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Brasília-DF.
Elaboração
Produção
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 4
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 7
UNIDADE I
INTRODUÇÃO........................................................................................................................................ 9
CAPÍTULO 1
VISÃO CONCEITUAL.................................................................................................................. 9
CAPÍTULO 2
TIPOS DE AUDITORIA................................................................................................................ 19
UNIDADE II
PREPARAÇÃO PARA AUDITORIA............................................................................................................. 27
CAPÍTULO 1
ESTRUTURANDO O PROGRAMA............................................................................................... 28
CAPÍTULO 2
PLANEJANDO AS ATIVIDADES................................................................................................... 34
UNIDADE III
REALIZANDO A AUDITORIA.................................................................................................................... 43
CAPÍTULO 1
TIPOS DE EVIDÊNCIAS.............................................................................................................. 43
CAPÍTULO 2
COMPORTAMENTO DA AUDITORIA........................................................................................... 67
CAPÍTULO 3
AUDITORIA POR PROCESSO..................................................................................................... 75
CAPÍTULO 4
RESULTADOS DA AUDITORIA..................................................................................................... 83
REFERÊNCIAS................................................................................................................................... 89
Apresentação
Caro aluno
Conselho Editorial
4
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de
Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Praticando
5
Atenção
Saiba mais
Sintetizando
6
Introdução
A Auditoria da Qualidade, segundo Vinagre Melo (2004), tem por missão básica,
assessorar o Sistema da Qualidade na execução de suas funções e responsabilidades,
por meio do exame da:
7
Já a Unidade II tem o enfoque de como é feita a preparação para auditoria. É mostrado
como se estrutura um programa de auditoria e como é feito o planejamento das
atividades a partir da definição de responsabilidades, recursos e procedimentos.
Objetivos
»» Apresentar o papel da auditoria em uma organização.
8
INTRODUÇÃO UNIDADE I
CAPÍTULO 1
Visão conceitual
Tem por objetivo primordial fortalecer a gestão e racionalizar as ações da alta direção,
através do aperfeiçoamento dos processos. A auditoria da qualidade é exercida
nos meandros da organização, observando os aspectos relevantes relacionados à
avaliação da gestão e dos programas de melhoria contínua na organização alinhada
à sua estratégia. Toda a atividade de auditoria da qualidade é realizada por uma área
competente, geralmente alinhando a um representante da diretoria e subordinado à alta
direção da empresa. A auditoria da qualidade propõe ações preventivas e saneadoras,
de forma a assistir à organização na consecução de seus objetivos da qualidade, por
via da abordagem sistematizada e disciplinada em uma documentação da qualidade
com ênfase para a avaliação da gestão de riscos operacionais, dos controles internos
administrativos e do processo de governança corporativa. Sua finalidade básica é
fortalecer a gestão.
A atividade realizada pela auditoria da qualidade tem por objetivo, em última instância,
a adequação da gestão de riscos operacionais, dos controles internos administrativos
e do processo de governança corporativa proporcionando uma razoável garantia de
9
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO
10
INTRODUÇÃO │ UNIDADE I
Orientação à estratégia
O Mapa Estratégico Corporativo traduz a missão, a visão e a estratégia da organização em
um conjunto abrangente de objetivos, encadeados logicamente de forma a direcionar o
comportamento e o desempenho institucionais. O aprendizado coletivo obtido a partir
da realização da auditoria da qualidade deverá fomentar a capacidade de interagir
sistematicamente com o ambiente e identificar mudanças, riscos, oportunidades,
tendências e outros sinais, bem como de definir, priorizar e comunicar esforços que
favoreçam a criação de valor para os auditados, na condição de clientes da Auditoria
da Qualidade. Os auditores da qualidade, visando ao fortalecimento institucional da
prática da auditoria numa visão de longo prazo, deverão ter clareza sobre:
»» parceria;
»» trabalho em equipe;
»» inovação;
»» qualidade e profissionalismo;
»» gestão participativa;
11
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO
»» constância de propósitos;
»» melhoria contínua.
Perto dali, na Escola da Vila, colégio particular construtivista que trabalha com
um público de classe média alta, a discussão sobre projetos e questões da
interdisciplinaridade chegou a uma metodologia de trabalho que cria uma
“disciplina de integração”, ou “Projeto de Integração”, como foi batizado. No
município de Cantagalo, no Rio de Janeiro, o Ciep Brizolão 227 João Nicoláo
Filho “Janjão” trabalha com projetos interdisciplinares sobre temas transversais,
como meio ambiente e racismo, ou atualidades, como eleições e Olimpíadas.
12
INTRODUÇÃO │ UNIDADE I
“Há apenas a certeza de que existe uma enorme diversidade de temas que uma
disciplina sozinha jamais compreenderia”, completa Hugo Monteiro Ferreira,
professor de Práticas Pedagógicas da Faculdade de Educação de Vitória de Santo
Antão (PE).
13
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO
Uma notícia sobre as Olimpíadas poderia ser o ponto de partida para uma
pesquisa aprofundada sobre os esportes praticados no Brasil, as conquistas
olímpicas brasileiras, a história das Olimpíadas, os grandes atletas brasileiros e
estrangeiros, os países que já sediaram o evento, a China, a cultura, a história do
país que abrigará as próximas Olimpíadas, o custo das passagens para lá China, a
economia do país, as diferenças sociais e econômicas entre Brasil e China, enfim,
temas que com certeza estão presentes em várias disciplinas, mas que, sob essa
óptica, são mais importantes numa abordagem global vistos em fragmentos.
14
INTRODUÇÃO │ UNIDADE I
Morin rejeita as teorias positivistas que elegeram a razão iluminista como a forma
mais legítima de entender e de explicar a realidade. “Ele refuta o discurso redutor
das teorias modernas que elegeram a ciência, mais exatamente as ciências
naturais, como a única fonte de resposta à questão de o que é a vida”, diz Ferreira.
