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Osvaldo Tomás

Distúrbios da Personalidade, Avaliação da personalidade


Licenciatura em Psicologia Social e das Organizações

Universidade Rovuma
Nampula
2020
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Osvaldo Tomás

Distúrbios da Personalidade

Trabalho de carácter avaliativo da cadeira de


Psicologia da Personalidade II, a ser entregue
no Departamento de Ciências de Educação e
Psicologia, curso de Psicologia, 1º ano, II
semestre.
Docente: M.A Gil Pedro Licaneneque

Universidade Rovuma
Nampula
2020
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Índice
Introdução................................................................................................................................4

Objectivos:..............................................................................................................................4

Metodologia............................................................................................................................5

Conceito de distúrbio da personalidade..................................................................................6

1.1. Tipos de distúrbios da personalidade...............................................................................6

1.2.Causas dos distúrbios da personalidade............................................................................6

1.3.Diagnostico........................................................................................................................7

2.Características e formas de manifestação de cada tipo ou grupo de distúrbio


de personalidade......................................................................................................................8

2.1Grupo A (transtornos excêntricos ou estranhos.................................................................8

Transtorno da personalidade esquizóide.................................................................................8

Transtorno de personalidade esquizotípica.............................................................................9

Critérios diagnósticos para transtorno de personalidade esquizotípica...................................9

Transtorno de personalidade paranóide...................................................................................9

Critérios diagnósticos para transtorno de personalidade paranóide......................................10

Transtorno de personalidade anti-social................................................................................11

Critérios diagnósticos para transtorno de personalidade Antissocial Transtorno


de personalidade histriónica..................................................................................................11

Transtorno de personalidade borderline................................................................................12

Transtorno de personalidade narcisista.................................................................................13

Critérios diagnósticos param transtorno de personalidade Narcisista...................................14

Transtorno de Personalidade Histriônica..............................................................................14

Transtorno de personalidade dependent................................................................................15

Transtorno de personalidade esquiva....................................................................................16

Transtorno de personalidade obsessivo-compulsiva.............................................................16

Conclusão..............................................................................................................................17

Referencias Bibliográficas....................................................................................................18
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Introdução
No presente trabalho da cadeira de psicologia de personalidade, abordarei
aspectos relacionados com os distúrbios da personalidade, à temática desse tema
vem sendo muito estudada ou investigada por diferentes áreas, como ade saúde e a
área social.

Portanto o distúrbio ou transtorno da personalidade é uma doença psiquiátrica


pertencente a um grupo em que os traços emocionais e comportamentais de um
individuo são muito flexíveis e mal ajustados, de forma patológica e persistente.
Esses distúrbios comprometem seriamente a qualidade de vida das pessoas,
sentem enorme dificuldade em adaptar-se a determinadas situações e que, por
isso, causam sofrimento e incomodo a eles próprios e aos que estão por perto.

Objectivos:

Geral:
 Perceber o conceito de distúrbio da personalidade e avaliação da personalidade.

Específicos:
 Explicar o que causa o distúrbio de personalidade num individuo;
 Identificar os tipos de distúrbio da personalidade:
 Caracterizar cada grupo ou tipo de distúrbio da personalidade.

Metodologia
Para a elaboração do trabalho, referi-me nas pesquisas em sites estudantil
algumas fontes, como a de trabalhados dos anos passados, livros obtidos em sites
escolares, e manuais exibidos na biblioteca virtual.
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Conceito de distúrbio da personalidade


Os transtornos de personalidade, também referidos como distúrbios da
personalidade, formam uma classe de transtorno mental que se caracteriza por
padrões de interacção interpessoais tão desviantes da norma, que o desempenho
do indivíduo tanto na área profissional como em sua vida privada pode ficar
comprometido. Na maior parte das vezes, os sintomas são vivenciados pelo
indivíduo como "normais" (eu-sintônico) de forma que a diagnose somente pode
ser estabelecida a partir de uma perspectiva exterior.

Mais do que outros transtornos mentais, os transtornos da personalidade


apresentam o perigo de uma estigmatização do paciente. Isso se deve sobretudo à
terminologia, que sugere um transtorno de toda a personalidade do individuo e,
muitas vezes, está ligada a juízos morais com relação ao paciente.

