Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
Antônio Roque
Aula 25 2010
q2 TF
=
q1 TQ . (1)
− q 2 T2
= , (2)
q1 T1
1
5910170 – Física II – Ondas, Fluidos e Termodinâmica – USP – Prof. Antônio Roque
Aula 25 2010
Esta equação nos diz que a soma, por todos os processos isotérmicos
de um ciclo de Carnot, da razão entre o calor trocado no processo e a
temperatura do processo é nula.
2
5910170 – Física II – Ondas, Fluidos e Termodinâmica – USP – Prof. Antônio Roque
Aula 25 2010
3
5910170 – Física II – Ondas, Fluidos e Termodinâmica – USP – Prof. Antônio Roque
Aula 25 2010
2N
qi
∑T i =1
= 0. (4)
i
No limite em que N → ∞,
dq
R
∫ T
= 0, (5)
i f
ou, lembrando que − ∫f g (x )dx = ∫i g (x )dx :
4
5910170 – Física II – Ondas, Fluidos e Termodinâmica – USP – Prof. Antônio Roque
Aula 25 2010
f f
dq dq
∫ T ∫i T .
= (7)
R i
1 R 2
Esta última igualdade nos diz que a integral de dq/T entre dois
estados i e f por trajetórias reversíveis é independente da trajetória.
Portanto, a integral entre i e f por uma trajetória reversível só
depende dos estados inicial i e final f. Isto implica que podemos
definir uma função de estado S tal que,
f
dq
S f − Si = ∫i T . (8)
R
5
5910170 – Física II – Ondas, Fluidos e Termodinâmica – USP – Prof. Antônio Roque
Aula 25 2010
dq R
dS =
T , (9)
6
5910170 – Física II – Ondas, Fluidos e Termodinâmica – USP – Prof. Antônio Roque
Aula 25 2010
∆S =
(10 g ).(79,6 cal/g ) = 292 cal/K = 1220 J/K.
3
273 K
T
f T
dq R 2 dT
∆S = ∫ = ∫ mc = mc ln 2 . (11)
i
T T1
T T1
Substituindo nesta equação os valores numéricos:
373 3
∆S = (1 kg )(
. 4190 J/kg.K )ln = 1,31 × 10 J/K.
273
7
5910170 – Física II – Ondas, Fluidos e Termodinâmica – USP – Prof. Antônio Roque
Aula 25 2010
8
5910170 – Física II – Ondas, Fluidos e Termodinâmica – USP – Prof. Antônio Roque
Aula 25 2010
1
Nas equações a seguir deve-se ter sempre em mente que as variações infinitesimais de q e w (dq e dw) não
são diferenciais exatas, pois q e w não são funções de estado. Alguns livros costumam indicar isto usando o
símbolo d (d cortado).
9
5910170 – Física II – Ondas, Fluidos e Termodinâmica – USP – Prof. Antônio Roque
Aula 25 2010
dU = dq − dw = dq − PdV ⇒
⇒ dq = dU + PdV . (12)
Para calcular o termo dU nesta expressão, lembremos que a energia
interna é uma função de estado, de maneira que dU pode ser
calculada por qualquer trajetória. Vamos supor uma trajetória a
volume constante. Então, podemos usar a seguinte fórmula deduzida
na aula 23 (equação 26):
∆U
= nCv ⇒ dU = nCv dT , (13)
∆T
onde Cv é o calor específico molar (a capacidade térmica de um mol
de substância). Substituindo esta expressão na fórmula anterior:
10
5910170 – Física II – Ondas, Fluidos e Termodinâmica – USP – Prof. Antônio Roque
Aula 25 2010
dT dV T V
S − S r = nCv
R
∫T + nR
R
∫V = nC v ln
Tr
+ nR ln
Vr
, (17)
que pode ser reescrita como,
S = nCv ln T + nR ln V + (S r − nCv ln Tr − nR ln Vr ) . (18)
Denotando o termo entre parênteses, que só contém constantes, por
S0, obtém-se,
S = nCv ln T + nR ln V + S 0 . (19)
Atribuindo-se a T e V diversos valores diferentes e tomando-se as
diferenças entre os valores de S calculados para esses valores, pode-
se construir uma tabela de diferenças de valores de entropia para o
gás ideal entre quaisquer pontos caracterizados por pares de V e T.
dq = nC v dT + PdV , (20)
e lembrando de novo da equação de estado do gás ideal e que,
PdV + VdP = nRdT , (21)
podemos escrever,
dq = (nC v + nR )dT − VdP = nC p dT − VdP , (22)
onde se usou a relação nCp = nCv + nR deduzida na aula 23 (equação
31).
