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CONTABILIDADE E AUDITORIA

Perguntas Introdutórias ou de ambientação.


1. O que faz no seu dia a dia?
2. Por que é que quer este emprego?
3. O Que sabe do Município de Maputo em termos contabilísticos?
4. Qual é a sua expectativa futura de vida?
5. Qual é a sua experiência na área de contabilidade ou auditoria?
6. Já usou algum pacote contabilístico? Qual? Como funciona?
7. Que qualidades têm que fariam de si um bom contabilista ou auditor?
8. Qual é o maior desafio que um profissional contabilista ou auditor enfrenta nos dias actuais?
9. Já preparou algum relatório contabilístico ou financeiro? Quando e onde? Quais foram os
resultados do trabalho realizado?
10. Como se sentirias em trabalhar para alguém que sabe menos que você?

Matérias específicas de Contabilidade


1. Quais são os ramos da Contabilidade?
Contabilidade Financeira
Contabilidade Agrária
Contabilidade de Gestão (Industrial ou Analítica)
Contabilidade Imobiliária
Contabilidade Sectorial
Contabilidade de Seguros
Contabilidade Bancária
2. O que são princípios contabilísticos geralmente aceites (PCGA)?

A expressão “princípios contabilísticos geralmente aceites”, “pretende significar que um


organismo contabilístico normalizador, com autoridade e de larga representatividade,
estabeleceu um princípio contabilístico numa dada área ou aceitou como apropriado
determinado procedimento ou prática, atendendo à sua aplicação universalmente
generalizada e ao seu enquadramento na estrutura conceptual”.
3. Quais são os princípios de contabilidade geralmente aceites (PCGA)?
São estes:
 O princípio da continuidade;
 O princípio da consistência;
 O princípio da especialização (ou do acréscimo);
 O princípio do custo histórico;
 O princípio da prudência;
 O princípio da substância sobre a forma; e
 O princípio da materialidade.

4. Explique pelo menos um dos princípios contabilísticos.

5. Já ouviu falar do PGC-NIRF aprovado pelo Decreto 70/2009, de 22 de dezembro? Como está
estruturado?

 Estrutura Conceptual
 Normas
6. O que é estrutura conceptual no PGC e qual é a sua importância?

Resposta: estrutura conceptual é o quadro ou constituição da contabilidade, como um


sistema hierárquico, coerente de objectivos e regras interrelacionadas que descrevem a
natureza, função e limites da informação financeira.
A estrutura conceptual apresenta:
 O objectivo das demonstrações financeiras;
 As características qualitativas que determinam a utilidade da informação nas
demonstrações financeiras;
 A definição, reconhecimento e valorimetria dos elementos a partir dos quais se
constróem as demonstrações financeiras; e
 Os conceitos de capital e de manutenção de capital.
Em termos de importância, o quadro conceptual:
 promove a comparabilidade da informação financeira;
 aumenta a sua capacidade de compreensão e acresce a confiança dos utilizadores
na mesma;
 facilita ainda o tratamento contabilístico da informação financeira já que permite
dispor de um quadro de referência subordinado aos objectivos dessa mesma
informação.

7. O que são políticas contabilísticas?

As políticas contabilísticas, correspondem aos “princípios, regimes, convenções,


regras e práticas específicas adoptadas por uma empresa na preparação e apresentação
das demonstrações financeiras”.

8. Quais são os objetivos da informação financeira?


As demonstrações financeiras devem proporcionar informação acerca da posição
financeira, das alterações desta e dos resultados das operações, para que sejam úteis a
investidores, a credores e a outros utentes, a fim de investirem racionalmente,
concederem crédito e tomarem decisões; contribuem assim para o funcionamento
eficiente dos mercados de capitais.”
O objectivo das demonstrações financeiras em termos gerais é o de proporcionar
informação acerca da posição financeira, do desempenho e de fluxos de caixa de uma
empresa que seja útil a uma larga faixa de utentes na sua tomada de decisões
económicas.

9. Quais são as características qualitativas da informação financeira?

A informação deve ser compreensível aos que a desejem analisar e avaliar, ajudando-os
a distinguir os utentes de recursos económicos que sejam eficientes, dos que o não sejam,
mostrando ainda os resultados pelo exercício da gerência e a responsabilidade pelos
recursos que lhe foram confiados.
O PCG-NIRF refere que a qualidade essencial da informação, proporcionada pelas
demonstrações financeiras, é que esta seja compreensível aos utentes, sendo a sua
utilidade determinada pelas seguintes características:
a) Compreensibilidade: A informação deve ser rapidamente compreensível pelos seus
utentes, o que requer que os mesmos possuam conhecimento razoável das realidades
económicas e empresariais e do seu reflexo contabilístico.
b) Comparabilidade: Os utilizadores da informação devem ser capazes de comparar as
DF:
i. através do tempo;
ii. as demonstrações financeiras de diferentes empresas.

