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Universidade Federal de Sergipe

Centro de Ciências Exatas e Tecnologia


Departamento de Engenharia de Produção

Relatório de Gestão de Operações Industriais

João Victor

Marcus

Renato Dantas do Amor Neto

São Cristóvão – SE

Janeiro de 2021
Produção Enxuta – Contextualização e Estudos de caso

João Victor

Marcus

Renato Dantas do Amor Neto

Trabalho apresentado à

Universidade Federal de Sergipe

como parte da Disciplina de Gestão

de Operações Industriais

Prof. Dr. Emerson Cleister Lima Muniz

São Cristóvão – SE

Janeiro de 2021
Sumário

1 A PRODUÇÃO ENXUTA........................................................................................1
1.1 ORIGENS E PRECURSORES.............................................................................1
1.2 CONCEITOS...................................................................................................1
1.3 MÉTODOS, TÉCNICAS E FERRAMENTAS...................................................3
1.3.1 CICLO PDCA..........................................................................................................3
1.3.2 KAISEN..................................................................................................................4
1.3.3 JIDOKA..................................................................................................................4
1.3.4 KANBAN................................................................................................................4
1.3.5 5S..........................................................................................................................4
1.3.6 5W2H....................................................................................................................5
1.3.7 JUST IN TIME.........................................................................................................6
1.4 BENEFÍCIOS À PRODUÇÃO..........................................................................6
2 ARTIGO I - PRODUÇÃO ENXUTA: APLICAÇÃO DE LEAN EM UMA STARTUP
DE ALIMENTOS SAUDÁVEIS.......................................................................................6
2.1 APRESENTAÇÃO E METODOLOGIA............................................................6
2.1.1 Engajamento.........................................................................................................6
2.1.2 Estado Atual..........................................................................................................6
2.1.3 Estado Futuro.......................................................................................................7
2.1.4 Implementação.....................................................................................................8
2.1.5 Melhoria Contínua................................................................................................8
2.2 RESULTADOS E DISCUSSÃO.......................................................................8
3 ARTIGO II -............................................................................................................. 8
4 ARTIGO III -............................................................................................................ 8
5 ANÁLISE E DISCUSSÃO DAS IDEIAS DOS ARTIGOS.........................................8
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................8
7 BIBLIOGRAFIA.......................................................................................................8
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1 A PRODUÇÃO ENXUTA
1.1 ORIGENS E PRECURSORES
Nos anos 1980, o Massachusetts Institute of Technology (MIT), dos EUA,
fez uma pesquisa que mudou a gestão organizacional em boa parte do mundo.
Intitulada Motor Vehicle Program (IMVP), a pesquisa investigou, em cinco anos,
90 empresas automotivas em 15 países, envolveu 55 pesquisadores de 9
nações, gerou 116 monografias e custou 5 milhões de dólares, pagos por 36
organizações de 3 continentes. É considerada a maior pesquisa já feita sobre
indústrias no mundo (JONES; ROSS; WOMACK, 2004).
O objetivo era analisar e mapear a indústria automotiva global, pós crises
do petróleo da década de 1970. Naquela época, na década de 80, já se sabia
que as indústrias automobilísticas europeias e norte americanas dependiam de
técnicas quase inalteradas desde o sistema de produção fordista. Eram
práticas atrasadas com relação ao que se fazia no Japão, especificamente em
uma montadora: A Toyota tinha indicadores que permitiam dizer que era a
melhor de todas. Segundo JONES; ROSS e WOMACK (2004), os japoneses
adotavam métodos que, até então, “nem sequer tínhamos um nome” para
qualificar, muito menos estudos aprofundados.
O sistema de gestão desenvolvido pela Toyota, a diferenciava das demais
montadoras pois também se diferenciava do modelo de produção em massa,
vigente à época. O sistema da Toyota possibilitava a execução de processos
mais eficientes, produzindo mais e com menos falhas ainda que com menor
custo de produção.
A filosofia foi criada por Eiji Toyoda - membro da família que fundou a
montadora - em parceria com o engenheiro Taiichi Ohno, juntos estudaram o
modelo de gestão Fordista e constataram que não haveria aplicação prática
deste no Japão. Criaram, então, um modelo que focava na melhoria contínua e
na valorização de pessoal.
O sistema de produção Toyota foi documentado pela primeira vez numa
publicação interna feita pela própria empresa em 1973; já a versão em inglês
viria a ser publicada em 1977. O modelo foi batizado pelos norte americanos de
“lean”, que pode ser traduzido como “enxuto”, um sistema que produzia mais
utilizando menos. Ou ainda de acordo com o próprio modelo Toyota:
“Os processos corretos irão produzir os produtos corretos”

