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BETA LACTÂMICOS E ANTIBIÓTICOS QUE ATUAM NA PAREDE

São os maiores grupos de antibióticos

OBJETIVOS DE APRENDIZADO
• Conceituar antibióticos beta-lactâmicos
• Descrever o grupo de antibióticos beta-lactâmicos
• Descrever os principais medicamentos em cada grupo
• Descrever o mecanismo de ação dos beta-lactâmicos
• Descrever as principais características farmacocinéticas e farmacodinâmicas dos beta-lactâmicos
• Uso clínico dos beta-lactâmicos
• Descrever os principais efeitos adversos dos beta-lactâmicos
• Polimixinas

ANTIBIÓTICOS QUE ATUAM NA PAREDE OU NA MEMBRANA EXTERNA:


 Betalactamicos
 Glicopeptideos
 Lipoglicopeptideos
 Polimixinas

BETA-LACTÂMICOS

ESTRUTURA QUÍMICA
Possuem o anel beta-lactâmico  ele é o responsável pela ação principal do antibiótico
 Quando muda a configuração do anel beta lactâmico ou o radical  muda o tipo de ATB

MECANISMO DE AÇÃO
 Atua inibindo a formação da parede bacteriana (bactericida), impedindo a ligação dos peptídeos
 Parede bacteriana é responsável pela estabilidade osmótica da bactéria
 Atua inibindo a ação das proteínas ligadoras de penicilinas (PBPs)
o Transpeptidases
o Carbaxipeptidases
 A ação do ATB é inibir a síntese da parede celular, se ligando as transpeptidases (proteína ligadora de
penicilina: responsável por fazer a ligação entre as cadeias de peptideoglicanos)  o ATB bloqueia essa
transpeptidases  não faz a ligação  perde a estabilidade da parede

PRINCIPAIS BETA-LACTÂMICOS
• Penicilinas
• Cefalosporinas
• Carbapenêmicos
• Monobactans
• Inibidores da betalactamase (não tem efeito antibiótico)

PENICILINAS
Histórico:
1928: descobertas por Alexander Fleming
1938: Ernst B. Chain e Howard W. Florey isolaram a penicilina o que possibilitou a produção comercial
1940: foi utilizada, na Inglaterra, no primeiro paciente humano. E nos meados de 1940 passou a ser disponível para
uso clínico
1959: Batchlor – foi isolado o ácido 6-aminopenicilânico – penicilinas semissintéticas – produção de novos
antibióticos à partir do anel básico

Ácido 6-aminopenicilânico: é o anel comum  o radical diferente forma as penicilinas diferentes

Principais penicilinas em uso no Brasil:


 Penicilinas naturais
o Penicilina G *: IM ou IV
 Não tem oral, pois é ácido instável  ao passar no estômago é degradado
o Penicilina V *: existe forma oral

 Penicilinas resistente a penicilinase - anti-estafilococco


o Alguns estafilococos possuem penicilinase, que tem função de quebrar o anel da penicilina
o Tipos:
 Meticilina (não tem no Brasil)
 Isoxazolilpenicilina: oxacilina *
o Estafilococos resistente a meticilina = MSSA ou MRSA  resistente a oxacilina

 Penicilinas de amplo espectro


o Utilizada para as gram negativas que possuem periplasmático
o Tipos:
 2ª geração: Aminopenicilinas - Ampicilina e Amoxicilina *
 Hoje é relativamente reduzido o espectro para gram negativo
 3ª geração: Carboxipenicilinas – Carbenicilina e Ticarcilina
 A cabernicilina aumenta muito o potássio, por isso não usa mais
 4ª geração: Ureidopenicilina – Piperacilina *
o O principal uso dela para gram negativos é a associação com o inibidor da beta lactamase
(clavulanato), pois a resistência delas já é muito grande
 O inibidor não tem ação antimicrobiana, ele inibe a enzima beta lactamase, deixando livre
para a penicilina atuar
*: disponível no Brasil

PENICILINAS NATURAIS
1. PENICILINA G ou BENZILPENICILINA G
Farmacologia:
Diminui a absorção com a alimentação
Ligação a proteína em 60%
19% é metabolizada no fígado
15 a 30% é excretada na urina (ajustar a dose para paciente com insuficiência renal)
Meia vida renal normal: 0,7
Atinge concentração terapêutica: músculos, pulmões, rins, fígado, gânglios, amigdalas, pele, baço, parede intestinal,
líquido sinovial, pleural, pericárdico, secreção brônquica, sêmen e bile;
Concentração intracelular é menor que a extracelular
• Bactérias que são fagocitadas e irão para dentro da célula, a penicilina não consegue atuar bem, por isso
tem que associar um ATB que entra dentro da célula (ex.: rifampicina - no tratamento da tuberculose; alta
concentração intracelular)
Uso exclusivo parenteral IM e IV, absorção oral de 15 a 30%
 Cristalina = IV
 Benzatina e Procaína = IM

Distribuição: são bem distribuídas para a maioria dos tecidos, incluindo pulmão, fígado, rim, músculos e placenta.
Os níveis nos ossos são variáveis. Nos abcessos e nos líquidos do ouvido médio, pleural, peritoneal e sinovial são
suficientes para inibir as bactérias mais suscetíveis. No olho, cérebro, líquido cefalorraquidiano ou próstata é
insuficiente na ausência de inflamação.

