Você está na página 1de 18

Processo de regularização de prédios públicos existentes Contra Incêndio e Pânico em Mato

Grosso do Sul Dezembro/2016


1

Processo de regularização de prédios públicos existentes Contra


Incêndio e Pânico em Mato Grosso do Sul
Alex Meneses da Silva – 1
Especialização em Engenharia de Perícias, Avaliações e Auditoria
Instituto de Pós-Graduação - IPOG
Campo Grande, MS, 11/12/2015

Resumo
O objetivo deste trabalho é relatar e analisar as atividades de engenharia envolvidas no
processo de regularização de edifícios públicos existentes no estado de Mato Grosso do Sul.
O processo de regularização consiste em: elaborar um PSCIP a ser apresentado ao CBMMS
para análise e aprovação, atender as medidas de seguranca previstas e solicitar a vistoria
para emissao do CVCBM. Elaborar o PSCIP exige informações técnicas que podem ser
adquiridas com perícia e inspeção predial de engenharia. Os prédios públicos possuem
características variadas como é o caso dos edifícios de uso educacional de nível superior
com diversos riscos de incêndio: baixo (salas de aula e escritórios), médio (laboratórios,
auditórios) e alto (bibliotecas, subestaçoes e centrais de gases). Para cada espaço há
exigencias específicas, contudo o fator mais importante é garantir condiçoes mínimas de
segurança com o menor custo em vista do bom uso do recurso público. Além das etapas no
processo regularizaçao, este trabalho apresenta um estudo de caso real de perícia
relacionado os revestimentos de um Teatro universitário. O resultado da perícia é a
necessidade de projeto arquitetônico acústico de reforma sobre os revestimentos

Palavras-chave: ocupação, PSCIP, vistoria, as built, Lei 4335/2013.

1. Introdução:contexto social tecnológico e jurídico


Depois do incêndio na Boate Kiss na cidade Santa Maria no Estado do Rio Grande do Sul
com mais de 200 mortos, incidente de repercussão internacional, a sociedade brasileira foi
obrigada reestabelecer os Requisitos de segurança contra incêndio e pânico. Devido a esta
situação de clamor social foi instituído o Novo Código de Segurança Contra Incêndio e
pânico do Estado de Mato Grosso do Sul em vigor com a publicação em diário oficial no dia
10/04/2013, Lei 4335 que atribuiu ao Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul
(CBMMS) o poder de polícia, com autonomia para punir infrações através da aplicação de
multas, interdições, embargos dentre outros. O CBMMS tem recebido recursos humanos e
materiais da Administração Pública Estadual para ampliar a fiscalização apesar da crise
financeira que o país se encontra. A cobrança sobre os órgão públicos, em geral realizada por
outras entidades, como o Ministério Público, reforça a ação para impedir que incidentes como
o de Santa Maria-RS se repitam.O código anterior contra incêndio no Estado do Mato Grosso
do Sul foi determinado pela Lei 1092 de 06 de Setembro de 1990 a qual foi regulamentada
pelo Decreto 5672 de 22 de Outubro de 1990 e todas as construções concluídas anteriormente
a Lei 4335 são regimentadas pelo Decreto 5672, leis complementares, e normas ABNT

ISSN 2179-5568 - Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 12ª Edição nº 012 Vol.01/2016 Dezembro/2016
Processo de regularização de prédios públicos existentes Contra Incêndio e Pânico em Mato
Grosso do Sul Dezembro/2016
2

relacionadas. O Novo Código não determina que os prédios construídos conforme a


Legislação anterior sejam alterados mas, reforça medidas que já existiam com maior
detalhamento.
No contexto de engenharia, as exigências técnicas relativas a detalhes e especificações de
engenharia e arquitetura passaram a ser regulamentadas por Normas Técnicas estabelecidas
pelo CBMMS e pertencentes ao escopo do Novo Código, o que facilitou o trabalho dos
técnicos envolvidos como projetistas e construtores em geral. O Novo código foi elaborado
em referencia ao Código de Segurança contra Incêndio Pânico do Estado de São Paulo por ser
considerada a legislação mais avançada do Brasil neste seguimento.
Na visão de Tavares (2009), as normas brasileiras contra incêndio possuem natureza
prescritiva com detalhes de medidas diferentes conforme cada região e além disso o autor
afirma que implementar de normas baseadas no desempenho da segurança aos usuários é
difícil pelos fatores diretos: desconhecimento normativo, aplicação ineficiente e falta de dados
de ocorrências de incêndio; e pelos fatores indiretos: falta de especialistas na área, ausencia da
disciplina obrigatorio nos cursos universitários de engenharia e arquitetura, cultura de
segurança contra incêndio inapropriada, dentro outros. O autor reforça que o setor público
brasileiro não prioriza a cultura de segurança e influencia o setor privado com postura
semelhante e consequentemente ações de segurança são tomadas apenas após incidentes.

