Disciplina
O Ambiente e as Doenças do Trabalho
Aula 3 – 12/08/2017
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Usos
• Dissolução Combustíveis
• Extração Alimentos
• Desengraxamento Drogas de abuso
• Tintas, corantes, pinturas, Bebidas
coberturas
Anticongelante
• Diluição, dispersante
Explosivos
• Limpeza a seco
Poluentes
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• Etilnitrato, TNT
• Hidrocarbonetos Nitro
• 1,1,1-tricloretano,
• Alcanos Halogenados • tetracloreto de
carbono,
• clorofórmio
• Querosene,
• Misturas • “white spirit”
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Propriedades físico-químicas
• Solubilidade
• É uma importante característica da eficiência de uma substância
como solvente químico e a principal causa que determina os efeitos
tóxicos e sistêmicos na saúde humana.
• A propriedade de um solvente agir como anestésico geral e sua ação
desengordurante e diretamente proporcional a sua solubilidade
lipídica.
• Entretanto, a absorção cutânea e diretamente ligada a sua
solubilidade lipídica e aquosa, visto que a pele tem um conteúdo
aquoso-lipídico que funciona como uma barreira protetora.
• Em face disso, solventes como o dimetilsulfoxido, a
dimetilformamida e os éteres glicóis, são altamente solúveis e
absorvidos por via dérmica.
• De maneira geral, os solventes orgânicos são lipossolúveis, mas a
solubilidade difere significativamente dependendo do solvente. 13
Propriedades físico-químicas
• Inflamabilidade e explosividade
• Alguns solventes orgânicos são inflamáveis bastante para serem usados
como combustíveis, enquanto outros são usados como extintores, a
exemplo dos halogenados.
• A inflamabilidade função do ponto de fulgor que e a temperatura acima
da qual um líquido inflamável deve estar para que possa pegar fogo.
• A combustão de líquidos inflamáveis ocorre sobre a superfície líquida,
onde há a mistura de vapores e oxigênio do ar.
• O próprio líquido não incendeia, assim, há necessidade de certa evaporação
para que o combustível líquido fique inflamável.
• Quanto mais baixo o ponto de fulgor, mais inflamável é a substância.
• Solventes muito voláteis tem, em geral, pontos de fulgor em temperaturas
abaixo de 0 C.
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Propriedades físico-químicas
• Volatilidade
• A volatilidade é importante para a exposição ocupacional a
substancias liquidas:
• quanto maior a volatilidade, maior e a exposição do trabalhador ao vapor
do produto na atmosfera do ambiente de trabalho, independentemente do
contato direto com o liquido.
• Mesmo a substância que não é absorvida com facilidade pela pele
pode ter mais predisposição a penetrar no organismo pelo sistema
respiratório.
• A volatilidade pode ser avaliada através da temperatura de ebulição
e de sua pressão de vapor.
• As duas variáveis estão relacionadas, pois, em geral, quanto mais
baixa a temperatura de ebulição, maior e a pressão de vapor a uma
dada temperatura.
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Propriedades físico-químicas
• Volatilidade
• A pressão de vapor exercida por um liquido na superfície depende da
temperatura em que o liquido se encontra e, quanto maior a temperatura,
maior e a pressão de vapor.
• Quando a pressão de vapor do liquido se iguala a pressão atmosférica (760
mmHg ao nível do mar), a substancia entra em ebulicao.
• A pressão de vapor e estabelecida para as temperaturas de 20 C ou 25 C,
que são as consideradas ambiente, e quanto maior e a pressão de vapor
nessas temperaturas, maior e a tendência a evaporação da substancia e,
portanto, maiores são as concentrações na atmosfera do ambiente de
trabalho.
• Dessa forma, quanto maior a temperatura de ebulição,
• menor e a pressão de vapor
• menor quantidade de vapor e gerado no ambiente
• Do ponto de vista prático, para substâncias com pressões de vapor muito
baixas, as exposições aos seus vapores são desprezíveis.
