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BATATAIS
2009
EDITH RAQUEL BIGARELI
Trabalho de Conclusão de
Curso apresentado ao
Centro Universitário
Claretiano para obtenção do
título de especialista em:
Arte - Educação.
Orientador: Prof(º) Renato
Tocantins Sampaio.
BATATAIS
2009
EDITH RAQUEL BIGARELI
Orientador : ____________________________________________________
Examinador(a): ___________________________________________________
Batatais, ______ de ___________________________ de 2009.
negativos por outros mais otimistas é um fenômeno que vem ocorrendo nas escolas e
nos lares. Instigada por esse processo, busquei neste artigo analisar discussões de
conhecidas das crianças, tal como exemplo: Boi, boi, boi... Boi da cara preta, pega essa
Nas entrevistas que realizei pude constatar que as opiniões são bastante
divergentes quanto ao assunto, sendo que alguns são radicalmente contra a alteração do
favoráveis, pontuando que uma visão mais otimista favorece atitudes melhores. E há
ainda os que pensam que a troca, assim como quaisquer brincadeiras e atividades de
paródia, pode acontecer desde que não deixemos de trazer o contexto, a explicação
reflexões inicias já pude tecer algumas considerações e caminhos sobre o meu pensar e
agir a partir do fenômeno que ocorre com as canções infantis. Pela minha experiência e
somada ao respeito por todos os seres vivos e a uma boa qualidade de ensino levará à
INTRODUÇÃO
Nino é um canário marrom que veio morar em nossa casa quando eu ainda era
óbvio aconteceu, não pudemos devolvê-lo. Passou a ser o mascote da casa. Todos os
dias ao final da tarde na hora dele dormir, eu pegava jiló, colocava sementes em meu
dedo e o Nino aprendeu a comer ali. Eu cantava bem baixinho pra ele, Boi da cara
preta, várias vezes. Ele fixava seus olhinhos no meu sem piscar, como se estivesse me
dizendo alguma coisa. Enquanto eu cantava aquela música podia perceber que o sono
vinha vindo, que aquilo o tranqüilizava. Desde então já pensava: como uma música de
folclóricas, das brincadeiras de roda que sempre foram recebidas com entusiasmo e
toda a aula. Nessa época (1992), não levantei nenhum tipo de questionamento ainda em
relação às letras das canções. Nem eu, nem as crianças! Não havia problema algum com
essas músicas, pelo contrário, eram e ainda são muito utilizadas nas escolas e no
recém nascido com sua mãe. Porém, quando me viu ela fugiu assustada e não voltou,
deixando-o para trás. Eu nunca tive gatos (e nenhum animal de estimação, além do
canário) e me desesperei, pois não podia deixá-lo morrer de fome. Saí à procura de
ajuda e foi muito difícil, não existia em minha cidade uma associação que amparasse
animais abandonados. Nesta busca, conheci pessoas boas dispostas a ajudar porque
amavam animais. Diante deste e outros problemas referentes a animais que apareceram
em minha vida, ajudei a criar a APA, Associação Protetora dos Animais “São Francisco
de Assis” em Jacareí, SP, a qual sou voluntária até hoje. Foi uma maneira encontrada de
exercer minha cidadania. Minha casa é repleta de cães e gatos, que já não tinham um lar
incondicional que eles dispensam a nós, mudou a minha vida e ouvir alguém a cantar
sobrinha têm hoje a mesma idade, dois anos, e foi brincando com as crianças que
começamos a trocar as letras das canções. Inventávamos na hora. Meu cunhado
improvisando cantou: Boi, boi, boi, boi da cara preta, pega esta menina e dá uma volta
para não esquecer. Por vezes, acrescentávamos duas ou mais versões a uma mesma
canção. Além dessa brincadeira, começamos a compor várias músicas com foco na
infância, com letras que vivenciam o universo infantil, divertidas, cantando rotinas,
família, televisão, brinquedos, animais, amigos, escola, passeios e com especial atenção
voltada à natureza.
Retornando ao aspecto das letras das nossas canções folclóricas, sobre cantar
alegrias e não violências ou ainda decepções, iniciei uma pesquisa na internet, em sites,
blogs, buscando estudos e pesquisas sobre o assunto. Meu interesse pelo tema cresceu, e
constatar que são poucos os estudos na área, como aponta Veríssimo de Melo:
DESENVOLVIMENTO
A ludicidade está presente nos ritmos variados e nas melodias das cantigas de
roda, que sempre sugerem uma brincadeira, contém letras simples de fácil
memorização.
