encorajamento,
fortalecimento, conforto, ânimo, incentivo, etc.
 Um engano comum pensar que "exortar" significa pregar aos
gritos, com gestos largos, apontar o dedo, repreender etc.
 O Espírito Santo é chamado consolador por Jesus ao falar com
seus discípulos no final de seu ministério. (Jo.14:16,26; 15:26;
 16:7) . A função do Espírito Santo era encher o homem com
aquele espírito de poder e de coragem que o capacitaria a lidar
triunfalmente com a vida.
Características do possuidor deste dom.
1. Dirige palavras de ânimo e encorajamento, ou consolo e conforto,
aos que se sentem ajudados emocional e espiritualmente e motivados à
ação.
2. Apoia e fortalece o fraco na fé e o novato na vida cristã. (1TS 5:11;
1TS 2:12.
3. Freqüentemente, tem um ministério leigo ou profissional de
aconselhamento, pois as pessoas espontaneamente se abrem com ele.
4. Tem capacidade de ver que a tribulação pode produzir níveis mais
avançados na maturidade cristã. (RM 8:28-29; AT 14:22).
5. Diante de uma pessoa ou situação que apresenta características
negativas de pecado, procura e identifica algo aproveitável e enfatiza
isto; em seguida, procura rapidamente "aparar" o que está errado, sem
estabelecer confronto entre pessoas ou grupos.
 "o que exorta faça-o com dedicação"- (RM 12:8)
Um crente com este dom, entusiasmado com um projeto no
trabalho de Deus, contagia seus colegas com seu otimismo.
Todos nós temos responsabilidade de incentivar os outros.
 Algumas vezes parece que temos o dom de desencorajar, uma
atração natural para as más notícias. (1PE 4:8)
151
Lida E. Knight
Alegria de Deus em seu povo
"Deus ficará contente com vocês e por causa do seu
amor lhes dará nova vida" [Sf. 3:17b BLH]
Muitas vezes levamos uma vida tão errada que
parece impossível acreditar que podemos agradar a Deus,
levar alegria a Deus. Isso mesmo ! Isso é possível ! E
quando acontece somos também tomados de Alegria.
É muito bom fazer Deus sorrir. Mas o que temos que
fazer para alegrar o Senhor ? E como Deus responde a esta
nossa atitude de fidelidade ?
1- Deus se alegra em seu povo por causa de:
 Seu arrependimento, Lucas 15:7,10
 Sua fé, Hebreus 11:5-6
 Seu temor a Ele, Salmo 147:11
 Suas orações a Ele, Provérbios 15:8
 Sua esperança em Sua misericórdia, Salmo 147:11
 Sua mansidão, Salmo 149:4
 Sua retidão, I Crônicas 29:17; Provérbios 11:20
2- A alegria de Deus em seu povo leva Deus
a:
 Faze-los prosperar, Deuteronômio 30:9
 Fazer-lhes bem, Deuteronômio 28:63; Jeremias
32:41
 Livrá-los, II Samuel 22:20
 Consolá-los, Isaías 65:19
 Dar-lhes a herança, Números 14:8
BVN
HSG
MELHOR NÃO DEIXAR O OVO CAIR
"A história da Páscoa é um mito", dizia o professor de ciências de uma
escola a seus alunos, alguns dias antes da Páscoa. "Jesus não saiu do
túmulo," continuou, "mas, primeiramente, não existe nenhum Deus no céu
que possa permitir que seu filho seja crucificado." "Senhor, eu acredito em
Deus", Jimmy protestou. "E eu acredito que ele ressuscitou!" "Jimmy, você
pode acreditar no que você quiser, é claro," o professor respondeu. "Porém,
no mundo real não existe a possibilidade de tais milagres, como a
ressurreição. Ninguém que acredite em milagres pode respeitar a ciência."
"Deus não é limitado pela ciência," Jimmy respondeu. "Ele criou a ciência!"
Incomodado com o modo como Jimmy defendia sua fé, o professor propôs
um experimento cientifico. Foi até a geladeira e pegou um ovo de galinha.
"Eu vou deixar este ovo cair no chão," começou o professor. "A gravidade
vai fazer com que ele caia no chão e se despedace. "Olhando fixamente
para Jimmy, ele continuou: "Agora, Jimmy, eu quero que você faça uma
oração e peça ao seu deus para que quando eu soltar este ovo ele não caia
no chão e se quebre. E se ele conseguir fazer isto, você terá provado que
Deus existe, e eu terei que admitir isso." Após pensar por um momento
sobre o desafio, Jimmy lentamente começou sua oração. "Querido Pai
celeste," ele iniciou. "Eu peço que quando o meu professor soltar este
ovo ... ele caia no chão e se quebre em uma centena de pedaços! E
também, Senhor, eu peço que quando este ovo quebrar, meu professor
tenha um ataque cardíaco fulminante e morra. Amém." Após os cochichos
da classe, veio um silêncio fúnebre. Por um momento o professor não fez
nada. E por fim ele olhou para o Jimmy e depois para o ovo. E, sem dar
uma palavra, ele cuidadosamente devolveu o ovo na geladeira. "A
aula acabou" disse o professor enquanto pegava suas coisas. O professor
aparentemente acreditava mais em Deus do que ele mesmo imaginava.
Muitas pessoas são como este professor, negam que Deus existe, mas
correm para ele nos momentos difíceis. Porém questionam, e o atacam
todas as vezes que tem chance. Jimmy sabia que Deus não iria matar o seu
professor naquele momento, mas também sabia que seu professor não
apostaria sua vida por um ovo. Quando sua vida está em jogo a ideia de
que Deus existe parece fazer mais sentido.
PERDÃO REVOGADO
O rei chamou à sua presença o homem que ele havia perdoado, e disse:
"Seu malvado miserável! Eu lhe perdoei aquela dívida enorme, só porque
você me pediu - você não devia ter pena dos outros, do mesmo modo como
eu tive de você?" Então o rei, irado, mandou o homem ser duramente
castigado, até pagar o último centavo que devia. Assim meu Pai celeste
fará, se vocês se recusarem a perdoar verdadeiramente os seus irmãos. S.
Mat. 18:32-35 (A Bíblia Viva).
