Em 3 de setembro de 2018, Rafaela, magistrada judicial, e a sua amiga Paula,
arquiteta de interiores, começaram a divulgar nas redes sociais promoções de lançamento do “Hotel Maravilha”, que previam abrir no início do ano seguinte no centro do Porto. Em 15 de outubro de 2018, adquiriram à sociedade comercial Têxteis do Norte, Lda. um conjunto de toalhas no valor de € 10 000, tendo Bruno prestado fiança. Face ao não pagamento do preço, António, gerente da sociedade, contactou um advogado para que acionasse de imediato Bruno. António perguntou também ao advogado se poderia vender por conta própria bordados dos Açores, que pretendia comprar a um artesão local durante as viagens regulares que realizava com a família. Em 9 de julho de 2019, depois de concluir um curso de formação profissional e ainda com 17 anos de idade, Pedro decidiu estabelecer-se como comerciante individual na área da informática. Pouco tempo depois, prestou a Rafaela e Paula um conjunto de serviços de reparação dos computadores utilizados no hotel no valor de € 3 000. Considerando que os serviços não foram pagos e que Paula se encontrava em situação de insolvência, Pedro pretende exigir o pagamento integral da dívida a Rafaela e ao seu marido Francisco, com quem está casada no regime de comunhão de adquiridos há dez anos.
a) Pronuncie-se sobre a qualidade de comerciante de cada um dos sujeitos.
b) Caracterize os casos de incompatibilidade para o exercício do comércio. c) Enuncie as consequências dos atos de comércio descritos.