polêmica envolvendo a troca das letras das canções tradicionais, que em seu contexto
corretas”. A minha pretensão em relação a este assunto é descobrir até que ponto esta
mudança afeta a história do nosso folclore e refletir sobre a percepção das crianças em
das experiências vivenciadas por mim em sala de aula e também a partir dos resultados
de uma entrevista que estou realizando com diversos educadores e profissionais das
mais variadas áreas. Estou encontrando uma acirrada discussão em torno do assunto. Há
que apóiam a troca, alegando que as crianças são influenciadas pelas letras das canções.
que mora nos Estados Unidos e trabalha como babá, faz relações entre a baixa estima do
povo brasileiro e as letras das nossas canções folclóricas infantis. A mesma diz sentir-se
acolhedoras e não ameaçadoras como as daqui. Por outro lado, afirma que a garotinha
que ela fazia adormecer em seu colo, adorava a música Boi da cara preta. Conclui-se
então, que a criança ficou envolvida com a melodia da canção, pois não compreendia a
Consolaro, que coordena um site na internet, compara essa discussão à outra também
alusiva que são os filmes ou até mesmo os desenhos animados com cenas de violência
que as crianças assistem na TV. Sobre as canções, o autor destaca a época e o contexto
em que surgiram, tempo em que as escravas faziam ninar em seus braços, filhos de
Sinhá, por quem não tinham nenhum amor, já que os escravos eram maltratados e
perseguidos.
nosso folclore. O colega respondeu com convicção que as canções infantis eram
colega, quis saber o que as canções estrangeiras tinham de melhor a oferecer. Pesquisou
no Google as palavras “nursery rhymes”, que em nossa língua quer dizer rimas de
berçário, ou cantigas de ninar, e o que encontrou foram canções nada diferente das
Rock a bye baby on the tree top, Balance um “adeus bebê” no topo da
árvore,
When the wind blows the cradle will rock,
Quando o vento soprar o berço irá
When the bough breaks the cradle will
balançar,
fall,
E quando o galho quebrar o berço cairá,
And down will come baby, cradle and all.
E abaixo virá o bebê, berço e tudo.
Acredita que as crianças, desde cedo, devem aprender a lidar com situações de conflito
e que isso servirá como base para enfrentar as dificuldades da vida, e que, retirada essas
situações das canções e/ou histórias infantis a própria formação será prejudicada.
Afirma ainda que nunca matou um animal por cantar Atirei o pau no gato.
alterar as letras das canções, pode afastar a juventude das histórias tradicionais. Ressalta
ainda que se atitudes não forem tomadas, num futuro próximo não contaremos mais a
Assim como no conto de fadas existe o bem e o mal, o corajoso herói que luta
agressividade e defende que ela não é prejudicial ao ser humano e sim um complemento
aquele em que existe amor e força para que ela não tenha medo de lidar com seus
sentimentos e fantasias, usando assim, a agressividade como uma força produtiva, que
se desenvolve pelo simples ato de brincar, em que o prazer físico e emocional presente
Modernidade e as mudanças ocorridas com o tempo, que não acontecem por aceitação e
sim por uma imposição coletiva. Em relação às escolas que não cantam mais Atirei o
pau no gato ou mesmo que não permitam a briga do Cravo com a Rosa, questiona se a
conquistado, afinal, um pai violento que só grita com seus filhos nunca poderá
transmitir-lhes nenhum valor de paz, mesmo que leia qualquer história “politicamente
correta”.
Obeid chama a atenção também para outras formas de violência explícita nas
tradições culturais como a farra do boi, rodeios e mesmo um circo que ainda exibe
animais para diversão humana. São claramente exemplos de maus tratos aos animais
que mesmo assim são carimbados de “folclore”. Destaca ainda que a coleta seletiva não
realizada por muitas escolas, embora embutidas em todo um discurso, também é uma
forma de violência, que agride o meio ambiente, a nós mesmos e às futuras gerações, e
que professores de arte ainda insistem em fazer trabalhos em isopor em sala de aula.
Concordo com o autor quando pontua que é trabalho árduo mudar os velhos hábitos, e
que uma mudança verdadeira, consciente, de respeito e harmonia também faz parte da
tradição.
revista VEJA, escreve sobre esse polêmico assunto das “novas versões” das canções
corretas” a pedido dos pais dos alunos. Porém, são apresentadas as duas versões às
crianças, para que elas mesmas sejam capazes de discernir o certo e o errado, explica a
coordenadora.
nós: “O politicamente correto ensejaria, portanto, uma robótica das relações sociais.
(BESSA,www.polemica.uerj.br).
