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Maus
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Maus 1/25
24/08/2020 Maus – Wikipédia, a enciclopédia livre
Índice
Sinopse
Personagens principais
Antecedentes
Mídia dos quadrinhos
Publicação
Publicação internacional
Temas
Apresentação
Memória
Culpa
Racismo
Linguagem
Estilo
Arte
Influências
Recepção e legado
Crítica e obras acadêmicas
Paródias
Prêmios e indicações
Ver também
Notas
Referências
Bibliografia
Livros
Periódicos e revistas
Jornais
Websites
Leitura adicional
Ligações externas
Sinopse
A maior parte do livro se alterna entre duas épocas. Na narrativa moldura do presente narrativo,[1]
Spiegelman entrevista seu pai, Vladek, em Rego Park, na cidade de Nova Iorque[2] em 1978–79.[3] A
história que Vladek conta desenrola-se no passado narrativo, que começa no meio dos anos 1930[2] e
continua até o fim do Holocausto em 1945.[4]
Em Rego Park em 1958,[3] um jovem Art Spiegelman reclama a seu pai que seus amigos deixaram-no
para trás. Seu pai responde em broken english, "Amigos? Seus amigos? Se você os trancar num
quarto sem comida por uma semana, aí você verá o que são amigos!"[5][b]
Já adulto, Art visita seu pai, de quem se distanciou.[6] Desde o suicídio em 1968 de Anja, mãe de Art,
Vladek casou-se novamente com uma mulher chamada Mala.[7] Art pede a Vladek que relate
novamente seus experiências do Holocausto.[6] Vladek conta-lhe de seu tempo na cidade polonesa de
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Częstochowa[8] e de como ele veio a se casar com Anja, entrar em sua família abastada e mudar-se
para Sosnowiec para se tornar um fabricante de tecidos. Vladek implora a Art que não inclua isto em
seu livro, e, relutantemente, Art concorda.[9] Anja sofre um colapso por conta de sua depressão pós-
parto[10] depois de dar à luz seu primeiro filho, Richieu,[c] e o casal vai para um sanatório na
Checoslováquia durante a ocupação nazista para que ela se recupere. Depois que retornam, tensões
políticas e antissemitas aumentam até que Vladek é convocado logo antes da invasão nazista. Vladek
é capturado na frente de batalha e forçado a trabalhar como prisioneiro de guerra. Depois de sua
soltura, ele descobre que a Alemanha anexou Sosnowiec e é deixado do outro lado da fronteira no
protetorado alemão. Ele consegue esgueirar-se pela fronteira e se reúne com sua família.[12]
Durante uma das visitas de Art, ele descobre que um amigo de Mala enviou ao casal uma das revistas
do movimento underground comix para a qual Art contribuiu. Mala havia tentado escondê-la, mas
Vladek a encontra e a lê. Em "Prisoner on the Hell Planet",[13] Art está traumatizado pelo suicídio de
sua mãe três meses depois de sua liberação do hospital psiquiátrico, e, no fim da história, retrata-se
atrás das grades, dizendo: "Você me assassinou, mamãe, e me largou aqui para levar pancada!"[14][b]
Embora traga lembranças dolorosas, Vladek admite que lidar com a questão daquela maneira foi bom
apesar de tudo.[15]
Em 1943, os nazistas mudam os judeus do Gueto de Sosnowiec para Srodula e marcham-nos de volta
a Sosnowiec para trabalhar. A família se divide: Vladek e Anja enviam Richieu a Zawiercie para ficar
com uma tia por segurança. À medida que cada vez mais judeus são enviados dos guetos a Auschwitz,
a tia envenena a si mesma, seus filhos e Richieu para escapar da Gestapo. Em Srodula, muitos judeus
constroem bunkers para se esconder dos alemães. O bunker de Vladek é descoberto e ele é colocado
num "gueto dentro do gueto" rodeado de arame farpado. O restante da família de Vladek e Anja é
levado embora.[12] Os judeus são retirados de Srodula, exceto por um grupo que Vladek esconde em
outro bunker. Quando os alemães vão embora, o grupo se divide e deixa o gueto.[16]
Art pede para ver os diários de Anja, que Vladek lhe diz serem o relato das experiências do
