Você está na página 1de 7
|, rasa \20%0) In ADHD 0. bain vein seoro0 99 ore odo mer ty. ‘nine ders “na tr edge Capitulo 8 Intervengao para escolares com dificuldade de ‘aprendizagem Maria Nobre Sampaio Fabio Henrique Pinheiro ‘lula de ive Emnoss realdade edvaconal hs um grandenimero de esas que presenta dfculade deaprendiagem e que no conseguem acon 38 rivdades de latrae eset em contest escola, © eas dfculdades podem ser decrrentes de fatores relacionados & metodoogi de alfabetizaroe até ‘mesmo ao dsconhecmento da estutura do sistema de exit afabétco do portugus, oasionand, assim, o desenvolvimento inadequado da rlagfo ‘radae/esrta (Capen, 2004; Germano, Per, & Cunha, 201) essa forma, oobjetvedestcaptule apresentar um deineamento do dlagnostico de difuidade de aprencizagem e propor extratégae de Intervene no contest clio @educacona Difculdade de aprendizagem: definigio e caractersticas As dificuldades de aprendizagem so uma temtica complex, ontovertsa ede abordagem pr eterna quecongega profssonas ‘queremsempre concordamemetagSo ds suadefrgbes,concepgBerecausae, ‘mpregando termos diferentes como seus sindnimos & a cao de dit, een, reas, isuceso, atragio, problema e, mais comuments, © texmo ditrbio (Corte, 2007; Baha, Foch, & Ribeiro, 2008) ho existe um consenso sobre a definio de dificldade de ‘sorendaager, nemo ome, 0 rai Ov B ano ve manfesta,Atavés de edo obits na ert, sides de preniagem orca por um apo heterogineo de manfestares,esonendo Dio render cadenza ns tartar de tra de esta ee eel Itenktn Podemseretegnzadascomotanstriare orem glqver Inomentono reso de ensnaaprndagem (bel, 93 Copel Sha, Hh, reno, 2000) Onimero crescent de ecole dagnostcedos com lade de Aorendager pode ser decorrente ds aaptagio «do expo anos Iwrls«tosaos indeanso que meets expects pre preven da Ais deve sr tomas nese prod de excotararo para evar Tics problemas (spins Tonto, & Case, 2008) [Amor das dilutes relacionose com a inedequaéa Arendiage go sstera de exertnafabeco da letra seta de Soatlngs a pressnde a canscidadee reonneer, ecompor, conor H manpuseo- sons da fl, capcidades estas que correspondem 3 {orn fone (Marat, Merora,& Gl, 20%). Aconsenea Tonoldgice ¢ uma competéncia metalinguistica que possibilita o acesso fonsene 0 ive! fnolgica da fala, dessa forma, a manipslgio WANItIve das representagdes a esse nivel € necesséria tanto para a Ahfendnger da lcture quanto para o desenchimento do esta come Wi konngatcin (eta, 2005 Tetra © 3exrta enol 0 wo de erate fonopas« Atria, qe aig xsares pode tr grandes dade com Aeipector orastan enqseo eu outros pode ter a ages fualo sr speciosonerstcos (ort & Cass 2008) ‘Almtervencto no quadeo de dificuldades de aprendizagem 1 processo de escolarizao requer uma série de habildades ¢ ‘omptineias que se consitem prérequstos para as aprendiagens que se ‘eee, Inimerosfatores de ordem intemae externa, tanto proprios do lide quanto da escola ou do seu ambiente, so capazes de interfer na ‘reniliayere consttuem obstéculo integra do pensar, sent, al ‘UWE # ag Tonelotto 8 Gonsalves, 2002. ‘is, 0 consierarmos estratgias de intervene para o quadro de iieuidade de aprend Intseas, relaciona metainguistias, até estratégias de estilo mals espeias,deconadas 40 desenvolvimento da letra e da escrt, Primordialmente, 0 enfoque de brogramas de interencio, como. proposto por Vaugh et a 2006) Siva e apelin (200), tem ldo trabalho com habldedesfonoégcs,sbicas © rmetatonolgias utlzandoestratégas que propiiem 0 desenvolvimento da ‘conselénea metafonoégiae, dessa frm aaquscdodo principio afabéto, com efet diet, postriormente, no desenvolvimento da letra, da esrta ‘eds ears ortgréfias. Logo, a necessidade de propor atividades priticas para o “desenvohimento dese habildadesbascas em sla de aula nos freee sobre a implanagto de estratégias para desenvolvimento de hablidages Imetalingulstias, sendo propostasa