Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Palhoça
2018
EDUARDO CLASEN INACIO
WILLIAN MOREIRA GOMES
Palhoça
2018
Dedicamos este trabalho as pessoas que
estiveram diariamente ao nosso lado. Aos
nossos pais, famílias e amigos.
AGRADECIMENTOS
Eduardo agradece a:
Agradeço primeiramente a Deus, por ter me dado o dom da vida e ter me abençoado
em momentos delicados vividos no último ano.
Agradeço aos meus pais, Isolete Clasen Inacio e Vanderlei Inacio, pelos
ensinamentos e por me fazer ser a pessoa que sou hoje, a minha irmã, Juliana Clasen Inacio,
por sempre estar do meu lado em todos os momentos. Agradeço a incrível paciência da minha
família e amigos nesses cinco anos em que estive ausente. Foram muitos finais de semana
estudando, muitas comemorações em que não pude estar onde eu realmente gostaria de estar.
Aos meus amigos dessa caminhada Willian Moreira Gomes e Matheus Trierveiler
pelos longos finais de semana de estudos. E também a minha namorada Amanda Mendes
Ferreira Gomes por me acompanhar nessa caminhada, me dando suporte, amor e carinho.
Agradeço também ao nosso orientador Fabiano Max da Costa pelo empenho e o
tempo investido neste trabalho. Ao professor Paulo Roberto May, pelo incentivo aos estudos e
exemplo de profissional durante toda a graduação. Ao Luciano Pedro Demoro por todas suas
contribuições que fizeram com que nosso trabalho alcançasse outro patamar de excelência.
Willian agradece a:
A Deus por ter me dado saúde e forças para concretizar meu sonho e superar as
minhas dificuldades.
Em especial, aos meus Pais, Custódio Gomes e Maria José Moreira Gomes que,
durante todos esses anos, me educaram e ajudaram a formar o meu caráter, sempre incentivando
os meus estudos. Agradeço por dedicar a mim, neste momento tão importante e decisivo, toda
a sua paciência e compreensão.
Agradeço muito, em especial a minha esposa Vanderléia, nossas filhas, Millena e
Sofia, e nossa neta Lavínia, pelo amor incondicional, apoio, motivação, paciência e
compreensão durante os vários momentos de ausência, por estarem junto comigo em todos os
momentos bons e ruins desde o começo da faculdade, apoiando e acreditando em mim quando
eu já não acreditava mais.
Também quero agradecer muito, a Amanda, o Eduardo e o Matheus, amigos que
fiz durante esse curso, muito obrigado pelos vários finais de semana que estudamos juntos, pela
amizade e apoio, foi uma jornada com muitos obstáculos e imprevistos no caminho, que eu não
teria conseguido atravessar sem o suporte de cada um de vocês.
Aos meus amigos, pelo apoio e paciência nesses anos, que por muitas vezes
aguentaram minhas reclamações nos momentos de dificuldade, e me fizeram continuar firme
na jornada. Pessoas que certamente são muito especiais em minha vida.
Agradeço ao Fabiano Max da Costa, por ter aceitado esse desafio e ter
desempenhado seu papel com excelência, ao Luciano Pedro Demoro, pelas orientações,
dedicação, empenho e conhecimentos repassados, e ao Paulo Roberto May, por todo tempo
investido para que nosso trabalho ficasse cada dia melhor. Obrigado por ajudarem neste
momento difícil.
A todas as pessoas que contribuíram direta ou indiretamente para que esse trabalho
fosse realizado. Um muito obrigado a todos vocês!
“Há uma força motriz mais poderosa que o vapor, a eletricidade e a energia atômica:
a vontade.” (Albert Einstein).
RESUMO
1 INTRODUÇÃO................................................................................................................. 12
1.1 TEMA .............................................................................................................................. 13
1.2 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................ 13
1.3 OBJETIVO ...................................................................................................................... 14
1.3.1 Objetivo Geral ............................................................................................................. 14
1.3.2 Objetivos Específicos: ................................................................................................. 14
1.4 LIMITAÇÕES ................................................................................................................. 14
1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO .................................................................................... 15
1.6 METODOLOGIA ............................................................................................................ 15
2 REFERENCIAL TEÓRICO ........................................................................................... 17
2.1 BIM .................................................................................................................................. 17
2.1.1 Softwares ...................................................................................................................... 18
2.1.1.1 Revit ........................................................................................................................... 19
2.1.1.2 Navisworks ................................................................................................................. 20
2.1.1.3 Solibri ......................................................................................................................... 21
2.1.2 Níveis de desenvolvimento (ND ou LOD).................................................................. 22
2.2 SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA ......................................................................... 25
2.2.1 Geração ........................................................................................................................ 25
2.2.2 Transmissão ................................................................................................................. 26
2.2.3 Distribuição .................................................................................................................. 29
2.3 PADRÕES DE REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA................... 30
2.3.1 Rede de Distribuição Aérea Convencional ............................................................... 31
2.3.2 Rede de Distribuição Aérea Compacta ..................................................................... 33
2.3.3 Rede de Distribuição Aérea Multiplexada / Rede de Distribuição Aérea Isolada 34
2.3.4 Rede de Distribuição Subterrânea ............................................................................. 35
2.4 REDE DE DISTRIBUIÇÃO SUBTERRÂNEA DE ENERGIA ELÉTRICA ................ 36
2.4.1 Redes Subterrâneas de Energia Elétrica no Mundo ................................................ 37
2.4.2 Redes Subterrâneas no Brasil .................................................................................... 39
2.4.3 Configurações das Redes Subterrâneas .................................................................... 41
2.4.4 Compartilhamento do Subsolo................................................................................... 44
2.4.5 Equipamentos e Principais Materiais........................................................................ 45
2.4.5.1 Transformadores de Distribuição ............................................................................... 46
2.4.5.2 Chaves Primárias de Média Tensão ........................................................................... 47
2.4.5.3 Barramentos Modulares Isolados ............................................................................... 48
2.4.5.4 Quadro de Distribuição de Baixa Tensão Tipo Pedestal ............................................ 49
2.4.5.5 Caixa de Passagem e Inspeção ................................................................................... 50
2.4.5.6 Condutores de Baixa e Média Tensão ........................................................................ 51
2.4.5.7 Acessórios para Condutores ....................................................................................... 52
2.5 COMPARATIVOS .......................................................................................................... 53
2.5.1 Critérios de Projeto ..................................................................................................... 53
2.5.2 Localização dos Transformadores e Quadros de Distribuição em Pedestal – QDP
55
2.5.3 Determinação da Demanda ........................................................................................ 56
2.5.4 Dimensionamento dos Transformadores .................................................................. 59
2.5.5 Configuração da Rede e Dimensionamento de Condutores – Rede Primária ....... 60
2.5.6 Dimensionamento de Condutores – Rede Secundária ............................................. 67
2.5.7 Dimensionamento do Quadro de Distribuição em Pedestal – QDP ....................... 71
2.5.8 Poste de Transição....................................................................................................... 76
2.5.9 Chave de Média Tensão .............................................................................................. 81
2.5.10 Terminais Desconectáveis ........................................................................................... 83
2.5.11 Indicador de Defeitos .................................................................................................. 84
2.5.12 Caixa de Passagem e Inspeção ................................................................................... 85
2.5.13 Banco de Dutos ............................................................................................................ 87
2.5.14 Aterramento................................................................................................................. 89
2.5.15 Iluminação Pública e Outros Serviços....................................................................... 92
3 DESENVOLVIMENTO ................................................................................................... 93
3.1 PROJETO CONFORME CRITÉRIOS DA CELESC D ................................................. 94
3.1.1 Localização dos Transformadores e Quadros de Distribuição em Pedestal – QDP
94
3.1.2 Determinação da Demanda ........................................................................................ 94