Os atuais sistemas de classificação que utilizam o método descritivo e não


etiológico -permitiram o desenvolvimento de novas abordagens, que procuram
descrever tais transtornos como transtornos da interacção interpessoal e levaram
ao desenvolvimento de novos tratamentos psicoterapêuticos.

1.1. Tipos de distúrbios da personalidade


Grupo A (transtornos excêntricos ou estranhos);
Grupo B (transtornos dramáticos, imprevisíveis ou irregulares);
Grupo C (transtornos ansiosos ou receosos).

1.2.Causas dos distúrbios da personalidade


As causas exactas dos distúrbios da personalidade são obscuras mas são prováveis
ser uma combinação de factores que podem variar entre indivíduos.
Algumas das causas possíveis dos transtornos de personalidade incluem:

 Experiencias desagradáveis da infância-pode haver uma história do exame ou o


abuso sexual ou a negligência nos primeiros anos, sendo abusado como uma criança
ou uma vida em um ambiente que não promova o crescimento de habilidades sociais;
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 As drogas ou o abuso de álcool – podem ser encontrados entre indivíduos com


distúrbio da personalidade, que podem tentar usar os vícios como meio dos ajudar,
lidam com suas insuficiências ou diferenças percebidas. Isto pode criar um ciclo de
vida difícil de controlar;

 Distúrbio da personalidade (ansioso) de Avoidant- este distúrbio da personalidade,


manifesta com baixo amor-próprio, ansiedade, medo do julgamento negativamente por
outro e falta de habilidades sociais;

 Falta de consideração para seres humanos companheiros e uma falta do remorso para
as acções que podem ferir os sentimentos da outra pessoa;

 Dificuldade de expressar suas emoções.

1.3.Diagnostico
O diagnóstico de um transtorno de personalidade deve satisfazer os critérios
abaixo, juntamente com os critérios específicos do transtorno em consideração.

 Comportamento e experiências que se desviam consideravelmente do que a cultura


vigente espera. Esse padrão é manifestado em duas (ou mais) áreas seguintes:
a) Cognição (percepção de si mesmo, dos outros ou de eventos);
b) Afecto (o alcance, a intensidade, a maleabilidade e a conveniência das respostas
emocionais);
c) Funcionamento interpessoal;
d) . Controle do impulso;

 O comportamento é inflexível e invasivo, com alcance em ampla gama


de situações pessoais e sociais;
 O comportamento leva clinicamente a um significante desconforto e prejuízo nas
áreas de funcionamento social e ocupacional, ou outra área importante de
funcionamento;
 O padrão é estável, de longa duração e deve iniciar, pelo menos, na adolescência ou
início da idade adulta;
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 O comportamento não pode ser identificado como uma manifestação ou


consequência de outra doença mental;
 O comportamento não pode ser identificado como uma manifestação ou
consequência de causas fisiológicas como abuso de substâncias ou uma condição
médica geral tal como dano cerebral.

Pessoas menores de idade que alcancem o critério de um transtorno de


personalidade não são, usualmente, diagnosticadas como tendo tal transtorno,
ainda, elas podem receber um diagnóstico correlacionado.

Para se diagnosticar um indivíduo menor de idade com um transtorno de


personalidade, os sintomas devem estar presentes por, pelo menos, um ano. O
transtorno de personalidade anti-social não pode, por definição, ser diagnosticado
em pessoas menores de 18 anos.

2.Características e formas de manifestação de cada tipo ou grupo de


distúrbio de personalidade

2.1Grupo A (transtornos excêntricos ou estranhos): Os indivíduos que estão


neste grupo, costumam ser apelidados como esquisitos, isolados socialmente, frios
emocionalmente, inexpressivos, distantes e muito desconfiados. Este grupo está
mais propenso a desenvolver sintomas psicóticos.

Transtorno da personalidade esquizóide


Os indivíduos isolados socialmente, não expressam ou vivenciam emoções
como alegria ou raiva, frios emocionalmente indiferentes e não fazem questão de
manter laços afectivos com outras pessoas, sendo assim, vistos como
independentes emocionalmente. São muito introspectivos, e muitas vezes não tem
amizades. Não anseiam por tais relacionamentos e geralmente preferem viver
sozinhos e isolados.

