Você está na página 1de 20

1

Castro Felisberto Mauride

Relatório das Experiencias da 11ª Classe

Curso de licenciatura em Ensino de Química com Habilidades em Biologia-4º Ano

Universidade Licungo

Mocuba-EAD

Maio, 2019
2

Castro Felisberto Mauride

Relatório das Experiencias da 11ª Classe

Curso de licenciatura em Ensino de Química com Habilidades em Biologia-4º Ano

Relatório das Experiencias da 11º


Classe a ser apresentado no DCNM
para fins de avaliação na cadeira de
DQII leccionada pela

Dr. Stelia Nihia

Universidade Licungo

Mocuba-EAD

Maio, 2019
3

Índice
1.Introdução.................................................................................................................................4
2.1. Objectivos da experiencia......................................................................................................5
2.1.1. Geral:..................................................................................................................................5
2.1.2. Específicos:........................................................................................................................5
3. Fundamentação teórica.............................................................................................................5
3.1. Cinética: velocidade de reacção............................................................................................5
3.1.1. Factores que influenciam na velocidade da reacção Química.............................................6
3.1.2. A Influência da concentração a velocidades de Reacção....................................................7
3.1.3. A velocidade instantânea de reacção..................................................................................7
4. Leis de velocidade e ordem de reacção....................................................................................7
4.1. Reacções de primeira ordem.................................................................................................8
4.1.1. Método da Velocidade Inicial.............................................................................................8
4.1.2. Reacções de Segunda Ordem.............................................................................................9
4.1.3. Método da Velocidade Inicial.............................................................................................9
4.1.3.1. A Meia-Vida de uma Reacção de Segunda Ordem..........................................................9
5. Reacções em soluções líquidas.................................................................................................9
6. Parte Experimental.................................................................................................................10
6.1. Descrição do material necessário:.......................................................................................10
Referencia Bibliográfica............................................................................................................13
1. COMBUSTÃO DE BENZENO, VERIFICAÇÃO DA PRESENÇA DA..........................13
2.1. Objectivos das Experiencias................................................................................................13
2.1.1. Geral:................................................................................................................................13
2.1.2. Específicos:......................................................................................................................13
3. Fundamentação teórica...........................................................................................................14
3.1. Benzeno e aromaticidade.....................................................................................................14
3.3. A estrutura do anel benzénico.............................................................................................15
3.4. Classificação dos hidrocarbonetos aromáticos....................................................................15
3.5. A presença dos aromáticos em nossa vida...........................................................................16
3.6. Combustibilidade................................................................................................................16
3.7. Combustão..........................................................................................................................16
3.7.1. Combustão completa........................................................................................................16
3.7.2. Combustões incompletas..................................................................................................16
4. Parte Experimental.................................................................................................................17
4

4.1. Descrição do material necessário:.......................................................................................17


4.2. Descrição dos Reagentes.....................................................................................................17
5. Procedimentos........................................................................................................................17
5.1. Experiencia I:......................................................................................................................17
5.1.1. Observações.....................................................................................................................17
5.1.2. Explicações......................................................................................................................17
5.2.1. Observações.....................................................................................................................18
5.2.2. Explicações......................................................................................................................18
5.3. Experiencia III: Poder dissolvente de etanol.......................................................................18
5.3.1. Observações.....................................................................................................................19
6. Conclusão...............................................................................................................................19
Referência bibliografia...............................................................................................................19

1.Introdução.
O presente Relatório está relacionado com aulas práticas efectuadas no laboratório de
química, no dia 25/08/2019, das 10h:00 às 12h, tem como epicentro o estudo da
cinética como sendo um capítulo da química que trata a velocidade das reacções
química, que se refere aos factores temperatura e influência da concentração, analisando
as suas manifestações nos diferentes meios após submetida a diferentes temperaturas,
analisando a sua terminologia quando perde ou ganha calor e quando misturamos a água
em dois meios diferentes, se observa o descoramento total das soluções. A cinética
como sendo um capítulo da química que trata a velocidade das reacções química, o
presente trabalho tem como teor fundamental a variação das velocidades das reacções
químicas no que diz respeito aos factores que influenciam as variações das
concentrações e temperatura durante as reacções químicas. As condições para que uma
reacção química ocorra, as moléculas dos reagentes se aproximam os átomos possam
ser trocados ou rearranjados. Cinética química é o capítulo da química que estuda a
5

velocidade e o mecanismo das reacções químicas. Há reacções lentas, rápidas, outras


tão rápidas que até chegam a ser explosivas.