3.1.3 Dimensionamento dos Transformadores .................................................................. 95
3.1.4 Dimensionamento de Condutores – Rede Primária ................................................. 96
3.1.5 Dimensionamento de Condutores – Rede Secundária ............................................. 98
3.1.6 Dimensionamento de Condutores – Iluminação Pública ....................................... 101
3.1.7 Dimensionamento do Quadro de Distribuição em Pedestal – QDP ..................... 102
3.1.8 Poste de Transição..................................................................................................... 104
3.1.9 Terminais Desconectáveis e Indicador de Defeitos ................................................ 104
3.1.10 Caixa de Passagem e Inspeção e Banco de Dutos ................................................... 104
3.1.11 Aterramento............................................................................................................... 105
3.1.12 Outros Serviços.......................................................................................................... 105
3.2 PROJETO CONFORME CRITÉRIOS DA CPFL ENERGIA ...................................... 106
3.2.1 Localização dos Transformadores e Quadros de Distribuição em Pedestal – QDP
106
3.2.2 Determinação da Demanda ...................................................................................... 106
3.2.3 Dimensionamento dos Transformadores ................................................................ 109
3.2.4 Dimensionamento de Condutores – Rede Primária ............................................... 109
3.2.5 Dimensionamento de Condutores – Rede Secundária ........................................... 110
3.2.6 Dimensionamento de Condutores – Iluminação Pública ....................................... 112
3.2.7 Dimensionamento do Quadro de Distribuição em Pedestal – QDP ..................... 112
3.2.8 Poste de Transição..................................................................................................... 114
3.2.9 Terminais Desconectáveis e Indicador de Defeitos ................................................ 114
3.2.10 Caixa de Passagem e Inspeção e Banco de Dutos ................................................... 115
3.2.11 Aterramento............................................................................................................... 116
3.2.12 Outros Serviços.......................................................................................................... 116
3.3 PROJETO CONFORME CRITÉRIOS DA CEMIG D ................................................. 116
3.3.1 Localização dos Transformadores e Quadros de Distribuição em Pedestal – QDP
117
3.3.2 Determinação da Demanda ...................................................................................... 117
3.3.3 Dimensionamento dos Transformadores ................................................................ 118
3.3.4 Dimensionamento de Condutores – Rede Primária ............................................... 119
3.3.5 Dimensionamento de Condutores – Rede Secundária ........................................... 119
3.3.6 Dimensionamento de Condutores – Iluminação Pública ....................................... 121
3.3.7 Dimensionamento do Quadro de Distribuição em Pedestal – QDP ..................... 122
3.3.8 Poste de Transição..................................................................................................... 124
3.3.9 Chave de Média Tensão ............................................................................................ 124
3.3.10 Terminais Desconectáveis e Indicador de Defeitos ................................................ 124
3.3.11 Caixa de Passagem e Inspeção e Banco de Dutos ................................................... 125
3.3.12 Aterramento............................................................................................................... 126
3.3.13 Outros Serviços.......................................................................................................... 126
3.4 CONSIDERAÇÕES FINIAS DO CAPÍTULO ............................................................. 127
4 CONCLUSÃO ................................................................................................................. 134
4.1 SUGESTÕES PARA NOVOS TRABALHOS ............................................................. 135
REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 136
ANEXOS ............................................................................................................................... 144
ANEXO A – CÁLCULO DE QUEDA DE TENSÃO – CELESC D ............................ 145
ANEXO B – CÁLCULO DE QUEDA DE TENSÃO – CPFL ENERGIA ..................... 147
ANEXO C – CÁLCULO DE QUEDA DE TENSÃO – CEMIG D .................................. 149
ANEXO D – PROJETO – CELESC D ............................................................................... 152
ANEXO E – PROJETO – CPFL ENERGIA ..................................................................... 153
ANEXO F – PROJETO – CEMIG D ................................................................................. 154
12
1 INTRODUÇÃO
1.1 TEMA
1.2 JUSTIFICATIVA
1.3 OBJETIVO
1.4 LIMITAÇÕES
Este trabalho não tem como objetivo julgar os métodos utilizados pelas
concessionárias de energia elétrica para composição de suas redes, mas, sim, comparar as
diferentes topologias utilizadas, fazendo um levantamento entre suas principais diferenças e
semelhanças.
Não se deseja também tratar da forma com que os trabalhos de campo devem ser
executados, objetiva-se prestar alguns esclarecimentos necessários para uma maior
compreensão do projeto. As recomendações e comentários que se seguem deverão servir como
guia, apenas para o dimensionamento dos transformadores e equipamentos de proteção,
comando e operação e o levantamento de custos da implantação da rede, abrangendo os custos
de mão de obra, material e projeto.
15
1.6 METODOLOGIA
Essas pesquisas serão realizadas nas normas técnicas das concessionárias, NBRs,
livros, artigos científicos, dentre outros.
Será utilizado o software Revit para o desenvolvimento do projeto em BIM, onde
será modelado um estudo de caso, que conforme Yin (2001):
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 BIM
O BIM pode ser entendido como uma espécie de “caixa”, onde, em um momento
inicial, alimentamos essa caixa com informações de cada elemento utilizado na construção.
Tomando, como exemplo, um transformador, adicionamos sua potência, tamanho, peso, tempo
levado para instalação, fornecedores, valor, entre outros. Já, em um segundo momento,
retiramos as informações desta “caixa”, de forma que elas possam ser utilizadas para: gerar
lista de materiais, orçamentos, cronogramas, planejamentos, etc. Ou seja, quanto mais
informações forem agregadas, maior será o número de atividades que poderão ser feitas a partir
delas (SIENGE, 2016).
18
Através do BIM, é possível se ter um projeto muito mais próximo da instalação real,
já que ele possibilita uma espécie de virtualização dos elementos. Desta forma, é possível
detalhar em vários níveis uma determinada planta, facilitando, assim, a observação e correção
de futuras interferências entre os sistemas (clash detection), tornando mais fácil a
compatibilização das diferentes disciplinas, além de evitar gastos desnecessários, que poderiam
vir a ocorrer caso essas interferências não fossem detectadas ainda na fase de projetos.
O intuito de se projetar em BIM é que ele possa agregar todas as partes envolvidas
no planejamento da construção, assim como permitir que os profissionais possam trabalhar no
mesmo projeto, no mesmo arquivo, adicionando os dados que competem a sua área e
observando as atualizações no modelo em tempo real (SIENGE, 2016).
Além de prover a compatibilização dos sistemas, aliada a melhor capacidade de
identificar os clashs, o uso do BIM também permite que se trabalhe de maneira fácil com a
geração de vistas do projeto, já que podem ser aplicados cortes em quaisquer posições de
maneira simples e rápida, possibilitando uma melhor compreensão dos detalhes de uma
determinada parte do projeto. É possível extrair quantitativos de materiais, seguir cronogramas,
prever custos, organizar compras, fazer orçamentos, gerenciar mão de obra e, ainda, permitir
que se tenha uma melhor apresentação do projeto, facilitando a compreensão e a venda para o
cliente final.
Segundo Feitosa (2016):
O BIM vem surgindo como uma nova tecnologia com tendência a se fixar cada vez
mais no mercado, em países como Reino Unido, Holanda, Dinamarca, Finlândia,
Noruega e Estados Unidos da América já exigem o uso do BIM em projetos custeados
pelo governo.
2.1.1 Softwares
A aplicação do conceito BIM não fica restrita a um software único, mas, sim, a um
conglomerado de softwares, não apenas fazendo uma modelagem em 3D, mas também uma
modelagem repleta de informações, formando um conjunto coordenado de processos
19
2.1.1.1 Revit
Por ser capaz de agregar todas as disciplinas envolvidas no projeto em uma única
plataforma, o Revit pode, ainda, diminuir o risco de erros de conversão de dados e o processo
do projeto pode ser mais previsível e confiável.
Uma das barreiras iniciais de se utilizar a ferramenta Revit, assim, como outras
ferramentas com o conceito BIM, há a necessidade de haver uma adaptação dos profissionais à
nova ferramenta. São necessários cursos e treinamentos para que se possa migrar da ferramenta
CAD tradicional para um sistema BIM. Além disso, necessita-se que sejam criadas novas
bibliotecas compostas por inúmeras informações que compõem os elementos da instalação,
permitindo que, futuramente, possam ser aproveitas em outras etapas e processos (SIENGE,
2016).
Por essas necessidades de adaptação, muitas vezes, a ferramenta Revit acaba não
sendo utilizada nos escritórios, apesar de suas inúmeras contribuições para desenvolvimento e
planejamento dos projetos.
2.1.1.2 Navisworks
2.1.1.3 Solibri
O Solibri possui funções mais avançadas que permitem criar filtros mais
sofisticados de acordo com o que se deseja obter. Podem ser incluídos filtros que sejam capazes
22
de detectar rotas de fuga ou acessibilidade, por exemplo. Além disso, ainda, podem ser
extraídas, de forma fácil e rápida, diversas informações que compõem os projetos BIM, gerando
relatórios e quantitativos.
