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O Exército Aliado
Anglo-Português na Guerra Peninsular
O Exército Aliado
Anglo-Português na Guerra Peninsular
Dedicatória
ÍNDICE
Apresentação ...................................................................................... 13
I – A Evolução das Organizações Militares do Século XVIII.
Corpos e Divisões ............................................................................... 23
O Exército Francês ....................................................................... 23
O Exército Britânico...................................................................... 30
O Exército Português .................................................................... 33
II – Integração dos Exércitos Português e Britânico e a sua adaptação ao
Serviço de Campanha.......................................................................... 35
O Exército Português ................................................................... 35
O Exército Britânico .................................................................... 42
III – Histórico das Divisões ..................................................................... 45
Integração dos Exércitos .............................................................. 45
As Brigadas Britânicas ................................................................. 48
IV – Organização do Exército Anglo-Português em Divisões . ................. 53
A Formação das Divisões ............................................................. 53
O Comando das Divisões . ........................................................... 56
Integração das Brigadas Pprtuguesas . .......................................... 57
V – Comando e Controlo do Exército Anglo-Português .......................... 63
VI – Estado-maior das Divisões e Brigadas . ............................................ 73
As Divisões .................................................................................. 73
As Brigadas .................................................................................. 76
VII – Estado-maior do Exército Português .............................................. 81
VIII – Histórico das Divisões . ................................................................. 87
IX – As Brigadas Portuguesas .................................................................. 105
Génese das Brigadas Portuguesas ................................................. 106
Histórico das Brigadas de Infantaria Portuguesas ........................ 120
Brigadas e Formações temporárias ............................................... 146
X – Condecorações, Ordens, Distinções e Louvore . ................................ 155
Condecorações Britânicas ............................................................ 156
Condecorações Portuguesas ......................................................... 162
8 O Exército Aliado Anglo-Português
XI – Biografias........................................................................................ 167
Biografia dos Oficiais Generais Comandantes das Divisões ......... 167
Biografia dos Oficiais Comandantes das Brigadas Independentes
Portuguesas . ............................................................................... 262
XII – Apêndice ....................................................................................... 369
Anexos
A – A Organização dos Estados-Maiores .................................... 370
1 – Estado-Maior do Exército Inglês ........................................ 370
2 – Estado-Maior do Exército Português ................................. 375
B – The General Orders .............................................................. 383
C – General Regulations and Orders for The Army . ................... 390
D – Medalhas e Condecorações da Guerra Peninsular ................ 395
E – Lista dos oficiais condecorados com a medalha de comando
da Guerra Peninsular ............................................................ 409
F – Lista dos oficiais generais e coronéis ingleses que prestaram
serviço do exército português condecorados com a cruz da
Guerra Peninsular ................................................................. 416
G – Lista dos oficiais generais do Exército Português durante a
Guerra Peninsular ................................................................. 421
H – Corpo de Guias .......................................................................... 431
Bibliografia ........................................................................................... 439
Índice remissivo ..................................................................................... 457
Índice 9
Abreviaturas
Siglas e Abreviaturas
Biografias
1. http://www.historikorders.com
2. http://gen.declercq.free.fr/phaleristique/index%20phaleristique.htm
3. Unidade do Hanôver, cujo território se situava na Alemanha ocidental, ocu-
pado pela França nos períodos de 1803/1805 e 1806/1813 e pela Prússia de
1805 a 1806, era à época uma possessão britânica, já que o monarca também
era rei de Hanôver.
10 O Exército Aliado Anglo-Português
Ordens e medalhas
Medalhas britânicas.
Medalhas Portuguesas
Agradecimentos
APRESENTAÇÃO
Rui Moura
Major-general
20 O Exército Aliado Anglo-Português
Apresentação 21
O Exército Francês
that he can reunite his forces the moment that becomes necessary. He
must therefore make his dispositions so that the enemy cannot inter-
pose between fractions into which his army is divided [...].
A general who intends to take the offensive should assemble his
army in three positions, distant not more than a march from one
another, for in this way, while he will threaten all points accessible
from any portion of the 25 or 30 miles thus held, he will be able sud-
denly to collect his whole army either in the centre or on either wing.
The enemy will then be tempted to post troops to defend each of the
threatened avenues of approach, and the attempt to be strong at all
points will make him weak at each separate portion.
However carefully the enemy may have prepared his communi-
cations between several parts of his army, [...] in case of an attack
at any point he will not be able to concentrate his troops there in
time, if only the attacking general has concealed his plan and his
first movements. The attacking general will usually be able to steal a
march [...] while the defender requires time to receive warning, time
to issue orders, and time for the march of the troops to the point
attacked»5.
Foi o Marechal de França Victor-François, 2.º duque de Bro-
glie (1718-1804), que introduziu no Exército Francês a organiza-
ção divisionária, um corpo misto composto de unidades das armas
de infantaria e artilharia. Esta organização foi oficialmente, aceite
por Broglie nas suas instruções de 1761, quando comandante-chefe,
durante a Guerra dos Sete Anos, defendendo o fraccionamento do
5. Bourget citado em The Development of The Corps D’Armée And Its Impact
on Napoleonic Warfare pelo Major James Wasson em http://www. napoleon-
series. org/military/organization/c_armycorps. html. Ver ainda Kevin Kiley, The
Grand Quartier-General Imperial and the Corps d’Armée Developments in the
Military Art, 1795-1815; do mesmo autor Thumbing through the Napoleonic
Wars: The Words of Napoleon and Others Who May Have Influenced His Me-
thods e ainda Theorists, Instructors, and Practitioners: The Evolution of Fren-
ch Doctrine in the Revolutionary and Napoleonic Wars 1792-1815 todos em
http://www. napoleon-series.org. Jean de Bourcet, Principles of Mountain War-
fare, traduzido por Spencer Wilkinson, citado por Basil H. Liddell-Hart, ed.,
The Sword and The Pen: Selections of the World’s Greatest Military Writings.
Nova Iorque, Thomas Y. Crowell Company, 1976.
A Evolução das Organizações Militares do Século XVIII 25
12. Wellington também usava a palavra corpo para definir um exército oponente
de tamanho desconhecido.