1.2 CONCEITOS
A Produção Enxuta, como já abordado, consiste na combinação de
conhecidas técnicas gerenciais para melhorar a qualidade e a quantidade da
produção, com menos custos envolvidos, isto é, aumentando a área do
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triangulo de restrição, diminuindo custos, sem aumentar o tempo de produção e


com um produto altamente competitivo.

Triangulo da restrição tripla

O conceito de produção enxuta pode ser definido segundo OHNO (1997)


como, a eliminação de desperdícios e elementos desnecessários a fim de
reduzir custos; a ideia básica é produzir apenas o necessário, no momento
necessário e na quantidade requerida.
A base para esse processo está interligada com a combinação de
técnicas gerenciais com a utilização de um maquinário avançado, combinando
as vantagens tanto do processo artesanal, quanto do sistema de produção em
massa.

Manufatura Enxuta X Produção em Massa X Artesanato

O principal foco do modo de produção enxuta está em otimizar os


processos de produção através de uma eliminação contínua de desperdícios.
Através dos seguintes pontos chave:
 Qualidade Total – Detecção e solução dos problemas em sua
origem;
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 Minimização do desperdício – Eliminação de todas as atividades


que não possuam valor agregado à cadeia produtiva (com
exceção das atividades de segurança);
 Melhoria Contínua – Redução de custos, melhora da qualidade,
aumento da produtividade e compartilhamento da informação,
ciclo PDCA;
 Processos Pull – A produção é guiada pela demanda, evita-se o
Work in Progress;
 Flexibilidade – Não há a linha de montagem padronizada, produz-
se em variedade sem comprometer a qualidade do produto;
 Respeito pelas Pessoas – Construção e manutenção de uma
relação de longo prazo com colaboradores e fornecedores.
Sabe-se que com uma concorrência mais agressiva e consumidores mais
exigentes o preço é determinado pelo mercado. Desta forma, observa-se que a
essência da manufatura enxuta está na busca incessante pela eliminação de
qualquer perda. De modo que a receita se mantendo, até certo ponto,
constante, então uma melhoria nos lucros seria dada por uma redução nos
custos
↑ Lucros=Receitas−↓Custos

1.1 MÉTODOS, TÉCNICAS E FERRAMENTAS


A metodologia do modo de produção enxuta é derivada dos princípios e
comportamentos conhecidos como Modelo Toyota. Esses princípios podem ser
definidos como a maneira de se produzir mais (ou melhor, ou em menos
tempo), utilizando menos recursos (insumos, pessoal, tempo ou moeda).
Para que estes princípios sejam alcançados, são utilizados diversos
métodos de gestão, estes são empregadas simultaneamente para que haja
impulsionamento no desenvolvimento da empresa, conforme disse OHNO
(1997), o importante é ter todos os elementos juntos como um sistema. Deve
ser praticado todos os dias de maneira muito consistente - não em jorros.
Existem centenas de ferramentas de gestão que podem ser aplicadas no
sistema de Produção Enxuta, porem aqui serão abordadas apenas sete.
1.1.1 CICLO PDCA
É uma ferramenta de gestão utilizada para controle e melhoria contínua,
seja de processos ou produtos. Sua aplicação consiste em quatro fases:
 Plan (Planejar): Seleção de um processo ou produto que
necessite melhoria, tendo suas medidas claras e executáveis;
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 Do (Agir): Implementação e acompanhamento do plano elaborado


na etapa anterior;
 Check (Checar): Análise dos resultados obtidos e, se necessário,
reavaliação do plano;
 Act (Agir): Caso tenha sucesso, o projeto é documentado e um
novo padrão é instaurado.

