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Centro Universitário Leonardo Da Vinci – UNIASSELVI

CURSOS: ADMINISTRAÇÃO E DIREITO


Disciplina: Introdução à Economia

Prof.: EDUARDO GARCIA


Capítulo VIII:

Introdução à Microeconomia.

1. AS LEIS DA PROCURA E DA OFERTA


1.1 LEI DA PROCURA:
A procura dirigida a determinado produto pode ser definida como as várias quantidades que os
consumidores estarão dispostos e aptos a adquirir, em função dos vários níveis de preços possíveis, em
determinado período de tempo.
O nível de procura varia inversamente em relação ao nível dos preços, ou seja, quanto mais baixos os
preços de determinada mercadoria, mais altas serão as quantidades procuradas.
A lei da procura pode ser representada matematicamente através da seguinte função:

QP = f (P)
Ou seja, as quantidades procuradas (QP) dependem do nível de preços (P). Representando
graficamente esta função obtemos uma curva decrescente.

Suponhamos que a variação da procura por determinado


produto em função do seu preço se apresente conforme a
tabela abaixo:
Preços (R$) Quantidades Procuradas
100 12.000
200 9.900
300 7.800
400 6.400
500 5.000
600 4.000
700 3.300
800 2.800
900 2.200
1.000 2.000
Observa-se que a medida que o preço aumenta, as quantidades procuradas tornam-se menos
expressivas. Ao transpormos estes dados a um gráfico, percebemos o seguinte comportamento:

CURVA TÍPICA DA PROCURA


PREÇO S

1600

1400

1200

1000

800

600

400

200

0
1
10000
10300
10600
10900
11 2 0 0
11 5 0 0
11 8 0 0
1000
1300
1600
1900

3400

4000

4900
5200
5500
5800
6100

7000
7300
7600

9100
9400
2200
2500
2800
3100

3700

4300
4600

6400
6700

7900
8200
8500
8800

9700

QUANTIDADES PROCURADAS
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O andamento do gráfico é decrescente, indicando-nos que os consumidores reagem inversamente ao


nível de preços: quanto mais altos, menores as correspondentes quantidades procuradas.
As principais razões desse tipo de comportamento são:
1. Os preços constituem um obstáculo aos consumidores: quanto mais altos os seus níveis,
menor será o número de consumidores dispostos e efetivamente aptos para ingressar no
mercado;
2. Efeito substituição: quando o preço de determinado produto aumenta, permanecendo
invariáveis os preços de mercadorias similares, os consumidores rapidamente tendem a substituí-
lo por outro mais barato;
3. Utilidade marginal: quanto maiores forem as quantidades disponíveis de um produto qualquer,
menores serão os graus de sua utilidade marginal. Isto é, quando um consumidor possui apenas
uma unidade de um produto qualquer, o grau de utilidade a ele atribuído é elevado, mas à
medida que ele passa a dispor de mais unidades desse mesmo produto, a utilidade de cada
unidade adicional certamente irá decrescer, podendo chegar até a graus negativos. Isto fará com
que o consumidor só adquira unidades adicionais se os preços registrarem baixas. Caso contrário
ele não estará interessado a adquirir novas unidades do mesmo produto.
Ceteris peribus (isto é, mantidas inalteradas todas as demais condições), quanto mais se
elevam os preços de um produto qualquer, menores serão as quantidades, por período de
tempo, que os consumidores estarão dispostos e aptos a adquirir.

1.2 LEI DA OFERTA:

A oferta de determinado produto pode ser definida como as várias quantidades que os produtores
estarão dispostos e aptos a oferecer no mercado, em função dos vários níveis de preços possíveis, em
determinado período de tempo.
O nível de oferta varia diretamente em relação ao nível dos preços, ou seja, quanto mais baixos os
preços de determinada mercadoria, menor será o incentivo ao produtor ofertar mais unidades desta
mercadoria.
A lei da oferta pode ser representada matematicamente através da seguinte função:

QO = f (P)
Ou seja, as quantidades ofertadas (QO) dependem do nível de preços (P). Representando
graficamente esta função obtemos uma curva crescente.
Suponhamos que a variação da oferta por determinado produto em função do seu preço se apresente
conforme a tabela abaixo:

Preços (R$) Quantidades Ofertadas


100 1.000
200 3.300
300 5.000
400 6.400
500 7.800
600 9.000
700 10.000
800 10.800
900 11.500
1.000 12.000

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Observa-se que a medida que o preço aumenta, as quantidades ofertadas tornam-se mais expressivas.
Ao transpormos estes dados a um gráfico, percebemos o seguinte comportamento:

CURVA TÍPICA DA OFERTA


PR EÇO S

1200

1000

800

600

400

200

10000

10600
10300

10900

11 5 0 0
11 8 0 0
11 2 0 0
1600
1900
2200
2500

4000
4300
4600
4900
5200

6700
7000
7300

7900

8800
9100
9400
9700
1000
1300

2800
3100
3400
3700

5500
5800
6100
6400

7600

8200
8500
QUANTIDADES OFERTADAS

Os preços e as quantidades ofertadas caminham na mesma direção: quanto maiores os primeiros, maiores os
segundos.
A reação típica dos produtores aos diferentes níveis dos preços encontra sua mais lógica explicação
na estrutura de custos de produção. Inversamente ao que ocorre no caso da procura, a alta de preços constitui
um estímulo à mobilização de recursos adicionais e, consequentemente, à própria atividade de produção. Isto
significa que os incentivos para o aumento das quantidades produzidas estão fundamentados na expansão dos
níveis de preços. Afinal é essa expansão que torna possível uma elevação dos lucros empresariais,
encorajando os produtores no sentido de maiores níveis de produção. O que constitui barreira no caso da
procura converte-se em incentivo no lado da oferta.
Ceteris Paribus (isto é, mantidas inalteradas todas as demais condições), quanto mais se
elevam os preços de um produto qualquer , maiores serão as quantidades, por período de
tempo, que os produtores estarão dispostos, embora nem sempre aptos, no curto prazo a
produzir.

1.3 A ELASTICIDADE DA PROCURA E DA OFERTA:


O conceito de elasticidade tem por finalidade medir os diferentes níveis de sensibilidade da procura e
da oferta em relação ao preço.

1.3.1. A Elasticidade da Procura:


Uma curva típica de procura mostra que uma alteração para mais no nível de preço provoca uma
alteração para menos nas quantidades procuradas. Portanto, as mercadorias são sensíveis aos preços. Mas o
grau de sensibilidade não é igual para todos os bens e serviços disponíveis no mercado. Cada produto, ou
cada classe de produtos parece ter uma curva de procura diferente, quanto à concavidade ou inclinação,
indicando que são diferentes as suas sensibilidades às variações de preços.
Para certos produtos, uma pequena alteração nos preços pode provocar uma alteração muito
acentuada nas quantidades procuradas. Para outros, pode ocorrer exatamente o inverso; mesmo uma
alteração muito acentuada nos preços não é capaz de provocar grandes modificações nas quantidades
procuradas. E há casos em que as variações preços-quantidades são rigorosamente proporcionais.

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A Elasticidade-Preço da Procura mede a sensibilidade da quantidade procurada em função da


variação de preço. Ela pode ser quantificada em função da segui nte fórmula:
Modificação percentual da quantidade procurada
Є= Modificação percentual do preço
Tipos de Elasticidade-Preço da Procura:
Procura Elástica: A expansão relativa das quantidades procuradas é mais do que proporcional à redução
relativa dos preços. Por exemplo, uma queda de 30% no preço de uma mercadoria
implica num aumento de 45% no seu consumo. Neste caso Є= |1,5|.
Procura de Elasticidade Unitária: A expansão relativa das quantidades procuradas é rigorosamente
proporcional à redução relativa dos preços. Por exemplo, uma queda de
30% no preço de uma mercadoria implica num aumento de 30% no seu
consumo. Neste caso Є= |1,0|.
Procura Inelástica: A expansão relativa das quantidades procuradas é menos do que proporcional à redução
relativa dos preços. Por exemplo, uma queda 30% no preço de uma mercadoria
implica num aumento de 15% no seu consumo. Neste caso Є= |0,5|.