13. John Gurwood, The dispatches of Field Marshall The Duke of Wellington
- during his various campaigns in India, Denmark, Portugal, Spain, The Low
Countries and France from 1799 to 1818, Londres, John Murray, 1834, vol. 6
p. 78.
14. 1809: I Corpo (Victor): 3 divisões de infantaria e o equivalente a uma pe-
quena divisão de cavalaria. II Corpo (Soult): 4 divisões de infantaria e o equiva-
lente a uma pequena divisão de cavalaria. III Corpo (Junot): 3 divisões de infan-
taria e o equivalente a uma pequena divisão de cavalaria. IV Corpo (Sebastiani):
3 divisões de infantaria e o equivalente a uma pequena divisão de cavalaria. V
Corpo (Mortier): 2 divisões de infantaria e uma brigada de cavalaria. VI Corpo
(Ney): 2 divisões de infantaria e uma brigada de cavalaria. VII Corpo (Gouvion
St Cyr): 7 divisões de infantaria e o equivalente a duas pequenas divisões de
cavalaria
15. 1812: Exército do Sul (Soult): 6 divisões de infantaria e 3 divisões de cavala-
ria. Exército do Centro: 2 divisões de infantaria e 1 divisão de cavalaria. Exérci-
to de Portugal (Souham): 8 divisões de infantaria e 2 divisões de cavalaria. Exér-
cito de Aragão e Valência (Suchet): 5 divisões e meia de infantaria e 1 divisão de
cavalaria. Exército do Norte (Caffarelli): 2 divisões e meia de infantaria e uma
brigada de cavalaria. Exército da Catalunha (Decaen): 3 divisões de infantaria.
30 O Exército Aliado Anglo-Português
O Exército britânico
18. Charles Oman, A History of the Peninsular War, Londres, Greenhill, 1995,
vol. IV, p. 360-361: “The Emperor, in the despatch which explained to Marmont
his duties, had bidden him drop the organisation into Corps on which the army
of Portugal had hitherto been formed, and send home the superfluous corps-
commanders, and any other generals whose absence he desired more than their
presence. [...] Junot and Loison went back to France at once and nearly all the
old divisional generals [Reynier também partiria pouco tempos depois]. Mar-
mont worked the army with promoted brigadiers. We hear for future nothing
more of many familiar names – Marchand, Merle, Mermet, Heudelet, etc. Of
the old divisional commanders only Clausel and Solignac remained. The rest of
the new divisions, into which the old corps were redistributed, were given to
men who had entered into Portugal in 1810 at the head of brigades only - Feret,
Brennier, Foy, Sarut and Maucune. [Montbrun ficaria com a cavalaria até ao
fim da campanha de 1811]. In the reorganization of the army the old regimen-
tal association in brigades and division were mainly adhere to. The two senior
divisions of the 6th Corps (Marchand and Mermet) became the 1st and 2nd
A Evolução das Organizações Militares do Século XVIII 33
O Exército português
division of the Army of Portugal under Foy and Clausel. The two divisions of
the 2nd Corps (late Merle’s and Heudelet’s) became the 3rd and 4th divisions.
Under Sarrut and Ferey. The 8th Corps and Loison’s original division of the 6th
Corps were amalgamated and made into the 5th and 6th division (Maucune
and Brennier)”.
19. Revista Militar, nos 15, 16, 17, 18, e 20 (1903). O trabalho da comissão e
as propostas poderão ser vistas com maior cuidado não só na Revista Militar
como em Ferreira Gil, A Infantaria Portuguesa na Guerra da Península, primei-
ra parte, Lisboa, Tipografia da Cooperativa Militar, 1912, p. 113 - 128.
34 O Exército Aliado Anglo-Português
20. Indistintamente.
Integração dos Exércitos Português e Britânico 35
O Exército português
22. “Unam-se todos, enquanto não houver oficial nomeado para os comandar
em corpo, e agregem-se à companhia de caçadores Reais de Vila Real debaixo
do capitão A. P. Vahia”. Ver supra companhia de Caçadores Voluntários de Vila
Real e proclamação de Silveira in Cláudio Chaby, Excerptos históricos e collec-
çao de documentos relativos a guerra denominada na peninsula e as anteriores
de 1801, e do Roussilon e Cataluna, Lisboa, Imprensa Nacional, 1863-1882,
vol. 6, doc. 24, p. 36.
23. “Designação dos locais dos corpos organizados”, decretado pela Junta Pro-
visional do Governo Supremo no Porto a 24 de Julho de 1808, in Manuel
Amaral (apres.), A Luta Política em Portugal nos finais do Antigo Regime, vol
III: A Aplicação da Reforma do Exército de 1803 (1805-1823), Lisboa, 2011,
pag 128.
38 O Exército Aliado Anglo-Português
24. Sobre D. Miguel Pereira Forjaz ver Francisco de La Fuente, Dom Miguel
Pereira Forjaz: his early career and role in the Mobilization and defence of Por-
tugal during the Peninsular War, 1807 - 1814, dissertação apresentada à Florida
State University para obtenção do grau de Ph. D., 1980, tradução portuguesa
D. Miguel Pereira Forjaz, Conde da Feira (1769-1827). O Organizador da luta
contra Napoleão. Secretário do Governo da Regência para a Guerra, Negócios
Estrangeiros e Marinha, Lisboa, Tribuna, 2011.
25. Simão José da Luz Soriano, ob. cit, loc. cit., vol. 1, 2.ª época, p. 604
26. Reunião do Exército. Proclamação de 30 de Setembro de 1808 , in Manuel
Amaral, ob. cit., loc. cit., pag 128.
Integração dos Exércitos Português e Britânico 39
27. Simão José da Luz Soriano, ob. cit., vol. 1, 2.ª época, p. 342.
28. Francisco de Paula Leite de Sousa, 1° Visconde de Veiros - Nasceu em Santa-
rém, a 7 de Março de 1747 e faleceu, a 6 de Julho de 1833. Condecorado com
a Grã-Cruz da Ordem de Avis e Comendador das ordens da Torre e Espada e
de Cristo.