Transtorno de personalidade esquizóide


O paciente deve apresentar quatro ou mais entre as seguintes características:
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 Interesse em desenvolver relacionamentos, mesmo na família.


 Não tem amigos íntimos.
 Tem preferência por actividades solitárias;
 Não gosta de muitas actividades;
 Falta de interesse por sexo;
 Aparentemente frio em relação às outras pessoas;
 Indiferença para elogiar ou criticar.

Transtorno de personalidade Esquizotípica


Pessoas com as mesmas ao esquizóide, contudo, estão mais próximas à
esquizofrenia. Desconfiados, alguns podem acreditar que têm poderes especiais,
outros podem ser supersticiosos e cheios de manias, sendo que geralmente
possuem crença excessiva ou fanatismo religioso.

Frequentemente participam de seitas excêntricas, ou acabam por se apegar


excessivamente a alguma forma de ocultismo ou religiosidade, muitas vezes
tornam-se fanáticos religiosos que passam a vida a pregar seus conceitos de forma
exagerada, acreditando serem escolhidos por alguma entidade divina ou,
ocasionalmente, acreditam sentir presença ocultas, Ouvir vozes e chamados do
além, entre outros comportamentos próximos às psicoses.

Critérios diagnósticos para transtorno de personalidade


esquizotípica              
O paciente deve apresentar cinco ou mais entre os seguintes traços:
 Acredita que os eventos estejam relacionados a si próprio mesmo que não tenham
nenhuma relação;
 Acredita em superstições ou sonhos;
 Experimenta ilusões perceptivas;
 Tem comportamento excêntrico;
 Tem maneira estereotipada de falar e pensar;
 Alimenta afecto inapropriado;
 Mostra-se paranóico ou desconfiado;
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 Não mantém nenhum relacionamento, a não ser com a família;


 Apresenta alto grau de ansiedade social que não melhora ao longo do tempo.

Transtorno de personalidade paranóide


São pessoas demasiadamente desconfiadas e paranóicas. Não conseguem
confiar em outros, sempre alegam que vão ser passados para trás ou que estão
tramando e conspirando algo contra ele. Em momentos de estresse, essas
características tendem a piorar e são essencialmente rancorosos, com dificuldade
em perdoar os erros e fracassos das outras pessoas.

Atribuem isso sempre às supostas tramóias, conspirações, perseguições etc. São


frios emocionalmente e podem se manter distantes às outras pessoas porque
acreditam estar sempre sendo enganados, às vezes reagindo com hostilidade por
motivos incompreensíveis aos olhos de outros. (Não confundir com esquizofrenia
ou delírio).

Critérios diagnósticos para transtorno de personalidade paranóide


O diagnóstico de TP paranóide não é viável nos casos em que o paciente
tiver diagnóstico de esquizofrenia ou de outro transtorno psicótico, a não ser que a
personalidade paranóide preceda o diagnóstico, sendo que, nessa hipótese, é
considerada como “pré-mórbida”. O diagnóstico também não poderá ser
confirmado quando for resultado direto de algum transtorno neurológico ou de um
distúrbio médico.

O paciente apresenta quatro ou mais entre as seguintes características:


Suspeita de que outras pessoas tenham intenções hostis ou decepcionantes.
 Dúvida sobre a lealdade de outras pessoas sem causa aparente;
 Tendência para desconfiar de outras pessoas com receio de que suas informações
poderão ser usadas contra ele;
 Tendência para ver intenções maldosas em comentários e eventos inofensivos;
 Incapacidade para perdoar insultos percebidos;
 Tendência para acreditar que seu carácter está sendo agredido, reagindo com rancor.
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 Suspeitas sem nenhuma causa aparente de que o(a) parceiro(a) conjugal está sendo
infiel.

2.2Grupo B (transtornos dramáticos, imprevisíveis ou irregulares)


Pessoas que convivem intimamente costumam perceber um quê de
anormal no comportamento dos indivíduos que compõem este grupo,
frequentemente sendo apelidados como problemáticos.

