Os ácidos nucleicos foram, a princípio, identificados no núcleo das células
As moléculas de ácidos nucleicos são assim chamadas por possuírem caráter ácido e por terem sido, primeiramente,
identificadas no interior do núcleo da célula. Atualmente sabemos que os ácidos nucleicos podem ser encontrados
tanto dentro quanto fora do núcleo, e que são eles os responsáveis pela herança biológica.
Existem dois tipos de ácidos nucleicos, o DNA(sigla em inglês de desoxiribonucleic acid) ou ADN (ácido
desoxirribonucleico), que além do núcleo, pode ser encontrado na mitocôndria e no cloroplasto, e o RNA (sigla em
inglês de ribonucleic acid) ou ARN, (ácido ribonucleico), que além do núcleo, pode ser encontrado no nucléolo, nos
ribossomos, no citosol, nas mitocôndrias e nos cloroplastos.
Tanto DNA quanto RNA são formados por moléculas menores chamadas de nucleotídeos, que são constituídos por:
- Um monossacarídeo do grupo das pentoses que pode ser ribose, no caso do RNA ou desoxirribose, no caso do
DNA;
São conhecidos cinco tipos principais de bases nitrogenadas: adenina, guanina, citosina, timina e uracila, sendo que
as bases nitrogenadas adenina e guanina possuem um duplo anel de átomos de carbono e são derivadas de uma
substância chamada de purina. Por esse motivo as bases adenina e guanina são chamadas de bases purínicas
ou bases púricas. As bases citosina, timina e uracila derivam de outro composto com apenas um anel de carbono
chamado pirimidina, e por esse motivo elas são chamadas de bases pririmidínicas ou bases pirimídicas.
As bases nitrogenadas adenina, guanina e citosina são comuns ao DNA e ao RNA, sendo que a base timina ocorre
somente no DNA e a base uracila ocorre somente no RNA.
No DNA encontramos duas cadeias polinucleotídicas muito longas enroladas uma sobre a outra. Essas cadeias se
unem através de pontes de hidrogênio entre pares de bases específicas: a adenina (A) une-se à timina (T) por duas
pontes de hidrogênio, e a citosina (C) une-se à guanina (G) por três pontes de hidrogênio.
As moléculas de RNA são formadas, em sua maioria, por uma cadeia única que se enrola sobre si mesma pelo
emparelhamento das bases complementares. Alguns tipos de vírus possuem o RNA com dupla fita, como é o caso do
mosaico do tabaco. Existem três tipos de RNA, o RNA mensageiro (RNA-m), que leva o código do DNA até o
citoplasma, onde se determinará a sequência de proteínas; o RNA transportador(RNA-t), que transportará os
aminoácidos até o local onde será feita a síntese de proteínas; e o RNA ribossômico (RNA-r), que faz parte da
estrutura dos cromossomos, nos quais ocorre a síntese de proteínas.
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/biologia/os-tipos-acidos-nucleicos.htm
Ácidos nucléicos
Bioquímica
Paralelamente à investigação dos mistérios dos átomos por parte dos físicos, os bioquímicos e os especialistas em
genética aprofundaram-se nos segredos da matéria viva até descobrirem que a atividade desta é regida por
moléculas extraordinariamente complexas em sua estrutura e notáveis por suas propriedades: os ácidos nucléicos,
que constituem a base da herança biológica.
Os ácidos nucléicos são as substâncias responsáveis pela transmissão da herança biológica: as moléculas que regem
a atividade da matéria viva, tanto no espaço (coordenando e dirigindo a química celular por meio da síntese de
proteínas) como no tempo (transmitindo os caracteres biológicos de uma geração a outra, nos processos
reprodutivos).
Composição e natureza química. Já no segundo quartel do século XIX o cientista suíço Friedrich Miescher isolou uma
substância procedente dos núcleos celulares, à qual chamou nucleína, que passou a ser chamada mais tarde de
ácido nucléico, por seu forte grau de acidez. Mas só quando já ia avançado o século XX demonstrou-se que essa
substância era na realidade o suporte da herança dos caracteres nos seres vivos. Em 1944, as experiências de Oswald
Theodore Avery, Colin M. MacLeod e Maclyn McCarty determinaram que um dos ácidos nucléicos, o ADN ou ácido
desoxirribonucléico, podia transferir uma característica biológica de uma bactéria (no caso, um pneumococo) para
outra, característica ausente antes da transmissão.
