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NEFROLOGIA MULTIDISCIPLINAR
INTERDISCIPLINARIDADE NA ASSISTÊNCIA AO PORTADOR DE DRC
UNIDADE
EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA A
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PROMOÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA
AO PACIENTE COM DRC
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Nefrologia Multidisciplinar
NEFROLOGIA MULTIDISCIPLINAR
INTERDISCIPLINARIDADE NA ASSISTÊNCIA AO PORTADOR DE DRC
UNIDADE
EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA A
PROMOÇÃO DA QUALIDADE DE
VIDA AO PACIENTE COM DRC
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Nefrologia Multidisciplinar
AUTORAS
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EQUIPE TÉCNICA
Coordenação Geral
Natalino Salgado Filho Supervisão de Curso
Maiara Monteiro M. Castelo Branco
Coordenação Adjunta Luana Dias da Cunha
Christiana Leal Salgado
Coordenação do Núcleo de
Coordenação de Conteúdo Comunicação e Design
Patrícia Maria Abreu Machado Katherine Marjorie Mendonça de Assis
O CURSO
O Curso de Especialização em Nefrologia Multidisciplinar tem como
objetivo promover a capacitação de profissionais da saúde no âmbito da
atenção primária, visando ao cuidado integral e ações de prevenção à doença
renal. Busca, ainda, desenvolver e aprimorar competências clínicas/gerenciais
na prevenção e no tratamento do usuário do SUS que utiliza a Rede Assistencial
de Saúde.
Este curso faz parte do Projeto de Qualificação em Nefrologia
Multidisciplinar da UNA-SUS/UFMA, em parceria com a Secretaria de
Atenção à Saúde do Ministério da Saúde (SAS/MS), a Secretaria de Gestão do
Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES/MS) e o apoio do Departamento
de Epidemiologia e Prevenção de Doença Renal da Sociedade Brasileira de
Nefrologia.
Esta iniciativa pioneira no Brasil contribuirá também para a produção
de materiais instrucionais em Nefrologia, de acordo com as diretrizes do
Ministério da Saúde, disponibilizando-os para livre acesso por meio do Acervo
de Recursos Educacionais em Saúde (ARES). Este acervo é um repositório
digital da UNA-SUS que contribui com o desenvolvimento e a disseminação
de tecnologias educacionais interativas.
O modelo pedagógico enquadra-se na modalidade de Educação a
Distância (EAD), que possibilita o acesso ao conhecimento, mesmo em locais
mais remotos do país, e integra profissionais de nível superior que atuam nos
diversos dispositivos de saúde. Estamos associando tecnologias educacionais
interativas e os recursos humanos necessários para disponibilizar a você, nosso
discente, materiais educacionais de alta qualidade, que facilitem e enriqueçam
a dinâmica de ensino-aprendizagem.
Unidade UNA-SUS/UFMA: Rua Viana Vaz, Nº 41. CEP: 65.020-660. Centro, São Luís-MA.
Site: www.unasus.ufma.br
Normalização
Eudes Garcez de Souza Silva - CRB 13ª Região Nº Registro - 453
52 f.: il.
CDD 616.61
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Nefrologia Multidisciplinar
APRESENTAÇÃO
Olá, caro aluno.
Boa leitura!
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Nefrologia Multidisciplinar
OBJETIVOS
• Apresentar ações educativas para a promoção da
qualidade de vida do paciente com DRC.
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Nefrologia Multidisciplinar
SUMÁRIO
p.
UNIDADE 2......................................................................................................15
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................17
2 OS QUATRO PILARES DA EDUCAÇÃO...............................................19
2.1 Aprender a conhecer..................................................................................21
2.2 Aprender a fazer...........................................................................................22
2.3 Aprender a viver juntos, aprender a viver com os outros.......22
2.4 Aprender a ser................................................................................................22
3 A EDUCAÇÃO TRADICIONAL E A EDUCAÇÃO POPULAR.........23
4 PROMOÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA.............................................28
4.1 Qualidade de vida: um conceito multidimensional....................28
4.2 Doença renal e qualidade de vida........................................................31
4.3 Conversando sobre o tratamento conservador............................31
4.4 Conversando sobre diálise peritoneal e hemodiálise................32
4.5 Conversando sobre o transplante renal............................................36
5 A EDUCAÇÃO EM SAÚDE VOLTADA PARA TRATAMENTO
DO PACIENTE RENAL..................................................................................38
REFERÊNCIAS....................................................................................................47
Nefrologia Multidisciplinar
UNIDADE 2
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Nefrologia Multidisciplinar
1 INTRODUÇÃO
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sociais incorpora essa dimensão educativa emancipatória (TOLEDO;
RODRIGUES; CHIESA, 2007).
