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O arquiteto deve ter sempre em mente os símbolos mais usados, de

modo que possa ler (interpretar) os projetos de instalação hidráu-


lica. Existe grande diversidade de representações. Cada projetista
pode elaborar sua simbologia. De qualquer maneira, a legenda
completa deve compreender todos os símbolos e abreviaturas uti-
lizados no projeto e ser colocada em todas as pranchas, para uma
perfeita interpretação dos desenhos.
A seguir, são apresentadas algumas simbologias para as insta-
lações hidráulicas prediais.

ÁGUA FRIA
Tubulações Válvulas e registros
VD
Água fria ~ Válvula de descarga
VCR
A. F. aliment. predial ~ Válvula de descarga com registro

Prumadas +@+- Válvula de retenção

@Água fria ~ Registro de gaveta bruto

@ Água fria para válvula de descarga 4 Registro de gaveta com acabamento cromado

® Recalque + Registro de pressão

/rubo que desce

/rubo que sobe

243
ÁGUA QUENTE
Tubulações Registros

Água fria IÍI Registro de gaveta bruto

-- -- Água quente 4 Registro de gaveta com acabamento cromado

Prumadas

@ Água fria
-+- Registro de pressão

® Agua
' quente
~ b o que desce

/rubo que sobe

SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO


A Instrução Técnica 04/04 estabelece os símbolos gráficos a serem
utilizados nos projetos de segurança contra incêndio das edifica-
ções e áreas de risco, atendendo ao previsto no Decreto Estadual
n. 56.819/11.
Adota-se a NBR 14100/98 (Proteção contra Incêndio - Símbolos
Gráficos), com as inclusões e adequações de exigências constantes
nessa instrução.

ESGOTO
Tubulações Caixas e ralos

-----
Esgoto sanitário
Venti lação D ' Caixa de inspeção de esgoto

Prumadas [] Caixa de gordura/caixa desconectora

CD Caixa ou ralo sifonado


® Tubo de queda de esgoto

~ Ralo seco
® Ventilação
G) Grelha semiesférica de FF

/Tubo que desce

/Tubo que sobe


244
·e-e..
li>

ÁGUAS PLUVIAIS o
QJ

Tubulações Caixas e ralos E


QJ

-------
-------
Água pluvial
Drenagem freática o Caixa de inspeção de água pluvial
li>
ra
"O
ra
.!:::!

~
Caixa de inspeção de água pluvial :;:;
Prumadas com grelha na tampa :,
li>
ra
@ Tubo de queda de águas pluviais
CD Caixa ou ralo sifonado
ºSi:,
-2
o
/Tubo que desce e Ralo seco ..e
E
i.ii
® Grelha semiesférica de F'F'

245
APARELHOS SANITÁRIOS

O aparelho sanitário é um componente da instalação destinado ao


uso da água ou ao recebimento de dejetos líquidos e sólidos (na
maioria das vezes, pertencentes à instalação de esgoto sanitário).
Incluem-se nessa definição aparelhos como lavatórios, bacias, bidês,
banheiras de hidromassagem, pias, tanques, máquinas de lavar
roupa e de lavar pratos etc.
Recomenda-se que as peças de utilização possuam vazões
que permitam tornar o mais eficiente possível o uso da água nelas
utilizadas, o que implica a redução do consumo de água a valores
mínimos necessários e suficientes para o bom funcionamento dessas
peças e para o atendimento dos requisitos do usuário.
A definição e a localização desses aparelhos deverão, obrigato-
riamente, constar do projeto arquitetônico. Para tanto, é necessário
o conhecimento de alguns aspectos técnicos dos diversos aparelhos
existentes no mercado, como condição básica para uma perfeita
integração e compatibilização da arquitetura com os projetos de
estrutura e instalações do edifício. A estética e o custo também
devem ser analisados pelo projetista, antes da escolha e especifi-
cação do produto.
As normas brasileiras fixam as exigências para fabricação dos
aparelhos sanitários, que devem satisfazer às condições de conforto,
higiene, facilidade de limpeza e desobstrução, durabilidade etc. Os
aparelhos sanitários de material cerâmico devem obedecer à NBR
6452. Existe, no mercado, grande variedade de marcas e dimensões,
todas buscando atender às condições mencionadas.

NÚMERO MÍNIMO DE APARELHOS


Em qualquer tipo de edifício, o arquiteto deve prever, no projeto,
quantidades adequadas de aparelhos sanitários. Para isso, deve
consultar o Código de Obras da municipalidade, para saber das
248 exigências locais. Caso não consiga as informações necessárias,
poderá consultar a Tabela 7.1, que serve de orientação aos projetis-
tas. Essa tabela, publicada no Uniform Plumbing Code, de 1955, do
United States Department ofCommerce, apresenta as instalações
sanitárias mínimas em função do tipo de edifício ou ocupação.*
O conhecimento das normas pertinentes, assim como de alguns
códigos estaduais que regulamentam a questão, é também de ex-
trema importância. Muitos órgãos e entidades governamentais pos-
suem suas próprias regulamentações, critérios e itens, que devem * MACINTYRE, Josep h A rchi -
bal d. Ma n ua l de insta lações
ser analisados e considerados para calcular a quantidade mínima hid ráulicas e sa nitá rias, cit.;
de aparelhos no projeto de alguns tipos especiais de edificação, CREDER, H élio. Instalações h i -
como escolas, hospitais, bancos, edifícios públicos etc. d ráulicas e sa nitárias, cit.

Tabela 7.1 Instalações mínimas

Tipo de
edifício ou
de ocupação
Bacias sanitárias Mictórios Lavatórios
Banheiras ou
chuveiros
..
Bebedouros

Residência 1 para cada 1 para cada 1 para cada


ou aparta- residência o u residência residência o u
mento*** apartame nto apartamento
+ 1 para se rviço + 1 chuveiro
para ser viço

Escolas Meninos: 1 para cad a 1 para cada 1 para


primárias 1 para cada 100; 30 me ninos 60 pessoas cad a 75
meninas: pessoas
1 para cada 35

Escolas Meninos: 1 para cada 1 para cada 1 para cada


secundárias 1 para cada 100; 30 meninos 100 pessoas 20 alunos
meninas: (havendo
1 para cada 45 ed ucação f ísica)

Edifícios Número Número Havendo mictó ri os, Número Número 1 para


públicos ou de de instalar 1 WC de de cada 75
de escritórios pessoas aparelhos menos para cada pessoas aparelhos pessoas
1-15 1 um, desde que o
16-35 2 número de WC 1-15 1
36-55 3 não seja reduzido 16-35 2
56-80 4 a menos de 2/3 do 36-60 3
81-110 5 especificado 61-90 4
111-150 6 91-125, 5

Acima d e 150, Acima d e 125,


adicio nar adicio nar
1 apare lho para cad a 1 aparelho para
40 pessoas cad a 45 pessoas

(con tinua)
* Do Uni form Plumbing Code - 1955.
** Bebedouros não devem ser in st alados em comparti mentos sanitári os.
*** Um tan q ue para cada residên cia o u dois para cada dez apartamen tos.
Um pia de cozinha para cada residência o u apartamento. 249
Tabela 7.1 Instalações mínimas (continuação)

Tipo de
edifício ou
de ocupação
Bacias sanitárias Mictórios Lavatórios
Banheiras ou
chuveiros
..
Bebedouros

Indústrias N úmero N úmero Havendo mictórios, N úmero Número 1 chuveiro p ara 1 para cada
de de instalar 1 WC de de cada 15 pessoas 75 pessoas
pessoas apare lhos menos para cada pessoas aparelhos expostas a calo r
1-9 1 mictório, desde q ue 1-100 1 para excessivo o u
10-24 2 o número de WC cada 10 contaminação
25-29 3 não seja red uzido pessoas de pele com
30-74 4 a menos de 2/3 do substâncias
75-100 5 previsto Acimade 100 venenosas o u
1 para cad.~.. irritantes
15 pessoas
Acima de 100,
adicio nar
1 aparelho
para cada
30 empregados

Teatros, N úmero N úmero N úmero N úmero N úmero Número 1 para cada


auditórios de de de de de de 100 pessoas
e locais de pessoas apare lhos pessoas apare lhos pessoas aparelhos
reunião ho me m/ ho me ns
mulher
1-100 1/1 1-100 1 1-200 1
101 -200 2/2 101 -200 2 201 -400 2
201 -400 3/3 201 -600 3 401-750 3

M ais d e 400: Acima de 600, Acima de 750,


1 aparelho para cad a 1 apare lho para 1 para cad a 500
500 ho mens o u 300 cad a 300 ho me ns pessoas
mulheres adicio nais

Dormitórios N úmero Número 1 para cada 25 1 para cada 12 1 para cada 8 1 para cada
de de homens pessoas (prever pessoas. No caso 75 pessoas
pessoas apare lhos lavatórios para de dormitó ri o de
homem/ Aci ma de 150, higiene dental, na mulheres, adi-
mulher adicio nar 1 aparelho razão 1 para cada 50 cionar banhe iras,
1-10 1/0 para cada50 pessoas). Adicio nar 1 para cada 30
1-8 0/1 homens 1 lavatóri o para cada pessoas
20 homens, 1 para
cada 15 mulheres
Acima de 10:
1 para cada 25
homens adicio nais

Acima de 8:
1 para cada 20
mulheres adicio nais

** Bebedo uros não devem ser instalad os em compart ime ntos sanitá ri os.
**** O nde ho uve r co ntamin ação da pele co m germ ens o u matérias irrita ntes, prever um lavatório para cada
250 cinco pessoas.
Observações
• A apli cação deste quadro em bases puramente numé ricas, pode
resultar em uma instalação inadequada às necessidades individuais
da ocupação. Deve-se prever, também, as facilidades de acesso aos
aparelhos.
• Nas instalações provisórias, prever: 1 bacia sanitária e 1 mictóri o
para cada 30 ope rários.
• Para instalações regulamentadas, consultar as posturas municipais
qu e regulam o assunto.

INSTALAÇÃO DE APARELHOS
SANITÁRIOS
No estabelecimento da localização dos aparelhos sanitários devem
ser consideradas as exigências do usuário, particularmente no
que se refere a conforto, segurança e aspectos ergonómicos (ver
"Áreas ergonómicas - utilização dos aparelhos"). O arquiteto deve
ler com atenção todos os avisos constantes das embalagens dos
aparelhos a serem instalados e dos folhetos de instrução. Também
é importante verificar a compatibilidade entre o produto adquirido
e o local de instalação, quanto ao tamanho, à forma de fixação, à
posição e bitolas de pontos de água, gás ou esgoto, tensões elétricas,
etc., providenciando a compatibilização do que for necessário. Os
projetos hidráulico e elétrico devem ser rigorosamente observados
na instalação dos aparelhos.
Embora o posicionamento dos pontos de entrada de água fria
e quente, de saída de esgoto e a posição dos registros de gaveta e
pressão e outros elementos possam variar em função de determi-
nados modelos e designs, é extremamente importante seguir as
recomendações do projeto hidráulico. Em caso de dúvida ou qual-
quer modificação, deve-se consultar o fabricante e o engenheiro
hidráulico.*
De acordo com a NBR 8160, os aparelhos sanitários a serem
instalados no sistema de esgoto devem:
• Impedir a contaminação da água potável.
• Possibilitar acesso e manutenção adequados.
• Oferecer ao usuário um conforto adequado à finalidade de
utilização.

* GONÇA LVE S, O restes Mar-


raccini etal. ln .: PRADO, Racine
Tadeu Araújo. (org. ). Execução
e manutenção de sistemas hi-
dráulicos prediais. São Paulo:
Pini, 2000. 251
APARELHOS PASSÍVEIS DE
PROVOCAR RETROSSIFONAGEM*
Chama-se retrossifonagem o refluxo de águas servidas, poluídas
ou contaminadas, para o sistema de consumo, em decorrência de
pressões negativas na rede. Por esse fenômeno, os germes entram
através do sub-ramal do aparelho, contaminando, consequentemen-
te, toda a instalação de água potável. Esse fenômeno pode ocorrer
em aparelhos que apresentam a entrada de água potável abaixo de
seu plano de transbordamento.
Os aparelhos passíveis de provocar a retrossifonagem são: bidê,
lavatório, banheira e vaso sanitário. Portanto, em decorrência de
um entupimento na saída desses aparelhos e do aparecimento de
subpressões nos ramais ou sub-ramais a eles interligados, as águas
servidas podem ser introduzidas nas canalizações que conduzem
água potável.
Os aparelhos sanitários, bem como suas instalações e ramais
internos, devem ser garantidos pelo fabricante, de forma que não
provoquem a retrossifonagem.
Hoje, os fabricantes dos diversos aparelhos e equipamentos
utilizados nas instalações prediais, como os de modernas válvulas
de descarga, cujo êmbolo fecha tanto a favor quanto contra o fluxo
da água, afirmam não haver nenhum risco de retrossifonagem. Caso
comprovada a eficiência desses equipamentos e dispositivos, eles
dispensam quaisquer providências recomendadas pela norma para
aparelhos que possam provocar a retrossifonagem.

Figura 7.1 Retrossifonagem em lavatório.

Nível de
transbordamento
Água servida
~--.--....- -1--~
Tt:f

* DI BERNA RDO, L.; BLUNDI,


C. E. ; A RAÚJO FILHO, A. R.
Inst al açõ es prediai s de água
Arrastamento
fria. Escol a de Engenh a ria d e
por
São Carlo s. USP. 1981. Publica- sifonagem
252 ção 010/94.
Retrossifonagem em bidê.

Nível de
transbordamento
.1. Água servida
L.. L. .L.~- ~ -1
x,

Arrastamento
por sifonagem

Figura 7.3 Retrossifonagem em banheira .

.,.__ Arrastamento
por sifonagem
Água servida

Figura 7.4 Proteção de rede contra retrossifonagem.

4==Extremidade livre

'57~------Níve l máximo do reservatório

l~l Registro de passagem

Tubo de venti lação

Coluna
253
Fonte: NBR 5626/98.
""
l~SlfALAÇOES EM BA~hl~IROS

O planejamento das instalações de um banheiro é de fundamental


importância para obter resultados satisfatórios quanto a seu uso e
funcionamento. Portanto, ao projetá-lo, deve-se levar em considera-
ção a tipologia de suas utilizações (residencial, comercial, industrial
etc.), não esquecendo que se está criando ou reorganizando um
espaço de utilização específica, cujas dimensões devem oferecer
um conforto adequado quanto à distribuição das peças.
Para atender aos parâmetros de conforto e funcionalidade, an-
tes da elaboração do projeto, é extremamente importante pesquisar
alguns detalhes técnico-construtivos nos catálogos dos fabricantes
de aparelhos e dispositivos hidrossanitários, bem como em algumas
revistas específicas.*
Para uma boa distribuição interna das peças, as boas normas
de higiene determinam que se coloque, sequencialmente, a p artir
do vão de acesso: lavatório, vaso sanitário, bidê (ducha higiênica),
chuveiro e banheira.
Com relação à definição e instalação dos aparelhos de utilização
de água, o projetista deve tomar alguns cuidados:
• Evitar, sempre que possível, a escolha de aparelhos com possi-
bilidade de sofrer o fenômeno da retrossifonagem, que consiste
na contaminação da rede de água por pressão negativa. O caso
do bidê, por exemplo, deve ser analisado com mais atenção.
• Evitar o posicionamento de chuveiros sobre banheiras, pois,
pelo fato de estas se tornarem escorregadias com o uso de
sabonetes e xampus, poderá ocasionar acidentes ao usuário.
• Estudar o posicionamento das caixas sifonadas e ralos secos,
levando em consideração aspectos estéticos e funcionais, já que
o piso deverá apresentar declividade favorável ao escoamento
* NETTO, Fran; MORAIS, das águas.
Mareio. Banheiros. Arqui- • Evitar o posicionamento do ralo no centro geométrico do box,
tetura & Construção, São caso este tenha dimensões reduzidas, para que o usuário não
Paulo, p. 92-98, abr. / ago. pise nele, pois, além da possibilidade de danificar o ralo, po-
1990.
254 derá ocorrer o acúmulo e o transbordamento de água; nesse
li)
caso, o ralo deve ser colocado, preferencialmente, em um canto
-...~
o
próximo da parede oposta à porta do box. ..r::.
• Evitar a colocação de torneiras de lavagem dentro do box, para e:
evitar a ocorrência de acidentes com o usuário. "'
..Q
E
• Observar as interfaces da abertura da porta com as áreas er- <11
li)

gonómicas dos aparelhos sanitários. <11

• Manter alguns cuidados na utilização de aparelhos elétricos 'ºu-


-
ni
~
que utilizem água (consultar sempre as normas pertinentes). l i)
e:
• Em pavimentos sobrepostos, observar cuidadosamente o pé-
-direito do banheiro, tendo em vista as instalações de esgoto do
andar superior; a não consideração dessas instalações acarretará
a diminuição do pé-direito, comprometendo, principalmente, o
conforto na utilização do chuveiro - se ele for elétrico, poderá
haver o risco de choque para o usuário, caso toque na fiação.
• Prever aberturas para ventilação natural através de janelas,
orifícios e portas.
Além desses cuidados, o projetista da arquitetura deve prever,
em banheiros, a localização de alguns acessórios, como saboneteira,
porta-toalhas, porta-xampus, cabideiros, papeleira etc.