Em 1954, James Dewey Watson e Francis Harry Comptom Crick propuseram a estrutura de dupla hélice para explicar
a disposição dos átomos na molécula de ADN. No começo da década de 1960, os franceses François Jacob e Jacques
Monod postularam o possível papel de outro ácido nucléico, o chamado ácido ribonucléico mensageiro (ARNm), na
célula, como transmissor e executor das instruções contidas no ADN.
Os ácidos nucléicos são moléculas longas e complexas, de elevado peso molecular, constituídas por cadeias de
unidades denominadas mononucleotídeos. Estes se compõem de um carboidrato ou açúcar de cinco átomos de
carbono (uma pentose), de estrutura cíclica pentagonal, ao qual se une por um de seus extremos uma molécula de
ácido fosfórico e, por outro, uma base nitrogenada também de estrutura fechada, seja púrica (que tem dois anéis
com vários átomos de nitrogênio unidos ao esqueleto carbonado), seja pirimidínica (que consta de um só anel
hexagonal no qual se inserem átomos de nitrogênio, oxigênio e, em alguns casos, um radical metila, -CH3). Os
componentes variáveis nos mononucleotídeos são as bases, das quais há cinco tipos possíveis -- duas púricas, a
adenina e a guanina, e três pirimidínicas, a citosina, a uracila e a timina --, e nessa variabilidade reside o caráter
"informativo" dos ácidos nucléicos e sua funcionalidade como moléculas codificadoras de informação biológica.
O açúcar ou pentose pode ser de duas classes: em forma de ribose desoxigenada ou desoxirribose, que é a que
constitui o esqueleto do ADN, ou, em sua variedade normal, conhecida simplesmente como ribose, própria do ARN.
No primeiro caso, originam-se desoxirribonucleotídeos; no segundo, ribonucleotídeos.
Os mononucleotídeos se unem entre si para compor, como já foi dito, longas cadeias de centenas ou milhares de
unidades que se dispõem em forma de estruturas filamentosas helicoidais, de dupla hélice no caso de ADN e de
hélice simples no ARN. A borda de cada hélice é integrada pelas pentoses, que se engancham umas nas outras
através dos restos de ácido fosfórico, enquanto o contato entre uma hélice e outra se efetua pelo estabelecimento
de enlaces por parte das bases nitrogenadas, obedecendo a determinadas leis bioquímicas. Cada enlace é, pois, o
resultado da interação de um par de bases, cada uma das quais correspondente a uma das hélices. O acoplamento
das bases não é arbitrário e atende a exigências espaciais, químicas e estruturais muito precisas. Sempre se
emparelham uma base púrica e uma pirimidínica: a adenina sempre com a timina ou uracila, e a guanina com a
citosina.
Seqüência e função genética. A seqüência dos ácidos nucléicos é específica e característica de cada ser vivo. Em tal
seqüência radicam-se em suma a individualidade e as diferenças existentes entre os organismos. As cinco bases,
combinadas em todas as seqüências imagináveis, com ou sem repetições e sem limite teórico de extensão, dão lugar
a uma série infinita de distintas cadeias possíveis. As cadeias são representadas pelas iniciais maiúsculas de cada
base na ordem de seqüência característica; por exemplo: AATCAGCTTTACGC. Logicamente, essa representação
corresponde a uma das hélices; a da outra hélice será complementar, levando-se em conta os emparelhamentos
antes indicados (adenina, A, com timina, T, e guanina, G, com citosina, C, no que se refere a ADN). Assim no exemplo
proposto, a complementar seria TTAGTCGAAATGCG.
A composição anteriormente detalhada é universal e válida para todos os seres vivos, desde o vírus até o homem, o
que reflete um fato importante: a unidade básica da estrutura da vida na Terra. Nos vírus, o ácido nucléico situa-se
no interior, protegido por um invólucro protéico. Nos organismos unicelulares, ou seja, que não dispõem de núcleo
ou que o apresentam difuso, sem membrana nuclear, caso das bactérias, o ADN forma uma única estrutura circular
que constitui o cromossomo bacteriano.