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ELASTICIDADE-PREÇO DA PROCURA

PREÇOS
PROCURA ELÁSTICA
A expansão relativa das
quantidades procuradas é
mais do que proporcional à
P0
redução relativa dos preços.
P
P1
Q

Q0 Q1
QUANTIDADES
PROCURADAS
PREÇOS

PROCURA DE
ELASTICIDADE UNITÁRIA
A expansão relativa das
P0
quantidades procuradas é
P
rigorosamente proporcional à
redução relativa dos preços.
P1
Q

Q0 Q1
QUANTIDADES
PROCURADAS
PREÇOS

PROCURA INELÁSTICA
P0
A expansão relativa das
quantidades procuradas é
P menos do que proporcional
à redução relativa dos
preços.
P1
Q

Q0 Q1
QUANTIDADES
PROCURADAS

Deve-se observar que, geralmente, uma mesma curva de procura pode apresentar diferentes
coeficientes de elasticidade-preço, ao longo de seu percurso. Aos níveis de preços muito altos, a procura de
determinado produto pode ser, por exemplo, menos elástica do que aos níveis de preços mais baixos. Isto
significa que, nesse caso, os consumidores seriam mais sensíveis às modificações dos preços quando estes se
situassem em níveis mais baixos, do que quando se encontram em níveis elevados.

Fatores que influenciam a Elasticidade-Preço da Procura:


1. A existência ou não de substitutos perfeitos para o produto: os produtos que não tem substitutos ou
similares tendem a ter uma curva de procura caracteristicamente inelástica, mas a medida que passam a
existir substitutos, o grau de elesticidade-preço tende a aumentar.

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2. A participação do produto no orçamento familiar e a periodicidade com que é adquirido: produtos


como o sal de cozinha, canela em casca e o cravo da índia, tendem a ser inelásticos pois as quantidades
procuradas são pouco sensíveis às alterações de preços.
3. A essencialidade do produto: os bens considerados essenciais à subsistência tendem a ter uma curva de
procura menos elástica do que os bens considerados supérfluos. Exemplo: o consumo de combustíveis
tem pouca sensibilidade ao preço por ser uma mercadoria essencial.

1.3.2. A Elasticidade da Oferta:


Uma curva típica de oferta mostra que uma alteração para mais no nível dos preços provoca uma
alteração também para mais nas quantidades ofertadas. Mas a sensibilidade da oferta em relação aos preços
não é igual para todas as mercadorias. Há, também no caso da oferta, diferentes graus possíveis de
sensibilidade, conduzindo a diferentes coeficientes de elasticidade-preço.
Para certos produtos, uma pequena alteração nos preços pode provocar uma alteração muito
acentuada nas quantidades ofertadas. Para outros, pode ocorrer exatamente o inverso; mesmo uma alteração
muito acentuada nos preços não é capaz de provocar grandes modificações nas quantidades ofertadas. E há
casos em que as variações preços-quantidades são rigorosamente proporcionais.
A Elasticidade-Preço da Oferta mede a sensibilidade da quantidade ofertada em função da
variação de preço. Ela pode ser quantificada em função da seguinte fórmula:

=
Modificação percentual da quantidade ofertada
Modificação percentual do preço

Tipos de Elasticidade-Preço da Oferta:


Oferta Elástica: A expansão relativa das quantidades ofertadas é mais do que proporcional ao incremento
relativo dos preços. Por exemplo, um aumento de 30% no preço de uma mercadoria
implica num incremento de 45% na sua oferta. Neste caso = 1,5.
Oferta de Elasticidade Unitária: A expansão relativa das quantidades ofertadas é rigorosamente
proporcional ao aumento relativo dos preços. Por exemplo, um aumento
de 30% no preço de uma mercadoria implica numa expansão de 30% de
sua oferta. Neste caso = 1,0.
Oferta Inelástica: A expansão relativa das quantidades ofertadas é menos do que proporcional ao
incremento relativo dos preços. Por exemplo, um aumento 30% no preço de uma
mercadoria implica num incremento de 15% na sua oferta. Neste caso = 0,5.