Uma das principais premissas, quando se trabalha com BIM, é que as principais
decisões para a implantação correta da construção sejam tomadas ainda na fase de projeto e não
no canteiro de obra. Para que isso seja possível, faz se necessário um maior desenvolvimento e
detalhamento do modelo em BIM, e é aí que entra o LOD (Level of Development) ou ND (Nível
de Desenvolvimento). O LOD trata de uma classificação recomendada pelo AIA (Instituto
Americano de Arquitetura) à qual se determina o nível de modelagem da informação da
construção em que está se trabalhando. O governo do Estado de Santa Catarina, por exemplo,
possui um caderno orientativo para apresentação de projetos em BIM no qual são tratados os
níveis de desenvolvimento com os quais é possível estabelecer quais informações são
necessárias em cada etapa e determinar um nível de confiabilidade para esses dados.
Assim, como o governo de Santa Catarina desenvolveu um caderno de apresentação
de projetos em BIM, o Instituto Americano de Arquitetura desenvolveu um documento, Project
Building Information Modeling Protocol, no qual são definidos 5 níveis de LOD.
Cada ND trata de uma fase de projeto, onde, ao término de cada etapa, os dados são
configurados e confrontados com resultados obtidos no estágio anterior. Através dessa
checagem de dados, é possível criar indicadores chave de desempenho, os quais são
disponibilizados a todos os envolvidos nas etapas de projeto, garantido, dessa forma, uma
melhor comunicação entre as disciplinas, assim, como auxiliando na tomada de decisões,
fazendo com que esta seja feita em conjunto, procurando-se a melhor solução.
A seguir, são detalhados os níveis de desenvolvimento com base nas
recomendações da AIA e do caderno de apresentação de projetos em BIM do governo de Santa
Catarina.
LOD 100 equivale a fase de estudos preliminares, nessa etapa, os elementos são
representados como um símbolo ou outra representação genérica, praticamente, sem detalhes
ou informações.
Através deste nível de detalhamento do projeto, podem ser feitas estimativas de
custo com base na área inicial, volume ou técnicas de estimativa conceituais similares da
construção. Além disso, o modelo de elemento pode ser usado para estimativa da duração total
do Projeto.
LOD 200 equivale a fase de anteprojeto, nessa etapa, ainda, está se planejando os
elementos e suas características, tamanho, forma, preços, localização e orientação aproximadas.
Os elementos estão próximos do real, mas ainda requerem aprovação para serem executadas.
Com este nível de detalhamento de projetos, é possível: realizar análises de sistemas
selecionados por aplicação de critérios de desempenho generalizados, atribuídos aos elementos
do respectivo modelo; estimar o custo com base nos dados aproximados e técnicas
quantitativas; mostrar a aparência ordenada e escalonada de elementos principais e sistemas;
efetuar coordenação geral com outros elementos do modelo em termos de seu tamanho,
localização e correção para outros elementos do modelo.
24
2.2.1 Geração
2.2.2 Transmissão
De acordo com o ONS (2015), o sistema contava com mais de 129 mil quilômetros
de linhas de transmissão, divido em diversos níveis de tensão, conforme pode ser observado no
Quadro 2.
28
2.2.3 Distribuição
Figura 11 – Estruturas para Rede Distribuição Aérea Convencional com Cruzeta – CELESC
D
Figura 12 – Estruturas para Rede Distribuição Aérea Convencional Tipo Pilar – CELESC D
Na rede convencional tipo pilar, os isoladores são fixados verticalmente nos postes
e nestes são fixadas as redes de média tensão. Por ter seus isoladores fixados diretamente no
poste, este tipo de topologia proporciona uma maior facilidade do uso de circuitos duplos, já
que podem ser utilizados os dois lados do poste, conforme Figura 12.
Figura 13 – Estruturas para Rede Distribuição Aérea Convencional Alta Poluição – CELESC
D
Figura 14 – Estruturas para Rede Distribuição Aérea Compacta com Múltiplos Circuitos –
CELESC D
É importante salientar que este tipo de rede, pela sua própria configuração e por
utilizar condutor protegidos que permitam eventuais contatos dos condutores energizados com
galhos e folhas de árvores, permite um melhor arranjo do circuito elétrico com a arborização
requerendo uma menor área de podas, como podemos observar na Figura 15 referente à
comparação de poda entre a rede convencional e a compacta (CELESC, 2012).
Figura 15 – Comparação de Poda Entre uma Rede Convencional (nua) e a Rede Compacta –
CELESC D
A rede de distribuição aérea multiplexada pode ser utilizada para redes de média e
baixa tensão, conforme consta na instrução normativa I–313.0021 da Celesc Distribuição D, e
observado na Figura 16. Também conhecido como cabo pré-reunido, é constituído por um ou
mais condutores, com isolação em polietileno reticulado – XLPE, dispostos de forma helicoidal
em torno de um condutor mensageiro de sustentação (VELASCO, 2013).
Para a rede de baixa tensão, o condutor de sustentação têm a função de sustentar
mecanicamente os condutores fases reunidos de forma helicoidal em sua volta, e exercer a
função de neutro do sistema. Por este sistema ser composto de condutor blindados, tem-se um
35
a) pela alta concentração de carga, onde a rede aérea não comporta um grande
número de alimentadores e transformadores;
b) pela necessidade de redes de alta confiabilidade quando existem cargas
sensíveis que necessitam de baixo índice de interrupção de energia;
c) pela redução de indicadores de continuidade de fornecimento e melhoria da
segurança, tais como: DEC, FEC, acidentes, etc.;
d) pela solicitação da sociedade, em função dos aspectos estéticos, paisagismo,
qualidade de vida, preservação histórica, segurança, entre outros.
Apesar de grande parte das redes de distribuição de energia elétrica no mundo serem
do tipo aérea, em 1882, o primeiro fornecimento de energia elétrica comercial foi feito através
de uma rede subterrânea, na cidade de New York por Thomas Edison. Este sistema era
composto por barras de cobre envolvidas por tubos de fibras enterrados no solo, porém, por
apresentar várias limitações técnicas, assim como um alto grau de investimento em sua
implantação, esse sistema foi pouco difundido na expansão dos sistemas elétricos (AZEVEDO,
2010).
A evolução e o crescimento das redes subterrâneas, ao longo dos anos, apresentaram
grandes desafios. Inicialmente, com a evolução dos materiais isolantes dos condutores, tornou-
se possível a migração das redes áreas para as subterrâneas, de modo que a melhoria no
isolamento dos condutores permitiu um aumento da tensão aplicada nos condutores utilizados
nas linhas, conforme Figura 19, assim como maior confiabilidade da rede (BRUNHEROTTO
e GALDIOLI, 2017).
38
tecnologia trouxe maior confiabilidade ao sistema, porém com aumento no custo. Apesar disso,
foi responsável pela expansão desse sistema na primeira metade do século XX nos Estados
Unidos.
No ano de 1907, na cidade Memphis no Tennessee, nos Estados Unidos, foi
implantada a primeira rede subterrânea, sendo utilizado o sistema reticulado, sistema esse que
mais tarde, em 1925, se transformaria em um modelo consagrado, fornecendo luz e força em
seis malhas subterrâneas, atendendo a uma carga total de 27,5MVA, com 100 transformadores
em operação (LANDMAN, 2007).
Na Europa, na década de 1970, alguns países passaram a adotar rede subterrânea
devido a sua segurança e confiabilidade. Ainda na Europa, a partir da década de 1990, optou-
se pela expansão das redes de energia elétrica utilizando-se sistemas subterrâneos em
praticamente todos os países.
Segundo Brunherotto e Galdioli (2017, p. 39):
As redes subterrâneas, no Brasil, tiveram início nos primeiros anos do século XX,
nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, onde, nessa época, a Light vinha transformando
parte de suas redes aéreas em subterrâneas.
Segundo Brunherotto e Galdioli (2017), no ano de 1902, na cidade de São Paulo,
foi desenvolvido um sistema de rede subterrânea com três câmaras numa configuração radial,
operando em 2,2kV, que, em 1928, foi ampliado para 3,8kV.
Diferentemente dos países da Europa, no Brasil, as redes subterrâneas não tiveram
grande difusão desde sua implantação, devido aos altos custos, principalmente, quando
comparadas às redes de distribuição aéreas, além do fato de não existirem modelos específicos
para incentivar investimentos em redes subterrâneas. Os principais custos das redes
subterrâneas estão representados pelos transformadores, condutores isolados, conexões da rede
primária e protetores de rede (AZEVEDO, 2010).
40
Apesar de existirem, no Brasil, mais de 50 cidades com algum trecho de rua, praça
ou local histórico com redes subterrâneas, assim, como, crescente apelo para que novos
empreendimentos como condôminos e loteamentos adotem os sistemas de redes subterrâneas,
estas ainda não representam nem 2% do total das redes do país, conforme dados da ANEEL.