2.1. Objectivos da experiencia.


2.1.1. Geral:
 Verificar o efeito da temperatura e da concentração sobre a velocidade de uma
reacção.

2.1.2. Específicos:
 Identificar os factores que influenciam na velocidade de uma reacção;
 Interpretar a relação que os factores na velocidade em relação o tempo;
 Conceitualização da cinética química.

3. Fundamentação teórica.
3.1. Cinética: velocidade de reacção.
Informalmente, sabemos que uma reacção é rápida é quando os produtos são formados
quase instantaneamente, como acontecem numa reacção de precipitação ou em uma
explosão. Dizemos que uma reacção é lenta quando os produtos levam um longo
intervalo de tempo para se formar, como acontece na corrosão ou na decomposição de
6

material orgânico. Segundo ATKINS (2006:578), no dia-a-dia, a velocidade é definida


como a mudança do valor de uma propriedade dividida pelo tempo que ele leva para
ocorrer. Nas palavras do autor em citação a velocidade de reacção é a variação de
concentração de um dos reagentes ou produtos dividido pelo tempo que a mudança leva
para ocorrer. Ainda o autor salienta (2001:643), Cinética química é um capítulo da
química que estuda a velocidade de uma reacção. Velocidade da reacção é a variação da
concentração de uma substancia por unidade de tempo. Como refere RUSSEL
(1994:14), A cinética química é o estudo das velocidades e mecanismos das reacções
químicas.

Como refere RUSSEL a velocidade de uma reacção é a medida da rapidez com que se
formam os produtos e se consomem os reagentes.

As velocidades das reacções químicas podem ser extremamente lentas ou extremamente


rápidas. O estudo dos factores que influenciam as velocidades das reacções tem
aplicações práticas óbvias. Além disso, este estudo fornece informações valiosas de
como as reacções químicas ocorrem na realidade. Em geral, a velocidade de uma
reacção é determinada pelas:

Propriedades dos reagentes;


Concentrações dos reagentes e
Temperatura.

A velocidade pode ser influenciada, ainda pelas:

 Concentrações de outras substâncias que não são os reagentes e


 Pelas áreas das superfícies em contacto com os reagentes.

3.1.1. Factores que influenciam na velocidade da reacção Química.


Os factores que influenciam a velocidade de reacções química são: Natureza dos
reagentes - São mais rápida a reacção que, devido à natureza dos seus reagentes, há
menos ligações químicas para quebrar. Superfície de contacto (estado de divisão dos
reagentes) - ao aumentar a superfície de contacto (por exemplo moer um reagente
sólido), aumenta a probabilidade de ocorrência de choques eficazes/efectivos e aumenta
a velocidade da reacção. Temperatura - ao aumentar a temperatura, aumenta a energia
cinética das partículas (movimento das partículas) e isso provoca ou aumenta a
probabilidade de ocorrência de choques eficazes, o que resulta no aumento da
7

velocidade da reacção. Concentração dos reagentes - ao aumentar a concentração dum


reagente, aumenta a energia cinética das partículas por unidade de volume e
consequentemente aumenta-se a probabilidade de ocorrência de choques, o que resultam
num aumento da velocidade. Pressão e/ou Volume - ao aumentar a pressão dum sistema
(ou diminuir o volume, a consequência é a mesma), resulta num aumento da
concentração e a velocidade aumenta pela explicação dada na alínea d). Catalisador -
um catalisador numa reacção química diminui a energia de activação (encurta o
caminho da reacção), por isso, aumenta a velocidade da reacção.

3.1.2. A Influência da concentração a velocidades de Reacção.


A velocidade de uma reacção geralmente depende, de algum modo, da concentração de
um ou mais reagentes, mas também das concentrações dos produtos, ou mesmo de
substâncias que não aparecem na equação da reacção global. ATKINS (2006:579), a
técnica experimental usada para medir uma velocidade de reacção depende da rapidez
da reacção. As técnicas especiais têm de ser usada quando a reacção é muito rápida e se
completa em poucos segundos. O uso de lasers permite aos químicos o estudo de
reacções que se completam em psicossegundos (1 ps = 10-12 s) As técnicas mais
recentes podem monitorar até mesmo reacções que se completam em alguns
femtossegundos (fs = 10-15 s), nesta escala de tempo, os átomos quase não se movem e
são -apanhado em flagrante‖ no acto da reacção.