Analisando as respostas das entrevistas sobre a troca das letras das canções por
Barbosa, 38 anos, acredita que esse não seja o melhor caminho para educar as crianças;
ela não vê nenhum problema nas letras originais das canções e que a troca não faria
crianças melhores. Coloca ainda que saudável é viver num ambiente pautado de
respeito, sob a vigilância dos pais e onde os mesmos, dentro desse contexto, não percam
a autoridade sobre seus filhos e se preocupem mais com a violência explícita nos jogos
portuguesa adorou quando sua netinha cantou Não atire o pau no gato e comenta que o
amor pelos animais pode deixar marcas profundas através da música. Crê firmemente
que cantar “alegrias” mais do que outras coisas faz crianças melhores. Completa ainda
que sua personalidade é marcante e que se ela recebe uma informação no lar baseada
nos valores éticos, morais e religiosos, não é uma letra de música que a desvirtuará.
anos, formado em Comunicação Social, mesmo que haja uma questão ligada à
preservação da história do folclore, uma abordagem mais positiva das letras é válida,
pois as palavras têm poder e que se é correto que as crianças acostumem desde cedo a
lidar com conflitos e à realidade da vida, que nem sempre é só alegria, letras mais
positivas contribuem para um estado de alma mais otimista e uma melhor projeção do
responsabilidade social coloca que a língua portuguesa vem sofrendo várias alterações
ao longo do tempo e que as canções também podem se transformar, porém defende que
as letras das músicas devem ser mantidas em sua originalidade, devendo ser passada de
geração em geração como resgate das tradições folclóricas. Não acredita que cantar as
novas versões pode formar crianças melhores porque elas não são como nós, adultos,
não estão preocupadas com as letras das músicas e sim com a brincadeira inserida nela.
mudança, mesmo que pareça politicamente correta. Afirma que mudar o folclore é como
negar ou matar nossas raízes. Relata que durante toda a sua infância cantou Atirei o pau
no gato e, no entanto, por amor aos animais tornou-se veterinário e que a formação do
caráter das crianças depende da boa educação e bons exemplos transmitidos pelos pais,
aos quais, muitos hoje em dia, transferem essa responsabilidade para a escola. Acredita
que o ensino da música sim, pode lapidar o caráter não só das crianças, mas de todo ser
humano.
pensa que a escola deve oferecer à criança a oportunidade de entrar em contato com
folclórico, cantar sua melodia e buscar seu referencial de vida além de outras propostas
que traduzam a realidade atual, recriando não só a letra, como também criando novas
melodias para expressar o que pensa e sente. Neste sentido, o educador, embora possa
fazer intervenções que achar pertinente, deverá acima de tudo, respeitar e valorizar a
Sobre a versão original de Atirei o pau no gato, ele não acredita que a criança
possa tomar ao pé da letra o que diz a música, pois se assim fosse, os gatos estariam
extintos. Lembra de um episódio de sua infância, que achou engraçado jogar torrões de
terra nas patas de um cachorro, só para vê-lo pular, até que um desses torrões acertou-
lhe a pata e ele latiu de dor. No mesmo instante, com o coração partido, a brincadeira
transformou-se em arrependimento. Neste caso, vê a questão principal em como a
criança está sendo educada e orientada em seu entorno e completa que, por ser o
folclóricas nunca serão as mesmas, por mais esforço que façamos em reproduzi-las com
fidelidade. O que importa não é obedecer “liturgicamente” os ritos, mas sim entender a
razão de ser do folclore, que é um desejo coletivo de pessoas que comungam o mesmo
espírito e que se identificam enquanto comunidade e que faça memória que se atualiza
na vida das pessoas, que hoje absortas num mundo virtual, tenham deixado de exercer a
magia do encontro que ele propicia. Alterar a letra com um propósito de contextualizar
sempre bom estabelecer a referência, fazer memória, cultuar o antigo e saudar o novo.
sociedade, a família e a escola estejam passando por uma fase delicada em termos de
Sarah do Carmo Bandicioli, advogada, 34 anos, não gostou das músicas que
ouviu com as letras alteradas. Acha que o problema ligado a violência nada tem a ver
Sobre trocar a letra de O Cravo brigou com a Rosa, disse que se perderá toda a poesia
da música.
O músico Agnaldo Dias, 39 anos, vê esse assunto como uma falha no processo
desconhecimento da forma original, pela falta de registro físico e que assim sendo, essas
alterações não causarão estranheza a quem o tenha como novo. Sob seu ponto de vista
isso é uma violação de produto cultural e faz uma comparação semelhante a de Ilan
Brenmam já citado neste artigo, onde imagina um Saci-Pererê sem cachimbo e em vez
de chamá-lo de perneta ou de uma perna só, tenha que se referir a ele dizendo “ aquele
inferiores”.
