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Portal Abril
Está na embalagem do cigarro: fumar faz mal à saúde. Se esse hábito traz danos
para qualquer um, imagine para as grávidas. Estudos já comprovaram que essas
mães possuem 40% mais chances de gerar filhos prematuros, aumentam em 70%
a probabilidade de abortar e correm mais risco de ter descolamento de placenta
antes do tempo certo – o que causa a morte de 50% dos bebês. Para os pequenos,
os prejuízos são devastadores. Eles podem nascer com baixos peso e tamanho.
"Chegam a pesar de 50 a 400 gramas a menos do que o normal", revela Valéria
Cunha, técnica da Divisão de Controle de Tabagismo do Instituto Nacional de
Câncer, no Rio de Janeiro. Sem falar que essas crianças estão mais sujeitas a
desenvolver problemas respiratórios e até cardíacos. Pesquisas mostram que elas
têm déficit de atenção e demoram alguns anos para atingir a curva normal de
crescimento.
Uma das piores conseqüências é que o bebê pode nascer com dependência
química da nicotina. E não adianta apagar o cigarro apenas durante a gestação e
voltar a fumar após o parto. "A criança absorve a nicotina via leite materno. A
substância é apontada pela Organização Mundial da Saúde como uma das causas
da síndrome da morte súbita infantil", alerta Valéria Cunha. Nesse caso, o
pequeno morre de forma abrupta e repentina. Por tudo isso, os especialistas são
categóricos: as mulheres devem abandonar totalmente o vício na gestação e
enquanto amamentam seus filhos. Trata-se, sem dúvida, de uma ótima causa.