Nele, estão presentes os indivíduos que são vistos aos olhos de outros como
manipuladores, rebeldes, com tendência a quebrar regras e rotinas, irritantes,
maus, inconstantes, impulsivos, dramáticos, sedutores, imprevisíveis, egoístas e
muito intolerante às decepções. Neste grupo, os sintomas inflexíveis dos
distúrbios afectam muito mais as pessoas em sua volta, do que o próprio
indivíduo.

Transtorno de personalidade anti-social


São sociopatas, Indivíduos egocêntricos desde a adolescência e que mesmo
na idade adulta mantêm comportamentos persistentes de desrespeito as normas,
regras ou leis sociais. Causam prejuízos e transtornos significativos as pessoas
próximas em seu círculo social.

Frequentemente surgem ocorrências de transtorno de conduta e histórico de


problemas em relação conjugal devido sua propensão para adultério e
infidelidade. Não desenvolvem empatia e tendem a ser insensíveis, cínicos e a
desprezar os sentimentos, direitos e sofrimentos alheios.

Impera o egoísmo. Enganam, seduzem e manipulam as pessoas a fim de obter


vantagens pessoais ou prazer. São capazes de fingir um comportamento exemplar
e se fazer passar por vítima com maestria. Distorcem fatos e acontecimentos
verídicos a fim de convencer quem lhes dá atenção. (O diagnóstico de anti-social
não está relacionado a evitar socializações, algo mais provável no transtorno de
personalidade esquiva.)
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Critérios diagnósticos para transtorno de personalidade Antissocial


Transtorno de personalidade histriónica
Os pacientes devem ter ao menos 18 anos de idade, apresentar sinais de
transtorno de conduta com início antes dos 15 anos e apresentar pelo menos três
entre os seguintes critérios:
 Recusa em obedecer às normas sociais e participação em actividades ilegais.
 Uso da mentira e manipulação de outras pessoas para benefício próprio.
 Comportamento irresponsável sem considerar as consequências.
 Desrespeito aos direitos e à segurança dos outros.
 Comportamento irresponsável.
 Ausência de remorso.
São pessoas muito emotivas, hipersensíveis, exageradas, superficiais,
emocionalmente instáveis, dramáticas, muito preocupadas com a aparência física
(vaidosos e provocativos) e com notável a exigir excessiva atenção para si a todo
momento.
Caso contrário, sentem-se profundamente incomodados, podendo
expressar suas emoções de forma exagerada, como rompantes de choro ou raiva
por coisa mínima. Geralmente vestem-se de maneira chamativa, sobretudo
sexualmente provocante e costumam estar sempre à caça de elogios a respeito de
sua aparência física. Tendem a infidelidade contumaz, são muitos manipuladores,
sedutor, controlando pessoas e circunstância para conseguir atenção. Fazem uso
da manipulação emocional e sedutora, frequentemente vestindo-se de maneira
chamativa, provocando, encantando e seduzindo outras pessoas

Transtorno de personalidade borderline


Distúrbios comparáveis a uma doença do amor, uma vez que seus
sintomas tornam-se muito exacerbados apaixonam-se. São indivíduos muito
inconstantes, exagerados, constantemente insatisfeitos, intolerante às decepções e
frustrações, com pensamento extremista 8-80 (totalmente bom ou totalmente mau:
não conseguem ver lado bom e ruim numa mesma pessoa ou situação).
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Não conseguindo relacionar-se de maneira saudável com seus familiares e


pessoas íntimas, tratando as frequentemente de maneira estúpida, agressiva ou
rebelde.

Quando apaixonam-se por uma pessoa, tratam-na como um deus, entretanto, à


menor contrariedade ou sinal de rejeição percebida, acreditam erroneamente estar
sendo ignorados e abandonados, tornando-se irritantes, insuportáveis e
autodestrutivos passando drasticamente do amor idealizado para o ódio, tratando
cruelmente o parceiro como um verdadeiro demónio, sendo assim, com notável
tendência a terminar relacionamentos de forma raivosa. Essas relações íntimas são
frequentemente intensas, mas caóticas e instáveis, terminando sempre em
chantagens, manipulações, ameaças suicidas ou autodestrutivas.