Ser interdisciplinar
Para a pesquisadora de inter e transdisciplinaridade Cristina Salvador,
coordenadora dos cursos de Pedagogia e Formação de Professores da
Universidade São Judas Tadeu, em São Paulo (SP), não basta reunir disciplinas em
um projeto para ser interdisciplinar. O sucesso da interdisciplinaridade depende
de quem trabalha a proposta interdisciplinar. “É preciso ser coerente, humilde e
saber se rever. Refletir sobre a sua ação e se renovar. Assim o professor contribui
para a construção do próprio conhecimento e do conhecimento do outro.”
Defensora escancarada dessa visão, Ivani acredita que o docente que opta por
esse caminho tem maior envolvimento com seu trabalho, mas sofre muitas
restrições de ordem institucional.
15
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO
Visão abrangente
Uma das vantagens da ideia de interdisciplinaridade é sua opção pela conjunção
aditiva “e” – e não pela alternativa “ou”. Por isso, defende Cristina, é inclusiva. “Se
você trabalha na lógica do ‘ou’, você trabalha com exclusão. Você tem um bom
aluno ou você tem um mau aluno. Você aprende isso ou aquilo. Você exclui.
Então trabalhar na lógica do ‘e’ é trabalhar na inclusão. Você tem um aluno que
pode ser bom e mau em alguns momentos. Você estuda isso e aquilo, não isso
ou aquilo”, completa.
16
INTRODUÇÃO │ UNIDADE I
Fonte <http://www.ibccoaching.com.br/tudo-sobre-coaching/coaching-carreira/a-
importancia-da-conduta-etica-no-trabalho/>. Acesso em: 22 jul. 2015.
17
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO
18
CAPÍTULO 2
Tipos de auditoria
O primeiro tipo de entidade é uma auditoria conduzida por auditores que trabalham
para a organização que está sendo auditada, este tipo é chamado de auditoria interna,
também conhecida como auditoria de 1a parte. As auditorias internas podem ser
divididas em:
19
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO
20
INTRODUÇÃO │ UNIDADE I
Controles Internos
21
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO
ou atos que possibilitam uma segurança quanto aos aspectos lógicos e técnicos
do processo, identificando, através de sua adoção o cumprimento das linhas
hierárquicas de autoridade, limite de alçada estabelecida e a efetiva execução
do fluxo de processamento das operações.
22
INTRODUÇÃO │ UNIDADE I
Quando alguém já está morto, não adianta descarregar sua munição sobre o
cadáver. Lógico que é importante levantar as causas e consequências do fato
ocorrido, mas o primordial seria ter evitado o crime cometido.
Com o controle acontece à mesma coisa. Cada vez mais os processos têm de
se apresentar ágeis e seguros, através de controle que identifiquem claramente
os seus objetivos e assegurem que os riscos de possíveis problemas sejam
prevenidos.
Ao mesmo tempo, nem todos os problemas que atuam sobre os processos, são
previsíveis.
Concluímos que uma análise ideal da finalidade dos controles internos seria a
atuação em conjunto das três formas conceituadas, ou seja:
Fonte: <http://www.contabeis.com.br/artigos/54/introducao-a-auditoria-de-processo/>.
Acesso em: 25 jul. 2015.
23
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO
O terceiro tipo de entidade é uma auditoria efetuada por uma empresa independente (e
não um cliente), com autorização para determinar a adequação do Sistema da Qualidade
do fornecedor, também conhecida como auditoria de 3a parte.
A auditoria da qualidade quanto à ocasião de sua realização tem seus tipos como:
24
INTRODUÇÃO │ UNIDADE I
25
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO
26
PREPARAÇÃO PARA UNIDADE II
AUDITORIA
27
CAPÍTULO 1
Estruturando o programa
»» conceituação;
»» áreas envolvidas;
»» período;
»» objetivos;
»» custos envolvidos;
»» tick-marks utilizados;
»» procedimentos;
»» orientações gerais.
28
TÍTULO DA UNIDADE │ UNIDADE II
Para quem não sabe, checklists são listas de verificações com itens a serem
observados, tarefas a serem cumpridas, materiais a serem comprados, ou seja,
é uma lista onde você coloca itens que podem fazer falta em alguma tarefa
ou em algo que esteja planejando ou executando, evitando assim futuros
esquecimentos, falhas, faltas. Ele pode ser usado não só por empresas, mas por
qualquer pessoa que quer organizar algo a ser feito.
29
UNIDADE II │ TÍTULO DA UNIDADE
Acredito que adotar o checklist no dia a dia é algo que não só as empresas
deveriam fazer, mas também as pessoas. A execução de tarefas e a organização
da sua vida no trabalho e até mesmo na vida pessoal se tornará muito mais fácil.
Antes de começar o dia, por exemplo, faça uma lista de coisas que precisa fazer
durante o dia, mas separe o que é de trabalho do que é pessoal.
30
TÍTULO DA UNIDADE │ UNIDADE II
Fonte: <http://sucessonews.com.br/checklist-o-que-e-e-qual-e-a-sua-importancia/>.
Acesso em 27 jul. 2015.
Figura 1.
LISTA DE VERIFICAÇÃO
Data Realização:
Processo:
Responsável:
Norma de Referência:
NBR ISO 9001:2000
Auditores: Assinatura:
31
UNIDADE II │ TÍTULO DA UNIDADE
O que verificar?
Requisito C NC Obs. Evidências
(Sugestões)
32
TÍTULO DA UNIDADE │ UNIDADE II
33
CAPÍTULO 2
Planejando as atividades
»» prioridades da direção;
»» intenções comerciais;
»» requisitos de cliente;
34
TÍTULO DA UNIDADE │ UNIDADE II
35
UNIDADE II │ TÍTULO DA UNIDADE
Fonte: <https://qualidadeonline.wordpress.com/2010/06/28/o-que-deve-fazer-um-bom-auditor-de-
qualidade/>.