29. Sobre as forças do Algarve ver Alberto Iria, A invasão de Junot no Algarve.
Subsídios para a história da guerra peninsular. 1808-1814, Lisboa, 1941 e João
Centeno, O Exército Português na Guerra Peninsular, vol. 1: Do Rossilhão ao
40 O Exército Aliado Anglo-Português
*
* *
O Exército britânico
36. Ver José Manuel Freire Nogueira, As Guerras Liberais, Uma reflexão Estra-
tégica sobre a História de Portugal, Lisboa, Cosmos-Instituto de Defesa Nacio-
nal, 2004, p. 135 e segs.
Integração dos Exércitos Português e Britânico 43
41. Forças combinadas são unidades compostas por forças de dois ou mais países
46 O Exército Aliado Anglo-Português
As brigadas britânicas
45. O Duke de York, comandante da expedição, nem lhe chamava divisões, mas
colunas de duas ou três brigadas. O mesmo acontece com Abercrombie que lhes
chama linhas.
54 O Exército Aliado Anglo-Português
nos exércitos. Não será de esquecer que Wellington fez a sua forma-
ção militar numa academia francesa.
Wellington não esquecia que, em 1809, o seu exército era o único
disponível para fazer frente a Napoleão no Teatro Europeu, e que a
sua perda faria pender a vitória para o lado francês. Esta clara con-
sciência da importância do seu exército, obrigou-o a optar por um
controlo apertado e com uma organização centralizada, operando
como um único exército e como força única. Em resumo, um todo,
com uma única excepção; o pequeno Corpo sob o comando de Hill.
Durante os anos da longa defesa de Portugal, que durou até à
campanha de 1813, Wellington teve o seu exército organizado num
só. Apenas destacou para sul do Tejo um corpo comandado pelo Gen-
eral Hill, pela necessidade geográfica originada pela divisão territo-
rial do rio Tejo e pela necessidade de cobrir o seu flanco a sul do rio,
defesa considerada estratégica.
Para atingir os objectivos que levaram à sua criação, teria de ser
uma força militar independente, capaz de agir sozinha, de atrasar um
inimigo maior, o tempo suficiente para permitir que o exército prin-
cipal atravessasse para a margem sul. Não era, claro está um verda-
deiro exército, pois a sua concepção teve como ideia que este operava
em conjunto como parte do exército principal. Wellington estava tão
preocupado em manter o total controlo das operações, que tentou
obter o controlo directo da Guarnição de Cádis, para harmonizar op-
erações conjuntas. A todos estes factores aliava-se o facto de Welling-
ton não acreditar suficientemente nos seus generais ao ponto de lhes
atribuir o comando de um corpo (com excepção de Hill e Beresford).
Ele sabia que o Exército britânico era tão pequeno que encontrar ofi-
ciais à altura do comando de corpos era tarefa difícil.
No entanto, por vezes tal não passava de designação, pois actua-
vam como Corpos, designadamente quando destacou um «corpo»
sob o comando de Hill46 para guardar a Estremadura espanhola e
50. Muitos autores colocam este corpo na batalha do Buçaco como Divisão,
quando esta ainda não fora levantada.
51. O equivalente a Marechal de campo do Exército Português.
Organização do Exército Anglo-Português em Divisões 57
Fig 6. Marechal-General
Arthur Wellesley
(Wellington).
Brigadas contendo:
- Um batalhão de Infantaria Ligeira Inglesa.
- Um batalhão de Caçadores.
- Quatro Companhias de atiradores do regimento 95th Foot.
Divisão Portuguesa
A Divisão Portuguesa era composta por duas brigadas, uma com
dois regimentos de infantaria e um batalhão de caçadores e outra
apenas com dois regimentos de infantaria, a qual ficaria conhecida
como Brigada do Algarve
Até à Batalha de Vitória, Wellington exercia o comando directa-
mente sobre as divisões, sem grau intermédio de comando, excepto no
que diz respeito à 2.ª Divisão, Divisão Portuguesa e duas Brigadas de
Cavalaria, na Estremadura Espanhola e Alentejo (o pequeno corpo de
exército do general Hill). Após a batalha de Vitória, vendo a enorme
dificuldade em exercer todo o comando sobre as oito divisões, mais a
Divisão Portuguesa e as Brigadas independentes, Wellington organi-
zou o seu exército em três Corpos permanentes, ou mais precisamente
um corpo central com dois flancos, denominadas de Colunas.
À esquerda - Com Thomas Graham, que foi substituído por Hope
quando adoeceu
À direita - Hill.
Ao centro - O próprio Wellington com Beresford, Beresford co-
mandando metade da Coluna que mais não era que um Corpo.
62 O Exército Aliado Anglo-Português
Comando e Controlo do Exército Anglo-Português 63
*
**
66 O Exército Aliado Anglo-Português
55. John Gurwood, ob. cit., p. xvi: ”Staff attached to the Head-Quarters. A Staff
Surgeon. A Chaplain. An Assistant Commissary General. An Assistant Provost
Marshal. An Assistant Baggage Master”
56. Charles James, Military Dictionary…, Londres, T. Egerton Military Library,
1810 – “PROVOST-MARSHAL, of an army, is an officer appointed to secure
deserters, and all other criminals; he is often to go round the army, hinder the
soldiers from pillaging, indict, offenders, execute the sentence pronounced, and
regulate the weights and measures used in the army, when in the field. He is at-
tended by a lieutenant’s guard, has a clerk, and an executioner”. Charles Oman,
Wellington’s Army: 1809-1810, Londres, Greenhill Books, 1993, pp. 159-160,
”The Provost Marshal was also attached to headquarters: he had charge of all
prisoners to be tried by general court-martial, of deserters, and prisoners of war.
He had powers of jurisdiction on offenders caught red-handed, but as Welling-
ton remarks, ‘Whatever may be the crime of which a soldier is guilty, the Provost
Marshal has not the power of inflicting summary punishment for it, unless he
should se him in the act of committing it.’ [General Order, Freneda, Nov. 1,
1811] Men arrested on evidence only, had to be tried by court-martials [sic].