Dos mais de 13.000 km de condutor subterrâneos, no Brasil, cerca de 90% estão
concentrados em apenas cinco distribuidoras conforme dados na ANEEL no Gráfico 2.
a) Sistema Reticulado;
b) Sistema Primário Seletivo;
c) Sistema Radial com Recurso ou Anel Aberto;
d) Sistema Híbrido.
1
Network protecctors é um tipo de dispositivo de proteção elétrica usado em sistemas de distribuição subterrânea
de energia elétrica. O protetor de rede desconecta automaticamente o transformador de distribuição associado da
rede secundária quando a energia começa a fluir em sentido inverso.
43
a) água e esgoto;
b) galerias e águas pluviais – Prefeituras;
c) infraestrutura para semáforos – Prefeituras;
d) iluminação pública – Concessionária ou Prefeituras;
e) gás;
f) TV a cabo e internet;
g) telefonia;
h) entre outros.
2.5 COMPARATIVOS
Esta norma tem por objetivo fixar os critérios para projetos de redes de distribuição
subterrâneas para atendimento a condomínios e loteamentos, de modo a garantir as
condições técnicas e de segurança necessárias ao adequado fornecimento de energia
elétrica.
tensões de 15kV ou 25kV, sendo que os mesmos podem ter tensões de 380/220V ou 220/127V
extraídas no seu secundário de acordo com o município atendido.
Segundo GED-4101 da CPFL ENERGIA para proteção contra sobrecorrente do
transformador, são utilizados fusíveis internos do tipo expulsão e limitadores de corrente
conforme especificado no Quadro 8.
se os mesmos critérios adotados pela CELESC D, exceto, quando se tratar de regiões litorâneas,
onde devem ser considerados exclusivamente condutores de cobre. A identificação dos circuitos
primários e secundários e ramais de entrada deve ser feita de acordo com a GED-3980.
Conforme a CPFL ENERGIA, a configuração básica dos circuitos primários deve
ser em função da rede área existe no local, podendo ser no sistema radial com recurso, através
de uma única entrada ou entradas diferentes, conforme Figura 41 e Figura 42.
Figura 41 – Sistema Radial com Recurso Através de uma Única Entrada – CPFL ENERGIA
Figura 42 – Sistema Radial com Recurso Através de Entradas Diferentes – CPFL ENERGIA
a) para cargas com demandas de até 1MVA, deve ser empregada a configuração anel
aberto, utilizando condutor com seção de 50mm² na classe de tensão 15kV. Caso
existam cargas que necessitem de alta confiabilidade (hospitais, centros bancários,
etc.), a configuração deve ser alterada para o tipo radial com recurso;
b) para cargas com demanda superior a 1MVA e até 2,5MVA, deve ser empregada
a configuração de rede radial com recurso, utilizando condutor com seção de
120mm² na classe de tensão 15kV;
c) para cargas superiores a 2,5MVA, devem ser projetados mais de um circuito para
o seu atendimento, porém a configuração de cada circuito deve estar de acordo
com as indicadas anteriormente.
67
não podendo ultrapassar a distância máxima de 100 metros. Os demais ramais de entrada devem
ser derivados dos barramentos modulares isolados (BMI), localizados nas caixas de passagem,
sendo que sua disposição nas caixas deve ser com 4 barramentos (3 fases + neutro), que podem
possuir 4, 6 ou 8 saídas. A conexão entre o BMI e o tronco, ou quando houver a necessidade de
derivação do circuito, deve ser realizada, através de conector do tipo H, e a recomposição da
isolação do condutor feita através de manta termo contrátil.
Para o dimensionamento do circuito da rede secundária, devem ser feitos os
cálculos de capacidade de condução de corrente e queda de tensão, sendo que a queda de tensão
entre a saída do transformador e o ponto de entrega (barramento modulares isolados) deve ser
menor ou igual a 3%.
As correntes máximas de projeto dos circuitos não devem ser superiores a 80% da
capacidade da corrente nominal dos condutores indicados na NBR 5410, de forma a permitir a
ligação de cargas superiores às dimensionadas em projeto, assim, como flexibilizar eventuais
manutenções.
A seguir, são apresentados os Quadro 13 e o Quadro 14 onde constam as correntes
admissíveis de projeto e de operação dos fatores de agrupamento dos condutores.
ser de cobre com seções de 70mm² ou 120mm², ou de alumínio com seções de 95mm² ou
185mm². Quando se tratar de regiões litorâneas, devem ser considerados exclusivamente
condutores de cobre. Na identificação das fases, são utilizadas anilhas de nylon.
O ramal de entrada de consumidores deve ser derivado dos barramentos múltiplos
isolados (BMI-CPFL), instalados em caixa de passagem, sendo que sua disposição nas caixas
pode ser com 4 barramentos (3 fases + neutro) ou 5 barramentos (3 fases + 2 neutros). Os
barramentos de fase devem ser com o mesmo número de saída, limitadas em 8. Já, o barramento
de neutro pode possuir um número de saídas superior ao das fases. Para ramais com seção
superior a 95mm², os mesmos devem ser derivados diretamente de transformador exclusivo.
Assim, como na CELESC D, para possibilitar eventuais ligações de cargas
superiores às previstas em projeto e permitir flexibilidade de manutenção, a CPFL ENERGIA
considera que as correntes máximas admissíveis para os condutores não devem ser superiores
a 80% de sua capacidade, conforme Quadro 15.
A capacidade nominal do fusível NH, a ser instalado na chave, não deve ser superior
ao valor admissível da chave (corrente nominal x fator de ajuste).
Definidos as chaves e os fusíveis a serem utilizados nos circuitos, deve ser feito o
dimensionamento do tamanho do QDP e segundo a E-3313.0070 da CELESC D, os quadros
podem ser classificados como DIN-00, DIN-0 ou DIN-1, de acordo com suas dimensões e
capacidade de condução de corrente, conforme Quadro 21.
Todo QDP, além dos circuitos dimensionados, deve ter previsto um espaço reserva
para uma chave de 160A, essa para a execução de serviços emergenciais.
Os condutores que interligam o transformador ao QDP devem ser de cobre e estar
de acordo com a potência do transformador, padronizados conforme o Quadro 22.
73
É de suma importância que a soma das correntes nominais dos fusíveis do tipo NH
não seja superior à capacidade de condução de corrente dos condutores que interligam o
transformador ao QDP.
Quando o QDP for conectado a transformadores de até 300kVA, seus barramentos
devem ser dimensionados com corrente de curto circuito de 20kA durante um (1) segundo e,
quando conectado a transformadores de 500kVA, 30kA durante um (1) segundo, as correntes
de curto circuito devem ser aplicadas aos barramentos, fusíveis e chaves seccionadoras.
Um quadro, contendo o diagrama unifilar das instalações do QDP, deverá ser fixado
na parte interna da porta do mesmo.
Para dimensionamento do QDP, segundo os critérios da GED-4101 da CPFL
ENERGIA, deve ser analisada a capacidade de condução de corrente e a quantidade de circuitos
a serem atendidos. A partir da corrente calculada para os circuitos da rede secundária, devem
ser dimensionados os fusíveis para proteção, sendo que a corrente de projeto não deve ser
superior a 90% da capacidade nominal do fusível.
74
Para proteção contra sobrecorrente dos circuitos secundários, são utilizados fusíveis
do tipo NH, de acordo com a GED-3902 da CPFL ENERGIA, conforme especificado no
Quadro 23, instalados nas seccionadoras verticais no QDP.
A capacidade nominal do fusível NH, a ser instalado na chave, não deve ser superior
ao valor admissível da chave (corrente nominal x fator de ajuste).
Assim, como na CELESC D, a CPFL ENERGIA adota os mesmos critérios para
classificação do QDP e os parâmetros para definição das dimensões.
Segundo GED-4101 da CPFL ENERGIA, deve ser instalado tapete de borracha
entre a base de concreto e a base do QDP, e é necessário que o QDP possua espaço para
instalação de uma chave reserva de 400A para execução de serviços emergenciais.
75
Ainda, para o dimensionamento do QDP, deve ser previsto um espaço reserva para
uma chave de 160A, para a execução de serviços de emergência.
Conforme a ND-3.5 da CEMIG D, os condutores que interligam o transformador
ao QDP devem ser de cobre flexível com seção de 240mm², sendo sua quantidade por fase
dimensionada, de acordo com a potência do transformador atendido.
