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Moura
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APLICABILIDADE DA WISC-III NA
AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA
* octavio@octaviomoura.com
8 octaviomoura.com 8 dislexia.pt 8 hiperatividade.com.pt
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Octávio Moura
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Média e Desvio-Padrão
Média
Desvio-Padrão
z score
Exercício Prático:
Uma criança com 9 anos de idade obteve 33 pontos num teste de atenção. Os autores
reportam para este grupo etário uma Média de 45 e um Desvio-Padrão de 7. Em que
Percentil se encontra a criança comparativamente ao esperado para os 9 anos?
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Distribuição Normal
Assimetria ou Skewness
Distribuição Enviesada à Esquerda (assimétrica negativa) – Valores < 0 onde a Média <
Mediana. Efeito de Teto (“ceiling effect”).
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Octávio Moura
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Erro-Padrão da Média
(standard error of the mean)
Erro-Padrão da Medida
(standard error of measurement)
Erro-Padrão Estimado
(standard error of estimation)
Intervalos de Confiança:
Intervalo de Confiança a 90% = M ± (SEM * 1,64)
Intervalo de Confiança a 95% = M ± (SEM * 1,96)
Intervalo de Confiança a 99% = M ± (SEM * 2,58)
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Se a criança responde “não sei” num dos itens iniciais e realizar corretamente os itens mais
difíceis, o examinador poderá voltar atrás e administrar novamente esse item e atribuir
a respetiva pontuação (exceto provas cronometradas e Memória de Dígitos) (página 49).
Pode-se recorrer aos subtestes opcionais no caso de um dos subtestes não ter
sido aplicado.
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¡ Nos subtestes verbais analisar o modo como responde aos itens: curta e precisa,
longa e precisa, curta e pouco precisa, longa e pouco precisa, despropositada.
¡ Analisar como a pontuação total foi obtida para os subtestes com vários níveis
de cotação (Semelhanças, Vocabulário, Compreensão, DG, Cubos e CO).
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QI VERBAL QI REALIZAÇÃO
Código
Semelhanças
Disposição de Gravuras
Aritmética
Cubos
Vocabulário
Composição de Objectos
Compreensão
(Pesquisa de Símbolos)
Complemento de
Informação
Gravuras
Memória de
Código
Dígitos
Disposição de
Semelhanças
Gravuras
Vocabulário Cubos
Pesquisa de
Aritmética
Símbolos
Composição de
Compreensão
Objectos
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cada escala.
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DISLEXIA
¡ A discrepância QIV e QIR apresenta uma reduzida utilidade clínica (algumas exceções:
Riccio & Hynd, 2000; Rourke, 1998).
¡ Rotsika et al. (2009; QIV = 96,38; QIR = 96,61) e Moura et al. (2014; QIV = 97,12; QIR =
100,67) não encontraram diferenças significativas entre QIV e QIR em crianças com DD.
PHDA
÷ Moura et al. (2016): PHDA: QIV = 98,47 e QIR = 101,81 (p > ,05); DD+PHDA: QIV =
102,82 e QIR = 101,76 (p > ,05).
÷ Costa, Moura & Simões (s/d): QIV = 99,90 e QIR = 95,17 (p < ,05).
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Nas PN e nas crianças elegíveis para a Educação Especial, o QIEC pode não ser o
melhor indicador para estimar o funcionamento intelectual, uma vez que incorpora
medidas de MT e VP/FE.
Priftera & Saklofske (1998) sugerem que o funcionamento intelectual geral deverá ser
sempre estimado através do GAI nas avaliações/relatórios psicológicos e educativos.
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O ICV não se correlaciona com a gravidade da lesão, nem duração do coma (Donders, 1997). O
IVP parece ser o índice da WISC-III e -IV mais sensível à LC (Priftera et al., 2005).
Crianças com epilepsia Rolândica benigna (unilateral e bilateral) apresentam alterações mais
evidentes nos subtestes IOP e VP (D’Alessandro et al., 1990).
¡ Verificaram que 61,9% dos pacientes com esclerose múltipla e 78,7% dos
pacientes com lesão cerebral apresentavam um perfil GAI > CPI na WAIS-IV.
¡ A discrepância entre GAI > CPI é maior nos pacientes com lesão cerebral do
que com esclerose múltipla
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A idade na altura da LC é um preditor significativo do funcionamento cognitivo (LC mais cedo prediz
um menor desempenho intelectual).
O IMT/RD é o índice com resultado mais baixo em 68% das crianças com DD, e em média
o mais deficitário (IMT/RD=75,3; IVP=86,4; ICV e IOP > 96,5) (Clercq-Quaegebeur, 2010).
80% das crianças com DD apresentam resultados mais baixos no IMT/RD e IVP
comparativamente com os restantes índices (Thomson, 2003).
GAI é o melhor indicador do funcionamento intelectual na PAE (>5 pontos do que QIEC), e
a discrepância entre GAI e CPI (IMT + IVP) é um “sinal cognitivo” de PAE (Poletti, 2014).
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O IMT/RD e o IVP são os mais deficitários nas crianças com PHDA (Prifitera
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Subtestes
Informação
Semelhanças
¡ Padrão de respostas deve ser analisado (2 vs 1 pontos brutos e resposta curta vs longa). Crianças
com perfil de resposta 2 e 0 indicador de excelente potencial. Resposta curta e precisa associado a
um maior desempenho no funcionamento executivo.
¡ Prova (mais) difícil para as crianças com limitações cognitivas. Pode ser a melhor prova QIV na
Disfasia. Na Dislexia resultados inconsistente têm sido encontrados.