Acesso em: 28 jul. 2015.
36
TÍTULO DA UNIDADE │ UNIDADE II
»» Ter sempre em mente que a auditoria não pode e não deve ser
calcada em impressões e opiniões pessoais do auditor e do auditado,
devendo estar sempre fundamentada em evidências objetivas que
demonstrem, ou não, o atendimento aos requisitos especificados na
norma de referência, relatadas de forma clara e precisa.
»» Ter acuidade para captar aquilo que se ouve e que se vê, e buscar as
evidências objetivas que as consubstanciem.
37
UNIDADE II │ TÍTULO DA UNIDADE
Fonte: <https://qualidadeonline.wordpress.com/2010/06/28/o-que-deve-fazer-um-bom-
auditor-de-qualidade/>. Acesso em: 28 jul. 2015.
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TÍTULO DA UNIDADE │ UNIDADE II
›› quantidade;
›› existência física;
›› identificação;
›› autenticidade;
›› qualidade.
›› deixar de expedi-lo;
›› interceptar as respostas.
39
UNIDADE II │ TÍTULO DA UNIDADE
40
TÍTULO DA UNIDADE │ UNIDADE II
41
UNIDADE II │ TÍTULO DA UNIDADE
»» realizar auditorias;
42
REALIZANDO A UNIDADE III
AUDITORIA
Nesta unidade iremos mostrar o que são evidências, como elas são obtidas em uma
auditoria e como elas podem contribuir para a gestão, o comportamento do auditor
frente à realização de uma auditoria. Detalharemos o que foi apresentado na unidade
anterior sobre o que seria auditoria de produto e processo. Por fim, mostraremos
modelos de relatório de auditoria usados comumente.
CAPÍTULO 1
Tipos de evidências
Evidência, segundo a CONAB (2008), é a informação que o auditor precisa obter para
registrar, na minuta do relatório, suas constatações, também denominadas de achados
de auditoria, as quais servirão para a sustentação das conclusões da equipe. São
informações cuja veracidade pode ser comprovada com base em fatos obtidos através
de observações, medição, ensaio ou outros meios. É importante coletar evidências
com a finalidade de substanciar as averiguações da auditoria e providenciar provas de
adequação/ não adequação.
Primeiro é de extrema relevância, de modo que, declara a premissa essencial de que sem
evidência um auditor não tem nenhuma base para fazer um julgamento, formar uma
opinião ou efetuar um relatório. O segundo axioma importante implica que existem
critérios específicos que os auditores têm que estabelecer para decidir que evidência
deve ser obtida, de maneira a preparar uma opinião ou relatório para cumprir a função
de auditoria. Os auditores têm que levar a cabo tal investigação e têm que impetrar
a evidência que lhes permitirá medir e comparar a conduta relevante, desempenho,
realização ou qualidade com padrões que estão explícitos ou implícitos nos assuntos a
decidir.
Enfim, o postulado que estabelece uma restrição à evidência a qual pode ser obtida
onde o custo econômico e social de obtenção excede o benefício econômico e social. Este
constrangimento exige dos auditores a consideração de fontes alternativas de evidência
que constituem um fator relevante no desenvolvimento e execução de um plano de
auditoria e, se necessário, modificá-lo como o resultado de experiência durante a sua
realização. Também é solicitado aos auditores a distinção entre o que é essencial e o que
é apenas interessante ou desejável.
Ainda de acordo com Vinagre Melo (2004), a ideia central do processo de inquirição
de auditoria é obter a evidência competente. Se a evidência disponível estiver limitada,
deficiente ou inadequada, a opinião e/ou relatório dos auditores, vai ser por consequência
circunscrita, restringida ou qualificada em referência às faltas. A excelência da
evidência e sua extensão determinam as condições da opinião ou relatório do auditor,
de maneira que uma das tarefas importantes para os auditores é avaliar o significado,
sentido e persuasão da evidência para determinado tema. O grau de confiança que os
auditores têm sobre um assunto particular é dependente da avaliação da evidência que
está disponível. O intercâmbio e interdependência entre evidência e responsabilidade
44
REALIZANDO A AUDITORIA │ UNIDADE III
A evidência refere-se aos fatos obtidos pelos auditores e que auxiliam esses profissionais
na formação de conclusões sobre a adequação da estrutura de controle do auditado e,
em última análise, sobre a adequação das principais condições dos recursos, processos e
resultados da entidade auditada. O reconhecimento dos tipos de evidência relevantes a
cada auditoria depende dos objetivos do auditor e da natureza dos critérios estabelecidos
para a entidade auditada. A acumulação apropriada e o uso das evidências dependem
do entendimento adequado das conclusões que um auditor entende por fazer e do uso
satisfatório dos critérios avaliativos.
A norma relativa à evidência, em respaldo aos achados de auditoria expressa que estes
devem ser suficientes e competentes. Os requisitos de papéis de trabalho adequados
exigem que estes sejam claros e compreensíveis, sem a necessidade de explicações
complementares.
Peter e Machado (2003) identificam quatro tipos de evidência segundo a forma: física,
testemunhal, documental e analítica. Estes autores classificam a evidência quanto à
fonte em: conhecimento profissional, evidência externa, evidência interna, evidências
45
UNIDADE III │ REALIZANDO A AUDITORIA
Frequentemente, a alta direção de uma empresa gera por falsas poções mágicas:
panaceias sem qualquer credibilidade, soluções parciais, curas milagrosas ainda
não comprovadas. Em muitos casos, já existem eventos que indicam o que
realmente funciona. Por que, então, o gerente ignora a verdade?