2. Conceitos relacionados
Pelo Novo Código, qualquer edificação que não residencial unifamiliar, de uso público ou
privado, pode ser utilizada apenas se o Certificado de Vistoria do Corpo de Bombeiros Militar
(CVCBM) for emitido pelo CBMMS, sendo valido por 1 ano. A expedição do CVCBM
ocorre após a constatação de que todas as medidas de segurança contra incêndio e pânico
foram executadas conforme Processo de Segurança contra Incêndio e Pânico (PSCIP)
aprovado.
O PSCIP consiste num conjunto de procedimentos administrativos relacionados ao Serviço de
Segurança contra Incêndio, Pânico e outros Riscos (SvSCI) em que um profissional habilitado
levanta os riscos da edificação e atribui medidas de segurança como determina a Legislação,
dentro das características quanto: à ocupação, à altura do prédio, e à carga de incêndio, etc.
Profissional habilitado é quem possui registro ativo em conselho regional de engenharia ou
arquitetura e está cadastrado na Divisão de Atividades Técnicas (DAT) do CBMMS a qual
publica a lista de profissionais cadastrados em seu endereço eletrônico.
O PSCIP não é necessariamente um processo equipado de um projeto técnico de engenharia.
É comum que profissionais da área considerem o projeto de incêndio como um PSCIP
completo, entretanto a Legislação possibilita o PSCIP ser apresentado em 4 tipos diferentes:
 PSCIP TIPO 1: Processo de Segurança Contra Incêndio e Pânico (PSCIP) com
apresentação de projeto técnico; o PSCIP mais completo e mais complexo devido a
diversidade informações técnicas e medidas a serem atendidas;
 PSCIP TIPO 2, ou Processo Técnico Simplificado (PTS), sem necessidade de
apresentação de projeto técnico, usado em processo de regularização de edificações
que atendam as condições de: área construída inferior 750m2, altura inferior a 10m e
as demais exigências especificas conforme NT-42-Processo Técnico Simplificado;

ISSN 2179-5568 - Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 12ª Edição nº 012 Vol.01/2016 Dezembro/2016
Processo de regularização de prédios públicos existentes Contra Incêndio e Pânico em Mato
Grosso do Sul Dezembro/2016
3

 PSCIP TIPO 3: Processo de Segurança Contra Incêndio e Pânico para Instalação e


Ocupação Temporária (PSCIPIOT); usado para eventos temporários como rodeios,
festas, feiras, etc.
 PSCIP TIPO 4: Processo de Segurança Contra Incêndio e Pânico para Ocupação
Temporária em Edificação Permanente (PSCIPOTEP), usado em eventos temporários
em edificações e área de risco permanentes.
O PSCIP inicia no momento em que o processo é protocolado na DAT para análise e parecer
pelos analistas do CBMMS. O Analista da DAT solicita alterações através do documento
Notificação de Análise. O autor do PSCIP retira o processo para suas correções e deve
retornar com o processo com: a primeira via analisada, a via corrigida, o Notificação de
Análise, e Oficio Resposta relacionado à Notificação. Quando não haver mais alterações a
serem feitas, o autor deve protocolar mais 3 vias complementares do PSCIP para aprovação
definitiva,etapa “Completar Vias”. Ao final há 4 vias do processo, 1 via na DAT, 1 via no
Batalhão de Vistoria do CBMMS, 1 via do Autor do PSCIP e 1 via da obra. Após aprovação,
o PSCIP se torna legalmente habilitado para execução. Concluída a execução em obra das
medidas de segurança, a vistoria pode ser solicitada pelo Proprietário ao Batalhão de Vistoria
do CBMMS através do ANEXO XX - Requerimento de Vistoria e demais documentos
solicitados pelo item 6.2 da NT-01 da Lei 4335/2013.
O procedimento de vistoria consiste em ato administrativo de visita técnica para inspeção
predial do espaço construído para constatar se o planejamento predeterminado e aprovado
através do PSCIP aprovado foi realmente cumprido. A vistoria é realizada por um profissional
do Serviço de Segurança Publica Estadual, o vistoriante do CBMMS que além de conferir o
PSCIP foi realizado, lhe é atribuído o poder de exigir medida de segurança que não foi
prevista no PSCIP aprovado caso constatado risco.

3. Aplicação da Lei 4335/2013 nas obras públicas


Há pouca literatura técnica sobre engenharia de incêndio em órgãos públicos, em especial
sobre a aplicação de novas legislações, as quais implicam em mudanças prediais e
processuais. À regularização dos prédios existentes exige do Administrador Público, no caso
o Autor do PSCIP, averiguar se há registro de PSCIP aprovado no CBMMS. Foi constatado
que não há via do PSCIP presente nos prédios do órgão por não haver controle de documentos
técnicos por parte dos administradores da cada unidade atendida e, geralmente, o documento é
arquivado sob a responsabilidade da Divisão de Engenharia de projetos de cada órgão para
evitar extravios. A presença da uma via do PSCIP atualizado na edificação no momento da
vistoria é exigida por Lei, e passível de multa se não obedecida.
Os registros técnicos relacionados aos prédios existentes como plantas, planilhas, relatórios
fotográficos de execução foram encontrados no local denominado Arquivo Morto localizada
dentro da Unidade técnica de Engenharia responsável pelos Projetos e Fiscalização das Obras.
Ao analisar os registros do Arquivo Morto constatou-se que os prédios existentes foram
projetados conforme as normas previstas na época da construção anterior a Lei 4335/2013,
mas os projetos não foram protocolados para análise pelo CBMMS na forma de PSCIP, ou
seja, há projetos executivos de incêndio e não PSCIP’s aprovados pois o entendimento legal
do órgão era que o PSCIP só era exigido para emissão da licença operação, ou HABITESE