Como participa de minhas conversas e discussões sobre o tema, fiquei curiosa para
saber o que pensa sobre o assunto. Sobre a alteração nas letras das músicas, ela acha
boa, pois assim afasta a idéia de violência e “terrorismo”. Terrorismo? Bem, foi isso que
ela disse, talvez não tenha encontrado a palavra correta para se expressar. Quanto a
alterar a história do folclore, acredita que a mudança é para melhor e que isso é sinal de
que a humanidade também está mudando, percebendo com bons olhos os seres vivos e o
planeta num sentido geral. Porém considera muito importante uma explicação para as
Fiz uma pergunta sobre o que as pessoas prestam atenção primeiramente quando
pobrezinha além de estar com a cabeça quebrada ainda merecia umas palmadas e sugeri
que tentassem substituir uma letra mais “otimista” para a mesma melodia. Eis o
resultado:
Samba Lelê está contente/está toda enamorada/agora é que a morena bonita/vai dar
boas risadas...
Samba Lelê está contente/está toda animada/ela ganhou o presente/que há tanto tempo
esperava...
Outras pessoas disseram que a letra está boa do jeito que está outras que nada
precisa ser alterado ou ainda que não conseguiram imaginar outra letra para esta música.
tempo afastada da sala de aula, mas pretendo voltar em breve. Então, elaborei algumas
está oficina com crianças de cinco anos de uma escola municipal cuja professora, minha
amiga, achou interessante este assunto. Levei o teclado para cantar com elas e comecei a
tocar algumas melodias, entre elas: Pirulito que bate-bate, Ciranda cirandinha, Atirei o
pau no gato, entre outras. A tarefa foi adivinhar que música eu estava tocando e elas
acertaram todas. Em seguida, usando as músicas já ouvidas, eu bati o ritmo com palmas
e pés e elas tiveram que descobrir a música. Acertaram também. Depois brincamos de
roda e para encerrar eu disse a elas que cantaríamos algumas músicas que elas já
conheciam. Esse momento foi o mais esperado para mim, pois comecei a cantar Não
atire o pau no gato e imediatamente elas me falaram que “não era assim”, que eu estava
cantando errado. Depois de pedir a elas que cantassem a maneira correta para eu
aprender conversamos sobre animais. Todos tinham uma história pra contar de seus
animais de estimação e quando não tinham, falavam dos animais de seus vizinhos, avós
e assim por diante. Uns falaram que gostam mais de cachorros, outros que gostam mais
de gatos. Um garoto disse que o certo era cantar Atirei o pau no gato, mas que isso era
só de brincadeira, que se jogassem um pau no gatinho que ele ficaria machucado e que
ia doer.
Com a música O Cravo e a Rosa, em vez de cantar, iniciei uma discussão sobre
a letra e perguntei por que será que o cravo tinha brigado com a rosa. Responderam-me
que a rosa tem espinhos e machucou o cravo, que o cravo beijou outra flor, etc., mas
que no final eles iam fazer as pazes, que não foi uma briga séria.
Infelizmente o tempo foi curto para as oficinas com crianças, mas esse resultado
era o esperado por mim. As crianças conhecem as canções folclóricas, elas ainda se
CONCLUSÃO
do nosso folclore, registra também doces recordações de uma fase muito importante
para todos nós, que foi a infância. Porém, uma infância um pouco diferente das crianças
de hoje. Não tínhamos malícia nem vídeo game, nem computador, muito menos escola
Por acreditar que a nossa cultura popular é um tesouro valioso, tanto para nós
como para nossas crianças, é que senti a necessidade de buscar mais informações e
pesquisar sobre o tema aqui apresentado, a fim de resgatar e divulgar as canções, jogos
e brincadeiras tradicionais relacionados ao folclore brasileiro, os quais Veríssimo de
hoje, sob os olhos de alguns pais e profissionais, são consideradas como sendo
com a Rosa.
Acredito que existe sim uma preocupação com essas letras e que são vistas com
bons olhos, pois se os adultos de outrora não se importavam em cantar Atirei o pau no
gato, felizmente os de hoje se preocupam, mas não concordo com o foco que se tem
dado a esse assunto. Existe algo mais importante a ser resgatado antes de trocarmos as
letras de canções que trazem uma bagagem que pertence a nós, que é contar a história
disso tudo para as crianças, contextualizar, pois as crianças não estão preocupadas com
A cultura também tem caráter dinâmico e não podemos nos esquecer disso.
Qualquer pessoa pode acrescentar a sua versão numa música, desde que compreenda
que não é a única, pois em cultura popular não existe isso. Fala-se muito em “preservar
imagine então pelo Brasil afora quantas versões diferentes e modificadas encontraremos
da mesma música.
ato de brincar, no caráter lúdico da música que a criança se concentra. Não podemos
Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, perguntou a 3.000 crianças o que elas
eram seres assustadores: 83% responderam que nem sequer prestavam atenção à letra.
para um futuro brilhante e que aprenda a respeitar a nossa gente, através do ensino da
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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<http://musicaecultura.ufba.br/numero_2/artigo_ribeiro_04.htm> Acesso em
08/11/2009
<http://brincandocomcores.blogspot.com/2009/07/musicas-folcloricas-para-