Se tudo isso soa absurdo – afinal, o que mais além dos fatos iria orientar as
decisões do médico? – Sua ignorância sobre como o escritório de prática médica
46
REALIZANDO A AUDITORIA │ UNIDADE III
Ainda assim, é razoável supor que quando o gerente faz uso da lógica e da
melhor evidência a sua empresa vai vencer a competição. E difundir entre
os administradores de mentalidade e os métodos adequados para a prática
de provas com base em evidências. Como a medicina, a administração é –
e provavelmente sempre será – uma arte dominada apenas com prática e
experiência. Acreditamos, contudo, que o gerente (e o médico) pode ser
mais eficaz no escritório, se é guiado em todos os momentos pela melhor
lógica e a melhor evidência e buscando constantemente informações e novas
descobertas, tanto dentro como fora da empresa, para manter atualizados os
seus pressupostos, seus conhecimentos e suas habilidades. Não se chegou lá
47
UNIDADE III │ REALIZANDO A AUDITORIA
ainda, mas está se avançando. Gestores e empresas que estão mais próximos a
este ideal já apresentam uma vantagem competitiva no mercado.
48
REALIZANDO A AUDITORIA │ UNIDADE III
eficazes para determinado fato não tem ninguém para defendê-los. Durante
anos, os médicos indicaram pacientes com verruga para operar com especialistas
na área para procedimentos cirúrgicos caros, dolorosos. Basta vir à luz que a
velha fita é tão eficaz como efeito.
49
UNIDADE III │ REALIZANDO A AUDITORIA
50
REALIZANDO A AUDITORIA │ UNIDADE III
Há evidências em demasia
51
UNIDADE III │ REALIZANDO A AUDITORIA
Muitas vezes, o gerente se deparar com meias-verdades – conselhos válidos para certas
ocasiões. A evidência por exemplo de que investir em lean production é um bom negócio,
nem sempre é válida já que depende muito de que tipo de empresa e como ela está
estruturada. A pedra angular de uma boa pesquisa é o conservadorismo. O pesquisador
deve ter o cuidado de salientar o contexto em que a intervenção conduziu ao resultado
desejado. Infelizmente, isso deixa o executivo se perguntando se a pesquisa em questão
é ou não é relevante para o seu caso.
Desde que é tão difícil de distinguir bons conselhos de maus conselhos, o gerente está
constantemente propenso a acreditar e a adotar práticas errôneas de gestão. Uma
grande parte do problema está em consultores que sempre vêm para fazer o trabalho,
às vezes ganham fazendo um bom trabalho e raramente ganham por avaliar se as coisas
realmente melhoraram. Pior ainda, se apenas uma parte dos problemas dos clientes
forem corrigidas, a consultoria é contratada novamente para tentar novamente!
Segundo Pfeiffer e Sulton (2006), Simon e Garfunkel em sua música disseram: “Um
homem ouve o que ele quer ouvir e ignora o resto”. Muitos profissionais e seus assessores
frequentemente ignoram evidências sobre as práticas de gestão de conflito com suas
crenças e ideologias, e sua própria observação está contaminada pelo que esperamos
ver. É algo particularmente perigoso, como certas teorias podem prosperar fortemente,
isto é, por vezes, perpetuam com nossos próprios atos em uma tese que custa caro
para nós. Evidência experimental mostra que quando as pessoas são colocadas em
situações em que a figura de autoridade espera uma atitude reprovável, muitos acabam
confirmando essa expectativa.
Às vezes, a evidência sugere claramente a cura, mas os efeitos dela são considerados de
forma restritiva. Segundo Pfeiffer e Sulton (2006), um dos exemplos favoritos não vem
da área de gestão: a controvérsia sobre a promoção social, ou progressão continuada
nas escolas públicas – ou seja, mover o aluno para a série seguinte, mesmo se suas
notas não exigem. O ex-presidente americano Bill Clinton falou por muitos quando,
em seu discurso sobre o Estado da União em 1999, disse: “Nós não fazemos quaisquer
52
REALIZANDO A AUDITORIA │ UNIDADE III
favores a nossos filhos quando nós permitimos que eles passem de uma série para outra
sem dominar o assunto”. O atual presidente, George W. Bush, é da mesma opinião.
Esta crença, no entanto, entra em contradição com os resultados de mais de 55 estudos
publicados que demonstram o efeito negativo global do fim da progressão continuada
(não é, em contraste, nenhum estudo rigoroso que evidencia efeitos positivos). Escolas
que tentaram acabar com a prática em breve descobrem qual é o problema: reprovar
a criança deixa a escola com os alunos mais velhos e desencadeia aumento de custos
porque você precisa de mais professores e outros recursos quando o aluno gasta mais
anos na escola. Além disso, o repetente repetidamente se sai pior, no final, com notas
mais baixas em testes e com taxas de abandono elevadas. Há relatos também que
aumenta a agressividade: mais velho do que colegas, fica com raiva por ter sido deixado
para trás. Para o professor, é um problema para manter o controle das classes maiores.
É difícil manter a dedicação à tarefa de montar uma defesa firme e baseada em dados
para a ação em relação a uma história bem contada que é geralmente mais convincente.
E, de fato, somos contra a ideia de que apenas os dados quantitativos devem ser
considerados elementos de prova. É como Einstein disse: “Nem tudo que pode ser
contado conta, e nem tudo que conta pode ser contado”. Quando usado corretamente, o
caos e as histórias são excelentes ferramentas para enriquecer a gestão do conhecimento.
Embora não haja uma onda de estudos quantitativos sobre o desenvolvimento de novos
produtos, alguns vêm perto de Soul of a New Machine (para o qual Tracy Kidder deu
um Pulitzer) por conta de como um engenheiro projeta um produto e como um gerente
pode acentuar ou prejudicar o sucesso do engenheiro (e produto). Orbiting the Giant
Hairball, de Gordon Mackenzie, é o trabalho mais útil e charmoso na criatividade nos
negócios que já vimos. Mesmo em um mundo fundado em evidência que há espaço
para boas histórias que sugerem hipóteses, se estendem outros estudos (geralmente
quantitativo) e reunirá aqueles que serão afetados por uma mudança.