3.1.3. A velocidade instantânea de reacção.


A velocidade instantânea de uma reacção é a inclinação da tangente traçada no gráfico
de concentração de versus tempo no instante de interesse. Na maior parte das reacções,
a velocidade decresce à medida que a reacção progride.

4. Leis de velocidade e ordem de reacção.


ATKINS (2006:584), as características das velocidades de reacções podem ser
comumente identificadas pelo exame da velocidade inicial da reacção, a velocidade
instantânea de mudança de concentração de uma espécie da reacção. A vantagem de
examinar a velocidade inicial é que a presença de produtos durante a reacção pode
afectar a velocidade e a interpretação dos resultados pode tornar-se muito complicada.
A velocidade de reacção mede quão rapidamente um reagente é consumida ou um
produto é formado, durante a reacção.
8

A ordem de uma reacção é a soma dos expoentes aos quais estão elevadas as
concentrações, na equação de velocidade. A ordem em relação a uma espécie é o
expoente da concentração dessa espécie na equação. Assim, por exemplo, a reacção cuja
equação de velocidade é dita de primeira ordem relativamente a X, de segunda ordem
quanto a Y e, portanto, de terceira ordem global.

4.1. Reacções de primeira ordem.


4.1.1. Método da Velocidade Inicial.
Vários métodos são úteis na determinação das equações de velocidade. Um destes, o
método da velocidade inicial, envolve a realização de uma série de experiências, em
separado, uma dada temperatura. Este método consiste na determinação da velocidade e
concentração dos reagentes no início de cada experiência, com posterior análise
matemática da relação entre a concentração inicial e a velocidade inicial. Consideremos,
por exemplo, a reacção hipotética: A(g) produtos.

A velocidade média de desaparecimento de A durante o intervalo de tempo, t1 a t2 é


Definida como a variação da concentração de A, -[A], dividida pelo correspondente
intervalo de tempo, (t).

△〔 A〕 〔 A 〕−〔 A
Vm= − =− 〕
△t t 2−t 1

Um outro problema crítico no caso das reacções rápidas se refere ao tempo de mistura.
Não é possível misturar os reagentes instantaneamente. USBERCO e SALVADOR
(2002:385) para uma reacção lenta, o tempo necessário para a mistura dos reagentes
pode ser desprezível em comparação ao intervalo de tempo necessário da mistura à
amostragem. Com reacções rápidas, entretanto, deve-se recorrer a métodos especiais de
mistura rápida. Em lugar das análises químicas convencionais da mistura reagente,
muitas vezes métodos instrumentais são empregados para medir as propriedades físicas
que se alteram no decurso de uma reacção. Em princípio pode-se medir a velocidade de
uma reacção misturando primeiro os reagentes e depois tirando, periodicamente,
pequenas amostras da mistura reagente para análise. Deste modo, pode-se medir a
variação da concentração dos reagentes ou dos produtos durante o intervalo de tempo
precedente. Este procedimento pode ser satisfatório se a reacção não for muito rápida.
Mas se a reacção for tão rápida a ponto que ocorrerem alterações apreciáveis nas
concentrações durante a retirada e análise de amostra, os resultados experimentais
9

podem ser imprecisos. Uma maneira de solucionar este problema de amostragem,


análise e tempo é diminuir subitamente a velocidade ("congelamento" da reacção), seja
mediante um resfriamento rápido da amostra seja pela rápida remoção de um dos
reagentes.

4.1.2. Reacções de Segunda Ordem.


4.1.3. Método da Velocidade Inicial.
O método da velocidade inicial pode ser usado para verificar se uma reacção é de
segunda ordem. Consideremos que para a reacção hipotética:

C + 2D produtos.

Neste caso, ao se dobrar [C], mantendo-se [D] constante (experiências 1 e 2), a


velocidade da reacção aumenta por um factor não de 2, mas 22, ou 4 (0,123 x 4 =
0,492). A velocidade é, deste modo, proporcional a [C]2. (A velocidade é de segunda
ordem em relação a C.) Mas a variação da concentração de D não apresenta nenhuma
influência sobre a velocidade (experiências 1 e 3.) Em outras palavras, a velocidade é
independente de 〔D.