Alguns anos atrás, um homem do Estado de Kentucky, EUA, chamado
Lucien Young, soube que um velho amigo dele, Samuel Holmes, se
encontrava numa penitenciária e ainda tinha mais oito anos de pena por
cumprir. Dirigindo-se à prisão, Lucien perguntou ao carcereiro se poderia
conversar com seu velho amigo. Recebeu permissão. Por quase duas horas
os dois conversaram e riram, recordando algumas de suas travessuras da
juventude.
Posteriormente Lucien, que era bom amigo do governador Blackburn, foi à
mansão do Executivo e pediu que o governador perdoasse o seu amigo. O
governador pediu o prazo de uma semana para pensar no assunto. Quando
a semana terminou, Lucien retornou ao escritório do governador.
- Aqui está o perdão - disse o governador, estendendo o documento a
Lucien. - Mas antes de entregá-lo a Samuel, quero que você converse mais
algumas horas com ele. Se ao final da conversa você achar que ele deve
mesmo ser perdoado, eu lhe concederei a liberdade condicional, desde que
você se responsabilize.
- Entendido - disse Lucien.
Lucien correu à prisão e mais uma vez obteve licença para conversar com
seu amigo. Durante o transcorrer da visita, Lucien perguntou casualmente:
- Sam, quando você sair daqui, eu gostaria que se tornasse meu sócio.
Concorda? Posso até ver se consigo tirá-lo daqui antes do término de sua
pena.
Sam ficou em pé e caminhou um pouco de um lado para outro. Quando
voltou a falar com Lucien, disse:
- Está bem. Mas antes de qualquer outra coisa, terei de resolver um
negócio.
- Que negócio, Sam?
- Primeiro, vou matar o juiz e depois a testemunha que me mandou para cá.
Lucien saiu da prisão e devolveu ao governador o documento do perdão.
Você o censuraria?
Se nós não perdoamos aos outros, seria de admirar que Deus revogasse o
perdão que nos concede? (Ver Eze. 18:24 e 25.)
O QUE O PERDÃO PODE FAZER POR
VOCÊ
Bem-aventurado aquele cuja iniqüidade é perdoada, cujo pecado é coberto.
Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não atribui iniqüidade, e em
cujo espírito não há dolo. Sal. 32:1 e 2.
Dois dias antes do Natal, Frank e Elizabeth Morris receberam um
telefonema dizendo-lhes que seu filho único, Ted, de 18 anos de idade,
havia sido ferido num grave acidente. A pessoa os instruía a procurar com
urgência um grande hospital em Nashville, Estado do Tennessee. Quando
chegaram ao hospital, um neurocirurgião lhes deu a triste notícia: Ted
estava morto.
No dia seguinte, na delegacia, o casal Morris ficou sabendo que o outro
motorista, Tommy Pigage, havia sofrido apenas ferimentos leves. Por
ocasião do acidente, o seu nível de álcool no sangue estava três vezes
acima do limite legal. Ele foi acusado como assassino, mas depois de
confessar-se culpado a acusação foi reduzida para homicídio culposo.
Meses mais tarde, foi sentenciado a apenas cinco anos de sursis com a
estipulação de que, se violasse a sentença, teria de cumprir uma pena de
dez anos na prisão. Dizer que o casal Morris (especialmente Elizabeth) ficou
revoltado com uma sentença tão branda, é dizer pouco.
Mais tarde, numa reunião de mães para protestar contra o ato de dirigir sob
a influência do álcool, Elizabeth ouviu Tommy contar que, ao saber da
morte de Ted, ele não conseguira parar de chorar. Alguns dias mais tarde,
entretanto, ele foi apanhado bebendo e levado para cumprir sua pena de
dez anos.
Apesar das emoções contraditórias, Elizabeth, uma cristã, começou a visitar
Tommy na cadeia. Um dia, enquanto conversavam, ele implorou perdão.
- Eu lhe perdôo - respondeu Elizabeth, acrescentando: - e gostaria que você
me perdoasse por eu tê-lo odiado.
- Ah, Sra. Morris, é claro - disse ele com emoção.
Numa visita posterior, Tommy contou a Elizabeth que queria muito parar de
beber, mas não conseguia. Ela lhe garantiu que ele poderia, com a ajuda de
Deus. E ele conseguiu!
No dia 12 de janeiro de 1985, Tommy foi batizado. Mais tarde, ficou em
liberdade condicional. O casal Morris começou a levá-lo para seu lar e a
tratá-lo como filho. Escrevendo para a edição de janeiro de 1986 da revista
Guidepost, Elizabeth disse que, depois disso, começou a sentir a paz que
só Deus pode dar. E Tommy? Ele é uma pessoa diferente!
É isso que pode acontecer quando perdoamos - e somos perdoados.
Inserido por Rogério Nunes às 16:31 Nenhum comentário:  conversão de Saulo tenha brotado daquela experiência.
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Temas: bebida, mudança, perdão
Opiniões: 
O QUE O PERDÃO PODE FAZER
Jesus dizia: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. S. Luc.
23:34.
Wilfred T. Grenfell, famoso médico missionário, nasceu em 1865. Em 1892,
ainda na faixa dos vinte anos, ele dedicou sua vida ao povo da costa
oriental do Canadá, onde serviu ao seu Senhor até cinco anos antes de sua
morte, em 1940. Certa vez, quando lhe perguntaram o que o havia
influenciado para que dedicasse a vida ao trabalho cristão humanitário
naquela fria e agreste região do Labrador, aqui está a razão que ele deu:
Certa noite, uma senhora foi levada para a sala de emergência do hospital
onde ele trabalhava. Era evidente que não havia esperança de vida para
ela. Segundo o depoimento de testemunhas, o marido dela havia chegado
bêbado em casa e, num ímpeto de ira, jogara contra ela um lampião aceso
de querosene. Os vizinhos chamaram a polícia. O marido, que começava a
ficar sóbrio, e um oficial foram até o leito onde ela se encontrava. O oficial
curvou-se e perguntou àquela senhora exatamente o que havia ocorrido. A
princípio ela recusou-se a dizer qualquer coisa, mas ele insistiu. Por fim, ela
simplesmente disse: "Senhor, foi apenas um acidente." E morreu pouco
depois.
Grenfell disse que se o amor podia perdoar uma agressão daquela
magnitude, ele queria seguir o exemplo de Jesus e dedicar a vida ao
ministério em favor dos outros. Será que o perdão daquela senhora exerceu
um efeito semelhante sobre o marido? Não sei, mas vamos esperar que
sim.