seguir algumas ativdades que podem ser realigadas tanto em ambiente de sala de aula, por professores € pedagogos, quanto por foncaudidloges © demals profissionaisligado 8 eucaeio “abela1— Estratigias de intervengo par odesenvehimento das habadades Imetallgustias NSasStaats anbaoraet nares tosses aparece a emt a ftom as ei dtm Sad ne ego Guy Gen pe 9 Sarena Medicom tah destin ne os Meo volta et Foe tanh: min deen pw ms uaa Sats Etna on Sess arse rnam er sme ome Ta Dee Cs eon, Fee + Mi eects pony Sae eco ‘nintervensao em habilldades consideradas preditoras pars © iesenvohimento da leitura e da etrta, como & o caso das habiidodes sintsieas,semanticas ¢ netalinguisticas, que englobam hablidades anoles, tefletem-se no adequade desenvolvimento des halldades de Iau eseita (Nunes, rota, & Mousinho, 2009; Cunha &. Caplin, 2009; ‘Germano, Pinheiro, & Capel, 2008; Siva & Capen, 2010), formando » fume para habiidades académicas mais especies, como veremos no orrer do capitulo, Portant, trataremos 2 partir desse ponto de Ihtatglscrcconadas epectficamente para odesenvohimento d ets Antervensio na leitura scolares com cidade de aprendizagem normalmente apreseta es exolares, 35 principals “eractonashabiidades dtetura eect, Paacs Iitwracbes encontradas a letra so referees a conscindafonokig Thomeacio de letras, meméria de trabalho, nomese80 rapid, voeabuliio Tlpessive ecepetcio de do palaas.Aconscinciafonoégca, 2 nomeasio _” “etre ariomaagto atomic Bo caidas 04 mas poserovos ‘reiores pare 0 aprendiaado da Veltra, « » vonsldncia fonoligea & orlderaa 0 faorifuencador mais forte quando se pensa em aquscio eloture (sva & Capel, 2010). ‘Aaprneinage da letra requer 0 deserwolimento de habiidades ‘que permitam que o escolar desenvoae adquira a habilidade de pensar e Felletirsobre a propa lingua. Tals habiidadesncuem a tengo aos aspectas {ling (ives morfokgicos,fonogicoe sntitiol «no apenas 20 seu ‘oni nivel semantico) (Araujo & Minervino, 2008; Germano, Pinel, & Cunha, 2010), ‘Aimaor pate dos modelos pscoinguiticos de lekuradesceve pelo menos ts nivel envlvdos nessa atvidade: alse ortogrifica da formas us das plawras proceso fonoliglc assocado com os sons da ings andlse semantica do significado ds paawrase frases Kater, Misa & Paldrack, 2005). Ns programas de intervene envohendo leurs, a etratgias 530 ‘daboradas apart da assocago da linguagen oral com a inguager eset, para que o escolar poss ter uma melhor percepso da rela etra/som, ‘ropondo ativades que, na msica das vere, so reladas em sala dea, ‘mas necestam de um novo deconamente. Em eguda, eréapresentado 0 ‘eablho de intervene pra exolires come sem dfeldade de letra, com objets e esratégls que podem ser wabalhados em sla de aula, Tabola2~Esratégas de intervene para lua ‘hie doce sare done nebo suas earaaeaotmst ‘Spo matre omens ‘aria ann tue sain ur ica on si, scams Sepumsgsentee sou sts amet vn nee: om wean fpr en ‘Cesena cover unas con ange 7 “ave +e nn ‘ monte rm use mtn ds nro von Wha ire inne fom eso 08 a Mamta mats Dh Hd ee ct sun vena ene ® at rma en toon mo ‘Bieter awed dnt a ‘avn ~conepon eno sire vin ears Rc pr mau, dots 3 porn com Che eeienssers . es © rnin tence ade nr een adn pron ae Wie” itttmmtseadecton.” wc ants oeunin hentai Fe ae er faunas one pee tirana na Noes te “n fon reo sts, G003: ss one, pn Rete 02 ero 3 Mitac cnn ony Svea, 0) a ete ‘Awalmente, # comum encontrar escolares que apresentem ifieuldades em elagtodescra corres, Dene oF motos deal ficulade, \estacam-se intra do mele, inabildades pessoas eexposigio amétodos de ensin no apropriados para oquee escoar(Scapo, 2009), Zoe Gasca (2009) observaram que escolares com difcldade de ‘prendizagem apresentam como aifiuldades principals tanto erros de raturera ogrsfica quanto fonoigice, como ertes de amiss & apo na rade, reforando aides deafeuldades no plano ortgréicaefonolégo, simultaneamente, Segundo