4.1.3.1. A Meia-Vida de uma Reacção de Segunda Ordem.


A meia-vida t1/2 de uma reacção de segunda ordem não é independente da
concentração inicial como no caso da reacção de primeira ordem. Para uma reacção A
produtos, a equação de velocidade é: E pode-se mostrar que a meia-vida é:

1
𝑡1/2=
K [ A ]0

Onde [A]0 é a concentração inicial de A. A meia-vida é independente da concentração


inicial somente no caso da reacção de primeira ordem.

5. Reacções em soluções líquidas.


Sob certos aspectos, a cinética das reacções em soluções líquidas é muito semelhante à
das reacções gasosas. Em solventes não-polares, especialmente, as grandezas das
velocidades de reacção, factores de frequência e energias de activação são muitas vezes
similares àquelas de reacções em fase gasosa. Em muitos casos, contudo, o solvente
desempenha um papel de maior importância no mecanismo de reacção, afectando a sua
10

velocidade. Em soluções líquidas, a velocidade pode depender do número de encontros,


e não colisões, que uma espécie reagente tenha com outra.

6. Parte Experimental.
6.1. Descrição do material necessário:
 Bequer de (150 e 250 mL);
 Proveta (10 e 100 mL);
 Pipeta graduada (5 ou 10 mL);
 Bastão de vidro;
 Manta de aquecimento;
 Termómetro;
 Cronometro;
 Balança

6.1.1 Descrição dos Reagentes:

 Água destilada
 Permanganato de potássio (KMnO4)
 Acido clorídrico (HCl)
 Solução de acético 0,5 mol/L-1

7. Procedimentos:

PARTE A: Influência da concentração.

 Numerou-se 4 bequeres de 10mL, limpos e secos.


 Em 4 bequeres introduziu-se 10mL de HCl em seguida adicionou-se 5mL do
ácido acético, na mesma ordem nos 4 bequeres respectivamente.
 Em seguida, no bequer 2, adicionou-se 50mL de água destilada e agitou-se a
mistura até ficar homogénea.
 No bequer 3, adicionou-se 100 mL de água destilada e agitou-se a mistura até
ficar homogénea.
 No bequer 4, adicionou-se 150 mL de água destilada e agitou-se a mistura até
ficar homogénea.
 No bequer 1, com o auxílio de uma pipeta, adicionou-se 4 gotas da solução de
KMnO4 e agitou-se a mistura suavemente até ficar homogénea.
11

 Este procedimento repetiu-se para os bequeres 2,3 e 4, isto é, adicionou-se 3


gotas de KMnO4.

PARTE B: Influência da Temperatura.

 Numerou-se 4 bequeres de 50 mL, limpos e secos.


 Em seguida adicionou-se aos 4 bequeres: 10 mL de HCl, 5 mL de acido acético
e 10 mL de água destilada nesta ordem respectivamente.
 Em seguida, ao bequer 1, adicionou-se a temperatura ambiente, 4 gotas de
solução de KMnO4, accionou – se em simultâneo o cronometro, agitou-se a
mistura suavemente e anotou – se na tabela o tempo exacto de descuramento e a
temperatura na qual ocorreu o descuramento.
 Com ajuda da manta de aquecimento elevou-se a temperatura do bequer 2 até
aproximadamente 35ºC.
 Em seguida repetiu-se para o mesmo procedimento o bequer 3, onde elevou-se a
temperatura até atingir 45ºC, com mesmo procedimento do bequer 2 e 3, elevou-
se a temperatura do bequer 4, até aproximadamente 55ºC.

8. Interpretação:

PARTE A:

O permanganato de potássio (KMnO4) é de cor violeta. Ácido clorídrico (HCl) é


incolor. No bequer 1, onde continha o ácido clorídrico quando adicionou-se 3 gotas de
permanganato de potássio houve o descuramento. Portanto verificou-se o descuramento
de permanganato de potássio nos bequeres onde continha o ácido clorídrico.

PARTE B:

No bequer 1 a mistura tomou a cor amarela e quando nesta mistura adicionou-se 4 gotas
de permanganato de potássio. Bequer 2, antes de aquecer a mistura tinha uma
temperatura ambiente de 29,1 ºC e por meio de manta de aquecimento elevou-se a
temperatura para 35ºC. E adicionou-se 3 gotas de permanganato de potássio onde
verificou-se um rápido descuramento. Bequer 3, antes de aquecer a mistura tinha uma
12

temperatura ambiente de 29,1ºC e por meio de manta de aquecimento elevou-se a


mistura a uma temperatura de 45ºC. E em seguida adicionou-se 3 gotas de
permanganato de potássio, também verificou-se um rápido descuramento.