Holocausto dela e o único registro do que lhe aconteceu após ter sido separada de Vladek em
Auschwitz, e que Vladek diz que ela queria que Art lesse. Vladek admite que queimou os diários
depois do suicídio de Anja. Art se enfurece e chama Vladek de "assassino".[17]
A história avança para 1986, depois dos primeiros seis capítulos de Maus terem aparecido reunidos
numa única edição. Art está perplexo pela atenção inesperada que o livro recebe[4] e se vê "totalmente
bloqueado". Art fala sobre o livro com seu psiquiatra Paul Pavel, um checo sobrevivente do
Holocausto.[18] Pavel sugere que, como aqueles que morreram nos campos nunca poderão contar
suas histórias, "talvez seja melhor não ter histórias."[b] Art responde com uma citação de Samuel
Beckett: "Toda palavra é uma mancha desnecessária no silêncio e no vazio",[b] mas logo em seguida
percebe, "Por outro lado, ele disse isso."[19][b]
Vladek fala de suas dificuldades nos campos, da fome, do abuso, de sua engenhosidade, de evitar a
selektionen: o processo pelo qual prisioneiros eram selecionados para trabalhos adicionais ou
execução.[20] Apesar do perigo, Anja e Vladek trocam mensagem ocasionais. À medida que a guerra
avança e o front alemão recua, os prisioneiros são conduzidos de Auschwitz na Polônia ocupada para
Gross-Rosen dentro do Reich, e depois para Dachau, onde apenas o sofrimento apenas aumenta e
Vladek contrai tifo.[21]
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A guerra termina, os sobreviventes dos campos são libertados, e Vladek e Anja se reencontram. O
livro termina com Vladek se debatendo em sua cama à medida que termina sua história e dizendo a
Art: "Cansei de falar, Richieu... Agora, chega de histórias."[22][b] A imagem final é da lápide de Vladek
e Anja:[23] Vladek morreu em 1982, antes do livro ser terminado.[24]
Personagens principais
Art Spiegelman[d] (n. 1948)[26] é um cartunista e intelectual.[3] Art é retratado como alguém
irritado, que fica constantemente se lamentando.[3] Ele lida com seus próprios traumas e com
aqueles herdados por seus pais procurando ajuda psiquiátrica,[10] que continuou depois de
terminado o livro.[27] Não tem um bom relacionamento com seu pai, Vladek,[28] por quem sente-
se dominado.[3] A princípio, demonstra pouca simpatia pelos sofrimentos de seu pai, mas mostra
mais conforme o desenrolar da narrativa.[29]
Mala Spiegelman (1917–2007)[34] é a segunda esposa de Vladek, que faz ela se sentir como se
nunca pudesse viver à altura de Anja.[35] Embora ela também seja uma sobrevivente do
Holocausto e fale com Art ao longo do livro, este não faz nenhuma tentativa de aprender sobre
sua experiência do Holocausto.[36]
Anja Spiegelman[f] (1912–1968) é a mãe de Art, a primeira esposa de Vladek e outra judia
polonesa que sobreviveu ao Holocausto.[31] Nervosa, submissa e dependente, ela tem seu
primeiro colapso nervoso depois de dar à luz seu primeiro filho.[37] Alguma vezes, falou a Art
sobre o Holocausto quando ele estava crescendo, embora seu pai não aprovasse. Suicidou-se
cortando os pulsos numa banheira em maio de 1968,[38] e não deixou nenhum bilhete suicida.[39]
Françoise Mouly (n. 1955)[26] é a esposa de Art. É francesa e converteu-se ao judaísmo[40] para
agradar Vladek. Spiegelman tem dificuldades em retratá-la: fica em dúvida entre um
camundongo judeu, um sapo francês ou algum outro animal. Ele usa um camundongo.[41]
Antecedentes
Art Spiegelman nasceu em 15 de fevereiro de 1948, na Suécia, filho de Vladek e Anja Spiegelman,
judeus poloneses sobreviventes do Holocausto. Sua tia envenenou Richieu, o primeiro filho do casal,
para impedir que fosse capturado pelos nazistas quatro anos antes do nascimento de Spiegelman.[42]
Ele e seus pais imigraram para os Estados Unidos em 1951.[43] Durante sua juventude, sua mãe
falava, ocasionalmente, sobre Auschwitz, mas seu pai não queria que ele soubesse sobre o que havia