1.1.2 KAISEN
O Kaizen é uma ferramenta Produção Enxuta que visa melhorar todas
as partes de uma empresa através da padronização dos processos de
produção. É um método de melhoria contínua que, assim como o Ciclo PDCA,
busca a solução de problemas – como o desperdício, por exemplo – através de
mudanças nos processos empresariais.
1.1.3 JIDOKA
Essa ferramenta trata basicamente da inspeção do processo de
manufatura durante toda a sua execução - o processo de produção para
enquanto o problema não é resolvido - e não apenas no final do ciclo.
Prevenindo problemas e evitando danos maiores ao final da linha de
montagem.
1.1.4 KANBAN
Esse método foi projetado para eliminar o desperdício de estoque bem
como acabar com o excesso de produção, criando um equilíbrio produtivo. O
Kanban, que significa cartão, funciona através de um quadro com colunas e
cartões coloridos, onde as colunas representam os produtos ou os status de
fabricação do produto e as cores representam o nível de urgência para a
produção de cada produto, organizando assim o processo de fabricação.
1.1.5 5S
É um método de gestão de qualidade empresarial que visa aperfeiçoar
aspectos como organização, limpeza e padronização. Os princípios aqui
utilizados não se diferem de princípios de desenvolvimento humano. É
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implementado para que aspectos fundamentais da organização sejam


alinhados em um rumo à qualidade total
 Seiri – Senso de utilização: Através da separação de
necessário/desnecessário elimina-se do espaço de trabalho aquilo
que for inútil;
 Seiton – Senso de organização: Colocando cada coisa em seu
devido lugar organiza-se o espaço de trabalho de forma eficaz;
 Seiso – Senso de limpeza: Limpando e cuidando do ambiente há um
ambiente de trabalho mais asseado;
 Seiketsu – Senso de padronização: Criando normas há uma maior
segurança no ambiente de trabalho;
 Shitsuke – Senso de disciplina: Melhoria contínua.

1.1.6 5W2H
Funciona como um checklist administrativo de atividades, prazos e
responsabilidades na empresa. Tem como função definir o que será feito,
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porque, onde, quem irá fazer, quando será feito, como e quanto irá custar

1.1.7 JUST IN TIME


O Just in Time é um sistema que tem como objetivo reduzir ao máximo
os desperdícios decorrentes de um elevado estoque. É caracterizado por
produção por demanda – processo pull. A diminuição da quantidade de
fornecedores contribui para o fornecimento de insumos em pequenas
quantidades, gerando assim um fluxo constante na produção, que por sua vez
é caracterizada pelas exigências do cliente: o que ele quer, quando ele quer e
quanto ele quer. Observe que para o sucesso desse método faz-se necessária
a utilização da metodologia Kanban.

1.2 BENEFÍCIOS À PRODUÇÃO

2 ARTIGO I - PRODUÇÃO ENXUTA: APLICAÇÃO DE LEAN EM


UMA STARTUP DE ALIMENTOS SAUDÁVEIS
2.1 APRESENTAÇÃO E METODOLOGIA
O artigo aqui analisado se propôs a implementar o modo de produção
enxuta em uma startup de alimentos saudáveis. A execução de tal tarefa se
deu através da aplicação direta de algumas ferramentas desse modo de
produção, através de cinco etapas:
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2.1.1 Engajamento
Essa etapa tem por objetivo criar nos profissionais envolvidos o senso
de comprometimento para que haja sucesso na implementação do sucesso.