Uso clínico
Considerada droga de 1a escolha:
 Infecções por Streptococcus pyogenes
 Infecções por Streptococcus pneumoniae
o A resistência vem aumentando  tem que fazer MIC (concentração inibitória mínima)
 Infecções por Streptococcus agalactiae
 Streptococcus bovis
 Streptococcus do grupo varidans
 Staphylococcus aureus não produtor de penicilinase
 Neisseria meningitides  resistência é rara
 Neisseria gonorrhoeae  resistência de até 20%
 Treponema pallidum – sífilis
 Leptospira sp – Leptospirose  é uma espiroqueta igual o treponema
 Corynebacterium dihtheriae – Difteria
 Clostridium perfringes – Fasciite necrotizante  anaeróbio

OBS: Penicilinas naturais = drogas de primeira escolha nas amigdalites, infecção de pele e partes moles, sífilis,
leptospirose, difteria, fasciite necrotizante
 O principal é para sífilis
OBS: Penicilina benzatina não serve para tratar furúnculo: furúnculo é estafilococos, e estafilococos é resistente a
penicilina

Formulações disponíveis:
 Penicilina cristalina (só EV): 1.000.000 UI e 5.000.000 UI (potássio)
 Penicilina benzatina (só IM): 1.200.000 UI e 600.000 UI
o É distribuída em até 28 dias
o 0,02 mcg/ml durante 10 dias;
o 0,003 mcg/ml por 3 semanas  só infecções muito leve para essa concentração
 Penicilina procaína (só IM): 400.000 UI
o 1 a 2 mcg/ml 12 a 24 horas

OBS: Grande limitante no uso da penicilina G (cristalina) natural é o tamanho da dose que deve-se fazer de 6/6h ou
de 4/4h IV, por isso muitas vezes, é fazer ceftriaxona do que penicilina (por mais que seja mais correto utilizar a
penicilina)
OBS: a benzatina e a procaína são utilizadas para aumentar o tempo de ação da benzilpenicilina  só que reduz a
dose

2. PENICILINA V ou FENOXIMETILPENICILINA
Uso oral (sal de sódio ou potássio)
Absorção (60%) pelo duodeno, sofre interferência da alimentação (deve-se tomar com o estômago vazio, pois sofre
interferência da alimentação)
Ligação proteica: 80%
Efeitos adversos:
 Intolerância gástrica
 Dor abdominal, náuseas, vômitos e diarreia
Disponível em solução e comprimidos de 500mg
Infecções leves pelos mesmos agentes (devido pouca absorção)
 Oposto disso: quinolonas (de outra classe) são orais mas possuem 100% de absorção.

Efeitos adversos das penicilinas:


 Reações mediadas por IgE: anafilaxia, urticária, angioedema, edema laríngeo, broncoespasmo
o O principal efeito adverso é a reação alérgica (de todas penicilinas)
o Efeito adverso da penicilina = hipersensibilidade
 Reações dermatológicas: rash morbiliforme até síndrome de Stevens Jonshon
 Doença do soro: febre, exantema, adenopatia, artrite e glomerulonefrite
 Reações pulmonares – infiltrado pulmonar com eosinofilia
 Reações hepatobiliares: hepatite hipersensibilidade

IZOXAZOILPENICILINAS
Drogas anti-estafilocócica (95% dos estafilococos são produtoras de
penicilinase)
Resistentes a ação da penicilinase
1. METICILINA
Introduzidas a partir de 1959;
Penicilina resistente a ação da betalactamase do Staphylococcus aureus;
Não é disponível no Brasil.

2. OXACILINA (1961)
Estáveis em meio ácido  baixa biodisponibilidade com uso oral
Uso IV
Ativa contra cocos e bacilos Gram positivos aeróbios e anaeróbios
Não atua sobre Enterococos e é pouca ativa contra cocos gram negativos (Neisseria sp.)
 Enterococo = penicilina ou ampicilina
Disponível em sal sódico

OBS: estafilococos usa só a oxacilina e para estreptococo usa se for sensível para oxacilina

Farmacologia
Meia-vida: 30 a 40 minutos
 Seguro na gestação
Ligação proteica: 90 a 94%
Concentração biliar: 25%
Atinge índice terapêutico no liquor em doses elevadas
Eliminada por secreção tubular renal e pela bile
Não necessita de ajuste na insuficiência renal
É intravenoso (diluir em SF 0,9%)

