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DATA: 29/04/2016
1º CICLO EM DIREITO 1
Ana, apaixonada por pintura, inaugurou, em janeiro de 2014, uma galeria de arte,
na Rua Miguel Bombarda, Art and Painting, que explora com Marta, médica, irmã
de Pedro, com quem está casada no regime da comunhão de adquiridos, há 10
anos.
IMP.GE.92.0
Pedro, marido de Ana, enciumado pelo interesse de Lucas por Ana, visitou-o, no
dia 23 de junho de 2014, no restaurante, onde, no meio da discussão, lhe destruiu o
computador onde era feita a faturação.
Ana e Marta - comerciantes - art. 13º, nº 1 e art. 230, nº 5 do CCom (Também aceite a
qualificação com fundamento no art. 463º do CCom) - 0.25v
JP Electronics, Lda. - art. 13º, nº 2 e art. 1º, nº 2 do CSC e art. 463º, nº 3 do CCom. -
0.25v
IMP.GE.92.0
Sempre que a atividade acessória, neste caso, atividades dedicadas ao agro-turismo e
à equitação, for superior em termos de volume de negócios– Pedro Vasconcelos, Direito
Comercial, Vol I, Almedina, 2011, pp. 93-94.
Ato de comércio objetivo (implícito) se, com fundamento no art. 230º, nº 5 do CCom,
for considerado ato praticado no quadro da empresa – Cassiano Santos
Ato de comércio unilateral – compra mercantil e venda civil – regime do art. 99º do
CCom - se Bernardo não for considerado comerciante.
Ato de comércio objetivo (implícito) se, com fundamento no art. 230º, nº 5 do CCom,
for considerado ato praticado no quadro da empresa – Cassiano Santos
IMP.GE.92.0
Aquisição de quadros a Juan - 1v
ou
Ato de comércio unilateral – compra mercantil e venda civil – regime do art. 99º do
CCom.
Será valorada com 0.25 a referência à prescrição presuntiva do art. 316º a qual, no
entanto,não é aplicável um vez que as devedoras exercem uma actividade de natureza
empresarial, profissional e lucrativa, obrigatoriamente sujeitas a regras de organização
contabilística minimamente exigentes , não se justificando a aplicação de um regime normativo,
destinado a tutelar o legítimo interesse do devedor em não permanecer onerado, por períodos
temporais prolongados, com a demonstração do pagamento de débitos normalmente exigidos
de imediato e de que não seja habitual exigir documento de quitação - Acórdão STJ de 23 de
Fevereiro de 2012, Proc 2254/03.1TBCLD.L1.S1., publicado em www.dgsi.pt
Mas será valorada com 0.25v a resposta que considere a venda dos quadros sujeita ao
prazo da prescrição presuntiva prevista no art. 317º, al c) do CC com fundamento no facto de a
atividade de pintor poder ser considerada uma profissão liberal para efeitos deste artigo – art.
151º CIRS.
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Esta presunção de que beneficia Marta e Ana só pode ser afastada por confissão, nos
termos dos arts. 313º e 314º do CC.
Compra civil – art. 2º do CCom - o contrário resulta do próprio ato e art. 464º, nº 1 do
CCom.
Esta presunção de que beneficia Marta e Ana só pode ser afastada por confissão, nos
termos dos arts. 313º e 314º do CC.
JP Electronics, Lda terá, por isso, muitas dificuldades em exigir o valor em débito a
Marta e Ana. - 0.75 v
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Taxa de juro aplicável – art. 102º, § 3 e 4 - Portaria nº 277/2013, de 26 de agosto.
0.25v
Teria de mostrar que a dívida não foi contraída no exercício do comércio do devedor,
ao contrário do que a presunção do art. 15º CCom indica; ou seja, que a dívida, embora
comercial, não foi contraída no exercício do comércio do cônjuge comerciante.
No que diz respeito aos negócios celebrados com Bernardo, Lucas e Juan não
conseguiria afastar a presunção do art 15º do CCom, sendo aplicável o art. 1691º, al d) do CC.
Seria muito difícil para pedor afastar a presunção de proveito comum – respondiam
bens comuns do casal e, na falta ou insuficiência destes, bens próprios solidariamente –art.
1695º CC.
1.25v
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Estando em causa uma compra civil, Pedro poderia afastar a presunção do art. 15º do
CCom e, por via disso, a al. d) do art 1691º do CC.
Aos credores restava lançar mão da al. c) do art. 1691º do CC que considera ser da
responsabilidade de ambos os cônjuges as dívidas “As dívidas contraídas na constância do
matrimónio pelo cônjuge administrador, em proveito comum do casal e nos limites dos seus
poderes de administração”. 7
A prova do proveito comum seria fácil já que a playstation era para Rui, filho de Pedro
e Ana, sendo assim responsabilizados ambos os cônjuges e satisfeito o crédito com bens
comuns do casal e, na falta ou insuficiência destes, bens próprios solidariamente – art. 1695º
do CC.
1v
Neste caso, é uma firma mista, sendo admissível, nos termos do artigo 38º, nº 1 do
RRNPC.
A transmissão entre vivos de firma obedece a três requisitos - art. 44.º RRNPC:
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2.5v
Não se trata de um ato que seja integrado na noção de atos fundamentais e de atos
praticados na exploração da empresa defendida por Lobo Xavier e Coutinho de Abreu,
respetivamente.
ou
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Ato de comércio objetivo, causal, substancialmente comercial e absoluto para JP
Electronics, Lda - art. 463º, nº 3 do CCom.
Estes atos de comércio são transações comerciais - art. 3º, al b) e d ) Decreto-Lei n.º
62/2013.
II
Margarida, num jantar de amigos num restaurante da moda no Porto, ficou
deliciada com as trufas de chocolate com morangos que a proprietária do
restaurante, a D. Emerenciana, confecionou.
Influenciada pelo filho Luís, invejoso dos valores elevados que Margarida, ao
longo dos anos, tinha recebido como contrapartida da sua actividade, a D.
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Emerenciana, no dia 3 de abril de 2016, comunicou a Margarida já não ser
necessária a sua intervenção, pondo termo ao contrato, com efeitos imediatos.
Margarida, inconformada, procura os seus serviços para ser ressarcida dos danos
decorrentes da repentina cessação do contrato. Quid iuris? (4 valores)
Elementos essenciais:
o Obrigação do agente de promover a celebração de contratos
o Atuação do agente por conta do principal - cfr. arts. 2º, 3º e 21º a 23º do
DL nº 178/86
o Autonomia do agente - art. 5º do DL nº 178/86 - subagência
o Estabilidade da relação
o Retribuição
o A atribuição de uma zona é facultativa
1.5 v
Denúncia; violação do prazo de aviso prévio - arts. 28º, nº1,1ª parte e al. c), e 29º, nº1
do DL nº 178/86.
0.5 v
Indemnização de clientela
Art. 33º, nº 3 do DL nº 178/86 - O contrato não cessou por facto imputável ao agente.
Art. 33º, nº 4 do DL nº 178/86 - Prazo para comunicação e propositura da ação.
Art. 34º do DL nº 178/86 - Cálculo da indemnização da clientela.
2v
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