9. Conclusões do grupo.

Parte A.

Na parte A, conclui-se que quanto maior for concertação maior será a velocidade do
descuramento do permanganato de potássio.

Número Tempo de descuramento (s) Concentração do acetato


do Bequer (mol/L)
1 35 Segundos e 73 centésimos 10 mol/L
2 49 Segundos e 72 centésimos 18,2 mol/L
3 2 Minutos e 29 segundos e 98 centésimos 9,1 mol/L
4 3 Minutos e 18 Segundos 325 centésimos 6,07mol/L

Parte B.

Na parte B concluímos que quanto maior for a temperatura mais rápido será o
descuramento do permanganato de potássio.

Número do Tempo de descoramento Concentração do acetato


béquer (mol)
1 29 Segundos e 34 centésimos 0,5 mol/L
2 18 Segundos e 04 centésimos 0,5 mol/L
3 09 segundos e 04 centésimos 0,5 mol/L
4 06 segundos e 04 centésimos 0,5 mol/L

11. Conclusão.

Neste trabalho das experiencias e observações laboratorial concluímos a existências de


alguns factores que influenciam na velocidade das reacções químicas, onde se destacou
a concertação e a temperatura como um destes factores. Em princípio pode-se medir a
velocidade de uma reacção misturando primeiro os reagentes e depois tirando,
periodicamente, pequenas amostras da mistura reagente para análise. Deste modo, pode-
se medir a variação da concentração dos reagentes ou dos produtos durante o intervalo
de tempo precedente. Este procedimento pode ser satisfatório se a reacção não for muito
13

rápida. Mas se a reacção for tão rápida a ponto que ocorrerem alterações apreciáveis nas
concentrações durante a retirada e análise de amostra, os resultados experimentais
podem ser imprecisos. Uma maneira de solucionar este problema de amostragem,
análise e tempo é diminuir subitamente a velocidade ("congelamento" da reacção), seja
mediante um resfriamento rápido da amostra seja pela rápida remoção de um dos
reagentes.

Referencia Bibliográfica
ATKINS, P.W; JONES, L. Principios de Quimica – Questionando a vida moderna e o
meio ambiente. Porto Alegre: Bookman, 2001.

ATKNIS, Peter, e JONES Loretta, princípios de Quimica - Questionando a vida


moderna e o meio ambiente. Editora Bookman. 3ª ed.

2006 USBERCO e SALVADOR, Química - volume único 5ª ed. Editora Saraiva, São
Paulo 2002.

1. COMBUSTÃO DE BENZENO, VERIFICAÇÃO DA PRESENÇA DA


ÁGUA NA ÁGUARDENTE USANDO SULFATO DE COBRE (II), E O
PODER

2.1. Objectivos das Experiencias.


2.1.1. Geral:
 Compreender o efeito da combustão do Benzeno, a presença da água na
aguardente usando sulfato de cobre (II), e o poder dissolvente do etanol.

2.1.2. Específicos:
 Verificar algumas propriedades químicas do etanol em comparação com a água;
 Identificar as propriedades físicas do benzeno durante a sua combustão;
 Diferenciar e descobrir a capacidade dissolvente do álcool (etanol) e a água,
perante algumas substâncias químicas;
 Apresentar os tipos de combustão existes.
14

3. Fundamentação teórica.
3.1. Benzeno e aromaticidade
No início da química orgânica, a palavra aromático foi utilizada para descrever algumas
substâncias que possuíam fragrâncias, como Benzaldeído (responsável pelo aroma das
cerejas, pêssegos e amêndoas), o tolueno (bálsamo) e o benzeno (do carvão destilado).
Entretanto, logo se observou que essas substâncias denominadas aromáticas eram
diferentes da maioria dos compostos orgânicos em relação ao comportamento químico.
3.2. Estrutura e estabilidade do benzeno

KAMOGAWA (2006:135), Embora o benzeno seja claramente um composto


insaturado, é muito mais estável que um alceno típico e não sofre as mesmas reações
químicas. O ciclo hexeno, por exemplo, reage rapidamente com o Br2 para formar o
produtode adição 1,2 dibromoexeno, porém o benzeno reage lentamente com o Br2 para
formar um produto de substituição C6H5Br. Por causa dessa substituição, a conjugação
do anel benzênico é mantida.

