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• Um homem branco de 48 anos, guarda florestal, estava andando por uma trilha no parque onde
trabalha no Canadá quando teve que parar devido a uma dor no peito. Ele voltou, andando
lentamente, até seu escritório, onde sentou para esperar a dor passar. Após alguns minutos, a
dor foi piorando. Preocupado, ele decidiu procurar atendimento.
• Pouco tempo depois, no pronto-socorro, ele explicou ao médico plantonista que já vinha tendo
um certo desconforto no peito nos últimos 2 ou 3 dias, mas a dor atual era mais intensa (7,
numa escala de 0 a 10). A dor era subesternal e não tinha irradiação. Ele negou piora da dor
com movimentação, esforço ou respiração profunda. Também negou dispnéia, sudorese,
palpitações, febre ou fraqueza. Não tinha tido nenhum trauma recente.
• O paciente contou que freqüentemente tinha dores musculares ao fazer muito esforço (subir
trilhas pelas montanhas ou carregar mochilas pesadas nas costas), mas esta dor era diferente.
Ele negou quaisquer patologias prévias: não tinha hipertensão, diabetes, dislipidemia ou história
familiar de doenças cardíacas. Não fumava, não bebia e fazia muita atividade física.
• Ao exame, era um homem atlético, em ótimo estado geral, corado, eupneico, tranqüilo, com PA
110x60mmHg e FC 60bpm. A ausculta cardiopulmonar era normal, sem dor à palpação do tórax.
O exame do abdome não tinha alterações. Não tinha edemas ou dor à palpação das
panturrilhas. Os pulsos periféricos eram cheios e simétricos.
• Foi medicado com nitrato sublingual sem melhora da dor.
Agora faça um resumo do caso a partir das informações apresentadas acima:

Resumo do caso:

Faça uma estimativa da probabilidade pré-teste de doença arterial coronariana neste caso:

Probabilidade de DAC:

A partir do resumo do caso, faça um diagnóstico diferencial com pelo menos 3 hipóteses:

Hipótese 1:

Hipótese 2:

Hipótese 3:

Pronto? Então agora pode passar para a próxima página!


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• Apesar da baixa probabilidade pré-teste de doença arterial coronariana, o médico plantonista


pediu um raio-x de tórax, um eletrocardiograma e uma dosagem de troponina sérica, que
resultaram todos normais.
• Quatro horas depois do início do quadro, o paciente relatou uma discreta melhora da dor, não
tinha outros sintomas e continuava com o exame físico absolutamente normal.
• O protocolo do hospital orientava repetir os exames em seis horas, mas o paciente parecia tão
bem que o médico plantonista disse ao guarda florestal que não eram necessários mais exames,
pois o risco de ele estar tendo algum problema sério era praticamente zero. Prescreveu alguns
analgésicos e relaxantes musculares e disse ao paciente para descansar um pouco e retornar ao
hospital se necessário.
• O paciente ficou aliviado e foi embora agradecido pelo atendimento e pela tranquilização.
• No dia seguinte, ao chegar para pegar o plantão, esse mesmo médico encontrou um colega que
lhe fez a pergunta mais temida pelos médicos: “você se lembra daquele paciente de ontem?”
• O guarda florestal havia retornado ao hospital de manhã cedo com um infarto agudo do
miocárdio.

O que deu errado neste caso?...


Reflita sobre a história apresentada e indique abaixo as possíveis causas deste erro diagnóstico:

Possíveis causas de erro neste caso:

Pronto? Agora assista ao vídeo onde o Prof. Leandro discute e comenta este caso!

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