É de suma importância que soma das correntes nominais dos fusíveis do tipo NH
não seja superior a capacidade de condução de corrente dos condutores que interligam o
transformador ao QDP. As correntes de curto circuito aplicadas aos barramentos, fusíveis e
chaves seccionadoras devem ser de 25kA durante um (1) segundo.
A chave fusível com elo de 65K deverá ser utilizada somente quando não possuir
outra chave fusível entre o poste de transição e o transformador, ou deverá ser utilizado
religador.
O dimensionamento do pára-raios deve ser feito de acordo com a N-321.0002,
sendo de 12kV para classe de tensão de 15kV e 21kV para classe de tensão de 25kV, ambos
com corrente nominal de descarga de 10kA.
Quando utilizado religador, a parametrização do mesmo deve ser feita de acordo
com a NE-145E, devendo possuir dispositivos para abertura de falta de tensão e estar pronto
para automação e operação remota. A Quadro 28 mostra a padronização de religadores
automáticos controlados estabelecida pela NE-145E da CELESC D.
a) Chaves fusíveis (uma por fase), pára-raios de óxidos metálicos sem centelhadores
e terminais unipolares nas extremidades dos condutores isolados, de acordo com o
documento GED-3224 (15kV ou 25kV), para circuitos com capacidade instalada total
de transformadores menor que 750kVA;
b) Religadores trifásicos automáticos, ajustados para uma única operação, antecedidos
em poste anterior, de chaves seccionadoras tripolares (abertura simultânea das 3
fases), para circuitos com capacidade instalada total de transformadores igual ou
superior a 750kVA.
Nota: Os religadores devem ter dispositivos para abertura por falta de tensão em uma
ou duas fases.
Segundo a GED-4101 (2016, p. 74), chaves com fusíveis de 65K somente são
utilizadas quando não há outra chave fusível entre o poste de transição e a subestação de
distribuição da concessionária. Caso contrário (há chaves fusíveis entre o poste de transição e
a subestação), deve ser utilizado chave seccionadora. O critério (2) do Quadro 28 deve ser
definido pela CPFL ENERGIA.
Segundo a GED-926, a chave fusível deve ter base tipo C e ser fornecida nas classes
de tensões de 15kV e 24,2kV, com corrente nominal de 100A.
O dimensionamento do pára-raios deve ser feito de acordo com a GED-3224, sendo
de 12kV para tensão nominal de 15kV e 21kV para tensão nominal de 25kV, ambos com
corrente nominal de descarga de 10kA.
Para a utilização de religador, deve-se seguir os parâmetros da GED-15197 (2017,
p.44 e p.45), conforme descrito a seguir:
Para religador de classe 15kV:
a) Tensão máxima: 15,5 kV;
b) Tensão suportável nominal de impulso atmosférico: 110 kV;
80
Após o poste de transição, deve ser instalada uma chave de média tensão de 3 vias
para circuitos com configuração em anel e chave de média tensão de 2 vias para circuitos com
configuração radial.
Em condomínios urbanos com a demanda total entre 1MVA e 2,5MVA, devem ser
projetados dois alimentadores e dois religadores, na entrada dos empreendimentos. É
importante reforçar que deve ser considerada apenas uma única derivação da rede primária
subterrânea por poste.
Quando o ponto de conexão da rede primária for derivado de uma rede subterrânea,
deve ser instalada uma chave de média tensão de 3 vias com dois interruptores de falta para
circuitos com configuração em anel e chave de média tensão de 2 vias com um interruptor de
carga para circuitos com configuração radial.
Para atendimento de consumidores em média tensão, deve ser projetada chave de
média tensão de 3 vias com um interruptor, instalada no tronco do alimentador, conforme Figura
48.
Os terminais do tipo loadbreck da linha 200A são utilizados para conexão da rede
primária ao transformador pedestal, na conexão de entrada do transformador. Para conexão do
transformador e da rede primária na chave de média tensão, são utilizados terminais
desconectáveis do tipo deadbreak da linha 600A.
A NE-147-E prevê, ao fim da obra, o fornecimento de um dispositivo sensor de
tensão, uma chave para conexão da bucha tipo poço, além de:
quantidade de dutos permitidos por caixa, sendo que este critério pode acarretar em mudança
do tipo de caixa a ser aplicada.
Para atendimento dos sistemas de iluminação pública, deve ser utilizada caixa com
dimensões internas mínimas de 650x410x855mm, caixa tipo A.
Conforme a GED-4102 da CPFL ENERGIA, as caixas de passagem e inspeção
devem ser de concreto armado com resistência maior ou igual a 20Mpa, a CPFL ENERGIA
estabelece que, para um único circuito primário com seção de até 70mm², na transição da rede
área para a rede subterrânea, deve ser projetada caixa com dimensões internas de
1070x520x1000mm, caixa do tipo CS-2 e, para mais de um circuito primário ou único circuito
com seção superior a 70mm², deve ser utilizada caixa com dimensões internas de
2000x2000x2000mm, caixa do tipo CI-1, junto ao poste de transição.
As caixas de inspeção instaladas ao longo da rede primária devem ter dimensões
internas de 2000x2000x2000mm, caixa do tipo CI-1, para até 2 ramais primários de seção
máxima de 95mm², e com, no máximo, 6 terminais desconectáveis. Em locais onde haja
previsão de alimentadores com seção superior a 95mm² e/ou de 12 terminais desconectáveis,
devem ser utilizadas caixas com dimensões internas de 4000x2000x2000mm, caixa do tipo CI-
2. A instalação de chaves de média tensão, do tipo submersível, deve ser realizada em caixa de
inspeção com dimensões internas 2000x2000x2000mm, caixa do tipo CIM-1, ou
4000x2000x2000mm, caixa do tipo CIM-2.
Trechos que possuírem somente rede secundária devem ser previstas caixas de
passagem com dimensões internas de 620x620x1000mm, caixa do tipo CS-1, ou
1070x520x1000mm, caixa do tipo CS-2, trechos com instalação ou previsão para instalação de
BMI-CPFL devem ser utilizadas exclusivamente caixas do tipo CS-2, instaladas
obrigatoriamente em calçadas e, preferencialmente, nas proximidades das divisas de lotes.
Conforme a ND-2.3 da CEMIG D, as caixas de passagem e inspeção devem ser de
concreto armado com resistência maior ou igual a 20Mpa, a CEMIG D estabelece que junto ao
poste de transição, ao longo do trecho da rede primária, assim como na derivação para
transformador ou onde possuírem terminais desconectáveis, deve ser projetada caixa com
dimensões internas de 1000x750x1200mm, caixa do tipo ZD.
Para a instalação de chaves de média tensão, devem ser utilizadas caixas com
dimensões internas de 2000x1700x2000mm, caixa do tipo VA, para chave de duas vias
instalada no passeio, ou caixa com dimensões internas de 1920x2550x2000mm, caixa do tipo
VB, para chave de duas vias instalada na pista de rolamento, ou ainda caixa com dimensões
87
internas de 1920x2550x2000mm, caixa do tipo VC, para chave de três vias instalada na pista
de rolamento.
De acordo com a quantidade de dutos utilizados e o número de clientes a serem
atendidos, as caixas de inspeção da rede secundária devem ter dimensões internas de
280x280x400mm, caixa tipo ZA, 520x440x700mm, caixa tipo ZB, ou 770x670x900mm, caixa
tipo ZC, instaladas preferencialmente nos passeios e calçadas, respeitando a distância máxima
entre as caixas, que não deve ser superior a 80 metros.
Não é permitida a passagem de rede secundária em caixas do tipo ZD que possuírem
emendas de média tensão.
Para ramal de entrada de consumidores de baixa tensão, assim, como para
atendimento dos sistemas de iluminação pública, devem ser utilizadas caixas de inspeção do
tipo ZA, ZB ou ZC, sendo que, para o atendimento de ramal de entrada, estas devem estar
localizadas preferencialmente nas divisas das propriedades.
2.5.14 Aterramento
Para aterramento do circuito primário, deve ser instalada uma haste de aterramento
de 5/8” cobreada, com comprimento de 2400mm, em caixas do tipo D, E e M, que possuam
terminais desconectáveis, ou não, já, na caixa do tipo CH-2, devem ser instaladas duas hastes
e, na caixa do tipo CM, devem ser instaladas quatros hastes, sendo que as duas últimas caixas
devem possuir uma malha de aterramento com condutor de cobre nu 70mm². O aterramento do
eletroduto de ferro galvanizado, localizado na caixa junto ao poste de transição, deve ser feito
através de uma haste.
