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1- Si fão
2- Ramal de descarga
3- Tubo de queda
4- Ramal de ventilação
4 5- Coluna de ventilação
6- Câmara de inspecção
7- Colector predial
8- Câmara de ramal de ligação
3 1 9- Ramal de ligação
2
10- Colector público
9
7 10
6 8
o
Eng. Carlos Caupers
CONSULTEC, Lda,
docente na UEM
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Estes apontamentos representam um resumo de uma série de informação compilada de diverso tipo
de bibliografia, sendo a principal fonte o livro de Vítor M. R. Pedroso “Manual dos Sistemas
Prediais de Distribuição de Água e Drenagem de Águas”, uma vez que a publicação em causa,
editada pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil de Portugal (LNEC), foi elaborado à luz de
um Regulamento em vigor em Portugal que foi o regulamento que serviu de base para a elaboração
do Regulamento dos Sistemas Prediais de Distribuição de Água e de Drenagem de Águas
Residuais, em vigor em Moçambique desde o ano de 2004.
Não faz parte do programa das diferentes disciplinas de Hidráulica leccionadas por grande parte das
instituições de ensino superior do país, a matéria referente ao dimensionamento de sistemas de
abastecimento de água e de drenagem de sistemas prediais. No entanto, trata-se de uma matéria de
extrema importância já que em qualquer edificação deverá ser provida de água potável e por
consequência um sistema de drenagem das águas utilizadas. Da mesma forma, a drenagem das águas
pluviais em edifícios e áreas adjacentes é fundamental, para que estas não causem ao edifício
problemas de infiltrações que poderão causar danos na própria estrutura. Em determinados edifícios,
a necessidade de existirem redes de incêndios e de rega é frequente, sendo por isso necessário que a
sua concepção seja considerada tendo em conta o bom desempenho, conforto e exigências do
projecto.
O presente curso tem o apoio da CONSULTEC e conta ainda com o reconhecimento da ORDEM
DOS ENGENHEIROS DE MOÇAMBIQUE como uma acção de formação contínua dos
profissionais de engenharia.
Os apontamentos serão revistos periodicamente. A presente versão foi revista em Maio de 2016.
Carlos Caupers
Licenciado em Eng.ria Civil/Membro da Ordem dos Engenheiros de Moçambique
Especializado em Água e Saneamento
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Instrutor do Curso: CARLOS CAUPERS – Engenheiro Civil, Abastecimento de Água e Saneamento
CURSO SOBRE O DIMENSIONAMENTO DE SISTEMAS PREDIAIS DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA E
DRENAGEM DE ÁGUAS RESIDUAIS - 2016
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ÍNDICE
ANEXO......................................................................................................................................................... 3
REGULAMENTO DOS SISTEMAS PREDIAIS DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA E DE DRENAGEM
DE ÁGUAS RESIDUAISC CAPÍTULO I – SISTEMAS PREDIAIS DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA
DOMÉSTICA ............................................................................................................................................... 3
1.1 – INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 4
1.2 – DIMENSIONAMENTO ...................................................................................................................... 5
1.2.1 – CONSIDERAÇÕES GERAIS ................................................................................................................. 5
1.2.2 – CONCEPÇÃO DOS SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA..................................................................... 7
1.2.3 – MATERIAIS QUE CONSTITUEM A INSTALAÇÃO ................................................................................. 11
1.2.4 – CAUDAIS A ASSEGURAR AOS DISPOSITIVOS DE UTILIZAÇÃO ............................................................. 12
1.2.5 – COEFICIENTE DE SIMULTANEIDADE E CAUDAL DE CÁLCULO ............................................................ 13
1.2.6 – DIMENSIONAMENTO DAS TUBAGENS DE ÁGUA FRIA E QUENTE ......................................................... 15
1.2.7 – MEDIÇÃO DOS CONSUMOS DE ÁGUA – CONTADORES DE ÁGUA ......................................................... 17
1.2.8 – REDE DE ÁGUA QUENTE ................................................................................................................. 18
1.2.8.1 – Generalidades....................................................................................................................... 18
1.2.8.2 - Consumos ............................................................................................................................. 23
1.2.8.3 – Dimensionamento de redes de água quente .......................................................................... 24
1.2.9 – DIMENSIONAMENTO DE ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS E SOBREPRESSORAS .............................................. 25
1.2.9.1 – Generalidades....................................................................................................................... 25
1.2.9.2 – Instalações de elevação e sobrepressão para reservatório ..................................................... 25
1.2.9.3 – Instalações de elevação e sobrepressão com bombagem directa............................................ 26
1.2.10 – ALGUMAS REGRAS CONSTRUTIVAS ............................................................................................... 27
1.2.9.1 – Tubagem de abastecimento de água ..................................................................................... 27
1.2.10.2 – Reservatórios de água......................................................................................................... 28
1.2.10.3 – Elementos acessórios da rede - torneiras e fluxómetros ...................................................... 30
1.2.10.4 – Instalações de elevação ou sobrepressão ............................................................................ 31
CAPÍTULO II – SISTEMAS DE COMBATE A INCÊNDIOS COM ÁGUA .......................................... 34
2.1 – CONSIDERAÇÕES GERAIS ........................................................................................................... 34
2.1.1 – INTRODUÇÃO................................................................................................................................. 34
2.1.2 – GENERALIDADES ........................................................................................................................... 34
2.2 – PARÂMETROS DE DIMENSIONAMENTO .................................................................................. 36
2.2.1 – TIPOS DE FORMA DE COMBATE AO FOGO COM ÁGUA ........................................................................ 36
2.2.2 – COMBATE A INCÊNDIOS POR EXTINÇÃO AUTOMÁTICA ..................................................................... 39
2.2.3 – ASPECTOS CONSTRUTIVOS ............................................................................................................. 45
CAPÍTULO III – SISTEMAS PREDIAIS DE DRENAGEM DE ÁGUAS RESIDUAIS ......................... 46
3.1 – INTRODUÇÃO.................................................................................................................................. 46
3.1.1 – GENERALIDADES ........................................................................................................................... 46
3.2 – DIMENSIONAMENTO .................................................................................................................... 48
3.2.1 – CONSIDERAÇÕES GERAIS ............................................................................................................... 48
3.2.2 – PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE O ANTIGO E NOVO REGULAMENTO. CONSIDERAÇÕES ....................... 49
3.2.3 – CONSTITUIÇÃO DOS SISTEMAS DE DRENAGEM ................................................................................. 50
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Instrutor do Curso: CARLOS CAUPERS – Engenheiro Civil, Abastecimento de Água e Saneamento
CURSO SOBRE O DIMENSIONAMENTO DE SISTEMAS PREDIAIS DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA E
DRENAGEM DE ÁGUAS RESIDUAIS - 2016
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ANEXO
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1.1 – INTRODUÇÃO
De uma maneira geral, em qualquer centro urbano, o abastecimento de água é garantido por
meio de uma rede pública que é composta pelas seguintes componentes:
a) – Captação – Que pode ser feita a partir de rios, riachos, lagos, albufeiras, (águas
superficiais) ou então em furos ou poços (águas subterrâneas). A água das chuvas
pode ser também uma fonte de captação alternativa, mas sempre em muito menor
escala;
d) - Torre de Elevação – Local para onde é aduzida a água, para que possa fazer a
distribuição por gravidade;
É a partir desta rede que será feita a derivação para as edificações. O presente curso não irá
abordar as componentes da rede pública acima transcritas, mas sim o sistema de
canalizações de distribuição interior, isto é, será estudado o dimensionamento das tubagens a
instalar nos edifícios a partir da altura em que entram na propriedade onde está implantada a
edificação.
A condição básica e essencial a que se deve satisfazer a água para consumo doméstico é a de
ser potável. Por isso, a água para este fim só poderá ser distribuída quando possuir as
qualidades físicas, químicas e bacteriológicas exigidas e que é definida pelo Regulamento
sobre a Qualidade da Água para Consumo Humano, em vigor desde o ano de 2004.
Apesar do esforço que se tem feito para que a água seja distribuída a mais consumidores
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com a qualidade necessária, no nosso país se nota ainda muitas deficiências quanto às
condições em que é utilizada a água indispensável aos usos domésticos. É importante que a
qualidade da água seja por isso sempre questionada quando se projecta uma rede de
distribuição de água.