Fatores que influenciam a Elasticidade-Preço da Oferta:


1. O fator tempo: Há casos em que não há condições de regular, a curto prazo, as quantidades ofertadas
segundo as variações observadas nos preços. Quando só a longo prazo será possível proceder a tais
ajustamentos, a oferta será definida como inelástica, uma vez que os produtores não reúnem condições
para aumentar as quantidades ofertadas na proporção dos aumentos de preços.
2. A disponibilidade de recursos (naturais, humanos e de capital): Quanto mais flexível for a
disponibilidade desses recursos, tanto mais elásticos poderão ser os resultantes coeficientes de
elasticidade-preço da oferta.

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ELASTICIDADE-PREÇO DA OFERTA
PREÇOS

OFERTA ELÁSTICA
A expansão relativa das
P1
quantidades ofertadas é mais
do que proporcional ao
P
aumento relativo dos preços.
P0
Q

Q0 Q1
QUANTIDADES
OFERTADAS
PREÇOS

OFERTA DE
ELASTICIDADE UNITÁRIA
P1 A expansão relativa das
quantidades ofertadas é
P rigorosamente proporcional
P0 ao aumento relativo dos
Q preços.

Q0 Q1
QUANTIDADES
OFERTADAS
PREÇOS

P1 OFERTA INELÁSTICA
A expansão relativa das
P
quantidades ofertadas é
menos do que proporcional
ao aumento relativo dos
P0 preços.
Q

Q0 Q1
QUANTIDADES
OFERTADAS

1.4. A INTERAÇÃO DA PROCURA E DA OFERTA: O PREÇO DE EQUILÍBRIO.

As forças e os mecanismos do mercado, através das leis da oferta e da procura, conduzem à fixação
de um preço de equilíbrio, capaz de harmonizar o permanente conflito de interesses entre os produtores e os
consumidores.
O preço de equilíbrio que ajusta os interesses dos que realizam a oferta e dos que exercem a procura
é o resultado de um prolongado jogo de ensaios e de erros. Partindo da hipótese de que o mercado está
submetido a uma situação de concorrência perfeita, o preço de equilíbrio será determinado pela livre
manifestaçào das forças da oferta e da procura.
Para entendermos bem o funcionamento dessa interação de forças, vamos considerar os dados da
tabela abaixo:

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Preços (R$) Quantidades Procuradas Quantidades Ofertadas


100 12.000 1.000
200 9.900 3.300
300 7.800 5.000
400 6.400 6.400
500 5.000 7.800
600 4.000 9.000
700 3.300 10.000
800 2.800 10.800
900 2.200 11.500
1.000 2.000 12.000

Como evidenciam os dados da tabela, para níveis de preço abaixo de R$ 400,00 há um excesso de
quantidades procuradas em relação às efetivamente ofertadas. Da mesma forma, para todos os níveis acima
deste mesmo valor, verifica-se que as quantidades ofertadas superam as procuradas. Em tais condições, o
preço que separa essas duas diferentes situações é o único em que se registra uma situação de equilíbrio. É,
efetivamente, o único preço que harmoniza os interesses conflitantes dos produtores e dos consumidores.
Ele sincroniza os desejos e as capacidades de consumo e de oferta, livremente manifestados no mercado.
Essa situação de equilíbrio não ocorre para os demais níveis de preços supostos. Quando o preço se
situa ao nível de R$ 100,00 as quantidades procuradas elevam-se a 12.000, mas elas não serão atendidas por
um correspondente movimento de quantidades ofertadas. Esse desequilíbrio ocorrerá porque o mais baixo
preço possível, embora seja estimulante para os consumidores, não encoraja os produtores na mesma
proporção. Inversamente, no outro extremo da escala, o preço de R$ 1.000,00 afastará muitos consumidores
do mercado, embora seja altamente estimulante para os produtores.
À medida que o preço se desloca dessas posições extremas para as intermediárias, atenuam-se os
desequilíbrios entre as quantidades procuradas e as ofertadas, até que, ao nível de R$ 400,00 é atingida a
posição de equilíbrio.
Em linguagem gráfica, o preço de ajustamento é determinado pela interseção das curvas de oferta e
procura. Como mostrado abaixo, as duas curvas encontram-se no ponto correspondente ao preço de
equilíbrio, onde as quantidades ofertadas se igualam com as procuradas. Abaixo desse ponto de encontro as
quantidades procuradas serão superiores às ofertadas, o que levará a uma competição entre os consumidores,
não só estimulando os produtores no sentido de um incremento das quantidades ofertadas, como também
forçando a elevação natural do nível do preço. Por outro lado, acima do ponto de encontro das duas curvas,
os excedentes das quantidades ofertadas em relação às procuradas conduzirão a uma competição entre os