Perdoar aqueles que nos ofenderam, aqueles que sob um ponto de vista
humano não merecem perdão, pode exercer um poderoso efeito para o
bem. Quando Jesus perdoou aqueles que O crucificavam, causou uma
impressão profunda em muitos dos responsáveis por Sua morte. Atos 6:7
diz que, subseqüentemente, "muitíssimos sacerdotes obedeciam à fé".
Algo semelhante pode ter acontecido quando Estêvão perdoou aqueles que
o apedrejaram até à morte (ver Atos 7:58-60). Não é improvável que a
Quando você e eu fazemos como Jesus fez, e perdoamos
espontaneamente aqueles que nos magoaram, o efeito sobre eles também
pode ser o mesmo - mas não conte com isso. Afinal de contas, nosso
objetivo na vida como cristãos é seguir o exemplo de Cristo, e não fazer
com que os outros se sintam mal por ter-nos prejudicado.
AMAR OS INIMIGOS
Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo, e odiarás o teu inimigo. Eu,
porém, vos digo: Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem.
S. Mat. 5:43 e 44.
Durante a Guerra da Independência dos Estados Unidos, um homem
chamado Wildman, de Efrata, Estado da Pensilvânia, adquiriu má reputação
por ter agredido verbalmente o Pastor Peter Miller, da igreja de Dunker, na
mesma cidade. Wildman alistou-se no exército. Enquanto ainda estava
prestando serviço, descobriu-se que ele era um espião. Foi julgado,
condenado e sentenciado à forca.
Miller ficou sabendo da sentença. Seu coração foi tocado. Caminhou 95
quilômetros até Filadélfia para interceder em favor de Wildman. Quando
apresentou sua súplica perante o general George Washington, este
respondeu:
- Lamento, mas não posso atender o pedido para poupar a vida de seu
amigo.
- Mas, senhor, ele não é meu amigo - explicou Miller. - É meu pior inimigo.
- Quer dizer que o senhor caminhou 95 quilômetros para suplicar pela vida
de seu inimigo? Isso coloca a questão sob um ângulo totalmente diferente.
Vou deferir seu pedido.
Washington assinou o documento de perdão e entregou-o a Miller, que
caminhou mais 25 quilômetros até onde Wildman se encontrava
aguardando a execução. Quando Wildman viu que Miller se aproximava,
comentou sarcasticamente com seus companheiros de sentença:
- Lá vem chegando o velho Peter. Veio para assistir ao meu enforcamento.
Nem bem Wildman havia acabado de dizer isso, quando Miller se enfiou
pela multidão e entregou ao homem condenado o documento que o
perdoava.
LIÇÕES DOS PÁSSAROS
Por acaso foi a sua inteligência que ensinou o falcão a voar em direção ao
sul? Jó 39:26 (A Bíblia Viva).
A migração das aves é um exemplo das providências de Deus em favor de
melhores condições de vida e abastecimento. Calcula-se que uns dez
bilhões de pássaros se envolvam em vôos migratórios. Aqui estão alguns
exemplos notáveis: o maçarico do Alasca voa milhares de quilômetros sobre
o Oceano Pacífico até às ilhas do Havaí. Um papa-figo de Baltimore foi
reconhecido como tendo viajado até à América do Sul e retornado para a
mesma árvore em Nova Iorque. A tarambola dourada voa 4.000 quilômetros
de Newfoundland até a Colômbia, no outono. Uma espécie de picanço
cobre os 5.600 quilômetros da Ásia Central até à África Central.
A andorinha-do-mar do Ártico tem um dos mais longos padrões de migração
entre as aves. Ela voa do Círculo Ártico até à Antártica no fim do verão,
uma distância de uns 17.000 quilômetros. Retoma o vôo da Antártica ao
Ártico na primavera seguinte, gastando aproximadamente dois meses em
cada viagem.
Os pombos-correios têm a capacidade de orientar-se em relação com o sol
e o ninho de origem. Mas em dias nublados, utilizam células especiais em
seus olhos, as quais são sensíveis ao campo magnético da terra.
Jeremias fala de vários outros tipos de aves com instintos migratórios. Diz
ele: "A cegonha, a rola, a andorinha e o grou sabem exatamente quando
devem voar para outras terras por causa do inverno; também sabem a hora
de voltar. Mas o Meu povo não respeita as leis do Senhor." Jer. 8:7, A Bíblia
Viva.
Os seres humanos têm menos instintos naturais do que as aves. Mas o
Criador implantou em nós algo que Ele não concedeu aos pássaros ou a
qualquer outro animal: a faculdade moral da escolha. A razão pela qual Ele
o fez foi para que nosso amor por Ele brotasse livremente, por apreciarmos
o Seu caráter de amor. Somente esse tipo de amor compensa.
Israel cometeu um trágico erro quando se recusou a aceitar a lei de amor de
Deus. Você e eu podemos aprender com o erro deles.
DEUS DESEJA PRONTA OBEDIÊNCIA
Os estrangeiros se Me sujeitaram; ouvindo a Minha voz, Me obedeceram. II
Sam. 22:45.
Jenny, uma jovem norueguesa na faixa dos 20 anos de idade, trabalhava
como cabeleireira na cidade de Nova Iorque na metade da década de 70.
Vivia com um homem casado com outra mulher, num apartamento próximo
ao salão de beleza onde trabalhava. No mesmo prédio de apartamentos
morava uma moça brasileira, cristã, de nome Maria do Carmo. Maria do
Carmo fez amizade com Jenny e começou a partilhar sua fé com ela. Não
demorou muito para que Jenny aceitasse a Jesus como Salvador.
Certo dia, Maria do Carmo disse a Jenny que não era correto viver com um
homem casado. Até àquele momento, Jenny nunca havia pensado na
possibilidade de estar fazendo algo errado, mas quando o Espírito Santo a
convenceu de que o que ela estava fazendo era pecaminoso, acabou com o
relacionamento imediatamente. A separação foi dolorosa, mas ela estava
decidida a servir a Deus de todo o coração, custasse o que custasse.
Não muito tempo depois que ela terminou o seu romance ilícito, conheci
Jenny em um retiro de fim-de-semana, para o qual eu havia sido convidado
como um dos pregadores. Durante minhas horas de folga, estudei a Bíblia
com ela e respondi às suas perguntas. Poucas vezes encontrei uma pessoa
tão decidida a abandonar o pecado de imediato como Jenny. Mais tarde,
fiquei sabendo que ela retornara para a Noruega e, apesar da oposição dos
familiares, se havia tornado obreira bíblica.