Os sistemas prediais de distribuição podem ser divididos em função dos diferentes fins a que
se destinam. Assim, podem existir:
1.2 – DIMENSIONAMENTO
1.2.1 – Considerações Gerais
Já nos meios rurais onde não existem ou estão fora de serviço os sistemas públicos de
abastecimento de água, a fonte a usar é privada, isto é, poderá ser garantido o
abastecimento a partir de um furo, poço ou qualquer outra fonte que esteja dentro da
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propriedade onde será erguido o edifício ou até mesmo directamente do rio, riacho ou
lagoa que passa perto das instalações.
Toda a água, antes de ser distribuída para consumo, dever ser sujeita à medição.
Assim, a partir do momento em que o ramal de ligação entra na propriedade onde
está ou estará implantada a edificação, deverá ser instalado um contador, de diâmetro
igual ao do ramal. Caso haja mais do que um consumidor privado (apartamentos de
prédios ou mesmo casas isoladas dentro de um condomínio privado por exemplo),
então deverá ser assente um contador para cada consumidor. Se existir um
consumidor comum (jardins colectivos, piscina do condomínio por exemplo), deverá
ser igualmente instalado um contador que registará os respectivos consumos;
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Os contadores deverão ser precedidos sempre de uma válvula de corte para que possa
ser interrompido o abastecimento de água a esse ramal;
Ter atenção com a funcionalidade dos reservatórios no que diz respeito a acessos
(escadas, caixas de visita), localização das boias, facilidade de limpeza (alturas
interiores, pontos mais baixos no interior dos mesmos que permitam as lamas se
acumularem nesse ponto facilitando a limpeza), localização das válvulas junto aos
reservatórios;
Neste sentido, para além das avaliações relativas às condições de abastecimento de água, do
tipo de edifício e dos níveis de conforto e qualidade pretendidos, reveste-se de primordial
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Em centros urbanos onde a água da rede pública não está disponível durante todo o dia
(fornecimento sem interrupção), é muito frequente recorrer-se à forma indirecta, por
forma a se armazenar água que possa ser usada nos períodos em que haja interrupção de
abastecimento a partir da rede pública (fig.2).
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Rede predial de
contador distribuição
Ramal de ligação
Rede predial de
distribuição direct amente
a partir da bomba
Elemento sobrepressor
(bomba, hidropressor,
pressostato) Rede predial de distribuição
directamente a partir da
Elemento sobrep ressor bomba ou a partir do depósito
quando a bomba não funciona
contador contador
C C
Fig. 2 – Esquemas de uma alimentação indirecta a partir da bomba e da bomba e/ou por gravidade
H = 100 + 40.n
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O volume útil dos reservatórios destinados a fins alimentares e sanitários não deve exceder o
valor correspondente ao volume médio diário do mês de maior consumo, tendo em conta a
ocupação previsível do edifício a abastecer. Por vezes, dada a fraca fiabilidade da rede
pública, há a tendência de armazenar grandes quantidades de água o que faz com que esta
perca qualidade dentro dos reservatórios. No entanto, dependendo do tipo de edifício a
projectar, poderão ser criadas reservas para mais do que 1 ou 2 dias (por exemplo hospitais).
Casos particulares tais como locais desportivos, quartéis, bombeiros ou mesmo indústrias
devem ser analisados caso a caso. A água a ser usada na indústria, por exemplo, pode fazer
parte do processo tecnológico sem que tenha a necessidade de ser potável (por exemplo,
sistemas de refrigeração com uso de água em circulação). No entanto, as redes de água
potável e não potável nunca se devem misturar, mesmo ao nível de tanques de
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armazenamento. Para jardins podem ser considerados valores que vão desde 4 a 10 litros/m2.
Assim, o consumo diário a considerar para um apartamento tipo 3, para 6 habitantes na
cidade de Maputo deverá ser igual a 750 litros acrescido de um factor de segurança de 50%.
Deve-se no entanto considerar, caso se trate de uma moradia se existe uma área considerável
de jardim, que exige uma rega diária que poderá aumentar significativamente o volume
consumido, ou outros consumos fora do normal (piscinas, áreas para cultivo de hortícolas ou
árvores de fruto). A reserva deve ser também considerada em função da forma como o
fornecimento da rede pública é efectuado (no caso de ser intermitente, o conhecimento do
número de horas de abastecimento assim como a pressão à entrada da propriedade são
fundamentais para a decisão sobre o volume de armazenamento.)
Para além do aspecto económico e condições de aplicação que se deve ter em conta quando
se seleccionar o tipo de material a aplicar, é necessário ter em conta a temperatura da água a
distribuir, bem como a composição química da mesma, dada a diferença de comportamento
dos materiais da tubagem em função desses parâmetros. Regra geral, as tubagens podem ser
metálicas (aço – denominado ferro preto, aço galvanizado ou ferro galvanizado, cobre ou
mesmo aço inox) ou termoplásticas (policloreto de vinilo – PVC, polietileno reticulado
(PEX/PER), polietileno de alta densidade (PEAD) ou polipropileno (PP). A ligação entre
tubos pode ser por rosca (mais em tubagens metálicas e até de PVC), por colagem, encaixe
rápido ou por fusão – aquecimento (tubagens termoplásticas). O artigo 28 do RSPDADAR,
aborda este assunto.
A tubagem termoplástica pode ser usada para o abastecimento de água quente, devendo-se
seguir as temperaturas máximas definidas pelos fabricantes. Contudo convém salientar que
ao longo do tempo de uso, com o decorrer dos anos, as pressões nominais tendem a reduzir
em função da temperatura (entre 2 a 3%). Quanto maior for a temperatura da água a
distribuir, maior é essa redução ao longo dos anos. A tubagem termoplástica não deve ser
usada em sistemas de abastecimento de água para combate a incêndios.
Quanto aos acessórios, é sempre aconselhável a utilização de acessórios (curvas, uniões, tês,
bujões, extremidades roscadas, etc.) do mesmo fabricante. Na tubagem termoplástica, as
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fig. 3 – Aspecto do tubo PPR, verde, assim como de alguns acessórios com rosca metálica
Quadro 1 – Caudais instantâneos mínimos ( Qi) de acordo com o Anexo 4 do Regulamento de Sistemas
Prediais de Distribuição de Água e de Drenagem de Águas Residuais (RSPDADAR)
Os valores acima representados são válidos tanto para a rede de água fria como da rede de
água quente.
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Tal como foi já mencionado, tendo em conta a improbabilidade de numa mesma edificação
todos os dispositivos estarem simultaneamente em funcionamento, os caudais utilizados e
que servem de base ao dimensionamento das canalizações (caudais de cálculo Qc),
traduzem-se pelo somatório dos caudais instantâneos Qi, proporcional ao que se denomina
caudal acumulado (Qa) que pressupõe o funcionamento simultâneo dos dispositivos:
Qa = ∑Qi ; Qc = k Qa
Em que K = coeficiente de simultaneidade;
No presente curso vamos abordar este coeficiente fazendo uso do método preconizado no
Regulamento em vigor em Moçambique, aprovado no ano de 2004.
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O dimensionamento das tubagens pode ser feito pelas fórmulas estudadas na disciplina de
Hidráulica, escoamentos em pressão.
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Para tal, poder-se-á proceder ao sucessivo cálculos dos diferentes troços de tubagem que
constituem o sistema, a partir da fixação de valores para a velocidade de escoamento
(denominado o método das velocidades), ou a partir das perdas de carga admissíveis para o
percurso considerado (método das perdas de carga).
O Quadro 3 permite conhecer para diferentes caudais de cálculo, as velocidades (v) e perdas
de carga unitárias em função dos diâmetros da tubagem (i). As perdas de carga que constam
neste quadro, estão incrementadas de mais 20% correspondentes às perdas de carga
localizadas. Todos os valores contidos no quadro, são para tubagem de ferro preto (FP). Para
que se conheça nesse quadro a perda de carga para tubos de cobre ou PVC, pode-se numa
primeira aproximação tomar as reduções nas perdas de carga contínuas que consta no
Quadro 2 deste documento deste documento.
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Toda a água consumida deve ser medida. A medição dos consumos de água deve ser feita
através de aparelhos de medição, designados por contadores, que medem e registam o
volume o volume de água passado pelo seu interior. Os contadores devem localizar-se no
interior dos edifícios, devendo ser posicionados por forma a facilitar a leitura e as operações
de manutenção e conservação, devendo estar localizados sempre a um nível superior ao dos
pavimentos.