ISSN 2179-5568 - Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 12ª Edição nº 012 Vol.01/2016 Dezembro/2016
Processo de regularização de prédios públicos existentes Contra Incêndio e Pânico em Mato
Grosso do Sul Dezembro/2016
4

que nunca foi exigido para órgãos federais no Estado de MS. Houve exceções com a
aprovação de PSCIP’s de Prédios com grande concentração de pessoas, auditórios e arenas
esportivas (ocupação F), hospitais, e poucos prédios educacionais os quais foram aprovados
no CBMMS conforme o Decreto 5672/1990.
Quando não há confirmação de existência de PSCIP nas divisões do órgão, a única forma de
confirmar sua existência é solicitar de cautela de projetos do referido órgão ao CBMMS. O
pedido de cautela é uma solicitação de acesso ao PSCIP em que o solicitante fica responsável
pelo manuseio dos documentos por período determinado, cerca de 3 dias. Durante este
período ele pode até copiar os projetos aprovados e depois realizar vistorias para verificar se
os prédios apresentam alteração de ocupação, alteração de layout ou aumento de área
construída em relação ao projeto aprovado.
Durante as visitas em obras, viu-se que as instalações de combate a incêndio das obras
existentes foram construídas em conformidade aos projetos, entretanto houve alterações de
obra, frequentes durante a execução, que não foram registradas devidamente no “Como
construído”, ou ASBUILT.
“Como construído” é um serviço técnico de engenharia, com emissão de ART específica,
onde são registradas as modificações de obra. A elaboração do documento é de
responsabilidade da Contratada pela execução da obra. O nível de detalhamento do
documento é definido antes do recebimento pelo recebedor, o Fiscal da Obra. Quando a
construtora ou o Fiscal percebe que o projeto necessita de alteração para o bom andamento da
obra, o Fiscal deve acionar o projetista para providencias, como por exemplo, revisão do
projeto. Toda mudança em obra deve ser realizadas com autorização formal do Fiscal e
devem constar no “Como construído” na entrega da obra.
As obras públicas concluídas a mais de 10 anos não possuem registro do documento “Como
construído” arquivado por não haver essa exigência nas contratações anteriores e por isso são
necessárias diversas visitas a obra para levantamento de campo e coleta de informações em
arquivos das obras passadas. A elaboração do documento passou a ser exigido pelo órgão em
contrato público após o ano 2011 devido a preocupação com os processos de manutenção
predial após a entrega da obra como, por exemplo: conserto de vazamento em tubulações
hidráulicas, reparos em sistema elétricos, e etc.
As obras públicas brasileiras, em especial da esfera da Administração Federal, são muito
burocráticas por exigirem processos administrativos detalhados, entretanto o volume de
informação é muito grande e parte dessas informações históricas é perdida por não haver
procedimento de arquivologia destes registros.
Além disso, surgem outros problemas após a entrega da obra:
 Alteração de uso, ou ocupação, do espaço pelo Proprietário, por exemplo: sala de aula
e laboratório que acumulam materiais e se tornam depósitos, fechamento de
corredores de rota de fuga para instalação de salas administrativas, etc ;
 Alteração das instalações pela equipe de reforma e manutenção sem registro as built,
por exemplo, substituição de equipamentos e desvio de tubulações enterradas, etc;
 Deterioração das instalações por falta manutenção, por exemplo, luminárias de
emergências queimadas, bomba de incêndio que não funcionam, pois nunca passaram
por teste e revisão periódica, etc;

ISSN 2179-5568 - Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 12ª Edição nº 012 Vol.01/2016 Dezembro/2016
Processo de regularização de prédios públicos existentes Contra Incêndio e Pânico em Mato
Grosso do Sul Dezembro/2016
5

 Mau uso do patrimônio, (utilização dos alarmes de incêndio como sinal escolar, uso
dos hidrantes para limpeza em lavagem, luminárias de emergência sem carga e
descarga da bateria conforme determinado pelo fabricante), etc.
Neste momento o Autor do PSCIP do prédio público existente passa a atuar como um
investigador de engenharia ao analisar cada elemento da construção conforme as normas de
segurança contra incêndio para registra o devido embasamento científico e legal para evitar
possível questionamento das suas conclusões e sempre procurando o menor custo de suas
intervenções. O Autor procura informações ao investigar as condições de uso e ocupação
aproveitando o acervo burocrático do órgão e também criando uma nova burocracia ao
registrar formalmente as informações coletadas por ele.