Para aterramento dos terminais desconectáveis, ferragens, equipamentos e todas as
blindagens dos condutores, deve ser utilizado condutor de cobre nu 35mm². A resistência de
aterramento não deve ser superior a 10 Ohms.
Na base do transformador, deve ser prevista uma malha de aterramento composta
por cinco hastes, com comprimento de 2400mm, com condutor de cobre nu 70mm² e
interligação ao transformador com condutor de cobre nu 35mm².
O neutro do transformador deve ser aterrado junto ao QDP, no final do circuito e a
cada 100 metros, sendo que sua resistência não deve ultrapassar o valor de 25 Ohms.
Nas redes subterrâneas, conforme GED-4101 da CPFL ENERGIA (2016, p. 75),
devem ser aterrados:
a) As blindagens dos condutores primários em todas emendas e extremidades
(terminais, emendas fixas, desconectáveis, conexões de equipamentos);
b) Os acessórios desconectáveis (terminal descontável cotovelo e reto, terminal básico
isolante);
c) Terminal de neutro dos transformadores;
d) Equipamentos (terminais de terra);
e) Barramento múltiplo isolado de neutro de circuitos secundários devem ser aterrados
em todas as caixas em que forem instalados.
Nota: a) Deve ser instalada haste de aterramento nestas caixas;
b) A Tampa de ferro articulada da caixa de passagem (CS-2) deve ser ligada
no aterramento da mesma com condutor de cobre de 35mm².
91
Em caixas do tipo CS-2, com circuitos primários, deve ser instalada uma haste de
aterramento de 15mm cobreada, com comprimento de 2400mm, nas caixas do tipo CI-1, devem
ser instaladas duas hastes e, nas caixas do tipo CI-2, CIM-1 e CIM-2, quatro hastes. O
aterramento do eletroduto de ferro galvanizado, localizado na caixa junto ao poste de transição,
deve ser feito através de uma haste de 2400mm.
Na base do transformador, deve ser prevista uma malha de aterramento composta
por quatro hastes, com comprimento de 2400mm, com condutor de cobre nu 120mm², conforme
especificado na GED-4104 e, para aterramento dos terminais desconectáveis, ferragens,
equipamentos e todas as blindagens dos condutores, deve ser utilizado condutor de cobre nu
35mm².
A resistência admitida para o aterramento é de 10 Ohms, em terreno úmido, e 25
Ohms em terreno seco.
Conforme ND-3.5 da CEMIG D (2016, p. 29), devem ser aterrados:
a) Emendas;
b) Terminações (desconectável cotovelo - TDC, desconectável reto - TDR e módulo
básico T – MBT);
c) Blindagem dos condutores de média tensão;
d) Ferragens;
e) Terminal de neutro dos transformadores;
f) Equipamentos (terminais de terra).
Nota: O aterramento das emendas fixas ou desconectáveis deve ser feito de acordo
com as instruções do fabricante.
Nas caixas do tipo ZC, ZD e VA, deve ser instalada uma haste de aterramento de
5/8” cobreada, com comprimento de 3000mm, nas caixas do tipo VB e VC devem ser instaladas
duas hastes, sendo que as duas últimas caixas devem ser compostas por uma malha de
aterramento com condutor de cobre nu 70mm². O aterramento do eletroduto de ferro
galvanizado deve ser feito através de uma haste de 3000mm e localizado na caixa junto ao poste
de transição. Os terminais desconectáveis e blindagem dos condutores devem ser aterrados com
condutor de cobre nu 2,5mm².
Junto à base do transformador, deve ser prevista malha de aterramento composta
por quatro hastes com comprimento de 3000mm e condutor de cobre nu 70mm².
Deve ser previsto o aterramento do tanque da chave submersível condutor de cobre
nu 35mm².
92
Para outros serviços, deve ser respeitada uma distância mínima 75mm, para banco
de dutos concretados e de 300mm para banco de dutos em terra compactada. Não são aceitos
compartilhamentos de caixas de inspeção e passagem, e esses serviços devem possuir uma
infraestrutura independente.
93
3 DESENVOLVIMENTO
Por se tratar de um loteamento residencial, onde as cargas não são conhecidas, para
a estimativa da demanda, utiliza-se o Quadro 3 deste trabalho, de modo a obter a demanda
aproximada de acordo com a área dos lotes.
A área dos lotes está compreendida na faixa de 500 a 945 metros quadrados, assim,
a demanda por lote é de 7kVA.
Para a área de lazer, a qual possui uma área de 4800 metros quadrados, por se tratar
de uma carga desconhecida e com área superior a 1000 metros quadrados, conforme a NE-147E
da CELESC D, se atribui uma demanda de 20kVA.
Para o cálculo das cargas da iluminação pública, foi utilizado projeto fornecido pelo
cliente, composto por 87 pontos de iluminação, equipados com luminárias LED com 88W cada,
sendo considerado um fator de potência 0,95, obtendo-se a potência de 92,63VA para cada
ponto. Estes pontos foram distribuídos entre os transformadores conforme sua localização,
sendo que o circuito de iluminação pública ficou concentrado exclusivamente no transformador
03.
95
Com o auxílio do Quadro 10 deste trabalho, conclui-se que, para a classe de tensão
8,7/15kV, com um circuito trifásico instalado em trifólio em um único duto e com condutor de
alumínio, a utilização de condutor de 50mm².
Além do dimensionamento, segundo a capacidade de condução de corrente, é
necessário o cálculo da queda de tensão através do Quadro 36, de modo a validar se a queda
97
não ultrapassa os valores máximos estipulados pela concessionária, que, no caso da CELESC
D, é de 2%, entre o ponto de derivação da rede aérea até o ponto de utilização (transformadores).
A queda de tensão corresponde a uma queda de 0,26%, fica abaixo dos 2% exigidos
pela CELESC D. Assim, o condutor a ser utilizado no circuito permanece o de 50mm² de
alumínio e com isolação em XLPE, conforme dimensionado pelo método de capacidade de
condução de corrente.
O condutor de proteção utilizado foi de cobre, com isolação de PVC, na cor verde,
classe de tensão 750V e com seção de 35mm², este, instalado em duto exclusivo, conectado à
malha de aterramento de cada caixa em seu trajeto.
Com o auxílio do Quadro 13 deste trabalho, verifica-se que, para uma corrente de
95,83A e, quando utilizado condutor de alumínio, sua seção deve ser de 120mm².
Além deste dimensionamento, faz-se necessário o cálculo da queda de tensão
através do Quadro 38, de forma a verificar, se o condutor especificado inicialmente não irá
proporcionar ultrapassar do valor máximo de queda estabelecido pela concessionária que, no
caso da CELESC D, é de 3% entre a saída do transformador e o ponto de entrega.
Para o circuito C1, temos uma queda de tensão de 5,99V, que corresponde a 1,58%,
ficando abaixo do valor máximo de queda de tensão estabelecido pela CELESC D.
A partir do método descrito anteriormente, foram efetuados os cálculos, conforme
consta no anexo A, para os demais circuitos do transformador 1 e dos transformadores 2, 3, 4 e
5, conforme apresentado no Quadro 40.
101
Para proteção dos circuitos foram utilizados fusíveis padronizados pela CELESC
D, conforme Quadro 19 deste trabalho, respeitando o critério previsto na NE-147E, a corrente
de projeto não deve ser superior a 90% da capacidade nominal do fusível. No Quadro 42, são
apresentados os valores obtidos para os fusíveis de cada circuito.
As chaves seccionadoras dos circuitos foram dimensionadas de forma que seu valor
nominal seja maior ou igual ao valor dos fusíveis dimensionados para proteção dos circuitos,
onde a corrente nominal das chaves é obtida multiplicando sua capacidade de condução de
corrente nominal por um fator de ajuste, conforme Quadro 20 deste trabalho. De acordo com a
quantidade de chaves em cada QDP e para condutores com seção acima de 120mm², foram
utilizadas chaves de 250A. No Quadro 42, são apresentados os valores obtidos para chaves
seccionadoras de cada circuito.
103
Tanto junto do poste de transição como ao longo de toda a rede primária foram
utilizadas caixas de passagem do tipo D.
Ao longo dos trechos que só possuem rede secundária, assim como nas derivações
em baixa tensão e nos pontos para atendimento do ramal de entrada do consumidor, foram
utilizadas caixas do tipo B.
Para a rede de iluminação pública foram utilizadas caixas do tipo A, conforme NE-
147E.