Essas pessoas têm profundos sentimentos de raiva e vazio crónico, são


emocionalmente instáveis, com surtos de carência afectiva, mostrando-se também
controladoras e muito ciumentas. Além disso, têm tendência suicida e, a fim de se
libertar do sentimento de vazio e rejeição.

Podem engajar-se em comportamentos compulsivos como automutilação, comer


compulsivamente, gastos em excesso etc. São irritadiças quando estão com
pessoas muito íntimas e se sentem merecedoras de cuidados e atenção especial a
todo momento. Muitas vezes não conseguem controlar fortes emoções como a
raiva. Sentem-se sempre mal amados, rejeitados e ignorados por motivos banais, o
que causa um gatilho para agressividade e manipulações. São pessoas
manipuladoras, uma vez que temem ser rejeitados em seus relacionamentos
amorosos, fazendo esforços totalmente desproporcionais para evitar o abandono.

Transtorno de personalidade narcisista


Pessoas arrogantes, orgulhosas e que se acham superiores e mais especiais
que os outros. De primeira, esses indivíduos passam uma grande impressão de que
são metidos, egoístas ou antipáticos.
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Esses demonstram pouca empatia para com os outros, não se importam com
sentimentos alheios e podem ser frios emocionalmente. Quase sempre se acham
os melhores, os mais lindos, os mais ricos entre outros.

E exigem ser atendidos pelos melhores médicos, pelos melhores professores e


outros "melhores" profissionais por causa de seu sentimento de superioridade.
Diferentemente do histriónico, narcisistas podem se cuidar em excesso (vaidosos)
para mostrar às outras pessoas o quanto são mais “bonitos" e anseiam por elogios
não para receber atenção, mas apenas para mostrar que são supostamente
superiores às outras pessoas.

Critérios diagnósticos param transtorno de personalidade Narcisista


O paciente deve apresentar cinco ou mais entre os seguintes critérios:
 Sobrevalorização de sua importância e de suas realizações.
 Sentimento de superioridade em relação aos outros.
 Medo da inadequação e exigência de admiração excessiva.
 Senso irreal de seus direitos.
 Crença no fato de ser mais importante do que os outros.
 Ausência de empatia.
 Crença no fato de que as outras pessoas sentem inveja dele.
 Demonstração de arrogância

2.3. Grupo C (transtornos ansiosos ou receosos).


Os indivíduos que compõem este grupo são vistos como medrosos,
ansiosos, Frágeis, dependentes, fobicos e com tendência a serem submissos,
organizados, obedientes e, ao contrário do grupo B, evitam quebrar regras ou
rotinas. Neste grupo, frequentemente os traços inflexíveis dos transtornos
prejudicam muito mais o próprio indivíduo, do que as pessoas à sua volta. Este
grupo está mais propenso aos transtornos de ansiedade.
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Transtorno de Personalidade Histriónica


Nos termos do DSM-IV, o TPH se caracteriza por um padrão generalizado
de busca de atenção e de emoção excessiva.

Os traços histriónicos geralmente começam a surgir na fase inicial da vida adulta.


De um modo geral, os indivíduos com TPH apresentam comportamento sedutor
ou provocativo em contextos inapropriados e usam a aparência física para atrair
atenção para si mesmos.2 Isso poderá ocorrer em uma grande variedade de
contextos, incluindo não apenas as relações sociais, mas também as relações
profissionais e ocupacionais.
Aparentemente, esses indivíduos são charmosos no início, conquistando
as outras pessoas com flarte e franqueza, porém geralmente se sentem
desconfortáveis e depreciados nas situações em que não sejam o centro das
atenções. Nessas circunstâncias, podem ser dramáticos e teatrais e expressar
emoções exageradas.
Em geral, esse tipo de indivíduos gasta bastante tempo e dinheiro em roupas e
outros aspectos de sua aparência no esforço de impressionar outras pessoas e se
refere aos conhecidos como se fossem amigos íntimos. Os relacionamentos
românticos também são considerados mais sérios do que o são na realidade.

Transtorno de personalidade dependente


Pessoas muito dependentes emocionalmente e fisicamente, sempre
dependendo de outras pessoas para fazer qualquer coisa. Notavelmente carentes,
elas não conseguem viver só e estão sempre à procura de um relacionamento
íntimo para se manter dependente. Com frequência, são submissos às pessoas por
quais mantêm um laço afectivo, podendo demonstrar muita empatia ou altruísmo
por outras pessoas e pouca preocupação consigo mesmo.