For the better management of these last, Wellington added a Judge-Advocate-
General to his staff in 1812, whose duty was to see that trials were conducted
with proper forms a due appreciation for the validity of evidence—in which the
commander-in-chief considered that they had often failed. Mr. Francis Larpent,
who has left an interesting diary of his duties and his personal adventures, dis-
charged the function of this office from his arrival late in 1812 down to the end
of the war [‘Private Journal of Judge-Advocate Larpent, 1812-14’, published
London 1853.].”.
68 O Exército Aliado Anglo-Português
- Repartição de Víveres
Comissariado de víveres60 - (Commissariat department) com dois
departamentos - armazenagem e transporte, e contadoria.
Armazenagem e transporte - Deputado-comissário, assistentes,
encarregados das divisões, comissários de brigada, comissários,
comissários volantes, feitores, escriturários encarregados de depósito,
fiéis de armazém, condutores, encarregados de transporte, bagage-
iros, etc.
Contadoria - A contadoria era composta por contadores, paga-
dores, escriturários, praticantes, porteiros, guarda-livros e contínuos.
As Divisões
Fig. 9.
Lord Thomas Graham,
Barão Lynedoch.
As Brigadas
Capítulo I.
Composição da linha de Infantaria.
1. A linha de infantaria é composta de uma, ou mais Brigadas;
cada Brigada de dois, ou mais Regimentos; cada Regimento de dois
Batalhões; e cada Batalhão de quatro Companhias de Fuzileiros, e de
uma de Granadeiros.
2. As Companhias de Granadeiros farão um Batalhão separado
na Brigada, a que pertencem, quando esta se formar.
Capítulo II.
Composição de um regimento de Infantaria.
1. Cada Regimento de Infantaria é composto de um Estado-
maior, duas Companhias de Granadeiros, e oito de Fuzileiros, for-
mando dois Batalhões. (…)
Capítulo VI.
Substituição dos oficiais, oficiais inferiores e cabos que não com-
parecerem
1.º Em falta do Coronel o Tenente-coronel comandará o Regi-
mento. Faltando o 2.º Major (que fará de Major em todo o Regi-
mento será substituído pelo Capitão mais antigo, seja de Fuzileiros,
ou de Granadeiros, quando estas Companhias, estiverem unidas no
Regimento. Quando faltar algum dos Comandantes de Batalhão, en-
trará no Comando o mais antigo dos Capitães do mesmo Batalhão.
.
Estado-Maior do Exército Português 81
- Repartição do Quartel-mestre-general
Em 1809 os oficiais do quartel-mestre-general tornaram-se num
departamento separado (independente) com sessenta a setenta oficiais
e Ajudantes de campo. A repartição do Quartel-mestre-general tinha
quatro deputados, doze assistentes e doze deputados assistentes.69
- Repartição do Ajudante-general
A repartição do Ajudante-general, tinha quatro Deputados, seis
Deputados-assistentes, seis Deputados divisionais, e dezoito Majores
de brigada70.
70. Idem, p. 35
86 O Exército Aliado Anglo-Português
Histórico das Divisões 87
Fig. 11.
Sir Thomas Graham
(1748-1843).
Barão de Lynedoch.
Banda e placa da Ordem do
Banho e Cruz de Ouro.
1.ª Divisão
História da unidade
A 1.ª Divisão foi criada por ordem de 18 de Junho de 1809.
Conhecida por71:
“The Gentlemen´s Sons”. O nome deriva do facto de ter as uni-
dades Guards inseridas na Divisão, sendo que a unidade Guards era
71. John Cook e Robert Burnham; Nicknames of British Units during the Na-
poleonic Wars, in http://www. napoleon-series. org/military/organization/c_ni-
ckname. html.
88 O Exército Aliado Anglo-Português
Fig. 12.
Sir Rowland Hill
(1772-1842).
1º Barão Hill de Almaraz
e de Hawkestone.
1º Barão Hill de Harwicke.
1º Visconde Hill
de Hawkestone e Harwicke.
Traz placa Torre e Espada na
casaca e a cruz de ouro ao pescoço.
2.ª Divisão
História da unidade
A 2.ª Divisão foi criada por ordem de 18 de Junho de 1809.
Conhecida por:
«Observing Division» – Era com frequência destacada para a
Estremadura com missão de observar os movimentos do exército
francês, não estando por isso presente nas batalhas entre 1810 e 1813.
«Surprisers» – Pela sua acção ao tomar o exército francês comple-
tamente de surpresa na batalha de Arroyo Molinos e mais tarde em
Almaraz.
Comandantes
Rowland Hill72 - Formalmente Junho 1809 a Abril 1814. Na
realidade comandava o Corpo independente: Dezembro de 1809 a
Janeiro 1811; Maio de 1811 a Abril 1814.
William Carr Beresford - Comanda Corpo interinamente na
ausência de Hill.
Fig. 13.
Sir Thomas Picton
(1758-1815).
Traz a gravata da Torre e Espada ao
pescoço e a placa na casaca.
3.ª Divisão
História da unidade
A 3.ª Divisão foi criada por ordem de 18 de Junho de 1809.
Conhecida por:
Figthing division – Estava sempre no meio dos combates mais
ferozes e difíceis e normalmente era-lhe ordenado o ataque à zona
mais difícil.
Comandantes
John Randoll Mackenzie (of Suddie)75 - Junho a Julho 1809
Robert Craufurd - Julho 1809 a Fevereiro 1810
Thomas Picton - Fevereiro 1810 a Junho 1812
Alexander Wallace76 - Temporariamente até ser nomeado Pak-
enham
Edward Michael Pakenham - Junho 1812 a Janeiro 1813
Charles Colville - Janeiro a Maio 1813
Thomas Picton - Maio a Setembro 1813
Manley Power - Temporariamente Setembro 1813 a Outubro
1813
Fig. 14.
Sir Galbraith Lowry Cole
(1772-1842).
Traz gravata da Torre e Espada
pendurada no pescoço e a placa
na casaca.
4.ª Divisão
História da unidade
A 4.ª Divisão foi criada por ordem de 18 de Junho de 1809.