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Subtestes
Aritmética
¡ Avalia cálculo mental e memória de trabalho. Analisar o modo de resolução do problema
sobretudo nos casos de resolução errada (ex: computação, raciocínio, não compreensão,
lentidão, desatenção, …).
¡ Prova sensível nos casos de Dislexia, Discalculia, PHDA, dificuldades na regulação da
atenção, dificuldades de aprendizagem gerais, etc.
Vocabulário
¡ Avalia o conhecimento semântico/lexical. Resultados influenciados pela curiosidade
intelectual, oportunidade sócio-culturais e experiência leitora.
¡ Bom desempenho no Vocabulário e Informação (vs restantes subtestes QIV) pode sugerir
curiosidade intelectual, preocupação/interesse pela aprendizagem.
¡ Analisar padrão de resposta (um sinónimo ou resposta longa).
¡ Boa medida de inteligência pré-mórbida.
Subtestes
Compreensão
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Subtestes
Memória de Dígitos
¡ Avalia a componente de armazenamento verbal (sentido directo) e executiva (sentido inverso)
da memória de trabalho. Muito sensível à atenção.
¡ Sentido directo: série de 5 dígitos (6-8 anos) e 6 dígitos (9-16 anos). Sentido inverso: série de
3 dígitos (6-8 anos), 4 dígitos (9-12 anos) e 5 dígitos (13-16 anos)
¡ Quando a criança repete os números correctamente mas com uma ordem errada, o défice
está associado à capacidade de evocação sequencial (e não a um défice mnésico ou
atencional).
¡ Crianças tipicamente normais apresentam um diferença de 2 pontos entre directo vs inverso.
¡ Sentido inverso (codificação para posterior processamento cognitivo) ³ directo pode reflectir
boas estratégias executivas, manipulação mental e visualização mental dos números.
¡ Estratégias de aprendizagem podem ser evidentes quando erram o 1º ensaio e acertam o 2º
ensaio.
Subtestes
Complemento de Gravuras
¡ Avalia memória e percepção visual. Também remete para a capacidade de distinguir o
essencial do não essencial, sendo influenciado pela (in)dependência de campo.
¡ Deverá ser solicitado a evocação da parte da parte em falta. Respostas imprecisas ou vagas
podem indicar problemas de acesso lexical (cf. com o Vocabulário). Crianças impulsivas
tendem a responde extremamente rápido.
Código
¡ Crianças que utilizam a estratégia de memorização verbal de alguns símbolos (ex. 2, 3, 6 e 7).
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Subtestes
Disposição de Gravuras
¡ Avalia a capacidade de análise perceptiva, de organização temporal e espacial.
¡ Crianças disfásicas podem apresentar dificuldades nesta prova pois exige um discurso
interno (percepção do espaço e tempo). Analisar o padrão de respostas: impulsivo vs
reflexivo [(analisa com muito cuidado a sequência antes de iniciar (perda de pontos)].
Cubos
¡ Avalia a capacidade de organização e processamento visuoespacial, raciocínio e
inteligência não verbal, resolução de problemas não verbais.
¡ Um bom desempenho está dependente da percepção visuoespacial, funcionamento
executivo (flexibilidade), rapidez psicomotora, (in)dependência de campo.
¡ Teste sensível a lesões cerebrais, em particular do lobo parietal direito.
Subtestes
Composição de Objectos
¡ Avalia a capacidade de integração perceptiva. Influenciado pela percepção
visuoespacial, coordenação motora, persistência, (in)dependência de campo.
¡ Analisar forma como a criança movimenta as peças (erros de perseveração,
flexibilidade, tentativa-erro).
¡ Prova sensível à dispraxia de construção (ou Perturbação do Desenvolvimento da
Coordenação – DSM-5)
Pesquisa de Símbolos
¡ Avalia a velocidade de processamento e a discriminação visuoperceptiva.
¡ Influenciado pela memória visual e distracção.
¡ A presença de erros penaliza bastante o desempenho nesta prova.
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cada escala
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Alguns estudos têm demonstrado que short forms da WISC e WAIS apresentam uma elevada
precisão na estimação da capacidade intelectual, muitas vezes superior à obtida com a WASI
(Hrabok et al., 2014; Kaufman et al., 1996).
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Através do método de Tellegen & Briggs (1967) observaram uma adequada precisão de diferentes short-
forms em crianças com perturbações neurológicas e com/sem dificuldades intelectual associadas:
¡ QI 70 – 84 (N = 245)
÷ QIEC = 77.98 com as short-forms a estimarem entre 77.70 e 82.73
Efeito Flynn
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Efeito de Flynn
“Os fatores que podem afetar os resultados dos testes incluem efeitos da prática e o «efeito de Flynn» (isto é,
resultados muito elevados devido a normas de testes antiquadas). Os resultados inválidos podem derivar do uso de
testes de avaliação de inteligência breves ou testes de grupo; resultados de subtestes individuais altamente
No estudo de Dinis, Almeida e Pais (2007) apenas 29% dos psicólogos utilizavam a WISC-III, 53% ainda utilizavam a
Inteligência Pré-Mórbida
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Inteligência Pré-Mórbida
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Simulação ou Esforço
Insuficiente
Reliable Digit Span - Memória de Dígitos (ver Deright & Carone, 2014)
¡ Mas, Welsh et al. (2012) com um RDS ≤ 6 identificou 35% de falsos positivos.
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¡ Valor Padronizado £ 4 com uma Se = 44% e Esp = 94% (Perna et al., 2012)
DVOC-DSSS – WISC
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