Nos eucariotes, que já dispõem de núcleo protegido por invólucro próprio, como as plantas e animais, o ADN
encontra-se encerrado no núcleo como uma substância difusa, na qual há também certas proteínas básicas
chamadas histonas: é o que se conhece como cromatina.
Antes de ocorrer a divisão celular, a cromatina fragmenta-se numa série de unidades ou cromossomos, cujo número
é constante para cada espécie. Em tais cromossomos acham-se os genes, conjuntos mais ou menos grandes de
nucleotídeos dispostos segundo uma seqüência dada, que codificam a informação precisa para um determinado
caráter biológico.
Ácido desoxirribonucléico. O ADN, ácido desoxirribonucléico, é formado pela pentose desoxirribose, o ácido
fosfórico e as bases citosina, timina, adenina e guanina. É a substância responsável pela herança biológica de todos
os seres vivos, à exceção de muitos vírus, nos quais esse papel é representado pelo ARN.
No período denominado interfase, imediatamente anterior à divisão celular, o ADN experimenta o processo de
autoduplicação, ou seja: suas moléculas duplicam-se, de modo que mais tarde, ao formarem-se as duas hélices-filhas
a partir de uma única célula-mãe, cada uma delas possa receber a totalidade do material genético. Na
autoduplicação, a dupla hélice se abre e cada um dos dois filamentos que a compõem se separa e se sintetiza, graças
à intervenção de diferentes enzimas, o filamento complementar.
Ácido ribonucléico. O ARN é o ácido ribonucléico, constituído pela pentose ribose, o ácido fosfórico e as bases
citosina, uracila (esta ausente do ADN), adenina e guanina. Compõe-se de uma só cadeia helicoidal e apresenta três
classes, cada uma das quais cumpre uma função específica na célula: o chamado ARN mensageiro (ARNm),
sintetizado pela ação de diversas enzimas a partir de um filamento de ADN que lhe serve de guia, no processo
conhecido como transcrição; o ARN ribossômico, componente essencial, junto com as proteínas, dos orgânulos
celulares chamados ribossomas; e o ARN de transferência, que translada os diversos aminoácidos (unidades
estruturais das proteínas) até onde se está sintetizando uma molécula protéica, sob a direção de um ARNm, e os
insere no ponto exato para obter a seqüência exata, no processo denominado tradução.
Síntese de proteínas. A síntese de proteínas ou tradução é o processo em função do qual se formam as seqüências
de aminoácidos que constituem as proteínas, a partir de uma seqüência correlativa expressa pelo ARN mensageiro,
numa linguagem de bases nitrogenadas. Assim, de um fragmento de ADN dado, que contém a informação precisa
para que se forme uma proteína concreta, obtém-se uma cópia, a qual é o ARNm que guiará diretamente o processo
de tradução. Ao ARNm unem-se vários ribossomas que, ao se deslocarem, efetuarão um autêntico processo de
"leitura química".
Cada grupo de três bases do ARNm -- por exemplo GCC -- corresponde na linguagem nucleotídica a um aminoácido
dado, neste caso a alanina. O ribossoma reconhece por meios químicos o caráter desse trio (designado em genética
como códon) e um ARN de transferência leva até ele o aminoácido alanina. Vai-se formando assim, pouco a pouco, a
seqüência que dará lugar à proteína. Cada aminoácido tem sua codificação correspondente, em geral de vários
códones, também há trios que indicam o sinal de terminação.
O código genético representa, pois, na escala molecular, uma autêntica linguagem, da qual a célula se serve para
crescer e reproduzir-se, o que é possível graças aos ácidos nucléicos.
https://biomania.com.br/artigo/acidos-nucleicos
A Estrutura do DNA e o sistema de Dupla Hélice. É Biologia genética no Enem
A manipulação do DNA e de seus genes é uma revolução científica que permitiu a descoberta da ação de várias
doenças e a produção de medicamentos específicos. A descoberta da Estrutura de Dupla Hélice mudou os caminhos
da genética. Veja aula gratuita.