c) Relevância : A informação é materialmente relevante (materialidade) quando possui


a capacidade de exercer influência sobre as decisões económicas dos utilizadores,
ajudando-os a avaliar os acontecimentos passados e presentes (valor confirmatório)
ou futuros (valor preditivo). Logo os aspectos preditivos e confirmatórios da
informação encontram-se interrelacionados. Considera-se que a informação é
materialmente relevante se a sua omissão, ou inexactidão, influenciarem as decisões
económicas dos utentes através da análise das demonstrações financeiras.
d) Fiabilidade: A informação é fiável, ou digna de confiança, quando:
i. se encontre livre de erros materiais e preconceitos (neutralidade), ou seja, não
deve influenciar a tomada de uma decisão ou de um juízo a fim de atingir um
resultado ou efeito predeterminado;
ii. os utilizadores possam ter confiança de que esta representa a imagem fiel da
realidade que pretende representar ou se espera que represente (representação
fiel);
iii. os acontecimentos sejam contabilizados de acordo com a sua substância e
realidade económica e não meramente sob a sua forma legal (substância sobre a
forma);
iv. sejam reconhecidas as incertezas que rodeiam os acontecimentos (prudência) e se
incluam todos os acontecimentos (seja completa), dentro dos limites da
materialidade e do seu custo/benefício. Entenda-se prudência como a inclusão de
um grau de precaução nas contas, ao se fazerem estimativas requeridas em
condições de incerteza. No entanto, a aplicação da prudência não permite, por
exemplo, a criação de reservas ocultas ou provisões excessivas, a subavaliação
deliberada de activos ou de proveitos, ou a deliberada sobreavaliação de passivos
e custos, porque em tais casos, as demonstrações financeiras não seriam neutras
e, portanto, não teriam a qualidade da fiabilidade.

10. Quais são os sistemas de inventários existentes?


 Sistema de Inventário Permanente
 Sistema de Inventário Periódico ou intermitente
11. Qual é a importância da Contabilidade numa organização pública?
A contabilidade é importante numa organização pública porque permite:
 Estabelecimento de regras e procedimentos contabilísticos
 Respeito pelos princípios contabilísticos
 Racionalização das dotações aprovadas e gestão de tesouraria
 Uniformização de critérios de previsão
 Obtenção de elementos para a contabilidade nacional
 Informação patrimonial
 Proporcionar a informação necessária para a elaboração das contas finais do
exercício e dos documentos que devam remeter-se ao Tribunal de Administrativo
(TA) e à Inspecção Geral de Finanças (IGF) por todas as instittuições Públicas;
 Prestar a informação económico-financeira que seja necessária para a tomada de
decisões, quer de natureza política, quer de gestão
 Melhorar a transparência na gestão dos recursos públicos e nas relações financeiras
do Estado
 Permitir a verificação da legalidade, regularidade financeira e eficácia das
operações;
 Registar a execução do Orçamento e determinar os resultados orçamentais;
 O controlo do endividamento e o acompanhamento individualizado da situação
orçamental;
12. O que é um activo no âmbito do PGC-NIRF?
Activos são recursos controlados por uma empresa, em resultado de eventos passados, e
em relação aos quais são esperados benefícios económicos futuros a fluir para a empresa,
e que sejam Quantificáveis.
Activos são benefícios económicos futuros prováveis, obtidos ou controlados por uma
entidade particular, como resultado de transacções ou eventos passados
13. O que são activos correntes?

Os parágrafos 37 da NCRF 1, Classificam activos correntes como sendo:

a) Espera-se que seja realizado, ou pretende-se que seja vendido ou consumido, no


decurso normal do ciclo operacional da entidade;
b) Está detido essencialmente para a finalidade de ser negociado;
c) Espera-se que seja realizado num período até doze meses após a data do balanço;
ou
d) É caixa ou seu equivalente, a menos que lhe seja limitada a troca ou uso para
liquidar um passivo durante pelo menos doze meses após a data do balanço.

14. O que são activos não correntes?


Todos os outros activos devem ser classificados como não correntes quando têm carácter
de permanência e continuidade, ou seja, espera-se que não sejam realizados (vendidos ou
consumidos) no decurso normal do ciclo operacional da entidade. Correspondem, por isso,
a activos não correntes, esperando-se a sua permanência na entidade por um período
superior a 12 meses.
15. O que é um passivo?
Passivos são obrigações presentes da empresa, resultantes de eventos passados, da
liquidação dos quais se espera que resulte uma saída de recursos da empresa que
incorporem benefícios económicos.
Passivos são sacrifícios futuros prováveis, de benefícios económicos relativos a obrigações
presentes, de uma entidade transferir activos ou prestar serviços a outras, no futuro, em
resultados de transacções ou eventos passados.
16. O que são capitais próprios?
Capital próprio é o valor residual dos activos da empresa após a dedução de todos os seus
passivos.
17. O que são Proveitos?
Proveitos (income) são aumentos nos benefícios económicos durante o período
contabilístico na forma de influxos ou melhorias de activos ou de diminuições de passivos
que resultem em aumentos do capital próprio, que não sejam os relacionados com as
contribuições dos sócios.
A definição de proveitos engloba os réditos (revenue) que resultam da actividade normal
da empresa e os ganhos (gains) que podem, ou não, provir da actividade normal da
empresa

Réditos (revenue) são “inflows” ou aumentos de activos de uma entidade ou diminuições


de passivos durante o período, resultantes da entrega ou produção de bens, prestação de
serviços ou outras actividades que constituam a actividade ordinária ou central da
entidade.
Os ganhos (gains) são aumentos do capital próprio resultantes de transacções periféricas
ou acidentais da entidade, excepto aquelas que resultarem de réditos ou investimento dos
proprietários.