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TOXICOCINÉTICA
TOXICOCINÉTICA
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TOXICOCINÉTICA
TOXICOCINÉTICA
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TOXICODINÂMICA
TOXICODINÂMICA
TOXICODINÂMICA
EFEITOS TÓXICOS
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TOXICODINÂMICA
APARELHO URINÁRIO
EFEITOS TÓXICOS
• Dano tubular com insuficiência renal aguda secundária
(exposição aguda)
• Acidose tubular (tolueno)*
• Glomérulonefrite (exposição crônica)
A palavra acidose se refere à tendência da acidose tubular renal em diminuir o pH sanguíneo.
Quando o pH sanguíneo está abaixo do normal (7,35), isso é chamado acidemia.
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TOXICODINÂMICA
HEPÁTICOS
EFEITOS TÓXICOS
• Necrose centrolobular (hidrocarbonetos halogenados)
• Agravamento por associação com consumo de álcool ou
desnutrição calórica
• Carcinogenese (hidrocarbonetos halogenados, animais)
• Hepatite tóxica aguda (percloroetileno)
• Menos comum (hidrocarbonetos alifáticos e aromáticos)
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TOXICODINÂMICA
CARDIOVASCULARES
EFEITOS TÓXICOS
• Sensibilização miocárdica a catecolaminas (hidrocarbonetos
halogenados) - arritmias/PCR
• Cloreto de Metileno: biotransformado em CO -
desencadeamento de infarto agudo do miocárdio (COHb)
Incluída entre as catecolaminas estão a epinefrina (adrenalina), a norepinefrina
(noradrenalina), e a dopamina, que são produzidos a partir de fenilalanina e tirosina. A
liberação dos hormônios adrenalina e noradrenalina a partir da medula adrenal das
glândulas supra-renais é parte da resposta de luta ou fuga.
TOXICODINÂMICA
PELE E MUCOSAS
EFEITOS TÓXICOS
• Dermatite (ressecamento, descamação e fissuras)
• Irritação (hidrocarbonetos aromáticos e alifáticos)
• Queimaduras químicas (tricloroetileno)
• Facilitação de dermatite de contato (alergenos presentes no
ambiente de trabalho)
• Irritação de mucosas (ocular, vias aéreas superiores, traqueal,
brônquica)
TOXICODINÂMICA
APARELHO REPRODUTOR
EFEITOS TÓXICOS
• Exposição na gestação: discreto aumento de defeitos congênitos
e abortamento
• Anormalidades menstruais (benzeno/dissulfeto de carbono)
• Aborto espontâneo (óxido de etileno)
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TOXICODINÂMICA
CARCINOGÊNESE
EFEITOS TÓXICOS
• Benzeno (leucemia) grupo I do IARC (Agência Internacional de
Pesquisa em Câncer)
• Bis-cloro-metil éter (câncer de pequenas células, pulmão)
• Possíveis carcinogênicos: tetracloreto de carbono,
tricloroetileno, epicloridrina - grupo 2A do IARC
• Atividades de risco: cabeleireiros, petroleiros, gráficos,
carpinteiros, marceneiros
BENZENO
• Siderurgia (carvão de coque); refino de petróleo, indústria
petroquímica, farmacêutica e de pesticidas
• Uso de tintas, vernizes, adesivos, gasolina (graus variáveis de
contaminação por benzeno)
• Ambiental: rejeitos industriais; postos e depósitos de
combustíveis; gases de exaustão de veículos
TOLUENO
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TRICLOROETILENO
METlL-N-BUTILCETONA (MNBC)
DIAGNÓSTICO
DIAGNÓSTICO
• História de exposição (trabalhadores industriais; pintores; abuso
de inalantes)
• Laboratório: Monitoramento de trabalhadores
Fenol urinário
BENZENO
Ácido trans-mucônico (exper)
TOLUENO Ácido hipúrico
TRICLOROETILENO Ácido tricloroacético
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DIAGNÓSTICO
TRATAMENTO
EXPOSIÇÃO AGUDA
Tratamento de suporte
Não há antídotos específicos!
Exceto para n-etanol/etilenoglicol: etanol ou fomepizol
TRATAMENTO
EXPOSIÇÃO AGUDA
Intoxicação por via inalação:
• Remoção do ambiente contaminado
• Descontaminação (remoção de roupas/lavar pele)
• Ventilação com O2
• Casos graves: ventilação mecânica
suporte circulatório
Evitar adrenalina: risco de arritmia cardíaca por sensibilização miocárdica
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TRATAMENTO
EXPOSIÇÃO AGUDA
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