Lima e Pessoa (2007), para a aprendizagam da eserita € Imoortante ressltar 0 desenvolvimento das habldades metalngustias ‘ue cortespondem a manifestagées explctas de urna conslénei funcional ‘das regras de organizagdo do uso da linguagem. Smythe etal (2008) € Mousinho e Cortes (2003) coneliram que tant ox process fonoliicos ‘quanto os ortgrifios so importantes para a aprendivagem éa esr (escolar possum pape ato ne procestodeaprendedodaingua ‘eserita. Os eros cometios plas eriangas nfo devem ser encarados coma bps imperfetas,mastentatvas valiésdeestabelecr a raia daspalavras baseadas em suas ielas sobre a esrta 0 conhecimento ortogréico (oojen, 2009; Femandés, 2010). O desempentio na eserita também pode ser identicado por meio 4a endise dos tips de errs apresentados. A anise e a dssficario dos ‘erros ortogréticos fornecem plstas quanta aos processos linguists subjacentes eles & pode auallar no planejamento de estratérias de intervengio mals efieazes para os escolares com dificldades no esenvovimenta da eseita, A classticag3o de errosortogrficos pode ser felta de diversas Imanciras, dente as quas se destacam os eritrospropostes por Cervere- "Mérida e YaualFemnder (2006), Segundo esses autores, os ers podem se clasicados em erros de ortogata natural ede orografia arbitra, (0s eros de ortografia natural s30 0s que mostram ateragdo do prince sifabéticoe denotam una fala no processamentodalinguagem denatueza fonolgica (eros na correspondncia buna aafems/fanema,omissio, ado alterapbes da ordem dos segmentase segmentacBes ejuncbes Indevids de plavas). Os eros de ortografi sritréia io as transeressoes convengBes ortogr iat I conhecimento de regrasortagriias,Usico € morfloga (eros de orrespondéncia fonema/grafema dependentes do context @ Independents de regres). : Th seguir, na tabela 3, eatfo descrtos os tpos de eros, exemple ‘wsitas incorretas a partir do tipo de erro ¢ algumas estaténias de gto serem utizadas em sla de aula ou em contexto cinco, com je de aunaro escolar com difeuldadesortgriicns = Estratégias de intervengéo com erras de ortogratio natural « —— ee fergie Smee ees 8 fen estonia Seance see ae Rf cee ‘Srmtos ST racmsounae porno mn mi i wt = ‘Gut enw dd apaena goin ee ce "Donen ba Tana anor ane asin 2) eng pte ee ps ad and rt mls ea pe on men, ‘rb prs mea en et oa 6 ‘emer arep eee ern es ps tpt ei pe, scone cs an oman tan ie Fonte: Moojen (200); Mores (2008); Sane (ah Canoe (998 Conwideracbes finals Bw acordo com o exposto as habildades metangusiens 18M UNH lao drta com oaprenczad da eta eda ex, Desa forma, quand Jena ateragbes na aprendizagem, como ¢ 0 caso wise oe specndagem, a esate metlngustas deve se vis am copint com estes tra eects, co 0M Maes cena de meee, Alen os ade Ode Mi etnias om la dea, bsendo mia ay cas pores exces, aE rac paid onsite ht Joost pt pons qo aaa na ea € pr ESE: a> inte proven aro pred a tetra e ext, frend Arnos pra uc tas escles com cade de prendre” rv eres de superar ebstculon, akanando um deseo mato em ao 20 seu grupos Aatertncos img Mh & nero, CAS: M2008) ao copii: ts ik ier scr ioe Er, a 9 lun Mc tre Rie, 5 F208) ses So sone cides ecare:Epenca em ePe thts. Resto Ptopeepot, 00) anon bt (950, Pes cus (te) ode ne: Rete Caps 200) eat clr dn Ge awe lin 5 Coat remedies In LE. vale (org), fees Mere uc ewepslge srendzogem bp. aA Reto Prt ere : {yoann 3, sho, APC, Sha, C&P, F. (2008, Raa pcs os atacand Lae Comins rp Dseoe oes dies dears Siesta opendzaem pp.) 58 stds CAME Po. Tans one, S200 Media dedearetbo cl stoma cont de pers ttudsae sane 212) ‘ao nid, 15 & yg Ferdnde, AA. 2006, Una props Cer mos drapes nerds 8a serge ~~ Halnemann taeatona Corel . M, (2007), Para uma defini portuguese de dfculdades de prendagen expects. Revita rae de Eoveo kspes, 2, 15-7 Cunha, V0, & Capen. (2008). Desemperto de esoares de 1248 série do enn fundamental nas provas de hablicades metaonolgies e de Inte PRONMIELE. Revit do Sociedade Brasileira Fonooudioleg, 14 (1 56-68 Dewehle V., & Cechela, C0. 