REFLITA COMIGO!
Como você tem considerado os usuários
atendidos em sua Unidade de Saúde? Como
consumidores ou como sujeitos da própria
educação em saúde?
SAIBA MAIS!
Leia o artigo intitulado “Educação em saúde: perspectivas de uma
equipe da estratégia Saúde da Família sob a óptica de Paulo Freire”,
publicado na Revista Brasileira de Enfermagem no ano de 2010.
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Nefrologia Multidisciplinar
ATENÇÃO!
Não basta, de fato, que cada um acumule no começo da vida uma
determinada quantidade de conhecimentos que possa abastecer-se
indefinidamente. É necessário estar à altura de aproveitar e explorar,
do começo ao fim da vida, todas as ocasiões de atualizar, aprofundar
e enriquecer esses primeiros conhecimentos e de se adaptar a um
mundo em mudança (DELORS et al., 1998).
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Para dar resposta ao conjunto de suas missões, a educação deve
organizar-se em torno de quatro aprendizagens fundamentais que, ao
longo de toda a vida serão, de algum modo, para cada indivíduo, os pilares
do conhecimento:
Figura 1 - Os pilares do conhecimento.
Os Pilares do Conhecimento
Aprender a ser
Aprender a fazer
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Nefrologia Multidisciplinar
SAIBA MAIS!
Leia o Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre
Educação para o século XXI intitulado “Educação: um tesouro a descobrir”.
SAIBA MAIS!
a) Método indutivo: parte de constatações mais particulares à
formulação de leis e teorias; observação do fenômeno; generalização
do resultado obtido na experiência (do particular para o geral).
b) Método dedutivo: parte de teorias e leis para a análise e
explicação de fenômenos particulares; reformula de modo explícito a
informação (do geral para o particular) (CASTILHO; BORGES; PEREIRA,
2011).
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2.2 Aprender a fazer
“Aprender a conhecer” e “aprender a fazer” são, em larga medida,
indissociáveis. “Aprender a fazer” não pode, pois, continuar a ter o significado
simples de preparar alguém para uma tarefa material bem determinada.
Como consequência, as aprendizagens devem evoluir, não sendo mais
consideradas como simples transmissão de práticas rotineiras, embora
estas continuem a ter um valor formativo que não deve ser desprezado
(DELORS et al., 1998).
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Nefrologia Multidisciplinar
REFLITA!
Mais do que nunca, a educação parece ter, como papel essencial,
conferir a todos os seres humanos a liberdade de pensamento,
discernimento, sentimentos e imaginação de que necessitam para
desenvolver os seus talentos e permanecerem, tanto quanto possível,
donos do seu próprio destino (DELORS et al., 1998).
Educação em saúde
Interface de
relação educativa
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relevante, além de cientificamente fundamentado. Porém, nem sempre
uma opção exclui totalmente as outras (BRASIL, 2007).
O modelo tradicional de educação em saúde está fortemente
enraizado nas práticas educativas realizadas pelos profissionais de
saúde. Nesse modelo, a transmissão do conhecimento técnico-científico
é privilegiada, sendo o educador o detentor do saber e o educando
um depósito a ser preenchido pelo educador. Entretanto, está bastante
difundido o conhecimento crítico que questiona a efetividade dessas
práticas (FIGUEIREDO; RODRIGUES-NETO; LEITE, 2010).
Alves (2005) pontua que o modelo tradicional de educação em saúde
inclui informações verticalizadas que ditam comportamentos a serem
adotados para a manutenção da saúde.
Dessa forma, a relação estabelecida entre profissionais e usuários
é essencialmente assimétrica, uma vez que um detém um saber técnico-
científico, com status de verdade, enquanto o outro precisa ser devidamente
informado (ALVES, 2005).
A comunicação
profissional-usuário
caracteriza-se pelo caráter
informativo, na qual o
primeiro, assumindo uma
postura paternalista,
explicita ao segundo
hábitos e comportamentos
Profissionais saudáveis, o que fazer e
como fazer para a
Relação Assimétrica Comunicação manutenção da saúde.
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Nefrologia Multidisciplinar
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O movimento da Educação Popular em
Saúde tem priorizado a relação educativa com
a população, rompendo com a verticalidade da
relação profissional-usuário. Nesse movimento, são
valorizadas as trocas interpessoais, as iniciativas da
população e usuários, bem como a explicitação e
compreensão do saber popular pelo diálogo.
REFLITA!