Não costumam contrariar as outras pessoas e emoções como raiva e desgosto


frequentemente são reprimidas e disfarçadas, pois têm medo excessivo em magoar
o outro. Com medo da perda e abandono, esses indivíduos pensam muito mais nas
outras pessoas do que em si, deixando de fazer coisas que gostam, para satisfazer
aos outros.
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Eles são propensos a envolverem-se em relacionamentos perturbadores, com


tendências sadomasoquistas, muitas vezes aceitando atitudes abusivas contra si.
Por isso, a insatisfação é constante e o sentimento crónico de tristeza é comum
nessas pessoas, uma vez que tornam-se pessoas excessivamente submissas aos
outros, muitas vezes deixando-se ser vítimas de maus tratos por parte de outras
pessoas por quais mantêm dependência. Geralmente, possuem medo de machucar
o outro e têm dificuldade em romper tais relacionamentos. Quando terminam,
sentem-se culpados e frequentemente partem desesperadamente em busca de um
novo relacionamento.

Transtorno de personalidade esquiva


Indivíduos que são excessivamente tímidos, com grande ansiedade na vida
social, sendo que frequentemente carregam um sentimento de inferioridade em
relação às outras pessoas. Via de regra, têm uma baixa auto-estima e temem serem
ridicularizados ou criticados em público.

Na realidade, anseiam contato íntimo entre as pessoas, mas com medo de serem
ridicularizados, envergonham-se e se isolam socialmente. Eles podem evitar
festas, lugares cheios de pessoas e outras ocasiões sociais que poderão ser o centro
das atenções, sendo que muitas vezes não têm amigos. Por vezes, carregam grande
sofrimento pois têm uma grande vontade de se relacionar com outros, mas não
conseguem por conta da vergonha e timidez excessiva que enfrentam ao deparar-
se com outras pessoas.

Transtorno de personalidade obsessivo-compulsiva


São pessoas teimosas e inflexíveis, excessivamente organizadas, temendo
descuidos, desorganizações, sujeira ou qualquer outra forma de "bagunça". Elas
priorizam o correto e organizado, podendo gastar muito tempo trabalhando,
estudando ou limpando, deixando de lado relacionamentos, diversão e lazer

Além disso, elas tendem a fazer seus deveres a sós porque temem que
outras pessoas não irão fazer correctamente. Nos seus relacionamentos, eles
podem ser um pouco distantes ou isolados e aparentar frieza emocional. Com
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frequência têm dificuldade em desfazer-se de velharias e colecções, podendo


acumular muitos utensílios, móveis e objectos antigos. Via de regra, se
sobrecarregam em suas actividades, algumas vezes desenvolvem compulsão
desenfreada para o trabalho.

Avaliação psicológica
O conceito de avaliação psicológica é amplo, e se refere ao modo de conhecer
fenómenos e processos psicológicos por meio de procedimentos de diagnósticos e
prognósticos, criando as condições para a colecta de dados e permitindo
dimensionar esse conhecimento (Anchieri & Cruz, 2003).

Pode-se afirmar também que a Avaliação Psicológica é um conjunto de


procedimentos para a colecta de informações necessárias e suficientes para
responder às questões relacionadas ao problema que se pretende investigar
(Guzzo, 2001).

Em última instância, a avaliação psicológica visa a construção de conhecimentos


acerca de aspectos psicológicos, com a finalidade de produzir, orientar, monitorar
e encaminhar acções e intervenções sobre a pessoa avaliada, e, portanto, requer
cuidados no planeamento, na análise e na síntese dos resultados obtidos (CFP,
2010).

Esse tipo de processo é a base da actuação do psicólogo, seja qual for sua área de
actuação [clínica, escolar, organizacional, jurídica, e outras] (CFP, 2010).
Essa construção de conhecimentos sobre os aspectos psicológicos ocorre por meio
de um processo técnico-científico de colecta de dados, estudos e interpretação de
informações a respeito dos fenómenos psicológicos, utilizando-se, para tanto, de
métodos, técnicas e instrumentos psicológicos (CFP, 2010).