2.1.2 Estado Atual


Aqui faz-se a análise e tabulação dos dados atuais para posterior
comparação. São as informações do ambiente de trabalho, dos processos
envolvidos na fabricação bem como quais as principais máquinas envolvidas. A
produção é subdividida em quatro macroprocessos, são eles:

 Pré-Produção: Organiza-se o ambiente de modo que todas as


ferramentas e insumos necessários para a produção estejam prontos
para a produção;
 Produção: Fabricação do produto em tabuleiros de bolo;
 Corte: Cortar as barrinhas nos tamanhos padrões;
 Embalagem: Embalar o produto para que esse esteja pronto para a
venda.

Para a análise de dados nessa etapa, foram utilizadas duas ferramentas


de gestão

 Diagrama de Espaguete: Com o auxílio de ferramenta de vídeo foi


possível criar a representação do cenário de fluxos na produção.
Constatou-se um excesso de movimentação e, portanto, um
desperdício no processo;
 Mapeamento do Fluxo de Valor: Com a utilização do Mapeamento do
Fluxo de valor, fez-se a partição de processos que efetivamente
geram valor (ou que contribuem com a manutenção da qualidade)
daqueles que não geram valor. Com a demanda semanal de 360
unidades e os macroprocessos definidos, já se obtém uma boa
noção do processo, outras métricas foram utilizadas, conforme a
tabela abaixo:

2.1.3 Estado Futuro


Na terceira etapa do processo foi observado, através de ferramenta de
vídeo e coleta de tempos, os principais aspectos de desperdício no estado
atual.
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Com as informações obtidas na etapa anterior, faz-se uma análise dos


pontos de maior desperdício no processo de fabricação das barrinhas. Os
pontos críticos encontrados foram o excesso de movimentação com idas ao
estoque, e os tempos desperdiçados pesando porções e separando utensílios.

A partir dessas observações, sugere-se:

 Implementação de um carrinho de suprimentos para auxiliar no


deslocamento dos itens do estoque para a cozinha, diminuindo a
quantidade de tempo gasto no processo;
 Utilizar utensílios com o volume previamente estabelecido afim de
evitar uma pesagem desnecessária dos produtos;
 Aplicar ao ambiente de trabalho, através da gestão visual, um quadro
com o planejamento diário da produção, bem como instruções que
venham a facilitar a padronização dos processos
 Conscientizar os funcionários da importância das práticas 5S;
 Substituir a atual ferramenta de corte cuja capacidade é de duas
barrinhas por vez, por uma capaz de cortar o tabuleiro inteiro,
reduzindo o tempo gasto nesse processo bem como o desperdício de
produto devido à falha humana.

2.1.4 Implementação
Fazendo a comparação entre estado futuro e presente, faz-se então a
implementação de melhorias aplicáveis, práticas e viáveis.

As soluções apresentadas no estudo foram aplicadas na empresa, como


a aquisição de um carrinho de suprimentos, a implementação do quadro com
informações da produção, compra de uma nova ferramenta de corte e redução
do uso da balança através de potes e utensílios com a devida marcação de
peso.

2.1.5 Melhoria Contínua


Aqui os processos já aplicados na etapa anterior são otimizados e
padronizados, conforme a filosofia lean.

2.2 RESULTADOS E DISCUSSÃO


Fazendo a comparação entre as métricas do processo pré e pós mudança,
é notório que houve um aumento no Tempo Agregado de Valor, diminuindo
especialmente os tempos ociosos de pesagem de porções e de movimentação.
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A implantação dessas mudanças trouxe um acréscimo à capacidade produtiva


de aproximadamente 6% ou 10 barrinhas.
Os benefícios trazidos pela aplicação do modelo de produção enxuta vão
além daqueles trazidos aqui, há o estímulo à analise crítica e busca por
resultados, bem como o reflexo principal naquilo que deve ser o foco de toda
empresa, o aumento dos lucros.
3 ARTIGO II -
4 ARTIGO III -
5 ANÁLISE E DISCUSSÃO DAS IDEIAS DOS ARTIGOS
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
7 BIBLIOGRAFIA

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