18. O que são Custos?


Custos (expenses) são diminuições nos benefícios económicos futuros durante o período
contabilístico na forma de “exfluxos” ou de redução de activos ou na inocorrência de
passivos que resultem em diminuições de capital próprio, que não sejam as relacionadas
com as distribuições aos sócios.
A definição de custos engloba quer os custos que resultem da actividade normal de uma
empresa (ordinary expenses) quer as perdas (losses)

Custos (expenses) são “outflows” ou outra utilização dos activos ou aumento de passivos
durante o período, resultantes da entrega ou produção de bens, prestação de serviços ou
outras actividades que constituam as operações centrais e principais da entidade.
Perdas (losses) são diminuições do capital próprio resultantes de transacções periféricas
ou acidentais da entidade, excepto aquelas que resultarem de réditos ou investimento dos
proprietários

19. Já elaborou uma reconciliação bancária? Qual é a estrutura de uma reconciliação bancária?

As reconciliações devem obedecer uma apresentação formalizada e revistas por alguém de


competências para tal. O modelo preconizado consiste em partir do saldo do banco e
chegar ao da empresa ou vice versa, justificando todos os itens de reconciliação
(diferenças existentes), cheques pendentes e aconselha-se elaborar uma lista auxiliar.

As reconciliações bancárias devem ser feitas mensalmente em todas contas de depósito a


ordem, por alguém que não tenha responsabilidade de contabilização e salvaguarda dos
activos.

20. Apresente e explique as demonstrações financeiras previstas no PGC – NIRF?


Um conjunto completo de demonstrações financeiras inclui o balanço, as demonstrações
dos resultados (por naturezas e por funções), o anexo ao balanço e à demonstração dos
resultados, a demonstração dos fluxos de caixa e o respectivo anexo e a Demonstração de
alteração de capital próprio.

 Balanço – representa a posição financeira de uma entidade num determinado momento


e proporciona informação sobre os recursos económicos que a entidade controla, sua
estrutura financeira, sua liquidez e solvência.

 Demonstração de resultados – proporciona informação sobre o desempenho financeiro


de uma entidade.

 Demonstração de alteração de capital próprio – proporciona informação sobre


alterações nos recursos da entidade, a capacidade para gerar fluxos financeiros no
futuro a partir dos recursos existentes e o grau de eficácia com que poderá utilizar os
recursos adicionais.
 Demonstração de fluxos de caixa – proporciona informação sobre como a entidade
gera e utiliza caixa e equivalentes de caixa nas suas actividades operacionais, de
investimento e de financiamento.

 Notas às DF`s – representam o resumo de políticas contabilísticas significativas e outras


notas explicativas relevantes.

21. Qual é a importância da demonstração dos fluxos de caixa

Uma demonstração de fluxos de caixa, quando usada juntamente com o restante das
demonstrações financeiras, proporciona:
 A informação que facilita aos utentes avaliar as alterações nos activos líquidos de
uma empresa, a sua estrutura financeira (incluindo a sua liquidez e solvência) e a sua
capacidade de afectar as quantias e a tempestividade dos fluxos de caixa afim de se
adaptar às circunstâncias e oportunidades em mudança.
 A informação de fluxos de caixa é útil na determinação da capacidade da empresa de
gerar dinheiro e seus equivalentes e facilitar aos utentes desenvolver modelos para
determinar e comparar o valor presente dos fluxos de caixa futuros de diferentes
empresas.
 Aumenta também a comparabilidade do relato do desempenho operacional por
diferentes empresas porque elimina os efeitos do uso de diferentes tratamentos
contabilísticos para as mesmas operações e acontecimentos.
22. Quais são os pressupostos básicos para a elaboração das demonstrações financeiras.
A estrutura conceptual exige que as DF’s sejam apresentadas tomando em consideração
os pressupostos de regime de acréscimo e continuidade.
O regime de acréscimo prevê que as transacções e eventos devem ser reconhecidos no
período em que ocorrem, independentemente do recebimento ou pagamento de caixa ou de
equivalente de caixa e devem ser registados e reportados nas DF’s dos períodos com os
quais se relacionam.
O regime de continuidade exige que as DF’s sejam preparadas no pressuposto de que a
empresa está em continuidade e continuará a desenvolver normalmente as suas
actividades no futuro previsível. Assim, assume-se que a entidade não tem intenção, nem
necessidade de cessar as suas operações ou de reduzir significativamente o seu volume de
transações.

23. Quais são as bases para a mensuração dos elementos das demonstrações financeiras (critérios
valorimétricos)
Os elementos das demonstrações financeiras podem ser mensurados pelas seguintes bases
de mensuração:
 Custo histórico;
 Custo corrente;
 Valor realizável;
 Valor presente;
 Justo Valor.

24. O que entende por justo valor?

Justo valor é a quantia pela qual um bem (ou serviço) poderia ser trocado, entre um
comprador conhecedor e interessado e um vendedor nas mesmas condições, numa transacção
ao seu alcance.

Matérias Específicas de Auditoria

1. O que entende por Auditoria?


Auditoria é uma verificação ou exame feito por um auditor dos documentos de prestação de
contas com o objetivo de o habilitar a expressar uma opinião sobre os referidos documentos
de modo a dar aos mesmos a maior credibilidade.
Auditoria é um exame ou verificação de uma dada matéria, tendente a analisar a
conformidade da mesma com determinadas regras, normas ou objetivos, conduzido por uma
pessoa idónea, tecnicamente preparada, realizado com observância de certos princípios,
métodos e técnicas geralmente aceites, com vista a possibilitar ao auditor formar uma
opinião e emitir um parecer sobre a matéria analisada.
Auditoria consiste num processo de julgamento assente na recolha e análise de
evidências apropriadas e suficientes e que fundamentam a opinião do auditor sobre a
conformidade entre determinados procedimentos e um quadro de referência
previamente definido.