LAVATÓRIO
Os lavatórios podem ser de bancada, de parede ou de coluna, exis-
tentes no mercado em grande variedade de modelos e dimensões.
No projeto, o profissional deve especificar o tipo mais indicado, ana-
lisando o uso, a função, a estética e o conforto, além do custo final.
Se especificar uma cuba de embutir ou de sobrepor, por exemplo,
haverá necessidade de uma bancada de granito ou similar, além de
sifões e engates com melhor acabamento, se forem ficar aparentes.
Por outro lado, os lavatórios de coluna têm custo final mais baixo,
por esconderem o sifão e os engates, mas eliminam a possibilidade
de utilização de armários sob a bancada.
Quanto ao uso, os lavatórios poderão ser do tipo individual ou
coletivo. Nesse caso, é importante indicar torneiras que controlem
o racionamento de água, além de deixar uma distância mínima de
60 cm do eixo de uma cuba a outra, quando em uma mesma bancada.
A alimentação de água poderá ser feita só com água fria ou
com fria e quente (por meio de aparelho misturador). O ponto
de água fria deve ser localizado a 10 cm do eixo de simetria da
peça; quando fria e quente, 20 cm. A altura de ambos os pontos
é de 60 cm do piso acabado.
O esgotamento do aparelho é realizado a partir da válvula que
fica acoplada a um sifão (plástico ou metálico), e deste para uma
caixa sifonada. A altura do ponto de saída de esgoto é de 50 cm
do piso acabado. 255
li)

BACIA SANITÁRIA -...~


o
..r::.
Atualmente, existem no mercado vários modelos de bacia, mas o e:
que os difere basicamente é o dispositivo de funcionamento. As "'
..Q
E
bacias podem funcionar por sifonagem (bacias convencionais que <11
li)
<11
descarregam o esgoto para baixo) ou pelo "princípio do arraste"
(bacias de saída horizontal, que podem direcionar o fluxo tanto no
'ºu-
-
ni
~
sentido horizontal como para baixo). l i)
e:
A limpeza das bacias poderá ser feita por meio de válvula ou
caixa de descarga. A válvula apresenta a desvantagem do barulho
e o alto consumo de água, particularmente as mais antigas. A caixa
apresenta como desvantagens a demora entre duas descargas con-
secutivas, a maior necessidade de manutenção e o aspecto estético
e/ou de dimensionamento; ela pode ser suspensa, embutida na
parede ou ainda acoplada ao vaso sanitário, com capacidades que
variam de acordo com o fabricante.
Os dispositivos de descarga evoluíram muito nos últimos anos.
As caixas vêm conseguindo, gradativamente, aumentar sua partici-
pação no mercado brasileiro, depois de muita resistência por parte
dos consumidores. Duas razões têm justificado essa resistência:
o sistema operacional é mais lento e o equipamento ocupa mais
espaço no banheiro.*
Se o dispositivo escolhido for válvula de descarga, a distância
(altura) mínima entre a válvula e a saída da água do reservatório
deverá ser de 2 m. Uma distância menor poderá comprometer o
bom funcionamento da válvula. Essa medida determina a bitola da
válvula, que é responsável pela quantidade de água no vaso. Em
residências, usualmente, utiliza-se a bitola de 1½" (uma polegada e
meia) , adequada para baixa pressão, com saída exclusiva da caixa-
-d'água, para não comprometer a vazão do chuveiro ou da torneira
do lavatório. Para pressões (alturas) acima de 15 m.c.a., devem-se
utilizar válvulas com bitola 1 1/4" (uma polegada e um quarto).
Em bacias sanitárias com caixa acoplada, a tubulação é mais
leve: ½" (meia polegada) e não exige saída exclusiva do reserva-
tório, pois a descarga da bacia não interfere na vazão das demais
peças de utilização. O ponto de esgoto deve ter seu eixo de 30 cm
a 45 cm da parede, dependendo do modelo adotado.
Quando o dispositivo de limpeza utilizado for válvula de des-
carga ou caixa de embutir, a saída de água para a bacia sanitária
será sempre de 33 cm do piso acabado. O ponto de esgotamento
deve ter seu eixo de 25 cm a 30 cm da parede, dependendo do
modelo adotado. O esgotamento é feito ligando-se a saída da bacia
sanitária ao esgoto primário. * M AWAKDIYE , A lberto. A
fonte secou. Téchne, São Paulo,
Pini, n. 21, p. 14-17, jan./fev. 1996. 257
N Instalações hidráulicas e o projeto de arquitetura
u,
00

0,16
1,79 0,30

50 a 70 cm
w
o
QI
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2,5cm

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°'
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0,34
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Figura 8.6 Bacias sanitárias de saída vertical e horizontal, com válvula de descarga tipo botão.
.s::.
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E
Cll
li)
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o o -"'
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e:

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I.º·º~
Bacia de saída vertical Bacia de saída horizontal

Figura 8.7 Instalação de bacias (pontos de água e esgoto).

Ponto de água

oCV) Ponto de esgoto "'


CV)

(a ) Insta lação de bacia sanitária (convencional). (b ) Bacias convencionais com saída horizontal,
apoiadas no piso ou suspensas.

150
Ponto de água

o Ponto de esgoto "'


o
N

o
°'

(c) Instalação de bacia sanitária (caixa acoplada). (d ) Bacia com caixa acoplada com saída horizontal,
apoiadas no piso.
259
BIDÊ E DUCHA MANUAL
Bidê é uma palavra que vem do francês, bidet. Uma invenção
francesa do final do século XVII ou no começo do XVIII , embora
não se saiba exatamente a data e o inventor. Defendido por uns e
criticado por outros, o bidê ainda é uma peça bastante comum nos
banheiros das residências de classe média e alta.
Tecnicamente, o uso do bidê é muito questionado pela possibi-
lidade de ocorrer a contaminação da rede de abastecimento de água
potável por retrossifonagem. Deve ser evitado o seu uso para fazer
a higiene íntima, pois pode haver risco de contaminação por fezes
que ficam nos orifícios do chuveiro fixo do bidê. Por essa razão, o
bidê vem sendo gradativamente substituído pela ducha manual,
instalada próximo à bacia sanitária. Na ausência da ducha higiê-
nica o mais indicado é usar o chuveirinho móvel, aquele que fica
na mangueirinha do chuveiro.
O ponto de alimentação de água fria do bidê deve ser 20 cm
do piso acabado. Quando alimentado por água fria e quente, utili-
zando-se misturador, a altura é a mesma e os pontos devem ficar
simétricos em relação ao eixo da peça, com um espaçamento de 20
cm, sendo o ponto da esquerda convencionado para água quente.
O ponto de esgotamento deve ter seu eixo a 25 cm da parede,
dependendo do fabricante e do modelo adotado. O esgotamento é
feito por ligação do ramal de descarga do bidê à caixa sifonada.
As duchas higiênicas são uma alternativa moderna ao bidê.
Adaptam-se a banheiros de qualquer tamanho e proporcionam
mais conforto aos usuários.
Os pontos de alimentação de água fria e quente devem ser
50 cm do piso acabado. No uso profissional, a ducha manual tam-
bém é indicada para a lavagem de cabelos em salões de beleza e
sua altura pode ser adaptada em função de uso.

260
li)

...o
Figura 8.8 Instalação de bidê e ducha manual. ·~
.s::.
e:
"'
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E
Cll
li)
Cll
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-"'
~
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e:

o
""'
N"

"' Ponto de esgoto

(a) Instalação de bidê (convencional). (b ) Instalação de bidês suspensos.

Válvula

li)

o "
o
~ ..- li)

Piso
(!) (!) -;r (!) {
j Piso
Bidê e bacia Ducha manual

(c) Instalação de bidê e bacia sanitária. (d ) Instalação de ducha manual.

261
CHUVEIRO E DUCHA
São bastante diversificados os modelos existentes. Há as duchas
e os chuveiros elétricos, em que a água é aquecida. A diferença é
que as duchas apresentam jato concentrado e sem abertura; já os
chuveiros têm jato disperso e com certa abert ura do jato de água.

CHUVEIRO
Exige um investimento inicial baixo, gasta menos água em compa-
ração com as duchas acionadas por misturador e sua instalação é
mais simples. Apesar desses atrativos, pode ser o vilão dos gastos
de energia elétrica dentro de uma residência, sendo reponsável por
24% da conta de luz (numa casa com quatro pessoas), de acordo
com os dados do Programa Nacional de Conservação de Energia
Elétrica (Procel). Outra desvantagem é a limitação em relação à
temperatura e vazão da água.
Na instalação de chuveiros elétricos, devem ser observadas as
exigências previstas na NBR 5410 (Instalações Elétricas de Baixa
Tensão). Também é importante seguir as instruções do manual
de instalação, pois nele há informações importantes referentes à
parte elétrica. Em geral, os chuveiros exigem uma pressão mínima
de 1 m.c.a. Como a pressão de uso varia de acordo com o modelo,
deve-se verificar o número indicado na embalagem.
Os chuveiros devem ser instalados em pequeno recinto, separa-
do das demais instalações. Esse compartimento destinado ao banho
é denominado "box" e tem dimensões mínimas de 80 cm X 80 cm.
O ponto de abastecimento deve ficar a 2,20 m do piso acabado.

DUCHA
São vários os modelos existentes. Os desenhos, formatos e recursos
variados chamam a atenção, mas na hora de escolher uma ducha
é importante lembrar que elas requerem misturadores de água e
um sistema de aquecimento (solar, a gás ou elétrico).* Também se
encontram disponíveis no mercado: cabines e colunas de banho,
que funcionam como hidromassagem e vêm prontas para instalar.
Esses produtos, p orém, exigem aquecimento central.
Na hora de escolher uma ducha é importante saber se o modelo
é compatível com o projeto de hidráulica (ver no manual do fabri-
cante a pressão exigida e a vazão do aparelho, que corresponde ao
* ME D EI RO S, Ed so n; BARA -
CU H Y, Joana. 24 duchas. Arqui-
volume de água por minuto). Se o modelo escolhido for um chuveiro
tetura & Construção, São Paulo, de teto, a escolha deve ser feita ainda na fase de projeto, para que
262 Ab ril, p. 86 -89, d ez. 2008. a tubulação seja embutida na laje, sem transtornos.
li)
A alimentação das duchas poderá ser apenas com água fria
-...~
o
ou com água fria e quente. O ponto de abastecimento deve ficar a .s::.
2,20 m do piso acabado, enquanto os dispositivos de comando de e:
fluxo (registros de pressão) devem localizar-se a 1,10 m. O registro "'
.e
E
à esquerda comanda a água quente; o da direita, a água fria. Cll
li)
Cll
O arquiteto deve tomar alguns cuidados na instalação de du- 'ºu-
chas cujo design compromete a altura do ponto de utilização de
água em relação ao piso do box, pois isso causará um grande des-
conforto ao usuário na hora do banho. Nesse caso, deve-se prever
-"'
~
l i)
e:

uma altura maior que 2,20 m par a a instalação da ducha.


Com relação à economia de água, as duchas também podem
ter a vazão controlada por meio de restritores de vazão específicos,
que reduzem o consumo de 20 a 25 litros para 14 litros por minuto.* * SAYEG, Simone. Economia
A Deca, por exemplo, disponibiliza economizadores de água que pelo cano. Téchne, São Paulo,
chegam a economizar até 50% de água, sem perda de conforto. Pini, n. 62, p. 28 -33, maio 2002.

Figura 8.9 Instalação de chuveiro.

Chuveiro
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35
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V,
,'-' µJ

Ralo
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o
Chuveiro (',J

oCV)
Medidas em cm

Box (planta) Box (corte esquemático)

263
N Instalações hidráulicas e o projeto de arquitetura
CJ",
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li)

Figura 8.11 Hidro vertical (com e sem aquecedor).


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o - Parafuso

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1
1
-=

265
Fonte: Astra.
PRESSÃO DE ÁGUA NO CHUVEIRO
Uma boa pressão de água é fundamental na hor a do banho. A pres-
são é diretamente proporcional à distância, em altura, do fundo do
reservatório até o tubo de vazão (ponto de saída de água para o
chuveiro). Dessa maneira, quanto mais alto o reservatório, maior
a pressão da água no chuveiro (ver "Altura dos reservatórios").
A distância mínima recomendável da base do reservatório à
saída da ducha deve ser de 2 m de altura. Caso a localização do
reservatório no projeto de arquitetura não permita essa distância,
deve-se recorrer a equipamentos especiais, para atingir uma pres-
são satisfatória. Os equipamentos mais indicados, nesse caso, são
os pressurizadores. Dependendo do modelo, podem ser instalados
na rede de distribuição ou no próprio chuveiro.

Figura 8.12 Distância mínima da base do reservatório à saída da


ducha.

266
li)

BANHEIRAS -...~
o
..r::.
Existem no mercado diversos modelos de banheira de hidromas- e:
sagem, fabricadas em diversos formatos (retangular, circular, de "'
..Q
E
canto etc.) e dimensões. Essas banheiras são fabricadas em fibra de <11
li)

vidro, com piso antiderrapante, assento anatômico e apoios laterais <11

para braço. Podem também ser executadas no local e revestidas 'ºu-


-
ni
~
com azulejo, mármore, epóxi etc. l i)
e:
Independentemente do tipo, é indispensável deixar uma área
livre, de pelo menos 60 cm, ao lado da banheira, para que o usuário
possa enxugar-se e movimentar as torneiras e registros. Também
é importante a opção por pisos antiderrapantes e alças de apoio,
para evitar acidentes.
O abastecimento de água nas banheiras, quase sempre, é
realizado com água fria e quente, devendo elas ser equipadas com
dispositivo misturador. A altura dos registros de pressão deve ser
de 60 cm do piso acabado, dependendo exclusivamente do modelo
adotado e do fabricante. Os pontos de alimentação de água fria e
quente devem ficar simétricos, com um espaçamento de 15 cm a
20 cm, sendo o ponto da esquerda convencionado para água quente.
O esgotamento é realizado a partir da válvula de fundo direta-
mente para a caixa sifonada. A altura de saída de esgoto em relação
ao piso acabado deve ser de 40 cm, dependendo também do modelo
adotado e do fabricante.
Apesar da simplicidade da instalação (os modelos já vêm com
todo o encanamento interno e a bomba elétrica adequada), aba-
nheira de hidromassagem requer muita atenção, pois o equipamento
funciona com água pressurizada e aquecida, duas características
que, por si só, demandam maiores cuidados. Também se deve evitar
o uso excessivo de conexões, que sempre aumentam as chances de
problemas. A bomba de hidromassagem jamais deve ser acionada
com a banheira vazia, pois existe o risco de danificar o motor.
Outro detalhe que não deve ser esquecido é a caixa sifonada
do banheiro, que precisa ter uma vazão maior para suportar a água
e a espuma (provenientes da banheira) , que entram no sistema de
esgoto. Nesse caso, adota-se caixa com saída de diâmetro de 75 mm.
A capacidade da banheira é um dado básico para o dimensio-
namento correto da instalação de água quente. A localização e a
capacidade, especificadas no projeto arquitetônico, é fundamental
para a elaboração do projeto hidráulico.

267
Figura 8.13 Modelos de banheiras (retangular, circular e banheira de canto).

1,80 m
1,53 m

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LI")

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Obs.: Medidas variáveis de acordo
com o fabricante.

De canto

268
li)

MICTÓRIO ...o
·~
..r::.
Os mictórios são aparelhos muito utilizados em banheiros de uso e:
coletivo, particularmente nos edifícios públicos e comerciais. Po- "'
.Q
E
derão ser do tipo cuba ou calha e providos de descarga contínua, <11
li)

ou intermitente, provocada ou automática. <11


'ºu-
-
ni
No mictório do tipo calha, de uso coletivo, cada segmento de ~
60 cm corresponderá a um mictório tipo cuba. Os mictórios do tipo l i)
e:
cuba de uso individual deverão ser separados entre si, por uma
distância de 60 cm, no mínimo, eixo a eixo.
Hoje, muitos desses produtos são fabricados para atender às
exigências de uso racional da água. Alguns fabricantes apresentam
mictórios com válvulas de fechamento automático e acionamento
hidromecânico. Também exist em modelos que incorporam sen-
sores fotoelétricos (ver "Metais de fechamento automático"), que
pré-acionam a descarga de água com a aproximação da pessoa
que vai utilizá-la e só liberam o jat o quando ela se afasta.
O ponto de alimentação de água para o mictório deverá ser
de 1,05 m do piso acabado. A válvula deve ser instalada a 1,20 m.
A altura do ponto de saída de esgoto é de 40 cm do piso aca-
bado. O esgotamento é feito através de uma caixa sifonada com
tempa hermética, sendo obrigatória a ventilação do ramal de
esgoto que parte de um mictório.

Figura 8.14 Mictório de uso individual e coletivo.

269
Figura 8.15 Instalação de mictório de cerâmica com sifão integrado.

310 mm
360mm 45 mm

o
1
E
E
o
U")
N

E
E
o
U")
N

E
E
o
o

Piso

Vista frontal Vista lateral

Figura 8.16 Instalação de mictório de cerâmica com sifão integrado para portadores de necessidades
especais.

60mm
30mm 30mm 0,11 máx.

E E
E E
o o
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o· 6

E
o
º-
E U")
E E
U") '°
o· E
r-- ro
o· o
U")
r--

o· 6

Vista frontal Vista lateral


270
Para planejar as instalações de uma cozinha, primeiro o arquiteto
deve definir quais equipamentos serão nela utilizados, pois o projeto
hidráulico depende da localização não só da pia, como também da
máquina de lavar louças, do filtro e de geladeiras que fazem gelo.
A presença de ralos em cozinhas só se justifica pela necessidade
de lavagem constante, como, por exemplo, em cozinhas industriais.
Os ralos, comumente sifonados, poderão perder seu fecho hídrico e
permitir a entrada de insetos e odores desagradáveis no ambiente.

Figura 9.1 Altura dos pontos de água (cozinha).

b
Filt ro

To rneira

E
o
~

E
o--0
ô

Pia de cozinha e filtro Máquina de lavar lo uça


271
PIA
A pia de cozinha divide-se em duas partes: o tampo e a cuba.
Elas poderão ter uma ou duas cubas, de formato quadrado ou
retangular.
O material da cuba normalmente utilizado nas instalações
prediais é o aço inoxidável. O tampo pode ser de pedra natural,
granito industrializado (feito de granito moído e resina acrílica),
fibra , alumínio, aço inoxidável etc.
Antes de comprar uma pia, é importante verificar as medidas
do tampo e a profundidade da cuba, para saber se ela se encaixa no
projeto. Se a opção for uma pia com duas cubas, deve-se também
optar por torneiras com bica móvel, que se movimenta para os la-
dos. Durabilidade e facilidade de manutenção também são pontos
importantes a ser analisados.*
O abastecimento de água poderá ser com água fria apenas
ou com fria e quente, por meio de um dispositivo misturador. Os
pontos de água devem estar entre 1,10 me 1,15 m de altura do piso
acabado. Quando a alimentação for de água fria e quente, os pontos
deverão apresentar simetria em relação ao eixo da cuba, com um
espaçamento de 20 cm. Para a água não espirrar, o jato da torneira
deve cair exatamente sobre o ralo da cuba.
A altura do ponto de saída de esgoto é de 55 cm do piso acabado.
O esgotamento é realizado a partir da válvula de fundo acoplada a
um sifão, e deste para uma caixa de gordura, nos edifícios térreos,
* MEDEIROS, Edson; MEDEIROS, ou tubo de gordura, nos edifícios com mais de um pavimento. Na
Heloisa. Planeje a compra das
pias e torneiras da coz inha.
utilização de aparelhos trituradores em pias de cozinha, deve-se
Arquitetura & Construção, São atentar para sua adequação ao sistema, segundo recomendações
Paulo, Abril, p. 98-103, dez. 1999. do fabricante.

Figura 9.2 Ligação da tubulação de esgoto (pia de cozinha) à caixa de gordura.

Pia---...

Area externa

272
MÁQUINA DE LAVAR LOUÇA
li)
~
.J:.
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N
As máquinas de lavar louça ainda não são utilizadas no Brasil com o
\.1
a frequência com que são em outros países. Não obstante, com E
Q)
a aceitação crescente, o consumo de água e de energia nesses li)
Q)
equipamentos deve ser objeto de consideração, uma vez que cerca 'º\J'
~
de 18% do consumo de água total em uma residência ocorre na -;
cozinha. Porém é importante lembrar que a evolução tecnológica
....
li)
e
das máquinas de lavar louça também resulta no desenvolvimento
de lava-louças mais eficientes e econômicas.
Existem vários modelos no mercado. Para a escolha do modelo
é preciso considerar basicamente dois aspectos: onde a máquina
será colocada (no chão, sobre a pia ou embutida dentro de armário)
e a capacidade que a lava-louças deve ter (número de serviços).
Algumas lava-louças possibilitam a programação do início da la-
vagem com até 24 horas de antecedência, proporcionando maior
praticidade e economia. Praticidade no sentido de ser possível, por
exemplo, programar a lavagem para a manhã seguinte e passar o
dia inteiro apenas acumulando a louça na máquina, com a certeza
de que tudo será limpo.
Na instalação convencional o abastecimento de água é feito por
meio de ponto, a 60 cm do piso. A alimentação de água fria deve ser
proveniente de uma torneira com bocal de rosca 3/4" (19 mm) no
qual será rosqueada a mangueira de entrada. A máquina de lavar
louças também pode ser conectada à alimentação de água quente
da residência, desde que não ultrapasse a temperatura de 60 ºC.
Caso isso ocorra, o tempo de lavagem será reduzido em aproxima-
damente 15 minutos, e a eficiência da lavagem será prejudicada. A
conexão para água quente deverá seguir o mesmo procedimento
utilizado para água fria.
A altura do ponto de saída de esgoto é de 50 cm do piso acabado.
A canalização para o esgotamento da máquina de lavar louça de-
verá ser de PVC rígido, de diâmetro de 40 mm. As águas servidas
deverão ser escoadas par a uma caixa sifonada com tampa cega
(para evitar o refluxo de espuma para dentro do compartimento),
e posteriormente lançadas à rede coletora de esgoto.
Por ocasião da elaboração do projeto arquitetônico, é impor-
tante a previsão do local exato da instalação da máquina de lavar
louça, o que se consegue com a definição do layout do ambiente,
acompanhado de um projeto técnico de especificação do produto
(alturas da entrada de água e saída do esgoto).