Vi Jenny pela última vez na Inglaterra, em 1982. Ela me contou, durante a
breve conversa que tivemos, que ela estava com câncer terminal e tinha
apenas pouco tempo de vida. Não muito tempo depois disso, fiquei sabendo
que ela falecera, fiel ao seu Senhor até o fim.
O Espírito Santo convence do pecado (ver S. João 16:8). Mas poucos agem
tão rapidamente como Jenny. A convicção leva ao arrependimento, e o
arrependimento significa tristeza pelo pecado. Mas significa mais do que
entristecer-se por causa do pecado. Quer dizer também abandoná-lo.
Embora muitos sintam tristeza pelo pecado (especialmente quando são
apanhados em flagrante), quantos se entristecem o suficente para deixá-lo
assim que sentem a convicção?
O Senhor "é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça".
II S. Ped. 3:9. Graças por isso! Mas Ele não ficaria mais contente ainda se
abandonássemos o pecado logo que o Espírito Santo nos convencesse, em
vez de ficarmos abusando de Sua misericórdia?
Como Encontrar A Cura Para Ansiedade?
Referência: Filipenses 4.6-7
INTRODUÇÃO
1) A ansiedade é considerada pelos psicólogos como a mais perigosa
doença do século. De acordo com OMS mais de 50% das pessoas que
passam pelos hospitais são vítimas da ansiedade. O psicólogo Rollo
May afirma que a ansiedade é o mais urgente e o mais grave problema
desta geração.
2) A ansiedade atinge todas as idades: 1) As crianças estão sofrendo
de ansiedade: Ilustração: “que vidão em filha! O Senhor é que
pensa!”; 2) Os adolescentes estão enfrentando ansiedade. Ilustração:
espinhas no rosto, a briga com o espelho, a pressão da família em
relação ao vestibular; 3) Os jovens estão vivendo em ansiedade.
Ilustração: Com quem vou me casar? Onde vou trabalhar?; 4) Os
casados estão ansiosos, vivendo a pressão da estabilidade financeira; a
garantia no emprego; o estudo dos filhos; o namoro dos filhos; o
medo de perder o emprego; 5) Os idosos vivem ansiosos, é o medo da
doença, medo da solidão. Ansiedade em relação aos filhos e aos netos.
3) Qual foi a última vez que você viu uma pessoa ansiosa? Você se
olhou no espelho hoje? Você é daquilo tipo de gente de o problema
está longe e você pensa que ele já está batendo à sua porta? Você é
daquele tipo de gente que quando não tem problema, você cria um?
4) Milhões de dólares são gastos em calmantes e em entretenimentos
para aliviar o homem do mal da ansiedade. A ansiedade é uma doença
causada pelo pecado. Por isso, a Palavra de Deus traz solução para
esse mal.
I. DIAGNOSTICANDO A DOENÇA QUE NOS ATACA – V. 6
Paulo fala sobre vários aspectos da ansiedade:

1. As causas da ansiedade
1.1. A ansiedade é resultadso de olharmos para os problemas em vez
de olharmos para Deus – Os crentes de Filipos não estavam vivendo
num paraíso existencial. Eles viviam num mundo cercado de perigos.
Eles estavam enfrentando perseguições (1:28). Eles corriam risco de
perder seus bens e até a liberdade. Paulo estava em prisão quando
escreveu para eles. Ele estava na ante-sala da guilhotina romana. Ele
estava com os pés na sepultura. As nuvens acima da sua cabeça eram
tenebrosas. Quando olhamos as circunstâncias e os perigos à nossa
volta, em vez de olharmos para o Deus que governa as circunstâncias
ficamos ansiosos, como os espias de Israel que se viram a si mesmos
como gafanhotos. Quando removemos nossos olhos do Senhor e os
colocamos nas circunstâncias, tornamo-nos como Pedro, começamos a
afundar. Ilustração: Geazi olhou para o perigo, Eliseu para Deus.
Filipe olhou para a provisão, Jesus para o provedor.
1.2. A ansiedade é resultado de relacionamentos quebrados – As
pessoas nos fazem sofrer mais do que as circunstâncias. Nós
desapontamos as pessoas e as pessoas nos desapontam. No capítulo 2
desta carta Paulo diz que as pessoas têm a capacidade de roubar a
nossa alegria. Há muitas pessoas ansiosas e deprimidas por causa de
um relacionamento quebrado, de uma mágoa não curada, de uma
ferida aberta. Há muitas pessoas prisioneiras da amargura. Ilustração:
A falta de perdão torna você prisioneiro da pessoa com que você
menos gostaria de conviver.
1.3. A ansiedade é resultado de uma exagerada preocupação com as
coisas materiais – Paulo diz que algumas pessoas vivem ansiosas
porque elas só se preocupam com as coisas materiais (3:19). Essas
pessoas fazem do dinheiro o seu deus. Eles não confiam em Deus,
mas no dinheiro. Nós vivemos numa sociedade materialista. O
dinheiro tornou-se o deus desta geração. As pessoas compram o que
não precisam, com o dinheiro que não têm, para impressionar as
pessoas que não conhecem. Na década de 50 nós consumíamos 5
vezes menos que hoje. Nem por isso somos mais felizes. O luxo do
ontem tornou-se necessidade do hoje. Na década de 70, 70% das
famílias dependiam apenas de um orçamento para sustentar a família.
Hoje mais de 70% das famílias, precisam de duas rendas para manter
o mesmo padrão. Hoje, coisas estão substituindo relacionamentos.
Sacrificamos no altar do urgente, as coisas importantes. Ilustração: O
casal que depois de 15 anos estava se separando. Colocaram trabalho
acima do relacionamento.
2. Em sua manifestação, a ansiedade tem dois aspectos: passado e
futuro
a) Em relação ao passado – Há muitas pessoas que vivem ansiosas
porque nunca resolveram os traumas e problemas do passado. Elas são
prisioneiras do passado. Paulo fala dessa realidade no capítulo 3 verso
13. Paulo tivera um terrível passado. Mas, quando Jesus transformou a
sua vida, ele sepultou o passado no passado. Paulo não continuou a ser
prisioneiro dos seus sentimentos. Ele olhou para a cruz e tirou de suas
costas o fardo que o oprimia. Ele disse: “Se alguém está em Cristo é
nova criatura, as coisas antigas já passaram; eis que tudo se fez novo”
(2 Co 5:17).
b) Em relação ao futuro – O outro lado da ansiedade é o futuro. Há
pessoas que abandonam o presente com medo do futuro. Eles estão
tristes hoje, porque estão com medo do amanhã. Eles têm medo de
viver e medo de morrer. Medo de ficar solteiro e medo de casar.