Resistência a oxacilina
• A base da resistência do estafilococo à meticilina e oxacilina é a produção de um PBP 2a (PLP), o que faz
com que a bactéria tenha baixa afinidade pelo antimicrobiano; essa resistência mediada por PBP 2a confere
resistência a todos os betalactâmicos
• Mediada por um cromossomo: Gen MEC
• Confere resistência a todos os betalactâmicos, exceto a ceftarolina (cefalosporina de 5a geração)

Resistência à oxacilina pelo Staphylococcos aureus:


S. aureus produz penicilinase e não pode usar penicilina (que quebra o anel beta-lactâmico), logo utiliza oxacilina.
A oxacilina liga a PBP2 para enfraquecer a parede celular. Assim, a bactéria para criar resistência faz uma mutação
na PBP2, transformando-se em PBP2a, se tornando resistente a oxacilina.
Quando perde a sensibilidade para oxacilina, perde sensibilidade para todos os beta-lactâmicos, pois todos os beta-
lactâmicos utilizam a PBP2 para ligar (entretanto, essa PBP2 está mutada e não aceita essa ligação).
 Só não perde a sensibilidade para as cefalosporina de 5a geração (ceftarolina), que se liga à PBP2x.
Entretanto ela é específica para certas necessidades, então utiliza-se a vancomicina (que tem outro
mecanismo de ação)

OBS: qualquer estafilococos pode ter resistência, mas não tem a mesma previsibilidade de comportamento igual o S.
aureus
OBS: o tratamento empírico é quando mais de 90% das cepas são sensíveis para aquele ATB

Recomendada
Primeira linha:
 S. aureus sensível a meticilina
 S. epidermidis
 S. lugdunensis
 Outros SCN (Staphylococcus coagulase negativo)

Indicação clínica
Infecções estafilocócicas graves (uma vez que é uma medicação disponível somente por via EV)  necessário
internação (12g/dia, dividida em 4 doses  pode gerar hipertensão ao paciente)
 Impetigo bolhoso
 Celulite
 Síndrome da pele escaldada
 Broncopneumonias
 Meningites
 Sepse
 Artrite séptica
 Endocardite
Efeitos adversos
 Reações de hipersensibilidade: exantema e anafilaxia (raro)
 Hepatite colestática: doses maiores que 12g/dia
 Neutropenia (raro)
 Eosinofilia (22%)
 Cefaleia (raro)
 Confusão mental (raro)

AMINOPENICILINAS
A atividade antibacteriana de todos aminopenicilinas são semelhantes;
Aminopenicilina = penicilina para bacterias Gram positivas, porem elas tem açao contra bacilos Gram negativos.

1. AMPICILINA
Absorção oral de 50% - absorção por via oral de maneira irregular, sofre interferência da alimentação
 Única opção de usar ampicilina VO em vez de amoxicilina é para tratar enterococo  dose grande
Liquor 13 a 14% - atinge níveis terapêuticos quando as meninges estão inflamadas
Ligação a proteína: 18 a 22%
Meia vida de 1,2h – dose ingerida em 6/6h
Penetração biliar (100 a 3000%)
Eliminação: urinaria (secreção tubular) e biliar
Possui via endovenosa

Primeira linha:
 E. faecalis (S) (CGP)
 Sstreptococcus sp
 Neisseria meningitides
 Listeria monocytogenes – bacilo gram positivo causador de meningite em RN e idosos
 Pasteurela multocida (mordida de animal, pele e partes moles)
 Peptostreptococcos
 Borrelia burgdoferi (doença de Lyme)
 Actinomyces sp (infecção do sistema nervoso)

Efeitos adversos:
 Hipersensibilidade (diarreia)
 Hematológico: agranulocitose, anemia, anemia hemolítica, eosinofilia, leucopenia, purpura trombocitopênica
 Hepática: aumento de AST, ALT, hepatite colestática
 Renal: nefrite intersticial

2. AMOXICILINA (1970)
É melhor absorvida quando administrada por via oral, em comparação com a ampicilina, e por esta razão, é a
preferida para a maioria das indicações – uso oral;
Níveis sanguíneos máximos são de 2 a 2,5 vezes os obtidos com uma dose similar da ampicilina.

OBS: ampicilina é usada quando precisar ser endovenosa, pois só tem amoxacilina pura oral

Farmacocinética:
Absorção: oral - rápida e quase completa, alimentos não interfere (vantagem em relação à ampicilina);
Comprimidos de liberação prolongada (amoxicilina BD: dose 12/12h): taxa de absorção é mais lenta em comparação
com formulações de liberação imediata;
Distribuição: amplamente na maioria dos fluidos corporais e ossos; penetração pobre em células, olhos e meninges
normais;
Altas concentrações: fluidos pleurais, pulmões, fluido peritoneal e urinárias, também no líquido sinovial, fígado,
próstata, músculo e vesícula biliar; penetra efusões de orelha média, secreções dos seios maxilares, amígdalas,
escarro e secreções brônquicas  por isso é primeira escolha para bronquite, sinusite...