se passado.[27]
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pai.[45] Spiegelman leu fanzines sobre artistas gráficos como Frans Masereel que fizeram romances
sem palavras. As discussões naqueles fanzines sobre escrever o Grande Romance Americano em
quadrinhos inspiraram-no.[46]
Spiegelman tornou-se uma figura central do movimento underground comix dos anos 1970, tanto
como cartunista quanto como editor.[47] Em 1972, o cartunista Justin Green produziu um quadrinho
semiautobiográfico chamado Binky Brown Meets the Holy Virgin Mary, que inspirou outros
cartunistas do movimento a produzir obras mais pessoais e reveladoras.[48] No mesmo ano, Green
pediu a Spiegelman que contribuísse com uma tira de três páginas para a primeira edição de Funny
Aminals [sic], que Green editou.[47] Spiegelman queria fazer uma tira sobre racismo e, a princípio,
considerou focar-se em afro-americanos,[49] com gatos representando membros da Ku Klux Klan
perseguindo camundongos afro-americanos.[50] Ao invés disso, voltou-se ao Holocausto e retratou
gatos nazistas perseguindo camundongos judeus numa tira chamada "Maus". A história foi narrada a
um camundongo chamado "Mickey".[47] Depois de terminá-la, Spiegelman visitou seu pai para
mostrar-lhe a obra terminada, a qual baseou, em parte, numa anedota que ouvira sobre a experiência
de seu pai em Auschwitz. Seu pai deu-lhe mais informações, que lhe despertaram o interesse.
Spiegelman gravou uma série de entrevistas ao longo de quatro dias com seu pai, as quais
forneceriam a base do graphic novel Maus.[51] Spiegelman deu prosseguimento com ampla pesquisa,
lendo relatos de sobreviventos e conversando com amigos e familiares que também haviam
sobrevivido. Conseguiu informações detalhadas sobre Sosnowiec de uma série de panfletos poloneses
publicados depois da guerra que detalhavam o que havia acontecido aos judeus por região.[52]
Maus ganhou destaque quando o termo "graphic novel" estava começando a granjear adesão. Will
Eisner popularizou o termo em 1978 com a publicação de Um Contrato com Deus. O termo foi usado,
em parte, para mascarar o status cultural baixo que os quadrinhos possuíam no mundo anglófono e,
em parte, porque o termo "comic book" estava sendo usado para se referir a periódicos curtos, não
havendo vocabulário com o qual fosse possível se falar de quadrinhos em forma de livro.[62]
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Publicação
O primeiro capítulo de Maus apareceu em dezembro de 1980 na segunda edição da revista RAW[46]
como um pequeno suplemento; um novo capítulo apareceu em cada edição subsequente até o fim da
revista em 1991. Todos os capítulos, com exceção do último, apareceram na RAW.[63]
Spiegelman teve dificuldade de encontrar uma editora para uma edição em livro de Maus,[42] mas
depois de uma resenha bastante elogiosa no New York Times em agosto de 1986 da edição
serializada, a editora Pantheon Books publicou os seis primeiros capítulos num volume[64] chamado
Maus: A Survivor's Tale, com o subtítulo My Father Bleeds History. Spiegelman ficou aliviado que a
publicação do livro precedeu à estreia do filme animado An American Tail por três meses, pois
acreditava que o filme, produzido pela Amblin Entertainment de Steven Spielberg, fora inspirado por
Maus e queria evitar comparações entre as obras.[65]
O livro encontrou grande acolhida entre o público, em parte por conta de sua distribuição em
livrarias ao invés das lojas de quadrinhos do direct market onde revistas em quadrinhos eram, via de
regra, vendidas.[66] Foi difícil para críticos classificarem Maus e também para livreiros, que
precisavam saber em quais seções colocá-lo. Embora a Pantheon tenha tentando emplacar o termo
graphic novel, Spiegelman não sentia-se confortável com ele, pois muitos quadrinhos estavam sendo
