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INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 3
2. Doação .......................................................................................................................... 7
CONCLUSÃO ........................................................................................................................ 16
BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................... 17
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INTRODUÇÃO
No presente trabalho da cadeira de Direito das Obrigações, na qual tem como tema
principal Contratos em especial, mas colocaremos em destaque os seguintes contratos:
Compra e Venda, Doação e Sociedade, e pretendemos debruçar em torno destes falando
dos seus conceitos, suas características, suas formas, e o que os torna diferentes dos
restantes contratos, com vista a enriquecimento dos nossos conhecimentos.
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1. Contratos em especial
Segundo Galvão Telles (2010) Negócios Jurídicos é o acto produtor de efeitos jurídicos
que representam uma aplicação do princípio da autonomia da vontade, traduzindo uma
auto-regulamentação de interesses.
1.2. Características
1. Nominado e típico
2. Primordialmente não formal
3. Consensual
4. Obrigacional e real “quoad effectum”
5. Oneroso
6. Sinalagmático
7. Normalmente comutativo, sendo por vezes aleatório
8. De execução instantânea
1.2.1. Nominado
Porque a lei estabelece para este contrato um regime, quer no âmbito do Direito Civil
(arts. 874° e ss. CC).
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1.2.3. Primordialmente não formal
Regra geral, o contrato de compra e venda não depende de forma especial, excepto
quando a lei o exige.
Contrato obrigacional
A compra e venda determina a constituição de duas obrigações:
Uma vez que produz a transmissão de direitos reais [art. 879° al. a)].
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Uma vez que ambas as atribuições patrimoniais, se apresentam como certas, não se
verificando incerteza nem quanto à sua existência (an) nem quanto ao seu conteúdo
(quantum).
Em certos casos a lei admite que a compra e venda possa funcionar como...
Contrato aleatório
Como nos casos de:
1.3. Forma
A compra e venda é um contrato essencialmente consensual;
Mas, Se a compra e venda tiver por objecto bens imóveis, esta só é válida
quando for celebrada por escritura pública (art. 875.o CC);
A compra e venda, quanto a bens móveis, é por vezes sujeita a forma escrita, o
art. 205.o, n.o2, refere expressamente que às coisas móveis sujeitas a registo é
aplicável o regime das coisas (i)móveis em tudo o que não seja especialmente
regulado.
1.4. Efeitos
A compra e venda têm como efeitos essências:
A transmissão de propriedade da coisa ou da titularidade do direito;
A obrigação de entregar a coisa;
A obrigação de pagar o preço.
Um efeito real e;
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Dois efeitos obrigacionais.
2. Doação
Noção
É o contrato pelo qual uma pessoa, por espírito de liberalidade e à custa do seu
património, dispõe gratuitamente de uma coisa ou de um direito, ou assume uma
obrigação, em benefício do outro contraente.
Regra geral a doação tem carácter contratual, pois é indispensável a expressão
da aceitação do donatário.
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2.1. Características
A doação tem carácter:
Nominado e típico (art. 940.o 979.o)
Primordialmente formal (947.o n.o 1 e 2)
Primordialmente consensual (954.o al. b))
Que tanto pode ser obrigacional como real (940. o e 954.o al. c)
Gratuito
Não sinalagmático
Tanto pode ser de execução instantânea como periódica
2.1.5. Gratuito
Não exige contrapartida pecuniária em relação à transmissão dos bens ou à
assunção de obrigações. O encargo previsto no art. 963. o não constitui
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contrapartida da atribuição patrimonial do doador, sendo apenas uma mera
restrição à liberalidade.
2.2. Forma
2.3. Efeitos
A doação tem como efeitos essências:
A transmissão da propriedade da coisa ou da titularidade do direito;
A obrigação de entregar a coisa;
A assunção da obrigação, quando for esse o objecto do contrato.
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Contrato real quod effectum: Quando a doação respeita à transmissão de uma
coisa ou direito, constitui um contrato real quoad effectum, visto que a celebração do
contrato acarreta a automática transmissão da propriedade para o donatário (arts.
408/1 e 954/a).
Quando a lei não exige a tradição da coisa para constituir o contrato de doação, o
doador tem a obrigação de a entregar;
A obrigação de entrega da coisa por parte do doador aparece regulada no art. 955. o.
3. Contrato Sociedade
3.1. Conceito de sociedade
A definição parece lacunosa por não incluir o elemento organização
conformador de toda a actividade societária.