A descoberta do DNA, do formato de sua molécula e do mecanismo de ação dos genes figuram entre os maiores
avanços científicos já registrados. Tanto que o prêmio Nobel de Medicina já foi concedido a vários cientistas por
esmiuçarem este assunto, como James Watson e Francis Crick que há 51 anos ganharam o prêmio por descreverem
a estrutura do DNA.
A manipulação do DNA e de seus genes é uma revolução científica que permitiu a descoberta da ação de várias
doenças, da produção de medicamentos variados (como a insulina – produto de uma bactéria transgênica), da
produção de alimentos e da esperança de cura de vários males ainda sem tratamento. Na imagem, os cientistas
Os Ácidos Nucleicos:
Os ácidos nucleicos são moléculas muitos grandes (o DNA maior que o RNA), formadas por subunidades – os
nucleotídeos. Cada nucleotídeo é formado por um açúcar de 5 carbonos (a desoxirribose, no DNA e a ribose no
RNA), um radical do ácido fosfórico (o fosfato) e um composto cíclico de com nitrogênio (a base nitrogenada).
Existem cinco tipos de bases nitrogenadas: adenina (A), guanina (G), citosina (C), timina (T) e uracila (U). Estas
moléculas são responsáveis pela formação dos genes. Veja nesta figura o Esquema molecular de nucleotídeos com
as cinco bases nitrogenadas existentes, sendo a timina exclusiva do DNA e a uracila do RNA.
O DNA, ou ácido
desoxirribonucleico, é a molécula que carrega nossas características genéticas, transmitidas de pais para filho
(características hereditárias). É o DNA quem determinará a nossa “coleção” de proteínas e, dessa maneira,
influenciará nas características de cada ser vivo.
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A molécula de DNA é formada por uma sequência de nucleotídeos organizados em dois filamentos torcidos em uma
dupla-hélice. A ligação entre os dois filamentos se dá pelas bases nitrogenadas ligadas por pontes de hidrogênio – os
pares de bases. Já os filamentos, são formados por nucleotídeos ligados por uma ligação entre o grupamento fosfato
de um e a pentose de outro.
Veja acima a Representação esquemática das ligações entre os nucleotídeos. Entre as bases nitrogenadas ocorre a
ligação por ponte de nitrogênio. Já entre um nucleotídeos e outro temos a ligação pentose-fosfato.
Por conta das características químicas de cada base nitrogenada, elas se ligarão em pares da mesma maneira: A-T, C-
G. Assim, em uma molécula de DNA, sempre teremos quantidades equivalentes de A/T e C/G. Para entender melhor
esta estrutura, veja a imagem a seguir:
Dica 1: Quer saber o que mais “cai” nas questões de Biologia do Enem? Dê uma espiada neste post:
Duplicação do DNA: As nossas células, muitas vezes precisam tirar cópias de si mesmas, para se multiplicarem e
ajudarem o organismo a crescer em tamanho, por exemplo. Nesses casos, o DNA precisar ser copiado, duplicado. O
processo de duplicação do DNA ocorrerá com o auxílio de enzimas que quebram as pontes de hidrogênio (como
a helicase), separando os dois filamentos da dupla hélice.
Em cada filamento exposto, novos nucleotídeos serão encaixados (obedecendo ao emparelhamento A-T / C-G) com
o auxílio da enzima DNA-polimerase. Dessa maneira, temos duas moléculas de DNA a partir de uma. Como cada
uma das moléculas resultantes terá um filamento da original, dizemos que a duplicação do DNA é semiconservativa.
Para entender melhor o processo, veja a imagem a seguir:
Para entender um pouquinho mais sobre a replicação (duplicação) do DNA, veja esta videoaula do canal “Me Salva!”
do Youtube:
1ª fase – Fase de desenrolamento: Nesta fase a enzima topoisomerase ajuda a regular o desenrolamento da torção
da dupla hélice de DNA (diminuindo a tensão sobre a dupla fita), enquanto a helicase vai quebrando as pontes de
hidrogênio que ligam as bases nitrogenadas.
2ª fase – Síntese contínua: Entra em cena a enzima RNA – polimerase. Esta enzima só funciona no sentido 5’ à 3’.