Podemos ter uma idéia quantitativa da estabilidade do benzeno pelos valores de calor de
hidrogenação. O cicloexeno, um alceno isolado, tem DHºhidrogenação = -118 kJ mol-
1 . kcal mol-1) e o 1,3-cicloexadieno, um dieno conjugado, tem DHºhidrogenação =
-230 kJ mol-(-55 kcal mol-1). Como esperado o valor para o cicloexeno, uma vez que
os dienos conjugados são mais estáveis que os dienos isolados. Dando um passo
adiante, esperamos que o valor de DHº hidrogenação para o ―cicloexatrieno‖ (benzeno)
seja um pouco menor que -356 kJ mol-1, ou seja, aproximadamente 150 kJ mol-1 a
menos do que o esperado. Uma vez que 150kJ mol-1 a menos de energia é liberado
durante a hidrogenação do benzeno, este deve ter 150 kJ mol-1 menos energia. Em
outras palavras, o benzeno possui 150 kJ mol-1 de estabilidade ―extra‖. Kamugawa
2006:138), Outra evidência experimental que mostra a natureza diferenciada do
benzeno é que todas as ligações químicas carbono-carbono possuem o mesmo
comprimento, igual ao de 139 pm, um valor intermediário entre o139 comprimento de
uma ligação simples (154 pm) e o de uma ligação dupla (134pm). Além disso, o mapa
de potencial eletrostático mostra que a densidade eletrônica é igual sobre todas as seis
ligações carbono-carbono. Assim, o benzeno é uma molécula planar com a forma de um
hexágono regular. Na molécula de benzeno, todos os ângulos de ligação C-C-C são de
120º, todos os 6 átomos de carbono são hibridizados sp2 e cada átomo de carbono tem
um orbital (p) perpendicular ao plano do anel. KAMOGAWA (2006:139), Uma vez que
15

todos os seis átomos de carbono e todos os seis orbitais p na molécula de benzeno são
equivalentes, é impossível definir as três ligações localizadas p em que um orbital p se
sobrepõe somente com seu orbital p vizinho. Ao contrário cada orbital p se sobrepõe
igualmente bem com ambos os orbitais p vizinhos a ele, levando a uma estrutura do
benzeno na qual os seis elétrons p estão completamente deslocalizados em torno do
anel. Em termos de ressonâncias, o benzeno é um híbrido de duas formas equivalentes.
Nenhuma das duas formas é a correta, a verdadeira estrutura do benzeno é um meio
termo entre essas duas formas de ressonâncias, impossível de representar por meio de
modos convencionais.

3.3. A estrutura do anel benzénico


MITSCHERLICH (1834), apud FILTRE (20048:59), determinou a fórmula molecular
do benzeno — C6H6. Pois bem, a história do benzeno é curiosa porque durante muitos
anos os químicos se esforçaram para descobrir como os seis átomos de carbono e os seis
de hidrogénio estavam ―arrumados‖ na estrutura da molécula de benzeno. Já na metade
do século XIX, vários cientistas haviam proposto diferentes fórmulas estruturais para
essa molécula. Veja a seguir algumas delas e, entre parênteses, o nome do respectivo
autor Kekulé, (1865), apud FILTRE (2004:60), propôs a idéia do anel hexagonal,
completada no ano seguinte com a hipótese da existência de um par de estruturas em
equilíbrio, com alternância das ligações duplas. Com essa estrutura conseguiuse, afinal,
explicar o comportamento químico do benzeno. Foi, sem dúvida, uma idéia genial de
Kekulé, que, na época, não conhecia as teorias eletrônicas das ligações químicas. De
certa forma, ele antecipou em 65 anos a idéia da ressonância no anel benzênico, que
surgiu na Química somente em 1930. É conhecida a história de que Kekulé teria
imaginado o anel benzênico, após ter sonhado com uma serpente mordendo a própria
cauda.