2. O que é auditoria Interna?


Auditoria Interna – como uma actividade independente e objectiva de avaliação e de
consultoria, desenhada para adicionar valor e melhorar as operações de uma organização.
Ela auxilia uma organização a realizar os seus objectivos a partir da aplicação de uma
abordagem sistemática e disciplinada para avaliar e melhorar a eficácia por processos de
gestão de risco, controles e governação.

A auditoria interna é vista muitas vezes como uma técnica de controlo de gestão que incide
na análise, verificação e avaliação das actividades da empresa e da eficácia e conformidade
do funcionamento de outras técnicas de controlo. Consiste num serviço criado pela (e para)
empresa, contribuindo para o auxílio do órgão de gestão no cumprimento dos objectivos
organizacionais.

3. Quais são as características que um auditor deve ter?

A auditoria tem de ter independência (não pode haver conflito de interesses) e ética (ser 1
pessoa idónea/honesta). Dos princípios fundamentais que um auditor deve obedecer:

a. Integridade, isto é, ser correto e honesto em todos os relacionamentos profissionais e


comerciais;
b. Objetividade, isto é, não permitir ambiguidades, conflitos de interesses ou influência
indevida de outrem que se sobreponham aos julgamentos profissionais;
c. Competência e zelo profissional, isto é, manter conhecimentos e competências
profissionais no nível exigido para assegurar que o cliente receba serviços profissionais
de qualidade em resultado do desenvolvimento de práticas correntes, da legislação e das
técnicas, e atuar com diligência e de acordo com as normas técnicas e profissionais
aplicáveis
d. Confidencialidade, isto é, respeitar a confidencialidade da informação recolhida em
resultado de relacionamentos profissionais e, consequentemente, não divulgar quaisquer
informações a terceiros sem a devida autorização, salvo se existir um direito ou um dever
legal ou profissional de divulgar, nem usar a informação para vantagem pessoal ou de
terceiros;
e. Comportamento profissional, isto é, cumprir as leis e regulamentos relevantes e evitar
qualquer ação que desacredite a profissão.

4. O que é uma auditoria externa?

“uma auditoria externa é um exame independente, objectivo e competente de um conjunto


de DF’s de uma entidade, juntamente com toda a prova de suporte necessária, sendo
conduzida com a intenção de expressar uma opinião informada fidedigna, através de um
relatório escrito, sobre se as DF’s apresentam apropriadamente a posição financeira e o
progresso da entidade, de acordo com normas de contabilidade geralmente aceites. O
objectivo da opinião do perito independente, a qual deve ser expressa em termos positivos
ou negativos, é emprestar credibilidade às DF’s”.

5. O que é uma asserção em auditoria?

Em termos gerais, uma asserção é uma afirmação, asseveração ou seja uma proposição
que se adianta como verdadeira.

Dito de outra forma, uma asserção é uma proposição positiva ou negativa, enunciada
como verdadeira, ou seja uma afirmação categórica.

O órgão de gestão da empresa é responsável pela preparação de DF que apresentem de


forma verdadeira e apropriada a posição financeira, o resultado das operações e os fluxos
de caixa de acordo com uma estrutura conceptual aplicável de relato financeiro.

Para tal o órgão de gestão faz asserções, implícitas ou explícitas, relativamente ao


reconhecimento, mensuração, apresentação e divulgação dos vários elementos das DF’s.
6. O que entende por ceticismo Profissional em Auditoria?

Ceticismo profissional
O auditor não tem como função encontrar fraudes, mas tem de ser cético. Se há
possibilidade de fraude então a fraude pode acontecer.

Ceticismo profissional → Não é desconfiar, é admitir que pode acontecer e acreditar na


prova. As fraudes muitas vezes aparecem quando há ceticismo porque já que as fraudes
são feitas de modo a estar cobertas, então é necessário por vezes investigar o que é
“demasiado perfeito”.

7. Quais os tipos de procedimentos de auditoria?

Os procedimentos de auditoria são o conjunto de técnicas que permitem a obtenção de


evidências para fundamentar a opinião do auditor, dividindo-se em testes de observância e
testes substantivos.
Os principais testes de observância são: testes de compras, testes de vendas, testes de
custos e testes de pessoal. Para realizar estes testes, o auditor utiliza os programas de
auditoria ou programas de trabalho.

a. Exame físico. ...


b. Confirmação. ...
c. Conferência dos Cálculos. ...
d. Exame da escrituração. ...
e. Investigação Minuciosa. ...
f. Inquérito. ...
g. Exame de Registros Auxiliares.

8. O que entende por exame físico e contagem física em auditoria?


É a verificação in loco. Proporciona ao auditor a formação de opinião quanto a existência
física do objeto ou item examinado. Esse procedimento é utilizado para as contas do activo e
consiste em identificar fisicamente o bem declarado nas demonstrações contabilísticas. Esse
procedimento deve conter as seguintes características:

 Identificação - comprovação, por meio do exame visual, do item específico a ser


examinado;
 Existência física - comprovação, por meio da constatação visual, de que o objeto ou
item examinado existe realmente;
 Autenticidade - poder de discernimento de que o item ou objecto examinado é fidedigno;
 Quantidade - apuração das quantidades reais existentes fisicamente;
 Qualidade - exame visual de que o objecto examinado permanece em uso, não está
deteriorado e merece fé;

Dessa forma, o exame físico compreende contagem, identificação, verificação de pleno uso e
qualidade do bem. A efetividade de aplicação dessa técnica limitada a bens corpóreos ou que
possam ser objeto de qualquer prova tangível de sua existência. Sua utilidade abrange a coleta
de evidências sobre os bens integrantes do ativo permanente, estoques, numerários em mãos,
títulos negociáveis e outros valores mobiliários.