4. Investigação documental e predial para Regularização


A primeira investigação é o levantamento histórico de intervenções na edificação para
enquadramento das medidas de segurança conforme a Legislação de época, pois se
comprovado não ocorrência de alteração de área construída, rota de fuga ou de ocupação, o
PSCIP do prédio existente pode ser aprovado hoje conforme o antigo código podendo reduzir
o custo de adequação. Os registros das reformas podem ser catalogados com consulta ao
Arquivo Morto da Divisão de Engenharia, através de entrevistas com servidores ou
solicitando informações ao Administrador da Unidade.
Outro motivo de investigação predial para prevenção de incêndio é a implicação da norma
técnica NT-10 Controle de Material e Acabamentos da Lei 4335/2013 para os prédios
existentes com área acima de 900 metros quadrados e/ou 10 metros de altura. Esta obrigação
aplica-se a todos os revestimentos do prédio mesmo que estes foram instalados antes da
publicação da lei semelhante a uma obra em construção. Para certificar que os materiais de
revestimentos e acabamentos atendem ao novo requisito é preciso um estudo profundo no
histórico do prédio para posteriormente especificar o tipo de intervenção no revestimento. A
metodologia aplicada na aplicação da NT-10 é dividir os elementos da construção em partes e
estudar cada caso em isolado:
 Identificar o material a partir da leitura detalhada projeto e da busca de arquivos
relacionados de obra;
 Constatar em campo se o revestimento existente é o mesmo do projeto ou foi alterado;
 Procurar meios de identificar os materiais de revestimento junto a seus fabricantes;
 Atribuir uma Classe de fogo conforme a NT-10 da Lei 4335/2013 válida para o Estado
de Mato Grosso do Sul, caso seja possível.

A NT-10 subdivide os revestimentos em cobertura, piso, paredes e divisórias, e forro e define


exigências específicas conforme a ocupação, ver Tabela 1.

Tabela 1-Classe dos materiais a serem utilizados considerando o grupo/divisão da ocupação/uso em função da
finalidade do material
FINALIDADE DO MATERIAL
GRUPO/DIVISÃO
Piso Parede e divisória Teto e forro
A3 e Condomínios residenciais Classe I, II-A, III-A,IV-A Classe I, II-A, III-A,IV-A Classe I, II-A ou

ISSN 2179-5568 - Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 12ª Edição nº 012 Vol.01/2016 Dezembro/2016
Processo de regularização de prédios públicos existentes Contra Incêndio e Pânico em Mato
Grosso do Sul Dezembro/2016
6

ou V-A ou V-A III-A


Classe I, II-A, III-A, ou
B, D, E, G, H, I1,J14 e J2 Classe I, II-A ou III-A Classe I, ou II-A
IV-A
C, F5, I-2, I-3, J-3,J-4, L-1, M-2 Classe I, II-A, III-A, ou
Classe I, ou II-A Classe I, ou II-A
e M-3 IV-A
Fonte: Tabela B.1, Anexo B da NT-10 da Lei 4335

Conforme recomendações da NT-10 cabem ressaltar que:


 Os materiais de acabamento e de revestimento das fachadas das edificações devem
enquadrar-se entre as Classes I a II-B;
 Os materiais de acabamento e de revestimento das coberturas de edificações devem
enquadrar-se entre as Classes I a III-B, exceto para os grupos/divisões C, F5, I-2, I-3,
J-3, J-4, L-1, M-23 e M-3 que devem enquadrar-se entre as Classes I a II-B;
 Os materiais isolantes termo-acústicos não aparentes, que podem contribuir para o
desenvolvimento do incêndio, como por exemplo: espumas plásticas protegidas por
materiais incombustíveis, lajes mistas com enchimento de espumas plásticas
protegidas por forro ou revestimentos aplicados diretamente, forros em grelha com
isolamento termo-acústico envoltos em filmes plásticos e assemelhados; devem
enquadrar-se entre as Classes I a IIA quando aplicados junto ao teto/forro ou paredes,
exceto para os grupos/divisões A2, A3 e Condomínios residenciais que será Classe I,
II-A ou III-A quando aplicados nas paredes;
 Os materiais isolantes termo-acústicos aplicados nas instalações de serviço, em redes
de dutos de ventilação e ar-condicionado, e em cabines ou salas de equipamentos,
aparentes ou não, devem enquadrar-se entre as Classes I a II–A;
 Componentes construtivos onde não são aplicados revestimentos e/ou acabamentos em
razão de já se constituírem em produtos acabados, incluindo-se divisórias, telhas,
forros, painéis em geral, face inferior de coberturas, entre outros, também estão
submetidos aos critérios da Tabela “B”;
 Determinados componentes construtivos que podem expor-se ao incêndio em faces
não voltadas para o ambiente ocupado, como é o caso de pisos elevados, forros,
revestimentos destacados do substrato devem atender aos critérios da Tabela “B” para
ambas as faces;

5. Estudo de caso do Prédio histórico: Teatro


O edifício em estudo, ocupação F-5, é administrado por órgão Público Federal e foi
construído a na época de 1970, com uma grande reforma na época de 1989. O prédio possui
PSCIP aprovado conforme o Antigo Código a aproximadamente 30 anos antes do início deste
estudo.

Figura 1-Vista da Saída de Emergência transformada em Escritório.

