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Um Kwanza, nos dias de hoje, já não compra nada como comprava a 6 anos atras. O
custo de quase todas as coisas aumentou. Esse aumento no nível geral de preços é
conhecido como inflação, e é uma das principais preocupações dos economistas e dos
formuladores de políticas. Em capítulos posteriores, examinaremos detalhadamente as
causas e os efeitos da inflação. Neste capítulo, discutiremos como os economistas
medem variações no custo de vida.
IPC, deflator do PIB e inflação
Uma vez que as pessoas compram maior quantidade de frangos do que de caviar,
o preço do frango deve ter um peso maior no IPC do que o preço do caviar. O INE faz
uma ponderação entre os diferentes itens por meio do cálculo do preço de uma cesta
de bens e serviços adquirida por um consumidor-padrão. O IPC corresponde ao preço
dessa cesta de bens e serviços em relação ao preço dessa mesma cesta em algum ano-
base.
(175 − 100)
2015: ∗ 100 = 75%
100
(250 − 175)
2016: ∗ 100 = 43%
100
Os economistas chamam o índice de preços com uma cesta fixa de bens de índice
de Laspeyres e o índice de preços com uma cesta variável de índice de Paasche.
Os teóricos da economia vêm estudando as propriedades desses diferentes
tipos de índices de preços com o objetivo de determinar qual deles representaria um
melhor indicador do custo de vida. A resposta, conforme se verifica, é que nenhum
deles é evidentemente superior ao outro. Quando os preços correspondentes a
diferentes bens variam em diferentes proporções, o índice de Laspeyres (cesta fixa)
tende a superestimar o aumento do custo de vida, uma vez que não leva em conta
o fato de os consumidores terem a oportunidade de substituir bens mais caros por
outros mais baratos. Em contrapartida, o índice de Paasche (cesta variável) tende a
subestimar o aumento do custo de vida. Apesar de levar em conta a substituição de
bens alternativos, ele não reflete a redução em termos do bem-estar e satisfação
dos consumidores, a qual pode resultar dessas substituições.
Muitos economistas acreditam que, por uma série de razões, o IPC tende a
superestimar a inflação.
1. Inflação de demanda
2. lnflação de custo
Isso ocorre quando
há um aumento no
custo de produção das
empresas, fazendo
com que a oferta
agregada se desloque
para a esquerda. A
inflação de custos pode
ser causada pelo
aumento dos preços da
energia e das
commodities.
4. Inflação importada
5. Fatores Temporários
𝐌∗𝐕=𝐏∗𝐓
𝑃𝑇 30
𝑉= = = 3 𝑣𝑒𝑧𝑒𝑠 𝑎𝑜 𝑎𝑛𝑜
𝑀 10
Ou seja, para que ocorram AOA 30,00 de transações ao ano, com AOA 10,00 em
moeda, cada kwanza deve trocar de mãos três vezes ao ano.
Transações e produto estão relacionados entre si, uma vez que, quanto mais a
economia produz, mais bens são comprados e vendidos. Entretanto, eles não significam
a mesma coisa. Quando uma pessoa vende um carro usado para outra pessoa, por
exemplo, ambas efetuam uma transação utilizando moeda, embora o carro usado não
faça parte da produção atual da economia. Ainda assim, o valor das transações, em
unidades de moeda corrente, é mais ou menos proporcional ao valor do produto.
M × V = P × Y.
Uma vez que Y também é o total da renda, V, nessa versão para a equação
quantitativa, é conhecido como velocidade do rendimento da moeda. A velocidade
rendimento da moeda nos informa o número de vezes que uma cédula de unidade
monetária entra no rendimento de uma pessoa, em um determinado período de tempo.
𝑀 𝑑
Uma função simples para a demanda por moeda seria ( 𝑃 ) = 𝑘𝑌, na qual k
representa uma constante que nos informa a quantidade de moeda que as pessoas
desejam ter em mãos, para cada unidade monetária de rendimento. Essa equação
enuncia que a quantidade de saldo monetário real procurada é proporcional ao
rendimento real.