Meia-vida: 1,2 horas;


CSF: a relação do nível sanguíneo: meninges normais: <1%; meninges inflamadas: 8 a 90%;
 Não usa para meningite, pois no Brasil não tem amoxacilina pura endovenosa para tratar meningite (a
endovenosa é junto com clavulanato, mas assim não consegue tratar a meningite)
Absorção oral: 80%;
Ligação da proteína: 16=7 a 20%;
Metabolismo: parcialmente hepático;
Excreção: urina (60% como fármaco inalterado); menor em recém-nascidos

Usos clínicos:
 Sinusite;
 Traqueobronquite;
 Otite média;
 Bronquite;
 Pneumonia: dose de 200 a 500mg VO de 8/8 ou 775mg até ou 12/12h

Efeitos adversos:
 Hipersensibilidade
 Hematológico
 Hepática: aumento de AST, ALT, hepatite colestática
 Renal: Cristalúria

UREIDOPENICILINAS
1. PIPERACILINA (1976)
Penicilina de amplo espectro, normalmente utilizada em associação com o inibidor de betalactamase ( tazobactam)
 não existe piperacilina sem o tazobactam
Ativa contra bacilos gram negativos e Pseudomonas aeruginosas;
 Além de ser ativa para estafilococos (oxacilina), estreptococos e enterococos (ampicilina)
A adição do tazobactam protege a piperacilina da degradação pelas betalactamases do MSSA, H. influenzae, M.
catarrhalis e B. fragilis.
Quando o paciente chega na emergência com um quadro grave de sepse, usa-se a piperacilina  pois ela trata os
gram negativos, aeróbicos, enterococo e os gram positivos (mas não uso ela pensando em tratar só gram positivo)

Farmacocinética:
Atinge altas concentrações: bile (eliminação parcial)
Eliminação: secreção tubular e filtração glomerular
Ligação proteica: PIP 16% TAZ 48%
Meia-vida: 1,0
Penetração biliar: > 100 (devido à alta concentração biliar é muito usada em casos de infecção intra-abdominal)

Primeira escolha:
 B. fragilis
 Citrobacter freundii
 Citrobacter koseri
Efeitos adversos = Poucos
 Leucopenia
 Trombocitopenia
 Reação de hipersensibilidade
 Lúpus induzido por drogas
 Principais efeitos colaterais: diarreia (amplo espectro, mata em massa as bactérias, principalmente as
intestinais – desequilíbrio de microbiota)

CEFALOSPORINAS
Cefalosporinas foram descobertas em 1945
Estão entre os antibióticos mais prescritos
São antibióticos de amplo espectro, mas com o tempo foram perdendo ação com os gram negativos
 Todas cefalosporinas são de amplo espectro (cobrem tanto Gram-positivo como negativo) e não possuem
ação para anaeróbico
 Todo ATB de amplo espectro é um forte indutor de resistência  um problema, pois pode desenvolver
resistência
São bem tolerados e fáceis de administrar
Não tem toxicidade importante sobre nenhum sistema.
Tem alguns efeitos adversos importantes, mas não gera insuficiência hepática nem renal.

ESTRUTURA
Possui o anel 7-aminocefalosporâmico, mudando o radical, muda o tipo de antibiótico

CLASSIFICAÇÃO
5ª geraçã o é
predominante
para gram
negativo.

Observações da aula:
O Staphylococcus é sensível a cefalosporina de 1ª e 5ª geração e intermediário entre a 2ª e a 3ª.
Tem algumas Escherichia sensível a de 1ª geração, só que a que tem mais ação contra Gram-negativas é a de 4ª
geração.
São usadas no tratamento das gestantes quando são os agentes são sensíveis.

1ª geração:
 Cefalexina – uso oral
 Cefazolina e Cefatotina – IV
2ª geração: Cefoxitina – ótima principalmente para infecções intra-abdominais, pois tem ação contra Gram-negativos
e anaeróbios (único que tem ação contra anaeróbico). Porém induz resistência aos carbapenêmicos, por isso não é
usado de forma rotineira na prática médica e é reservado para profilaxia cirúrgica (não dá tempo de induzir
resistência) e nas infecções por micobactérias atípicas.
3ª geração:
 Ceftriaxona: é o ATB mais prescrito nos hospitais
 Cefotaxima: é igual à ceftriaxona, mas é menos usada por conta da posologia (ceftriaxona – 12/12h;
Cefotaxima: 8/8h) e também por conta de ter menos merchandising.
o É usado em RN, enquanto a ceftriaxona é usada em toda população
 Ceftazidima: durante muito tempo foi a principal opção para Pseudomonas
4ª geração:
 Cefepime: único representante (tem a mesma potência da primeira geração para os Gram-positivos; e ela é
muito mais potente do que a cefalosporina de 3ª contra ação de Pseudomonas. Junta a ação da 1ª com a da
3ª mais a potência contra Gram-negativos
 Ceftarolina: ganha potência para Gram-positiva, mas perde para gram-negativa. Pode ser usada no lugar de
um ATB de 3ª geração com resistência; mas não pode substituir um de 4ª geração. Tem para os Gram-
negativo a mesma potência para os de 3ª geração, então equivale ao Ceftriaxona. Para os Gram-positivas
tem ação contra os que tem resistência a oxacilina.