Nos condomínios de habitação por exemplo, deverá ser instalado um contador logo à entrada
do complexo que fará a medição de toda a água que entra a partir da rede. No entanto, à
entrada de cada apartamento desse condomínio, será instalado outro contador. Estes últimos
registam o volume que cada apartamento consome. A soma dos volumes dos contadores dos
apartamentos deduzido ao volume registado no contador de entrada do condomínio
corresponde ao volume de água utilizado para serviços comuns (rega de jardins, lavagens de
partes comuns, combate a incêndios etc.).
Como o calibre dos contadores depende do caudal de cálculo, é natural que o contador
comum tenha um calibre superior ao calibre dos contadores dos apartamentos (normalmente
Ø ¾”). O RSPDADAR, no seu Cap. IV, Secção III, aborda a questão dos contadores.
Os contadores são por norma designados pelo caudal nominal, ao qual corresponde por um
determinado diâmetro nominal (DN).
Deve-se escolher o calibre do contador para que a perda de carga localizada não exceda os
25 kPa se estivermos a considerar o caudal nominal, ou 100 kPa se estivermos a relacionar
com o caudal máximo. De acordo com estas considerações e apesar de não constar no
regulamento em vigor a forma de definir o calibre do contador, é comum usar-se o quadro
que consta na tabela e que define os calibres dos contadores (considerando ligações roscadas
ou flangeadas), em função do caudal nominal.
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Antes e depois de cada contador, deverá ser instalada uma válvula de corte;
A jusante do contador e para que nunca haja retorno da água no sentido inverso,
deverá ser colocada uma válvula de retenção de secção igual ao diâmetro da conduta
de alimentação.
1.2.8.1 – Generalidades
A correcta concepção e o correcto dimensionamento de um sistema destinado à produção e
distribuição de água quente, implicam uma definição adequada das necessidades previsíveis
dos utentes a servir, as quais dependem da temperatura da água distribuída, dos caudais
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Uma instalação de água quente destinada a consumos domésticos, tem por função satisfazer
as necessidades dos utentes em termos de água quente e compreende a produção
propriamente dita, distribuição e fornecimento.
O volume de consumo de água quente num edifício será função do tipo de ocupação do
edifício (residencial, hoteleiro, escolar, etc.), do número de utentes, do número de
dispositivos de utilização instalados e do nível de conforto pretendido.
A determinação dos consumos de água quente para fins domésticos e sanitários não é
estabelecido através de fórmulas matemáticas mas sim através de um tratamento estatístico
das probabilidades de consumo, ou tomando como base valores experimentais. Os valores
dos consumos variam muito quer no decorrer do dia quer em termos do dia da semana, quer
ainda em termos do mês do ano.
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para além das válvulas de descarga (para vazar este reservatório) e de segurança (que abre
quando as pressões sobem para além das admissíveis), devem ser colocadas válvulas de
vácuo, uma à entrada e outra à saída.
As canalizações de água quente devem ser isoladas, por forma a reduzir as perdas de calor
ao longo do seu comprimento.
Figura 6 – Diferentes tipos de termoacumuladores: alimentados por energia solar, eléctrica e caldeira
Neste caso, podem ser centrais de água quente (caldeiras) que são sistemas geradores
de água quente do tipo “acumulação” localizadas num único ponto do edifício, com
um queimador atmosférico ou queimador mecânico acoplado, com a distribuição
desta água aos pontos de consumo feita, necessariamente, via rede hidráulica de água
quente. Estas caldeiras podem por vezes ser alimentadas a lenha, embora não seja
muito usual.
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Para que não haja retorno de água quente na conduta de água fria (de alimentação) quando
esta deixa de estar em pressão, torna-se necessário prever à entrada, a instalação de uma
válvula de retenção, para além da válvula de corte. A temperatura do pressostato no
termoacumulador pode ser regulada para 65º C.
No entanto, há casos que faz sentido aumentar essa temperatura, de modo a obrigar o utente
a misturar mais água fria reduzindo o consumo de água já aquecida. Assim, a quantidade de
água pode dar para mais consumidores, que façam uso da água quente de forma consecutiva.
A forma de instalar um termoacumulador é de grande importância.
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1.2.8.2 - Consumos
Os consumos de água quente por cada tipo de aparelho sanitário não são determinados por
fórmulas matemáticas mas por meio através de um tratamento estatístico das probabilidades
de consumo.
Estes consumos não só variam nas horas do dia a considerar, dias da semana e mesmo ao
longo dos meses do ano (no verão o consumo de água quente é inferior que no Inverno por
exemplo).
São valores indicativos, mas o seu dimensionamento pode variar de caso a caso, dependendo
dos factores já mencionados, para além de outro também de fundamental importância: o
nível social das populações ou utilizadores a quem se destina a edificação ou edificações.
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O dimensionamento das redes de transporte de água quente, é feito da mesma forma que as
redes de dimensionamento de água fria, sendo por isso necessário conhecer os caudais
instantâneos. Esses consumos podem ser estimados tendo em conta os valores que se
apresenta na tabela abaixo mencionada.
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1.2.9.1 – Generalidades
Grande parte das vezes, a construção dos edifícios em altura e a fraca pressão da rede
pública, faz com que seja necessário armazenar água em reservatórios localizados em pontos
mais baixos, para que depois possa ser elevada, por meios mecânicos, de um determinado
ponto, normalmente reservatório, para outros mais elevados. O destino pode ser outro
reservatório, que distribui água para a rede por gravidade, ou mesmo directamente aos
dispositivos de utilização, sem passar por outro reservatório.
Uma das formas de distribuir água às instalações prediais, é por gravidade. Nestes casos,
deverá o sistema ser provido de um reservatório elevado que permite abastecer os diferentes
dispositivos de utilização, a pressões consideradas de conforto. Acontece porém, que várias
são as vezes que a pressão de água na rede pública não consegue abastecer este reservatório
elevado, sendo por isso necessário construir ou instalar um outro reservatório, num ponto
inferior, que receba água e a armazene, para que possa depois ser elevada. O sistema
mecânico utilizado permite que, por transformação de energia, a bomba consiga colocar no
reservatório superior, a água que será depois distribuída por gravidade.
Deverá ter-se em atenção a gestão dos níveis nos reservatórios para que a(s) bomba(s)
funcionem devidamente e sem trabalharem em vazio ao nível do reservatório inferior, ou a
água transborde no reservatório superior. Um conjunto de boias eléctricas que controlam os
níveis num e noutro reservatório resolvem o problema.
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Deve-se considerar também um factor de segurança de 50%. Assim, é usual assumir que a
bomba a dimensionar deverá ter os seguintes tempos de funcionamento diário:
Assim, para um apartamento de 6 pessoas, de acordo com o ponto 1.2.2 deste documento,
que corresponde a um consumo de 750 litros/dia + 50% = 1.125 litros/dia. O caudal da
bomba seria 250 litros/h se fosse exclusivamente para o apartamento. Os passos para
dimensionar a bomba teriam de ser os seguintes:
Neste caso, a bomba fará o abastecimento directo de água aos dispositivos de utilização, a
partir do reservatório inferior. O dimensionamento agora deixa de ter como relevante a
quantidade de água diária a abastecer a instalação predial. Como a bomba debita
directamente aos dispositivos de utilização, então é importante conhecer a quantidade tipo
de dispositivos que serão abastecidos, de modo a permitir conhecer o caudal de cálculo da
bomba.
Assim, para conhecer o caudal de cálculo da bomba, deverá ser seguido o que vem disposto
no subcapítulo 1.2.4, pois deve ser adoptado para a bomba, o caudal de cálculo da conduta
logo a jusante da mesma.