273
Figura 9.3 Detalhe de esgoto (cozinha).

M.L. L.
(opcional) Pia Pia

Joelho d e redução
(032 m X 0 3/ 4 ")

E
E
N
CV)

ISl

Bucha de redução
marrom
(0 50 m x 0 32 mm)
----
E
E
o
L/'l
ISl

Obs.: o diâmetro nomi nal do ra ma l de descarga da máqui na de lavar louças deve obedecer às recome ndações
dos fab ricantes.

FILTRO
A instalação convencional para filtro consta de um registro de
pressão instalado a 1,30 m do piso (acima de bancadas de pia) e de
uma conexão (cotovelo) entre 2 m e 2,20 m do piso. Na conexão,
é instalado o filtro, que existe em diversos modelos no mercado.
Os filtros de água, comuns na maioria das cozinhas, evoluíram
muito com algumas adequações e a integração com a torneira das
pias. Essas peças finalmente ganharam aspectos modernos com ca-
racterísticas das cozinhas atuais. A Deca, por exemplo, em parceria
com a 3M, apresenta a linha Twin : com apelo clean, é uma peça
com aspecto leve e prático, com torneira e filtro na mesma peça. A
empresa ganhou o concorridoRed DotAwards 2010 na Alemanha
com esse produto. Outro fabricante, a Lorenzetti, apresenta a sua
Lorenkichen : com apelo gourmet, o metal concilia misturador
monocomando com o filt ro de água.

274
li)
ra
Figura 9.4 Instalação de filtro. .i:::.
.E
N
ou
Filtro
E
QJ
li)
QJ

'ºrau,
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li)
e

Medidas em m

Figura 9.5 Filtro integrado com a torneira da pia.

Fo nte: Fabrimar. Fo nte: Lorenzetti.


275
O planejamento das instalações de uma área de serviço obedece
basicamente aos mesmos critérios da cozinha. O arquiteto deve
definir quais equipamentos de utilização de água serão colocados.
Os mais comuns são o tanque e a máquina de lavar roupa. Opcio-
nalmente, pode ser colocada uma torneira de lavagem.
Os diferentes modelos desses equipamentos existentes no
mercado devem ser criteriosamente observados, tendo em vista que
o espaço físico reservado para a área de ser viço sempre é muito
pequeno. Além do tanque, deve ser previsto um local adequado
para a instalação da máquina de lavar roupa.
Embora possuam instalações diferentes, normalmente esses
equipamentos ficam próximos um do outro e na mesma parede
hidráulica. Isso se deve a alguns aspectos funcionais, como, por
exemplo, a utilização simultânea dos dois aparelhos na hora de
lavar roupa.
Com relação às caixas sifonadas e aos ralos secos, ao con-
trário da cozinha, a área de serviço é um ambiente que se lava

Figura 10.1 Altura dos pontos de água (área de serviço).

E E
o o
0-
6 6'°

Máquina de lavar roupa Tanque Torneira de piso


276
constantemente; portanto, é necessária a presença de um desses
dispositivos.
Por razões econômicas, nesse caso, a colocação de uma caixa
sifonada com grelha servirá também para receber as águas prove-
nientes de lavagem. Quando esses dispositivos forem instalados em
pavimentos sobrepostos, é necessário colocar forros rebaixados, E
Q)
para esconder as tubulações de esgoto. <li
Q)
10
.,,
V,

-;
....
<li
TANQUE e:

Existe uma grande variedade de modelos de tanque. Podem ser de


louça, esmaltados, plástico, concreto armado, aço inoxidável etc.
Podem também ser moldados no local e receber os mais variados
materiais de acabamento.
O tanque pode ser simples ou duplo. Pode também ser de coluna
ou com sifão sem coluna - nesses casos, fixados na parede.
O abastecimento de água é feito por meio de torneiras, nor-
malmente com água fria, a 1,15 m do piso.
A altura do ponto de saída de esgoto é de 40 cm do piso acabado.
O esgotamento é realizado a partir da válvula de fundo acoplada a
um sifão, e deste até uma caixa sifonada.
Quando o tanque for de coluna, desprovido de sifão, a água
ser vida deverá ser direcionada para uma caixa sifonada, com
diâmetro de saída de 75 mm, para evitar o refluxo de espuma para
dentro do compartimento.

Figura 10.2 Modelos de tanques.

Si fãa pi ástico Sifão metálico


ou plástico

277
MÁQUINA DE LAVAR ROUPA
Na elaboração do projeto, o arquiteto deve prever um espaço
adequado, normalmente ao lado do tanque, para a instalação da
máquina de lavar roupa. A máquina ideal deve ser econômica,
silenciosa, segura e fácil de usar.
As máquinas de lavar roupa podem ser classificadas de acor-
do com a forma com que se procede o carregamento das roupas a
serem lavadas.
• Carregamento frontal: as roupas são introduzidas na má-
quina pela parte frontal. Neste tipo de máquina, o tambor
de lavagem é montado horizontalmente, o que resulta em
melhor eficiência de lavagem, menor consumo de água e
melhor secagem do que as máquinas com carregamento
superior.
• Car regamento superior: o tambor de lavagem é montado
verticalmente, o que exige que as roupas sejam nela in-
troduzidas pela parte alta do equipamento. Embora sejam
mais baratas que as máquinas de car regamento frontal,
essas máquinas consomem mais energia e água.

A alimentação da máquina é feita por meio de um ponto na


parede, instalado a 90 cm do piso, que possibilita a ligação do
tubo de entrada na máquina. Deve ser previsto, na instalação, um
regist ro de pressão, para controle do escoamento e também do
bloqueio total da água. A altura do ponto de saída de esgoto é de
85 cm do piso acabado.
As águas servidas da máquina de lavar roupa devem ser des-
pejadas em ramais exclusivos, que serão ligados ao tubo de queda.
Essa canalização deverá ser sifonada dentro da parede, com co-
nexões, e não deve ter comunicação com nenhuma caixa ou ralo
sifonado, a não ser que eles possuam tampa cega. Caso contrário,
a espuma despejada pela máquina sairá pelas grelhas.
Hoje, existe no mercado um dispositivo chamado Antiespuma,
que impede a saída de espuma das máquinas de lavar roupa pela
grelha da caixa sifonada. Sua instalação é simples, sem exigir a
desmontagem da caixa sifonada.

278
Figura 10.3 Detalhe de esgoto (lavanderia) em residências térreas.

M.L.R.

E
Q)
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Q)
10
V,
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....
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e:

E ' LI) Tanque


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Sifão
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LI)
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ISl

Piso

Figura 10.4 Detalhe do sifão da MLR (ligação ao tubo de queda).

E Q
~
E
M.L.R.

Piso

279
TORNEIRAS DE LAVAGEM
Os locais para instalação das torneiras de lavagem deverão ser mar-
cados pelo arquiteto no projeto, por causa de aspectos funcionais.
Essas torneiras são instaladas a 60 cm de altura do piso. Além da
área de serviço, é muito comum a instalação dessas torneiras em
banheiros, varandas e áreas externas.

Figura 10.5 Torneira de lavagem.

Figura 10.6 Torneira em pilarete com dreno (opcional).

Torneira para
mangueira

280
Utilização dos aparelhos

Para estabelecer as dimensões de um banheiro, é importante levar


em consideração as áreas ergonômicas das peças de utilização.
Entende-se por área ergonômica a área mínima necessária para
instalação e uso do aparelho sanitário.
A comodidade na hora de utilizar um aparelho é uma questão
objetiva de planejamento. A funcionalidade e o conforto no uso de
cada uma das peças de utilização instaladas exige que se respeite
,,. . .,. . *
um espaço mm1mo, como se vera a seguir.

LAVATÓRIO
Os lavatórios, medindo 45 cm a 70 cm de largura X 40 cm a 55 cm
de profundidade, para sua perfeita utilização, exigem um espaço
dinâmico retangular, com seu maior lado paralelo à parede e o
menor perpendicular a ela. As dimensões mínimas desse quadrado
(tamanho da peça mais espaço dinâmico) serão de 90 cm X 90 cm
(mínimo) e 90 cm x 111 cm (máximo) , para os modelos de parede
e de coluna.
A instalação de um lavatório de embutir ou de sobrepor, com
bancada, será a soma da área de dois retângulos: o da bancada e
o do espaço dinâmico.
Para o lavatório de coluna ou de fixação na parede, deverá ser
observada a distância necessária à abertura dos braços para a la-
vagem das mãos, o que se dá, confortavelmente, a partir de 20 cm
de suas bordas laterais e espaço frontal de 55 cm a 60 cm.
A bancada (lavatório de embutir ou de sobrepor) deverá ter, no
mínimo, 55 cm de profundid ade x 80 cm de largura; a altura, para
nossos padrões ergonométricos, será de 85 cm a 90 cm.

* NETTO, Fran; MORAIS,


Mareio. Banheiros, cit.
281
BACIA SANITÁRIA
As bacias sanitárias medem de 38 cm a 40 cm de largura x 46 cm
a 55 cm de comprimento. A distância entre a bacia sanitária e a
parede pode ser de 12 cm, no caso de a descarga ser acionada por
válvula, ou de 1,5 cm, se a opção for o modelo com caixa acoplada.
A área ergonômica da bacia sanitária é um retângulo de 70 cm
X 120 cm, que se sobrepõe às dimensões da peça. Quando não
houver nenhum obstáculo na lateral (vidro, box ou parede) a me-
nor dimensão do retângulo (parede à parede) pode ser de 60 cm.
Os espaços livres laterais do vaso sanitário deverão ser de
20 cm, no mínimo, admitindo-se até 15 cm para banheiros de
ser viço, e espaço frontal de 55 cm a 60 cm. Não se deve esquecer
de prever um espaço para a colocação da papeleira.

Figura 11.5 Área ergonômica da bacia (sistema convencional e com caixa acoplada).

-~ -~
5 5
o o
C'\J_ C'\J_

Área Área
ergonômica ergonômica

70 (mín. ) 70 (mín. )

283
BIDÊ
As dimensões do bidê variam de 32 cm x 56 cm (mínima) e 37 cm
X 64 cm (máxima). Sua colocação guarda um espaço entre a peça
e a parede de, no máximo, 15 cm. O espaço dinâmico se sobrepõe
às dimensões da peça e é um retângulo, cujos menores lados são
paralelos à parede e têm 60 cm X 120 cm.
Os espaços livres laterais do bidê deverão ser de 20 cm, no
mínimo, admitindo-se até 15 cm para banheiros de serviço, e o
espaço frontal de 55 cm a 60 cm.
No caso de substituição do bidê por uma ducha junto ao vaso,
deve ser previsto um ponto hidráulico com altura de 55 cm do piso
acabado.

Figura 11.6 Área ergonômica do bidê.

e
.E
o
N

Área
ergonômica

60 (mín.)

284
Figura 11.7 Área ergonômica de bidê e bacia.

o
N

60

Área ergonômica

~ .......................... 120···························· J
Figura 11.8 Alturas dos acessórios de banheiro.

@ ~ @ ~ --, t-
Toalha Toalha Cabide

Sabonete
'C7 ~~

o
LJ") Sabonete
~ -~
'C7
Papel

o LJ")
r-.
o
o
~

o
LJ")

285
DUCHA OU CHUVEIRO (BOX)
O tamanho do box é fundamental para que se possa tomar um
banho de chuveiro (ducha) com um mínimo de conforto.
A área dinâmica do box deverá ter dimensões suficientes para
permitir a abertura dos braços. Adotam-se como medidas mínimas
as dimensões de 80 cm x 80 cm para box quadrado e 70 cm x 90 cm
para box retangular.
Em instalações de chuveiros coletivos, a área mínima para cada
chuveiro é de 1,20 m2, com largura mínima de 80 cm.
Deve-se prever também a posição para o manuseio confortável
dos registros de comando do chuveiro, sem que o operador se molhe
ao manuseá-los antes de entrar no box, principalmente no inverno,
quando a utilização do chuveiro se dará após o aquecimento da
água, o que não acontece instantaneamente.
No caso de box com vidro, as portas nunca poderão ser pivotea-
das para dentro por uma questão de segurança, para poder-se abrir
a porta e retirar uma pessoa que, porventura, esteja caída dentro.
Na área adjacente à porta, deve-se deixar uma área livre de
90 cm, para que ninguém tenha problemas na hora de se enxugar.

Figura 11.9 Área ergonômica do chuveiro (box quadrado).

e
lo
ao

Área ergonômica

-~----j ···-----····-----····-----····

80(mín .)

286
Figura 11.10 Área ergonômica do chuveiro (box retangular).

e
.E
o
o-

Área ergonô mica

-~---,.------····-----····-----····---
70 (mín.)

PIA DE COZINHA
A altura ideal de instalação para uma pia de cozinha deve variar
entre 90 cm e 110 cm, dependendo da estatura de quem vai usá-la.
Par a garantir a estabilidade não devem ter mais de 300 cm de
comprimento. A profundidade mínima é de 50 cm. A circulação
mínima frontal à pia deve ser de 85 cm.

Figura 11.11 Área ergonômica da pia de cozinha.

c!J
.....,.
e
1o
"'

Área ergonôm ica

120 (mín.)
287
TANQUE EMÁQUINA DE LAVAR ROUPA
O tanque tem dimensões mínimas de 52 cm de largura x 53 cm de
profundidade e a máquina de lavar roupa 60 cm de largura x 65 cm
de profundidade. A área engonômica para a utilização desse apa-
relhos deve ter circulação mínima de 50 cm frontal aos aparelhos.

Figura 11.12 Área ergonômica do tanque.

e
l
CV)
U1

e
Área
lo ergonômica
U1

52 (mín.)

Figura 11.13 Área ergonômica da máquina de lavar roupa.

e
l
U1

e Área
lo ergonômica
U1

-~~ --------------------------
60 (mín.)

288
Para portadores de necessidades especiais

A sociedade em geral, hoje, está mais conscientizada da necessi-


dade de proporcionar uma vida digna, confortável e independente
aos portadores de necessidades especiais. Assim, o arquiteto não
pode ignorar essa realidade e deve prever, em seu projeto, as pro-
vidências a serem tomadas para garantir o conforto e a segurança
a essas pessoas.
A NBR 9050 fixa as condições exigíveis, bem como os padrões e
as medidas que visam a propiciar, às pessoas portadoras de neces-
sidades especiais, melhores e mais adequadas condições de acesso
aos edifícios de uso público e às vias públicas urbanas.
Para a elaboração de qualquer projeto com compartimentos
adaptados para o uso do portador de necessidades especiais, em
virtude da complexidade e do detalhamento do assunto, é reco-
mendável a observação global das leis e normas existentes.
Esse assunto é de fundamental importância, não apenas no
aspecto arquitetônico da edificação, mas também no projeto hi-
dráulico, pois exige adaptações significativas, principalmente no
caso de reformas.
Em se t ratando de sanitários, deve-se ter como base a medida
padrão de uma cadeira de rodas. Considera-se o módulo de referên-
cia a projeção de 80 cm x 1,20 m no piso, ocupada por uma pessoa
que utiliza cadeira de rodas, sendo que o espaço necessário para
a rotação de 360º é de, no mínimo, 1,50 m.

289
Figura 12.1 Dimensões referenciais para cadeira de rodas manuais ou motorizadas.

0,30- 0,42-
0,40 0,45 - 0,25

Largura
da roda

1~ 0,95-1 ,15 ·1
(a ) Vista fronta l aberta (b) Vista fronta l fechada (e) Vista lateral

Fonte: N BR 9050.

Figura 12.2 Dimensões do módulo de referência (M.R.).

oO()
o'

Fonte : NBR 9050.

SANITÁRIOS
É importante destacar que, normalmente, só se pensa no portador
de necessidades especiais quando se projetam ambientes públicos
ou específicos. Cada dia mais, principalmente no que tange aos am-
bientes de sanitários, os espaços físicos estão abaixo do confortável,
sendo praticamente impossível a utilização dos aparelhos sanitários
por pessoas portadoras de necessidades especiais.
Os sanitários acessíveis devem obedecer aos parâmetros da
NBR 9050, no que diz respeito à instalação de aparelhos sanitários,
acessórios e barras de apoio, além das áreas de circulação, trans-
290 ferência, aproximação e alcance.
Os banheiros devem ser localizados em rotas acessíveis, próxi-
mos ou integr ados às demais instalações sanitárias, e devidamente
sinalizados. Quando forem isolados, será necessária a instalação
de dispositivo de sinalização de emergência ao lado da bacia e do
box do chuveiro, a uma altura de 40 cm do piso acabado, para po-
sicionamento em caso de queda.
Para um projeto cor reto de sanitário para o portador de neces-
sidades especiais, é necessário não apenas dispor de um espaço
maior e de instalações adequadas, mas também saber aproveitá-lo
de maneira diferente, adaptando o que for necessário. Um corrimão
localizado a 83 cm do chão, na parte interna da porta (que deve ter
um vão mínimo de 85 cm), por exemplo, facilitará em muito sua
abertura pela pessoa portadora de deficiência física. J á o corrimão
horizontal chumbado na parede do sanitário tem a finalidade de
apoio e segurança do usuário e deve ser instalado ao lado oposto
da porta, pois, dessa maneira, proporciona maior espaço para a
rotação da cadeira de rodas.
Além do espaço físico, alguns detalhes importantes devem
ser observados, como: chuveiro manual com base ajustável; box
totalmente revestido com azulejos; piso com revestimento anti-
derrapante; controle único de água, de forma que esta possa ser
acionada e regulada pelo lado de fora do box; assento dobrável no
chuveiro (se for o caso); cor rimão ligando a pia à bacia sanitária;
espaço livre sob a bancada; armários superiores a 30 cm acima da
bancada (quando existirem).

Figura 12.3 Box para bacia sanitária (transmissão lateral).

1,70mín.

Lavatório

Área de manobra
rotação 180º
1,50 X 1,20

Área de transferên cia


0,80 X 1,20
Vista superior
291
Fo nte: NBR 9050.
INSTALAÇÃO DE APARELHOS
Para mostrar algumas adequações obrigatórias e características,
especificações e medidas referentes à adequação das instalações
sanitárias mais comument e utilizadas para o portador de ne -
cessidades especiais, como bacia sanitária, chuveiro e lavatório,
apresentamos, nos itens seguintes, alguns desenhos e anotações
da NBR 9050. Para a instalação de outros aparelhos (mictório e
banheira) menos utilizados em sanitários de residências unifa-
miliares, deve-se consultar a referida norma.