11
5910170 – Física II – Ondas, Fluidos e Termodinâmica – USP – Prof. Antônio Roque
Aula 25 2010
12
5910170 – Física II – Ondas, Fluidos e Termodinâmica – USP – Prof. Antônio Roque
Aula 25 2010
13
5910170 – Física II – Ondas, Fluidos e Termodinâmica – USP – Prof. Antônio Roque
Aula 25 2010
14
5910170 – Física II – Ondas, Fluidos e Termodinâmica – USP – Prof. Antônio Roque
Aula 25 2010
15
5910170 – Física II – Ondas, Fluidos e Termodinâmica – USP – Prof. Antônio Roque
Aula 25 2010
16
5910170 – Física II – Ondas, Fluidos e Termodinâmica – USP – Prof. Antônio Roque
Aula 25 2010
dT dV Tf V
S − S r = nCv
R
∫ T
+ nR
R
∫ V
= nC v ln
Ti
+ nR ln f
Vi
.
(27)
Vf
∆S = nR ln . (28)
Vi
Esta é a variação na entropia do gás durante o processo reversível da
figura da direita. Como a entropia é uma função de estado, ela deve
ser igual à variação na entropia do gás durante a expansão
irreversível da figura da esquerda:
Vf
irrev
∆S gás rev
= ∆S gás = nR ln . (29)
Vi
Vamos agora calcular a variação na entropia do universo durante o
processo irreversível. Como o gás está isolado da sua vizinhança por
paredes adiabáticas, o calor trocado entre ele e a sua vizinhança é
nulo: ∆qviz = 0. Portanto, a variação na entropia da vizinhança
também é nula: ∆Sviz = 0.
17
5910170 – Física II – Ondas, Fluidos e Termodinâmica – USP – Prof. Antônio Roque
Aula 25 2010
Vf
∆S universo = ∆S gás + ∆S viz = ∆S gás = nR ln > 0 . (30)
Vi
A variação na entropia do universo provocada pela expansão
irreversível do gás é positiva, ou seja, a entropia do universo
aumenta no processo.
∆S viz =
− qsist w
=− =−
∫ PdV = − ∫ nRT (dV V ) = −nR ln V f
T T T T Vi . (31)
A variação na entropia da vizinhança no processo reversível é
exatamente igual à variação na entropia do sistema, de maneira que:
18
5910170 – Física II – Ondas, Fluidos e Termodinâmica – USP – Prof. Antônio Roque
Aula 25 2010
19
5910170 – Física II – Ondas, Fluidos e Termodinâmica – USP – Prof. Antônio Roque
Aula 25 2010
q 2 = −q1 ,
Ou:
m2 c2 ∆T2 = − m1c1∆T1 ⇒ m2 c2 (T f − TF ) = − m1c1 (T f − TQ ) ⇒
20
5910170 – Física II – Ondas, Fluidos e Termodinâmica – USP – Prof. Antônio Roque
Aula 25 2010
m1c1TQ + m2 c 2TF
⇒ Tf = . (33)
m1c1 + m2 c 2
Como já dito, este é um processo irreversível. Durante o processo, o
sistema passa por uma série de estados de não equilíbrio em que não
se pode dizer que cada substância está a uma temperatura bem
definida. Porém, podemos imaginar uma maneira reversível de fazer
com que as duas substâncias cheguem à temperatura final Tf.
dq
Tf Tf
dT T
∆SQ = ∫ 1 = ∫ m1c1 = m1c1 ln f , (34)
T T T
TQ
R R TQ Q
21
5910170 – Física II – Ondas, Fluidos e Termodinâmica – USP – Prof. Antônio Roque
Aula 25 2010
22
5910170 – Física II – Ondas, Fluidos e Termodinâmica – USP – Prof. Antônio Roque
Aula 25 2010
363,9 K
∆S Q = (1 kg )(4190 J/kg.K ) ln = −103,49 J/K ,
373 K
e a variação na entropia da água fria é
363,9 K
∆S F = (0,1 kg )(4190 J/kg.K )ln = 120,42 J/K .
273 K
A soma das duas é igual à variação na entropia do universo:
∆S universo = 16,93 J/K ,
que é uma quantidade positiva.
O resultado obtido neste último caso permite que se diga que sempre
que tivermos dois corpos a temperaturas diferentes postos em
contato térmico e isolados por paredes adiabáticas do resto do
universo, o processo de transferência de calor entre eles até que se
atinja o equilíbrio resulta em um aumento na entropia do universo.
23
5910170 – Física II – Ondas, Fluidos e Termodinâmica – USP – Prof. Antônio Roque
Aula 25 2010
q q TQ − TF
∆S universo = − + = q >0
TQ TF T T . (37)
Q F
Este é um fato experimental que nunca foi violado em qualquer
experimento feito envolvendo processos irreversíveis em sistemas
isolados.
Isto nos leva a imaginar que deve existir uma lei geral segundo a
qual a entropia do universo sempre aumenta para qualquer processo
irreversível.
∆S universo > 0 (Processo Irreversível) . (38)
Um argumento que pode ser usado para justificar esta lei é baseado
em uma extensão do caso considerado acima. Este é um caso de um
sistema isolado composto por duas substâncias, ou corpos,
inicialmente a temperaturas diferentes. O processo de transferência
de calor do corpo quente para o frio até que as temperaturas dos dois
se igualem resulta em um aumento da entropia do universo.