Medo de trabalhar e medo de perder o emprego. Medo da multidão e
medo da solidão.
3. Os resultados da ansiedade

3.1. A ansiedade produz uma estrangulação íntima – A palavra
ansiedade traz a idéia de estrangulação. Ela produz uma fragmentação
existencial. A pessoa é rasgada ao meio. Ela produz uma
esquizofrenia emocional. A pessoa ansiosa perde o equilíbrio.
3.2. A ansiedade rouba as nossas forças – Uma pessoa ansiosa
normalmente antecipa os problemas. Eles sofrem antecipadamente. O
problema ainda não aconteceu e eles já estão sofrendo. A ansiedade
rouba a energia antes e quando o problema chega, se chegar, a pessoa
já está fragilizada.
3.3. A ansiedade é uma eloquente voz da incredulidade – Paulo
exorta: “Não andeis ansiosos de cousa alguma”. A ansiedade é uma
debodiência a uma ordenança divina. A ansiedade é perder a
confiança de que Deus está no controle. A ansiedade ocupa o nosso
coração quando tiramos os olhos da majestade de Deus para colocá-
los na grandeza dos nossos problemas. Devemos ser como Josué e
Calebe: se o Senhor se agradar de nós, podemos triunfar sobre os
gigantes.
3.4. A ansiedade é inútil – Jesus alertou para este ponto: “Qual de vós,
por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da sua
vida?” (Mt 6:27). A preocupação em vez de dilatar a vida, a encurta.
Em vez de querer administrar o anadministrável, depois lançar sobre
os pés do Senhor toda a nossa ansiedade (1 Pe 5:7).
3.5. A ansiedade é incompatível com a fé cristã – Jesus deixou isso
claro: “Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que
beberemos? Ou: Com que nos vestiremos? Porque os gentios é que
procuram todas estas coisas; pois vosso Pai celeste sabe que
necessitais de todas elas; buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e
a sua justiça, e todas estas cousas vos serão acrescentadas” (Mt 6:31-
33). A ansiedade não concubina com aqueles que conhecem a Deus.
3.6. A preocupação é incompatível com o bom senso – Jesus ainda
nos ensina: “Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o
amanhã trará os seus próprios cuidados; basta ao dia o seu próprio
mal” (Mt 6:34). Você sofre hoje pelas coisas de amanhã. Você
antecipa não o futuro com a ansiedade, mas o sofrimento que ele pode
trazer. Você sofre duas vezes ou sofre desnecessariamente. Ansiedade
é uma perda de tempo, de energia, de fé.
II. ENCONTRANDO O REMÉDIO CERTO PARA A NOSSA
DOENÇA – V. 6
A ansiedade é o oposto da vontade de Deus para nós. Um cristão
ansioso é uma contradição. Deus não apenas dá uma ordem: Não
andeis ansiosos, mas oferece a solução. Não apenas diagnostica a
doença, mas oferece o remédio celestial.
1. Nós devemos entender que Deus é maior do que os nossos
problemas – Nossa vida está nas mãos do Deus que governa o
universo. Nossa vida não está solta, sendo jogada de um lado para o
outro ao sabor das circunstâncias. O Deus que está no trono, governa a
nossa vida. Ele é maior do que os nossos problemas. Os nossos
problemas estão debaixo dos seus pés. Ilustração: Os discípulos
estavam muito ansiosos enfrentanto uma terrível tempestade de
madrugada. Jesus aparece andando sobre o mar. Ele dizendo: O que
ameaça vocês, está literalmente debaixo dos meus pés.
2. A medicina de Deus deve ser usada de acordo com a divina
prescrição
A) Aprenda a orar corretamente (v. 7) – Paulo fala sobre três
diferentes tipos de oração: adoração, petição e ações de graças. A
oração pode fazer por nós o que a ansiedade não pode fazer. Primeiro,
Paulo diz que devemos aprender a adorar a Deus. Oração é
fundamentalmente intimidade com Deus. Orar é estar em comunhão
com o Rei do Universo. Nós adoramos a Deus por quem Deus é. Em
vez de ficarmos ansiosos, devemos contemplar a majestade de Deus e
descansar nos seus braços. Se Deus é quem é e se ele é o nosso Pai,
não precisamos ficar ansiosos. Segundo, Paulo diz que podemos trazer
a Deus os nossos pedidos. Ele é o nosso Pai amoroso. Ele cuida de
nós. Ele sabe o que precisamos. Dele procede todo dom perfeito.
Oração e ansiedade são mutuamente exclusivos. Se você não ora por
todas as coisas, você estará ansioso pela maioria das coisas. A oração
é a medicina divina. Terceiro, Paulo diz que podemos agradecer a
Deus o que já temos recebido. Olhe para o que Deus já fez (Salmos
116:7). Deus desbarata os nossos inimigos quando nós o louvamos (2
Cr 20:21).
B) Aprenda a pensar corretamente (v. 8) – Assim como você pensa,
assim você é. Você é produto dos seus pensamentos. A luta é ganha
ou perdida na sua mente. Se você armazena coisas boas na sua mente,
você é um vencedor. Mas se você entulha só coisas negativas, sua vida
não prosperará. Ilustração: Ana, enquanto ficou ouvindo os arautos do
pessimismo, mergulhou em profundo choro. No que dia que ouviu a
promessa de Deus, sua alma e seu ventre foram curados.
C) Aprenda a agir corretamente (v. 9) – Ser cristão não é apenas
conhecimento. É sobretudo vida. Conhecimento sem prática não fará
de você uma pessoa melhor do que os demônios. Eles conhecem. Eles
creêm e tremem, mas não obedecem.
III. DESFRUTANDO DA CURA QUE PROVÉM DE DEUS – V. 7
A cura para a ansiedade não está nos recursos humanos, mas na
provisão divina. Paulo nos ensina algumas lições importantes neste
texto:
1. A cura é o resultado do uso correto do remédio divino – “E a paz de
Deus…”. Quando usamos corretamente o remédio prescrito por Deus,
ele produz em nós a cura. A paz de Deus é o resultado da nossa cura.