BACIA SANITÁRIA
De acordo com a NBR 9050, para a instalação de bacias sanitárias,
devem ser previstas áreas de transferência lateral, perpendicular e
diagonal. Devem ser instaladas, junto à bacia sanitária, barras de
apoio horizontais, para transferência e apoio, na lateral e ao fundo
do vaso. No caso de bacias com caixa acoplada, deve-se garantir
a instalação da barra na parede do fundo, de forma a evitar que a
caixa seja utilizada como apoio. A distância mínima ent re a face
inferior da barra e a tampa da caixa acoplada deve ser de 15 cm.
As bacias sanitárias devem estar a uma altura entre 43 cm e
45 cm do piso acabado, medidas a partir da borda superior, sem o
assento. Com o assento, essa altura deve ser de, no máximo, 46 cm.
Portanto, não há necessidade de comprar uma bacia de determinado
modelo. Qualquer bacia que com a tampa fique com 46 cm de altura
está correta. Se a bacia é mais baixa, é necessário fazer uma base
de concreto, o "sóculo", para elevar.
O dispositivo de descarga da bacia sanitária deve estar a uma
altura de 1 m, de seu eixo ao piso acabado, e ser preferencialmente
do tipo alavanca ou com mecanismos automáticos.
Os boxes para bacia sanitária devem garantir as áreas para
transferência diagonal, lateral e perpendicular, bem como área de
manobr a para rotação de 180º.
Em caso de reformas, quando não for possível atender às
condições especificadas, são admissíveis boxes com dimensões
mínimas, mas que permitam, pelo menos, uma forma de transfe-
rência (diagonal, lateral ou perpendicular), ou se considere área
de manobra externamente ao box. Nesse caso, as portas devem
ter 1 m de largura.

292
Figura 12.4 Áreas de transferência para bacias sanitárias.

o
"!.

o
co

0,80

1,20

(a) Transferência lateral (b) Transferência perpendicular

(c) Transferência diagonal (d ) Transferência diagonal

Figura 12.5 Adequação de altura da bacia sanitária.

1
'
1

b Altura da '
~
~ bacia com
' Este avanço não deve
assento
1
' I passar de 5 cm em relação
1
! à projeção da base da bacia.
'
-1..
- - Base de concreto
293
Figura 12.7 Barras de apoio lateral com fixação na parede de fundo
(bacia sanitária).

e
,E
o
e M
,E - o' ,_____.++_,
o
co

O, 11 máx.
Vista superior

0,20 mín.

_j
Vista latera l

0,80 mín.

B
0,30mín. r
Vista fro nta l

295
Figura 12.8 Bacia sanitária com caixa acoplada.

0,80 mín.

0,30 mín.

.Ee
LI)
LI)
r--.
o' o·

Vista frontal

Figura 12.9 Adequação de altura da bacia sanitária suspensa.

0,43 a 0,45 0,46


a ltura máx. a ltura máx.
da bacias/ da bacia
assento e/ assento

Vista latera l

'
1

~
Vista fronta l
296
BOXES PARA CHUVEIRO OU DUCHA
Os boxes para chuveiro ou ducha devem ser providos de banco
ar ticulado ou removível, com cantos arredondados e superfí-
cie antiderrapante impermeável; ter profundid ade mínima de
45 cm, altura de 46 cm do piso acabado e comprimento míni-
mo de 70 cm. Segundo a NBR 9050, deve ser prevista área de
transferência externa ao box, de forma a permitir a aproximação
paralela, devendo estender-se, no mínimo, 30 cm além da parede
onde o banco está fixado, sendo que o local de transposição da
cadeira de rodas para o banco deve estar livre de barreiras ou
obstáculos. Quando houver porta no box, ela não deverá interferir
na tr ansferência da cadeira de rodas para o banco e deverá ser de
material resistente a impacto.
O chuveiro ou a ducha devem estar equipados com desviador
para ducha manual e o controle de fluxo deve ser nessa ducha. Os
registros ou misturadores devem ser do tipo alavanca, preferencial-
mente, de monocomandos, instalados a 45 cm da parede de fixação
do banco e a uma altura de 1 m do piso acabado. A ducha manual
deve estar a 30 cm da parede de fixação do banco e a uma altura
de 1 m do piso acabado.
Na parede de fixação do banco, deve ser instalada uma barra
vertical com altura de 75 cm do piso acabado e comprimento míni-
mo de 70 cm, a uma distância de 85 cm da parede lateral ao banco.
Devem ser instaladas duas barras de apoio, uma vertical e outra
horizontal, ou uma única barra em "L", obedecendo a parâmetros
da norma.
O desnível máximo do box em relação ao restante do sanitário
é de 1,5 cm. Quando superiores a 0,5 cm, até 1,5 cm, os desníveis
devem ser tratados como rampa, com inclinação máxima de 50%.

Figura 12.10 Área de transferência para box de chuveiro.

0,80

Vista superior -,.,~~


o'
I
'----+-------'

Fo nte: N BR 9050. 297


o
r--
6

Fo n te: N BR 9050.

LAVATÓRIO
De acordo com a NBR 9050, os lavatórios devem ser suspensos, com
sua borda superior a uma altura de 78 cm a 80 cm do piso acabado
e respeitar uma altura livre mínima de 73 cm em sua parte inferior
frontal. Deve ser prevista área de aproximação frontal de 60 cm para
pessoa com mobilidade reduzida e de 1,20 m para pessoa em cadeira
de rodas, estendendo-se até o mínimo de 25 cm sob o lavatório.
Deve-se ainda:
• Colocar o sifão tapado ou isolado, por causa do risco de quei-
madura das pernas, nos lavatórios com água fria e quente.
• Prever um espaço em baixo do lavatório, de 70 cm a 75 cm,
para colocação das pernas.
• Utilizar torneiras acionadas por alavanca, sensor eletrônico ou
dispositivo equivalente.
Se forem utilizados misturadores, eles deverão ser preferencial-
mente de monocomando, com acionamento, no máximo, a 50 cm
da face externa frontal do lavatório. Devem ser instaladas barras
de apoio junto ao lavatório, na altura dele, conforme parâmetros
da norma. No caso de lavatórios embutidos em bancadas, devem
ser instaladas barras de apoio nas paredes laterais aos lavatórios
298 das extremidades.
Figura 12.12 Área de aproximação para a utilização do lavatório.

1,20
0,25

o
00
6

Área de aproximação frontal j


Figura 12.13 Utilização do lavatório.

o
...-

o o o
r--
o- 00
6 o o·

Área a ser protegida Vista lateral

Fonte: NBR 9050. 299


Figura 12.14 Instalação de barras junto ao lavatório.

0,04 mín.
0,04 mín.

,.;
E
~
o· --+--++_...______~ - -
,.;
E
~

Vista superior Vista superior Vista lateral

Fonte: NBR 9050.

INSTALAÇÃO DE ACESSÓRIOS
A NBR 9050 recomenda que os acessórios para sanitários, como
cabides, saboneteiras e toalheiros, devem ter sua área de utilização
dentro de uma faixa de alcance confortável. A Figura 12.15 apre-
senta um desenho esquemático da instalação desses acessórios.

Figura 12.15 Acessórios sanitários.

Saboneteira
Toalheira
Cabide j
1 Q 11 j 11
TÜ'--r---_ _ Barra de apoio

o
º·
0°0
~ ~-1
º... º
1
7 ~
L.....!
o
o
º·
c:l'W:::====i=====~
Papeleiras A
1
o
º·
o
N_

Área a ser
protegida

Vista frontal
300
Figura 12.16 Alturas ideais para interruptores, tomadas e comandos.

Sensor de
presença
+
ô

-----1-----------
Controle da janela ~ - Cordas de comando --o----
Termostato

o
"!.
x
,ro
E

e
Tomada ~
6

301
A qualidade de um sistema predial de instalações implica a oti-
mização de três variáveis multifuncionais: desempenho técnico
do sistema, custos envolvidos e prazos de execução adequados.**
Os avanços conceituais e tecnológicos que vêm ocorrendo na
área das instalações hidráulicas prediais visam, sobretudo, à qua-
lidade total nas várias etapas que envolvem a implantação desses
sistemas.
* A pesquisa sob re novo s
conceitos e tecnologias em
Diminuir custos, melhorar a produtividade e incrementar a
in stalações hidráulicas pre- qualidade são metas que algumas construtoras começam a adotar
diais foi realizada, particu- em suas obras, substituindo os sistemas convencionais por sistemas
lar e principalmente, na s alternativos, utilizando novos componentes e materiais. Shajts
revi sta s Téchne ( Revista
visitáveis, sistemas de tubulação flexível, o chamado PEX, kits
Tecnológica da Construção),
editadas pela Editora Pini, hidráulico-sanitários, novos designs de aparelhos e equipamentos
co m co laboração técnica etc. são apenas exemplos dessas inovações.
do In stituto de Pe squi sas
Tecnológicas do Estado de Dessa maneira, a adequação dos avanços observada nesse
São Paulo (IPT); Arquitetura segmento está diretamente relacionada ao nível de atendimento
& Construção, Editora Abril; das reais necessidades dos usuários. Cabe ao arquiteto planejar e
catálogos técnicos de diver- prever essas necessidades.
sos fabricantes de tubos,
louças, metais, aquecedores, A instalação e operacionalização desses novos equipamentos,
di spositivos e equipamentos bem como a implementação desses novos conceitos, exigem do ar-
de in stalações hidráulicas
quiteto a adoção de sistemas construtivos e a previsão de espaços
prediai s.
Portanto, algumas citações, adequados na concepção do projeto de arquitetura.
desenho s e fragmento s de
As revistas Téchne e Arquitetura & Construção são boas
parág rafo s importante s,
co le c ionado s durante a fontes para a pesquisa sobre novos conceitos e tecnologias em sis-
pesqui sa bibliográfica nes- temas de instalação hidráulica predial (ver Referências).
sas revi stas, bem como em
navegações pela internet
nos site s do s fabricantes,
foram selecionados e par-
cialmente tran scritos.
** GONÇALVES, Orestes
M . Avanços conce ituai s e
tecnológicos, cit.
302
SISTEMA PEX - TUBOS FLEXÍVEIS "'
~
ºSo
.2
DE POLIETILENO RETICULADO* o
e:
u
2
Um projeto hidráulico bem concebido e compatibilizado com os Q)

projetos arquitetônico e estrutural do edifício é decisivo para se .8"'


·a:;
obter máxima racionalização das instalações, reduzindo perdas e u
elevando a produtividade. e:
o
u
Desde que desembarcaram no Brasil na década de 90, os sis- "'
~
temas de tubulação de polietileno reticulado (PEX) sempre foram o
z
associados à r acionalização das instalações. A flexibilidade dos
tubos permitiu reduzir a quantidade de conexões, como joelhos
e cotovelos, dando a possibilidade de abreviar o tempo de execu-
ção em até dez vezes em relação ao sistema convencional de PVC
e minimizando a chance de vazamentos. O grande benefício do
PEX é ele aceitar água quente e fria, enquanto o PVC comum não
suporta água quente.
O uso do PEX nos últimos anos trouxe uma oportunidade a mais
para racionalizar a execução das instalações prediais, agregando
precisão, agilidade e diminuindo a necessidade de mão de obra e
itens a gerenciar. Out ra vantagem do sistema é que por ter uma
instalação muito simples, o PEX, em comparação com sistemas con-
vencionais, pode ser montado por instaladores menos qualificados.
O sistema de tubulação flexível de polietileno reticulado para
água quente e fria tem diversas aplicações.
Na instalação predial, ele pode ser utilizado no "sistema con-
vencional" e no "Manifold" de distribuição de água, inclusive de
água quente para alimentação de radiadores e aquecimento de
piso radiante.
* G ON ÇA LVE S, Ore ste s M.
Para melhor racionalização e adequação do sistema PEX com Avanços conceituais e tecno -
lógico s. Téc hne , Sã o Paulo,
a edificação, o projeto arquitetônico deve prever medidas que faci-
Pini, p. 30-3 4, se t./out. 1994;
litem seu emprego na obra. Alguns cuidados também deverão ser A LYA NAK, Avigad ; SARAVAL-
tomados no projeto hidráulico, como estudo e escolha do tipo de LE, Ri cardo; BA Z ÁN, Miguel
sistema a ser adotado (convencional ou ponto a ponto - Manifold), Roca. Sistema predial de água
do caminhamento e da locação das prumadas. fria e quente em polietileno
reti culado (PEX ). Téchne, São
Assim como ocorre com outros materiais, o uso do PEX deve Paulo, Pini, n. 44, p. 53-5 6, jan./
estar respaldado em um projeto que considere o seu uso, em pro- fev. 2000; RO C HA , Silvério.
Caminho suave. Téc hne, São
dutos que atendam aos requisitos da NBR 15.939 - Sistemas de Paulo, Pini, n. 26, p. 22-23, mar./
Tubulações Plásticas para Instalações Prediais de Água Quente e abr. 1997; CAPOZZI, Simone.
Fria - Polietileno Reticulado. Trabalho em conjunto. Téchne,
São Paulo, Pini, n. 34, p. 32-34,
Esses cuidados evitarão possíveis desencontros e improvisa- maio/jun. 1998.
ções durante a execução da obra.
NAKAMURA, Juliana . Con-
du çã o racionalizada. Téchne,
São Paulo, Pini, n. 192, p. 38- 41,
mar./jun . 201 3. 303
SISTEMA CONVENCIONAL
O sistema convencional baseia-se no mesmo princípio do projeto das
tubulações rígidas de PVC ou de cobre, com a vantagem de poder
caminhar pela parede vencendo curvas, com ou sem emprego de
cotovelos. Outra vantagem é a diminuição do número de juntas em
relação ao PVC ou ao cobre, devido à possibilidade de fazer melhor
caminhamento e curvas.
Na instalação convencional, a vasta gama de conexões do siste-
ma PEX, associado à sua flexibilidade, permite otimizar soluções no
projeto. A desvantagem é a dificuldade de manutenção, por causa
do embutimento das conexões em "T" e da ausência do tubo guia.
No sistema convencional, o PEX pode ser instalado em alvenaria
com tubulação, sob forro falso, e em sistema drywall (ver "Sistema
drywall e instalações sanitárias"). Para instalação em paredes de
gesso acartonado, é importante ressaltar a necessidade de supor-
te adequado, por meio de abraçadeiras, bem como acessórios de
transição, para passagem da tubulação pelo painel.

Sistema convencional.

Fonte: Astra.

304
SISTEMA MANIFOLD "'
~
'So
.2
Nesse tipo de instalação, a água é distribuída a partir de um qua- o
e:
u
dro com distribuidores (Manifold) , sem conexões intermediárias. 2
Esse sistema inovador aproveita-se da flexibilidade do PEX para Q)

ser instalado dentro de conduítes, geralmente no final da obra, .8"'


permitindo também a substituição futura dos tubos sem danifica- 'ã:i
u
e:
ção da alvenaria. o
u
O sistema Manifold foi desenvolvido com o mesmo conceito dos "'
~
sistemas elétricos prediais, pois, a partir de uma central (quadro o
z
de distribuição), onde ficam instalados os registros e o barrilete,
derivam-se os tubos de PEX para alimentação dos pontos de utili-
zação, um para cada aparelho, encamisados por "aguadutos".
A instalação por meio desse sistema pode ser embutida no piso,
na parede, na laje, em alvenaria com tubulação sob forro falso, em
dryw all com tubulação sob forro falso.
A principal vantagem desse sistema em relação ao convencional
é não ter limite de comprimento; por essa razão, admite um engate
na alimentação e outro no consumo, sem necessidade de conexões
intermediárias. São utilizadas conexões apenas nas extremidades;
um único diâmetro de tubo entre Manifold e os pontos de alimenta-
ção; há menores riscos de vazamento e facilidade de manutenção.

Manifold.

Fo nte: Ast ra. 305


NOVOS DESIGNS DE METAIS E O
USO RACIONAL DA ÁGUA*
Nos últimos anos, por causa do quadro de escassez, a utilização ra-
cional de água tornou-se parte de nosso cotidiano, não se admitindo
mais desperdícios. Particularmente, o banheiro é considerado o maior
vilão no consumo de água (70 % da água consumida em uma residên-
cia é gasta no banheiro), sendo que o consumo depende do número
de usuários e do modo de utilização das instalações hidráulicas.
Por essa razão os conceitos de sustentabilidade e certificação
ambiental estão cada vez mais presentes na Construção Civil.
Além da conscientização dos usuários, uma das alternativas
para utilizar racion almente a água e evitar o desperdício nas insta-
lações é garantir que os metais sanitários de uma forma geral, e as
torneiras especificamente, cumpram sua função, ou seja, consigam
controlar, restringir, bloquear ou permitir a passagem da água num
volume adequado ao uso. Para tanto, o fundamental é que os re-
quisitos prescritos pelas Normas Brasileiras sejam atendidas pelo
fabricante. Essa verificação é feita sistematicamente pelo Programa
de Garantia da Qualidade de Metais Sanitários. A verificação da
qualidade das torneiras de pressão é feita com base nas seguintes
normas técnicas: NBR 10281/03 - Torneira de Pressão - Requisitos
e Mét odos de Ensaio e NBR 10283/08- Revestimento Eletrolíticos
de Metais e Plásticos sanitários - requisitos e métodos de Ensaio.
A substituição dos equipamentos convencionais por produtos
com fechamento automático é uma opção para se economizar água.
Esses dispositivos devem ser utilizados apenas em situações em que a
inspeção regular e a manutenção possam ser assegurados, para evitar
que falhas de funcionamento levem ao event ual desperdício de água.
Na Europa e nos Estados Unidos, há algumas décadas, a utili-
zação dos produtos de fechamento automático é prática comum em
locais públicos. No Brasil, vários fabricantes estão desenvolvendo
programas de pesquisa de novas tecnologias para economizar água.
Há produtos economizadores para todos os pontos de utilização: tor-
neiras, chuveiros e vasos sanitários. O que vai determinar a economia
de água é a vazão ou o tempo reduzido na utilização de cada aparelho.
As torneiras com grande dispersão do jato d'água também são
grandes vilãs do desperdício de águ a. A água efetivamente usada
é aquela cujo jato está concentrado num determinado diâmetro.
O que cai fora desse diâmetro, além de não ser utilizado, causa
desconforto ao usuário. Nesse caso, o uso de produtos que contêm
arejadores pode ajudar a reduzir o consumo. Para se ter uma ideia,
uma torneira com 12% de dispersão do jato (12% da água n ão é
* Informações obtidas nos sites aproveitada) corresponde a aproximadamente 1,5 litros de água
306 da Docol, da Fabrimar e da Deca. desperdiçada em 2 minutos de uso da torneira.
Válvulas reguladoras
Mesmo com a abertura total de torneiras e duchas, a válvula li-
mita a quantidade de água escoada. Os reguladores de vazão são
desenvolvidos para uma fácil instalação sem necessidade de troca
de equipamentos.