Cada fita de DNA possui polaridade invertida para que as bases nitrogenadas se liguem. Assim, uma das fitas tem
sentido 5’ à 3’ e a outra, 3’ à5’. Quando a DNA-polimerase age no sentido 5’à 3’ (no sentido em que a helicase vai
quebrando as pontes de hidrogênio) ela vai encaixando os nucleotídeos continuamente, no que chamamos de
síntese contínua.
3ª fase – Síntese descontínua: Como dito acima, a DNA-polimerase só consegue trabalhar no sentido 5’à3’. Assim,
para duplicar a outra fita, a célula fará uma “gambiarra” para ajudar esta enzima. Dessa forma, uma enzima chamada
de primase irá colocar vários primers ao longo da fita, o que permite o funcionamento da DNA-polimerase. Com isso,
a DNA-polimerase vai preenchendo os espaços entre um primer e outro, em uma síntese descontínua. Após este
preenchimento, os primers serão substituídos por nucleotídeos por uma enzima chamada ligase.
Ficou um pouco difícil? Então para descomplicar, veja esta outra videoaula do canal “Me Salva”, do Youtube, sobre a
replicação do DNA:
Agora que você já sabe tudo sobre o DNA e sua replicação, que tal ver uma videoaula bacaninha do professor Paulo
Jubilut para finalizar sua revisão?
E aí, conseguiu tirar suas dúvidas sobre o assunto? Beleza! Então para ir bem seguro para o exame e gabaritar as
questões de Biologia do Enem, teste seus conhecimentos com as questões a seguir:
01 – (UEPG PR/2013) O ácido desoxirribonucleico (DNA) é imprescindível para a hereditariedade. Com relação aos
componentes da hereditariedade e a estrutura e função do DNA, assinale o que for correto.
01. Os cromossomos são formados por dois componentes principais: uma longa molécula de DNA e proteínas que
lhes dão estrutura.
02. O DNA apresenta duas propriedades importantes: a autoduplicação e o armazenamento da informação genética.
04. Em 1953, Watson e Crick propuseram o modelo da estrutura do DNA conhecido atualmente.
08. Um erro de troca de bases nitrogenadas no mecanismo de duplicação do DNA consiste em uma mutação.
16. Uma mutação é sempre prejudicial, e jamais é importante para a variabilidade genética e evolução biológica.
Gab: 15
02 – (UEFS BA/2013)
AMABIS, J. L.; MARTHO, G. R. Biologia das
populações.
2. ed. São Paulo: Moderna, 2004, v. 1, p. 83.
A imagem apresentada ilustra parte da estrutura de uma importante molécula orgânica presente na composição
química de todos os seres celulares.
Considerando-se a estrutura química e a importância dessa molécula na manutenção da vida, é correto afirmar:
a) A forma helicoidal apresentada por essa molécula é uma consequência da disposição antiparalela que as duas
cadeias polinucleotídicas apresentam entre si.
c) O pareamento específico entre as bases nitrogenadas se expressa na interação existente entre as bases púricas ou
entre as bases pirimídicas entre si.
d) A expressão da informação genética contida no núcleo envolve diretamente a completa separação das cadeias
polinucleotídicas e posterior formação de outras cadeias em novas moléculas de DNA.
e) Alterações na sequência dos nucleotídeos de uma mesma molécula de DNA configura uma mudança na forma
dessa molécula sem, contudo, alterar a informação nela contida.
Gab: A
03 – (UEM PR/2013) A molécula de DNA é, provavelmente, a mais identificada com a vida, merecendo, talvez, o
título de “molécula viva”. Sobre essa molécula, é correto afirmar que
01. é um ácido nucleico constituído por derivados de glicídios da classe das hexoses, do ácido fosfórico e das bases
nitrogenadas, sendo esses compostos orgânicos.
02. é constituída por duas cadeias polinucleotídicas unidas por ligações fosfodiéster.
04. sua duplicação ocorre durante a interfase, originando pares de cromossomos homólogos ligados pelo quiasma.
16. contém a timina, formada por um anel que contém átomos de carbono e de nitrogênio.