A paz de Deus é o substituto para a ansiedade. O mesmo coração que
estava cheio de ansiedade, pela oração, agora está cheio de paz.
Temos não apenas a paz com Deus, um relacionamento certo com
Deus. Temos, também a paz de Deus, um sentimento certo com Deus.
Mas, temos também além da paz de Deus, o Deus da paz conosco (Fp
4:9). Você tem não apenas um sentimento, mas uma Pessoa, a Pessoa
divina, onipotente com você.
2. A paz que recebemos é uma paz celestial e não terrena – É a paz de
Deus. A paz de Deus não é paz de cemitério. Não é ausência de
problemas. Não é fuga dos problemas. Não é a paz de mosteiro. Essa
paz não é produzida por circunstâncias. Ela co-existe com a dor, com
as lágrimas e até com a morte. Esta paz não é produzida por
circunstâncias. O mundo não conhece essa paz nem a pode dar.
Governos humanos não podem gerar essa paz. Esta paz vem de Deus.
3. A paz que recebemos é relacional e existencial – Todo cristão tem
paz com Deus (Rm 5:1) e todo cristão pode ter a paz de Deus (Fp
4:7). A paz com Deus é relacional. Ela significa um correto
relacionamento com Deus pela justificação. A paz com Deus fala
sobre nossa confiança diante do trono de Deus, porque Cristo morreu
por nós, pagou a nossa dívida e nos reconciliou com Deus. Mas a paz
de Deus é existencial. Ela é experimental. Ela fala daquela calma
interior no meio dos problemas. Esta paz fala da visitação especial de
Deus nos dias tenebrosos. Essa paz é aquela que Jó experimentou
quando disse que Deus inspira canções de louvor nas noites escuras. É
paz de levou Spafford a escrever depois do naufrágio das suas quatro
filhas: “It is well with my soul”. A paz com Deus depende da fé, a paz
de Deus depende da oração. A paz com Deus descreve o estado entre Poderá também gostar de:
o cristão e Deus. A paz de Deus descreve a condição dentro do
cristão.
O processo da frutificação

4. A paz de Deus transcende a compreensão humana – Esta paz não é
misteriosa, mas é transcendente. Ela vai além da compreensão
humana. A despeito da tempestade do lado de fora, podemos desfrutar
de bonança dentro de nós. Esta é a paz que os mártires sentiram diante
da morte. Esta á a paz de Paulo sentiu ao caminhar para a gilhotina:
“Eu sei em quem tenho criado…”. Ilustração: A família de Inchon que
foi sepultada viva e cantou até a hora da morte.
Israel era a vinha do Senhor. Deus a plantou. Deus a cercou de
cuidados, mas Israel produziu uvas bravas. Então, agora, Jesus diz:
“Eu sou a Videira verdadeira e meu Pai é o agricultor. Eu sou a
videira e vós os ramos.” O Viticultor é o que planta a vinha, ele é o
dono da vinha, ele é o que cuida da vinha para que ela produza grande
quantidade e com excelente qualidade.

5. A paz de Deus é uma sentinela celestial ao nosso redor – A palavra Os ramos só têm duas finalidades: eles só servem para produzir fruto
“guardará” traz a idéia de uma sentinela, um soldado na torre de vigia, ou para serem queimados. Deus, como viticultor espera frutos de nós.
protegendo a cidade. A paz de Deus é como um exército protegendo- Nesta parábola Jesus falou de quatro tipos de ramos:
nos dos problemas externos e dos medos internos. Paulo diz que esta
paz guarda os nossos corações (sentimentos errados) e nossas mentes
(pensamentos errados). A paz de Deus guarda as nossas emoções e o
nosso intelecto, nossos sentimentos e nossos pensamentos. Cesta 1 – NENHUM FRUTO

CONCLUSÃO

Cesta 2 – FRUTO
• Esta não é uma mensagem teórica. Ela é prática e funcional. Paulo
não escreveu esses princípios como um acadêmico ou teórico. Ele
experimentou tudo isso que nos ensinou. Ele estava no portão da
morte. Esta caminhando para a guilhotina romana. Mas ele estava Cesta 3 – MAIS FRUTO
livre de ansiedade. Sua mente e seu coração estavam guardados pela
paz de Deus. Deus não mudou e ele pode fazer o mesmo por nós.

Cesta 4 – MUITO FRUTO

Fonte:http://hernandesdiaslopes.com.br/2009/06/como-encontrar-a-
cura-para-a-ansiedade/
Qual é a importância de se produzir frutos? Jesus diz: “Eu vos escolhi
a vós outros, e vos designei para que vades e deis frutos, e o vosso
fruto permaneça” (Jo 15:16). Estamos aqui para cumprirmos os
sonhos de Deus e trazermos glória para o seu nome através de uma
vida frutífera.
Qual é o nível de produção de frutos dos cristãos de hoje?
I. NENHUM FRUTO – SE SUA VIDA NÃO PRODUZ FRUTOS
DE FORMA CONSTANTE, DEUS INTERVÉM PARA
DISCIPLINAR VOCÊ – V. 2
Alguns cristãos passam anos da vida sem produzir frutos sazonados e
doces que glorificam a Deus. Milhões de cristãos sinceros estão presos
em uma rede invisível. Sofrem dor. Sentem-se fracassados. A vida
mostra pouco ou nenhum significado eterno, e não sabem por quê.
Você se sente assim? Este é o crente retratado pelo galho estéril e a
cesta vazia.
Muitos estudiosos da Bíblia interpretam o v. 2 como se um crente não
produz fruto ele não pode ser um cristão verdadeiro, ou seja, sua
ligação com Cristo é apenas aparente. Esses pensam que estas pessoas
estão ligadas a Cristo apenas por um ritual ou membresia de uma
igreja, sem jamais ter nascido de novo. São pessoas que não têm a
graça de Deus no coração. A união deles com Cristo é nominal e não
real. Eles têm o nome de que vivem, mas estão mortos. Onde não há
fruto, não há vida.
Outros interpretam que “cortar” significa que se você não der fruto,
você pode perder a salvação. Mas, o ponto central do verso 2 é
“estando em mim”. É impossível estar em Cristo sem ser cristão. É
impossível estar em Cristo e perder a salvação.