Redutores de vazão
Tem a mesma finalidade das válvulas reguladoras de vazão, mas
não possuem dispositivo de regulagem externo, sendo necessário
desinstalar o aparelho para proceder a uma alteração de vazão.
Ou seja, sua redução é fixa, porém, é um produto mais barato.
Diferentemente do que se imagina a redução da vazão não implica
necessariamente perda de conforto e eficiência.

Arejadores
A colocação de arejadores na saída das torneiras também pode gerar
uma boa economia de água. O arejador possui orifícios na superfície
lateral que permitem a entrada de ar durante o escoamento da água
e que dão ao usuário a sensação de uma vazão maior que a real.
O arejador é um componente imprescindível nas instalações
prediais, pois chega a economizar 50% do consumo de água.

Arejadores de vazão constante


Além da função do arejador convencional, possuem um elastômero
interno que, à medida que a quantidade de água aumenta, expande
e reduz a área de passagem, limitando o fluxo e sendo capaz de
fixar um limite máximo de vazão.

Válvulas seletoras de descargas


Fornecem a quantidade de água ideal para cada necessidade de
bacias sanitárias, ou seja, para dejetos líquidos fornecem menos
água de descarga.

Válvulas de descarga com sensor de presença


Acionam a descarga de bacias sanitárias e mictórios após a sua
utilização, possibilitando controlar o tipo de descarga em função
do seu uso, assim como restringir a quantidade de água utilizada.
308
"'
~
Figura 13.3 Dispersão de jato em torneira de pia. ºSo
.2
o
e:
u
2
Q)

.8"'
·a:;
u
j ato ,,,,~ e:
desperdiçado -----J.i: o
u
rlr1
1!11,
"'
Jato ~
o
efetivamente z
aproveitado

Figura 13.4 Arejadores.

Figura 13.5 Torneiras de acionamento automático.

•• •'

Fonte: D ocol, Bovex. 309


METAIS MONOCOMANDO*
Atualmente, os metais monocomando, que já são usados comumente
em alguns países, começaram a ser bastante difundidos no Brasil.
A Fabrimar foi a primeira a produzi-los em conformidade com as
normas brasileiras e apresenta variados modelos, nas linhas Civic,
Concept e Loft.
As torneiras de monocomando podem ser utilizadas tanto na
cozinha quanto nos banheiros. Sua funcionalidade faz a diferen-
ça, pois o misturador de água é instalado com apenas um furo
na parede, louça ou bancada. Destinado a um público exigente, o
monocomando permite o controle simultâneo da vazão e da tem-
peratura da água: quando é acionado para a esquerda, obtém-se
água quente; para a direita, água fria.
Além desses diferenciais, que atraem o consumidor, as torneiras
de monocomando são em torno de 20% mais baratas. Os modelos
mais caros são os que trazem um design diferenciado.
Embora não tenham sido desenvolvidas visando à economia
de água, as torneiras de monocomando acabam conseguindo isso,
porque exigem menos tempo para acertar a temperatura, além da
facilidade de fechamento, o que diminui o risco de os metais ficarem
semiabertos, com água escorrendo. Com os registros convencionais,
é preciso abrir a água quente e esperar para chegar à temperatura
desejada. Dessa maneira, muita água se perde, o que não acontece,
por exemplo, com os monocomandos, que esquentam ou esfriam a
água gradativamente, conforme a alavanca é empurrada.

Figura 13.6 Torneiras de monocomando.

* Informações obtidas nos sites


310 da Deca, Docol e Fabrimar. Fonte: Fabrimar, Docol.
A Deca também fabrica esses produtos. Suas torneiras de mono- "'
~
ºSo
comando possuem um mecanismo cerâmico de alta tecnologia, que .2
proporciona um acionamento suave, uma estanqueidade perfeita, o
e:
u
além de longa durabilidade. O produto ainda oferece o conforto da 2
interrupção de fluxo de água na temperatura selecionada, evitando Q)

regulagens a cada utilização do chuveiro, bidê ou lavatório. Com .8"'


·a:;
desenho ergonômico, o monocomando da Deca está disponível em u
e:
quatro linhas: Vogue Plus, D ecamix, D ecamix Alph a e Belle o
u
Époque, todas com diversas opções de acabamento. "'
~
o
z
NOVOS DESICNS DE BACIAS
E OTIMIZAÇÃO DOS SISTEMAS
DE DESCARGA*
Desde que surgiu, no final do século XIX, na Inglaterra, sob o nome
de water closet, as bacias têm evoluído muito no que se refere ao
formato e ao funcionamento.
As antigas e ultrapassadas bacias sanitárias necessitam de
grandes volumes de descarga. Por essa razão, são responsáveis pelo
alto consumo de água nos domicílios. Para se ter uma ideia desse
desperdício, estima-se que as bacias sanitárias são responsáveis
por 30% do gasto de água nos domicílios brasileiros.
De acordo com o Programa Brasileiro da Qualidade e Pro-
dutividade (PBQPH), desde o ano de 2002, o limite máximo de
utilização de água por bacias sanitárias passou a ser de 6 litros. O
duplo acionamento da bacia, por exemplo, é um sistema inovador
do Grupo Roca (também disponível para as marcas Incepa e Celite),
que possibilita o duplo acionamento de descarga para bacias sani-
tárias, com opção para 3 ou 6 litros. Este dispositivo possibilita a
utilização da água de acordo com a necessidade específica de cada
uso, proporcionando uma economia de mais de 60% no consumo
de água. A grande vantagem desse sistema é que sua instalação
não necessita de nenhuma adaptação no banheiro, pois as medidas
dos pontos de entrada e saída são as mesmas.
Os designs mais ar rojados de bacias sanitárias com caixa de
descarga, bem como a eficiência no funcionamento, têm favorecido
maior aceitação do mercado. Por razões estéticas, os fabricantes
estão investindo mais nas caixas embutidas do que nas suspensas
ou acopladas sobre o vaso.
A Montana, uma das maiores indústrias brasileiras de caixas
de descarga, apresenta uma caixa embutida, a Montana 9000,
que, além de reunir todos os elementos de uma caixa de descarga
moderna, quando instalada simula externamente a imagem da
válvula. Fabricada em polietileno de alta densidade e pesando * A lberto Mawakdiye. "A fo nte
muito pouco, a caixa tem a vantagem de ter vazão autorregulável, se cou", cit. 311
podendo ser facilmente adaptada aos mais diversos modelos de
bacia sanitária, desde as mais convencionais até as de volume de
descarga reduzido (VDR). A Montana 9000 pode ser embutida na
alvenaria ou em painéis do sistema drywall.
Com relação a custos, as vantagens das caixas sobre as válvulas
são significativas: têm um custo de instalação inferior; diâmetro
menor nas tubulações; não provocam golpe de aríete; possibilitam
maior facilidade de manutenção; economizam mais água.
Além da quantidade de água utilizada na descarga (seja por
meio de válvulas flexíveis ou de caixas de descarga), o desempenho
mecânico das bacias também interfere no grau de economia. No
Brasil, a maior parte das bacias disponíveis no mercado emprega
a ação sifônica (a descarga resulta do efeito sifão, que ocor re nas
partes internas do equipamento).
O desempenho das bacias VDR tende a ser otimizado, sobre-
tudo, pela adoção de curvas adequadas no sifão, de modo que a
descarga e a lavagem ocorram com um pequeno volume de água.

Figura 13.7 Otimização dos sistemas de descarga.

312
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ºSo
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Azulejo
+-if---Caixa de descarga .8"'
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Placas de gesso u
e:
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Montante de 70 mm "'
~
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Montante de 48 mm z

DISPOSITIVOS ANTIVANDALISMO
A fim de coibir o vandalismo em banheiros públicos a Fabrimar
lançou duas linhas de produtos especiais: Biopress e Vision.
A torneira de parede da linhaBiopress antivandalismo é uma
torneira com bico fixo, sem partes removíveis, com botão em aço
inox posicionado na face da parede.
A válvula de mictório apresenta ótimo custo benefício. Possui
botão em aço inox posicionado na face da parede e tubo reforça-
do a fim de impedir sua depredação, garantindo fácil utilização,
limpeza e manutenção.
O chuveiro, também um produto robusto, funciona com pressão
de 2 a 40 m.c.a. A válvula de chuveiro possui botão em aço inox
posicionado na face da parede e funciona com qualquer chuveiro. 313
Todos os dispositivos da linha apresentam reguladores deva-
zão, volume de água liberado e tempo de funcionamento constante
ao longo da vida útil do produto, economia de água de até 70%,
fácil limpeza e manutenção. A linha Biopress é ideal para locais
públicos de uso intenso com ocorrência de vandalismo, como es-
tádios, clubes, escolas, presídios, rodoviárias etc.
Todos os pr odutos estão em conformidade com a ABNT
(NBR 13713).

Figura 13.10 Chuveiro e válvula antivandalismo (linha Biopress).

Fo nte: Fabrimar.

Figura 13.11 Torneira de parede e válvula de descarga completa


(válvula mais tubo de ligação).

314 Fo nte: Fabrimar.


De acordo com a NBR 5626, as tubulações não devem ser embutidas
ou solidarizadas longitudinalmente às paredes, pisos e demais ele-
mentos estruturais do edifício, de forma a não serem prejudicadas
pela movimentação destes e a garantir sua manutenção.
É muito comum, nos projetos, o posicionamento de vigas sob
o perímetro da alvenaria em pavimentos sobrepostos. Quando se
trata de banheiros, cozinhas e áreas de serviço, esse posicionamento
obstrui a passagem das prumadas. Muitas soluções improvisadas
são adotadas para resolver esses problemas e acabam comprome-
tendo a estética e a funcionalidade desses compartimentos, como
é o caso das "bonecas" (requadros em alvenaria), utilizados para
esconder os t ubos verticais.
Deve-se evitar sempre a passagem de tubulações em elementos
estruturais, principalmente no sentido de sua espessura. Caso seja
necessária a transposição desses elementos, o engenheiro calculista
deverá ser consultado, pois a estrutura está submetida a esforços,
que podem danificar as tubulações. Sob quaisquer condições, é to-
talmente desaconselhável o embutimento de tubulações em pilares
ou passagem em vigas de concreto.
Para evitar a passagem das prumadas em elementos estrutu-
rais, o arquiteto, o calculista e o engenheiro hidráulico, na etapa
de elaboração dos projetos, devem prever uma "parede hidráulica"
livre de vigamento, em cada compartimento sanitário. Outra solução
para a descida livre das prumadas seria a previsão de dutos verti-
cais ou shajts (ver "Sistemas de sh ajts visitáveis"). Nesse caso, as
tubulações recobertas, instaladas em dutos, devem ser fixadas ou
posicionadas por meio de anéis, braçadeiras ou outras peças que
permitam a necessária movimentação e facilitem a manutenção.

315
Figura 14.1 Solução improvisada para descida de prumada.

Viga Tubo de queda Pilar

Requadro
de alvenaria

INSTALAÇÕES EMBUTIDAS
E APARENTES
As instalações devem ser projetadas de modo a permitir fácil acesso
para eventual execução de reparos, independentemente de serem
embutidas ou aparentes. Além disso, não podem interferir nas
condições de estabilidade da construção.
Como foi visto, a tubulação não deverá ficar solidária à estrutura
da edificação (ver "Prumadas hidráulicas e elementos estrut u-
rais"). Portanto, deve existir folga ao redor do tubo nas travessias
de estruturas ou de paredes, para se evitar danos à t ubulação na
ocorrência de eventuais recalques (rebaixamento do solo ou da
parede após a construção da obra).
No caso de tubulações que atravessam vigas, essa t ravessia
deve ser feita abaixo da linha neutra na região central da viga, e
acima da linha neutra na região próxima aos apoios intermediários,
isto é, sempre na região tracionada da seção da viga. Nessa regiões,
locali zadas pelo engenheiro calculista, por meio de momentos
fletores, conta-se apenas com a colaboração da resistência do aço,
podendo-se colocar as tubulações no espaço ocupado pelo concreto.
Quando embutidas em alvenaria, as t ubulações deverão ser
envolvidas em papel ou material semelhante, o que fará com que
exista uma folga entre o tubo e a parede. Esse procedimento evitará
o aparecimento de fissuras e trincas causadas pelas dilatações e
contrações térmicas do material.
Nas instalações aparentes (horizontais e verticais) os tubos
devem ser fixados com braçadeiras de superfícies internas lisas e
316 largas, obedecendo o seguinte espaçamento: horizontal (calcular
dez vezes o diâmet ro da canalização) e vertical (colocar uma bra- -"'~
çadeira a cada dois met ros).
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Figura 14.2 Passagem de tubos (travessias de estruturas). -


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Tubo de PVC

Passagem com folga

Figura 14.3 Espaçamento entre as braçadeiras nas tubulações


aparentes.

Braçadeira

Laje Braçadeira
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\
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2 m

10 DN

317
ÁREAS DESTINADAS AOS DUTOS
DE PASSAGEM E INSPEÇÃO
Na fase de elaboração do projeto arquitetônico, deverão ser pre-
vistos locais adequados para o posicionamento das instalações
hidrossanitárias e elétricas. Espaços livres para a passagem de
tubulações, no sentido horizontal (forros ou dutos horizontais) e
vertical (pontos e shajts), facilitam a execução da obra, a operação
e a manutenção das instalações.
É importante ressaltar que as principais interferências dos
projetos de instalações prediais em uma obra civil (edificação) são
basicamente com o projeto arquitetônico e com o projeto estrutural.
Para que o projeto se desenvolva de forma harmônica, racional
e tecnicamente correto, o ideal é que haja uma interação prévia
entre o arquiteto e os profissionais contratados para a elaboração
dos projetos complementares (proj etos: estrutural, hidráulico,
elétrico, telefonia, gás e outros).
A Figura 14.4 mostra o hall de distribuição de um edifício com
as prumadas de hidrante, energia, telefone, interfone e gás devida-
mente compatibilizados com o projeto arquitetônico.

Figura 14.4 Previsão de shafts para prumadas (incêndio, gás,


telefone, eletricidade etc.).

1 1

I ' Elevado, 1 1 ' Elevado, 1


lnterfone Telefone

Hall

Energia Hidrante

318
SISTEMAS DE SHAFTS VISITÁVEIS* -"'~
Entende-se por shajts, ou dutos verticais, os espaços livres para --..
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passagem de tubulações. Essas aberturas, convenientemente
estudadas e previstas na fase de projeto, eliminam algumas inter-
ferências na obra, como a quebra da alvenaria para passagem de
e-
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tubulações; facilitam as fut uras operações de manutenção e opera- <11
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ção do sistema, além de diminuir custos, melhorar a produtividade <11
e incrementar a qualidade. "'
~"'
Há muito tempo sendo adotado no exterior, somente há alguns
anos o shaft visitável de instalação hidráulica começou a ser ado- ..
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tado em prédios residenciais brasileiros, particularmente em obras
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bem planejadas, onde a instalação hidráulica é executada depois "'
"O
da edificação pronta. Dessa maneira, o trabalho do encanador não "'
interfere no trabalho do pedreiro, e vice-versa. ..
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Q.

Portanto, a grande vantagem desse sistema é a ausência de


quebras na hora de realizar qualquer tipo de serviço e/ou manu-
tenção, pois a instalação hidráulica não está embutida na parede,
mas percorre o shajt.
Uma opção racionalizada, com relação à adoção de shajts para
a descida de t ubulações, é adotar um shajt de prumadas para cada
conjunto hidráulico: área de serviço e cozinha, sanitários etc.
O sistema de shajt visitável requer uma tampa de fechamento,
em geral, feita de prolipropileno e revestida por filme acrílico, para
esconder a tubulação. Essas tampas são, geralmente, aparafusadas,
com a facilidade de serem removidas para inspeção da instalação.
Os shajts executados com a tecnologia drywall são formados
por contraparedes estruturadas que têm como finalidade ocultar
instalações (prumadas), podendo ou não ser visitáveis. A contrapa-
rede é composta por perfis-guias e montantes em aço galvanizado,
com duas camadas de chapa drywall sobrepostas e parafusadas.
As Figuras 14.5 e 14.6 mostram alguns layouts típicos de banheiros
com instalações de shajts no sistema drywall.

* CAPOZZI, Simo ne. Trabalho


em co njunto, cit. 319
Figura 14.5 Shaft executado com a tecnologia drywa/1.

Fonte: Gypsum Drywall.

320
BANHEIROS RACIONAIS *
Os espaços físicos dos banheiros diminuem cada vez mais, e os
usuários experimentam a sensação do aperto. Isso tem desafiado,
constantemente, a criatividade de designers e arquitetos.
Ainda na fase de elaboração do projeto arquitetônico, também
deve levar-se em consideração a facilidade de manutenção das
instalações. A adoção de shajts possibilitará a manutenção das
instalações, sem necessidade de quebrar paredes, tetos ou pisos.
Quando se fala em banheiros racionais, porém, não se deve
pensar somente no espaço físico. O conceito de banheiro racional
também aborda questões como conforto, segurança e, principal-
mente, consumo de água.
Quanto ao conforto e à segurança, várias empresas vêm de-
senvolvendo o design de peças de utilização de água, como, por
exemplo, as louças sanitárias com dimensões adequadas, para
atender às tendências do mercado.
A Deca, por exemplo, apresenta um lavatório com coluna sus-
pensa, que permite que a altura da instalação seja definida pelo
usuário, e proporciona maior conforto. De acordo com o fabricante,
o lavatório com coluna suspensa pode ser posicionado na altura
conveniente para crianças ou adultos, respeitando a altura e a
necessidade de cada um.
Com relação às cubas, destacam-se as de semiencaixe, que
permitem a instalação em tampos a partir de 30 cm de largura, o
que facilita a abertura de portas e a ocupação interna do banheiro,
e as de sobrepor, que podem ser colocadas em cima de bancadas.
Esse tipo de cuba, muito comum em reformas, em razão de sua
facilidade de instalação, é fabricada em diversos modelos.
Outra novidade do mercado é a bacia de saída horizontal. É o
tipo de bacia muito utilizado em banheiros racionais, pois a tubula-
ção de esgoto não precisa correr sob a laje. É instalada no interior ' lbid.
de paredes drywall, acima do nível do piso. 321
Além da escolha da bacia, a instalação de caixas de descarga no
interior da parede do banheiro proporciona vários benefícios, tanto
para o construtor, quanto para o usuário. Além da possibilidade
de otimização da descarga, em virtude da posição mais elevada,
com vazões e velocidades do fluxo da descarga adequadas ao bom
funcionamento com todos os tipos de bacias sanitárias, sejam de
sifonagem, ou de arraste; possibilitam a instalação da bacia sanitá-
ria mais próxima à parede com consequente ganho de espaço útil,
possibilitando a construção de banheiros confortáveis, mesmo que
de pequenas dimensões.
Essas caixas, fabricadas pela Montana, são totalmente com-
patíveis com as bacias sanitárias de saída horizontal, assim como
bacias suspensas utilizadas nas instalações de banheiros racionais
em que o segmento horizontal da tubulação de esgoto é instalado
no interior das paredes drywall e acima do nível do piso. Podem ser
instaladas tanto no interior de paredes de alvenaria convencional
como em paredes tipo drywall.