Conhecida por:
Supporting Division – Era a Divisão de reserva e apoio da 2.ª
Divisão na Estremadura de 1810 a 1811. Enthusiastics77– Pela sua
77. «The troops were much pressed, and but for the conduct of the 4th Division,
which withstood five times its numbers, the enemy would have succeeded in re-
lieving Pampeluna. The conduct of this division was much spoken of, and Lord
W. in his despatch mentioned it as being enthusiastic. His expression was “the
enthusiastic conduct of the 4th Division.” They were afterwards called “The
Enthusiastics.”». The Diary of a Cavalry Officer in the Peninsular and Waterloo
Campaign, p. 265. Batalha de Sorauren: 28 Julho de 1813 «…The detail of the
operations will show your Lordship how much reason I have to be satisfied with
the conduct of all the General Officers, Officers, and troops. It is impossible to
describe the enthusiastic bravery of the 4th division; and I was much indebted
to Lieut. General Sir Lowry Cole for the manner in which he directed their ope-
rations; to Major General Ross, Major General Anson, Major General Byng,
and Brigadier General Campbell, of the Portuguese service. All the Officers com-
manding, and the Officers of the regiments, were remarkable for their gallantry;
but I particularly observed Lieut. Colonel O’Toole, of the 7th caçadores, in the
charge upon the enemy on our left on the 28th; and Captain Joaquim Telles
JurdaO, of the llth Portuguese regiment, in the attack of the mountain on the
30th..». The Dispatches of Field Marshal the Duke of Wellington, K. G. During
His Various Campaigns in India, Denmark, Portugal, Spain, the Low Countries,
94 O Exército Aliado Anglo-Português
Fig. 15.
Sir James Leith
(1763-1816).
Traz gravata da Torre e Espada
pendurada no pescoço
e a placa na casaca
5.ª Divisão
História da unidade
A 5.ª Divisão foi criada em 8 de Agosto de 1810 após uma vaga-
rosa e incerta gestão no seu levantamento.
Conhecida Por:
Pioneers – Origem desconhecida, mas possivelmente tem a ver
com o seu envolvimento na construção e manutenção de vias.
Comandantes
James Leith - Agosto de 1810 a Fevereiro de 1811
James Dunlop - Fevereiro a Abril 1811
William Erskine - Fevereiro a Março de 1811
James Dunlop - Março a Abril 1811
William Erskine - Abril a Maio 1811
George Walker - Outubro 1811
James Leith - Dezembro 1811 até ser ferido com gravidade na
batalha Salamanca Julho de 1812
Richard Hulse - Julho a Setembro 1812
William Henry Pringle - Setembro a Outubro 1812
Jonh Oswald - Outubro 1812 Agosto 1813
Andrew Hay - No início do ano de 1813, Oswald estava ausente
96 O Exército Aliado Anglo-Português
Fig. 16.
Sir Charles Colville
(1770 - 1843).
Traz gravata da Torre e Espada
pendurada no pescoço
e a placa na casaca
6.ª Divisão
História da unidade
A 6.ª Divisão foi formada em 6 de Outubro de 1810.
Conhecida Por:
Marching Division – Esteve presente nas campanhas de 1810 a
1812, marchando consecutivamente, mas até à batalha de Salamanca
quase não entrou em acção.
Comandantes
Alexander Campbell - Outubro 1810 - Novembro 1811, data
em que lhe é ordenado o embarque para a Índia
Robert Burne - Temporariamente Novembro 1811 a Fevereiro
de 1812
Henry Clinton - Fevereiro 1812 a Janeiro 1813
Edward Michael Pakenham - Janeiro a Junho de 1813 e Julho-
Agosto 1813
Henry Clinton - Junho a Julho 1813
Denis Pack - Junho a Julho de 1813 por ter sido ferido em Soura-
urem
Edward Michael Pakenham - Janeiro a Junho de 1813. Tem-
porariamente pelos ferimentos de Pack de Julho de 1813 a Agosto de
98 O Exército Aliado Anglo-Português
1813
Charles Colville - Agosto a Outubro 1813
Henry Clinton - Outubro 1813 a Abril 1814
Brigada portuguesa integrada
7.ª Brigada - desde 6 de Outubro de 1810
Duas Brigadas de artilharia.
Histórico das Divisões 99
Fig. 17.
Carlos Frederico Lecor
(1764-1836).
1.º Barão e 1.º Visconde da Laguna.
7.ª Divisão
História da unidade
A 7.ª Divisão foi criada por ordem de 5 de Março de 1811.
Conhecida Por:
Ugly duckling - Patinho feio.
The Mogrels – Por ter muitas unidades estrangeiras.
We have heard that there is a 7 division, but we have never seen it.
Por ser a mais fraca das divisões, normalmente era-lhe confiada uma
posição de pouca intervenção nas batalhas.
Comandantes
William Houston - Desde a sua formação em Março a Agosto
1811
John Sontag - Agosto a Outubro 1811
Charles von Alten - Outubro 1811 - Maio 1812, data em que
passa para o comando da Divisão Ligeira
John Hope - Maio a Setembro 1812
John de Bernewitz - Setembro a Outubro 1812
George Ramsey (Dalhousie) - Outubro 1812 a Outubro 1813.
Fevereiro a Abril 1814
Carlos Frederico Lecor - Outubro a Novembro 1813, pois
passa para o comando da Divisão Portuguesa
100 O Exército Aliado Anglo-Português
Fig. 18.
Francisco da Silveira Pinto da
Fonseca Teixeira (1763-1821).
1.º Conde de Amarante
Visível na casaca a placa da
Torre e Espada
Divisão Portuguesa
História da unidade
Divisão criada a 16 de Dezembro de 1809.
Conhecida Por:
«Hamilton Portuguese Division» e « Portuguese Division».
Era intenção de Wellington formar esta Divisão nos mesmos
moldes que as restantes. Tal não foi possível, pelas enormes perdas
britânicas na batalha de Albuera, tendo de reformar a 2.ª Divisão que
fora mais castigada, com os efectivos britânicos destinados à Divisão
Portuguesa.
Comandantes
John James Hamilton - Março 1810 - Fevereiro 1813
Francisco da Silveira Fevereiro a 3 de Setembro 1813 data da
resignação.