A existência física serve para determinar que os registros Contabilístico estão corretos e seus
valores adequados, em função da qualidade do item examinado.

Activos que normalmente são submetidos à contagem física pelo auditor:

 Dinheiro em caixa (contagem de caixa);


 Estoques (contagem de estoques);
 Títulos (Contagem de investimentos: acções, títulos de aplicações financeiras etc);
 Bem do activo imobilizado (contagem de bens do activo imobilizado)
 Cautela de acções de capital (Contagem de cautela de ações de capital).

9. Explique a o procedimento de confirmação com terceiros (circularização)


Implica a obtenção de declaração formal e imparcial de pessoas independentes à empresa e que
estejam habilitadas para confirmar. Consiste na obtenção, pelo auditor, de uma declaração
escrita, junto a fontes externas capacitadas para tanto. Consiste na corroboração por escrito de
terceiros, em relação a determinadas informações de interesse.
É utilizado pelo auditor para confirmar, por meio de correspondência (carta), bens de
propriedade da empresa em poder de terceiros, direitos a receber e obrigações.
A evidência corroborativa obtida de fontes independentes externas à empresa proporciona
maior segurança, para fins de uma auditoria independente do que aquela obtida exclusivamente
dentro da empresa.
O terceiro pode ser solicitado a:
 Fornecer informações abrangentes (forma indefinida ou positiva em branco);
 Confirmar a informação constante na solicitação ou esclarecer a razão da incorreção
(forma positiva ou positiva em preto).
 Responder apenas se a informação constante na solicitação for incorreta (forma
negativa).
O documento com a declaração deve seguir diretamente para o auditor, sem interferência da
empresa auditada.
O pedido de informações a fonte externa deve ser preparado por um funcionário da empresa,
sob a atenta supervisão do auditor. Essa técnica permite reunir evidências sobre a
fidedignidade dos saldos das contas a receber e a pagar, saldos bancários, contas de
empréstimos, estoques em poder de terceiros, passivos contingentes, coberturas de seguros e
credores em geral.
Para a aplicação dessa técnica de confirmação, o auditor leva em consideração os seguintes
aspectos:
 Data-base de confirmação;
 Amplitude do teste de confirmação;
 Tipo de confirmação a ser empregado.
 A data-base e amplitude do teste de confirmação são dependentes da avaliação e efetividade
dos controles internos.

10. Quais são os cuidados a ter na circularização com terceiros?


Cuidados necessários para assegurar a eficácia da técnica de confirmação com terceiros
(circularização):
 O auditor seleciona os saldos sobre os quais ele julga necessário obter confirmação. São
usados formulários impressos para os pedidos de confirmações. O cliente prepara as
cartas com o pedido de confirmação, assina e as envia ao auditor, para aprovação final.
O auditor confere o nome da fonte externa, endereço, valores e outros detalhes, de forma
a evitar qualquer problema que possa provocar resposta incorreta.
 O auditor coloca a carta no envelope com os dados do destinatário, tendo cuidado de
indicar seu endereço como remetente, para a eventualidade de devolução por incorreção
de endereço ou nome da fonte consultada. O auditor também põe a correspondência no
correio, tarefa esta que pode ser deixada por conta do cliente.
 O auditor deve anexar ao pedido de confirmação um envelope de porte pago, contendo
seu nome e endereço, para assegurar que a resposta será enviada diretamente a seu
escritório, sem qualquer interceptação.
 Ao receber as respostas, o auditor concilia as informações assim obtidas com os
registros Contabilístico do cliente, analisando minunciosamente qualquer discrepância.
 A falta de resposta pode ensejar a repetição do pedido. Persistindo o fato, o auditor após
autorização do cliente, pode dirigir-se pessoalmente à fonte externa, afim de obter a
confirmação desejada.
 As confirmações de contas do activo indicam sempre o valor do saldo na conta desejada,
de acordo com os registros do cliente e sua composição, solicitando-se à fonte externa
confirmação para estes dados.
 As circularizações de contas passivas não devem trazer indicação do valor devido
conforme os livros, ou a natureza do débito, solicitando à fonte externa que preste esse
tipo de informação.

11. Quais são os tipos de circularização e explique um a sua escolha?


Tipos de confirmação
O auditor dispõe de dois tipos diferentes de circularização:
 Circularização positiva; e
 Circularização negativa
Circularização do tipo positiva - é utilizada quando há necessidade de resposta da pessoa de
quem quer se obter uma confirmação formal. É o que traz mais subsídios uma vez que há a
evidência através de resposta formal de quem se quer obter retorno.

Este pedido pode ser usado de duas formas:


o Branco - quando não se colocam valores nos pedidos de confirmação e
o Preto - quando utilizados saldos ou valores a serem confirmados na data-base
indicada.

Circularização do tipo negativa - utilizado somente quando a resposta for necessária em


caso de discordância da pessoa de quem se quer obter confirmação, ou seja, na falta de
confirmação, o auditor entende que a pessoa concorda com os valores colocados no pedido
de confirmação.
O pedido de confirmação negativa é geralmente usado como complemento do pedido de
confirmação positivo e deve ser expedido em carta registrada para se assegurar que a
pessoa receberá o pedido de confirmação.
É recomendável que o auditor determine adequadamente o tipo de confirmação necessária,
podendo utilizar ambos os tipos de confirmação.