É preciso pensar a educação em saúde na perspectiva da
participação social, compreendendo que as verdadeiras práticas
educativas somente têm lugar entre sujeitos sociais, considerando,
assim, o princípio da integralidade do SUS, que diz respeito tanto
à atenção integral em todos os níveis do sistema como também à
integralidade de saberes, práticas, vivências e espaços de cuidado
(BRASIL, 2007).
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Nefrologia Multidisciplinar
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A partir do diálogo e intercâmbio de
saberes técnico-científicos e populares,
profissionais e usuários podem construir
de forma compartilhada um saber sobre o
processo saúde-doença. Este compromisso
e vinculação com os usuários possibilitam o
fortalecimento da confiança nos serviços. Por
esta circunstância, o modelo dialógico tem
sido associado a mudanças duradouras de
hábitos e de comportamentos para a saúde,
visto serem ocasionados não pela persuasão
ou autoridade do profissional, mas pela
construção de novos sentidos e significados
individuais e coletivos sobre o processo saúde-
doença-cuidado (ALVES, 2005).
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Nefrologia Multidisciplinar
sabido que muitos componentes da vida social são fundamentais para que
indivíduos e populações alcancem um perfil elevado de saúde.
Não existe consenso quanto à aceitação de uma única definição para
o termo QV, o que decorre da multiplicidade de dimensões que compõem
este constructo (WHOQHOL GROUP, 1995). Tal característica resulta em
uma diversidade de conceitos existentes.
Minayo et al. (2000) referem que esse termo abrange muitos
significados e reflete conhecimentos, experiências, valores de indivíduos
e coletividades que a ele se reportam em variadas épocas, espaços e
histórias diferentes, sendo, portanto, uma construção social com a marca
da relatividade cultural.
Olderige, em 1986, definia QV como o nível de satisfação que fazia
a vida da pessoa valer a pena, como ela sentia e vivia seu cotidiano.
Na mesma época, Katz (1987) partia da premissa de que QV significa
diferentes coisas para várias pessoas em lugares e ocasiões diversas. Tais
conceitos apresentavam-se amplos e pouco palpáveis, não abrangendo a
complexidade que o termo compreende.
Qualidade de vida
Qualidade de vida é a percepção do indivíduo acerca da
sua posição na vida de acordo com o contexto cultural e
o sistema de valores com os quais convive e em relação a
seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações
(WHOQOL GROUP, 1995).
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nascimento da medicina social, nos séculos 18 e 19, quando investigações
sistemáticas começaram a referendar esta tese e dar subsídios para políticas
públicas e movimentos sociais (MINAYO et al., 2000).
O termo QV, relacionado especificamente à área da saúde, passou a
ser adotado mais precisamente na década de 70. Inicialmente, vinculado
às atividades de atendimento nos ambulatórios e hospitais, focando anos
mais tarde nos pacientes (FERRAZ, 1998).
Encontram-se na literatura diversas expressões para abordar a QV
na área da saúde. Todas têm sido usadas com objetivos semelhantes à
conceituação mais geral e referenciam o impacto da enfermidade ou do
agravo na QV do indivíduo (SEIDL; ZANNON, 2004).
Guiteras; Bayés (1993) definem qualidade de vida relacionada à saúde
(QVRS) como a valorização subjetiva que o paciente faz de diferentes
aspectos de sua vida em relação ao seu estado de saúde. Cleary; Wilson;
Fowler (1995), por sua vez, referem ser a abrangência dos vários aspectos
da vida de uma pessoa que são afetados por mudanças no seu estado
de saúde e que são significativos para sua QV. Enquanto Patrick; Erickson
(1993) relacionam QVRS ao valor atribuído à duração da vida, modificado
pelos prejuízos, estados funcionais e oportunidades sociais que são
influenciados por doença, dano, tratamento ou políticas de saúde.
Muitos estudiosos utilizam o termo QVRS definido pela OMS, centrado
na avaliação subjetiva do indivíduo e, necessariamente, ligado ao impacto
do estado de saúde sobre a capacidade deste indivíduo viver plenamente
(ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE, 1998). Apolone; Mosconi (1998)
relatam a abrangência dos domínios físico (capacidade funcional e
capacidade de trabalho), psicológico (satisfação, bem-estar, autoestima,
ansiedade e depressão) e social (reabilitação de trabalho, interação familiar
e social), sendo que cada componente pode ser expresso de diferentes
maneiras, de acordo com a percepção subjetiva de cada paciente.
REFLITA COMIGO!
Dessa forma, como a equipe de saúde pode atuar para promover
a melhor qualidade de vida do paciente?