Uma tradução mais clara da palavra grega airo não seria cortar, mas
tomar ou levantar (Mt 14:20; Mt 27:32; Jo 1:29). Tanto na literatura
grega como na Bíblia airo não significa cortar, mas levantar.
“Levantar” sugere uma imagem de um agricultor se abaixando para
erguer um galho. Os galhos novos têm a tendência de ir para baixo e
crescer perto do chão. Mas eles não produzem fruto ali. Quando os
galhos crescem junto ao chão, as folhas ficam cobertas de poeira.
Quando chove, ficam cheias de lama e mofam. O galho, então, adoece
e fica inútil.
E o que se pode fazer? Cortar e jogar fora o ramo? De jeito nenhum!
O ramo é valioso para ser cortado. Ele precisa ser lavado e levantado
e amarrado de volta aos outros ramos e logo começará a frutificar.
Quando os galhos caem na terra, Deus não os joga fora nem os
abandona. Ele levanta os galhos, os limpa e os ajuda novamente a
vicejar. Para o cristão, o pecado é como a sujeira que cobre as folhas
da parreira. O ar e a luz não conseguem penetrar. O galho fica inerte e
o fruto não se desenvolve. Como o nosso Viticultor nos levanta da
lama e da tristeza? Como ele faz um galho estéril produzir fruto?
Como podemos começar a encher a cesta vazia?
O PROPÓSITO DA DISCIPLINA NA VIDA DO CRENTE
O propósito da disciplina é limpá-lo e levantá-lo para que você viva
uma vida frutífera para a glória de Deus. A disciplina é um ato
doloroso, mas um ato de amor. A disciplina não é agradável nem para
o filho, nem para o Pai, mas a disciplina é a demonstração de um
amor responsável. A disciplina é o método de Deus para tirar você de
esterilidade.
Hebreus 12:5-6 mostra que Deus toma a iniciativa de corrigir os filhos
que se desviam assim como o Viticultor toma as medidas necessárias
para corrgir um galho desviado.
Hebreus 12:11 mostra que o projeto de Deus na disciplina não é
provocar dor, mas produzir fruto. A disciplina não tem que ser
contínua, tão logo o galho deixa de se arrastar pelo chão, tão logo o
crente se arrepende, a disciplina cessa. Deus não espera que você
procure a disciplina. Ele quer que você saia dela.
Hebreus 12:8 sem disciplina não somos filhos, mas bastardos. Deus
sempre disciplina aqueles que não produzem fruto. É aí que você
troca a cesta vazia por cachos suculentos de uva.
GRAUS DA INTERVENÇÃO DISCIPLINAR DE DEUS NA VIDA
DO CRENTE
1.Repreensão – v. 5 – “Filho meu, não menosprezes a correção que
vem do Senhor” – Uma repreensão é uma advertência verbal. Temos
ouvido a repreensão de Deus através da leitura da Bíblia, através dos
cultos e das mensagems que temos ouvido, e do convencimento do
Espírito.
2.Reprovação – v. 5 – “Nem desmaieis quando por ele és reprovado”
– A reprovação é um ato mais severo na disciplina. É grande um pai
manda um filho sair da mesa por não ter atendido a repreensão verbal.
3.Açoite – v. 6 – “E açoita a todo filho a quem recebe” – C. S. Lewis
disse que Deus sussurra por meio do prazer, mas grita por intermédio
da dor. 1 Co 11:30 mostra o açoite de Deus sobre a igreja de Corinto.
Deus está pronto até mesmo a açoitar os seus filhos para não vê-los
perecer.
II. FRUTO E MAIS FRUTO – SE SUA VIDA ESTÁ
PRODUZINDO ALGUM FRUTO, DEUS INTERVÉM PARA
PODAR VOCÊ
Depois que Jesus contou aos discípulos como o Viticultor cuida do
ramo estéril, ele pegou um ramo que demonstrava crescimento
desordenado, mas produzia apenas alguns cachos de uvas (João 15:2).
O Viticultor sabe que para conseguir mais frutos da vide é preciso ir
contra a tendência natural da planta. Por causa da tendência da uva em
crescer vigorosamente, muitos galhos têm de ser cortados a cada ano.
As parreiras podem ficar tão densas que a luz solar não alcança a área
em que o fruto deve formar-se.
Deixada livre, a parreira sempre favorecerá mais cresciemento de
folhagem do que de uvas. É por essa razão que o viticultor corta os
 brotos desnecessários, independentemente de quanto pareçam
vigorosos, pois o único propósito da vinha são as uvas.
Um viticultor usa 4 expedientes na poda: 1. Remove os brotos mortos
e prestes a morrer; 2. Garante que o sol chegue aos galhos cheios de
frutos; 3. Corta a folhagem luxuriante que impede a produção de
frutos; 4. Corta os brotos desnecessários, independente do quanto
pareçam viçosos. Deus como Viticultor segue o mesmo processo em
nossa vida: Ele corta partes da nossa vida que roubam a nossa
vitalidade e nos impede de frutificar. O Viticultor procura tanto a
quantidade quanto a qualidade.
A PODA É O MEIO QUE DEUS USA EM NOSSA VIDA PARA
FRUTIFICARMOS MAIS
A disciplina tem a ver com o pecado e a poda tem a ver com a nossa
vida. A disciplina é para nos corrigir e nos trazer de volta para o
caminho; a poda é para sermos mais produtivos. Deus nos disciplia
quando estamos fazendo algo errado; Deus nos poda quando estamos
fazendo algo certo. Deus nos disciplina para darmos fruto; ele nos
poda para darmos mais frutos. Na disciplina o que precisa ser retirado
é o pecado; na poda o que precisa ser retirado é o eu. A disciplina
termina quando nos arrependemos do pecado; a poda só termina
quando Deus concluir sua obra em nós na glorificação.
Os cristãos mais frutíferos são aqueles que mais tem sido podados
pela tesoura de Deus. Os viticultores podam as vinhas com maior
frequência com o passar dos anos. Sem a poda a planta enfraquece, a
colheita diminui.
Tiago 1:2-3 fala sobre a poda de Deus em nossa vida. As provações:
1) São compatíveis; 2) São variadas; 3) São passageiras; 4) São
pedagógicas. O propósito de Deus em podá-lo é esculpir em você a
imagem de Jesus.
Deus jamais aplicaria a poda se um método mais suave desse o mesmo
resultado. Nem toda experiência dolorosa resulta de poda. A dor da
poda vem agora, mas o fruto virá depois.