ESPECTRO DE ATIVIDADE E USO CLÍNICO


Possuem núcleo 7- ACA (ácido aminocefalosporamico) em 1961
São derivados da Cefaloporina C produzida pelo fungo Cephalosporium
• Exceção: Cefamicinas são produzidas pelo Streptomyces spp.
Tem ação contra bacilos Gram negativos aeróbios facultativos e bactérias Gram positivas
Inclui as Cefamicinas nas Cefalosporinas, que é a que tem ação contra anaeróbios.

OBS: Todas as cefalosporinas são excretadas por via urinária. A maioria distribui para todos os órgãos, exceto liquor.

CEFALOSPORINAS DE PRIMEIRA GERAÇÃO


 CEFATOTINA – CEFALEXINA – CEFAZOLINA
o Cafalotina e cafezolina são usadas 30min antes de cirurgias (principalmente a cefazolina)

Atuam sobre:
 Staphylococcus aureus que são sensíveis a penicilina e oxacilina – estáveis a penicilinase (a penicilina é
indiferente para cefalosporina  não tem ação da penicilinase)
 Streptococcus que são sensíveis a penicilina
 Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, Proteus mirabilis sensíveis em antibiograma (CULTURA
OBRIGATÓRIA)  não pode tratar empiricamente, pois a resistência já é alta
o Para as Gram-negativas eu tenho que ter obrigatoriamente cultura mostrando sensibilidade para eu
usar o ATB
 Não devem ser utilizadas para tratamento de infecção por Proteus spp, Enterobacter spp, Serratias pp,
Pseudomonas spp e Acinetobacter spp.
 Não atuam em infecções por Neisseria sp. (Gonococo e meningococo)  a penicilina atua
 H. infleunzae também é resistente

OBS: Se a bactéria é resistente a oxacilina, não posso usar as cefalosporinas de 1ª, 2ª, 3ª ou 4ª geração. Se tiver
resistência a penicilina, mas se preservar a sensibilidade a oxacilina, posso usar a de 1ª geração
OBS: Posso usar para infecção de pele e partes e moles – erisipela, furúnculo (mais usadas), infecção de garganta
(não muito)

Usos clínicos mais comuns:


 Infecções de pele e partes moles adquiridas na comunidade de gravidade leve a moderada
 Infecções do trato urinário em gestantes desde que no antibiograma a cultura mostre sensibilidade
 Profilaxia cirúrgica em cirurgias cuja microbiota predominantes sejam Staphylococcus e Streptococcus
(Gram-positivos)
o São cirurgias que não englobam intestino; agora se for cirurgia de pele uso a Cefazolina (elas são
reservadas para profilaxia cirúrgica)
 Continuação de terapia antimicrobiana prévia com oxacilina.

OBS: Nos pacientes com infecção grave de pele, dar preferência para oxacilina, que é a droga mais potente para
Staphylococcus. Depois que o paciente melhora posso até migrar para uma Cefalosporina de 1 a geração para
completar o tratamento (só depois que o paciente estabilizou).
OBS: Em gestantes sintomáticas precisa esperar o teste para ver se tem sensibilidade

1. CEFALEXINA
Uso oral
Absorção: rápida (90%);
Distribuição: Amplamente na maioria dos tecidos e fluidos corporais, incluindo a vesícula biliar, fígado, rins, ossos,
saliva, bile e líquido pleural e sinovial; penetração no LCR é pobre
Ligação proteica: 6% a 15%
Meia-vida de eliminação: Adultos: 0.5 -1.2 horas; prolongado com insuficiência renal
Tempo até ao pico, soro: aproximadamente 1 hora
Excreção: Urina (80% a 100% como fármaco inalterado) dentro de 8 horas

2. CEFAZOLINA
Uso IV
Distribuição: Amplamente na maioria dos tecidos e fluidos corporais, incluindo a vesícula biliar, fígado, rins, ossos,
saliva, bile, pleural e sinovial; penetração no LCR é pobre
Ligação de proteína: 74% a 86%
Metabolismo: Minimamente hepática
Meia-vida de eliminação: 90-150 minutos; prolongado com insuficiência renal
Excreção: Urina (80% a 100% como fármaco inalterado)

OBS: para casos de meningite, serão usadas as de 3a gerações

CEFALOSPORINAS DE 2ª GERAÇÃO
 CEFACLOR-CEFOXITINA- CEFUROXIMA
São menos ativas contra os cocos gram positivos que a primeira geração mas são mais ativas contra os bacilos
Gram negativos;