Portanto, exatamente do mesmo modo que uma renda mais alta acarreta maior
demanda por automóveis, uma renda mais alta acarreta também maior demanda por
saldos monetários reais.
𝑀 𝑑
Portanto, ( 𝑃 ) = 𝑘𝑌. Uma simples reformulação dos termos modifica essa
1 1
equação para 𝑀 (𝑘) = 𝑃𝑌 que pode ser escrita como MV = PY, em que 𝑉 = (𝑘). Esses
poucos passos de matemática simples ilustram a relação entre a demanda por moeda e
a velocidade de circulação da moeda.
Quando as pessoas desejam ter em mãos uma grande quantidade de moeda para
cada unidade monetária de renda (k é grande), a moeda troca de mãos com pouca
frequência (V é pequeno). Inversamente, quando as pessoas desejam ter em mãos
simplesmente uma pequena quantidade de moeda (k é pequeno), a moeda troca de
mãos com mais frequência (V é grande). Em outras palavras, o parâmetro k, para a
demanda por moeda, e a velocidade de circulação da moeda, V, representam dois lados
da mesma questão.
Temos, agora, uma teoria que explica aquilo que determina o nível geral de
preços da economia.
Conclusão: Essa teoria explica o que acontece quando o banco central modifica a
oferta monetária. Uma vez que a velocidade V é fixa, qualquer alteração na oferta
monetária M provoca necessariamente uma mudança proporcional no PIB nominal PY.
Como os fatores de produção e a função de produção já determinaram o nível de
produção Y, o PIB nominal PY pode se ajustar, somente se houver uma mudança no nível
de preços P. Portanto, a teoria quantitativa implica que o nível de preços é proporcional
à oferta monetária.
Uma vez que a taxa de inflação é a variação percentual no nível de preços, essa
teoria sobre o nível de preços é também uma teoria sobre a taxa de inflação.
Suponhamos que você deposite suas economias em uma conta bancária que
remunere 8% de juros ao ano. No ano subsequente, você retira sua poupança e os juros
acumulados. Você está 8% mais rico do que na ocasião em que fez o depósito, um ano
antes?
A taxa de juros com que o banco remunera é conhecida como taxa de juros
nominal, enquanto o aumento do seu poder de compra é conhecido como taxa de juros
real. Se i representa a taxa de juros nominal, r a taxa de juros real e π a taxa de inflação,
consequentemente a relação entre essas três variáveis pode ser escrita sob a forma
𝒓= 𝒊−𝝅
A taxa de juros real é a diferença entre a taxa de juros nominal e a taxa de inflação
O Efeito Fisher
jan/16
dez/11
abr/16
mai/…
jul/16
out/12
out/16
jan/17 mar/…
abr/17 ago/…
jul/17 jan/14
out/17 jun/14
certo ou indirecta)
jan/18 nov/…
abr/18
abr/15
jul/18
set/15
out/18
fev/16
jan/19
abr/19 jul/16
jul/19 dez/16
jan/20 out/17
abr/20 mar/…
jul/20
ago/…
jan/19
jun/19
nov/…
abr/20
set/20
Evolução da taxa de câmbio desde 2014 (Cotação ao
incerto ou directa)
700,000
600,000
500,000
400,000
300,000
200,000
100,000
0,000
out/15
out/14
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1. Exercício
2000 2010
Bem Quantidade Preço (AOA) Quantidade Preço (AOA)
Automóveis 100,00 50,00 120,00 60,00
Pão 500 000,00 10,00 400 000,00 20,00
a) Usando o ano de 2000 como ano-base, calcule as seguintes estatísticas para cada
ano: PIB nominal, PIB real, o deflator implícito de preços para o PIB e um índice
de preços com peso fixo, como o IPC.
b) Quanto os preços aumentaram entre 2000 e 2010? Compare as respostas
fornecidas com base no índice de Laspeyres e no índice de Paasche. Explique a
diferença.
c) Suponhamos que você seja um senador que esteja elaborando um projeto de lei
para indexar as pensões federais e a seguridade social. Ou seja, seu projeto de
lei reajustará esses benefícios, de modo a compensar as variações no custo de
vida. Você utilizará o deflator do PIB ou o IPC? Por quê?