Para o tradicionalista defensor do folclore gaúcho e morador de Antônio Prado, fazer parte
desta comissão é o reconhecimento pelo trabalho desenvolvido por ele no resgate do folclore
gaúcho. “Ser convidado para fazer parte desta comissão é uma honra, um reconhecimento do
trabalho que venho desenvolvendo nesses últimos três anos”.
Para ele, atuar nesta comissão será uma forma de contribuir ainda mais na defesa do folclore
do Rio Grande do Sul. ”Será uma oportunidade de auxiliar na pesquisa e reforçar o que temos.
O nosso movimento é forte. Mas falta ainda! Temos poucas pessoas que se dispões a
pesquisar, a publicar e editar material sobre o nosso folclore. Vou continuar fazendo o que
faço, mas agora junto com pessoas de referência. “
Atualmente Barbosa é Conselheiro do MTG/RS 2018. É, ainda, autor dos Livros: Tropeirismo
Biriva, História, canto e dança; 2016. Bailar Gaúcho – Entre a Técnica e o Sentir; 2017. Valsas e
Valsados de Antigamente; com Toni Sidi Pereira, 2017.
Livro Tropeirismo Biriva - História, canto e dança. Esta obra possibilita conhecer o universo das
danças do tropeirismo, seu histórico, seus aspectos pedagógicos, suas pontecialidades de
comunicação, expressão, cultura e educação, demonstrando a riqueza da dança com conteúdo
e contexto histórico cultural.
O principal objetivo desse estudo é auxiliar o trabalho dos interessados no Tema Biriva (dança
e música). Hoje temos raríssimas obras
literárias que tratam do assunto tecnicamente.
Com a finalidade de apresentar algo mais completo dos homens e fatos de nossa terra, resolvi
ilustrar o presente livro com fotografias,
partituras musicais, descrições coreográficas dos nossos Temas Birivas (Chico do Porrete,
Dança dos Facões, Chula e Fandango Primitivo),
além de destacar as pessoas que foram importantes para que acontecesse o primeiro Curso e
Concurso Biriva em 1998, uma realização do CTG
Cancela do Imigrante do município de Antônio Prado – RS.
Não cabe a mim dizer o que é certo ou errado, como se deve fazer. Meu desejo é trazer aos
amigos instrutores, dançarinos e admiradores do
tema mais uma ferramenta que venha nos ajudar em nossas atividades. Algo que possa servir,
não só para auxiliar na cultura como fonte, mas
também onde os escritores vindouros possam colher elementos para enriquecer a gloriosa
história da terra Sul Rio-grandense, por intermédio
de nossas Danças Birivas e Tropeiros. Colocar ao alcance das pessoas, muito em especial aos
jovens, as informações sobre origem, desenvolvimento,
hábitos, costumes de nossos Tropeiros Birivas, de tal forma que as informações não se
estrangulem entre quatro paredes dos privilegiados,
mas antes se multiplique em cadeia.
Ao ler este livro é importante termos em mente que o assunto não se encerra neste
trabalho, temos um vasto campo de pesquisa a nossa
espera. Assim como este nasceu de minha curiosidade, oxalá surjam mais “curiosos” no
assunto e que venham corrigir ou desenvolver as
poucas informações que temos. Não tenho o intuito de responder todas as dúvidas, nem é
essa a intenção, até porque sabemos que a pesquisa
não é algo estático, ela se renova de tempos em tempos dentro da visão de cada pesquisador.
Os meios que me servi para fundamentar meu trabalho foram observações constantes
realizadas por muito tempo, de apresentações
de grupos, ensaios, cursos e documentos destacados em diversas obras.
ÍNDICE:
Agradecimento – Pg. 11
Apresentação – Pg. 15
Prefácio – Pg. 17
Ooooo!!! De Casa – Pg. 19
Tropeirismo Biriva – Os Pioneiros – Pg. 21
Biriva – Pg. 24
Dançar Biriva – Pg. 27
Danças do Ciclo Primitivo – Pg. 29
Teatralidade e Sapateio – Pg. 31
Danças do Tropeirismo Biriva, Chico do Porrete – Pg. 34
Chula – Pg. 41
Dança dos Facões – Pg. 47
Fandango Primitivo – Pg. 63
Se Termina!!! – Pg. 85
Bibliografia – Pg. 87
O objetivo deste estudo é auxiliar os leitores a entender a classificação das Danças Gaúchas de
Projeção Folclórica dentro da geração/ciclo coreográfico, assunto este que João Carlos Paixão
Cortes e Luis Carlos Barbosa Lessa mostraram em suas obras: Danças e Andanças da Tradição
Gaúcha, 1975, Aspectos da Sociabilidade Gaúcha 1982, e só por Paixão Cortes nos livros: O
Gaúcho, Danças, Trajes e Artesanato, e mais recentemente Bailes e Gerações dos Bailares
Campestres, 2001.
Verificamos a necessidade de um livro que trate do assunto de forma mais aprofundada, que
venha esclarecer, orientar e provocar mais interrogações. Este livro vem ao encontro das obras
citadas no parágrafo anterior, ou seja, amadrinhada por aquelas. É mais um material didático
para que as Instituições Educacionais, Centros Culturais, Bibliotecas e Entidades
Tradicionalistas, tenham à disposição e sejam multiplicadores culturais.
As danças constituem um importante componente cultural para nós Brasileiros e, no caso do
Rio Grande do Sul, que possui uma cultura tão rica e diversificada, a gama de modalidades é
enorme e muito importante para nossas raízes. Nosso estado é rico em danças que
representam as nossas tradições e a nossa cultura.
Aqui não houve danças de palco, muito menos de terreiro. Todas as danças gaúchas são de
salão. Quaisquer que tenham sido suas origens imediatas, tiveram sua fonte primeira nos
salões das grandes capitais sociais do mundo há um ou mais séculos atrás. Aparentam-se com
as danças de salão de todo mundo e, retiradas as características de indumentária ou de
instrumentação regional, ficam bem à mostra os seus dons universais.
Não nos cabe dizer o que é certo ou errado e como se deve fazer. Nosso desejo é trazer aos
leitores mais uma ferramenta que venha auxiliá-los em suas atividades. Algo que possa servir
para esclarecer o entendimento como de fonte, onde os escritores vindouros possam colher
elementos para enriquecer a gloriosa história da terra Sul Rio-grandense, por intermédio das
Danças de Projeção Folclórica.
Assim como esta obra nasceu de dúvidas, ficamos esperançosos que outras venham estimular
o interesse das pessoas sobre o assunto. Os subsídios servirão para enriquecimento.
“Devemos pensar que cultuar a Tradição e o Folclore não é somente viver rodeios, bailes,
churrascadas, concursos de danças, concursos de prendas, participar de
festivais, mas acima de tudo é preservar a CULTURA ESPONTÂNEA DO POVO.” – Paixão Côrtes.
Convidamos o leitor para uma curiosa viagem, começando pela formação do povo gaúcho, até
a classificação dos vinte e cinco temas bailáveis que constam no Manual de Danças Gaúchas do
MTG-RS (Movimento Tradicionalista Gaúcho). Estas danças foram outrora da elite urbana
européia, depois da elite urbana brasileira, depois da elite urbana Rio-grandense e finalmente
do meio rural Rio-grandense. Desapareceram ou quase desapareceram, mas ressurgiram como
danças de Projeção Folclórica.