KITS HIDRÁULICO-SANITÁRIOS
As instalações apresentam alto índice de desperdício durante a
execução da obra - chega a 15% dos custos finais. Isso se deve a
uma série de fatores: características dos materiais utilizados, que
não são respeitadas; desperdício de materiais que exigem cortes,
como os tubos; grande variedade de peças; grau de especialização
dos operários; falta de racionalização nos projetos e na execução.
O avanço no mercado da construção civil possibilitou a necessi-
dade de diversas adaptações para aperfeiçoar o dia a dia nas obras,
trazendo assim mais praticidade e rapidez na execução dos projetos.
Os kits hidráulico-sanitários foram desenvolvidos com a fina-
lidade de racionalizar e otimizar a execução das instalações, as
práticas de trabalho que implicam o aumento da produtividade
e a redução da mão de obra, a minimização dos desperdícios de
recursos financeiros e de materiais e a melhoria da qualidade do
produto final. Kits hidráulicos podem aumentar a produtividade,
mas exigem testes antes da instalação.
Os pesquisadores Robinson Salata e Juan Luis Rodrigo Gonzá-
lez, do IPT, apresentam alguns conceitos e tecnologias a respeito
de projetos de produção de kits hidráulico-sanitários, resultantes
de um trabalho de assistência técnica desenvolvido pelo IPT em
* SA LATA, Robinson ; GON-
várias instituições que atuam na área de produção de habitações
ZÁLEZ, Juan Luís Rod ri go. Kits
hidráulico-sa nitários. Téchne,
de baixa renda. A Figura 15.1 apresenta alguns conceitos e ilus-
São Pau lo, Pini, p. 47-52, set./ trações dessa tecnologia (ordem sequencial de montagem de kits
out. 1994. hidráulicos embutidos em paredes de bloco de concreto).*

322
O projeto de produção dos kits é desenvolvido a partir da sub- "'o
divisão da instalação em trechos ou partes passíveis de montagem -...~
.e
em central de produção. Esses trechos, constituídos de tubos, e:
~

conexões e outros dispositivos, são unidos uns aos outros no local ..o
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definitivo de instalação. "O

O Kit é formado por três partes, cada qual com especificações


e materiais apropriados.
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"'o

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8
• Chicotes hidráulicos: são feitos de tubulações em PEX, "'
aproveitando suas principais qualidades, como flexibi- ~
o
lidade, alta resistência e memória térmica. Usados nas z
instalações hidráulico-sanitárias da obra, os tubos são
pré-montados e testados dentro da indústria.
Composição: tubulação PEX, conexão em latão forjado e
usinado, montadas e testadas, coifas para vedação e aca-
bamento flexível metálico no vaso sanitário.
• Chassi de esgoto: são utilizadas estruturas metálicas pré-
-fabricadas que posicionam e sustentam a passagem das
tubulações de esgoto.
Composição: estrutura metálica em aço galvanizado, tubu-
lação de esgoto em PVC, passantes plásticos para tubulação
PEX e carenagem plástica para acabamento.
• Chassi de chuveiro: são estruturas metálicas pré-fabricadas
que posicionam e sustentam os registros e o ponto do
chuveiro.
Composição: estrutura metálica em aço galvanizado, traves-
sas metálicas, suporte para registros, registros de pressão
e de gaveta e ponto terminal para espera do chuveiro.

323
w Instalações hidráulicas e o projeto de arquitetura
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PAREDES HIDRÁULICAS -...~
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PRÉ-MONTADAS* e:
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Além dos kits hidráulicos, as paredes hidráulicas pré-montadas são "O

opções de racionalização nos sanitários. Trata-se de uma solução


que contempla em módulos, todo o sistema hidráulico de banheiros, -
"'
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e:
cozinhas ou de áreas de serviço.
8
As paredes hidráulicas pré-montadas são estruturas de metal "'
~
ou de madeira que já contêm os dutos de água e eletricidade em o
z
módulos prontos para receber os painéis de fechamento.
A tubulação é organizada e fixada com abraçadeiras Hidrofix
em uma estrutura metálica, que pode ser customizada de acordo
com as características de cada planta. Toda a instalação hidráulica
é embutida na parede, inclusive o esgoto, o que reduz o tempo e o
custo da obra, por meio de uma execução simples, rápida e prática.
O projeto contempla o sistema de água quente e fria, esgoto,
caixa de descarga, lavatório e kit chuveiro instalados.
As paredes hidráulicas pré-montadas são muito usadas na Eu-
ropa, e nos Estados Unidos, bem como no Brasil, em alguns hotéis
e hospitais. É uma solução econômica que elimina a necessidade
de fazer furo na laje, e que evita vazamentos futuros.

Figura 15.4 Kit parede hidráulica.

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Fo nte: MERK Soluções Hidráulicas Prediais.


- * MERK Kits So luções hid ráu -
licas p rediais. 325
BANHEIROS PRONTOS E SANITÁRIO
ECOLÓGICO *
O banheiro pronto para uso, que exige uma obra mais padronizada,
precisa apenas ser conectado no local. É um sistema tecnológico
de solução para construção civil, no qual os banheiros são cons-
truídos em linhas de produção industrial, podendo ser executados
em concreto armado ou gesso acartonado.
Os banheiros pré-fabricados são como contêineres; já vêm com
todas as louças, dispositivos controladores de fluxo de água, reves-
timentos internos e acessórios instalados. As instalações hidrossa-
nitárias e elétricas são embutidas nas paredes do banheiro pronto
e direcionadas ao shaft, mantendo as características do sistema
convencional, permitindo liberdade de dimensões e de acabamento.
São indicados para hotéis, motéis, edifícios comerciais, edifícios
residenciais, hospitais, entre outros empreendimentos que exijam
produção em série. O custo é definido em função do projeto e de
componentes desejados.
A Eu robras apr esenta, no mercado, o sanitá rio ecológico
com caixa de dejetos. Trata-se de uma solução simples e eficaz,
especialmente projetada para solucionar a falta de rede local de
água e esgoto, que causa um grande transtorno par a a instalação
de sanitários. A caixa de dejetos é acoplada ao módulo sanitário,
oferecendo maior rapidez, fácil transporte, além de total higiene.
No acessório está instalado também um sistema de visualização
de saturação, o que permite identificar a necessidade de sucção.
A limpeza deve ser executada com a utilização de caminhão
limpa-fossa, que simplesmente concecta o mangote à tubulação de
saída. A capacidade média de utilização para a saturação da caixa
de dejetos é de 220 pessoas/dia, ficando o tempo de saturação
vinculado à frequência de utilização do sistema.
Esse tipo de sanitário apresenta a qualidade e a higiene neces-
sárias para as áreas de banheiros utilizados em eventos, canteiros
de obras etc. A facilidade de t ransporte, o conforto, a higiene, a
rapidez de montagem, a durabilidade e a segurança são algumas
das vantagens desta linha.

* SALATA , Robin son ; GON-


ZÁLEZ , Juan Luí s Rodri go .
Kits hidráulico- sanitários. cit.;
KI SS, Paulo. Pensando leve, cit.;
AMADIO, Leandro. In stalações
de banheiros prontos. Téchne,
São Paulo, Pini, p. 90-95, jun .
326 2010.
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PISO BOX
Da mesma maneira como a adoção de shajts verticais para abrigar
prumadas hidráulicas evita interferências na alvenaria, a adoção de
shajts horizontais (Piso Box) evita a interferência entre pavimentos.
Trata-se de elevar o piso do box de banho com a caixa sifonada
embutida, reservando, assim, no próprio compartimento, um nicho
para as instalações de esgoto. Com esse sistema, a tubulação do
ralo do box pode ser ligada diretamente à coluna de esgoto, sem
necessidade de passar tubos por baixo da laje.
É um sistema geralmente confeccionado com fibra de vidro
ou plástico revestido de acrílico, desenvolvido par a evitar a inter-
ferência entre pavimentos. É antiderrapante; tem alta resistência
mecânica e química; permite facilidade de limpeza, e suas abas
laterais permitem uma perfeita vedação, tanto para alvenaria como
drywall. Nos locais destinados à instalação do Piso Box, a aba é
reforçada, proporcionando sua perfeita fixação.
O Piso Box Tradicional da Astra é indicado para casas, resi-
dências pré-fabricadas e empreendimentos nos quais se utilizará
a solução tradicional de instalações hidráulicas passando pelo
forro falso.
No Piso Box Elevado, com caixa sifonada e saída lateral, o
esgotamento é feito horizontalmente pela parede, conectando-se à
coluna do esgoto, sem passar tubos por baixo da laje. Essa solução,
associada ao uso de bacia sanitária de saída horizontal, viabiliza a
eliminação do forro falso nos ambientes sanitários, com as vantagens
de: não invadir o apartamento inferior com a tubulação de esgoto,
reduzir custo, pela ausência do forro falso, e otimizar o pé-direito. 327
No Piso Box não sifonado com válvula de saída, o piso se in-
terliga, por meio do forro falso, com a coluna de esgoto, passando
os tubos por baixo da laje.

Piso box
Saída
o • lateral

Fonte: Astra.

328 Fonte: Astra.


Às vezes, com a intenção de otimizar o projeto e racionalizar as
instalações, o arquiteto costuma projetar compartimentos com
instalação hidráulica (banheiros, cozinhas e áreas de serviço) de
forma rebatida, utilizando a mesma parede hidráulica. Para isso,
são necessários alguns conhecimentos sobre as características téc-
nicas de alguns equipamentos, dispositivos e materiais utilizados
nas instalações.
Para rebater esses compartimentos, em uma mesma parede
hidráulica, primeiro, deve ser levada em consideração a passagem
dos tubos, principalmente do tubo de queda de esgoto, quando se
trata de residências assobradadas ou prédios com mais de dois
pavimentos. O diâmetro desses tubos é, normalmente, 100 mm;
porta nto, essa p arede dever á ter uma largura suficiente para
comportar as tubulações embutidas.
Outro aspecto importante a ser analisado são as dimensões da
válvula de descarga adotada. O modelo tradicional, mais robusto,
exige parede de um tijolo; para as versões mais compactas, basta
parede de meio tijolo. As válvulas têm, aproximadamente, 10 cm
de profundidade; por essa razão, duas bacias sanitárias não pode-
rão ser rebatidas no mesmo eixo, quando a largura da parede for
inferior a 20 cm.
Para a passagem das t ubulações verticais em paredes sobre
vigas, podem ser adotadas soluções com sh ajts, ou seja, dutos
verticais especialmente projetados para abrigar as prumadas hi-
dráulicas. A utilização dos shajts é muita vantajosa em edifícios
com vários pavimentos, pois permite a inspeção das tubulações,
sem quebras ou demolições e imediata identificação caso ocorra
algum problema.

329
Figura 16.1 Solução improvisada para banheiros rebatidos.

Tubo de
queda
(requadro)

Figura 16.2 Solução com parede engrossada.

Tubo de
queda
(embutido)

330
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Figura 16.3 Solução com shaft para banheiros rebatidos. "O
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.8"'e:
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E
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Tubo de
queda

Shaft

Figura 16.4 Solução errada para cozinhas rebatidas.

Ili
Curva 45º (errado)
O, 15 Tubo de gordura
(requadro)

li Coifa

331
Figura 16.5 Solução improvisada para cozinhas rebatidas.

IDI
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,- Enchimento
1/ 2 tijolo

1O,15 i -Tubo de gor dura


(requadro)
r ~

8
i
li >-Coifa

Figura 16.6 Solução ideal para cozinhas rebatidas.

IDI
Enchimento

8
1/ 2 tijolo

i
Tubo de
gordura

Coifa

332
"'o
Figura 16.7 Banheiro compacto geminado (1). "O
:;:
~
..Q
...
Q)

Shaft vertical
.8"'e:
Q)
E
...
:;:
~
e..
E
o
u

Figura 16.8 Banheiro compacto geminado (2).

Shaft vertical

D D

333
Encontra-se à disposição, no mercado brasileiro, sistemas cons-
trutivos de placas de gesso acartonado, fixadas sobre estrutura
metálica, para construção de paredes, for ros e divisórias.
Esses sistemas são leves, de fácil instalação, resistentes ao
fogo e com car acterísticas de isolamento térmico e acústico. Além
de sua utilização como forro, também substituem a alvenaria na
separação de ambientes.
Essa nova tecnologia, denominada "sistema drywall", apre-
senta algumas vantagens em relação às paredes convencionais de
alvenaria: baixo peso; ganho de área útil, devido à menor espessura;
montagem rápida e sem ent ulho; superfície de parede mais lisa e
precisa. Além disso, permite a montagem de instalações elétricas
e hidráulicas em seu interior durante a montagem. Nesse caso,
evitam-se os cortes de parede para passagem de tubulações, com
remoção de entulhos, e o enfraquecimento das paredes gerado
pelos embutidos.
Além dessas vantagens, adaptam-se a qualquer estrutura, como
aço, concreto e madeira.
Locais expostos à ação da água - como banheiros, cozinhas
e áreas de serviço - requerem, porém, uma chapa especial (são
empregadas chapas verdes, com baixa absorção de água), assim
como impermeabilização e proteção superficial. As regiões de boxes,
pias, lavatórios e tanques devem receber proteções impermeáveis,
utilizando-se azulejos, pinturas especiais etc.
Embora o dr ywall favoreça a instalação de sistemas hidráulicos
flexíveis do tipo PEX, o sistema não apresenta limitações quanto
à passagem de instalações rígidas - a água fria e a quente podem
ser distribuídas tanto por tubulações flexíveis, do tipo PEX, como
* KI SS, Pa ulo. Pens a ndo por tubulações rígidas. O sistema dry wall torna a manutenção das
leve; Choque sistêmico. instalações hidráulicas muito simples e prática. Em geral, prevê a
Téchne, São Paulo, Pini, p. 24 - utilização de shajts. O conceito que se tem mostrado mais adequado
31 e p. 32-33, jan. /fev. 2000; para as instalações hidráulicas em projetos que empregam o gesso
Placo do Brasil.
334 acartonado é o de shajts horizontais.
Para a indústria de louças e equipamentos sanitários, a intro-
dução desses conceitos acelera o desenvolvimento de uma coleção
de produtos necessários a essa aplicação. A Deca, por exemplo,
fabrica louças suspensas, que facilitam a limpeza de banheiros
e lavabos, por não estarem apoiadas no piso. Como as louças são
fixadas na parede, é possível escolher a altura que melhor se adapta
aos usuários (produto ergonômico). A instalação da bacia suspensa
segue o mesmo procedimento do modelo tradicional, no entanto a
saída de esgoto é horizontal e a tubulação corre internamente nas
paredes. É importante deixar sempre a distância de 14 cm entre a
saída de esgoto e a entrada de água.
Os metais, como os registros mais alongados, foram especial-
mente desenvolvidos por algumas empresas para a utilização em
construção de gesso acartonado. Para sua fixação, pode ser utili-
zado um suporte com base em policarbonato e braçadeira metálica
revestida com náilon, para fixação de registros, Manifold etc., em
travessas metálicas ou montantes das paredes de gesso acartonado
(drywall).

Figura 17.1 Drywa/1 com vaso convencional.

20
IJ ·I

Placa de gesso Placa de gesso

~
- Caixa de desca rga

U")
co
.-
.-

Monta nte d e 95

1
-
1\
1 t
1
1
<~
Bacia convencional
1

""
'-1-'

335
Figura 17.2 Balcão técnico em drywall.

162.5/ 165

Placa de gesso Placa de gesso

Montante de 70
Caixa de descarga

Parede drywa/1 ao Acionamento


ao
lateral

o
M
N

Bacia sanitária

Figura 17.3 Bacia de saída horizontal com caixa acoplada.

250

Placa de gesso
Placa de gesso

Azulejos

Caixa de descarga

LJ")
ao

g
N

Bacia de saída horizontal

336
A alvenaria estrutural é um sistema construtivo racionalizado, no
qual os elementos que desempenham a função estrutural são de
alvenaria, ou seja, os próprios blocos de concreto.
No sistema construtivo convencional, as paredes apenas fecham
os vãos entre pilares e vigas, encarregados de receber o peso da
obra. No sistema de alvenaria estrutural, pilares e vigas são des-
necessários, pois as paredes - chamadas portantes - distribuem a
carga uniformemente ao longo da fundação.
Nesse sistema, não são permitidas passagens de fluídos em
paredes de alvenaria estrutural, exceto quando a instalação e ma-
nutenção não exigirem cortes. As instalações deverão permitir fácil
acesso para eventual execução de reparos e não deverão interferir
nas condições de estabilidade da construção.
As alternativas para o encaminhamento das tubulações em
alvenaria estrutural, são as seguintes:
• Horizontal: pelas paredes hidráulicas (vedação); encami-
nhamento pelo forro, ou junto ao teto ou parede, encobertas
por sanca de gesso;
• Vertical: furos verticais dos blocos das paredes hidráulicas
(vedação); tubulações externas protegidas por carenagens;
tubulações em shajts.

Uma alternativa para a execução das paredes hidráulicas é a


utilização de um bloco especial chamado "bloco hidráulico" que
é fabricado com ranhuras verticais especialmente para facilitar o
* VlOLANl, M . A. F. As insta-
rasgo da parede onde serão embutidas as tubulações que podem lações prediais no processo
ser de até 75 mm de diâmetro. O bloco hidráulico permite tam- construtivo de alvenaria es-
bém a passagem de tubos na horizontal com diâmetro máximo de trutural. Semina : Ci. Exatas!
50 mm em uma cavidade deixada especialmente para isso na sua Tecnol., Londrina, v. 13, n. 4,
p. 242-255, dez. 1992.
fabricação. Normalmente as tubulações que ficarem embutidas na Selecta Solução em Blocos,
parede hidráulica são as de alimentação aos pontos de consumo Grupo Estrutural.
337
(chuveiro, torneiras, bacia sanitária com caixa acoplada e bidê) de
diâmetro máximo de 25 mm, as prumadas de alimentação devem
ser preferencialmente posicionadas em shajts.
A proximidade dos banheiros e da cozinha é um detalhe impor-
tante a ser considerado no projeto arquitetônico. Com a proximidade
desses ambientes racionalizam-se as instalações, diminuindo o
número de prumadas e de shajts. O box do banheiro é a localização
mais adequada para o shajt de hidráulica.
As recomendações quanto ao posicionamento das prumadas e
ramais de alimentação de água fria, valem para a água quente, se as
tubulações de água quente forem de CPVC, material que dispensa
a isolação térmica em torno dos canos.
Os ramais de descarga (lavat ório, ralo do chuveiro e bacia
sanitária) devem, se possível, atravessar a laje do piso e fazer as
conexões sob a laje e acima do forro falso. Como segunda opção, caso
seja necessário embutir o ramal de descarga na parede (lavatório
de embutir e pia de cozinha), deve-se utilizar o bloco hidráulico
com a tubulação na vertical, e, como última opção, a tubulação na
horizontal (exceção se o trecho for bastante curto). No projeto de
instalações hidráulico sanitárias, deverá constar o detalhamento
da laje, indicando a posição e o diâmetro dos fu ros de passagem
de t ubulação de esgoto. A possibilidade de produção de kits de
instalações sanitárias deve ser considerada no projeto (ver item
"Kits hidráulico-sanitário" em novos conceitos de banheiro).
Com relação à arquitetura dos telhados e as instalações de
águas pluviais, em sistemas de alvenaria estrutural, a configuração
de telhado mais racional é a de duas águas com o caimento para
fora do edifício. Nesse caso, a captação das águas pluviais se fará
por calha de beiral e condutor vertical externo à fachada. Nos casos
em que o projeto exigir que as águas do telhado tenham caimento
para dentro do edifício, adota-se a solução de calhas em concreto
impermeabilizado e condutores embutidos em shajts.
Em terraços, a solução preferencial é a de captação com ralo
seco embutido na laje e condutor externo aparente. A segunda
opção é a de o condutor ser embutido em alvenaria; nesse caso
deve-se utilizar o bloco hidráulico.