53
UNIDADE III │ REALIZANDO A AUDITORIA
Em seguida, a gerência reuniria mais provas e avaliaria fatores negativos e positivos. Com
isso, encontraria indícios de sobra de que o desempenho melhora com a continuidade
54
REALIZANDO A AUDITORIA │ UNIDADE III
55
UNIDADE III │ REALIZANDO A AUDITORIA
Por fim, uma abordagem fundada na evidência teria apresentado dados, sugerindo que
um jogador médio pode ser extremamente produtivo e que o desempenho da estrela
pode afundar dependendo do sistema em que opera. Mais de 15 anos de pesquisa em
sistemas automotivos mostram evidência do poder do talento individual. John Paul
MacDuffie, da Wharton, combinando estudos quantitativos de plantas fabris em todo o
mundo com estudos de caso detalhados para entender por que certas plantas são mais
eficazes do que outras. MacDuffie descobriu que os sistemas de produção flexíveis com
ênfase na formação de pessoal, rotação de cargos e desprezo para a diferenciação de
status entre o pessoal conseguem produzir veículos de maior qualidade e menor custo.
Durante décadas, a indústria automobilística dos EUA, sem exceção, utilizou como
referência a Toyota, o maior produtor mundial de veículos. Muitos têm tentado, em
particular, copiar o modelo da linha de montagem japonesa. Sistemas de inventário
adotaram just-in-time, carta de controle estatístico de processo e poka-yokes para
interromper a montagem em caso de detecção de falhas.
Mas, apesar dos avanços (especialmente na General Motors), de acordo com Pfeiffer
e Sulton (2006), a maioria continuará a perder para a Toyota na produtividade, no
total de horas necessário para a montagem de um veículo e muitas vezes também em
qualidade e design.
Antes de sair comparando com outras empresas, talvez gastando dinheiro e energia
em vão, ou, pior, criando problemas que antes não existiam. Pfeiffer e Sulton (2006)
informam que para evitar isso precisamos responder às seguintes perguntas:
56
REALIZANDO A AUDITORIA │ UNIDADE III
»» Qual é a desvantagem de adotar uma prática, embora seja uma boa ideia?
Tenha em mente que, em geral, há pelo menos uma desvantagem. Estudos
de Mary Benner da Wharton e Michael Tushman na Harvard Business
School mostram que as empresas dos segmentos de tintas e fotografia que
adotaram processo mais amplo de programas de gestão aumentaram, de
fato, a eficiência de curto prazo, mais teve mais dificuldade para seguir
o ritmo acelerado da mudança tecnológica. Você tem que perguntar se
existem formas de atenuar as desvantagens, talvez soluções que a empresa
utilizou como referência a adotar, mas estão passando despercebido por
você. Digamos que sua empresa está envolvida em uma fusão. Analise
bem o que a Cisco faz, e por que ela se sai bem repetidamente em fusões,
ao contrário da maioria das outras empresas.
57
UNIDADE III │ REALIZANDO A AUDITORIA
Uma coisa é pensar que a organização faria melhor se seus líderes possuíssem e
implementassem a melhor evidência. Outra é colocar a crença em prática. Sabe-se como
o trabalho feito por gerentes e executivos é difícil. A necessidade de tomar decisões é
incessante, a informação é incompleta e até mesmo os melhores executivos cometem
erros e são um alvo constante de críticas e questionamentos de pessoas de dentro e fora
da empresa. Neste sentido, o gerente é como o médico que deve tomar uma decisão
após a outra: simplesmente não há maneira de acertar sempre.
Exija evidências
Para Pfeiffer e Sulton (2006), raramente encontra-se um líder que preparou o palco
para a gestão baseada em evidências como Kent Thiry, presidente da DaVita, que opera
em centros de diálise renal e está em El Segundo, Califórnia, Thiry chegou a DaVita em
Outubro de 1999: a empresa estava endividada com seus bancos credores, mal podia
58
REALIZANDO A AUDITORIA │ UNIDADE III
pagar a equipe e estava prestes a quebrar. Uma bela virada do esforço foi instruir o
pessoal administrativo da instalação, em grande parte composta por enfermeiros, sobre
a utilização dos dados para orientar suas decisões.
Para garantir que a empresa tivesse a informação necessária para avaliar as operações, a
equipe de gerenciamento sênior e o diretor técnico da DaVita, Harlan Cleaver, iniciaram
uma incansável campanha para projetar e instar sistemas que ajudassem os líderes em
todos os níveis a entender como seriam os seus desempenhos. Um dos lemas de Thiry
foi: “Sem mentiras, somente os fatos.” Quando você toma a palavra na DaVita Academy,
reunião de cerca de 400 funcionários da linha de frente de toda a organização, e declara
que a empresa tem o tratamento de melhor qualidade na indústria, a alegação é apoiada
com comparações específicas e quantitativas.
O mais curioso sobre estes relatórios mensais é sobre as informações que não são
trazidas. O diretor de operações DaVita, Joe Mello, explicou que, seu indicador de
seguro é considerado importante, mas a companhia atualmente não conta com a
capacidade de reunir os dados relevantes, o indicador é incluído no relatório, com a
observação “não disponível “. Ele disse que somente a menção insistente de indicadores
importantes, até mesmo inexistentes, ajuda a motivar a empresa a procurar formas de
coleta de informações.
59
UNIDADE III │ REALIZANDO A AUDITORIA
Examine a lógica
Simplesmente exigir que cada proposta seja apoiada por estudos científicos não é
suficiente para promover o verdadeiro compromisso organizacional com a gestão
baseada em evidências. Quando um gerente ou consultor faz seu discurso, olhar para
as falhas no visor, na lógica, em inferências. É algo particularmente importante porque
na pesquisa administrativa estudos que utilizam pesquisas ou dados de arquivos de
empresas para correlacionar práticas com distintos níveis de desempenho são muito
mais comuns do que as experiências. Esta pesquisa “não experimental” é útil, mas temos
de examinar com muito cuidado para a lógica com a qual foi projetada e controlada
estatisticamente explicações alternativas, que surgem mesmo no melhor dos estudos.