Conforme os parâmetros estabelecidos pela NE-147E da CELESC D, tanto para a
rede primária como para a secundária foram utilizados dutos corrugados de PEAD de 4”,
enterrados no solo a uma profundidade de 600mm quando instalados em calçadas e 800mm
quando utilizados em vias de circulação de veículos, em ambos os casos, sinalizados durante
toda a sua extensão com fita de sinalização indicativa de “condutor de energia elétrica”,
instalada a 150mm acima do duto.
No poste de transição, foi instalado eletroduto de ferro galvanizado de 4” com altura
de seis metros e acessórios de fixação.
105
Para a rede secundária, foi prevista uma folga de 50% do número de dutos ocupados
e, em casos onde se possuía uma rede adjacente com distância menor ou igual a 40 metros,
foram instalados dutos entre as caixas das duas redes, de forma, a possibilitar recursos em caso
de emergência. Para o atendimento de consumidores, foi instalado um duto corrugado de PEAD
de 2”, dimensionado, conforme Quadro 32 deste trabalho, interligando a caixa de passagem e
o ponto de entrada do consumidor.
Como a CELESC D não especifica qual o tipo de duto deve ser utilizado para a rede
de iluminação pública, utilizaram-se os parâmetros da NBR5410 para dimensionamento do
duto, que restringem a ocupação do mesmo em até 40%. Assim foi instalado um duto corrugado
de PEAD de 2”.
3.1.11 Aterramento
Este projeto não contemplou outros serviços, tais como telefonia e TV a cabo,
porém sugere-se que esses projetos sejam compatibilizados com a rede elétrica e com os demais
106
sistemas que envolvam o compartilhamento do subsolo, para que haja uma distribuição de
forma a respeitar as normas técnicas e, ainda, obter-se um melhor aproveitamento do solo,
quando existir, devem ser indicados em projeto.
Após a obtenção desses dados, utiliza-se a Equação (1) deste trabalho para obter a
demanda em kVA dos lotes.
𝐾𝑉𝐴𝐷 = (𝐴) 𝑥 (𝑁𝑟 𝑥 𝑘𝑊ℎ𝑟)(𝐵) (1)
𝐾𝑉𝐴𝐷 = (0,0312) 𝑥 (2 𝑥 645)(0,8119)
𝐾𝑉𝐴𝐷 = 10,46𝑘𝑉𝐴
Para proteção dos circuitos, foram utilizados fusíveis padronizados pela CPFL
ENERGIA conforme Quadro 23 deste trabalho, respeitando o critério previsto na GED-4101, a
corrente de projeto não deve ser superior a 90% da capacidade nominal do fusível. No Quadro
49, são apresentados os valores obtidos para os fusíveis de cada circuito.
113
As chaves seccionadoras dos circuitos foram dimensionadas de forma que seu valor
nominal seja maior ou igual ao valor dos fusíveis dimensionados para proteção dos circuitos,
onde a corrente nominal das chaves é obtida multiplicando sua capacidade de condução de
corrente nominal por um fator de ajuste determinado de acordo com a sua quantidade em cada
QDP, conforme o Quadro 24, deste trabalho, sendo que, para condutores com seção acima de
95mm², foram utilizadas chaves de 250A. No Quadro 49, são apresentados os valores obtidos
para chaves seccionadoras de cada circuito.
No poste, onde ficará localizado o religador, serão instalados pára-raios, chave by-pass
e TPs, todos fornecidos pela CPFL ENERGIA.
Tanto junto do poste de transição como ao longo de toda a rede primária foram
utilizadas caixas de passagem do tipo CS-2.
Ao longo do trecho que possuiu somente rede secundária, foram instaladas caixas
do tipo CS-1. Já nos pontos onde foram instalados BMIs, as caixas utilizadas foram do tipo CS-
2.
A CPFL ENERGIA, em sua GED-4101, não padroniza os serviços de iluminação
pública. Para definição da caixa a ser utilizada na rede subterrânea de iluminação pública,
tomou-se como base a caixa do tipo A utilizada pela CELESC D. Assim, por comparação,
optou-se pela caixa do tipo CS1 da CPFL ENERGIA.
Conforme os parâmetros estabelecidos pela GED-4102 da CPFL ENERGIA, tanto
para a rede primária como para a secundária foram utilizados dutos corrugados de PEAD de 4”,
enterrados no solo a uma profundidade de 600mm, quando instalados em calçadas, e 800mm,
quando utilizados em vias de circulação de veículos, sendo em ambos os casos sinalizados
durante toda a sua extensão com fita de sinalização indicativa de “condutor de energia elétrica”,
instalada a 150mm acima do duto.
No poste de transição, foi instalado eletroduto de ferro galvanizado de 4” com altura
de seis metros e acessórios de fixação.
Para a rede secundária e primária, foi prevista ainda folga de 50% do número de
dutos ocupados. Nos trechos de rede secundária onde existe uma rede adjacente com distância
não superior a 40 metros, foi feita a interligação entre as mesmas através de dutos e condutor,
sendo utilizado o condutor de maior seção entre as redes. Nos trechos superiores a 40 metros e
inferiores a 80 metros, foram utilizados dois dutos para interligação das redes, sem a instalação
de condutor. Para o atendimento dos ramais de entrada dos consumidores, foram instalados
dutos corrugado, em PEAD, com seção adequada aos condutores previstos nos cálculos da
demanda.
Como a CPFL ENERGIA em sua GED-4101 não especifica qual o tipo de duto
deve ser utilizado para a rede de iluminação pública, utilizou-se os parâmetros da
NBR5410:2004 para dimensionamento do duto, que restringem a ocupação do mesmo em até
40%. Assim, foi instalado um duto corrugado de PEAD de 2”.
116
3.2.11 Aterramento
Este projeto não contemplou outros serviços, tais como telefonia e TV a cabo,
porém sugere-se que esses projetos sejam compatibilizados com a rede elétrica e com os demais
sistemas que envolvam o compartilhamento do subsolo, para que haja uma distribuição de
forma a respeitar as normas técnicas e, ainda, obter-se um melhor aproveitamento do solo,
quando existir, devem ser indicados em projeto.
Quadro 51 – Demanda dos Transformadores 01, 02, 03, 04, 05, 06 e 07 – CEMIG D
de 150kVA, classe de tensão 13.800/220-127V, para os transformadores 01, 03, 06 e 07, todos
instalados sobre base de concreto, conforme dimensões especificadas na ND-3.5 e com suas
características especificadas através da 02.111-EG/PR-17 da CEMIG D.
Para proteção dos circuitos, foram utilizados fusíveis padronizados pela CEMIG D,
conforme Quadro 26 deste trabalho, respeitando o critério previsto na ND-3.5, a corrente de
projeto não deve ser superior a 80% da capacidade nominal do fusível. No Quadro 56, são
apresentados os valores obtidos para os fusíveis de cada circuito.
As chaves seccionadoras dos circuitos foram dimensionadas de forma que seu valor
nominal seja maior ou igual ao valor dos fusíveis dimensionados para proteção dos circuitos.
Além disso, o dimensionamento das chaves seguiu os valores estabelecidos na Quadro 29.
Atendendo outra exigência da CEMIG D, para condutores com seção acima de 95mm², foram
123
utilizadas chaves de 250A. No Quadro 56, são apresentados os valores obtidos para chaves
seccionadoras de cada circuito.
Tanto junto do poste de transição como ao longo de toda a rede primária, foram
utilizadas caixas de passagem do tipo ZD.
Após a transição da rede aérea para a rede subterrânea, foi instalada uma caixa do
tipo VA, para possibilitar a instalação de chave submersível de média tensão de três vias.
Ao longo do trecho da rede secundária, assim como nas derivações em baixa tensão
e nos pontos para atendimento do ramal de entrada do consumidor, foram utilizadas caixas do
tipo ZB.
Para a rede de iluminação pública foram utilizadas caixas do tipo ZB conforme ND-
3.4.
Conforme os parâmetros estabelecidos na ND-3.5 da CEMIG D, para a rede
primária foram utilizados dutos corrugados de PEAD de 125mm, enterrados no solo a uma
profundidade de 700mm, envelopados com concreto e sinalizados durante toda a sua extensão
com fita de sinalização indicativa de “condutor de energia elétrica”, instalada a 150mm acima
do duto. No poste de transição foi instalado eletroduto de ferro galvanizado de 100mm com
altura de cinco metros e acessórios de fixação.
Para a rede secundaria, foram utilizados dutos corrugados de PEAD de 125mm,
enterrados no solo a uma profundidade de 400mm sinalizados durante toda a sua extensão com
fita de sinalização indicativa de “condutor de energia elétrica”, instalada a 150mm acima do
duto.