Gab: 24
04 – (FM Petrópolis RJ/2013) Um grupo internacional de pesquisadores acaba de descobrir em tecidos sadios de
humanos e camundongos uma nova forma de DNA proveniente de pequenos cortes no DNA cromossômico. Esse
material genético não está presente no núcleo de todas as células, o que significa que temos células com diferentes
sequências de DNA – um verdadeiro mosaico genético. […] O novo DNA foi batizado de microDNA por ser muito
pequeno, com no máximo 400 unidades básicas (bases nitrogenadas) – uma quantidade ínfima se comparada aos
cerca de 3 bilhões do DNA cromossômico. Além disso, ele não tem a forma de uma hélice linear, mas sim circular.
A teoria estrutural mais aceita a respeito do DNA cromossômico obedece ao modelo de Watson & Crick de 1953.
Esse modelo postula que o DNA é composto por uma dupla hélice formada por duas cadeias polinucleotídicas
compostas por tipos diferentes de bases nitrogenadas que se ligam entre si.
I. As bases nitrogenadas do DNA podem ser do tipo citosina, guanina, adenina e uracila.
II. As duas fi tas são mantidas unidas por ligações de hidrogênio, que são desfeitas no momento em que a molécula
inicia a sua duplicação.
III. A duplicação do DNA é semiconservativa, ou seja, toda fi ta nova de DNA formada possui uma das fi tas
originária do DNA que foi usado como molde.
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
Gab: D
Uma nova espécie de líquen – resultante da simbiose de um fungo e algas verdes – foi encontrado no litoral paulista.
(…) O fungo Pyxine jolyana foi descrito na revista Mycotaxon. (…) uma das principais características desse fungo é a
presença de ácido norstíctico no talo do líquen. Tal ácido é uma substância rara em espécies desse gênero na
América do Sul.
Gab: D
Em uma investigação, pesquisadores da UFSCar estão analisando bactérias e arqueias coletadas em mais de dez
pontos de rios da bacia do rio Amazonas.
A abordagem usada na pesquisa é a metagenômica, que permite a análise de uma mistura complexa de DNA obtida
de vários organismos, diferenciando-se da análise genômica, feita a partir de DNA isolado de um único exemplar.
Os resultados obtidos até agora mostram que, enquanto alguns micro-organismos aparecem apenas em certos locais
devido a características, como salinidade, pH e temperatura, outros são encontrados em todos os pontos analisados.
(MICROBIOTA do Amazonas, 2013, p. 53).
06 – (UEFS BA/2014) A molécula de DNA é um material de amplo uso em estudos de identificação dos seres vivos.
Sobre a organização e as propriedades do DNA, analise as afirmativas e marque com V as verdadeiras e com F, as
falsas.
( ) A estrutura em dupla hélice torna dispensáveis processos de reparo que reduziriam a ocorrência de
substituições e deleções de nucleotídeos.
( ) O pareamento específico entre bases nitrogenadas determina uma desproporção numérica entre as púricas e as
pirimídicas.
( ) A estrutura polinucleotídica permite identificar sequências específicas que diferenciam os organismos.
A alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo, é a
a) F F V V
b) F V F V
c) F V V F
d) V V F F
e) V F V F
Gab: A
07- ( Enem – 2011) Nos dias de hoje, podemos dizer que praticamente todos os seres humanos já ouviram em algum
momento falar sobre o DNA e seu papel na hereditariedade da maioria dos organismos. Porém, foi apenas em 1952,
um ano antes da descrição do modelo do DNA em dupla hélice por Watson e Crick, que foi confirmado sem sombra
de dúvidas que o DNA é material genético. No artigo em que Watson e Crick descreveram a molécula de DNA, eles
sugeriram um modelo de como essa molécula deveria se replicar. Em 1958, Meselson e Stahl realizaram
experimentos utilizando isótopos pesados de nitrogênio que foram incorporados às bases nitrogenadas para avaliar
como se daria a replicação da molécula. A partir dos resultados, confirmaram o modelo sugerido por Watson e Crick,
que tinha como premissa básica o rompimento das pontes de hidrogênio entre as bases nitrogenadas.