12. Como um auditor deve efectuar o controlo das confirmações de clientes (circulariuzação)?

  Controlo das confirmações


Após a seleção dos itens a serem confirmados, o auditor deve exercer controlo rigoroso
quanto ao despacho dos pedidos de confirmação e o efectivo recebimento das respostas.
Dessa forma, o auditor deve manter as seguintes informações:
 Seleção criteriosa dos itens a serem confirmados;
 Preenchimento das cartas de pedidos de confirmação, com as datas determinadas como
base para o procedimento de confirmação/
 Revisão detalhada pelo auditor, da datilografia, quanto ao nome e endereço da pessoa
selecionada, data-base do pedido de confirmação e as assinaturas autorizadas.
  Controle dos pedidos de confirmação a serem despachados;
 Envelopamento das circulares, colocação do envelope de retorno (carta resposta porte
pago), selagem e postagem;
 Verificação das confirmações recebidas e despacho do 2º pedido para as não
respondidas;
 Confirmação pessoal para os pedidos de confirmação não respondidas ao 1º e 2º
pedidos; e
 Procedimento alternativo de verificação para as respostas não recebidas, através de 1º e
2º pedidos de confirmação pessoal
Com relação à confirmação positiva, o auditor deve envidar esforços para a obtenção de
uma resposta, utilizando o 1º pedido de confirmação, o 2º pedido de confirmação ou a
confirmação pessoal junto à empresa da qual se queira resposta.

13. Quais são os itens que normalmente são submetidos à confirmação (circularização)?
Exemplos de itens que normalmente são submetidos à confirmação pelo auditor:
 Dinheiro em conta corrente bancária;
 Contas a receber de clientes;
 Estoque em poder de terceiros;
 Títulos em poder de terceiros;
 Contas a pagar a fornecedores;
 Empréstimos a pagar.

14. Explique o procedimento de exame dos documentos originais ou inspeção de documentos


 Trata-se de procedimento voltado para a comprovação das transações, que por
exigências legais, comerciais ou de controle são evidenciadas por documentos
comprobatórios destas transações.
 A documentação hábil ou suporte acompanha e atesta a idoneidade da realização das
transações comerciais, sendo a base de inúmeras ocorrências contabilístico, fiscais e
legais.
 Os documentos representam os comprovantes hábeis que suportam os lançamentos
contabilístico nas contas de ativo, passivo, receita e despesa. O auditor examina esses
documentos com o objetivo de constatar a veracidade dos valores registrados.

15. Quais são os documentos (Tipos) que são objecto de uma auditoria?

 Documentos internos - são aqueles produzidos pela própria empresa.


 Documentos externos-fornecidos por terceiros à empresa, normalmente comprovando
algum tipo de transação.
Exemplos de documentos internos:
 Relatório de despesas;
 Folha de caixa
 Mapas demonstrativos (apropriação de custos, depreciação, amortização etc)
 Requisição de compras;
 Mapa de licitação de compras;
 Registro de empregados;
 Folha de pagamento;
 Livros sociais (atas de reunião de acionistas, conselho de administração, diretoria e
conselho fiscal)
Exemplos de documentos externos:
 Facturas;
 Apólice de seguro;
 Contratos;
 Escrituras de imóveis;
 Certificados de propriedade de veículos;
16. Quais são as condições que os documentos objecto de auditoria devem atender?
O exame realizado pelo auditor sobre tais documentos deve atender às seguintes condições:
 Autenticidade - verificar se a documentação examinada é fidedigna e merece fé;
 Normalidade - verificar se a transação é adequada em função da atividade da empresa;
 Aprovação -verificar se a transação e documentação suporte foram aprovadas por
pessoa autorizada.
 Registro-comprovar que o registro das operações foi adequado, a documentação é hábil
e houve correspondência contábil, fiscal etc.
Exemplo: Exame dos documentos originais referente a compra de activo imobilizado.

Factores a serem observados em relação à documentação suporte:


 Autenticidade - confrontação com os recibos, quitados e emitidos por fornecedores
fidedignos.
 Normalidade - verificar se aquisições de itens do imobilizado são normais em relação à
atividade da empresa se são utilizados para a elaboração de produtos destinados a
venda que fazem parte de seu objeto social.
 Aprovação - verificar se existe aprovações de pessoas responsáveis pela administração
da empresa e;.
 Registro - verificar se estão registradas em contas adequadas de ativo permanente de
imobilizado.

Com a devida atenção, o auditor verificará:


 Se o documento é legítimo e autêntico;
 Se se refere realmente à operação escriturada;
 Se essa operação corresponde aos objetivos da empresa;
 Se o documento está corretamente preenchido, inclusive quanto a datas, destinatário,
cálculos e outros dados intrínsecos;
 Se o registro das operações é adequado em função da documentação examinada e se
está refletida contabilmente em contas apropriadas.
 Nos casos de documentos oficiais, contratos e escrituras, verificará se existe o registro
em órgão competente, que lhe dá validade insuspeita.
17. Explique o procedimento de auditoria designado por inspecção.
 