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Nefrologia Multidisciplinar
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O objetivo final do tratamento conservador
da DRC é manter o paciente em boa
condição clínica e compatível com o estágio
de desenvolvimento da doença, além de
emocionalmente estável.
ATENCÃO!
Em sua maioria, os pacientes com DRC em tratamento
conservador possuem informações insuficientes a respeito da doença
e tratamentos, o que pode interferir negativamente na adesão ao
tratamento conservador e, consequentemente, acelerar a progressão
da doença (GRICIO; KUSSUMOTA; CÂNDIDO, 2009).
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Nefrologia Multidisciplinar
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Nessa modalidade de tratamento é necessário o suporte da:
aos
Equipe de saúde clientes e familiares
Além das mudanças já citadas anteriormente (controle da dieta,
líquidos e medicamentos), a diálise peritoneal requer a
colaboração/responsabilidade do cliente e familiáres com o
procedimento dialítico.
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Nefrologia Multidisciplinar
REFLITA!
Segundo Carreira; Marcon (2003), na maioria das vezes, a rotina
do portador de DRC se restringe a consultas médicas, sessões de
HD, dietas e, para Gomes (1997), à execução de atividades pouco
significativas. Muitos pacientes referem que passam a viver em função
do tratamento e se abstêm de uma vida ativa e funcional.
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Trentini et al. (2004) destacam que o estresse gerado pelo tratamento
pode ainda levar os pacientes a desencadearem diferentes sentimentos,
como medo, insegurança, ansiedade, depressão, baixa autoestima e
sensação de inutilidade. Muitas vezes, sofrem grandes modificações
nas relações cotidianas, ficam ociosos, com toda atenção voltada para
a doença. Este contexto revela o impacto negativo da HD na QV dos
pacientes, afetando diferentes dimensões em suas vidas (TRENTINI et al.,
2004; SANTOS; PONTES, 2007). Deste modo, a pior QV está associada a:
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Nefrologia Multidisciplinar
remunerado, uma vez que não precisa interromper suas tarefas cotidianas
para executar a diálise (ARREDONDO; RANGEL; ICAZA, 1998).
Assim, o TR é percebido como uma maneira de se libertar da
obrigatoriedade da diálise e sinaliza a possibilidade de resgate do
cotidiano de vida (PEREIRA; GUEDES, 2009). Segundo Valderrábano; Jofre;
Lopez-Gomes (2001), essa modalidade de TRS possibilita a restauração
da capacidade funcional dos pacientes, minimizando as limitações que a
terapia dialítica causa à vida.
Estudos têm mostrado que o TR oferece maior QV, comparado
com o tratamento dialítico (MANFRO; CARVALHAL, 2003; PEREIRA et
al., 2003). Entretanto, Matas et al. (1998) apresentaram um estudo com
transplantados renais que revelou melhora geral do nível de QV quando
comparado ao período pré-transplante, mas não para o nível considerado
normal na sociedade.
Ravagnani; Domingos; Miyazaki (2007) destacam estudos em que a
redução de estressores, como interrupção do tratamento dialítico e sua
interferência na vida diária, facilitação da vida profissional com possibilidade
mais ampla de empregos e presença do apoio social são considerados
fatores que podem predizer melhora da QV de pacientes submetidos ao
TR e, consequentemente, sua reintegração à sociedade.
IMPORTANTE!
No entanto, apesar de vislumbrarem novas possibilidades,
verifica-se que elevado número de pacientes transplantados renais
não retomam uma vida ativa e funcional. Após o TR, por exemplo, o
indivíduo tem maior possibilidade de realizar um trabalho remunerado
(ARREDONDO; RANGEL; ICAZA, 1998), porém, pequeno percentual
desses pacientes é recolocado em atividade laborativa, gerando a
necessidade do desenvolvimento de estratégias que facilitem sua
reintegração (LÔBO; BELLO, 2007).
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5 A EDUCAÇÃO EM SAÚDE VOLTADA PARA O
TRATAMENTO DO PACIENTE RENAL
A abordagem biomédica
A abordagem de mudança
de comportamento
A abordagem educativa
A abordagem centralizada
no cliente
Saúde pública A abordagem societária
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Nefrologia Multidisciplinar
REFLITA!
O motivo de o tratamento interdisciplinar para a DRC resultar
em melhores desfechos que o tratamento convencional ainda não
está completamente entendido, entretanto, o acompanhamento
estruturado dos pacientes, as interações entre os membros da equipe
e a pronta implementação de intervenções previamente planejadas
podem ser, em parte, a explicação para a melhora dos desfechos após
intervenções interdisciplinares (BASTOS; KIRSTAIN, 2011).