apresentados como graphic novels tivessem ou não qualidades de romance (novel, em inglês). Ele
suspeitou que o uso do termo foi uma tentativa de validar a mídia dos quadrinhos ao invés de
descrever o conteúdo dos livros.[62] Posteriormente, Spiegelman veio a aceitar o termo e, juntamente
com Chris Oliveros, editor da Drawn and Quarterly, pressionou o Book Industry Study Group no
início dos anos 2000 para incluir "graphic novel" como uma categoria em livrarias.[67]
A Pantheon reuniu os últimos cinco capítulos em 1991 num segundo volume intitulado And Here My
Troubles Began. Mais tarde, a editora reuniu ambos os volumes em box sets de dois volumes nas
versões brochura e capa dura e também em edições de volume único.[68] Em 1994, a Voyager
Company lançou The Complete Maus em CD-ROM, uma coleção contendo os quadrinhos originais,
as transcrições das gravações de Vladek, entrevistas em vídeo, rascunhos e outros materiais de
apoio.[69] O CD-ROM foi baseado no HyperCard, um programa exclusivo para o Macintosh que,
desde então, tornou-se obsoleto.[70] Em 2011, como complemento a The Complete Maus, a Pantheon
Books publicou MetaMaus, com mais material de apoio, incluindo gravações em vídeo de Vladek.[42]
A atração principal do livro é uma entrevista com Spiegelman conduzida por Hillary Chute. O
material também traz entrevistas com a esposa e os filhos de Spiegelman, rascunhos, fotografias,
árvores genealógicas, ilustrações variadas e um DVD com vídeo, áudio, fotos e uma versão interativa
de Maus.[71] A epígrafe do livro é uma citação de Adolf Hitler: "Os judeus são indubitavelmente uma
raça, mas eles não são humanos."[72]
Publicação internacional
A Penguin Books obteve os direitos para publicar o volume inicial na Comunidade Britânica em 1986.
Em apoio ao boicote cultural do Congresso Nacional Africano em oposição ao apartheid, Spiegelman
recusou-se a "fazer concessões ao fascismo"[73], impedindo a publicação de sua obra na África do
Sul.[73]
Em 2011, Maus já havia sido traduzido para cerca de trinta línguas. Três traduções eram de especial
importância para Spiegelman: francês, pois sua esposa era francesa, e em razão de seu respeito pela
tradição sofisticada dos quadrinhos franco-belgas; alemão, dado o pano de fundo do livro; e polonês.
A maior parte do livro se passa na Polônia e o polonês foi a língua de seus pais e a sua própria língua
materna.[74] Os editores da edição alemã tiveram de convencer o ministro da cultura alemão do
propósito sério de ter a suástica aparecendo na capa da obra, já que a lei alemã proíbe a exibição de
simbolismo nazista.[75] A recepção foi positiva na Alemanha: Maus foi um best-seller e ensinado nas
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Alguns quadros foram mudados para a edição em hebraico de Maus. Baseando-se nas memórias de
Vladek, Spiegelman retratou um dos personagens secundários como membro da Polícia Judaica
estabelecida pelos nazistas. Um descendente israelense protestou e ameaçou processar por
difamação. Spiegelman redesenhou o personagem com uma fedora ao invés do chapéu de polícia
original, mas anexou uma nota ao volume, expressando sua objeção a esta "intrusão".[78] Esta versão
do primeiro volume apareceu em 1990 pela editora Zmora Bitan. Ela teve uma recepção de
indiferente a negativa, e a editora não lançou o segundo volume.[79] Outra editora israelense publicou
ambos os volumes, com uma nova tradução do poeta Yehuda Vizan que incluía o broken english de
Vladek, algo que a Zmora Bitan recusara-se a fazer.[80] Marilyn Reizbaum viu nisto uma acentuação
da diferença entre a autoimagem do judeu israelense como um intrépido defensor da pátria e a do
judeu americano como uma vítima débil,[81] algo que um escritor israelense menosprezou como "a
doença da diáspora".[82][g]
Temas
Apresentação
Spiegelman, como muitos de seus críticos, teme que a "realidade seja demais para os quadrinhos [...]