Ação contra H. influenzae: Cefaclor, cefuroxima  otite e sinusite de repetição que não respondem a outros ATB
Ação contra bacterióides: cefoxitina - ativa contra E. coli, Proteus mirabilis e Klebisiella sp;
 Só usa para profilaxia (dose pequena e pouco tempo)
 Atua em gram negativo e anaeróbicos
 Causam resistência aos carbapnemicos, por isso são pouco usados
1. CEFACLOR
Usos clínicos:
 Faringite
 Otite média
 Bronquite agudas
 Pode ser usada na infecção urinária: se cultura mostrando sensibilidade
Farmacocinética:
Absorção: bem absorvido, ácido estável
Distribuição: amplamente em todo o corpo e atinge concentração terapêutica na maioria dos tecidos e fluidos
corporais, incluindo sinoviais, pericárdio, pleural, fluidos peritoneais; tecido ósseo, miocárdio, vesícula biliar, pele e
macio; bílis, expectoração e urina
Ligação às proteínas: 25%
Metabolismo: parcialmente hepático
Meia-vida de eliminação: 0,5-1 hora; prolongado com insuficiência renal
Tempo até ao pico: cápsula: 60 minutos; Suspensão: 45 minutos
Excreção: urina (80% como fármaco inalterado)

Efeitos adversos:
 Dermatológicas: erupções cutâneas (eritematosas, maculopapular ou morbiliforme)
 Diarreia
 Vaginite, candidíase oral
 Hematológico: eosinofilia
 Hepática: aumento das transaminases

2. CEFUROXIMA
Usos clínicos:
 Amigdalite, faringite e bronquite;
 Gonorreia não complicada (uretral, endocervical ou retal);
 Infecção articular;
 Infecção da pele e dos tecidos moles;
 Infecção óssea;
 Infecção urinária;
 Otite média;
 Pneumonia;
 Profilaxia cirúrgica – grandes cirurgias, pois tem profilaxia maior para Gram-negativos (cirurgia cardíaca,
cirurgia torácica não cardíaca, cirurgia ortopédica)

Farmacocinética:
Absorção: oral (Cefuroxima): aumenta com alimentos
Distribuição: Amplamente de tecidos e fluidos corporais; atravessa a barreira hematoencefálica; concentrações
terapêuticas obtidas no LCR, mesmo quando as meninges não estão inflamadas
Ligação proteica 33% a 50%
Biodisponibilidade Jejum: 37%; pós alimentar: 52%
Meia-vida de eliminação: Crianças de 1-2 horas; Adultos: 1-2 horas; prolongado com insuficiência renal
Hora de pico, soro: IM: ~ de 15-60 minutos; IV: 2-3 minutos; Oral: Crianças: 3-4 h; Adultos: 2-3 h
Excreção: Urina (66% a 100% como fármaco inalterado)
Possui venosa e oral

OBS: A Cefalosporina de 2ª geração é a única das Cefalosporinas que tem penetração liquórica, mas não é
rotineiramente usada em pacientes com infecção do SNC  não usa para tratar meningite, usa-se ceftriaxona (3 a
geração)
 É reservada, por exemplo, em criança com meningite, que está fazendo tratamento e lá no final já não tem
mais veia para pegar, aí uso essa pois ela tem uso oral – mas só no final do tratamento para completar.

Efeitos adversos:
 Cardiovascular: flebites e tromboflebites
 Dermatológico: erupção na pele; urticária
 Gastrintestinal: diarreia
 Hematológico: anemia
 Local da injeção: dor; enduração; abscesso; aumento da temperatura; descamação no local da injeção
intramuscular

3. CEFOXITINA (CEFAMICINA)
Usos clínicos:
 Profilaxia cirúrgica: cirurgias abdominais (cólon)
 Amnionite e endomiometrite
 A pneumonia por aspiração, empiema, celulite orbitária, infecção em espaço parafaríngeo, e mordidas
humanas
 Infecção intra-abdominal adquirida na comunidade de leve a moderada
 Abcesso hepático
 Tratamento de infecções por espécies de Mycobacterium não tuberculoses (não MTB ou MAI) associado a
amicacina
 Doença inflamatória pélvica, amnionite e endomiometrite

Farmacocinética:
Distribuição: amplamente em tecidos e fluidos corporais, incluindo pleural, líquido sinovial, bile, líquido ascítico;
penetra mal no liquor mesmo com inflamação das meninges;
Ligação às proteínas: 65% para 79%;
Meia-vida de eliminação: 45-60 minutos;
Na insuficiência renal a meia vida prolonga-se;
Hora de pico, soro: IM: 20-30 minutos;
Excreção: urina (85% como fármaco inalterado).