Ao conduzir um processo de avaliação psicológica, é necessário que o psicólogo


considere em sua análise os condicionantes históricos e sociais e seus efeitos no
psiquismo (CFP, 2010).
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A atenção do psicólogo a esses factores e sua consideração a esse respeito, ao


apresentar os resultados, visa a favorecer tanto a prestação de intervenções sobre o
indivíduo avaliado, como também possibilitar modificações dos próprios
condicionantes, os quais se fazem presentes desde a formulação da demanda até a
conclusão do processo de avaliação psicológica (Resolução do CFP nº 007/2003).

O foco da atenção durante o processo de avaliação psicológica deve estar na


pessoa examinada e não exclusivamente em torno do instrumento de avaliação
(CFP,2010).

O psicólogo deve buscar compreender os possíveis efeitos intervenientes que


repercutem na qualidade e validade dos dados, tais como o cansaço, os problemas
na cooperação e a distorção consciente e intencional das respostas. Caso contrário,
corresse um risco considerável de se encontrarem resultados inválidos (Tavares,
2003).

Psicodiagnóstico
O psicodiagnóstico pode ser compreendido como uma forma específica de
avaliação psicológica, conduzida com propósitos clínicos e visando identificar
forças e fraquezas no funcionamento psíquico, tendo como expectativa a descrição
e compreensão, o mais profunda e completamente possível da personalidade do
paciente ou do grupo familiar (Cunha, 2002; OCampo, 2003).

Essa investigação se configura como um processo científico, limitado no tempo,


que utiliza técnicas e testes psicodiagnósticos ( ), seja para entender problemas à
luz de pressupostos teóricos, identificar e avaliar aspectos específicos, seja para
classificar o caso e prever seu curso possível, comunicando os resultados ( ), a
partir dos quais são propostas soluções (Cunha e cols., 2002; Anchieri & Cruz,
2003).
Esse processo é bi-pessoal (psicólogo examinando), cujo propósito é investigar
alguns aspectos em particular, de acordo com a sintomatologia e informações da
indicação ou queixa, ou ainda favorecer a identificação de recursos potenciais e
possibilidades do examinando. É importante que o profissional, ao conduzir o
processo psicodiagnóstico, busque considerar o sujeito em exame como um ser
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mutável e dinâmico, situado num mundo maior que o da consulta psicológica,


sendo multideterminado e atuando ativamente sobre sua realidade (Cunha e cols.,
2002).
Nessa perspectiva, os contextos sociocultural e familiar devem ocupar um lugar
importante no estudo da personalidade de um indivíduo, já que é de onde ele
provém (Arzeno, 1995).

O psicodiagnóstico possibilita uma avaliação global da personalidade do paciente,


determinação da natureza, intensidade e relevância dos distúrbios, fornecimento
de subsídios a demais profissionais, definição do tipo de intervenção terapêutica,
prognóstico da evolução terapêutica e pesquisa psicológica (Cunha e cols., 2002).

Conclusão
No âmbito da realização do trabalho foi me possível destacar ou notar três
tipos de distúrbios da personalidade, Grupo A (transtornos excêntricos ou
estranhos); Grupo B (transtornos dramáticos, imprevisíveis ou irregulares);
Grupo C (transtornos ansiosos ou receosos).
Com isso indivíduo de cada grupo apresentam comportamento. E para identificar
ou fazer o diagnóstico desses distúrbios parte da do individuo cognição
(percepção de si mesmo, dos outros ou de eventos);
Afecto (o alcance, a intensidade, a maleabilidade e a conveniência das respostas
emocionais) Funcionamento interpessoal e Controle do impulso.
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Referencias Bibliográficas
 Dalgalarrondo, Paulo (2000). Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais.
Porto Alegre: Artes médicas.
 Lazarus, R. S. (1966). Psychological stress and the coping process. New York:
McGraw-Hill.
 James, William (1890). The principles of psychology (Vol. 1).New York: Holt.
 https://www.wikipedia.org
 Carvalho Lucas de Francisco (2008). Construção e inventário dos transtornos da
personalidade. Dissertação sobre os transtornos da personalidade.

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