Archibald Campbell(?) - 3 de Setembro 1813 a 10 Novembro
de 1813. Temporariamente após a resignação de Silveira
John James Hamilton - Novembro 1813 a Dezembro 1813
Carlos Frederico Lecor - 3 Dezembro 1813 até ao fim em
Abril 1814
Brigada portuguesa integrada
102 O Exército Aliado Anglo-Português
2.ª Brigada.
4.ª Brigada.
Duas Brigadas de artilharia.
Auditor – Pedro da Fonseca Serrão Vellozo - OD 18 Setembro
1811
Histórico das Divisões 103
Fig. 19.
Brigadeiro Robert Craufurd.
Divisão Ligeira
as BRIGADAS PORTUGUESAS
*
* *
*
* *
*
* *
*
* *
120 O Exército Aliado Anglo-Português
82. John H. Leslie (Editor), The Dickson Manuscripts: Being Diaries, Letters,
Maps, Account Books, with various other papers of the late Major-general Sir
Alexander Dickson, vol. 1, Cambridge, Ken Trotman, 1987, p. 97.
As Brigadas Portuguesas 121
Resumindo
Regimentos de Infantaria 1 e 16 - Brigadeiro Dennis Pack.
Regimentos de Infantaria 2 e 14 - Brigadeiro Agostinho Luís da
Fonseca.
Regimentos de Infantaria 3 e 15 - Brigadeiro Charles Miller.
Regimentos de Infantaria 4 e 10 - oficial mais graduado dos dois
regimentos - Coronel Archibald Campbell83.
83. Ibidem, aponta apenas “Senior Officer – Colonel Campbell” tendo acrescen-
tando o editor, mal [ Allen William Ed. ]. No entanto Allen William Campbell
nunca comandou uma brigada. A confusão dos nomes deverá ser dos editors que
confundem este oficial com Archibald Campbell o qual comandou uma brigada
122 O Exército Aliado Anglo-Português
*
* *
Ajudante-general Mosinho»
Fig. 22.
Sir Dennis Pack
(1772-1823)
Visível o enorme conjunto de condeco-
rações pertencentes a este oficial.
Cruz de ouro com 7 barras; cavaleiro
da ordem do banho; gravata e placa da
Torre e espada; Ordem de São Vladimir
[Rússia] 1815. Ordem de Maria Teresa
[Áustria] 1816.
1.ª BRIGADA
86. AHM-DIV-1-14-189-33
As Brigadas Portuguesas 129
2.ª BRIGADA
Major de Brigada
Capitão (Inf. 14) Luís de Mendonça e Melo – 20 Janeiro 1810-
-1813
Capitão (Inf. 14) Pedro Alexandrino Pereira – 1814
Auditor – Manuel da Costa Monteiro de Carvalho e Oliveira -
OD 18 Setembro 1811
88. AHM-DIV-1-14-189-34
89. AHM-DIV-1-14-189-34
90. AHM-DIV-1-14-189-34
As Brigadas Portuguesas 131
Fig. 23.
Luís do Rego Barreto
(1777-1840).
1.º Visconde de Geraz do Lima.
Na casaca Placa da Ordem de Cristo;
e Placa da Torre e Espada. Ao pescoço
gravata da Torre e Espada e apenas
visível, cruz de ouro britânica com 3 bar-
ras colocada de forma não regulamentar.
3.ª BRIGADA
Comandantes
William Howe Campbell - 12 de Abril 1809 a Setembro 1809.91
Charles Miller92 - 29 de Setembro 1809 a fim de Janeiro 1810
Thomas McMahon –- Temporariamente. Janeiro 1810 a Junho
1810.93.
William Frederic Spry - 16 de Agosto 1810 a Outubro de 1813
Luís do Rego Barreto - Outubro de 1813 até ao fim da guerra
Abril 1814
Major de Brigada
Capitão (Inf. 15) Charles John Fitzgerald - 14 Abril 1809- 1813?
Auditor – João Ferreira Sarmento Pimentel - OD 18 Setembro
1811
Fig. 24.
Sir Archibald Campbell
(1769-1843).
Visíveis entre outras Colar e Placa
da Ordem do Banho, Cruz de ouro com
uma barra; gravata da Torre e Espada;
cruz de comando portuguesa 5 folhas
(na casaca à esquerda).
4.ª BRIGADA
Fig. 25.
Sir Henry Hardinge
(1785-1856).
Visconde de Hardinge of Lahore
Visíveis entre outras a Cruz de Co-
mando portuguesa com 9 folhas;
Colar e placa da Ordem do Banho;
Cruz de Ouro com 5 barras;
Ordem do Mérito Militar [Prússia];
Ordem Militar de Guilherme
[Holanda];
Ordem Militar de Maximiliano José
[Baviera].
5.ª BRIGADA
96. Data da sua morte sua morte com febre, em Trocifal, na Linhas de Torres
Vedras.
97. Data em que foi ferido no Nive.
98. AHM-DIV-1-14-189-37
As Brigadas Portuguesas 137
Fig. 26.
Luís Inácio Palmeirim
(1762-1837)
Gravata da Torres e Espada e Or-
dem de Cristo;
Placas da Torre e Espada, Cristo e
Nossa Senhora da Conceição;
medalha comando de 1 folha e
medalha das companhas peninsulares
6.ª BRIGADA
7.ª BRIGADA
Fig. 27.
José Joaquim Champalimaud
(1771-1825).
Na casaca placa da Torre e Espada,
gravata da Ordem de N. S. Conceição, e
medalha de ouro britânica e duas acções.
8.ª BRIGADA
9.ª BRIGADA
10.ª BRIGADA
Major de Brigada
Capitão (Inf 24) George Lennon - 1813-1814.