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2. – Tendo como base o caudal acumulado (Qa), conhecido a partir da soma dos
caudais instantâneos (Qi), determina-se pela figura 5 o caudal de cálculo (Qc);
3. – Usando o Quadro 3 dos Apontamentos, pode-se escolher o diâmetro da tubagem
a aplicar (aspiração e compressão);
3 – Se o material for diferente do ferro preto, então aplicar factor de redução das
perdas de carga, usando o Quadro 2;
4 – Com o valor das perdas de carga unitárias (reduzidas ou não) retiradas do Quadro
3 e conhecido o comprimento total da tubagem (aspiração + compressão até ao ponto mais
desfavorável), calcular as perdas de carga totais;
5 – Calcular o desnível geométrico entre o nível de água do reservatório inferior e o
dispositivo de utilização localizado no ponto mais alto, acrescida da pressão a disponibilizar
nesse ponto mais alto;
6 – Adicionar ao desnível conhecido em 5, o valor das perdas de carga total
calculado em 4. Esse representa a altura manométrica total da bomba;
7 – Pode-se de seguida estimar a Potência da bomba, tendo em conta o seu
rendimento.
O traçado das condutas prediais de água deve ser constituído por elementos rectilíneos,
horizontais e verticais, ligados entre si por acessórios apropriados. Antes de se colocar a
tubagem, deve ser elaborado um plano de assentamento, evitando-se ao máximo o número
de acessórios que irão introduzir uma maior perda de carga localizada. Além disso, todas as
tubagens devem ser assentes com uma ligeira inclinação (0,5%) para favorecer a circulação
de ar no interior das canalizações.
fig. 10 – Posicionamento das redes de água fria (baixo) e quente (cima) numa WC
Algumas das regras construtivas que devem ser tomadas em consideração são as seguintes:
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As canalizações de água quente devem ser colocadas paralelas à de água fria, do lado
superior e nunca por baixo destas, sendo a distância mínima entre as canalizações de
água quente e fria de 5 cm;
As tubagens de água quente que fiquem à vista devem obrigatoriamente ser isoladas
com materiais de baixa condutibilidade térmica (telas de polietileno, borracha, etc.).
No caso de tubagens embutidas, aconselha-se sempre que sejam revestidas, embora
não seja obrigatório. O tubo de PVC não necessita de isolamento dado o bom
isolamento térmico;
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O capítulo VI, Secção I do Regulamento, dá-se destaque em alguns artigos (65 a 70) ao
dimensionamento dos reservatórios, assim como alguns aspectos construtivos (artigo 68). Há
algumas precauções construtivas a ter em consideração no dimensionamento e implantação
dos reservatórios, podendo-se salientar as seguintes:
Devem ser implantados para que a sua inspecção e manutenção não ofereçam
quaisquer dificuldades;
A entrada de água num reservatório deverá ficar localizada pelo menos 5 cm acima
do nível máximo de água e equipada com uma válvula que interrompa a alimentação,
quando for atingido o nível máximo de armazenamento (boia mecânica) ou outro
sistema de corte como por exemplo boia eléctrica;
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Fig. 12– Alguns dos tipos de válvulas que frequentemente se usa nas instalações prediais
Tal como mencionado no ponto 1.2.9.1, as instalações de elevação têm como objectivo,
elevar água, por meios mecânicos, de um determinado ponto, normalmente reservatório,
para outros mais elevados. As disposições construtivas constam no artigo 72 do
Regulamento. Para além das regras que constam neste artigo, deve-se acrescentar:
As bombas de água devem ser escolhidas tendo em atenção especial dois pontos: o
caudal de cálculo e a pressão exigida pela instalação;
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Nas condições actuais das redes públicas no país, não é permitido que se instale
bombas de água que aspire água directamente da mesma. Embora haja dispositivos
que permitam controlar o funcionamento da bomba a partir das pressões da rede (não
arranca por exemplo a bomba sempre que a rede tenha pressões baixas), a verdade é
que a distribuição de água tanto nos grandes centros urbanos como nos rurais é feita
só durante algumas horas do dia;
Por forma a proteger a bomba do choque hidráulico, deverá ser colocada sempre a
montante desta (na conduta de compressor, logo depois da bomba), uma válvula de
retenção de igual diâmetro ao da conduta. Também por causa desse fenómeno, é
muito frequente o uso hidropressores de diferentes volumes, que ajudam de forma
eficiente o funcionamento da bomba, regulando o pára-arranca, balanceando
pressões na conduta;
Sempre que se montam duas bombas iguais (e que não estejam associadas em série
ou paralelo), tem que se ter uma atenção especial para que elas possam trabalhar
alternadamente (uma e depois a outra) ou então que cada uma delas funcione por um
determinado tempo (pode-se comandar a alternância por meio da instalação de um
relógio no quadro eléctrico), para que uma delas não fique parada por muito tempo.
Caso não funcionem dessa maneira, então a bomba de reserva deverá ser
periodicamente accionada, de forma manual, garantindo a sua operacionalidade em
caso de necessidade;
Nas instalações em que se dimensione uma bomba de incêndios (ou grupo de duas
bombas para esse efeito), há o perigo destas ficarem também durante longos períodos
sem funcionarem. O mesmo procedimento que descrito no ponto anterior, deverá ser
considerado para estas bombas. Pode-se ao nível do projecto, pensar num “by-pass”
que seja fácil de operar manualmente e que permite com a simples abertura de uma
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Se a bomba for dimensionada a partir dos consumos diários, deve-se considerar que
o tempo efectivo de trabalho não deverá ser superior a 12h;
Fig. 14 – Bomba de água com hidropressor, bomba sem hidropressor e aparelho de controle de pressão, que
substitui o hidropressor
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2.1.1 – Introdução
Este tema será abordado na generalidade, realçando-se os aspectos relevantes a ter em conta
no que diz respeito ao projecto de redes de incêndio em edifícios. Não deverá ser detalhado
o aspecto do cálculo hidráulico em si, visto que ele não difere do cálculo hidráulico de
condutas em pressão, abordado na Parte A do presente curso. É no entanto importante
resumir a informação existente e dar aos engenheiros civis os elementos básicos que
facilitarão elaborar um projecto de uma rede de combate a incêndios.
Já que no país não há muita legislação em vigor relacionada com a prevenção e combate a
incêndios, passa-se a fazer uma abordagem generalizada sobre a matéria.
2.1.2 – Generalidades
Para darmos uma ideia do que deve ser o espírito da prevenção, torna-se necessário definir
exactamente o incêndio, logo que este se declare.
Do ponto de vista da prevenção, há incêndio, ou risco de incêndio, toda a vez que uma causa
qualquer provoca inflamação ou aumento de temperatura capaz de causar perigo, seja de
materiais ou mercadorias, numa habitação, estabelecimento industrial ou comercial,
desportivo ou mesmo cultural.
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Como engenheiros, antes mesmo de nos ocuparmos com a forma de combater o incêndio,
é fundamental estudar as formas de prevenção. Para isso, e como forma de alcançar a
máxima eficiência, faz parte desse estudo:
A prevenção de incêndio, portanto, pode ser vista como um conjunto de providências, desde
as mais simples, como conservação, limpeza, até as mais complexas, como instalações
automáticas de combate a incêndio, sistemas automáticos de detecção, ou ainda sistemas
inibidores de explosões.
Ela está fundamentada no bom senso, experiência e técnica, onde muitas são as áreas que
intervêm de modo que o projecto seja concebido de forma a minimizar o risco de incêndio.
Por exemplo, a arquitectura do edifício ou área onde será implantado são de extrema
importância. O técnico que está envolvido no projecto deverá tomar em consideração em
função do tipo de edifício ou infra-estrutura que tem que conceber, os materiais de
construção que irá aplicar, o uso ou não de sistemas de corta-fogo tais como paredes ou
portas corta-fogo, utilização de vidros duplos aramados, a forma como é feita a
compartimentação para retardar a propagação do calor, meios de evacuação (escadas
enclausuradas, saídas de emergência), elevadores de segurança, áreas de refúgio, passarelas
e pontes de ligação, construção de um heliporto no caso de termos edifícios públicos, com
grande concentração de utentes, etc.
O Engenheiro Electrotécnico tem que conceber um sistema que permita por exemplo manter
uma iluminação alternativa para os serviços de emergência (saídas, elevadores) assim como
a alimentação das bombas de incêndio, sabido que é que, quando deflagrado, normalmente a
energia fornecida pelo quadro eléctrico é a primeira a sofrer cortes, devido ao aquecimento
das suas componentes.
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A água é por excelência, a substância mais utilizada na extinção de fogos, não só por ser um
dos meios mais económicos para esse efeito, mas também pela sua grande capacidade de
absorção de calor, requisito que lhe confere a reconhecida eficácia no combate a incêndios.