Considerando a estrutura da molécula de DNA e a posição das pontes de hidrogênio na mesma, os experimentos
realizados por Meselson e Stahl a respeito da replicação dessa molécula levaram à conclusão de que:
A) a replicação do DNA é conservativa, isto é, a fita dupla filha é recém-sintetizada e o filamento parental é
conservado.
B) a replicação de DNA é dispersiva, isto é, as fitas filhas contêm DNA recém-sintetizado e parentais em cada uma
das fitas.
C) a replicação é semiconservativa, isto é, as fitas filhas consistem de uma fita parental e uma recém-sintetizada.
D) a replicação do DNA é conservativa, isto é, as fitas filhas consistem de moléculas de DNA parental.
E) a replicação é semiconservativa, isto é, as fitas filhas consistem de uma fita molde e uma fita codificadora.
Resolução
Resposta: C
O processo de replicação do DNA é semiconservativo. Isso quer dizer que, em cada nova molécula, uma das fitas é
parental (oriunda da molécula-mãe) e a outra é recém-sintetizada.
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Enem? Estude com as apostilas e aulas gratuitas do Curso Enem Online. Todas as matérias do Exame e ainda as Dicas
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Os textos e exemplos acima foram preparados pela professora Juliana Santos para o Blog do Enem. Juliana é
formada em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Santa Catarina. Dá aulas de Ciências e Biologia em
escolas da Grande Florianópolis desde 2007. Facebook: https://www.facebook.com/juliana.evelyndossantos.
https://blogdoenem.com.br/dna-biologia-enem/
O RNA (ácido ribonucleico) é um ácido nucleico que está relacionado diretamente com o processo de síntese de
proteínas. Esse ácido nucleico, assim como o DNA, é formado por uma cadeia de nucleotídeos, os quais são
compostos por um grupo fosfato, um açúcar e uma base nitrogenada. No RNA, o açúcar encontrado é uma ribose e
as bases nitrogenadas são uracila (exclusiva do RNA), adenina, citosina e guanina (encontradas também no DNA).
→ Tipos de RNA
O RNA pode ser encontrado na forma de três tipos principais: RNA mensageiro, RNA transportador e RNA
ribossômico. Veja a seguir as principais características de cada tipo:
RNA mensageiro (mRNA): é o tipo de RNA que se apresenta em menor quantidade em uma célula, constituindo
cerca de 5% a 10% de todo o RNA celular. Ele é traduzido no processo de síntese de proteínas, sendo, portanto,
aquele que codifica as proteínas. Apresenta sequências de bases nitrogenadas que determinam quais aminoácidos
serão utilizados para formar uma determinada proteína. É uma classe de RNA muito heterogênea.
RNA transportador (tRNA): Esse RNA é responsável por fazer a ligação códon e aminoácido. De maneira resumida,
podemos dizer que o tRNA funciona como adaptador entre o mRNA e os aminoácidos que constituirão uma
proteína. O tRNA é pequeno e apresenta uma estrutura semelhante à de uma folha de trevo que possui quatro
braços. Dois desses braços possuem grande importância para que esse RNA realize suas funções: o braço do
aminoácido e o braço do anticódon. O braço do aminoácido liga-se a um aminoácido específico, e o braço do
anticódon apresenta uma sequência complementar ao códon do mRNA. Os outros dois braços são importantes para
manter a estrutura dessa molécula de RNA.
RNA ribossômico ou ribossomal (rRNA): compõe a estrutura do ribossomo, uma organela que é o local da síntese de
proteínas. Cada ribossomo é formado por duas subunidades e cada uma dessas subunidades é constituída por cerca
de três moléculas de rRNA e várias proteínas associadas. Estima-se que esse tipo de RNA represente
aproximadamente 80% do total de RNA em uma célula.
Podemos concluir, portanto, que os diferentes tipos de RNA relacionam-se com a síntese de proteínas. Os mRNA são
responsáveis por carregar a informação genética, determinando, portanto, a sequência de aminoácidos de uma
proteína. O tRNA, por sua vez, é responsável por carregar os aminoácidos que formarão a proteína a ser sintetizada.
Já o rRNA garante a formação do ribossomo, organela que serve de local para a síntese de proteínas.
https://www.biologianet.com/biologia-celular/tipos-rna.htm