Ilustração: A casa do ferreiro: há três tipos de ferramentas: 1) A
sucata; 2) A que está na bigorna; 3) A que está afiada e pronta para ser
usada.
III. MUITO FRUTO – SE SUA VIDA ESTIVER PRODUZINDO
MUITO FRUTO, DEUS O CONVIDARÁ PARA PERMANECER
MAIS PROFUNDAMENTE NELE
O segredo para a última cesta, a cesta transbordante de uvas é a
permanência em Cristo. Nesses seis versos, a palavra aparece dez
vezes. Este é o pensamento central de Jesus. O segredo para uma vida
transbordante não é fazer mais por Jesus, mas estar mais com Jesus. O
desafio da permanência é passar dos deveres para um relacionamento
vivo com Deus.
Nos comentários finais de Jesus na vinha, ele desviou totalmente a
atenção de seus discípulos da atividade, para o relacionamento com
ele. Depois da disciplina para remover o pecado. Depois da poda para
mudar as prioridades. Agora Jesus diz que o segredo da vida
abundante é permanecer nele.
Jesus é a videira. Jesus é o tronco onde o galho precisa buscar sua
seiva para frutificar. Quanto maior a conexão do ramo com o tronco,
maior é a capacidade desse ramo produzir. A vida, a força, o vigor, a
beleza e a fertilidade do ramo está na sua permanência no tronco. Em
nós mesmos não temos vida, nem força, nem poder espiritual. Tudo o
que somos, sentimos e fazemos vêm de Cristo. Ele é a fonte. Jesus
disse: “Sem mim, nada podeis fazer”, ao mesmo tempo o apóstolo
Paulo disse: “Tudo posso em Jesus, aquele que me fortalece”.
O propósito de Deus não é que você faça mais por ele, mas que você
escolha estar mais com ele. Permanecer significa ligar-se
intimamente. Como podemos ter mais intimidade com Jesus: 1)
Levantar mais cedo para meditar na Palavra e orar – pastor da Koréia:
“No mundo inteiro as pessoas levantam cedo para ganhar dinheiro…”.
Todas as pessoas na história que tiveram intimidade com Deus
levantavam cedo para buscar a face de Deus. 2) Consagrar o seu
domingo para Deus para oração e devoção (não TV).
1.Permanecer em Cristo é um imperativo e não uma opção – Deus
está mais interessado em nossa vida do que no nosso trabalho. Deus
está mais interessado em relacionamento do que em atividade. Ele
quer você mais do que suas obras. Permanecer não é o quanto você
conheça teologia, mas o quanto você tem sede de Deus. Ao
permanecer você busca, anseia, tem sede de, aguarda, ama, ouve, e
responde a Jesus. Permanecer significa mais de Jesus em sua vida,
mais dele em suas atividades, seus pensamentos e desejos.
2.Permanecer em Cristo é vital para a salvação – Se um ramo não
permanece na vidadeira, esse ramo não tem vida, ele é lançado fora,
ele é jogado na fornalha e se queima – “Se alguém não permanecer
em mim, será lançado fora à semelhança do ramo, e secará; e o
apanham, lançam no fogo e o queimam” (v. 6).
3.Permanecer em Cristo é vital para produzir fruto – Jesus disse “Não
pode o ramo produzir fruto de si mesmo… porque sem mim nada
podeis fazer” (v. 4,5). Fora da videira o ramo é estéril, é inútil.
Contudo, quando o ramo está ligado à videira, sendo podado na hora
certo, ele produz muito fruto.
4.Permanecer em Cristo é a evidência de que somos discípulos de
Cristo – v. 8 – “Nisso é glorificado meu Pai, em que deis muito fruto;
e assim vos tornareis meus discípulos” (v. 8). Uma vida frutífera é a
melhor evidência para os nossos próprios corações de que nós somos
realmente discípulos de Cristo. Jesus disse que se conhece a árvore
pelo fruto. Uma árvore boa precisa produzir bons frutos.
5.Permanecer em Cristo é vital para você experiementar o fluir do
amor de Deus – “Como o Pai me amou, também eu vos amei;
permanecei no meu amor” (v. 9). Quando temos intimdade com Deus
sentimos o quanto somos amados e então teremos pressa para estar
novamente na sua presença. Jesus deseja compartilhar a sua vida
conosco.
6.Permanecer em Cristo leva consigo a promessa da oração
respondida – “Se permanecermos em mim e as minhas palavras
permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito” (v. Você é um ramo que está produzindo algum fruto, mais fruto ou
7-8). muito fruto?

7.Permanecer em Cristo é impossível sem obediência a ele – “Se
guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor” (v.
10). A desobediência sempre cria uma quebra no relacionamento com
Deus. Você pode sentir emoção num culto no domingo, mas se
continuar a ter um estilo de vida pecaminoso durante a semana, jamais
terá sucesso na permanência. Aquele que diz que ama a Cristo e não o
obedece está enganando-se a si mesmo.
Não se desespere se Deus está trabalhando em sua vida: disciplinando
você ou podando você. O Pai quer encontrar em você, muitas uvas
suculentas e doces. A coisa mais importante é você estar vivendo na
intimidade de Cristo. Estar com Cristo é mais importante do que
trabalhar para Cristo. Maria escolheu a melhor parte. Ele se
posicionou ao pés de Jesus. Por isso ela frutificou!

FONTE//www.hernandesdiaslopes.com.br
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8.Permanecer em Cristo é o caminho para a alegria – “Tenho vos dito
estas cousas para que o meu gozo esteja em vós, e o vosso gozo seja
completo” (v. 11). Quando permanecemos em Cristo, produzimos
muito fruto. O Pai é glorificado. E uma alegria indizível e cheia de
glória enche o nosso coração.

CONCLUSÃO

Certa feita Jesus estava indo para Jerusalém e teve fome. Ele olhou
para uma figueira e viu muitas folhas. Ele foi procurar fruto e não
achou. Aquela figueira anunciava fruto, mas não tinha fruto. Então,
Jesus fê-la secar. Ela nunca mais produziu fruto. Fruto é o que o
Senhor espera de nós e não folhas. Ele não se contenta com aparência,
mas ele quer fruto.

Por qual dessas cestas a sua vida está representada? Você é um ramo
que está sujo de poeira e de lama, sem luz, sem força, sem fruto?