Assim, o Engenheiro Hidráulico tem também um papel preponderante a nível de concepção
de sistemas de combate a incêndios. A definição de uma ou mais redes internas de
distribuição de água, cálculo do volume de armazenamento de água e a forma de fazer
chegar a água aos pontos de distribuição (normalmente sistema de bombagem) são de
fundamental importância para o combate a incêndios, já que a grande parte destes são
combatidos com água em pressão.
Ao contrário do que se pode julgar, dependendo do tipo de materiais que estão a arder, a
água pode não ser o meio mais eficaz para combater o incêndio. Há materiais combustíveis
cujo incêndio pode ser apagado com diversas substâncias incluindo a água, como é o caso da
madeira, papel e tecidos, mas há outros cujo incêndio só pode ser contido e apagado com
produtos especiais, como ocorre com o álcool, solventes, espuma, Freon 1301 e Hallon 1301
(gases tromo-trifluormetano), gás carbónico (bióxido de carbono), pó químico seco (em
extintores portáteis), etc.
Fig. 15 – Combate ao incêndio pode fazer-se por jacto de água ou aspersão (sprinklers)
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Não é frequente dimensionar-se um sistema interno de incêndios para uma moradia isolada
por exemplo. Os sistemas de incêndio começam a ter fundamento quando se trata de
complexos residenciais, escolas, teatros, cinemas, hotéis, restaurantes, ginásios, etc., isto é,
em locais onde haja a possibilidade de se concentrar um grande número de pessoas.
Artigo 17º
1. - Os consumos de água para combate a incêndios, são função do risco da sua ocorrência
e propagação na zona em causa, à qual deve ser atribuída um dos seguintes graus:
Grau B – zona urbana de considerável grau de risco, constituída por construções de grande
porte, destinadas para fins residenciais, de equipamento social e de serviços e construções
de fins hoteleiros, comerciais e de serviço público, ou por construções antigas ou ainda com
ocupação essencialmente comercial e de actividade industrial que armazene utilize ou
produza materiais explosivos ou altamente inflamáveis.
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Os Artigos 18º, 19º e 20º referem-se igualmente ao combate de incêndios mas sem
informação relevante para o dimensionamento das redes em edificações. Embora estes
números possam servir como indicativos, não é correcto considerar estes caudais para o
dimensionamento de redes em sistemas prediais.
A Norma Portuguesa é bem mais clara no que diz respeito aos valores de dimensionamento
(NP4386, actualizadas em 2001), e uma vez não existir regulamentação específica para o
país relacionado com esta matéria, pode ser usado este documento para o dimensionamento
de redes prediais, que estipula que cada boca de incêndio respeite os seguintes parâmetros:
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Por norma, o caudal a assegurar nos diferentes sistemas prediais de combate a incêndios
deve ser de forma a garantir nos dispositivos de utilização, de acordo com as suas
características, um caudal instantâneo mínimo que assegure um desempenho funcional
satisfatório: bocas-de-incêndio de Ø 45mm ou Ø 50mm, 3 l/s e para bocas-de-incêndio
de Ø 25mm, 1,5 l/s. Admite-se que num edifício não haverá mais do que quatro bocas-
de-incêndio a funcionar em funcionamento simultâneo.
Tendo estes valores como partida e considerando ainda que a pressão ideal na boca de
incêndio deverá ser maior ou igual a 250 kPa (2,5 kgf/cm2), o dimensionamento
hidráulico da rede pode ser calculada pelas equações usadas para o cálculo de condutas
em pressão (Manning-Strickler, Chézy, Darcy-Weisbach, etc).
Fig. 16 – Carretel de combate a incêndio, com ou sem armário, assim como uma boca de incêndio
O combate de incêndios de forma automática, são formadas por canalizações fixas instaladas
nos edifícios, que permitem alimentar aspersores (sprinklers), os quais são accionados
automaticamente sem qualquer intervenção do operador. Este tipo de disposição será
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colocada de forma a permitir que a zona a proteger, seja toda ela coberta pela instalação
deste tipo.
Este tipo de rede, deverá estar permanentemente em carga, isto é cheia de água. Os
sprinklers estão providos de um sensor térmico. Esse sensor controla a saída de ar no interior
do dispositivo. Com o aumento da temperatura a um determinado valor, esse sensor liberta o
ar que estava a impedir a abertura da válvula de controlo da água. Com a libertação do ar, a
válvula abre-se e permite a aspersão da zona protegida.
Cada sprinkler deverá cobrir uma determinada área, sempre em função das diferentes classes
de risco. No quadro seguinte, consta a área máxima de cobertura por sprinkler:
Tendo em conta o que acima foi mencionado, o ISP (Instituto de Seguros de Portugal),
considera o número de sprinklers e funcionamento deverá ser considerado o seguinte:
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N = 1,2 A01/2/Es
Onde:
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A forma esquemática do traçado de uma rede de incêndios composta por sprinklers, pode ser
verificada na imagem abaixo:
Q = caudal (l/min);
K = constante do sprinkler que depende do seu diâmetro: 57, 80 ou 115, em
função do calibre de 10mm, 15mm ou 20mm respectivamente)
P = pressão (KPa)
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Os valores da densidade podem ser encontrados nas tabelas que abaixo estão reproduzidas.
As unidades da densidade, é l/min.m2. A densidade não é mais do que o caudal necessário
por cada m2.
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Os ramais principais das redes independentes para combate a incêndios, deverão ter
no mínimo 2” de diâmetro e são normalmente compostas por condutas metálicas
(podem ser em uPVC mas apenas nas partes enterradas ou embutidas. Sempre que
estejam á vistas não se pode usar condutas que não sejam metálicas – normalmente
de ferro galvanizado)
As bocas-de-incêndio a instalar na rede interior do edifício deverão estar situadas em
pontos de fácil acesso, de preferência nos locais de acesso aos compartimentos; (em
prédios os locais ideais são as escadas, corredores);
Junto de cada boca-de-incêndio deverá estar um armário devidamente identificado
onde constará uma mangueira e respectiva agulheta, para combate ao incêndio;
As bocas-de-incêndio podem ser colocadas na prumada da tubagem de incêndio (em
edifícios de mais do que dois pisos) ou podem ser pontos terminais da tubagem.
Nestes casos, a boca deverá ficar assente numa ponta de tubo metálico, com altura
máxima de 1m. Deve ser pintado a vermelho para melhor identificar a sua
localização. Devem estar situadas de forma a assegurar uma fácil adaptação da
mangueira (caso esta esteja separada da boca de incêndio), com um comprimento
total de 30m;
Sempre que a mangueira não fique ligada permanentemente à boca, isto é, a
mangueira seja assente separada da boca-de-incêndio, a ligação desta deverá ser do
tipo de “engate rápido”;
A mangueira normalmente deverá estar provida de acessório de redução de 2” para 1
½”, ( caso seja 2” a secção da conduta de incêndio), que é o diâmetro da mangueira.
A agulheta tem normalmente ½” de diâmetro
CONCLUÍNDO:
É importante que os projectos sejam analisados caso a caso, para que se possa decidir
se será ou não necessário um sistema hidráulico de combate a incêndios e em caso
afirmativo, qual o tipo de sistema será mais conveniente usar em cada um deles. O
factor economia é muito importante mas sem descurar a segurança de pessoas e bens.
O bom censo e a capacidade de se avaliar todos os cenários possíveis de combate a
incêndios em função da natureza da obra, poderá levar a soluções intermédias menos
dispendiosas e que possam no entanto garantir a segurança mínima exigida.
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3.1 – INTRODUÇÃO
3.1.1 – Generalidades
Os caudais que afluem às redes de drenagem das águas residuais, são avaliados em cerca de
90% dos consumos domiciliários, definidos pelas respectivas capitações para se ter em conta
as fugas de água de abastecimento que não chegam às redes de esgoto.
Normalmente, as águas residuais domésticas são escoadas por redes gravíticas, isto é, o
escoamento se processa por gravidade. Há no entanto situações em que a drenagem pode ser
feita com elevação, ou seja, o escoamento é elevado por meios mecânicos a partir da zona
que se pretende drenar para o ponto de descarga, estando o escoamento a processar-se sob
pressão.