tanta coisa tem de ser deixada de lado ou distorcida", admitindo que sua apresentação da história
talvez não seja exata.[83] Ele toma uma abordagem pós-modernista; Maus "alimenta-se de si
mesmo", contando a história de como a história foi feita. A obra examina as escolhas que Spiegelman
fez ao recontar as memórias de seu pai, e as escolhas artísticas que ele teve de fazer — por exemplo,
quando sua esposa francesa se converte ao judaísmo, o personagem de Spiegelman se preocupa se
deve retratá-la como um sapo, um rato ou outro animal.[84]
O livro retrata seres humanos com cabeças e rabos de diferentes espécies de animais; judeus são
desenhados como ratos e outros alemães e polacos como gatos e porcos,[2] entre outros. Spiegelman
se aproveitou da maneira que os filmes de propaganda nazista retrataram judeus como pragas,[85]
embora ele tenha sido, a princípio, surpreendido pela metáfora depois de participar de uma
apresentação na qual Ken Jacobs mostrou filmes de minstrel shows ao lado de filmes animados
antigos dos Estados Unidos, repletos de caricaturas raciais.[86] Spiegelman concluiu que o rato seria
um símbolo para os judeus na propaganda nazista, enfatizando por uma epígrafe de uma jornal
alemão dos anos 1930 que prefaceia o segundo volume: "Mickey Mouse é a ideia mais miserável já
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revelada [...] Emoções saudáveis dizem a todo jovem rapaz e todo jovem honrado que o verme sujo e
coberto de imundície, o maior portador de bactéria no reino animal, não pode ser o tipo ideal de
animal [...] Fora com a brutalização judaica do povo! Abaixo Mickey Mouse! Vista a cruz suástica!"[87]
Personagens judeus tentam se passar por polacos usando máscaras de porcos no rosto, com as cordas
aparecendo na parte de trás.[88] O disfarce de Vladek foi mais convincente do que o de Anja — "dava
para ver que ela era mais judia", diz Vladek. Spiegelman mostra este caráter judaico fazendo com que
o rabo de Anja apareça de fora de seu disfarce.[89] Esta literalização dos estereótipos genocidas que
levaram os nazistas a sua solução final pode reforçar rótulos racistas,[90] mas Spiegelman usa a ideia
para criar anonimidade para seus personagens. De acordo com a historiadora de arte Andrea Liss,
isto pode, paradoxalmente, permitir que leitor se identifique com os personagens como humanos,
impedindo-o de observar características raciais baseadas em traços faciais, e, ao mesmo tempo,
lembrá-lo da onipresença da classificação racista.[91]
Ao fazer com que pessoas de diferentes etnias se parecessem, Spiegelman esperava mostrar o absurdo
de dividir pessoas desta forma. Spiegelman afirmou que "estas metáforas [...] foram feitas para se
auto-destruir"[92] e "revelar a futilidade da própria ideia".[93] A professora Amy Hungerford não
observou um sistema consistente para metáfora dos animais.[94] Em vez disso, ela significou os
papéis dos personagens na história ao invés de suas raças — Françoise, uma gentia, é uma rata por
causa de sua identificação com seu marido, que se identifica com vítimas do Holocausto. Quando
perguntado qual animal usaria para os judeus israelenses, Spiegelman sugeriu o porco-espinho.[87]
Quando Art visita seu psiquiatra, ambos usam máscaras de rato.[95] As ideias de Spiegelman sobre a
metáfora dos animais evoluíram ao longo da feitura do livro — na publicação original do primeiro
volume, seu auto-retrato mostrava uma cabeça de rato num corpo humano, mas quando o segundo
volume foi lançado, seu auto-retrato havia se tornado o de um homem usando uma máscara de
rato.[96] Em Maus, os personagens parecem ser ratos e gatos apenas em sua relação de predador e
presa. Em todos os aspectos, exceto suas cabeças e rabos, eles agem e falam como seres humanos
comuns.[96] Complicando ainda mais a metáfora dos animais, Anja é retratada, ironicamente, como
tendo medo de rato, enquanto outros personagens aparecem com cães e gatos de estimação, e os
nazistas, com cães de ataque.[97]
Memória
Para Marianne Hirsch, a vida de Spiegelman é "dominada por memórias que não são suas".[98] Sua
obra não é de memória, mas de pós-memória — um termo cunhado por ela depois de descobrir
Maus. Isto descreve a relação dos filhos de sobreviventes com seus pais. Embora estes filhos não