ISSN 2179-5568 - Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 12ª Edição nº 012 Vol.01/2016 Dezembro/2016
Processo de regularização de prédios públicos existentes Contra Incêndio e Pânico em Mato
Grosso do Sul Dezembro/2016
7

Fonte:Registro de Visita técnica

Figura 2-Vista da Escada de Saída de Emergência

Fonte:Registro de Visita técnica

O levantamento histórico e de campo demonstraram que prédio não apresentou mudança de


ocupação, mas houve alteração de leiaute com a criação do Escritório da Direção onde era
Saída de Emergência e instalada escada externa como Rota de Fuga, ver Figura 1e Figura 2.
Além dessas alterações, alguns revestimentos foram alterados, mas os documentos que
poderiam identifica-los foram perdidos, não houve alteração na altura nem na área construída.
O PSCIP aprovado carecia de detalhes de sinalização de rota de fuga e identificação de

ISSN 2179-5568 - Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 12ª Edição nº 012 Vol.01/2016 Dezembro/2016
Processo de regularização de prédios públicos existentes Contra Incêndio e Pânico em Mato
Grosso do Sul Dezembro/2016
8

equipamentos, e não previa hidrante próximo à entrada principal, e por isso o PSCIP
necessitou ser atualizado conforme NT-43 - Prédio Existente da Lei 4335/2013.
A Cobertura deve enquadrar-se entre as Classes I a II-B. O projeto arquitetônico da época da
última grande reforma define que a cobertura do teatro é de telha metálica suportada por vigas
de concreto armado revestida com uma camada de lã de vidro espessura 50mm projetada
denominada Pistofibra Santa Marina.

Figura 3-Vista da pistofribra no telhado da cobertura sobre o palco

Fonte:Registro de Visita técnica

Conforme visto na figura acima, a cobertura metálica ainda atende ao projeto, quanto a
Pistofibra, a empresa fornecedora Santa Marina foi comprada pela Isover Saint Gobain de
revestimentos acústico e para este revestimento não há documento técnico específico. O
material mais similar existente hoje no mercado é a lã de vidro ensacada da marca Isover
classificada como Classe II-A da IT-10 do CBM-SP. O isolamento acústico por jateamento de
lã de vidro é muito utilizado em indústrias e auditórios e atende a classe de fogo exigida.
Figura 4 - A esquerda amostra da pistofibra queimada, a direita pistofibra coletada

Fonte:Registro de Visita técnica

ISSN 2179-5568 - Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 12ª Edição nº 012 Vol.01/2016 Dezembro/2016
Processo de regularização de prédios públicos existentes Contra Incêndio e Pânico em Mato
Grosso do Sul Dezembro/2016
9

Uma amostra da Pistofibra desprendida do teto foi exposta ao fogo quando até ficar em estado de brasa. No
interior na amostra não foi encontrado sinal de combustão e nem formação de fumaça visível, ver
Figura 4. A Pistofibra foi aplicada à 30 anos e não há informações do fabricante quanto a
prazo de validade pré-determinado para o produto para concluir se há necessidade de
substituir o material. Por outro lado, durante as visitas do Autor, os funcionários do teatro
alegaram que partes da fibra se desprendem a caem sobre os ocupantes nas áreas não cobertas
como palco, sala de máquinas, e ambiente polivalente. O material causa coceira e irritação nas
pessoas que entram em contato.
Teto e forros devem enquadrar-se entre as Classes I ou II-A. O projeto arquitetônico define
forro acústico Gypsalun, nas áreas de Recepção de Público, Hall de entrada e cabine de som e
luz. O arquiteto do responsável pelo projeto da obra informou em entrevista que o forro
definido não foi instalado a pedido da Administração do Teatro devido ao custo elevado e não
há registro formal desta solicitação e nem qualquer outro registro dessa alteração nos
processos da obra. Os catálogos dos revestimentos da época estavam também arquivos no
Arquivo Morto. O fabricante de forro denominado Gypsalum foi procurado, mas não foi
encontrado. Os perfis do forro são mantidos suspensos por arames presos a peças de madeira
fixadas na cobertura e o sistema de sustentação deve enquadrar-se entre as Classes I a II-A,
apesar de não ser aparente.

Figura 5- Vista do forro acústico sobre a Área de Público

Fonte: Registro de Visita técnica

O forro é modular revestido com tecido de couro branco liso que aplica efeito de brilho sobre
o forro, ver Figura 5.

Figura 6 – Amostras da Placa do forro da platéia

ISSN 2179-5568 - Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 12ª Edição nº 012 Vol.01/2016 Dezembro/2016
Processo de regularização de prédios públicos existentes Contra Incêndio e Pânico em Mato
Grosso do Sul Dezembro/2016
10

Fonte: Registro de Visita técnica

A placa de gesso é na cor bege escura semelhante às placas de gesso acartonado modelo
Standart, ou ST, vendidas hoje. A Figura 6 apresenta a placa de onde que foram retiradas
amostras com broca serra copo e verificou-se que as amostras não são consumidas em contato
com o fogo e não há liberação de fumaça escura. Entretanto a peça é antiga, foi instalada mais
de 30 anos e não há condições de afirmar que a placa atende a Classe II-A como as placas de
gesso acartonado atuais, pois não há conhecimento da composição deste material. Não há
sinal de marca do fabricante da placa e nem do tecido.
Uma pequena amostra do tecido branco foi levada ao fornecedor de tecidos similares que
analisou o material com base na sua experiência e constatou que é um couro sintético
denominado popular “curvin”, muito usado em tapeçaria automotiva, dentre as empresas
fornecedoras tem-se a York e Cipatex. As duas empresas foram constatadas para prestar
informação técnica de reação ao fogo dos seus produtos, mas sem sucesso.