Caixa ou câmara de
inspecção Colector público ou fossa séptica
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Caixa ou câmara de
inspecção Caixa de bombagem
Nas situações em que se verifiquem num mesmo edifício recolhas de águas residuais a
níveis superior e inferior ao do arruamento onde está instalado o colector ou posicionada a
fossa séptica, deverá proceder-se de acordo com os requisitos atrás especificados, para cada
uma das situações, na condução dos caudais até à câmara do ramal de ligação e a partir daí,
proceder à sua condução por gravidade até ao colector público de drenagem ou então à fossa
séptica. Em situação alguma o escoamento deverá entrar em pressão quer no colector, quer
na fossa.
Com o desenvolvimento dos grandes centros urbanos e como forma de não contribuir para a
contaminação dos solos com a descarga de águas residuais através dos drenos, são
desenvolvidos projectos de sistemas públicos de recolha de todas as águas residuais
produzidas, sendo estas encaminhadas para centros de tratamento (chamadas Estações de
Tratamento de Águas Residuais – ETAR). Daí são descarregadas ao mar ou rio, já com uma
qualidade que não causa problemas ambientais, não constituindo perigo para a saúde
pública.
Com o tratamento de forma colectiva nas ETAR´s, nas áreas que são abrangidas por este
tipo de tratamento deixa de ser necessário a construção de fossas sépticas e respectivos
drenos, devendo todas as águas residuais prediais ser encaminhadas para o colector público
que farão o encaminhamento das águas para os locais de tratamento.
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Uma parte da zona de cimento da cidade de Maputo possui um sistema público de recolha
das águas residuais e pluviais. Estas são drenadas para o vale do Infulene, onde está
construída uma estação aeróbica de tratamento de águas residuais, a funcionar com bastantes
deficiências.
3.2 – DIMENSIONAMENTO
No antigo regulamento por exemplo, (que era utilizado até à entrada em vigor do actual),
não era feita qualquer referência às fossas sépticas. No entanto existiam normas adoptadas a
nível nacional (pelo respectivo Ministério de tutela ou Conselhos Municipais) sobre os
volumes e capacidades das fossas sépticas. Outro exemplo que se pode dar, onde se nota a
importância desses documentos complementares é que até então, era comum a separação das
redes que drenam as águas negras (provenientes das bacias de retrete) das restantes águas,
nas zonas onde não passa o colector público.
As águas negras eram então encaminhadas para as fossas sépticas de volumes variáveis e as
restantes directamente para o dreno. Das fossas, as águas depois de pré-tratadas, são
canalizadas também para o dreno, onde se infiltram no solo.
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Uma das medidas que o novo regulamento prevê, é que nas zonas onde já tenha sido
instalada uma rede pública de drenagem de águas residuais, os edifícios sejam desprovidos
de fossas sépticas e drenos. Pelos artigos 156 e 188, passa a ser obrigatório que as redes de
águas residuais domésticas dos edifícios abrangidos pela rede pública sejam ligadas a esta,
devendo ser desactivadas todas as fossas sépticas, limpas e aterradas. É no entanto
necessário notar que antes de haver colector público, o sistema era composto por duas redes
distintas, nomeadamente a das águas negras e a das águas brancas. Desactivar as fossas e
ligar os ramais que a elas chegavam directamente ao colector não resolve parte do problema,
já que se deve prever também a ligação do ramal que termina no dreno (o das águas
brancas). Deveriam ser desactivados os dois (fossa e dreno). Há ainda o problema de cotas a
considerar. Poderá acontecer (não é pequeno o número de casos) que a cota de fundo das
caixas de saída das fossas sépticas ser inferior à cota do fundo do colector público e aí torna-
se impossível a ligação.
A grande maioria das edificações domésticas e industriais em todo o país, são drenadas por
estas duas redes separadas que foram já mencionadas. As grandes cidades do país, que são
as capitais provinciais (e não todas), estão dotadas de redes de drenagem de águas pluviais
(sendo constituídas por sarjetas, caixas intermédias e colectores) que drenam as águas da
chuva das zonas mais altas para as mais baixas. Estas redes não podem receber águas
residuais, já que as águas transportadas não sofrem qualquer tipo de tratamento.
Quadro 13– Resultados da pesquisa efectuada pelo INE em 2003 sobre as condições de saneamento
Já se passaram bastantes anos depois de 2003, mas não é significativa a alteração do quadro
atrás representado. Só a cidade de Maputo tem uma pequena zona que é abrangida por uma
rede de drenagem de águas residuais, para além da rede de drenagem das águas pluviais. A
cidade da Beira tem actualmente um sistema idêntico, mas as restantes vilas e cidades do
país carece ainda de um ou mais sistemas de tratamento centralizado de águas residuais.
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O nosso regulamento prevê que as águas provenientes das bacias de retrete e as águas de
sabão possam ser descarregadas nos mesmos ramais, desde que seja assegurada a adequada
ventilação secundária dos primeiros (artigo 113). Estas águas serão drenadas em conjunto
para o colector público, sem que esteja prevista qualquer tratamento prévio das águas (não é
permitida a construção de fossas sépticas sempre que haja colector público). Assim, a
primeira questão que se coloca é saber até que ponto a estação do Infulene (única ETAR da
cidade de Maputo) está preparada para tratar as águas residuais que a ela chegam.
Outra medida que o novo regulamento prevê e que vem referida no artigo102, vem expresso
que os sistemas prediais de águas residuais domésticas, quando não exista drenagem pública,
devem obedecer a todas as disposições do regulamento até à câmara de ramal de ligação,
isto é, as águas das bacias de retrete e as outras devem continuar a ser misturadas, só que em
vez de ligarem ao colector público, serão ligadas a uma fossa séptica e respectivo dreno.
Então, a segunda questão que se coloca é se esta mistura que até há pouco tempo era
considerada prejudicial, deixa agora de o ser. Apesar de ser mais económico (há apenas uma
rede em vez de duas, mesmo considerando o aumento do calibre da tubagem), a qualidade
da água que chega aos drenos é de pior qualidade que a que chegava anteriormente, estando
este sistema a contribuir para a maior contaminação dos solos e água subterrânea.
Em relação a estas duas questões, aproveita-se o texto que vem no ponto 3 do artigo 102 do
novo regulamento que menciona: “enquanto não houver regulamentação específica, a
realização de sistemas autónomos de tratamento e desembaraçamento deve obedecer à
experiência adquirida na sua aplicação ou à garantia de qualidade da solução a
adoptar…”, e aconselha-se que seja sempre mantida a separação entre estes dois tipos de
água, nas zonas onde não exista um sistema público de recolha de águas residuais. O
previsto no novo regulamento para o dimensionamento das diversas componentes das redes
a dimensionar, disposições construtivas, natureza dos materiais, deverá ser
escrupulosamente cumprido.
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1- Sifão
2- Ramal de descarga
3- Tubo de queda
4- Ramal de ventilação
4 5- Coluna de ventilação
6- Câmara de inspecção
7- Colector predial
8- Câmara de ramal de ligação
3 1 9- Ramal de ligação
2
10- Colector público
9
7 10
6 8
Os ramais que recebem água dos aparelhos de utilização denominam-se ramais de descarga.
Estes devem ser constituídos por troços rectilíneos, ligados por acessórios apropriados
(curvas, forquilhas, caixas de pavimento, etc). Por estes ramais se escoam os caudais de
descarga de diferentes aparelhos e equipamentos sanitários instalados numa edificação.
Esses caudais são os que a seguir se descrimina no Quadro 14:
____________________________________________________________________
Qc = K. Qa
Em que:
Qc = caudal de cálculo;
K = coeficiente de simultaneidade;
Qa = Caudal acumulado
A determinação dos caudais de cálculo poderá ser feita através de métodos analíticos ou
através da via gráfica do regulamento, expressa pela curva apresentada no ANEXO 15 do
regulamento (figura 22):
____________________________________________________________________
O dimensionamento dos ramais de descarga é feito a partir das equações válidas para o
regime uniforme. Assim, os diâmetros são em função do tipo de material (rugosidade das
paredes interiores), do caudal de cálculo e da inclinação a dar ao ramal a dimensionar.
____________________________________________________________________
Os tubos de queda recebem as águas residuais que são drenadas pelos ramais de descarga.
Normalmente são tubos de traçado vertical, constituídos por um único alinhamento recto.
Nos pontos de mudança de direcção, estes tubos devem estar providos de curvas de
concordância e o valor da translação não deverá ser 10 vezes superior ao diâmetro da
tubagem.