O gerente que tirou proveito desse conhecimento deve estar ciente de suas limitações e
enfrentar criticamente os resultados.
Vendo o tempo e energia mental dedicado por altos executivos para desvendar os
pressupostos subjacentes a uma proposta de política, prática ou intervenção, o pessoal
na organização absorve uma nova norma cultural. Um bom líder mesmo evita a opinião
inadequada referente ao problema no trabalho de subordinados; explora a sabedoria
e a experiência coletiva da equipe para descobrir se uma premissa parece plausível.
Pergunta: “Qual seria verdade sobre pessoas e organizações a esta ideia ou prática para
ser eficaz?”.
É incrível como muitas vezes essas fontes de gestão do conhecimento estão iludidos ou
tentam enganar o cliente. Segundo Pfeiffer e Sulton (2006), a Bain and Company, tem
a capacidade de produzir uma boa pesquisa. No entanto, por que a empresa tem em seu
site uma tabela defendendo que “nossos clientes superam o mercado em 4 a 1” (anos
atrás era “3-1”). Inteligente, a equipe Bain sabe que esta correlação não prova que o seu
conselho fez o desempenho fantástico dos seus clientes. Pode ser apenas uma estrela
que estes têm mais dinheiro para contratar consultores. Na verdade, é surpreendente
na ausência no site, qualquer alegação que Bain merece crédito por esse desempenho,
pelo menos até o terceiro trimestre de 2005. A esperança pode ser que os visitantes
esqueçam momentaneamente o que aprenderam em suas aulas de estatística.
60
REALIZANDO A AUDITORIA │ UNIDADE III
Loveman como presidente de casinos Harrah. Loveman costumava brincar que hoje em
dia uma pessoa só é demitida na Harrah por três razões: roubar, assediar as mulheres
ou adotar um programa sem fazer um teste antes. Como seria de supor, as experiências
mais completas e famosas da empresa são na área de marketing, em que a empresa
utiliza os dados sobre os rios de comportamento do cliente e respostas a promoções.
Pfeiffer e Sulton (2006) aduzem que na mesma linha, Meg Whitman, presidente do
eBay, atribui muito do sucesso do site para o fato de que a gestão dedica menos tempo
para análise estratégica e mais testes e ajuste das coisas, ao que parece, poderiam
funcionar. “Esta área é nova, complexa, por isso é limitado à quantidade de análise
que pode ser feito.” Em vez disso, Whitman sugere: “É melhor você colocar algo no ar,
verificar a resposta e fazer ajustes em tempo real. Gostaria de passar seis meses para
melhorar a ideia no laboratório [...] (mas) para nós é melhor gastar seis dias para lançar
a ideia e obter feedback de que evoluir.
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Há algo ainda maior e mais importante do que qualquer diretriz única para a empresa
colher os benefícios de uma gestão baseada em evidências: a atitude da equipe no
conhecimento do negócio. Desde a época de Platão, pelo menos, o ser humano entende
que a verdadeira sabedoria não vem de uma mera acumulação de conhecimentos, mas
uma atitude de respeito e curiosidade sobre o vasto universo de conhecimentos ainda
não obtidos. O melhor indivíduo para promover a gestão baseada em evidências não é
aquele que sabe de tudo, mas o gerente profundamente ciente de quando não sabe de
nada. Um indivíduo não deixa os outros paralisados pela ignorância, mas age com base
no melhor conhecimento que temos e o questionando do seu conhecimento.
Uma tática útil para alcançá-los é apoiar os gestores da educação profissional continuada
com um compromisso igual ao de outras profissões. De acordo com o Centro de
Medicina Baseada em Evidências, identificar e implementar estratégias eficazes para a
aprendizagem ao longo da vida é a chave para que isso seja verdade no caso do médico.
O mesmo é, sem dúvida, crucial para a gestão baseada em evidências.
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foram às lojas para tentar comprar um computador de marca. Todos foram atendidos
por vendedores tentando dissuadi-los de comprar dispositivos da empresa, que eram
muito caros, tinha poucos recursos, visual inadequado, horrível serviço ao cliente. Ao
organizar uma análise e buscar outras formas de recolher dados qualitativos, o gerente
pode deixar claro que nenhuma decisão deve ignorar a observação na vida real.
O melhor indivíduo para promover a gestão baseada em evidências não é aquele que
sabe de tudo, mas o gerente profundamente consciente do quanto você não sabe.
As maiores barreiras para a gestão baseada em evidências pode ser o fato de que os
padrões atuais de hoje para a avaliação de conhecimentos de gestão são falhos. E,
infelizmente, eles são apoiados por atos de praticamente todos os atores de peso no
mercado de gestão do conhecimento. Difusão de tantas práticas, as necessidades da
mídia comercial, em particular, saber melhor julgar as virtudes e os vícios de provas de
que gera e dissemina. Pfeiffer e Sulton (2006) propõem seis normas para a produção,
avaliação, promoção e aplicação do conhecimento administrativo:
1. Pare de tratar velhas ideias como se fossem notícias. Mas quem prega
ideias de gestão acabam concluindo que para receber mais convites para
palestras e apresentação de propostas mais favoráveis para publicar livros
o melhor é ignorar o que veio antes e apresentar a ideia como totalmente
original. A maioria das revistas de negócios recicla e renomeia conceitos
apenas para continuar ganhando dinheiro. Como quebrar o ciclo? Para
começar, quem disseminar ideias deve dar crédito às suas fontes e
incentivar autores e gestores a compreender e aplicar o que veio antes.
Não é apenas sobre ser intelectualmente honesto e cortês. Trata-se de
produzir ideias melhores.