Inspecção é a técnica de auditoria de que o auditor se utiliza para examinar a comprovação
documental das transações. Basicamente, as transações entre empresas e pessoas envolve algum
tipo de documento, que serve de explicação para os detalhes sobre o que foi feito e que
consequências se esperam do facto. Uma transação, em verdade, quase sempre se origina de um
documento. A inspecção compreende a verificação da legitimidade do documento em primeiro
lugar, e consequentemente, da transação. É quando o auditor confirma se a transação foi
autorizada, o que pode ser constatado por assinatura ou rubrica de pessoa encarregada, no
próprio documento.
Tendo contato íntimo com os documentos, o auditor adquire conhecimento importante sobre os
negócios realizados pela empresa, o que lhe permite identificar situações não usuais ou
problemáticas, com certa antecipação.  Muitos enganos e irregularidades são descobertos
durante a aplicação desta importante técnica de colecta de evidências.
Exemplos de documentação de transações que normalmente são submetidos ao exame ou
inspeção pelo auditor:
 Documentação de aquisição de matérias-primas;
 Documentação de aquisição de itens do imobilizado;
 Documentação de Vendas realizadas

18. Quais são as características do programa de auditoria?

Resposta: O programa de auditoria é um plano de acção, detalhado, com o objectivo de


dar ao auditor as directivas necessárias à realização de seu trabalho. Possui objectivos,
escopo de abrangência, um conjunto de procedimentos necessários à equipe de auditoria
na realização de seu trabalho.

19. Caso o auditor de contas entenda existirem fraudes relativamente ao valor do inventário, das
quais resultam distorções materialmente relevantes, qual o procedimento a seguir?
Caso o auditor tenha identificado uma fraude ou obtido informações que indiquem a
possibilidade de fraude, o auditor deve comunicar estes assuntos tempestivamente a pessoa
de nível apropriado da administração que têm a responsabilidade primordial de prevenir e
detectar fraude em assuntos relevantes no âmbito de suas responsabilidades.
A menos que todos os responsáveis pela governança estejam envolvidos na administração
da entidade, se o auditor tiver identificado ou suspeitar de fraude envolvendo:
(a) a administração;
(b) empregados com funções significativas no controle interno; ou
(c) outros, cujas fraudes gerem distorção relevante nas demonstrações contabilísticas, o
auditor deve comunicar tempestivamente esses assuntos aos responsáveis pela governança.

Caso o auditor suspeite de fraude envolvendo a administração, o auditor deve comunicar


essas suspeitas aos responsáveis pela governança e discutir com eles a natureza, época e
extensão dos procedimentos de auditoria necessários para concluir a auditoria.

20. Se, em virtude de obstáculos colocados pela entidade auditada, o auditor de contas não
conseguir obter provas de auditoria suficientes e adequadas para avaliar se se praticaram, ou
é provável que tenham praticado, violações que tenham um impacto materialmente relevante
sobre as demonstrações financeiras, que tipo de relatório de auditoria deve o auditor de
contas emitir?

Se, como resultado de uma distorção decorrente de fraude ou suspeita de fraude, o auditor
encontrar circunstâncias excepcionais que coloquem em dúvida sua capacidade de
continuar a realizar a auditoria, este deve:
a) determinar as responsabilidades profissionais e legais aplicáveis à situação,
inclusive se é necessário ou não o auditor informar à pessoa ou pessoas que
aprovaram a contratação da auditoria ou, em alguns casos, às autoridades
reguladoras.
b) considerar se seria apropriado o auditor retirar-se do trabalho, quando essa
saída for possível conforme a lei ou regulamentação aplicável; e
c) caso o auditor se retire:
i. discutir com pessoa no nível apropriado da administração e com os
responsáveis pela gestão a saída do auditor do trabalho e as razões para
a interrupção; e
ii. determinar se existe exigência profissional ou legal de comunicar a
retirada do auditor do trabalho e as razões da saída à pessoa ou pessoas
que contrataram a auditoria ou, em alguns casos, às autoridades
reguladoras.

21. Quais são as responsabilidades de um auditor em um trabalho de auditoria?

Cabe ao auditor identificar e atestar a validade de qualquer afirmação, aplicando os


procedimentos adequados a cada caso, na extensão e profundidade que cada caso requer,
até a obtenção de provas materiais que comprovem, satisfatoriamente, a afirmação
analisada.

A atitude no recolhimento e avaliação das provas necessita ser independente e impessoal, e


o auditor deve agir com critério de forma isenta e inquestionável. Dessa forma, cabe ao
auditor aplicar os procedimentos de auditoria adequados para cada caso, na extensão e
profundidade necessárias, até a obtenção de provas materiais ou informações persuasivas
que comprovem satisfatoriamente o facto investigado.

  A avaliação desses elementos fica ao critério do auditor, obedecido o seguinte: Simples


registro contabilístico em outras comprovações não constitui elemento comprobatório; na
ausência de comprovantes idôneos, corroboram, para a determinação de validade dos
registros contabilísticos, sua objectividade, sua objectividade, sua tempestividade e sua
correlação com outros registros contabilísticos ou elementos extra contabilísticos;

Para ser aceitável, a correlação deve legítima e relevante, dependendo das seguintes
circunstâncias:

 Quando a correlação puder ser verificada relativamente à fonte externa, ela


proporciona maior grau de confiança do que quando verificada na própria empresa;
 Quando as condições do sistema contabilístico e do controlo interno forem
satisfatórias, os registros e as demonstrações contabilísticas proporcionam maior
nível de confiança;
 O conhecimento directo e pessoal, obtido pelo auditor por meio de verificações físicas,
observações, cálculos e inspecções, oferece maior segurança do que as informações
colhidas indirectamente.