Os tubos de queda devem ser dotados nos pontos de mudança de direcção, de bocas de
limpeza (também chamadas janelas de inspecção), de diâmetro não inferior ao seu e deverão
ser preferencialmente instalados em galerias de forma a facilitar a sua acessibilidade,
podendo em alguns casos estar embutidos em paredes devendo-se evitar o atravessamento de
elementos estruturais tais como vigas e pilares (no caso de ser mesmo inevitável, deve ficar
garantida a não ligação rígida dos tubos de queda a estes elementos, através da
interposição entre ambos de material que assegure tal independência).
O diâmetro dos tubos de queda não deve ser inferior ao maior dos diâmetros dos ramais que
para ele confluem, com o mínimo de 50mm, devendo ser esse diâmetro constante ao longo
de todo o seu desenvolvimento.
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ts – taxa de ocupação;
Ses – secção ocupada pela secção de esgoto;
Sar - secção ocupada pela secção de ar.
Se o sistema não possuir ventilação secundária, a taxa de ocupação descerá até 1/7, com o
aumento do seu diâmetro, de acordo com a tabela do quadro abaixo representada.
Como já foi referido, os tubos de queda deverão preferencialmente ser constituídos por um
único alinhamento recto na vertical, não sendo necessária a introdução de acessórios no seu
percurso para redução da velocidade de escoamento, já que verifica um certo equilíbrio entre
a força de gravidade e as forças de atrito, resultando uma velocidade designada por terminal,
a qual não depende da dimensão linear do tubo de queda.
em que:
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Os ramais de ventilação deverão ser constituídos por troços rectilíneos, ligados entre si por
curvas de concordância. Os troços verticais deverão prolongar-se de modo a atingirem uma
altura não inferior a 0,15m acima do nível superior do aparelho sanitário que ventilam (fig.
8)
Por outro lado, nos aparelhos em bateria, exceptuando bacias de retrete ou similares e no
caso de não existência de ventilação secundária, os ramais de ventilação colectivos devem
ser ligados aos ramais de descarga no máximo de três em três aparelhos (fig. 9).
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Fig. 25. – Bateria de aparelhos sanitários ligados à coluna de ventilação (não sanitas nem similares)
Já para as bacias de retrete ou aparelhos similares, deve ser sempre usada a ventilação
secundária, isto é, cada aparelho deve através de um ramal de ventilação, ser ligado à coluna
de ventilação.
O diâmetro das colunas de ventilação não deve decrescer no sentido ascendente. Como foi já
referido, um sistema de drenagem de águas domésticas terá sempre que possuir ventilação
primária, a qual será obtida através do prolongamento do tubo de queda até à sua abertura
para o exterior da edificação. È importante para isso que o escoamento no tubo de queda se
processe de forma anelar, assegurando assim no interior deste uma coluna destinada ao
escoamento do caudal de ar de ventilação.
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Assim, a determinação da secção das colunas de ventilação tem muito a ver com a
velocidade do ar no tubo de queda, caudal de água residual, caudal de ar no tubo de queda,
secção ocupada pela água no tubo de queda, velocidade terminal da água, taxa de ocupação,
assim como o comprimento do próprio tubo de ventilação.
O dimensionamento das colunas de ventilação pode ser feito a partir do quadro seguinte:
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O diâmetro dos colectores prediais não deve ser inferior ao maior dos diâmetros das
canalizações que para ele confluem, com o mínimo de 100mm e as inclinações dos mesmos
devem estar compreendidas entre 10 e 40mm/m. Os colectores devem ser dimensionados
para um escoamento não superior a ½ secção.
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O traçado destes ramais deverá ser, à semelhança de todos os outros, constituído por troços
rectilíneos, quer em planta, quer em perfil, podendo ser ligados à rede pública por inserção,
quer em câmaras de visita, quer directa ou indirectamente nos colectores públicos. A
inserção directa nos colectores públicos só poderá acontecer caso estes possuam diâmetro
superior a 500mm.
O diâmetro dos ramais de ligação prediais não deve ser inferior ao maior dos diâmetros das
canalizações que para ele confluem, com um mínimo de 125mm. As inclinações dos ramais
não deverão ser inferiores a 10 mm/m, sendo aconselhável que se situem entre 20 e 40
mm/m.
O destino final das águas residuais domésticas é a sua integração num meio aquático ou
terrestre, natural ou artificial, que não conduza a situações de poluição, permitindo, sempre
que possível a valorização dos resíduos.
O processo de tratamento privado dos efluentes domésticos mais generalizado no nosso país
é, sem dúvida, aquele que recorre às fossas sépticas, seguido de drenos filtrantes, quer
verticais quer horizontais. A selecção do tipo de dreno (considerados órgãos
complementares), depende de vários factores, tais como área destinada à implantação do
sistema, a existência de lençóis de água, topografia do terreno, tipo de solo, nível freático.
Uma fossa séptica é constituída por um ou vários reservatórios, onde as águas residuais
domésticas são mantidas, de modo a possibilitar que sejam sujeitas a uma acção mecânica
(sedimentação) e uma acção biológica (digestão anaeróbica ou fermentação séptica).
As águas residuais ao entrarem na fossa, deverão sofrer uma substancial redução na sua
velocidade, de modo a possibilitar que as matérias em suspensão que transportam, sob acção
do seu próprio peso, se separem do líquido e se acumulem no fundo formando lamas. As
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Logo, as fossas deverão ser concebidas para que a velocidade das águas residuais no seu
interior sejam inferiores à velocidade a que se dá o processo anteriormente referido, bem
como serem dotadas de meios físicos que impeçam a saída dos elementos flutuantes,
possibilitando que se dê adequadamente toda a acção mecânica.
Seguidamente estas substâncias retidas no interior das fossas (escumas e lamas), sofrem uma
acção biológica, a qual consiste na sua transformação de matéria orgânica em matéria
mineral, acompanhada de libertação de gases, processada através de uma fermentação do
tipo anaeróbico: esta transformação consiste na extracção por parte das bactérias do oxigénio
desses compostos, que ficam sem o oxigénio nas suas moléculas, o que implicará a
estabilização dessas matérias em maior ou menor grau, bem como numa significativa
redução de lamas em termos volumétricos.
Por este motivo, não deverão ser encaminhadas para as fossas grandes quantidades de
gorduras ou detergentes, uma vez que a acção bacteriana pode ser prejudicada, em maior ou
menor escala, em função dessas quantidades. Daí a razão das considerações feitas no início
deste capítulo no que diz respeito à junção dos dois tipos de águas (das bacias de retrete com
as restantes) quando se tem que projectar uma fossa séptica e nos casos de inexistência de
um sistema de drenagem público.
Tendo isto em conta, os projectistas deverão encaminhar para as fossas apenas as águas
residuais provenientes de aparelhos destinados a receber dejectos humanos, encaminhando
as águas saponárias ou de lavagens directamente para os meios complementares de
tratamento (no nosso caso, drenos).
Não deverão ser encaminhadas para as fossas sépticas as águas residuais pluviais.
No nosso país, para além das fossas pré-fabricadas, está aprovada pelas estruturas
competentes um modelo tipo que é constituído por dois compartimentos. As dimensões
dessa fossa dependem do número de utilizadores. No entanto, o novo regulamento define,
nos seus ANEXOS 26 e 27, a determinação das características dimensionais de fossas
sépticas (volume útil) em função de diferentes factores. É necessário que o ministério de
tutela e estruturas camarárias adaptem o modelo que está em vigor a esta nova forma de
cálculo.
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Tendo em consideração o cálculo do volume útil, pode-se adoptar a relação de medidas que
se apresenta na tabela seguinte:
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As fossas sépticas deverão ser instaladas junto à edificação ou edificações que servem, com
um mínimo afastamento destas de 1,5 m. As paredes das fossas devem ser construídas de
modo a que a sua estanquidade fique assegurada. No entanto, tendo em conta a ocorrência
de quaisquer fugas, deverão ser posicionadas de modo a garantir um afastamento da ordem
dos 3 m, de tubagens de abastecimento de água, árvores de grande porte e na ordem de 15m
de poços, fontes, furos de água, etc.
Deverão ainda ficar localizadas de forma a garantir um acesso fácil, tendo em conta a
efectivação das indispensáveis operações de limpeza e manutenção. Dentro deste contexto,
não deverão ficar enterrada a profundidades que ultrapassem os 0,5m, tendo sempre todas as
câmaras que a compõe, acessos para a entrada de quem precede à respectiva limpeza.
