Você está na página 1de 1

GESTÃO DO ESPAÇO ESCOLAR

Embora o espaço físico represente um importante fator para a construção da identidade e da cultura
de uma organização (afinal, a escola é uma organização!), o tema é pouco tratado em estudos e
pesquisas sobre educação. Pesquisas e estudos no campo dos estudos organizacionais apontam que os
ambientes são criados com a intenção de enviar mensagens sobre as organizações.

As escolhas feitas com relação à estrutura, à aparência e ao layout podem parecer fortuitas, mas, ao
contrário, ao analisar mais detidamente o espaço físico escolar, podemos decifrar e conhecer aquilo que
os indivíduos desejam e muitas vezes não conseguem expressar por palavras. Os espaços influenciam
e são influenciados pelas pessoas, em uma ressignificação constante da escola.

O arranjo dos móveis pode definir, por exemplo, o modo como os encontros devem acontecer em sala
de aula. A clássica formação escolar, em que mesas e cadeiras são dispostas em fila indiana, uma ao
lado da outra, voltadas para uma mesa maior (a do professor), não deixa dúvidas sobre a hierarquia
existente em sala de aula.

Na busca de novos paradigmas para a educação – de uma escola mais inclusiva, plural e que possibilite
o convívio com a diversidade –, o espaço físico torna-se elemento vital para toda a comunidade. As
escolhas, então, devem refletir o tipo de escola que queremos, e a participação da comunidade escolar
nessas escolhas é mais do que bem-vinda, é um sinal concreto de que desejamos uma escola mais
democrática e participativa.

No que diz respeito aos alunos que requerem atenção especial em decorrência de limitações físicas,
motoras, sensoriais, etc., os cuidados devem ser redobrados. Não podemos nos esquecer de que a nova
LDB determina que os alunos com necessidades educacionais especiais sejam atendidos pela rede regular
de ensino. Dessa forma, é imprescindível que os ambientes estejam preparados para atendê-los.

Você também pode gostar