tenham tido as experiências de seus pais, eles cresceram com as memórias deles — memórias da
memória de outrem — até as histórias se tornarem tão poderosas que, para estes filhos, elas se
tornam memórias autônomas. A proximidade dos filhos cria uma "conexão pessoal profunda" com a
memória, embora separada dela por uma "distância geracional".[99]
Art tentou manter a história de seu pai em ordem cronológica, porque, caso contrário, ele "nunca
conseguiria mantê-la organizada".[100] As memórias de Anja, sua mãe, estão conspicuamente
ausentes da narrativa, dado seu suicídio e a destruição de seus diários feita por Vladek. Hirsch vê
Maus, em parte, como uma tentativa de reconstruir as memórias dela. Vladek mantém viva a
memória de Anja com fotos dela em sua mesa, "como um templo", de acordo com Mala.[101]
Culpa
Spiegelman exibe seu senso de culpa de diversas maneiras. Ele sofre de angústia por seu irmão
morto, Richieu, que pereceu no Holocausto e que Spiegelman sente nunca conseguirá estar a
altura.[102] O oitavo capítulo, feito depois da publicação e do sucesso inesperado do primeiro volume,
abre com um Spiegelman perturbado pela culpa (agora em forma humana, vestindo uma máscara de
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rato) em cima de uma pilha de cadáveres — os cadáveres dos seis milhões de judeus sobre os quais o
sucesso de Maus foi construído.[103] Seu psiquiatra lhe diz que seu pai se sente culpado por ter
sobrevivido e vivido mais do que seu primeiro filho,[104] e que uma parte da culpa de Art pode se
originar de ter pintado seu pai de maneira tal desfavorável.[105] Como ele próprio não viveu nos
campos, é difícil para ele entender ou visualizar este "universo separado", e sente-se inadequado
retratando-o.[27][106]
Racismo
Os alemãos são retratados com pouca diferença entre eles, mas há grande variedade entre poloneses e
judeus que dominam a história.[109] Algumas vezes, judeus e conselhos judaicos são mostrados
obedecendo os ocupantes; algumas enganam outros judeus para que sejam capturados, enquanto
outros agem como polícia para os nazistas.[110]
Spiegelman mostra diversas instâncias em que poloneses se arriscaram para ajudar judeus, e também
mostra o antissemitismo como sendo abundante entre eles. Os Kapos que operam os campos são
poloneses, e Anja e Vladek são enganados por contrabandistas poloneses e entregues aos nazistas.
Anja e Vladek ouvem histórias de que poloneses continuam a expulsar e até mesmo matar judeus em
regresso após a guerra.[111]
Linguagem
A palavra alemã Maus é cognata da palavra inglesa mouse,[117] e também lembra o verbo alemão
mauscheln, que significa "falar como um judeu"[118] e refere-se à maneira como judeus da Europa
Oriental falavam alemão [119] — uma palavra que não se relaciona etimologiamente a Maus, mas a
Moses.[118]
Estilo
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Spiegelman começou a registrar suas entrevistas com Vladek em papel, mas rapidamente mudou
para um gravador,[127] face a face ou por telefone.[52] Frequentemente, Spiegelman resumiu as
palavras de Vladek e, ocasionalmente, fez acréscimos aos diálogos[127] ou sintetizou múltiplas versões
de uma mesma história numa só.[52]
Spiegelman preocupou-se com o efeito que a organização realizada por ele na história de Vladek teria
na autenticidade desta. No fim, ele deixou de lado uma abordagem joiceana e decidiu-se por uma
narrativa linear que pensou ser melhor para "fazer-se entender". Ele esforçou-se para apresentar a
maneira pela qual o livro foi documentado e organizado como parte integral do próprio livro,
expressando a "sensação de uma entrevista moldada por um relacionamento."[52]
Arte
A história é impulsionada pelo texto, com poucos quadros sem palavras[4] entre seus 1 500 quadros
pretos-e-brancos.[128] A arte tem um alto contraste: as manchas pretas dentro dos quadros,
juntamente com as bordas grossas e pretas, são equilibradas por áreas brancas e largas margens
brancas. Há pouco cinza no sombreamento.[129] No presente narrativo, as páginas são organizadas
em grids de oito quadros; no passado narrativo, Spiegelman percebeu-se "violando a grid
constantemente" com os layouts de suas páginas.[32]