3.4. Classificação dos hidrocarbonetos aromáticos


BARBOSA (2011:116), diz que os hidrocarbonetos aromaticos podem ser: aromáticos
mononucleares ou monocíclicos e polinucleares ou policlínicos: a) Mononucleares ou
monocíclicos: São aqueles que apresentam pelo menos um anel benzenico na sua
estrutura; b) Aromáticos polinucleares ou policíclicos: São os que apresentam dois ou
mais anéis benzênicos e podem ser classificados em: • de núcleos isolados; • de núcleos
condensados;
16

3.5. A presença dos aromáticos em nossa vida


Os primeiros hidrocarbonetos aromáticos e seus derivados foram encontrados em cascas
de árvores, no óleo de baleia e, mais tarde, nos destilados da hulha ou carvão mineral.
Receberam o nome de aromáticos devido ao seu odor agradável, como acontece com o
tolueno, encontrado no bálsamo-detolu. Posteriormente descobriu-se que esses
compostos tinham em sua estrutura o anel do benzeno, o qual passou a ser considerado a
estrutura fundamental da família dos aromáticos. Um episódio importante na história da
Química Orgânica foi os trabalhos de síntese realizados por Adolf Von Baeyer (1835-
1917) no século XIX. Baeyer realizou pesquisas sobre muitos compostos orgânicose
criou uma teoria importante sobre a estabilidade de compostos cíclicos. Um de seus
trabalhos mais importantes foi o da síntese do índigo.

3.6. Combustibilidade
USBERCO e SALVADOR (2002:457), a maioria dos compostos que sofrem combustão
(queima) são de origem orgânica. Grande parte da energia consumida actualmente
provém da combustão de compostos orgânicos, como o gás utilizado em fogões e o
álcool dos automóveis.

3.7. Combustão
USBERCO e SALVADOR (2002:500), Uma das principais aplicações dos derivados de
petróleo é a produção de energia, que é feita por meio de uma reacção denominada
combustão. Nessa reacção, os hidrocarbonetos do petróleo são denominados
combustíveis e queimam quando entram em contacto com o O2 do ar atmosférico,
denominado comburente. Quando queimamos uma vela, o combustível usado é a
parafina (mistura de hidrocarbonetos). Nesta reacção temos a formação de gás
carbónico (CO2(g)), monóxido de carbono (CO(g)), fuligem (C(s)) e vapor de água
(H2O(v)). Assim, podemos concluir que existem 3 tipos de combustão:

3.7.1. Combustão completa


Hidrocarboneto + O2 → CO2 + H2O

3.7.2. Combustões incompletas


CO + H2O

Hidrocarboneto + O2

C + H2O
17

4. Parte Experimental.
4.1. Descrição do material necessário:
 Tubos de ensaio;
 Conta-gotas;
 Varetas;
 Seringa;
 Fogão eléctrico;
 Espátula;
 Cadinho;
 Palito de fósforo.

4.2. Descrição dos Reagentes.


 Benzeno;
 Água;
 CuSO4;
 NaCl;
 Cânfora;
 Óleo;
 Etanol;

5. Procedimentos.
5.1. Experiencia I:
Combustão de Benzeno Introduziu-se 10 (dez) gotas de benzeno num cadinho, de
seguida adicionou-se 10 (dez) gotas de água e agitou-se com uma vareta lentamente.
Sem levar muito tempo acendeu – se um palito de fósforo e aproximou – se ao cadinho
contendo agua e benzeno.

5.1.1. Observações.
Depois de ter sido aceso um palito de fósforo e aproximar-se no cadinho onde continha
uma mistura de benzeno e agua, observou-se uma chama muito maior.

5.1.2. Explicações.
Sabendo – se que uma das propriedades do benzeno e a de ser um composto mais
reactivo e volátil, portanto a água tinha a função de diminuir a concentração do
benzeno, para evitar que fosse uma chama explosiva e que criasse danos no laboratório
durante as experiências. Tendo em conta que todos hidrocarbonetos reagem com
18

oxigénio formando CO2 e H2O, logo durante essa reacção tivemos os seguintes
produtos segundo a equação:

C6H6 + 15/2O2 → 6CO2 + 3H2O

5.2.Experiencia II: Verificação de presença da água na aguardente usando sulfato


de cobre (II).

Colocou-se uma colher de chá de sulfato de cobre (CuSO4), num tubo de ensaio, de
seguida com ajuda de fogão eléctrico aqueceu-se o tubo de ensaio até a decoração do
sulfato de cobre. Em seguida introduziu-se metade da substancia aquecida num outro
tubo de ensaio e adicionou-se 6 (seis) gotas de etanol no primeiro tubo e com a mesma
quantidade de agua introduziu-se no segundo tubo.