24
5910170 – Física II – Ondas, Fluidos e Termodinâmica – USP – Prof. Antônio Roque
Aula 25 2010
∆S universo ≥ 0 . (39)
25
5910170 – Física II – Ondas, Fluidos e Termodinâmica – USP – Prof. Antônio Roque
Aula 25 2010
26
5910170 – Física II – Ondas, Fluidos e Termodinâmica – USP – Prof. Antônio Roque
Aula 25 2010
27
5910170 – Física II – Ondas, Fluidos e Termodinâmica – USP – Prof. Antônio Roque
Aula 25 2010
Outro cientista que divulgou muito esta idéia de uma morte térmica
para o universo foi o astrofísico inglês Arthur Eddington (1882-
1944), em várias palestras proferidas e textos publicados na década
de 30 do século XX. Segundo Eddington, a segunda lei da
termodinâmica define uma seta do tempo que aponta do passado
para o futuro: o futuro é sempre um estado de maior entropia do
universo do que o passado. E o futuro final é o da morte térmica.
28
5910170 – Física II – Ondas, Fluidos e Termodinâmica – USP – Prof. Antônio Roque
Aula 25 2010
3
Infelizmente, o tratamento estatístico da entropia está além dos objetivos deste curso.
29
5910170 – Física II – Ondas, Fluidos e Termodinâmica – USP – Prof. Antônio Roque
Aula 25 2010
∆S universo = ∆S Q + ∆S F ≥ 0 . (42)
30
5910170 – Física II – Ondas, Fluidos e Termodinâmica – USP – Prof. Antônio Roque
Aula 25 2010
Esta equação nos diz que o menor valor possível para o calor
rejeitado, isto é, aquele calor que não pode ser usado para realizar
trabalho, é:
TF
Qrejeitado_mínimo = Qabsorvido
TQ . (45)
31
5910170 – Física II – Ondas, Fluidos e Termodinâmica – USP – Prof. Antônio Roque
Aula 25 2010
TF
Wmax = Qabsorvido 1 −
. (47)
TQ
Lembrando da aula 24, a eficiência de um motor é definida como a
razão entre o trabalho feito pelo motor e o calor que ele teve que
absorver para realizar esse trabalho: emotor = W/Q1. O resultado
acima implica então que a máxima eficiência de um motor é:
Wmax T
emax = = 1− F
Qabsorvido TQ (48)
TF
eciclo de Carnot = 1 −
TQ (49)
32
5910170 – Física II – Ondas, Fluidos e Termodinâmica – USP – Prof. Antônio Roque
Aula 25 2010
Como aplicação, vamos usar este resultado para entender algo sobre
o organismo dos animais. Vamos supor que o organismo é uma
máquina térmica e que ele absorve uma quantidade de calor Q1 do
seu ambiente (o reservatório térmico a temperatura TQ) e converte
parte desse calor em trabalho W. O calor Q2 não usado permanece
no interior do organismo à sua temperatura corporal TF.
33
5910170 – Física II – Ondas, Fluidos e Termodinâmica – USP – Prof. Antônio Roque
Aula 25 2010
34
5910170 – Física II – Ondas, Fluidos e Termodinâmica – USP – Prof. Antônio Roque
Aula 25 2010
35
5910170 – Física II – Ondas, Fluidos e Termodinâmica – USP – Prof. Antônio Roque
Aula 25 2010
36
5910170 – Física II – Ondas, Fluidos e Termodinâmica – USP – Prof. Antônio Roque
Aula 25 2010
37
5910170 – Física II – Ondas, Fluidos e Termodinâmica – USP – Prof. Antônio Roque
Aula 25 2010
O que evita que essa grande perda de calor dos nossos corpos não
leve nossa temperatura a diminuir para se igualar à temperatura
ambiente é a constante entrada de energia em nossos corpos na
forma de alimento. Isto parece óbvio, mas é interessante vocês
notarem que este é um resultado geral dedutível matematicamente
das leis da termodinâmica!
38
5910170 – Física II – Ondas, Fluidos e Termodinâmica – USP – Prof. Antônio Roque
Aula 25 2010
39
5910170 – Física II – Ondas, Fluidos e Termodinâmica – USP – Prof. Antônio Roque
Aula 25 2010
40
5910170 – Física II – Ondas, Fluidos e Termodinâmica – USP – Prof. Antônio Roque
Aula 25 2010
41
5910170 – Física II – Ondas, Fluidos e Termodinâmica – USP – Prof. Antônio Roque
Aula 25 2010
42
5910170 – Física II – Ondas, Fluidos e Termodinâmica – USP – Prof. Antônio Roque
Aula 25 2010
43
5910170 – Física II – Ondas, Fluidos e Termodinâmica – USP – Prof. Antônio Roque
Aula 25 2010
44
5910170 – Física II – Ondas, Fluidos e Termodinâmica – USP – Prof. Antônio Roque
Aula 25 2010
45