O art. 980º CC não dá uma definição de sociedade, mas do contrato de
sociedade.
São três os requisitos essenciais do contrato de sociedade referidos no art. 980º
CC: a contribuição dos sócios, o exercício em comum de certa actividade
económica que não seja de mera fruição e a repartição dos lucros.
A contribuição será de bens ou serviços. Podem os sócios contribuir com a
propriedade ou titularidade de bens, simplesmente com o seu uso e fruição (art.
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984º CC) ou com a prestação de determinada actividade ou com os resultados
desta. Falando intencionalmente na obrigação de contribuir, o art. 980º CC não
exige uma contribuição imediata.
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3.2.2. Objecto
Exercício em comum de uma actividade económica que não seja de mera
fruição.
O que caracteriza a sociedade é, a funcionalização atribuída a essas
prestações que só se tornam relevantes em ordem À prossecução em
comum de determinada actividade. Essa actividade que os sócios se
propõem exercer vem a constituir o segundo elemento do contrato de
sociedade, o chamado objecto social.
O art. 980º CC exige que a actividade a desenvolver pelos seus sócios seja
certa, pelo que se faltar essa determinação o contrato não pode deixar de
considerar-se nulo por indeterminabilidade do objecto (art. 280º/1 CC).
Porém, para se poder falar em sociedade é ainda necessário: Que essa
actividade tenha conteúdo económico, não podendo este consistir na mera
fruição;
Que essa actividade seja exercida em comum pelos sócios.
3.2.3. Organização
Estrutura coordenada da gestão da actividade societária.
Esse contraste sócio-sociedade é resolvido através da interposição de uma
organização, destinada a gerir a prossecução desse objecto. Daí o
surgimento de todo um sistema de órgãos, através dos quais se prossegue a
execução do contrato (arts. 985º segs. CC). Deste elemento deriva, por um
lado, o carácter extraordinariamente complexo da posição jurídica dos
sócios que, para além das obrigações que assumiram pelo contrato, ficam
sujeitos ao poder potestativo da organização que criaram, constrangedor da
sua actividade.
3.2.4. Fim
A repartição dos lucros
O fim para o qual converge toda a actividade societária é a repartição dos
lucros. Constitui este, com efeito, o momento da realização do interesse
individual dos sócios, por força do qual se subordinaram ao interesse
social na prossecução do objecto.
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Por essa mesma razão é que o art. 980º CC vem considerar elemento do
conceito de sociedade o fim de repartir os lucros e não a sua produção.
Faltando o elemento fim lucrativo não existe sociedade, mas sim
associação (art. 157º CC).
No âmbito das regras que regulam o contrato de sociedade há três tipos de regras:
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Regras que regulam as regras internas da sociedade: Relações dos sócios
entre si e das relações dos sócios para com a sociedade. Estamos no domínio das
relações internas da sociedade. Aos sócios é conferido o mesmo estatuto. Todos
têm o mesmo conjunto de direitos e obrigações, em termo qualitativos.
Não significa que quantitativamente também tenha de ser igual, porque neste
aspecto está dependente da proporcionalidade da entrada. A análise quantitativa
é feita em relação à entrada de cada sócio. A obrigação principal do sócio é a sua
entrada. A entrada é condição para se ter estatuto de sócio. A entrada tem de ter
valor pecuniário.
Normas dirigidas para as relações externas da sociedade: São relações que se
estabelecem entre a sociedade e terceiros.
Terceiro pode ser um sócio se ele se apresentar à sociedade como um terceiro e
não como sócio (ex.: se ele pretender comprar produto da sociedade pode
apresentar-se como um terceiro).
Nestas relações com terceiros a sociedade faz-se representar por administradores
e não por sócios. Se um sócio que não é administrador invocar o nome da
sociedade para celebrar um contrato, em princípio esse contrato não vincula a
sociedade. Tem de ser o administrador a praticar o acto em nome da sociedade.
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A sociedade tem evolução e a quota passa a ter um valor diferente, ou seja maior
ou menor consoante a sociedade tenha ou não evoluído ou regredido. Quando o
sócio sai da sociedade é-lhe liquidada a sua quota no valor actual e não no valor
inicial (da entrada); O direito à distribuição periódica - o sócio quer que o
resultado do exercício seja distribuído periodicamente e;
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CONCLUSÃO
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BIBLIOGRAFIA
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