“... é mais pela BELEZA que abrimos espaço para o Criador” (F. Cláudio V.Balen)
Diotima, a sacerdotisa que iniciou Sócrates nos segredos do amor, dizia-lhe que
todos os homens estão “grávidos de BELEZA”. Mais cedo ou mais tarde esta
beleza quererá nascer e a tarefa do mestre é a tarefa do parteiro: fazer vir à luz
a beleza esquecida.
O “eu interior” é um cenário silencioso, oferecido aos olhos encantados.Toda pessoa possui nas profundezas
de si mesma um lugar misterioso onde a BELEZA se esconde em meio a entulhos. Todos são chamados a se
perceberem como fragmentos de uma obra de arte quebrada, a ser restaurada, para que sintam a felicidade
suprema de se verem belos. Há um universo inteiro dentro do corpo, universo mais fantástico, mais colorido,
mais belo que o universo que existe do lado de fora.
Basta contemplar os quadros, ouvir as músicas, ler os poemas; todos eles são expressões do interior.
É nele que moram as emoções, a alegria, a bondade, os sonhos, a criatividade, os jardins... Caminhar pelos
cenários do interior é uma aventura, um desafio... como subir uma montanha e conhecer seus mistérios.
Quem passa por tais experiências nunca será igual àqueles que nunca saíram das planícies conhecidas e segu-
ras. E na medida em que vamos vendo os fantásticos cenários interiores, esses mesmos cenários afloram à
superfície, aparecem no rosto e nos olhos, e nós ficamos mais belos.