Tanto para a rede primária como para a rede secundária foi previsto um duto reserva
por banco de dutos. Nos trechos de rede secundária onde existe uma rede adjacente com
distância não superior a 50 metros, foi feita a interligação entre as mesmas através de duto e
condutor, sendo utilizado o condutor de maior seção entre as redes. Nos trechos superiores a 50
metros e inferiores a 100 metros, foi utilizado um duto para interligação das redes, sem a
instalação de condutor. Para o atendimento de consumidores, foi instalado um duto corrugado
de PEAD de 125mm, interligando a caixa de passagem ao ponto de entrada do consumidor.
Para a rede subterrânea de iluminação pública, foi utilizado duto corrugado de
PEAD de 125mm, dimensionado, conforme Quadro 33 deste trabalho.
126
3.3.12 Aterramento
Este projeto não contemplou outros serviços, tais como telefonia e TV a cabo,
porém sugere-se que esses projetos sejam compatibilizados com a rede elétrica e com os demais
sistemas que envolvam o compartilhamento do subsolo, para que haja uma distribuição de
forma a respeitar as normas técnicas e, ainda, obter-se um melhor aproveitamento do solo,
quando existir, devem ser indicados em projeto.
127
Após a análise dos critérios adotadas por cada umas das três concessionárias,
CELESC D, CPFL ENERGIA e CEMIG D, foram realizados os dimensionamentos necessários
para o desenvolvimento dos projetos de rede de distribuição subterrânea de energia elétrica do
loteamento, conforme proposto no início deste capitulo.
Os projetos foram desenvolvidos em BIM, com ND (Nível de Desenvolvimento)
300, a fim de modelar os elementos dos projetos com informações de quantidade, tamanho,
forma, localização e orientação, segundo suas características reais, possibilitando melhor
compreensão da implantação da rede, tanto ao projetista, como ao executor, mitigando assim,
erros no planejamento e na execução do projeto. O BIM permite a visualização dos detalhes do
projeto através de modelo 3D e, ainda, a geração de vistas dos projetos em quaisquer posições
com grande número de informações, conforme observado na Figura 52, Figura 53, Figura 54 e
Figura 55.
Os projetos desenvolvidos para cada uma das três concessionárias, constam nos
anexos D, E e F.
A partir do desenvolvimento dos projetos, foram realizados os levantamentos de
custos de materiais, de equipamentos, e de mão de obra necessários para a implantação da rede
de distribuição subterrânea de energia elétrica e iluminação pública do loteamento,
possibilitando obtenção do custo total estimado da obra, conforme apresentado no Gráfico 4.
Através do Gráfico 4, pode ser observada uma variação entre os custos para a
implantação da rede dependendo da região e da concessionária onde a obra será executada. Para
a implantação da rede em regiões de concessão da CELESC D, temos um custo total de
R$2.484.108,02, já para implantação da mesma rede em regiões de concessão da CPFL
ENERGIA, temos um custo total de R$3.001.512,55, sendo este, 20,82% maior quando
comparado ao valor da CELESC D, na implantação da rede em regiões atendidas pela CEMIG
D, temos um custo total de R$3.188.382,12, sendo este 28,35% maior quando comparado ao
valor da CELESC D e 6,22% maior que o custo da rede da CPFL ENERGIA. Apesar da
variação nos custos totais da implantação da rede para as três concessionárias, verifica-se que
os custos das obras eletromecânicas e civis para cada uma das três concessionarias se equiparam
percentualmente quando comparados a seus valores totais, conforme Quadro 58.
As variações dos custos finais para implantação da rede, se dá pelo fato de cada
concessionária estabelecer valores e métodos diferentes para a obtenção da demanda mínima
necessária por lote, gerando assim, uma grande variação entre as demandas totais previstas para
o mesmo loteamento, conforme Quadro 59.
Além da variação da demanda total de cada concessionária, outro fato que está
diretamente ligado à variação dos custos finais da implantação da rede está nas obras civis
(caixas e acessórios) e obras eletromecânicas (transformadores e equipamentos de proteção,
comando e manobra), conforme observado no Gráfico 4.
A variação dos custos referentes as caixas e acessórios estão relacionados ao tipo
de configuração da rede utilizada e das dimensões das caixas.
A CELESC D, utiliza configuração de rede radial sem recurso para a rede primária,
possuindo uma infraestrutura compacta, e utiliza caixas do tipo B nos trechos que só possuem
rede secundaria, conforme observado no Quadro 60, gerando um custo para essas
infraestruturas de R$210.207,00. A CPFL ENERGIA, utiliza configuração de rede radial com
recurso para a rede primária, com infraestrutura semelhante à da CELESC D, porém utiliza
caixas do tipo CS-2, conforme Quadro 60, com dimensões maiores quando comparadas às
caixas utilizadas pela CELESC D, nos pontos de derivação e de instalação de BMI-CPFL,
gerando um custo de R$316.898,00, sendo este 50,75% maior, quando comparado os custos da
CELESC D. Por sua vez a CEMIG D, utiliza configuração de rede anel aberto para a rede
primária, exigindo uma infraestrutura maior e consequentemente um número superior de caixas
quando comparada as demais concessionárias, sendo ainda, essa infraestrutura separada da rede
de baixa tenção, conforme Quadro 60, essas diferenças geram um custo de R$448.314,60, sendo
estes custos 113,27% maior que custos da CELESC D e 41,47% maior que os custos da CPFL
ENERGIA.
A composição dos custos relacionados aos transformadores e equipamentos de
proteção, comando e manobra se diversificam em função das diferentes exigências de cada
concessionária.
132
4 CONCLUSÃO
Ao fim deste trabalho podemos chegar à conclusão que todos os objetivos foram
atingidos, destacando a importância do estudo e da compreensão das normas utilizadas, assim
como a aplicação e importância do BIM na elaboração desses projetos.
REFERÊNCIAS
ABEEólica. Dados Mensais. Disponível em: < http://abeeolica.org.br/wp-
content/uploads/2018/02/Dados-Mensais-ABEEolica-02.2018.pdf>. Acesso em: 19 de maio de
2018.
AIA. Project Building Information Modeling Protocol Form Disponível em: <
http://aiad8.prod.acquia-sites.com/sites/default/files/2016-09/AIA-G202-2013-Free-Sample-
Preview.pdf >. Acesso em: 30 de agosto de 2017.
CONDUSPAR. Cabo de Média Tensão Subterrâneo XLPE 90°C. Disponível em: <
http://http://www.conduspar.com.br/produtos/media-tensao-subterraneo/cabo-media-tensao-
xlpe-90oc/>. Acesso em: 01 de setembro de 2017.
138
COPEL. Padrões Construtivos Rede de Distribuição Subterrânea. Disponível em: < http://
http://www.copel.com/hpcopel/redesub/padroes_construtivos.html>. Acesso em: 27 de agosto
de 2017.
FILHO, João Mamede. Instalações Elétricas Industriais. 9° Edição. Rio de Janeiro: LTC,
2017.
CREDER, Hélio. Instalações Elétricas. 10° Edição. Rio de Janeiro: LTC, 2016.
THE BIM HUB. What Clash Detection How Does BIM Help. Disponível em: <
http://www.thebimhub.com/ru/2016/03/07/what-clash-detection-how-does-bim-
help/#.WbnXfciGPIU>. Acesso em: 13 de setembro de 2017.
VEREDAS. Obra Não é Sinônimo de Problema, ou ao Menos Não Deveria Ser. Disponível
em: < https://www.goo.gl/Dtcuow>. Acesso em: 30 de agosto de 2017.
YIN, R. K. Estudo de Caso – Planejamento e Método. 2. ed. São Paulo: Bookman, 2001.
144
ANEXOS
145
0.610 0.850
Caixa A
6 1 : 20
1.010
0.850 1.050
Caixa B
7 1 : 20
1.320
1.140 1.400
Caixa D
8 1 : 20
INSTITUIÇÃO
1.060
1.060
0.670 1.220
Caixa CS-2
8 1 : 20
1.060
1.060
INSTITUIÇÃO
3 1 : 20
4 5 7 1 : 20
9 1 : 20
6 Eduardo Clasen Inacio/ Willian Moreira Gomes
ESCALA: INDICADA COTAS: METROS DATA: 18/06/2018
Caixa ZB Caixa ZD
7 1 : 20
8 1 : 20
2.000
INSTITUIÇÃO
9 1 : 20
12 1 : 20
3 1 : 20
2 4 10 1 : 20
Eduardo Clasen Inacio/ Willian Moreira Gomes
ESCALA: INDICADA COTAS: METROS DATA: 18/06/2018