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5. Use exemplos de sucesso ou fracasso para ilustrar boas práticas, mas não
substitua um método de pesquisa válido. Há um enorme problema com
a pesquisa que depende das memórias das pessoas envolvidas em um
determinado projeto, assim como grande parte da pesquisa gerencial
para olhar segredos para o sucesso posterior. Um século atrás, segundo
Pfeiffer e Sulton (2006), Ambrose Bierce no dicionário do diabo,
definiu o termo “recordar” e “Lembre-se” em incrementos de algo que
antes não era conhecido. Foi uma prévia do muito do que descobrimos
sobre a memória humana. Os relatos de testemunhas são, por exemplo,
as pessoas não confiáveis e, em geral, têm uma memória ruim, tanto
quanto eles acreditam em suas memórias. Ainda mais relevante é que as
pessoas tendem a se lembrar de um monte de coisas diferentes quando
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considerada vitoriosa (não perder), e que tem muito pouco a ver com os
fatos.
O líder que adota a gestão baseada em evidências deve se preparar para um efeito
colateral grave: a perda de poder e prestígio.
Por enquanto, ainda não há um nível equivalente de garantia para aqueles que adotam
a gestão baseada em evidência no mundo dos negócios. O que, até agora, é a experiência
de um número relativamente pequeno de empresas – e, embora positivo, que leva
dados de uma amostra maior e mais representativa para que esta experiência pode ser
considerada um padrão repetido. Já a base teórica, a nosso ver, é sólida como uma rocha.
Parece perfeitamente lógico que as decisões baseadas na preponderância de provas de
que funciona em outros cenários e em seu negócio vai ser melhor e ajuda a empresa a
prosperar. Há também um vasto conjunto de estudos revisados por pares – milhares
de estudos rigorosos, literalmente – que, apesar de muitas vezes ignorado, fornecem
conselhos simples e sólidos sobre a gestão de uma organização. Se for encontrado e
aplicado, esse conselho teria um efeito positivo imediato sobre as empresas.
Isso tudo soa óbvio demais? Pode ser. Mas uma das lições mais importantes que
aprendemos ao longo do tempo é que a prática geral da gestão baseada em evidências
implica dominar o comum. Segundo Pfeiffer e Sulton (2006), vamos entender como
os resultados de um pequeno estudo poderiam ajudar a uma grande organização: um
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No caso da gigante de energia Chevron, que tem mais de 50 mil funcionários, se cada
um deles trocasse por ano uma única reunião de 20 minutos em que todos sentam por
uma reunião em pé, cada encontro desses seria cerca de sete minutos mais curto. Isso
pouparia Chevron mais de 350.000 minutos – cerca de 6.000 horas – por ano.
Se levada a sério, a gestão baseada em evidências pode mudar o modo de pensar e agir
de todo gerente. É, antes de tudo, um jeito de encarar o mundo e de pensar sobre o ofício
da gestão, partindo da premissa de que o uso de uma lógica melhor e mais profunda e
o emprego de fatos (na medida do possível) permitem ao líder ser mais eficaz em sua
função. Encarar os fatos e a dura verdade sobre o que funciona ou não, entender as
nefastas meias-verdades que representam tanto da tese convencional sobre a gestão e
rejeitar o absoluto nonsense que muitas vezes passa por conselhos sólidos vão ajudar a
organização a ter um desempenho melhor.
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CAPÍTULO 2
Comportamento da auditoria
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01 O/M
Melhorar o escopo no MQ 01
2.2.
01 O/M
02 O/M PG 01 no registro 7 rever local 4.2..3
adequado do armazenamento
“d”
do PO.
03 O/M No PG 01 6.2 controle de
distribuição folhas de processo
consta que recebe carimbo
vermelho SGQ.
04 O/M No MQ 01 5.6.2 consta às
atribuições do RD no item 2.2
sendo que está no item 2.3.
05 N/C Falta evidência no registro de 4.2.3
envio da correspondência ao
“C”
fornecedor LV6343 Revisão 05
emitida 1/9/2006.
06 N/C PQ 04 Setor Compras com cópia 4.2.3
controlada sem assinatura dos
“A”
responsáveis.
07 N/C Desenho de produto acabado 4.2.3
LV1343 foi alterado e na ficha de
“C”
processo LV1343-40 não consta
atualização.
08 N/C PQ 06 na intranet esta na revisão 4.2.3
4 e com os gestores e locais de
“d”
uso esta na revisão 3.
Observações
No item 01 melhorar o escopo MQ 01 2.2 não fica definido quanto à comercialização do produto.
No item 03 sugestão colocar somente carimbo de cópia controlada.
Representante da equipe de auditores / data Representante da Direção / data
Marcos Razio
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Note que nos casos acima requisitos inteiros não estão sendo atendidos,
chamamos isso de falhas sistêmicas. Não conformidades maiores também
poderão ser emitidas quando falhas existirem nos produtos que estão para ser
entregues aos clientes, ou quando uma não conformidade coloca em risco a
vida de pessoas ou tem alto potencial de causar impacto ambiental.
Não conformidades menores, afirma Rigoni (2011), são falhas pontuais, quando,
por exemplo, um único equipamento de monitoramento e medição não está com
a identificação do seu estado de calibração ou quando registros de competência
de um determinado colaborador não estão arquivados.
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UNIDADE III │ REALIZANDO A AUDITORIA
Quando estiver entrevistando um auditado, é útil ter em mente alguns pontos básicos
do que fazer ou não fazer, isso soa com boas normas de educação e não serve somente
para a auditoria. Os pontos importantes são:
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»» ouvir o que é dito, o auditor tem que ter a capacidade de ouvir os auditados
de modo a colher evidências;
Deve ser estruturado para permitir uma rápida identificação dos elementos
necessários das respostas dos questionamentos. Os elementos podem ser
descritos como:
»» WHEN – Quando cada uma das tarefas deverá ser executada (tempo).
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»» papo amigável sobre assunto de interesse mútuo. Pode ser usado nos
momentos de quebra gelo.