Auditor –
- 1808
Brigada 1808
Composição:
Regimentos de Cavalaria 6, 11, 12
Regimentos de Infantaria 12, 21 e 24
Caçadores 6
Comandantes: Brigadeiro Nicolas Trant
- 1809
111. Benjamin D’Urban, The Peninsular War Journal: 1808 – 1817, Londres,
Greenhill Napoleonic Library, 1988, Pag. 56
112. Ibidem.
148 O Exército Aliado Anglo-Português
113. Ibidem.
114. Ibidem.
115. Ibidem.
116. Ibidem.
As Brigadas Portuguesas 149
- 1810
- 1811
Brigada 1811
Composição:
Consistia nos Regimentos de Infantaria 12 e 13, Milícias da Co-
vilhã, Idanha-a-Nova e Castelo-Branco formando uma Divisão dentro
do Corpo de Exército de Hill. Foi postada na serra da Atalhada du-
rante a batalha de Buçaco e nas Linhas em Alhandra de Outubro 1810
a Março de 1811. O Regimento de Infantaria 13 foi separado a 6 de
Outubro de 1810, em Abrantes, mas o 12, com as milícias sob coman-
do de Lecor, permaneceu nas Linhas em Alhandra de Outubro de 1810
a Março de 1811, quando foi reforçar a 7.ª Brigada na sua formação.
Comandantes: Brigadeiro Carlos Frederico Lecor (Castelo-Bran-
co em Agosto 1810)
128. Ibidem.
129. Peso do projéctil. Antiga medida de peso que tinha 16 onças. Era 1/32
da arroba e 1/128 do quintal. Correspondia a 459 gramas. Na Índia em certas
mercadorias o arrátel era de 14 onças. O arrátel é a libra inglesa.
130. John H. Leslie, ob. cit., pag.252
As Brigadas Portuguesas 153
Condecorações Britânicas
Guerra Peninsular
133. «The Regulations for the award of medals (London Gazette of 11 Septem-
ber, 1810, and of 9 October, 1813) laid down “that one medal shall be borne by
each officer recommended for such distinction,” and “that for the second and
third events, which may be subsequently commemorated in like manner,” an
officer should bear “a gold clasp attached to the ribbon to which the medal is
suspended, and inscribed with the name of the battle or siege to which it relates.
If a person became entitled to a fourth award, a gold cross was given” in substi-
tution of the distinctions previously granted, “with the name of one of the four
battles engraved on each arm of the cross. Clasps were added on the ribbon of
the cross as required. Medals which would have been awarded to officers, had
they not been killed in a battle or siege (or had since died), were transmitted to
their families. The medals were of gold, those for General officers being 2. 1
inches in diameter, and those for other officers 1. 3 inch, the name of the reci-
pient being engraved on the rim. The cross in design is that known as Maltese,
1. 5 inch wide, with ornamental border: in the centre a lion statant, in relief. The
back of the cross is the same as the front. The name of the recipient is engraved
on the edges of the arms. The clasps rneasure 2 inches by 6 inch, and, within a
border of laurel, is engraved the name of the battle, or siege, for which it was
granted. The ribbon —crimson with dark blue borders — is 1. 75 inch wide.
During the whole of the Peninsular War — i.e. from 1808 to 1814 — only 619
medals were awarded to officers of the British Army (including those serving in
the Portuguese Army) for 18 different battles, actions, sieges, and captures of
fortresses. Of this number, 48 (see List A) were conferred upon officers of the
R. A. One of the rules governing the award of medals was “that an Officer shall
receive a medal only for a particular action, in which the corps to which he be-
longs has been engaged with musketry.” For this reason officers of the cavalry
at Busaco did not receive a medal, and in all Wellington’s recommendations the
rule was most rigidly adhered to. For the capture of Ciudad Rodrigo in Janu-
ary, 1812, the medal was awarded for the storm only, i.e. for the assault and
capture. The officers of the besieging and covering forces did not receive it, and
none of the Head Quarters’ Staff. Two Artillery officers only (Borthwick and
Dickson) received it. Writing to Lieut-General Sir Stapleton Cotton, Bart., K. B,
on 16 November, 1813, Wellington said that at the battle of Fuentes de Oñoro
“there was a very heavy cannonade upon the troops, in which many were lost;
but the officers of no corps were returned in the list for medals whose corps had
not been engaged with musketry with the enemy. That is the rule, and I cannot
depart from it.” [Wellington’s Dispatches. 1838. Vol. Xl, pp. 294-5. ] It will thus
be seen that to win a medal in the days of the Peninsular War was no easy mat-
ter. In 1847 a silver general service medal, with clasps, was authorized (Horse
Guards’ General Order, dated 1 June, 1847) for conferment “upon every offi-
cer, non-commissioned officer and soldier of the army, who was present in any
battle or siege,” etc., etc., for which gold medals had previously been awarded.
The order applied only to men living in 1847, and not to relatives of those who
had died. The qualification for the medal was not so stringent as for the original
158 O Exército Aliado Anglo-Português
medal, in that the “engaged with musketry” condition was not enforced. Nine
Artillery officers, as shown in the footnotes of list A, received it, with clasps
for battles, sieges, etc., at which they had been present, but whose “troop” or
“brigade” had not been engaged with musketry; or, because their rank did not
at that time entitle them to the gold medal. The original medal rolls of claimants
of the silver medal have been examined by me at the War Office. They are in bad
condition, torn and damaged. They are generally headed: — “Return of officers
now, or lately, serving in the Army whose claims to receive medals under the
General Order of 1 June, 1847, have been examined and allowed, showing the
regiments in which they formerly served and the battles or sieges referred to in
the said order at which they were severally found to have been present.” These
returns are signed by at least 4 General Officers, who were, apparently, spe-
cially appointed to check and verify claims. The work was most punctiliously
carried out, as is seen from the remarks which were inserted when a claim was
disallowed. The following is given as an example. A veterinary-surgeon claimed
clasps for Ciudad Rodrigo, Badajoz, Salamanca, Vittoria, San Sebastián, and
Toulouse. The examining board remarked, “No duty could devolve on a vete-
rinary surgeon at a siege, but Vet. Surg. — served with the army at the periods
of actions. Allow actions, disallow sieges.” And so Ciudad Rodrigo, Badajoz,
and San Sebastián were cut out. In addition to the nine officers, as mentioned
in the foot-notes of List A, the silver medal was awarded to 81 officers of the
Royal Artillery. One (2nd Captain P. Faddy) received the naval general service
medal with clasp for San Sebastián, having been serving in the Fleet. J. H. Leslie,
“Medals which were awarded to Officers of the Royal Regiment of Artillery
for Service in the Peninsular War-1808 to 1814», in The Journal of the Royal
Artillery, Vol. LI. No. 6. tambem em http://www. napoleonic-literature. com/
Book_18/Medals/Medals. htm
Condecorações, Ordens, Distinções e Louvores 159
Condecorações Portuguesas
Guerra Peninsular
Em Portugal, só por um decreto de 28 de Junho de 1816 foram
criadas condecorações comemorativas da Guerra Peninsular (1809-
1814), e só na Ordem do dia de 28 de Março de 1820 foram designa-
dos nominalmente os oficiais que a elas tinham direito.