22. Qual é a postura que um auditor deve ter quanto aos factos, evidências e informações
em um trabalho de auditoria?

“A opinião formada pelo auditor precisa estar apoiada em bases sólidas, alicerçada em factos
comprovados, evidências factuais e informações irrefutáveis”.

Dessa forma, o auditor precisa adoptar algumas posturas, tais como:

 Ser seu próprio controlador - actuar como fiel da balança, não chegar a conclusões
precipitadas devido à falta de substância das provas colhidas ou à interferência de
pontos de vista diferentes dos seus.
 Cada prova obtida tem que ser adequadamente pesada - avaliar cada elemento quanto à
sua objectividade, importância, validade e confiabilidade.
 Obtenção de provas - a dificuldade ou o custo da prova a ser obtida não deve ser
impedimentos para não a obter, a menos que o auditor a julgue desnecessária. Caso
obtenha provas concretas suficientes que o convençam, tem que estar seguro para
convencer, por outro lado, pessoas que não estejam ligadas ao facto.

23. De que depende a natureza, a extensão e a profundidade de um trabalho de auditoria?

A complexidade e o volume das operações realizadas pelas empresas fazem com que os
procedimentos de auditoria sejam aplicados por meio de provas selectivas, testes e
amostragem.
Dessa forma, cabe ao auditor, com base nos elementos de juízos de que disponha,
determinar o número e a profundidade de operações a serem examinadas, de forma a obter
elementos de convicção que sejam válidos para o todo.

24. Quais são os procedimentos básicos para a gestão do caixa?

Procedimentos básicos na gestão de Caixa:

Para uma melhor gestão de caixa é indispensável a aplicação das medidas a seguir:

 Limitação de competências na movimentação de despesas;

 Segregação de funções (autorização, salvaguarda de activos, contabilização), devem


ser tarefas efectuadas por pessoas diferentes;

 Todos documentos internos e externos devem ser pré-enumerados tipograficamente


ou pelo sistema informático;

 Devem ser preparados orçamentos ou previsões de tesouraria, a fim de que os


resultados financeiros da entidade sejam maximizados.

25. Quais são os procedimentos específicos para a gestão de pagamentos?

Procedimentos específicos para Pagamentos

 Criação de fundo de maneio fixo;

 O movimento de caixa deve ser reduzido ao indispensável (cheques, transferências


bancárias e ordens de pagamento);

 O fundo fixo deverá ser reposto no último dia de cada mês;

 O fundo fixo deve ser reposto por meio de cheque emitido a ordem do responsável do
fundo;

 Os documentos de despesas devem ser invalidados com carimbo pago;


 O pagamento por meio de cheques deve obedecer os seguintes princípios: Cheque
nominativo, cruzado, assinatura dos cheques na presença dos documentos a pagar,
invalidando sempre com um carimbo pago, com indicação de meio de pagamento.

26. Quais são os procedimentos específicos de gestão de recebimentos


Procedimentos específicos para Recebimentos:
 Todos valores recebidos devem ser depositados diariamente e integralmente, registados
no diário de bancos e anexar o talão de depósito ás cópias de recibos emitidos;

 Cheques recebidos pelo correio devem ser cruzados imediatamente;

 No caso de a entidade possuir cobradores, deve dispor de mapa de controle de


cobranças;

 Os cheques pré-datados devem ser objecto de controlo adequado ( em alguns casos


podem passar a gestão das próprias instituições de crédito);

 Emissão de recibos triplicados, sendo:

 Original, para enviar ao cliente

 Duplicado, para o arquivo, por ordem numérica

 Triplicado, para anexar ao talão de depósito

 Existência de mapa de controle diário das diferentes contas bancárias, evidenciando o


saldo disponível em cada banco.

27. Quais são os principais aspectos a considerar no controlo interno de Compras

 O departamento/ secção das compras deve ser estruturado e organizado;

 Deve-se elaborar um manual de procedimentos das compras;

 Segregação de funções de autorização, custódia dos activos, contabilização e


procedimento de controlo;

 Pré- enumeração dos documentos de compras.

28. Como deve funcionar um ciclo completo de compras?

a. Constatação da necessidade de compra;


b. Pesquisa do fornecedor;
c. Formalização e controlo da encomenda ( nota de encomenda –Quadriplicado);
d. Recepção dos produtos encomendados (recepção quantitativa e qualitativa- fiel do
armazém competente);
e. Conferência das Facturas (devem ser recebidas directamente a contabilidade e
encaminhadas para o serviço de conferência que vai-se basear na nota de
encomenda e guia de remessa).

29. Quais são os principais aspectos a considerar no controlo interno de fornecedores?

 Devem ser contabilizadas no mês a que respeitam;


 As compras não recepcionadas devem ser colocadas na respectiva conta (em transito);
 O sistema deve permitir obter o extracto de fornecedores, com todos movimentos
contabilísticos;

30. Quais são os aspectos a considerar no controlo interno de clientes?


 Todas as operações relaccionadas com as vendas a crédito deverão ser autorizadas
previamente;
 Devem ser feitas nos prazos e nas condições solicitadas pelos clientes;
 Contabilizar e facturar os produtos expedidos no período a que respeitam;
 Cobrar as dívidas nos períodos de vencimento estabelecidos;
 O sistema de controlo, deve fornecer informação fidedígna e completa.
 Segregação de funções– A autorização, contabilização, controlo e salvaguarda de
activos devem ser feitas por pessoas diferentes;
 Deve ser elaborado um manual de procedimentos, que traça todas as linhas de
orientação de todas vendas da empresa.

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