Toda auditoria da qualidade para ser validada precisa ter um registro de suas
constatações e que devem incluir:
»» permitir que cada membro relate seus fatos (observações) aos outros
buscando desenvolver consensos;
»» decidir sobre a medida a ser tomada, com base nessas observações (no
caso de auditoria de certificação seria “recomendar” ou não;
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»» fazer uma minuta do relatório final (incluindo por exemplo: pontos fortes,
pontos fracos e oportunidades de melhorias);
Por fim, temos a reunião de encerramento, nesta reunião os seguintes aspectos são
importantes:
»» perguntas e discussões podem ser abertas, mas devem ser feitas somente
após a apresentação dos apontamentos;
»» cada membro da equipe apresenta seu parecer de acordo com a área que
auditou;
»» comporte-se profissionalmente;
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»» seja respeitoso;
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CAPÍTULO 3
Auditoria por processo
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Os donos do processo geralmente não são chefes das pessoas que atuam ou
que são interessados no processo, ele não pode usar a autoridade, o dono
deverá negociar e inspirar as pessoas. O gerenciamento precisa ser baseado na
negociação, liderança e colaboração.
»» conhecer o negócio;
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»» conhecimento do negócio;
»» visão sistêmica;
»» relacionamento humano;
»» comunicação;
»» negociação.
O papel de dono de processo poderá ser desempenhado por uma pessoa ou por
um grupo. Em alguns casos (eu já vi isto acontecer – experiência prática), têm
processos que são extremamente críticos para a organização.
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Em uma equipe de auditoria é bom ter um auditor que tenha a visão sistêmica sobre
qualidade dentro de uma abordagem de processo para poder comparar o processo
documentado pela norma, o processo documentado na organização e o realizado no
ambiente da empresa. Existem checagens do padrão com o realizado que dependendo
do tipo de empresa é necessário um auditor especialista conhecedor do produto. Por
exemplo, empresas de autopeças, é importante ter um auditor formando em engenharia
mecânica para analisar os produtos fabricados.
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Só que não basta a auditoria de produto, pois ela certifica que os produtos
auditados naquele dia estavam conforme a norma do produto. E amanhã? E
daqui a três meses?
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UNIDADE III │ REALIZANDO A AUDITORIA
certificação que a equipe auditora tenha pelo menos um auditor que possa
realizar a auditoria de produto na organização. Isto é controlado por meio de
uma codificação internacional dos tipos de atividade atribuído a cada empresa
que busca a certificação. Se não existirem auditores com conhecimento e
experiência no mesmo ramo, a equipe de auditoria deverá contar com um
especialista, uma pessoa que não vai realizar nenhuma atividade de auditoria e
sim servir de suporte à equipe auditora.
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CAPÍTULO 4
Resultados da auditoria
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»» itens que não fazem parte do escopo da auditoria ou não são relevantes
de serem apresentados na reunião de encerramento;
As não conformidades devem ser descritas de forma clara e precisa. Devem incluir
a citação ao critério (norma, regulamento, manual, procedimento, instrução etc.),
a descrição da não conformidade (geralmente é o não atendimento ao critério) e a
evidência objetiva (efeito da não conformidade), e devem ser colocadas de modo que as
ações corretivas propostas sejam sistêmicas, que atuem de forma a evitar a recorrência
da não conformidade, e não focadas na evidência objetiva.
Citação: a cláusula 8.2.2 da ISO 9001 requer sejam as ações corretivas executadas
“sem demora indevida”.
Não conformidade: o responsável pela área auditada não assegura que as ações
corretivas sejam executadas “sem demora indevida”, no sentido de eliminar não
conformidades detectadas e suas causas.
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Evidência objetiva: as ações corretivas nos 287, 288, 289, 298, 312 e 313,
referentes às não conformidades evidenciadas na auditoria interna realizada em
outubro de 2006, até o momento (abril de 2007) não se encontram devidamente
solucionadas.
Fundamentos da evidência
Propor evidência na realização do trabalho do auditor não é uma questão de opção e
sim cumprimento do seu trabalho.
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Na documentação do auditor, além dos checklists, deve conter, de acordo com Vinagre
Melo (2004), outros documentos específicos:
Consoante a tudo que foi colocado acerca da evidência em auditoria é bom lembrar que
o auditado pode não concordar com os apontamentos e pode recorrer, dependendo da
situação a instâncias superiores. Portanto, é imprescindível que o auditor se conscientize
que o seu trabalho gera resultados, e é necessário fazê-lo com zelo, e acima de tudo, com
convicção e provas contundentes que não deixem margem a que outros duvidem de
sua capacidade profissional e sobretudo que foi realizado de forma idônea baseado nos
princípios da ética e da responsabilidade social.
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Para (não) Finalizar
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PARA (NÃO) FINALIZAR
Muitos outros motivos poderiam ser ainda citados, mas acredita-se que a maior parcela
destes se enquadra de alguma forma em uma das categorias mencionadas anteriormente.
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Referências
Sites:
<http://images.slideplayer.com.br/3/382127/slides/slide_28.jpg>
<https://qualidadeonline.wordpress.com/2010/06/28/o-que-deve-fazer-um-bom-
auditor-de-qualidade/>
89
REFERÊNCIAS
<http://revistaeducacao.uol.com.br/textos/132/artigo234363-1.asp>
<http://sucessonews.com.br/checklist-o-que-e-e-qual-e-a-sua-importancia/>
<http://www.contabeis.com.br/artigos/54/introducao-a-auditoria-de-processo/>
<http://www.hnehrer.com.br/pilulas18112010.html>
<http://www.rildosan.com/2012/02/dono-do-processo.html>
<http://www.ibccoaching.com.br/tudo-sobre-coaching/coaching-carreira/a-
importancia-da-conduta-etica-no-trabalho/>
<http://www.socrates.cnt.br/TecAud.pdf>
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