338
Figura 18.1 Sistema construtivo de alvenaria estrutural.

Etapas do sistema convencional:


1. Fabricação das colunas e vigas;
2. Confecção de fôrmas de madeira;
3. Barras de ferro de diversas formas e espessuras;
4. Concreto para preencher as fôrmas de madeira;
5. Retirada das fôrmas e escoramentos após o mínimo de 20 dias;
6. Construção das paredes com tijolos ou blocos;
7. Aplicação de chapisco, massa grossa e massa fina para a execução do revestimento.

Pontos de

Etapas da alvenaria estrutural:


1. Construção das paredes em blocos
cerâmicos estruturais, substituindo
colunas e vigas de concreto armado;
2. Aplicação dos revestimentos com espessuras mínimas;
3. Nas paredes externas, pode-se aplicar massa tradicional
ou optar por outros revestimentos disponíveis no mercado;
4. Nas paredes internas, onde não haja azulejos, pode-se aplicar gesso diretamente sobre os blocos e
obter um acabamento liso de pintura.

Fonte: Selecta Solução em Blocos. 339


Figura 18.4 Interfaces do shaft com a laje:

Figura 18.5 Detalhe da solução de instalação hidráulica com


tubulação embutida.*

Laje

Tubo
Forro

Luva

Azulejo

* VIOLANI, M. A. F. As instala-
ções prediais no processo cons-
trutivo de alvena ria estrutural.
Sem in a: Ci. Exatas ! Tecnol.,
Lond rina, v. 13, n. 4, p. 242-255,
dez. 1992. 341
Figura 18.6 Detalhe do bloco chaminé usado para a transposição da
laje pelas prumadas:

• - - - - - - - - - - - - - - Condutor

Anel pré-moldado
com saída lateral

Figura 18.7 Captação de águas pluviais em terraços:

-+-->+-+--- Condutor

Bloco hidráulico
Ralo seco

Laje

Anel pré-moldado
com saída lateral

* VIOLAN I, M. A. F. As instala-
ções prediai s no processo cons-
trutivo de alvenaria estrutural.
Semina: C i . Exatas!Tecnol.,
Londrina, v. 13, n. 4, p. 242-255,
342 dez. 1992.
O steeljrame é um sistema construtivo estruturado em perfis de
aço galvanizado formado a frio, projetados para suportar as cargas
da edificação e trabalhar em conjunto com outros subsistemas indus-
trializados, de forma a garantir os requisitos de funcionamento da
edificação.
É uma proposta de construção que alia rapidez, qualidade
construtiva e habitacional, além de apresentar características
mercadológicas e de negócios diferenciadas das construções tra-
dicionais. Embora o sistema seja mais utilizado em construções de
alto padrão, com a consolidação da tecnologia no mercado, já estão
sendo desenvolvidos alguns modelos de casas para o ramo popular.
As instalações hidráulicas para edificações com sistemas cons-
trutivos steeljrame são as mesmas utilizadas em edifícios conven-
cionais, e apresentam o mesmo desempenho, não variando em razão
do sistema construtivo. Dessa maneira, nas tubulações de água fria
ou quente nos sistemas, podem-se utilizar todos os materiais que
são empregados nas construções comuns, tais como o PVC, o PEX,
o PPR, o CPVC e o cobre. As medidas ou alturas devem ser sempre
extraídas do projeto e jamais pensadas ou decididas em obra.
Com sua concepção racionalizada, o sistema permite a execu-
ção das instalações com o mínimo de transtorno, pouco desperdício
e grande facilidade de controle e inspeção dos serviços concluídos.
No sistema steel Jrame todas as paredes e lajes funcionam
como shajts visitáveis, facilitando a execução e a manutenção das
instalações. A passagem de tubulação de água fria ou quente pelas
vigas de piso é feita através de furos. A NBR 15253 normaliza os
furos para passagem de instalações, prevendo que aberturas sem
reforços podem ser executadas nos perfis de steel jrame, desde * TERNI, Antonio Wander-
que devidamente consideradas no dimensionamento estrutural. ley; SANTIAGO, Alexandre
Kokke; PIANHERI, José. Ca-
Para as tubulações sanitárias, que normalmente possuem diâ- sa de steel frame - insta-
lações. Téchne, São Paulo,
metros maiores, é interessante que seu caminhamento horizontal Pini, n. 141 , p. 61-64, dez.
ocorra sob a laje (oculto por forro) e que seja o mais curto possível, 2008.
343
sendo conduzidos para as paredes. Alguns modelos de vaso sani-
tários possuem saída na horizontal, ligada diretamente na parede,
mostrando-se interessante para o sistema. Quanto às tubulações
verticais, é recomendável que sejam instaladas junto à alma dos
montantes, pelo lado externo, ou livres, no vão entre eles. Nunca
devem estar dispostas dentro do montante, pois, nessa situação,
existe o risco de perfuração das tubulações pelos parafusos no
momento da fixação das placas de fechamento da parede.
Apesar de algumas vantagens, o sistema steelframe apresenta
algumas limitações como, por exemplo, a quantidade de pavimentos
possíveis. Não se podem construir, nesse sistema, no Brasil, prédios
com mais de seis pavimentos, em virtude da distribuição de carga
nesse tipo de obra. Isso ocorre por causa da espessura da chapa
de aço, que é pequena demais para prédios mais altos. E também
em razão do custo: para obras com mais de seis pavimentos o
sistema tradicional metálico sai mais em conta. Outro problema é
que, no Brasil, a distribuição do mercado e a capacitação de mão
de obra ainda são precárias. A ausência de revendas especializadas
atrapalha as obras em algumas regiões do país e o treinamento de
mão de obra ainda é necessário, em virtude do fato de a cultura
de construção em alvenaria ser ainda bastante arraigada no País.

344 Fonte: (www.steelframehousing.org).


Figura 19.2 Shaft em sistema steel frame para abrigar tubulações de
esgoto e kit chuveiro.

345
O woodjrame é um sistema construtivo constituído de estrutura
de perfis leves de madeira, contraventados com chapas estrut urais
de madeira transformada tipo OSB (Oriented Strand Board). A
madeira mais utilizada nesse tipo de construção é a de pinus, es-
pécie de rápido crescimento e proveniente de florestas renováveis.
As placas de OBS junto aos sistemasjraming - sejam os perfis
de madeira (wood) ou aço (steel) - mantêm a edificação leve e
com a resistência das de alvenaria. A impermeabilização das pla-
cas permite a sua utilização tanto dentro quanto fora do sistema
jraming, revestindo paredes, forros, telhados e lajes.
As instalações hidráulicas para esse tipo de construção são as
mesmas utilizadas em uma construção convencional. As instalações
são executadas entre os montantes das paredes e entre o forro e
barrotes do entrepiso. O sistema pode ser com tubos de PVC comuns
ou em PEX. Por possuírem maior diâmetro, não é possível embutir
tubulações de esgoto nas paredes, sendo necessário o uso de shafts.
Assim como em obras convencionais, o uso eficiente de paredes
hidráulicas pode gerar economia de material. Após a conclusão do
projeto hidráulico, este deve passar por um processo de compati-
bilização com o projeto estrutural.
Devem ser tomados cuidados quanto à manutenção das insta-
lações de água e esgoto, para que não haja vazamentos constantes
sem reparos, pois pode haver deterioração da madeira, com o apare-
cimento de fungos, e danos às chapas de revestimento (gesso para
drywall). Os mesmos cuidados devem ser tomados com relação
ao sistema de captação de águas pluviais do telhado, para que não
haja incidência de água sobre a madeira da estrutura, sobre os
* SILVA, Fernando Benigno elementos metálicos de ligação e sobre chapas de revestimentos,
da. Sistemas construtivos. como as de gesso.
Téchne, São Paulo, Pini,
n. 161 , p. 78-83, ago. 2010.
Tecverde. Disponível em:
<Www.tecverde.com.br>.
346
Figura 20.1 Projeto arquitetônico (sistema wood frame).

Fonte: Tecverde. Dispo nível em: <www.tecverde.com.br>.

Figura 20.2 Detalhe de fixação entre os painéis de parede.

Guia dos painéis

347
Fonte: Tecverde. Dispo nível em: <www.tecverde.com.br>.

348 Fonte: Te cverde. Disponíve l em: <www.tecverde.com.br>.


O sistema construtivo Concreto + PVC* é um sistema r acional,
versátil e "moderno". Foi desenvolvido no Canadá, e agora já está
disponível no Brasil. A Braskem é a empresa que fornece as resinas
de PVC, matéria-prima básica para a fabricação desses perfis, para
as duas empresas detentoras da tecnologia do sistema no país, a
Plásticos Vipal e a Royal Technologies.
O sistema construtivo Concreto + PVC é composto por perfis
leves e modulares que são preenchidos com concreto e aço. Após a
montagem dos perfis de parede vazados, são inseridos os reforços
de aço e as instalações hidráulicas e elétricas. A instalação pode ser
distribuída pela base da parede e por cômodos, entrando sempre
por um ponto no topo da parede. Por fim, executa-se a concretagem
dos perfis-fôrmas.
As tubulações hidráulicas verticais são introduzidas nos módu-
los especiais pelas extremidades superiores após o posicionamento
e travamento dos painéis na sua posição definitiva. No caso da
existência de tubulação horizontal, esta deverá ser montada nos
painéis fora da posição definitiva.
Esse sistema apresenta algumas vantagens como: facilidade
de montagem, elevada resistência e produtividade, durabilidade,
baixa manutenção, facilidade de transporte, construção rápida e
limpa, baixo índice de geração de resíduos na obra, e imunidade a
fungos e bactérias (adequado para a área de saúde).
Embora exista a possibilidade de reciclar esses perfis no futu-
ro, quando se tornarem entulhos da construção civil, a desvanta-
gem é que as resinas termoplásticas são produtos petroquímicos,
provenientes do petróleo, matéria-prima não renovável. Por essa
razão, algumas empresas preferem investir em técnicas e sistemas
construtivos que não utilizem matérias-primas não renováveis.
* FARIA, Renato. Indu stria-
lização econômi ca. Téchne,
São Paulo, Pini, n. 136, p. 42-
45, jul. 2009.
349
Figura 21.1 Sistema PVC + Concreto.

Preencher com concreto, primeiro as contra-


A insta lação pode ser distribuída pela base da parede vergas de todas as janelas. Montar os pré-
e por cômodos, entrando sempre por um ponto -marcos, nive lar e escorar com prumo.
no topo da parede. - - - - - - - - - - - - - - • Preencher o restante das paredes
com concreto.
Montagem das

pare~ /

Fonte: Téchne.

Figura 21.2 Módulo especial para tubulações hidráulicas.

350
É um sistema de aquecimento moderno e confortável. Nos países
mais desenvolvidos, é utilizado em cerca de 50% das residências
novas.
O piso radiante, fabricado pela Astra, baseia-se em um circuito
de tubos de polietileno reticulado (o PEX é o material mais indica-
do, na atualidade, para projetos de piso radiante, em razão de sua
facilidade de instalação e alta durabilidade), embutidos no piso
da residência, e de um sistema de regulagem térmica que permite
controlar, em qualquer momento, a temperatura do ambiente, por
meio da circulação de água quente.*
No piso radiante, utiliza-se a superfície da residência como
elemento radiador de calor, eliminando os radiadores e aparelhos
de ar-condicionado. Isso permite manter a temperatura do piso
perfeitamente distribuída por todo o ambiente, obtendo, assim ,
grande conforto.
Os circuitos de tubos PEX agem como elemento fund amental
do sistema de aquecimento por piso radiante. Esses tubos, fabri-
cados em polímeros de alta tecnologia denominado "polietileno
reticulado", ficam embutidos no piso da residência e suportam, com
total garantia, a circulação de água quente, sem sofrer corrosão ou
desgaste ao longo dos anos.
O sistema de distribuição Manifold (ver "Sistema PEX - Tu-
bos flexíveis de polietino reticulado") tem a função de distribuir a
água recebida do grupo de regulagem térmica para cada circuito
e ajustar a temperatura de cada ambiente de forma independente.
Antes da elabor ação do projeto do piso radiante, é importante
a realização de um estudo detalhado, que leve em conta todas as
características relevantes da residência a ser aquecida, como pro-
jeto arquitetônico, localização geográfica, janelas, portas, níveis de
isolamento da edificação etc.
* Astra.
351
Figura 22.1 Esquema típico de instalação de piso radiante.

Grupo de
regulagem

Caldeira
'"'f;'.ª- ----·
mural

--- --------------...
- Saída -Água quente
----lllllliÍlllllllllllli (consumo)
___ _ _ _ _.. Calefação

Entrada - Água fria


1 l
Alimentação do piso radiante
Caixa de
distribuição Retorno do iso radiante

Circuito 2

Fonte: Astra.

352 Fonte: T&T Multielétrica Ltda.


Os efeitos ornamentais com água mais comuns nos projetos de
arquitetura são as font es e as cascatas, que, além do aspecto
arquitetônico, proporcionam o aumento da umidade do ar na
edificação.*
As fontes, ger alment e em jardins, também podem ser ins-
taladas em apar tamentos, dependendo dos modelos e suas di-
mensões. Qualquer modelo deve ter ralo para limpeza, na bacia
ou no tanque, e dreno, para evitar inundações. Alguns modelos
de maiores dimensões pedem ligação hidráulica específica e
motores mais potentes. Nesses casos, a orientação profi ssional
é muito importante.
Assim como as fontes, as cascatas ornamentais podem ser
utilizadas em ambientes internos e externos. Elas podem ser
instaladas em diversos estilos e materiais. Podem ter aspectos
naturais ou ser estilizadas nas mais diversas dimensões, podendo
ser const ruídas com pedras naturais, vidro, aço, concreto, cerâ-
mica etc. A Sodramar apresenta quatro modelos de cascata com
designs inovadores. As cascatas Sodramar são desenvolvidas em
aço inoxidável e materiais não ferrosos que conferem ao produto
resistência e durabilidade (ver Figura 23.4).
Dependendo do efeito desejado, as lâminas de água po-
dem escorrer por superfícies lisas ou texturizadas, ou , ainda,
projetar-se e m queda livre, soltas no ar. A qued a d'águ a das
cascatas pode aumenta r ou diminuir, de acordo com a pot ência
da bomba e a pressão do siste ma no momento de seu funciona-
mento. Independente, do modelo escolhido, as cascatas devem
ser instaladas na t ubulação de retorno da piscina, após a bomba
e o filt r o, conforme esquema apresentado na Figura 23.5.
* HIRSCH, Daniela; BA-
RACUHY, L. Joana. Fontes
de inspiração. Arquitetura
& Construção, São Paulo,
Abril, p. 100-103, maio 2001 .
353
w Instalações hidráulicas e o projeto de arquitetura
t.11
~
Figura 23.4 Modelos de cascata.
E
Q)

]"'
e
Q)
E
"'...e
o

Cascata d e parede NIAGARA ]-


"'o
1.1,j

Cascata tubular SPLASH

Cascata de piso CANYON Cascata de piso IGUAÇU

Fonte: Sodramar.

Figura 23.5 Esquema hidráulico de instalação de cascatas.

Ut ilizar sempre curvas


e não cotovelos
na instalação hidráulica

Esgoto

Bomba

Legenda:
R1 Registro dos dispositivos de retorno
R2 Registro da rede de esgoto
R3a Registro do dispositivo de aspiração
R3c Registro de skimmer
R4 Registro da cascata
355
Fonte: Sodramar.
Atualmente, é grande o número de piscinas em projetos de resi-
dências e condomínios. Por essa razão, as piscinas se tornam uma
das interfaces mais importantes da arquitetura com as instalações
hidross anitárias.
A instalação completa de uma piscina residencial compreende:
o tanque, a área circundante ao tanque, os vestiários, os banheiros,
o sistema de recirculação e tratamento, a casa de máquinas, os
equipamentos de borda e os equipamentos de manutenção.
Antes do projeto e da execução da piscina, é necessário estudar
a área onde será instalada. O ideal é uma área exposta aos raios
solares (geralmente a face norte é a que recebe mais luminosidade)
e que disponha de facilidades para os projetos de instalação hidráu-
lica e elétrica. O terreno e o lençol freático devem ser devidamente
analisados pelo arquiteto, antes de iniciar a obra. O terreno nem
sempre é um fator decisivo, mas o tempo de execução, o formato
e o tamanho desejados.
Existem várias maneiras de executar ou instalar uma piscina.
Podemos destacar as piscinas construídas in loco (de concreto
armado ou alvenaria estrutural) e as pré-fabricadas (de fibra de
vidro e vinil).
As piscinas moldadas in loco, independentemente da forma
de execução, devem ser revestidas com material liso, de fácil lim-
peza e resistente aos produtos químicos aplicados à água, sendo
* MELO, Vanderley de Oli- de uso generalizado o azulejo e as pastilhas de vidro ou porcelana.
veira; AZEVEDO NETTO, Os revestimentos das piscina devem aliar estética à facilidade de
José M. Instalações prediais instalação e manutenção.
hidrá ulico-sanitária s, cit.;
DACACH, Nelson Gandur. A grande desvantagem desses revestimentos é apresenta r
Saneamento básico. Rio juntas, que devem ser bem preenchidas com rejuntamento especí-
de Janeiro: Livros Técnicos fico, que contenham características como resistência aos produtos
e Científi cos , 1979. CAR-
químicos utilizados na conservação da água da piscina e facilidade
VALHO, Renata. Vai entrar
água. Téchne , São Paulo, de limpeza.
Pini, n. 59, p. 32-3 8, fev. 2002.
Projeto de pi scina s, Jacuzz i.
356
Outra opção de revestimento é o vinil, que será aplicado sobre a o
u
estrutura de concreto e/ou alvenaria. Sua espessura em milímetros e
<...,
O
é calculada, pelo fabricante, de acordo com as dimensões da piscina. ~
:,
Quanto à forma, as piscinas podem ser: retangula res (que ...C"
!lS
proporcionam maiores facilidades de execução e instalação), qua- o
...,
QJ
dradas, circulares, ovais, elípticas etc. Já a profundidade é funç ão 'õ'
de sua finalidade. ...
e..
o
As piscinas pequenas, pré-fabricadas, de fiberglass, geral- e
!lS
mente são fornecidas com profundidade uniforme de 1 m, e as e

maiores, desse mesmo material, com profundidade variável de e:"'
1,40 ma 1,70 m.
A área periférica e o passeio (perímetro) da piscina, utilizado
para lazer, exposição ao sol e descanso dos usuários, devem ser
bem estudados. A largura mínima do passeio deve ser de 1,20 m,
embora o ideal é que não seja inferior a 3 m. Ao longo da largura,
deve possuir declividade mínima de 2%, tanto para evitar o aces-
so de água superficial ao interior da piscina, como para facilitar o
escoamento em direção aos drenos (ralos).
Outro item importante a ser estudado no projeto arquitetônico
da área de lazer, onde está inserida a piscina, é a delimitação das
áreas de jardim, podendo aí ser desenvolvido um projeto específico
de paisagismo.