5.2.1. Observações.
Durante o aquecimento o sulfato de cobre ia-se descorando pouco a pouco até ficar
completamente de cor branco, quer dizer, perdeu suas propriedades iniciais. O CuSO4 é
de cor azul em condições normais. Depois de ter sido adicionado 6 (seis) gotas de água
observou-se que o CuSO4 tomou a cor inicial que é o (azul). E quando retirou-se duas
espátulas de CuSO4 para outro tubo de ensaio e de ter sido adicionado gota-à-gota o
etanol, observou-se que tomou uma cor branca, isto é, permaneceu com a cor depois de
aquecimento.

5.2.2. Explicações.
Quando introduziu – se agua no tubo de ensaio contendo o sulfato de cobre, o sulfato
de cobre retomou a sua cor inicial (cor azul), porque a água fez com que o sulfato
retomasse a sua temperatura ambiente, visto que a água comparativamente com os
álcoois ela possui menor ponto de ebulição; mas o álcool por ser um composto volátil
em relação a agua é que retoma a cor que o sulfato teve depois de aquecimento porque
continua sendo ou considerado quente.

5.3. Experiencia III: Poder dissolvente de etanol.


Para começar, preparou-se 4 (quatro) tubos de ensaio, em seguida cada um dos tubos de
ensaio, introduziu-se respectivamente 3 cristais de cloreto de sódio (NaCl), uma
espátula de CuSO4, 2ml de óleo e 1 grânulo de cânfora. De seguida com ajuda de
seringa acrescentou-se 2ml de etanol em cada tubo de ensaio e deixou – se algum
19

tempo. Repetiu-se o procedimento substituindo o álcool pela água destilada ou água da


torneira em outros 4 tubos de ensaio.

5.3.1. Observações.
Depois de todo procedimento desta última experiencia, observou-se que: No tubo de
ensaio onde continha uma mistura de Cloreto de sódio (NaCl) e etanol observou-se que
o etanol não dissolve o cloreto de sódio, mas sim a água dissolve o cloreto de sódio. No
tubo de ensaio onde continha a mistura de CuSO4 e etanol, observou-se que o etanol
não dissolve o CuSO4 e água dissolve o CuSO4. No tubo de ensaio onde continha uma
mistura de óleo vegetal e etanol, observou-se que etanol não misturou-se com o óleo
vegetal, visto que, são líquidos imiscíveis e devido a diferença de densidade, o óleo
depositou-se por baixo da água e a água por cima porque o óleo é mais denso que agua.
No tubo de ensaio onde continha a mistura de grânulo de cânfora e etanol observou-se
que etanol não dissolve cânfora, mas água dissolve a cânfora.

6. Conclusão
Neste Relatório das práticas laboratoriais, que teve como experiência combustão de
benzeno verificação da presença da agua na aguardene usando sulfato de cobre (II), e o
poder dissolvente d etanol. Dizer que a mistura do etanol e óleo vegetal, com CuSO4,
com cânfora, com cloreto de sódio, dizer que o etanol não dissolve essas substancias,
mas a agua dissolve pelo menos o cloreto de sódio. A produção de CO2 e H2O é
característica de combustíveis que apresentam, na sua composição, carbono e
hidrogénio (C e H) ou carbono, hidrogénio e oxigénio (C, H e O). Para comparar a
eficiência de diferentes combustíveis, costuma-se determinar a quantidade de calor
liberada na combustão completa por mol ou grama do combustível. Posteriormente
descobriu-se que esses compostos tinham em sua estrutura o anel do benzeno, o qual
passou a ser considerado a estrutura fundamental da família dos aromáticos. Um
episódio importante na história da Química Orgânica foi os trabalhos de síntese
realizados por Adolf Von Baeyer (1835-1917) no século XIX.

Referência bibliografia
USBERCO e SALVADOR, Química - volume único 5ª ed. Editora Saraiva, São Paulo
2002.
20

KAMOGAWA, Marcos Yassuo, Química Orgânica – Ciência dos Alimentos.


Universidade de São Paulo. Brasil, 2006

FELTRE, Ricardo. Química orgânica. São Paulo editora. 6ª edição. volume 3. 2004.
BARBOSA, Luíz Cláudio de Almeida. Introdução a Química Orgânica. 2ª edição.
Editora Pearson. 2011.

Você também pode gostar