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SAIBA MAIS!
Aprofunde seus conhecimentos lendo de modo detalhado a
Cartilha da Política Nacional de Humanização que aborda sobre Clínica
Ampliada, Equipe de Referência e Projeto Terapêutico singular.
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Nefrologia Multidisciplinar
Auxiliam na adesão
ao tratamento
Propiciam a valorização
da fala do paciente
Reinserção no contexto
familiar e social
Reconstrução da cidadania,
rompimento e isolamento
SAIBA MAIS!
Para compreender mais sobre atividades a serem desenvolvidas
com pacientes, leia o artigo “Educação em saúde na sala de espera:
relato de experiência”, publicado na Revista Médica de Minas Gerais,
em 2014.
IMPORTANTE!
Note que as medidas direcionadas à elevação dos níveis do
LFS devem se concentrar, tanto na melhoria das competências
individuais quanto no papel desempenhado pelos serviços de saúde
humanizados, a fim de aperfeiçoar as comunicações, escritas e orais,
de modo a satisfazer as necessidades e habilidades de seus usuários
(PASSAMAI et al., 2012).
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O letramento em saúde inadequado, porém, é prevalente e se associa
a desfechos clínicos indesejáveis, que impactam desfavoravelmente na
história natural de várias doenças crônicas, inclusive da DRC. Embora mais
comum nos segmentos sociais mais vulneráveis, o letramento em saúde
inadequado pode afetar qualquer indivíduo (SANTOS et al., 2012).
O estresse decorrente do diagnóstico de uma doença grave e a
sobrecarga de informações médicas a serem seguidas contribuem para o
letramento em saúde inadequado e, consequentemente, desencadeiam
desfechos clínicos negativos.
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Nefrologia Multidisciplinar
Letramento em Saúde
Estágio 2-5
Grupo de risco: Estágio 1 Estágio 5
Lesão renal
HA, DM, Idoso, DCV, Lesão renal Hemodiálise,
+ Diminuição
Hx Fam de DRC, (albuminúria) Diálise peritoneal,
Tabagismo, progressiva Transplante renal
+ TFG normal
Obeso da TFG
Legenda: HA: Hipertensão arterial; DM: Diabetes mellitus; DCV: Doença cardiovascular;
Hx Fam: História familiar; DRC: Doença renal crônica; TGF: Taxa de filtração glomerular;
D/T: Diálise/Transplante; PA: Pressão arterial; Rx: Tratamento; IECA: Inibidor da enzima
de conversão da angiotensina; TRS: Terapia renal substitutiva.
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Nefrologia Multidisciplinar
CONSIDERAÇÕES FINAIS
•
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Nefrologia Multidisciplinar
REFERÊNCIAS
ALVES, Vânia Sampaio. Um modelo de educação em saúde para o Pro-
grama Saúde da Família: pela integralidade da atenção e reorientação do
modelo assistencial. Interface - Comunic., Saúde, Educ., v. 9, n. 16, p.
39-52, fev. 2005. Disponível em: http://goo.gl/8DeVCf. Acesso em: 21 jun.
2014.
47
BEZERRA, K. V. Estudo do cotidiano e qualidade de vida de pessoas
com insuficiência renal crônica (IRC), em hemodiálise. 2006. 74p.
Dissertação (Mestrado em Saúde na Comunidade) - Faculdade de
Medicina, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, SP, 2006. Disponível
em: http://goo.gl/d78nWw. Acesso em: 10 jun. 2014.
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Nefrologia Multidisciplinar
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FIGUEIREDO, M. F. S.; RODRIGUES-NETO, J. F.; LEITE, M. T. S. Modelos
aplicados às atividades de educação em saúde. Rev Bras Enferm, Brasília,
v. 1, n. 63, p. 117-121, jan./fev. 2010. Disponível em: http://goo.gl/22Zjjx.
Acesso em: 21 jun. 2014.
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Nefrologia Multidisciplinar
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PATRICK, D. L.; ERICKSON, N. P. Health status and health policy. Nova
York: Oxford University Press, 1993.
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Nefrologia Multidisciplinar
GOVERNO FEDERAL
Presidente da República
Michel Temer
Ministro da Saúde
Ricardo Barros
Secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES)
Hêider Aurélio Pinto
Secretário de Atenção à Saúde (SAS)
Alberto Beltrame
Diretor do Departamento de Gestão da Educação na Saúde (DEGES)
Alexandre Medeiros de Figueiredo
Secretário Executivo da UNA-SUS
Francisco Eduardo de Campos
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