Spiegelman executou "Maus" (a versão original de três páginas) e "Prisioner on Hell Planet" em
estilos altamente detalhados e expressivos. Ele planejou desenhar Maus da mesma maneira, mas
depois dos esboços iniciais, decidiu usar um estilo contido, pouco diferente de seus esboços em lápis,
que achou mais direto e imediato. Personagens são retratados de modo minimalista: cabeças de
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animais com pontos no lugar dos olhos e traços para sobrancelhas e bocas, sobre corpos
humanoides.[37] Spiegelman queria se distanciar da maneira como desenhou os personagens em
"Maus" (a versão original) na qual gatos enormes colocavam-se acima dos camundongos judeus, uma
abordagem que, segundo ele: "diz a você como se sentir, diz a você como pensar".[130] Ele preferiu
deixar o leitor fazer julgamentos morais independentes.[131] Ele desenhou os gatos-nazistas do
mesmo tamanho dos camundongos-judeus e retirou as expressões estereotipadas de vilania.[88] O
contraste entre a arte de "Prisoner on Hell Planet" e a de Maus mostra a eficácia da arte mais simples:
"Prisoner" é alienante, enquanto Maus é mais convidativo, encorajando uma contemplação e uma
compreensão mais profundas.[40]
Spiegelman queria que a arte passasse a sensação de um diário, assim desenhou as páginas em papel
de carta com uma caneta-tinteiro e corretivo líquido de máquina de escrever. O quadrinho foi
reproduzido no mesmo tamanho em que foi desenhado, ao contrário de seus outros trabalhos, que,
em geral, eram desenhados maiores e impressos em tamanho menor, o que esconde defeitos na
arte.[50]
Influências
Recepção e legado
A obra de Spiegelman, tanto como cartunista quanto como editor, já era bastante conhecida e
respeitada na comunidade dos quadrinhos, mas a atenção da mídia depois da publicação do primeiro
volume em 1986 foi inesperada.[136] Centenas de resenhas predominantemente positivas apareceram
e Maus se tornou o centro da nova atenção devotada aos quadrinhos.[137] Foi considerado um dos
"Big Three": um dos três grandes quadrinhos em formato de livro publicados em 1986–87,
juntamente com Watchmen e The Dark Knight Returns, tidos como tendo trazido o termo graphic
novel e a ideia de quadrinhos para adultos ao grande público.[138] Creditou-se a ele a mudança na
percepção do público sobre o que os quadrinhos poderiam ser[139] numa época em que, no mundo
anglófono, HQs eram consideradas para crianças e fortemente associadas a superheróis.[59] A
princípio, críticos de Maus relutaram em incluir os quadrinhos no discurso literário.[140] O New York
Times, na intenção de elogiar, disse do livro: "Art Spiegelman não desenha revistas em
quadrinhos".[141] Depois de ganhar o prêmio Pulitzer, Maus recebeu maior aceitação e interesse entre
acadêmicos.[142] Em 1991–92, o Museu de Arte Moderna de Nova Iorque montou uma exibição sobre
a criação de Maus.[143]
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Os capítulos iniciais de Maus que apareceram na Raw inspiraram o jovem Chris Ware a "tentar fazer
quadrinhos que tinham um teor 'sério'".[154] Maus é citado como uma influência primordial em
graphic novels como Persepolis, de Marjane Satrapi, e Fun Home, de Alison Bechdel.[48]
Em 1999, o cartunista Ted Rall publicou um artigo no Village Voice criticando a proeminência e a
influência de Spiegelman na comunidade nova-iorquina de cartunistas.[155] Intituldo "Rei Maus: Art
Spiegelman Domina o Mundo dos Comix Com Benesses e Medo", o artigo acusou o comitê do Pulitzer
de oportunismo ao selecionar Maus, que Rall não considerou merecedor.[156] O cartunista Danny
Hellman respondeu ao artigo pregando uma peça via e-mail, no qual fingiu ser Rall,[155] solicitando
uma discussão no endereço de e-mail TedRallsBalls@onelist.com. Hellman deu seguimento,
postando respostas falsas de editores e diretores de arte da New York Magazine. Rall entrou com
uma ação na justiça, solicitando reparações de 1,5 milhão de reais por difamação, violação de
privacidade e sofrimento emocional.[157] Para angariar fundos com o objetivo de combater o litígio,
Hellman publicou, em 2001, a antologia Legal Action Comics, que incluiu uma contracapa feita por
Spiegelman, na qual retrata Rall como um mictório.[155]