Figura 7- Teste de ignição no couro que revesti placa

ISSN 2179-5568 - Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 12ª Edição nº 012 Vol.01/2016 Dezembro/2016
Processo de regularização de prédios públicos existentes Contra Incêndio e Pânico em Mato
Grosso do Sul Dezembro/2016
11

Fonte: Registro de Visita técnica

Uma amostra do couro em contato com fogo entra em combustão rapidamente espalhando a
chama por todo o material e libera fumaça escura, ver Figura 7.
Há presença de lajes maciças de concreto armado nos ambientes: Subestação de energia, os
Sanitários dos camarins, Deposito cênico e na cabine do ar condicionado. Todo o restante do
prédio é coberto com forro e cobertura metálica. Lajes são classificadas como material
incombustível, Classe I e atende a NT-10.

Figura 8-Vista da laje de concreto armado da subestaço de energia

Fonte: Registro de Visita técnica


O revestimento definido em projeto como: “Forro acústico tipo B, 60x60x19cm da Eucatex
com cantos bisotados e fixação através de entarugamento de madeira” para ser aplicado em
forro e revestimento de paredes e devem atender Classe I ou II-A, para as duas aplicações.

Figura 9-Catálogo do revestimento acustico bisotado.

ISSN 2179-5568 - Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 12ª Edição nº 012 Vol.01/2016 Dezembro/2016
Processo de regularização de prédios públicos existentes Contra Incêndio e Pânico em Mato
Grosso do Sul Dezembro/2016
12

Fonte: Arquivo Morto

ISSN 2179-5568 - Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 12ª Edição nº 012 Vol.01/2016 Dezembro/2016
Processo de regularização de prédios públicos existentes Contra Incêndio e Pânico em Mato
Grosso do Sul Dezembro/2016
13

O catálogo define visualmente o estilo da placa tipo B composta por fibra vegetal feita a partir
de Eucalipto, mas não define composição nem qualquer proteção contra chama. Segundo o
fabricante, este material não é mais manufaturado e não há registro sobre qualquer informação
sobre ele. Constatou-se que não há condição de definir a classe do material existente mas,
para enquadrá-lo Classe I ou II-A seria necessário fazer aplicação de retardante ao fogo
específico para madeira tanto na face externa quanto nas pecas internas de fixação, ou
substituir todo o revestimento por um revestimento que atenda a NT-10.
O revestimento em forro se encontra nas rampas de acesso externo do palco, na escada e na
sala sobre os camarins. O mesmo revestimento é visto nas paredes das áreas de máquinas de
climatização e Cabine de som e luz.

Figura 10- Revestimento acustico na parede da Cabine de Som e uz

Fonte: Registro de Visita técnica

Os revestimentos aplicados sobre as paredes internas apresentam bom estado de conservação,


entretanto há instalações elétricas antigas entre as placas e o tarugamento de madeira com
risco de propagação de incêndio em caso de curto circuito interno e que, também, dificilmente
será percebido por se tratar de foco de inicio de chama escondido pelo acabamento com
rápida dispersão do fogo.

Figura 11- Revestimento acustico na parede da Cabine de Som e Luz

ISSN 2179-5568 - Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 12ª Edição nº 012 Vol.01/2016 Dezembro/2016
Processo de regularização de prédios públicos existentes Contra Incêndio e Pânico em Mato
Grosso do Sul Dezembro/2016
14

Fonte: Registro de Visita técnica

O nível conservação dos forros nas áreas próximas ao exterior do complexo é muito ruim pois
há goteiras, infiltrações e diversos problemas com umidade.

ISSN 2179-5568 - Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 12ª Edição nº 012 Vol.01/2016 Dezembro/2016
Processo de regularização de prédios públicos existentes Contra Incêndio e Pânico em Mato
Grosso do Sul Dezembro/2016
15

Para prédios ocupação tipo F, a Tabela B.1 da NT-10 exige a mesma classe de revestimento
para forro e parede, Classe I ou II-A.
As paredes internas da Área de Público e Hall de entrada, que são rotas de fuga, foram
projetadas para serem revestidas em Carpete acústico Muralflex REF -651 Bege Rose da
FADEMAC.

Figura 12-Vista do Carpete acustico próximo ao Revestimento Eucatex tipo B

Fonte: Registro de Visita técnica

O levantamento de campo comprovou que o revestimento é o mesmo do projetado e não foi


alterado por reforma posterior e encontra se em bom estado de conservação.

