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Problemas de Ordenamento
Ocupação antrópica e
problemas de ordenamento
Risco: probabilidade de acontecimentos perigosos ocorrerem numa dada área
e num determinado período de tempo, com prejuízos humanos e materiais.
Leito do Rio: espaço que pode ser ocupado pelas águas e que pode ser:
•
Ordinário/Aparente (Canal Fluvial): sulco por onde normalmente
correm as águas e os materiais que transportam;
•
Maior/De Cheia: espaço que é inundável em época de cheia, quando o
nível das águas ultrapassa os limites do leito ordinário;
•
De Estiagem: área mais profunda do canal fluvial ocupada por uma
menor quantidade de água, por exemplo, no verão.
Bacias Hidrográficas
Os rios desempenham, em todos os seus troços, um triplo trabalho geológico:
•
Meteorização e Erosão:
•
•
Meteorização: as águas em movimento, juntamente com os materiais
sólidos que transportam, provocam um desgaste físico das rochas do
leito, quer verticalmente (afundando o leito), quer lateralmente
(alargando o leito);
•
Erosão: a pressão exercida pela água em movimento (> em épocas de
cheia, quando a velocidade da água é >) remove todos os materiais
soltos.
•
Transporte: juntamente com as substâncias nele dissolvidas, o curso de água
transporta os detritos (fragmentos sólidos resultantes da erosão, que
constituem parte da carga sólida do curso de água):
•
•
em suspensão: se são materiais finos;
•
por saltação/rolamento/arrastamento: para materiais sucessivamente mais
pesados e grosseiros.
•
NOTA: capacidade de transporte > em épocas de cheia (> velocidade).
•
Sedimentação: deposição dos materiais (que depois de depositados se
designam por sedimentos), no leito, nas suas margens ou na foz, ordenada
de acordo com as dimensões/forma/peso dos detritos (a montante os mais
pesados e de maiores dimensões e a jusante os de pequenas dimensões e
Bacias Hidrográficas
O ser humano compromete as bacias hidrográficas essencialmente através :
1. DA CONSTRUÇÃO DE BARRAGENS:
Benefícios: permite o armazenamento de água em albufeiras, o que possibilita
o abastecimento das populações, irrigação de terras agrícolas e
aproveitamento hidroelétrico e impede inundações fluviais catastróficas a
jusante, em situações de precipitação excessiva.
Inconvenientes:
•
Depósito de materiais transportados pelos rios no fundo das albufeiras
reduz a sua capacidade de armazenamento de água e a quantidade de
detritos depositada no mar;
•
Aumento da ação erosiva vertical a jusante da barragem;
•
Problemas de segurança, resultantes do fim do seu período de vida útil;
•
Impacte negativo nos ecossistemas aquáticos e terrestres da zona:
submersão de ecossistemas terrestres a montante, impedimento da
passagem de peixes e outros animais, etc.;
•
Aumento da vulnerabilidade de populações aos efeitos da cheias quando os
caudais ultrapassam a capacidade reguladora das barragens.
1. DA EXPLORAÇÃO ABUSIVA DE AREIAS E OUTROS GRANULADOS DO LEITO OU
Portugal ocupa o quinto lugar no ranking dos países com maior erosão
litoral – cerca de um terço da costa portuguesa está em processo de
erosão, todos os anos cerca de 15km2 são tragados pelo mar:
•
por causas naturais – subida do nível médio do mar;
•
por causas antrópicas – as barragens retêm grande parte dos
sedimentos transportados pelos rios e a construção civil determina a
retirada de enormes quantidades de areia das regiões litorais.
Zonas Costeiras – ocupação
antrópica da faixa litoral
Obras de Intervenção na Faixa Litoral:
❑
Esporões: transversais à linha de costa (verificou-se que, apesar
reterem as areias de um lado, determinam a carência de areias do
outro, o que obriga a uma construção de sucessivos esporões);
❑
❑
Paredões: paralelas aderentes à linha de costa;
❑
Quebra-mares: destacados.
❑
❑
Exercícios
Página 19 e 24
Zonas de Vertente – perigos
naturais e antrópicos
As Zonas de Vertente são formas de relevo que apresentam
instabilidade geomorfológica, na medida em que os materiais
geológicos situados nas zonas superiores tendem a ser mobilizados
para as zonas inferiores, com consequências, por vezes graves, em
termos de vidas humanas e em termos materiais.