familiaridade com quadrinhos, em grande parte pela falta de uma tradição acadêmica de quadrinhos
— a tendência foi abordar Maus como história do Holocausto ou de uma perspectiva cinematográfica
ou literária. Em 2003, Deborah Geis editou uma coletânea de ensaios sobre Maus chamada
Considering Maus: Approaches to Art Spiegelman's "Survivor's Tale" of the Holocaust.[132] Maus é
considerado uma obra importante da literatura do Holocausto e estudos sobre a HQ fizeram
contribuições significativas para os estudos do Holocausto.[161]
O crítico literário Walter Ben Michaels achou que as divisões raciais de Spiegelman "iam de encontro
aos fatos".[175] Spiegelman retrata europeus como diferentes espécies de animais baseando-se em
"concepções nazistas de raça, mas todos os americanos, tanto negros quanto brancos, são retratados
como cachorros — com exceção dos judeus, que permanecem camundongos não-assimilados. Para
Michaels, Maus parece maquiar as desigualdades raciais que contaminaram a história dos Estados
Unidos.[175]
Outros críticos, como Bart Beaty, opuseram-se ao que viram como o fatalismo da obra.[176]
O estudioso Paul Buhle afirmou que "mais do que alguns leitores descreveram [Maus] como o mais
envolvente de todos os retratos do Holocausto, talvez porque somente a qualidade caricatural da arte
dos quadrinhos esteja à altura da aparente irrealidade de uma experiência completamente
absurda."[177] Michael Rothberg opinou que, "ao situar uma história não-ficcional num espaço
altamente mediado, irreal, 'de quadrinhos'", Spiegelman captura a hiperintensidade de
Auschwitz."[178]
Paródias
https://pt.wikipedia.org/wiki/Maus 13/25
24/08/2020 Maus – Wikipédia, a enciclopédia livre
Prêmios e indicações
Prêmios e indicaçãoes para Maus
Ano Organização Prêmio Resultado Ref.
Prêmio do National Book Critics Circle de [180]
1986 National Book Critics Circle Indicado
biografia
Revista Present Tense, Present Tense/Prêmio Joel H. Cavior para livro [181]
1987 Venceu
American Jewish Committee de ficção
Prêmio do Festival
Melhor álbum estrangeiro (Maus: un survivant [183]
1988 Internacional de Quadrinhos de Venceu
raconte - Mon père saigne l'histoire)
Angoulême
1991 National Book Critics Circle Prêmio do National Book Critics Circle Indicado [186]
1992 Prêmio Eisner Melhor graphic album — Reedição (Maus II). Venceu [188]
1992 Los Angeles Times Book Prize for Fiction (Maus II) Venceu [190]
Ver também
Antropomorfismo
Hagadá das Cabeças de Pássaros
Notas
a. Da palavra alemã Maus [maʊ̯s], com significado e pronúncia similares à palavra inglesa "mouse"
/maʊs/.
b. Falas retiradas das edições brasileiras de Maus (1987), tradução de Ana Maria de Souza
Bierrenbach, e Maus: a história de um sobrevivente II (1995), tradução de Maria Esther Martino,
ambas publicadas pela Editora Brasiliense.
c. Escrito "Rysio" em polonês. "Richieu" é um erro de ortografia de Spiegelman, pois ele ainda não
havia visto o nome de seu irmão escrito.[11]
d. Nascido Itzhak Avraham ben Zev; seu nome foi mudado para Arthur Isadore quando imigrou com
seus pais para os EUA.[25]
https://pt.wikipedia.org/wiki/Maus 14/25
24/08/2020 Maus – Wikipédia, a enciclopédia livre
e. Nascido Zev Spiegelman, com o nome judeu Zev ben Abraham. Seu nome polonês era
Wladislaw ("Wladislaw" e "Wladec" são ortografias fornecidas por Spiegelman; a escrita padrão
polonesa deste nomes é "Władysław" e "Władek"), do qual "Wladec" é um diminutivo. "Vladek" é
a versão russa deste nome, adquirido quando a área onde Vladek morava foi controlada pela
Rússia. Esta ortografia foi escolhida para Maus pois foi considerada a mais fácil para falantes do
inglês pronunciar corretamente. A versão alemã de seu nome era "Wilhelm" (ou "Wolf"), e ele se
tornou William quando se mudou para os EUA.[30]
f. Nascida Andzia Zylberberg, com o nome hebreu de Hannah. Seu nome se tornou Anna quando
ela e Vladek chegaram aos EUA.[30]
g. Traduzido do hebraico por Marilyn Reizbaum.[82]
h. Jornal semanal fundado em 1941, em Lyon, para promover a Resistência francesa contra os
nazistas
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CA-talks/024M-C0095X0516XX-0100V0) - gravação da British Library (em inglês)
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