EQUILIBRIO ENTRE A PROCURA E A OFERTA


PREÇO S

1600

1400

1200

1000

800

600

400

200

0
10000
10300
10600
10900
11 2 0 0
11 5 0 0
11 8 0 0
1000
1300
1600
1900
2200
2500
2800
3100
3400
3700
4000
4300
4600
4900
5200
5500
5800
6100
6400
6700
7000
7300
7600
7900
8200
8500
8800
9100
9400
9700

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QUANTIDADES PROCURADAS E OFERTADAS
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produtores, não só provocando uma retração no fluxo das quantidades como também um natural
rebaixamento do preço.
Esses ajustamentos é que garantem o adequado suprimento do mercado, nos sistemas econômicos
em que prevalecem os princípios da livre concorrência empresarial e os fundamentos do livre jogo do
sistema de preços.
A função básica dos preços é a de orientar as empresas no sentido de utilizarem racionalmente
os recursos disponíveis, injetando no mercado quantidades que sejam compatíveis com as reais
tendências e capacidades de absorção da produção realizada.

1.5. TIPOS DE MERCADOS (ESTRUTURA DE MERCADO):

 Mercado é o local onde consumidores e produtores se encontram para comprar e vender mercadorias.
 Existem diferentes tipos de mercados, ou seja diferentes formas de relação entre consumidores e produtores.

A) COMPETIÇÃO PERFEITA:
 Grande número de firmas e compradores;
 Os produtos são perfeitamente substitutos entre si;
 As firmas e consumidores tem pleno conhecimento do mercado;
 As firmas podem entrar e sair livremente do mercado;
 As compras e vendas realizadas individualmente não modificam os preços dos produtos.

B) COMPETIÇÃO IMPERFEITA OU MONOPOLISTA:


 Grande número de firmas e compradores;
 Os produtos oferecidos pelas firmas são diferenciados entre si;
 As firmas podem entrar e sair livremente do mercado.

C) MONOPÓLIO:
 Existe uma firma e muitos pequenos compradores;
 Não existe um produto substituto próximo;
 É impossível para novas firmas entrarem no mercado.

D) OLIGOPÓLIO:
 Poucas firmas grandes e muitos compradores pequenos;
 Os produtos oferecidos pelas firmas podem ser homogêneos ou diferenciados;
 É muito difícil a entrada de novas firmas no mercado.

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Principais Características das Estruturas Básicas de Mercado


Concorrência
Característica Concorrência Perfeita Monopólio Oligopólio
Monopolista
1. Quanto ao número
Muito Grande. Só há uma empresa. Pequeno. Grande.
de empresas
Homogêneo. Não há Não há substitutos Pode ser homogêneo ou
2. Quanto ao produto Diferenciado.
quaisquer diferenças. próximos. diferenciado.
As empresas têm
grande poder para Embora dificultado pela
manter preços interdependência entre Pouca margem de
3. Quanto ao controle Não há possibilidades
relativamente elevados, as empresas, estas manobra, devido à
das empresas sobre de manobras pelas
sobretudo quando não tendem a formar cartéis existência de
os preços empresas.
há intervenções controlando preços e substitutos próximos.
restritivas do governo quotas de produção.
(leis antitrustes).
A empresa geralmente É intensa, exercendo-se
É intensa, sobretudo
4. Quanto à recorre a campanhas através de diferenças
Não é possível nem quando há
concorrência institucionais, para físicas, embalagens e
seria eficaz. diferenciação do
extrapreço salvaguardar sua prestação de serviços
produto.
imagem. complementares.
5. Quanto às
Fortes barreiras ao
condições de Barreiras ao acesso de
Não há barreiras. acesso de novas Não há barreiras.
ingresso na novas empresas.
empresas.
indústria

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