Só depois de tratada poderá a água ser restituída à natureza, sendo em muitos casos
armazenada para poder fazer-se o reaproveitamento para rega. (exemplo: Centro de
Conferências Joaquim Chissano, em Maputo). Em situação alguma esta água mesmo depois
de tratada poderá ser usada para consumo humano. É no entanto necessário que os caudais
produzidos de águas residuais justifiquem tal aplicação.
Estas ETAR compactas são dimensionadas em função do caudal de chegada. São conhecidas
por não precisarem de muito espaço para a sua instalação. No entanto, é indispensável a
construção de uma fossa séptica para fazer um pré-tratamento da água, não sendo possível
introduzir neste equipamento as águas “negras” directamente. As fossas sépticas deverão ser
limpas periodicamente.
Não raras vezes se verificam problemas relacionados com o entupimento das tubagens, nas
quais se escoam águas residuais com elevados teores de gorduras, provocados pela sua
aderência às paredes das tubagens, com a consequente redução das secções de passagem
chegando mesmo a haver uma completa obturação. Nestes casos, dever-se-á proceder à
verificação de auto-limpeza das tubagens de fraco declive, principalmente no caso em que se
trate de colectores prediais ou de ramais de ligação.
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Para que esta condição se verifique em termos satisfatórios, a tensão de arrastamento deverá
ser superior a 2,45 Pa, sendo calculada como a seguir se indica:
τ=γ.R.J
em que:
Um dispositivo retentor de gorduras deverá ser constituído por uma ou várias câmaras
retentoras de elementos pesados e uma câmara de retenção de gorduras, separadas ou não.
Estes elementos de retenção deverão ser instalados sempre que se verifique a existência de
instalações de confecção de alimentos em quantidade significativa (restaurantes, hotéis, etc.)
uma vez que, geralmente, os caudais drenados neste tipo de instalações transportam elevados
teores de gorduras.
Deverão ser cumpridas as disposições que constam no regulamento, Capítulo 6 Secção II.
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Fig. 29 - Planta e corte de uma caixa de retenção de gorduras em moradias (recolha das águas dos lava-
loiças e máquinas de lavar loiça)
As paredes laterais serão construídas de alvenaria ou manilhas de betão com juntas abertas,
ou orifícios, nas zonas de cota inferior à da descarga das águas residuais e estanque nas
zonas superiores.
____________________________________________________________________
Os poços de infiltração são constituídos por furos de diâmetro compreendido entre 1 e 3m,
sendo no entanto recomendável, para situações cujo dimensionamento conduza a diâmetros
de valor superior a 2m, recorrer à utilização de vários poços.
As paredes abaixo do nível de entrada das águas residuais poderão ser executadas em
alvenaria de tijolo, de pedra, de blocos de cimento ou por sobreposição de anéis de betão,
com juntas abertas (ver fig.30). Acima do nível do colector de entrada, as juntas dos
elementos constituintes das paredes deverão ser argamassadas como forma de garantir a sua
estanquidade e a sua altura deverá oscilar à volta de 1m.
Exteriormente, os poços devem ser envolvidos com material drenante (brita, escória, etc.)
de espessura não inferior a 0,15m. O fundo, deverá ser constituído pelo mesmo tipo de
material drenante, mas de espessura entre 0,40 a 0,60m.
Os poços devem ser dotados de cobertura que lhes possibilite o acesso, cuja concepção
deverá ser idêntica às tampas das câmaras de inspecção. No caso de serem necessários mais
do que um poço, estes deverão estar distanciados entre si, no mínimo 3 vezes o diâmetro do
maior.
Os poços deverão ser posicionados a jusante das fossas, com o mínimo afastamento das
habitações de 5m. Sempre que existam lençóis de água utilizável, o afastamento do poço ao
ponto de captação não deverá ser inferior a 50 m e a diferença de cota entre o fundo do poço
e o nível superior do lençol não deverá ser inferior a 25 m.
Os poços são dimensionados em função da capacidade de absorção do solo, que poderá ser
conhecida a partir de ensaios de percolação os quais deverão ser executados na zona
permeável do terreno.
P. Cp ≤ Qi . D . hp . л
Em que:
P = população (habitantes);
Cp = capitação de águas residuais (l/hab/dia);
Qi = caudal infiltrável no terreno (l/m2/dia);
D = Diâmetro do poço (m);
hp = Altura da camada permeável (m).
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Quadro 24 – Alturas úteis por utilizador, para diferentes diâmetros, caudais e tempos de infiltração
Nas situações em que não permita a utilização de meios complementares de tratamento que
possibilitem a infiltração no solo das águas residuais provenientes das fossas e dos
colectores prediais de águas “brancas”, devido à reduzida permeabilidade, poder-se-á
recorrer à adopção de trincheiras filtrantes (drenos horizontais e também chamados pé-de-
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galinha) como meio complementar de tratamento dessas águas. Esta solução consiste na
filtração dos efluentes no solo, através de um conjunto tubagem perfurada que é posicionada
na horizontal e que recebe as águas residuais da câmara de recepção e as drena para o solo.
No pais não existe regulamentação que estabeleça as condições para recepção dos sistemas
prediais de drenagem de águas residuais, as quais deveriam assentar na verificação da
conformidade do sistema com o projecto aprovado e na realização de ensaios de
estanquidade e de eficiência do funcionamento.
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4.1 – INTRODUÇÃO
Se existe sistemas públicos (de águas residuais domésticas e/ou de águas pluviais), a sua
ligação à rede pública de drenagem será feita com um ramal de ligação (se for um colector
público misto) ou dois ramais de ligação (se existirem dois colectores para cada um dos
tipos de água a escoar, nomeadamente residuais e pluviais).
Da chuva;
Da rega de jardins, lavagens de arruamentos, pátios, parques de estacionamento;
Circuitos de refrigeração e instalações de aquecimento;
Piscinas e depósitos de armazenamento de água;
Drenagem do subsolo.
A drenagem deste tipo de águas pode ser feita de forma gravítica, com elevação ou por meio
de sistemas mistos.
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4.3 – DIMENSIONAMENTO
Qc = K.I.A
Em que:
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A intensidade de precipitação deverá ser obtida a partir das curvas de intensidade, duração e
frequência, que fornecem os valores das médias das intensidades máximas de precipitação,
para as diferentes regiões pluviométricas do país, adoptando-se normalmente um período de
retorno mínimo de 5 anos, para uma duração de precipitação de 5 minutos.
As curvas são obtidas com base no tratamento estatístico de registos udográficos recolhidos
para as diferentes regiões pluviométricas consideradas, traduzidas através de uma expressão
exponencial do tipo:
I=a.tb
Em que:
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A altura da lâmina líquida no interior das caleiras e dos algerozes não deve ultrapassar 7/10
da altura da secção transversal, salvo se for assegurado que, em caso de transbordo, este não
será para o interior do edifício.
Para uma caleira de secção rectangular, a área e raio hidráulico (A e R) tomam asa
seguintes expressões:
Os ramais de descarga individuais poderão ser dimensionados para escoamentos com secção
cheia. As inclinações dos ramais de descarga não deverão ser inferiores a 5mm/m. O
diâmetro mínimo admitido é de 40mm. Se lhe são aplicados ralos de campainha então o seu
valor mínimo passa a 50mm. Os ramais de descarga podem ser dimensionados pela fórmula
de Manning-Strickler ou através do Quadro 27.
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O diâmetro dos tubos de queda não deverá ser inferior ao maior dos diâmetros dos ramais de
descarga que para ele confluem, com o mínimo de 50mm. O diâmetro deve
preferencialmente ser constante ao longo de todo o seu desenvolvimento.
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Os colectores prediais deverão ter um traçado constituído por troços rectilíneos, quer em
planta, quer em perfil. Quando enterradas, estas tubagens deverão ser dotadas de câmaras de
inspecção no seu início, nas mudanças de direcção de inclinação, alteração de diâmetro e
confluências. Quando instaladas à vista e garantindo o seu acesso, as câmaras de inspecção
poderão dar lugar a curvas de transição, forquilhas reduções e bocas de limpeza desde que
seja garantido o acesso para manutenção e limpeza. O afastamento máximo entre câmaras é
de 15m.
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Bibliografia:
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