Condecorações, Ordens, Distinções e Louvores 163
137. Existia em prata para quem tivesse participado até três campanhas e em
Ouro para quem participasse em mais de quatro. O máximo era de seis cam-
panhas. As medalhas fabricadas em Portugal apresentam um numeral árabe
enquanto a versão fabricada na Inglaterra apresenta um numeral romano.
Condecorações, Ordens, Distinções e Louvores 165
Biografias
ALTEN, Charles
Barão de Reden e Conde de Alten
(1764-1840)
G.C.B. - 1820
G.C.H. - 1816
G.C.T.E. - 17 de Dezembro de 1814
Santa Ana [Rússia] (data desconhecida)
Guilherme [Holanda] (data desconhecida)
G.M. Cruz – seis barras [Albuera, Salamanca, Vitória, Nivelle,
Nive, Toulouse]
Waterloo Medal
Elevado a Conde de Alten138 em 1815
Coronel do Regimento do 1.º Batalhão de Infantaria Ligeira
[K.G.L.], 1804-1816
Coronel do Regimento do 1.º Regimento de Infantaria de Gottin-
gen, Exército hanoveriano, 1816
Postos e antiguidade:
Ingressou no Exército britânico como Alferes 90th Foot, 26 Agos-
to 1794
Tenente 81th Foot, 23 Setembro 1794
Capitão, 29 Setembro 1795
Trocou para o 55th Foot, 2 Dezembro 1795
Capitão e Tenente-coronel Guards, 19 Dezembro 1799
Major 7th West India Regiment, 2 Janeiro 1808
Tenente-coronel (Estado-maior), 28 Janeiro 1808
Tenente-coronel 1.º (Royal), 15 Dezembro 1808
Trocou em 29 Março 1810 para o 43rd Foot e posteriormente
para o 1.º Batalhão do 95.º Rifles
Coronel graduado, 4 Junho 1813
Condecorações, distinções, cargos e louvores:
Cav.T.E. - 12 Outubro 1812
K.C.B. - 1815
G.C.H. - 1840
Ordem de Maria Teresa [Áustria] (data desconhecida)
Ordem de São Jorge [Rússia] (data desconhecida)
G.M. Cruz - oito barras [Barrosa, Cidade Rodrigo, Badajoz, Sala-
manca, Vitória, Nivelle, Orthez, Toulouse]
Waterloo Medal
Fig. 35.
Lorde William Carr Beresford.
Exército britânico
Assentou praça como Alferes 6th Foot, 1785
Tenente 16th Foot, 1789
Capitão Companhia independente, 1791
Capitão 69th Foot, 1792
Major 69th Foot, 1794
Tenente-coronel 124th Foot, 1794
Tenente-coronel 88th Foot, 1795
Coronel graduado, 1800
Brigadeiro-general no Estado-Maior, 1804-1808
Major-general, 1808
Tenente-general com efeito na Península, 1809
Tenente-general, 1812
General, 1825
Exército português
Marechal do Exército, 1809
Marechal-general, 1816
Condecorações, distinções, cargos e louvores:
K. B. - 1810
G.C.T E. - 13 Maio 1811
G.C.B. - 1815
G.C.H. - 1818
Grã-Cruz de São Fernando [Espanha], 1815
Grã-Cruz de São Hermegildo [Espanha], 1819
Grã-Cruz Carlos III [Espanha]
Grã-Cruz Fernando e Mérito [Espanha]
G.M. - Cruz de ouro com 12 barras [Corunha, Buçaco, Albuera,
Cidade Rodrigo, Badajoz, Salamanca, Vitória, Pirenéus, Nivelle, Nive,
Orthez e Toulouse]
M.D.C Colar de Comando de doze acções - [Corunha; Busaco;
Albuera; Cidade Rodrigo; Badajoz; Salamanca; Vittoria; Pyreneos;
Nivelle; Nive; Orthez; Toulouse]
C.G.P. nº 6
174 O Exército Aliado Anglo-Português
Medalha do Egipto141
Marechal do Exército [Portugal] de 7 de Março de 1809 a 2 de
Junho de 1816
Marechal-general [Portugal] de 2 de Junho de 1816 a 1820
Capitão-general dos exércitos espanhóis
Conde de Trancoso [Portugal], 13 de Maio de 1811
Marquês de Campo Maior [Portugal], 17 de Dezembro de 1812
Duque de Elvas [Espanha]
Barão de Beresford of Albuera e Dungarvan, co. Waterford [Reino
Unido], 17 de Maio de 1814
Visconde de Beresford de Beresford, co. Stafford [Reino Unido],
28 de Março de 1823
M.P. – 1811/1814
Tenente-coronel do 124th Foot, 1794-1795
Coronel do Regimento 88th Foot, 1807-1819
Coronel do Regimento 69th Foot, 1819-1823
Coronel do Regimento 16th Foot, 1823-1854
Coronel do Regimento 60th Foot, 1852-1854
Lieutenant General of the Ordnance142, 1823-1824
Master General of the Ordnance, 1828-1830
Lieutenant General of the Ordnance, 1823-1824
BURNE, Robert
(1753/55-1825)
CAMPBELL, Alexander
(1760-1824)
CLINTON, Henry
(1771-1829)
Fig. 36.
Sir Henry Clinton
Fig. 37.
Sir Galbraith Lowry Cole
Fig. 38.
Sir Charles Colleville
COLVILLE, Charles
(1770-1843)
Fig. 39.
Lorde Stapleton Cotto