2009)-0 dit em coscincafonlégea¢ ‘0 relag30 com a dle: diagnéstico e ntervengzo. Reta CEFAC, (2), 494-200 ornare, A, Cervera Mérida, F Cun, V.L.0, Bats, AO, Capel, 5:2. (2010) alata e interngio da esortogafiabareads na semilog dos errs: eve da IRratura, Revita CEFAC, 23), 499-508. Ferrera, A, & Spin, (203) Desenvolvendo aabildededeproduczo ie textos em crangae partir da conscncia metatental. tn MR. Mau (Ore), Metoinguagem e aquisido da esata (pp. W348) So Pau: Casa to Picslogo Germano, 6. D, Pineiro, FH. & Capel 5. A. (2005) Desempenho de ‘colores com dsleia do desenvohimento em taefas enolase slabs. evista CEFAC, ma}, 23-220. Germano, GD, Pinheiro FM & Cunha, VL. O(20%0).Avalag0eintervenss0 as hablidaes metalinguistias. nS. A. Caplin, , 0. Germano, &V. LO. nha (Org), Transtomos de aprendizagem e tanstornos da atengao (do vagz0& interven) (pp. 35-48). 30 José dos Campos: Pulso Eto Gonzi, 0.6. Espinal, AG, & Rsquet, RG. 2002) Remedalinterentions for ciren with reading dsabites: Speech perception effective component in Phonological rning? Journal eoning Osabities, 2a), 334282. ‘Guimares, 5 RK. 2005).Aprendiogem da feturae do esrita: © pape das habldodes metolingusces. (1 ed) 30 Palo: Vetor. Kata, Ts Mi, M. & Polack RA (2005). maging phonology without prin: assessing the neural correlates of phonemie awareness using FMI Neuroimage, 27,106, Lina, T.€:F, Pessoa, A.C. RG (2007). Difeuldades de aprenzagem Drncpalsabordagens terapduticasdiseutdas em artigos pubicdos nas Dini evita indexadns no LILACS de fonosudlopa na period de 200% 2005, RevstoCEFAC, a), 469-478 (2004). 0 desenvolvimento de conseéncla fonoldgicn sue cla prec processodealfabetiacso Psicologia Exar Ealuacona, aavaad ‘Marchet aonb sdbice« fond Invervengho. fonoaudiolo Fonoautiloga 11), 80 Monje, $.M.P 2000) escita ortogrdfia ne exo na cline: teor, Tato trotamenta, So Paulo: Casa do Pclono Moras A. 6. (2008), Ortografia: enna e aprender. 4 ed Sto Pao: At Mousiho, Ry, & Corre, J, (2009). Conhecimento ortogrico na dsleal Hanoligiea,n' Barbosa, CC. Rodrques .B. Melo, S.A. Capel, & LM. Ws forg), Temas er ces (p. 33s) SH0 Paul: Artes Médias Nunes, ot, 54.8 Mousnho, (2009), ConsibciaFnokiica eo processo Titiuagem deletree escrka:implcacteseicasparae_embasamento th pica fononudilogea, Revista CEFAC v2), 207-2 stun, ts. V. (2002). Andie funciona dscriminativa em disexa do umolvments. Tese de Doutorado em Cléncias Médias, Universidade Fada! de armies, Cris Hebel, A.5. 19), cutades da eure da esrita em unas do ens ‘ska Portal: Edges As. anche, € (1995). Etratéias de Intervenso nos problemas de etra n ule) tils, 8 Moree! (rg)- Desevolmento Picola e EGuco0 Porto Alege: Artes Médias. Santos, AA. 2004). cloze como técnica de dagnésico «remediate ds emproensio tetra laterato em Pioogio, 8, 25224. arpa, M2008). Gers ora canst @ letra, escrito e otra Tfanmolendo oteng, memo consciéncia fonol6ica para oprende Inethor So lose dos Campos Puso Estoril fina, ©, & capeln, 5. A. (2010). Efcicla do programa de remediacs0 Tenwidnica« tetura no distrbia de aprendizagem. Pré-Fono Revista de ‘Awolog do Cento, 22), 1328 faith, C, &Strck, 2001). Difeulddes de aprendzagem de Ao 2 um guia Tmplets por pois © educadres, Porto Alegre: Artes Médias. Sant, Evert, AEMenaye N, He, X, Capel, Gyarmathy Sie Pooky reactors of wor-evel Iteracy amongst grade 3 chien i ve ‘ers languages. Oyster, a), 170-87 “Tonle, 3 MF. & Goncalves, V. M. 6.2002). Autoperecepsio de cris 9 de elangas com ‘nRevista da Sociedade brasileira de _™ Vaughn, §, Unan- Thompson, 8, Mat ore irr cata aan Waa 00) ene tom ron erate gate ug site rt moo nae, ese Bore 1 Cac, 5. (2000). : (2003). deers artosticos em a prions de apendzagun, Revi CEPAG NB aoeae.

Você também pode gostar