Figura 13-Ficha tecnica do Carpete Acústico

Fonte: Arquivo Morto

ISSN 2179-5568 - Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 12ª Edição nº 012 Vol.01/2016 Dezembro/2016
Processo de regularização de prédios públicos existentes Contra Incêndio e Pânico em Mato
Grosso do Sul Dezembro/2016
16

O catálogo do material especifica que o produto “não propaga chama”. A fabricante, empresa
denominada FADEMAC, foi comprada pela Empresa Tarkett a qual não fabrica o material e
não possui informações sobre o carpete, pois o mesmo não faz parte da linha de produção
atual. Conclui-se que não há indícios técnicos o suficiente para afirmar sobre a classe do
material do revestimento, mas ele pode receber tratamento com substrato que atinge a classe
prevista ou ser substituído. A decisão cabe ao arquiteto acústico, pois, além disso, deve-se
avaliar a relação custo benefício de cada intervenção.

No projeto de arquitetura da reforma há indicação de divisórias no edifício, mas o tipo não é


bem detalhado. No campo, constatou-se a existência de mais divisórias do que as previstas em
projeto e que todas são Divisória tipo painel. Feito contato telefônico com uma empresa
fornecedora do produto da cidade do Teatro e constatou-se que os painéis são fabricados pela
empresa, mas a chapa externa é fabricada pela empresa Eucatex. A fabricante, sediada em São
Paulo-SP, disponibilizou os Relatório de Ensaio 105181-203 do IPT - Instituto de Pesquisas
Tecnológicas para o “Painel Divisória Eucatex- Divilux” que classifica o material dentro da
Classe IV-B da Tabela 2 da IT-10 CBMSP. Baseado nos fatos elencados conclui-se que os
painéis do Teatro são da Classe IV-B e não atendem exigência da NT-10 do CBMMS. A NT-
10 do CBMMS e a IT-10 do CBMSP possuem o mesmo conteúdo e por isso possuem a
mesma exigência técnica.
As paredes das copas e sanitários são revestidas em azulejo cerâmico branco 15x15cm,
conforme previsto em projeto, e por isso são considerada incombustíveis, portanto Classe I.
As fachadas externas são todas revestimentas em acabamento incombustível, Classe I na
fachada frontal e fundo em pedra, pastilha ceramica e pintura acrilia nas paredes laterais,
pórticos revestidos em pastilha ceramica e pergolados de concreto armado aparente.
Para prédios ocupação tipo F, a Tabela B.1 da NT-10 exige a classe de revestimento para
pisos Classe I, II-A, III-A ou IV-A, mas nota genérica “J” especifica que toda as Saídas de
emergências (rampa, corredores, etc) devem ser limitadas Classe I ou II-A. Todo o espaço do
destinado ao transito de pessoas entre o assento até o porta de saída de emergência foi
considerado como saída de emergência devido grande quantidade de público sob risco de
intoxicação por fumaça já que, também, o auditório não possui janelas.
O piso da plateia, ou Área de Público, foi previsto revestimento de Tapete tipo reviflex da
FADEMAC, mas o revestimento foi substituído por outro cuja definição não foi encontrada, a
nota fiscal da compra foi perdida junto com todos os registros das antigas reformas, que eram
arquivados no depósito sob o palco do Teatro, durante um alagamento. O revestimento é
semelhante ao Feltro Modelo “Evento” da Marca Etruria para alto trafego cor Bege, Classe II-
A conforme Laudo IPT 1058818-203 fornecido no site do fabricante. Entretanto garantir que
este revestimento existente é o mesmo do material comparado é arriscado, pois há muitas
peças semelhantes no mercado com diversos componentes químicos que interferem no
comportamento a chama e por isso não confirmado a Classe deste revestimento de piso.
O piso da Cabine de som e Luz é do tipo vinílico e apresenta péssimo grau de conservação,
foi classificado como Classe II-A pela similaridade com piso vinílico do mercado atual.
Os pisos existentes são revestimentos em piso cerâmico nas áreas úmidas como banheiro e
copa, e área externas como as varandas ou Áreas de Escape, estes revestimentos são
considerados Classe I. O piso de madeira tipo Taco do Hall de entrada e do corredor de acesso

ISSN 2179-5568 - Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 12ª Edição nº 012 Vol.01/2016 Dezembro/2016
Processo de regularização de prédios públicos existentes Contra Incêndio e Pânico em Mato
Grosso do Sul Dezembro/2016
17

a área de Público, previsto no Projeto de Arquitetura, foi substituído por piso cerâmico a
pedido da Direção do Teatro devido ao desgaste por infiltração do piso. O piso do palco
definido em projeto é de madeira de tábua corrida macho-femea em cedro desempenada em
tábua de 15cm espessura 3cm sobre entarugamento de madeira tipo gransepe a cada 50cm,
este foi instalado e não foi alterado. A única forma de assegurar a classe de fogo é aplicar
substrato retardante a chama para piso de madeira por empresa especializada ou substituição.
A Nota geral 1 da Tabela 2 da NT-10 estabelece que cordões, rodapés e arremates também
são incluídos nas classes dos pisos, sendo assim, estes devem pertencer a Classe I ou II-A por
estarem revestindo rampas e escadas do auditório. Os rodapés e arremates são confeccionados
em ripas de madeira em todas as paredes acarpetadas, o que reforça a necessidade que
atendam a Classe II-A. Por serem compostas da madeira e não terem sido alteradas desde a
grande reforma do Teatro em 1989, é necessário aplicar substrato retardante a chama para
madeira sobre os rodapés, e outras peças semelhantes, ou substituir por outro material com a
classe exigida.