Figura 24.1 Piscina residencial construída em concreto, com formato retangular (esquema de
instalação).
8m
050

Retorno
Prof. 1, 1 m Prof. 1,6 m(Q)

Filtro

o
L/1
ISl

Legenda
050

€1] Coadeira J. Dispositivo de retorno Sucção

O Dreno antiturbilhão <:I Dispositivo de aspiração

Fonte: Jacuzzi.
357
Figura 24.2 Piscina residencial industrializada com formato retangular (esquema de instalação).

Coad e ira Boca is de

Fonte: Epex.

CASA DE MÁQUINAS E
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS*
A casa de máquinas deve situar-se o mais próximo possível do tan-
que e em nível inferior ao da água da piscina. Esse posicionamento
evita o emprego de tubulações extensas, proporcionando menor
custo na construção e escorvamento automático das bombas.
Recomenda-se que a área da casa de máquinas seja, no mínimo,
duas vezes e meia maior que aquela ocupada pelos equipamentos
e que o pé-direito seja no mínimo de 2,3 m. O local deve ser bem
iluminado e ter boa ventilação, com piso lavável dotado de sistema
de drenagem e parede revestida de por material não absorvente
de umidade. A área de ventilação deve ser pelo menos igual a 1/4
da área do piso e o iluminamento no mínimo de 250 lux. As portas
devem abrir para fora e ter largura mínima de 0,80 m.
As partes constituintes de um sistema hidráulico para o
funcionamento das piscinas são: canalização e bocal de alimen-
tação (da rede pública ou de poço semiartesiano); canalização e
bocais de aspiração; canalização e bocais de retorno; canalização
e grelha de drenagem de fundo; canalização e ralos para dreno de
quebra ondas.
A piscina pode ser abastecida com água proveniente de qual-
quer fonte. Porém, só poderá ser utilizada quando a água, após
sofrer tratamento físico e químico, tornar-se salubre e segura. A
Norma NBR 10818 regulamenta as condições exigíveis da qualidade
358 ' Pro jeto de Piscin as Jacuzzi. de água de piscina.
É importante ressaltar que, se o abastecimento ou reposição o
u
de água da piscina for feito a partir da rede pública ou predial de e
água potável, é imprescindível a separação aérea entre o ponto de
....
<O
~
:,
alimentação e a água da piscina, para que não exista a possibili-
dade de contaminação da água potável. Sempre deve haver uma
...C"'
!lS

separação vertical, sem obstáculos, ent re o ponto de alimentação ....o


QJ

e o nível máximo de transbordamento do tanque de, no mínimo, 'õ'


...e..
duas vezes o diâmetro da tubulação e não inferior a 20 cm. o
e
O sistema de recirculação e tratamento inclui toda a tubulação, !lS
e
equipamentos e os dispositivos destinados a filtração, aquecimento 'ü
li>

e desinfecção da água. Seus componentes são: tubulações, filtros, e:


bombas de recirculação, prefiltros, drenos ou ralos de fundo, coa-
deiras, dispositivos de retorno, dispositivos aspiração, dispositivos
de hidroterapia, doadores de produtos químicos, visores de retro-
lavagem e aquecedor.

Figura 24.3 Casa de bomba.

Filt ro

Manômet ros

Esgoto - -

Aspirad or - ===::=::::;::=====::::llc:::::::;'l
Dreno _ ___.___._ _ _ _ _-.-i o
E
Bomba B
<ll
o,:

1
Sucção

Visor d e
ret ro lavag em
Esgoto ==:cC::==éc::l ~=9~~=-.:'.."::.=-::=~=

Aspirad or- ==:::::::::::=====iO:==n


Sucção

359
Fo nte: Jacuzzi.

AQUECEDORES DE PISCINA*
Existem três formas de aquecimento de piscina: o sistema solar,
a gás e de bombas de troca de calor, que funcionam com energia
elétrica.
Embora exista grande diferença com relação à fonte de energia,
o esquema hidráulico desses sistemas de aquecimento são bem pa-
recidos: uma bomba hidráulica leva a água da piscina até o elemento
aquecedor, de onde retorna aquecida. O controle de temperatura
é feito por meio de sensores que fazem o sistema ser acionado e
desligado, mantendo o aquecimento no nível desejado. A potência
necessária para o aquecimento da água pode variar, por exemplo,
de acordo com aa região onde a piscina está instalada, se ela está
em ambiente interno ou externo, se a piscina está "enter rada" ou
em local com laje. A área da superfície da água também deve ser
levada em consideração, pois é a via pela qual se dá a maior parte
da perda de temperatura. Quanto às instalações, normalmente se
utiliza o PVC e o prolipropileno.

'CO RSINI, Rodnei.Aquecedo-


res de pi scina. Equipe de Obra,
São Paulo, Pini, n. 39, p. 38-40,
360 set. 2011 .
o
Aquecedor solar u
e
No sistema de aquecimento solar a água é bombeada para dentro ....
<O
~
dos coletores, que transmitem o calor captado do sol, aquecendo-a. :,

Os coletores solares são geralmente instalados no próprio chão, ...C"'


!lS

com inclinação e direção que busquem a melhor exposição ao sol. ....o


QJ
Como o desempenho do sistema está diretamente relacionado à ·o...
condição do tempo ensolarado, costuma-se empregar um sistema e..
o
auxiliar, como bombas de troca de calor ou aquecedores a gás. A e
!lS
quantidade e o tamanho dos coletores dependem da área de super- e
·o
fície da piscina. Conforme a região do país e orientações de projeto, li>
e:
o dimensionamento pode variar de 50% a 120% da área da piscina
para a área coletora. Ou seja, uma piscina com 100 m 2 de área pode
demandar de 50 a 120 m 2 de coletores.

Figura 24.5 Sistema de aquecimento solar.

361
Bomba de calor
É um equipamento, estruturado em um gabinete, que absorve e
transfere o calor retido no ar externo para a água da piscina. A bom-
ba funciona, basicamente, como um aparelho de ar condicionado
invertido. Ela remove o calor do ar externo e o intensifica com um
compressor. O calor então é transferido para uma serpentina, por
onde a água passa e é aquecida. O equipamento é projetado para
ser instalado ao ar livre e é escolhido de acordo com o dimensiona-
mento da piscina. Porém, é economicamente inviável para pequenos
tanques de água (até 800 litros).

Figura 24.6 Bomba de calor.

Bomba de calor

Aquecedor a gás
O aquecedor tem um queimador abastecido com gás. A água circula
por tubos trocadores de calor que passam sobre as chamas, esquen-
ta e retorna à piscina. Há equipamentos que utilizam gás natural e
gás liquefeito de petróleo (GLP). É um sistema recomendado para
projetos menores, ou como um sistema auxiliar de aquecimento.

Figura 24.7 Aquecedor a gás.

Aquecedor a gás

362
NORMA DE DESEMPENHO
NBR 15.575 (PARTE 6- INSTALAÇÕES
HI DROSSAN ITÁRIAS) *
Após anos de revisão e debates, está em vigor a Norma de Desem-
penho (NBR 15.575:2013 - Edifícios Habitacionais - Desempenho),
publicada em fevereiro de 2013 pela Associação Brasileira de Nor-
mas Técnicas (ABNT). O texto institui nível de desempenho míni-
mo ao longo de uma vida útil para os elementos principais (como
estrutura, vedações, instalações elétricas e hidrossanitárias, pisos,
fachada e cobertura) de toda e qualquer edificação habitacional.
A parte 6 da ABNT NBR 15.575 Edificações Habitacionais - De-
sempenho aborda os requisitos para os sistemas hidrossanitários,
compreendendo os sistemas prediais de água fria e de água quente,
de esgoto sanitário e de ventilação, além dos sistemas prediais de
águas pluviais. O texto trouxe duas questões até então não con-
templadas em normas prescritivas de produtos hidrossanitários:
a vida útil e o desempenho acústico, esse último apresentado em
caráter informativo nesse primeiro momento.
Com a ent rada em vigor da NBR 15.575, os maiores esforços por
parte de construtoras e projetistas devem se concentrar na forma
de análise dos projetos e na aquisição de componentes, conside-
rando que o sistema hidrossanitário terá de atender aos critérios
de desempenho e de durabilidade. Tornam-se necessários detalha-
mentos de substituição de componentes, previsão das manutenções
periódicas e instruções sobre como fazê -las.
Na aquisição de produtos, aparelhos e equipamentos, devem
ser utilizados aqueles que comprovadamente atendem às normas
específicas. Para tanto, pode ser consultado o site do Programa ' NAKAMURA, Juliana. Nor-
Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H) para ma de desempenho - Parte
cada produto-alvo, e selecionar o fornecedor qualificado de maior 6 comentada: In stalaçõe s
conveniência. Cabe ao setor realizar constantes revisões normativas hidross anitária s. Téchne,
São Paulo, Pini, n. 201, p. 38-
de seus produtos, prevendo inclusive ensaios de envelhecimento
41 , dez. 2013.
que simulem as condições de uso mais frequentes. 363
Em especial no caso de sistemas construtivos inovadores, a
concepção de instalações hidrossanitárias aparentes, ou que pos-
sibilitem manutenção e substituição de componentes de forma a
manter a integridade dos subsistemas, deverá ser objeto de análise e
estudos. É importante ressaltar que a vida útil do sistema hidrossa-
nitário é menor que a do sistema estrutural e das vedações verticais
externas e, portanto, passível de substituição com maior frequência.
Além dos requisitos de atendimento obrigatório, a norma apre-
senta recomendações, como o uso de aparelhos economizadores
de água (torneiras com fechamento automático, por exemplo), e
de soluções que minimizem o consumo de água e possibilitem o
seu reúso. Segundo o texto, a água tratada e as águas que forem
reutilizadas não devem ter comunicação, evitando qualquer tipo
de contaminação.
Questões como segurança de utilização, impondo temperaturas
máximas nas saídas de água quente, também são contempladas,
destacando o desempenho das instalações em operação. As bacias
sanitárias, por sua vez, devem ser de Volume de Descarga Reduzido
(6.8 L, como já especificava a NBR 15.097-1 -Aparelhos Sanitários
de Material Cerâmico - Requisitos e Métodos de ensaio.
A Norma de Desempenho também aborda a durabilidade e
vida útil do sistema hidrossanitário (ver Tabela 25.1), sendo que o
conceito de "Vida Útil de Projeto (VUP)" é descrito na parte 1 da
NBR 15.575- Requisitos Gerais como o período de tempo em que
determinado sistema manterá o desempenho adequado, feitas todas
as manutenções e garantidas as condições de uso.
Para que a vida útil mínima seja atendida, dada a complexidade
e variedade dos elementos que constituem o sistema hidrossani-
tário, deve-se considerar que os componentes podem apresentar
vida útil menor que do que aquelas estabelecidas para o sistema
hidrossanitário como um todo.
É importante ressaltar que a vida útil também é função da
agressividade do meio ambiente, das características intrínsecas
dos materiais e dos usos. O projeto deve fazer constar o prazo de
substituição de peças ou produtos e as manutenções periódicas
pertinentes.

364
o
X
Tabela 25.1 Exemplos de vida útil de projeto (VUP) Q)
e:
VUP (anos) <
Parte da edificação Exemplos
Mínimo 1ntermed iário Superio r

Tubulações e demais equi pamen-


tos (incl ui registros e válvulas) de
instalações hidrossanitárias, de gás, 2 20 2 25 2 30
de combate a incêndio, de águas
pluviais, e létricos.
Instalações p rediais embutidas
em vedações e manuteníveis Reservatórios de água não facilmen-
apenas por quebra das vedações te substit uíve is, redes alimentado-
o u dos revestimentos (inclusive ras e co letoras, fossas sépticas e
2 13 2 17 2 20
fo rros fa lsos e pisos elevados não n egras, sistemas de drenagem não
acessíve is). acessíve is e demais e l emen tos e
compone ntes de difícil manutenção.

Compon e ntes desgastáveis e de


substituição periódica, como gaxe- 23 24 25
tas, vedações, g uarnições e o ut ros.

Tubulações e demais compo nentes. 24 25 26

Aparelhos e componentes de ins-


talações fac ilme n te sub stituíve is,
como l o u ç as, to rn eiras, sifões ,
Instalações aparentes o u em locais e ngates flexíveis e demais metais
23 +4 25
de fác il acesso. sani tári os, sp rinkl er s, mangueiras,
inte rru ptores, tomadas, disjuntores,
luminári as, tampas de ca ixa, fiação
e o utros.

Reservatórios de água. 28 2 10 2 12

Equipamentos de recalque, pres-


Méd io cu sto de surização, aquecim en to de água,
Eq uipamentos 28 2 10 2 12
manutenção cond icio namento de ar, filtragem,
funcio nais combate a incê ndio e o ut ros.
manuteníveis
e substit uíve is Equipame ntos de calefação, trans-
A lto custo de
porte ve rti cal, proteção contra des- 2 13 2 17 2 20
manutenção
cargas atmosféricas e o u tros.
Fonte: NBR 15.575-1: Requisitos gerais.

Tabela 25.2 Impactos atuantes em tubulações aparentes


Tipo de impacto Energia

Impacto de utilização Impacto - limite

Corpo mo le 120 J 240 J


Corpo duro 2,5 J 10 J

365
Figura 25.1 Desempenho x tempo - a influência das manutenções
periódicas no cumprimento da vida útil de projeto (VUP).

Desempenho

Manutenção desde a entrega

.. I
Desempeoh~-:::::;;~~-------------------
·- - - - - - - - - - - - - - - - -- - -
· · · · · · · · · · · · · · · ·~ - - ·

Tempo

Vida útil sem manutenção

VUP (manutenção obrigatória pelo usuário)

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CATÁLOGOS
ABs K ENT

ACQUAL!MP K NE P LAST

ASTRA L ORENZETTI

B ARBARÁ M IZUMO

B osc11 M ONTAGE

B RASILIT M ONTANA

CARDAL M ORGANT

CELITE NIAGARA

CLARIDON Nrnco

CoRONA ÜRBIS

CUMULUS P LACO do B BRASIL

D ECA P LÁSTICO G UARULIIOS

D ocoL R IVOLI

D URATEX S ELECTA S OLUÇÃO EM B LOCOS

E LETROLUX SIEMENS

E LUMA SoDRAMAR

Epex SoLETROL

ETERNIT S PV IllDROTÉCNICA BRASILEIRA

F ABRIMAR T ECVERDE

F AME T&T MULTIELÉTRICA

F ORTILIT T II ERMERÔ

H ARMAN-E QUIGAZ, R OWAPRESS T RAMONTINA

I DEAL STANDART ~ W ABCO T UBOS E CONEXÕES T IGRE

l NCEPA T UPY

JACUZZI W IRSBO

JUNKERS YCATÚ R INNAI

KDT 371
NORMAS TÉCNICAS
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NBR 5648/77 - Tubo de PVC rígido para instalações prediais de água
fria - Especificação.
NBR 5680/77 - Dimensões de tubos de PVC rígido - Pad ronização.
NBR 9442/86 - Materiais de construção - Determinação do índice
de propagação superficial de chama pelo método do
painel radiante.
NBR 10184/88 - Coletores solares planos líquidos - Determinação do
rendimento térmico.
NBR 10185/88 - Reservatórios térmicos para líquidos destinados a
sistema de energia solar - Determinação de desem-
penho térmico.
NBR 10540/88 Aquecedor de água a gás tipo acumulação - Termi-
nologia
NBR 10844/89 - Instalações prediais de águas pluviais.
NBR 11852/92 - Caixa de descarga - Especificação.
NBR 12269/92 - Execução de instalações de sistemas de energia solar
que utilizam coletores solares planos para aquecimen-
to de água.
NBR 3969/93 - Tanques sépticos - Unidades de tratamento com-
plementar e disposição final dos efluentes líquidos
- Projeto, construção e operação.
NBR 7198/93 - Projeto e execução de instalações prediais de água
quente.
NBR 7229/93 - Projeto, construção e operação de sistemas de tanques
sépticos.
NBR 12693/93 - Sistemas de proteção por extintores de incêndio.
NBR 12904/93 - Válvula de descarga - Especificação.
NBR 13194/94 - Tubo de cobre leve, médio e pesado sem costura, para
con dução de água e outros fluidos - Especificação.
NBR 5590/95 - Tubos de aço carbono com ou sem costura, pretos ou
galvanizados por imersão a quente, para condução de
fluidos - Especificação.
NBR 5899/95 - Aquecedor de água e gás tipo instantâneo - Termi-
nologia.
NBR 6452/97 - Aparelhos sanitários de material cerâmico.
NBR 5626/98 - Instalação predial de água fria.
NBR 9441/98 - Execução de sistemas de detecção e alarme de in-
cêndio.
NBR 14100/98 - Proteção contra incêndio - Símbolos gráficos.
NBR 5648/99 - Sistemas prediais de água fria - Tubos de conexões
de PVC, 6,73, PN 750 kPa, com junta soldável - Re-
372 quisitos.
NBR 5688/99 - Sistemas prediais de água pluvial, esgoto sanitário e
ventilação.
NBR 8160/99 - Sistemas prediais de esgoto sanitário - Projeto e
execução.
NBR 10898/99 - Sistema de iluminação de emergência.
NBR 13103/00 - Adequação de ambientes residen ciais para insta-
lação de aparelhos que utilizam gás combustível.
NBR 13714/00 - Sistemas de hidrantes e de mangotinhos para combate
a incêndio.
NBR 9077/01 - Saídas de emergência em edifícios.
NBR 14432/01 - Exigências de resistência ao fogo de elementos cons-
trutivos de edificações - Procedimento.
NBR 6118/03 - Projeto de estruturas de concreto - Procedimento.
NBR 9575/03 - Impermeabilização - Seleção e projeto.
NBR 10281/03 - Torneira de pressão - Requisitos e métodos de ensaio.
NBR 8130/04 - Aquecedor de água a gás tipo instantâneo - Requisitos
e métodos de ensaio.
NBR 9050/04 - Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e
equipamentos urbanos.
NBR 15253/05 - Perfis de aço formados a frio, com revestimento
metálico, para painéis reticulados em edificações:
Requisitos gerais. ABNT (Associação Brasileira de
Normas Técnicas).
NBR 15527/07 - Água de chuva - Aproveitamento de coberturas em
áreas urbanas para fins não potáveis - Requisitos.
NBR 10283/08 - Revestimentos eletrolíticos de metais e plásticos
sanitários - Requisitos e métodos de ensaio.
NBR 14799/11 - Reservatórios poliolefínico para água potável - Re-
quisitos.
NBR 14800/11 - Reservatórios poliolefínico para água potável - Ins-
talações em obras.
NBR 15097/11 - Aparelhos sanitários de material cerâmico - Requi-
sitos e métodos de ensaio.
NBR 15575-1/12 - Edifícios h abitacionais - Desempenho - Parte 1:3
Requisitos gerais.
NBR 15575-6/12 - Edifícios habitacionais - Desempenho - Parte 6:
Requisitos para os sistemas hidrossanitários.
NBR 15575-6/13 - Edificações habitacionais - Desempenho (Parte 6 -
instalações hidrossanitárias).
NBR 15253/14 - Perfis de aço formados a frio, com revestimento
metálico, para painéis estruturais reticulados em
edificações - Requisitos gerais.

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