Efeitos adversos:
 Reações de hipersensibilidade
 Tromboflebite
 Hipotensão
 Náuseas e vômitos

CEFALOSPORINA DE TERCEIRA GERAÇÃO


• CEFTRIAXONA, CEFOTAXIMA E CEFTAZIDIMA
São estáveis a maioria das betalactamases dos bacilos gram negativos

São ativas contra:


• Pneumococco resistente a penicilina (meningites e PAC)
• Enterobactérias: E. coli, Klebisiella spp, Enterobacter, Citrobacter, Proteus,
• Neisseria
• H. infleunzae
• Citrobacter, Enterobacter, Serratia, Proteus, Moraxella e Providencia
• Proteus
Não tem ação contra Enterococcus, Listeria, Acinetobacter e Staphylococcus resistente a oxacilina (MRSA)
São menos ativas que as cefalosporinas de primeira geração para os cocos gram positivos
Ceftazidima tem ação contra Pseudomonas aeruginosas

1. CEFTRIAXONA
Uso clínico:
Mais usado nas infecções graves:
• Rinossinusite bacteriana aguda • Infecções gonocócicas
• Pneumonia adquirida na comunidade grave • Endocardite infecciosa
• Epididimite • Meningite (é o 1o agente empiricamente)
• Epiglotite • Doença de Lyme
• Otite media aguda • Leptospirose
• Febre tifoide • Infecção do trato urinário

OBS: Situação que não sei qual é o diagnóstico, mas é uma infecção grave, uso a Ceftriaxona como empírico, e
depois troco para um ATB específico quando descobrir o agente causador.

Farmacocinética:
Absorção: IM: Bem absorvida;
Distribuição: Amplamente em todo o corpo, incluindo a vesícula biliar, pulmões, ossos, bile, líquor (maiores
concentrações obtidas quando as meninges estão inflamadas);
Ligação da proteína: 85% a 95%  ele mesmo com uma ligação 90%, possui uma ação muito potente
Meia-vida de eliminação: função renal e hepática normal: 5-9 horas; Insuficiência renal (leve a grave): 12-16 horas 
não precisa de ajuste na insuficiência renal, apesar de ter excreção urinária
Excreção: urina (33% a 67% como fármaco inalterado); fezes (como droga inativa)
É endovenoso
OBS: é bom para todas as gram negativas, exceto para pseudômona (é utilizada para ceftazidima)

Efeitos adversos:
• Local: enduração
• Dermatológicas: erupções cutâneas
• Gastrointestinal: diarreia
• Hematológica: eosinofilia, trombocitose, leucopenia
• Hepática: Aumento das transaminases (principalmente no RN)
• Renal: aumento da ureia

2. CEFOTAXIMA
Usos clínicos: iguais ao da Ceftriaxona.
Ele tem que ser usado em 8/8h, por isso não é tão usados  posologia muito difícil

Farmacocinética:
Distribuição: Amplamente de tecidos e fluidos corporais, incluindo humor aquoso, líquido ascítico e da próstata, osso;
penetra CSF melhor quando as meninges estão inflamadas
Metabolismo: Parcialmente hepática para metabólito ativo - desacetylcefotaxime
Meia-vida de eliminação:
• Crianças ≤ 1500 g: 4,6 horas;
• Crianças > 1500 g: 3,4 horas;
• Adultos: 1-1,5 horas; prolongado com insuficiência renal e / ou hepática
Excreção: urina (60% como droga inalterada e metabólitos)

Efeitos adversos:
• Dermatológica: Prurido, erupção cutânea
• Gastrointestinais: colite, diarreia, náuseas, vômitos
• Dor no local da injeção

3. CEFTAZIDIMA
Atividade antimicrobiana:
• Boa atividade contra gram-negativos (E. coli, Klebsiella sp., H. influenzae, Neisseria sp., Shigella sp.,
Moraxella sp.)
• Citrobacter sp., Enterobacter sp., Serratia sp., Proteus sp. e Providencia sp. podem desenvolver resistência
durante o tratamento  CESP
• A maioria das cepas de Acinetobacter sp. é resistente
• Boa atividade contra Pseudomonas aeruginosa, sendo considerada a cefalosporina de eleição no
tratamento de infecções por esse germe.
Menos potente contra o Ceftriaxona, mas tem ação contra Pseudomonas.

Uso clínico:
Infecções que podem ter como agente infeccioso Pseudomonas aeruginosas sensível a este agente

OBS: como são pouco usados, eles possuem uma sensibilidade maior para as bactérias

Farmacocinética:
Distribuição: amplamente de tecidos e fluidos corporais, incluindo humor aquoso, líquido ascético, endométrio,
coração, pleura, tecidos linfáticos osso; penetra CSF
Ligação as proteínas < 10%
Meia vida de eliminação de 1 a 2 horas
Excreção urinária
Efeitos adversos:
• Flebite
• Aumento do DHL e GGT
• Diarreia
• Eosinofilia, teste de Coombs positivo e trombocitopenia
• Aumento de AST, ALT e Fosfatase alcalina
• Reações de hipersensibilidade

CEFALOSPORINA DE QUARTA GERAÇÃO


• CEFEPIME
Agentes:
• Ação semelhante a terceira geração para o S. pneumoniae e S. aureus sensíveis a oxacilina
• Enterobactérias
• Neisseria sp
• Haemophilus influenzae
• Mais ativo: Proteus indol positivo, Citrobacter sp e Serratia sp, Proteus indol positivo e Providencia sp
(CESP)
• E ativo contra Pseudomonas aeruginosas
• Não tem ação contra Enterococo, Acinetobacter e MRSA

OBS: Cefepime também tem ação contra S. aureus assim como a Ceftriaxona.