6. Conclusão
Baseado na investigação predial do estudo de caso relativo ao Teatro, conclui-se que os
revestimentos existentes precisam de intervenção, pois não há garantias de segurança contra a
ação do fogo exigida na NT-10/2013. Contudo, a Engenharia de Incêndio limita-se a analisar
o quesito de segurança dos acabamentos, mas a decisão final cabe ao profissional habilitado
em Arquitetura. O autor do estudo informou ao proprietário quanto a necessidade de um
projeto acústico para avaliar os impactos acústicos de qualquer interferência nos
revestimentos do Teatro antes de qualquer tomada de decisão.
Dessa forma, é preciso garantir a confiabilidade aos registros históricos de construção e
reformas que são muitos e de imensurável valor para elaborar PSCIP’s das obras existentes.
Este valor é notado apenas em casos de adequação como esta, visando combate a incêndio por
cobrança de agentes externos ao órgão. Recomenda-se que o Arquivo Morto de cada
departamento, em especial o da Divisão de Engenharia, seja gerenciado por um profissional
com formação em arquivologia.
Levando-se em conta o que foi observado, o objetivo final do processo de regularização é
transformar o espaço que está irregular em local seguro por: possuir equipamentos físicos em
conformidade com as exigências legais, ter Brigada de Incêndio treinada para utiliza-los e ser
regido por processo legal contra incêndio até obter o CVCBM. O órgão público objeto do
estudo, demonstra interesse em regularizar a situação dos seus edifícios em construção e os já
concluídos, entretanto é necessário formalizar procedimentos internos de segurança contra
incêndio para distribuir as competências dentre as divisões envolvidas desde a elaboração de
projetos, fiscalização, reforma após entrega da obra, manutenção e treinamento de brigadas.
Os edifícios em construção, com conclusão da obra após a Lei 4335/2013, já estão sob a
implicação total do Novo Código e não cabe aplicar NT-43-Prédio Existente, por isso os
gestores dos contratos de execução e os fiscais precisam estar atentos aos novos
procedimentos administrativos que visam à emissão do CVCBM ao final da obra além dos
aspectos construtivos relacionados.

ISSN 2179-5568 - Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 12ª Edição nº 012 Vol.01/2016 Dezembro/2016
Processo de regularização de prédios públicos existentes Contra Incêndio e Pânico em Mato
Grosso do Sul Dezembro/2016
18

7. Referências
BERTO, A. F.; OLIVEIRA, C. R. M. D. CLASSIFICAÇÃO DO MATERIAIS DE
REVESTIMENTO E ACABAMENTO UTILIZADOS EM EDIFICAÇÕES. IPT. São
Paulo, p. 2. 2013. (105181-203).

ETRURIA FELTROS LAUDOS. CLASSIFICAÇÃO DO MATERIAIS DE


REVESTIMENTO E ACABAMENTO UTILIZADOS EM EDIFICAÇÕES, São Paulo,
p. 4, 21 Março 2014. ISSN 1058818203. Disponivel em:
<http://www.etruria.com.br/feltros/pdf/2014%20-
%20PP%20Classificacao%20dos%20materiais%20%201%20058%20818%20203.pdf>.

EUCATÉX. FORRO ACÚSTICO EUCATEX BISOTADO. Sao Paulo: EUCATÉX, 1970.

FADEMAC. FICHA TÉCNICA MURAFLEX. [S.l.]: [s.n.], 2008.

GYPSALUM. CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS BÁSICAS GYPSALUM. CAMPO


BELO, p. 1. 1987.

MATO GROSSO DO SUL. Lei n° 4.335 de 10 de Abril de 2013. Institui o Código de


Segurança contra Incêndio, Pânico e outros Riscos, no âmbito do Estado de Mato Grosso do
Sul. Diário Oficial n.º 8.410 de Mato Grosso do Sul. Campo Grande, MS, 11/04/2013.

MATO GROSSO DO SUL. Decreto Estadual n° 5.672 de 22/10/1990.Regulamenta a Lei nº


1.092, de 06 de setembro de 1990 e dá outras providências. Diário Oficial n.º 2.916 de Mato
Grosso do Sul. Campo Grande, MS, 23/10/1990.

PMCG. CÓDIGO DE OBRAS DE CAMPO GRANDE MS, 1889. Disponivel em:


<http://apl01.pmcg.ms.gov.br/agendaUploads/aprovacaodigital/CODIGODEOBRAS.pdf>.

TAVARES, R. M. An analysis of the safety codes in Brazil: Is the performance-based


approach the best practice? Fire Safety Journal, Londres, v. 44, n. 2009, p. 749-755, Abril
2009.

ISSN 2179-5568 - Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 12ª Edição nº 012 Vol.01/2016 Dezembro/2016

Você também pode gostar