OBS: CESP – produzem uma beta-lactamase com o nome Ampi-C


• Ampi-C: beta-lactamase induzível, ou seja, quando faço antibiograma, na hora que sai o resultado vem
Ceftriaxona sensível (sensível também a Cefepime), só que embaixo vem escrito Bactéria produtora de ampi
C.
o O que interpretar? Se eu usar ceftriaxona eu vou induzir a ação dessa beta-lactamase e durante o
tratamento a bactéria vai quebrar o antibiótico, pois desenvolve a enzima que quebra. Logo, não
posso usar a Ceftriaxona. O paciente pode ter até uma melhora inicial, mas depois piora. Vai
desenvolver resistência durante o tratamento. Cefalosporinas de 3ª geração não são recomendadas
então.
Uso clínico:
• Abscesso cerebral pós cirúrgico (??) Somente se o agente nã o for
• Infecções intra abdominais complicadas graves (??) bactéria produtora de ESBL
• Otite externa maligna (agente principal = Pseudomonas)
• Pneumonia Nosocomial e adquirida na comunidade se Pseudomonas aeruginosas
• Neutropenia febril (normalmente precisa de cobertura para Pseudomonas)
• Infecções urinária complicada (pois o Proteus da ITU complicada é sensível a esse ATB)
Usado em pacientes que possuem CESP ou Pseudomonas, além das infecções normais

OBS: Ceftriaxona é usado para infecções graves quando NÃO há possibilidade de ser pelo grupo CESP ou
Pseudomonas  se desconfiar de CESP ou Pseudomonas, deve-se usar Cefepime.
OBS: ESBL = beta lactamase de espectro estendido
• Quando a bactéria é produtora de ESBL ela é resistente a todas a cefalosporinas (até a 5ª geração)  não
usa cefalosporina (antes usava o cefepime)  só usará se o agente for sensível
• Muito presente nos hospitais
• Todas os gram-negativos são produtores de ESBL
• Só não use Cefepime se for produtora de beta-lactamase de espectro estendido.

Farmacocinética:
Absorção: IM: rápida e completa (dose ruim, pois é de 8/8 horas)
Distribuição: penetra fluido inflamatório em concentrações 80% dos níveis séricos e na mucosa brônquica em níveis
60% dos alcançados no plasma; atravessa a barreira hematoencefálica
A ligação às proteínas do plasma: 20%
Metabolismo: minimamente hepática
Meia-vida de eliminação: 2 horas
Hora de pico: IM: 1-2 horas; IV: 0,5 horas
Excreção: urina (85% como fármaco inalterado) – grupo CESP

Efeitos adversos:
• Hematológicos: teste de Coombs positivo sem hemólise
• SNC: febre, cefaleia, encefalopatia (IMPORTANTE) – gera encefalopatia em pacientes com insuficiência
renal crônica e idosos – paciente começa a ficar sonolento, confuso e pode até ter convulsão. Na IR não
deve usar, no idoso pode usar mas tem que observar bem  se puder evitar, é melhor
o É para não usar em paciente com insuficiência renal crônica, não precisa nem fazer ajuste de dose
• Dermatológica: exantema, prurido
• Endócrino e metabólica: Hipofosfatemia
• Gastrintestinais: diarreia, náusea, vômitos
• Hematológicas: eosinófilos
• Hepática: Aumento da ALT, AST aumentada, PTT anormal, PT anormal
• Inflamação, flebite e dor

CEFALOSPORINA DE QUINTA GERAÇÃO


• CEFTAROLINA
Tem espectro de atividade semelhante a ceftriaxona e melhora da atividade contra os gram-positivos;
Tem atividade contra MRSA (S. aureus resistente a oxacilina) e VISA (S. aureus com resistência intermediária a
vancomicina e VRSA (Staphylococcus resistente à vancomicina);
Tem ação contra o S. pneumoniae resistente a penicilina e cefalosporinas de terceira geração;
Tem ação contra bacilos gram negativos: E. coli, Klebisiella, H influenzae;
Ativa também contra Enterococcus faecalis (moderada ação) resistentes à vancomicina, mas não tem atividade
contra Enterococcus faecium. Não possui atividade significativa contra germes anaeróbios.
Liga-se a PBP2a (S. aureus) e PBP2x (S. pneumoniae)

Indicação:
• Infecção de pele e partes moles complicada
• Pneumonia adquirida na comunidade

OBS: Diferencial da classe


• Pouca ação contra Enterococo e MRSA, que nenhuma outra possui, pois se liga a PBP 2ª e a PBP2x.

OBS: potencia dos ATB para cada tipo de Gram


Potencia dos
1a 2a 3a 4a 5a
ATB
GRAM + ++++ +++ ++ ++++ +++++
GRAM - + ++ +++ ++++ +++

OBS: Cefalosporinas de 5ª geração tem menor ação contra Gram-negativo pois se iguala as Cefalosporinas de 3ª
geração.

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