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Universidade Rovuma

Delegação de Nampula
Faculdade de Ciências Naturais, Matemática e Estatística
Curso de Licenciatura em Ensino de Física com Habilidades em Energias Renováveis
Disciplina de Didáctica de Física II
Estudante: Bárcio Manuel Docente: Ascali Aurélio Mussaneque
1. A motivação no contexto didáctico consiste em oferecer ao aluno os estímulos e incentivos apropriados para tornar a aprendizagem eficaz.
Uma das grandes virtudes da motivação em sala de aula, é melhorar a atenção e a concentração do aluno, nessa perspectiva pode-se dizer
que a motivação é a força que move o sujeito a realizar atividades de maneira satisfatória. Enfim a motivação para a aprendizagem constitui
um modelo de estratégias de conquista do sucesso da aquisição e vontades do aluno; envolve experiências e requer criatividade por parte
do professor diante dos interesses dos alunos na participação activa e contribuição na aula.
2. Para efeitos de motivação em uma aula sobre o estudo da Reflexão da Luz faria incidir um raio luminoso numa superfície metálica lisa, em
que verificaríamos que o raio quando atinge a superfície é devolvido. Como forma de estimular as preconcepções dos alunos, poderia
inquiri-los como explica-se este fenómeno. Com as respostas dadas proceder com explicação clara do fenómeno e tratamento da matéria
nova.
3. Vantagens do trabalho em grupo no processo de Ensino e aprendizagem:
• melhoria da capacidade de debater ideias;
• desenvolvimento da habilidade de escuta;
• respeito à diversidade de opiniões;
• construção do conhecimento em conjunto, por meio de diferentes perspectivas;
• ajuda mútua entre os membros da equipe;
• aprendizado interativo;
• enriquecimento de todos os elementos do grupo e do trabalho;
• socialização;
• desinibição dos alunos mais tímidos.

Apesar dos benefícios que possui, trabalhar em equipe nem sempre é tarefa fácil. E se o professor não souber conduzir o processo, podem surgir
vários problemas, a citar:
• brigas constantes por causa de opiniões divergentes;
• críticas excessivas;
• divisão de tarefas desbalanceada entre os membros da equipe;
• dificuldade de interação;
• propensão à "preguiça" de alguns elementos.
4. Para situar os alunos sobre objectivos da aula, na aula cujo tema é Princípio de Conservação de Energia Mecânica, na 8ª Classe o professor
pode proceder expondo questões de partida, como:
• “Durante a queda da água armazenada numa barragem a energia potencial transforma-se em cinética. Como comentam este
fenómeno? “
• “Considerem uma gangorra em que duas crianças gêmeas estão sentadas, cada irmão em uma extremidade. Considere que ambos têm
mesma massa. Considerando que o solo é o nível zero das energias potenciais gravitacionais. O que nós afirmámos sobre a soma da
energia potencial gravitacional dos gêmeos?”
• “São várias as reportagens veiculadas na mídia que mostram pessoas tentando construir um motor que não necessita fornecimento
contínuo de energia externa para funcionar, ao que se denomina de “moto perpétuo”. Essas máquinas têm como objetivo gerar energia

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para manter o seu próprio movimento, bastando dar um impulso inicial e o movimento se dará de forma perpétua. Se essa máquina
funcionasse, como nós encarraríamos?”
5. Refletindo sobre a prática docente e especialmente o agente de ensino da física, podermos considerar cinco (5) formas de consolidação de
conhecimentos: revisão ou recapitulação, exercitação, resumo ou sistematização, síntese e aplicação. Entretanto, uma das formas mais
eficiente é aplicação que o seu impacto assemelha-se com a exercitação, porque ambos contribuem para a assimilação e fixação, a correção
dos erros cometidos possibilita o aproveitamento, ampliação e o aprofundamento de conhecimento e habilidades.
6. Sistematização: tem como objectivo aprofundar os conhecimentos e capacidades através do reconhecimento de relações mais abrangentes
entre conteúdos adquiridos mais ou menos isoladamente.

Resumo dos Movimentos na Cinemática da 8ª classe

Indicador Movimento Rectilíneo Uniforme Movimento Rectilíneo Uniformemente Variado

Acelerado Retardado

Características Os espaços percorridos são directamente A velocidade aumenta/diminui proporcionalmente com o tempo.
proporcionais aos tempos gastos em percorrê- A constante de proporcionalidade entre o aumento ou diminuição da
los. velocidade com o tempo é denominada aceleração.
A constante de proporcionalidade entre os A velocidade aumenta uniformemente com o A velocidade diminui
espaços percorridos e o tempo gasto em tempo. uniformemente com o
percorrê-los é a velocidade. A queda livre é um caso especial deste movimento tempo
Leis Lei da velocidade no MRU: a velocidade é Lei da aceleração no MRUV: a aceleração é constante, isto é, não varia com
constante em módulo, direcção e sentido o tempo.
Lei do espaço no MRU: o espaço é A aceleração
proporcional ao tempo Na queda livre a aceleração com que os corpos
caem é a mesma e denomina-se aceleração de

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gravidade – g (m/s²). g = 9,8 m/s² ≈ 10 m/s² (na
Terra) e g = 1,6 m/s² (na Lua)
Equações Espaço: △S = V•△t ⇨ S = So + V•△t (m) Espaço: S = So +Vo•t + a•t²/2 (m) | queda livre: h = ho +Vo•t + g•t²/2 (m)
Velocidade: V = △S/△t (m/s) ⇨V = constante Velocidade: V = Vo + a•t (m/s) | queda livre: V = Vo + g•t (m/s)
Aceleração: a = △V/△t (m/s²)
Gráficos O gráfico Vxt é uma linha recta perpendicular
ao eixo dasvelocidade. Gráfico Vxt Gráfico da Vxt é uma
linha oblíqua
A equação horária do
MRU é uma equação Gráfico axt é uma linha
do 1º grau por isso o
recta perpendicular ao
gráfico Sxt é uma liha
recta oblíqua em eixo da aceleração
relação aos dois eixos.
Gráfico Sxt é uma
Gráfico Sxt parábola

7. Plano de Unidade: é uma especificação maior do plano do curso.

N Objectivos Conteúdos Métodos (estratégias e meios)

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1, • Dar exemplos de movimento oscilatório. • Noção de oscilação. Eda.: pendulo simples. Demostração
2 e • Caracterizar o movimento oscilatório • Grandezas que caracterizam as oscilações experimental do movimento oscilatório
3 • Identificar as grandezas fundamentais que mecânicas (elongação, período, amplitude e
caracterizam o movimento oscilatório frequência).
• Construir o grafico duma oscilação • Interpretação das grandezas no grafico da
experimentalmente elongação em função do tempo.
4 • Explicar a relação de proporcionalidade • Dependência do período das oscilações de Edd.: Pendulo elástico. Demonstrar
entre o período e o comprimento de um um pêndulo do comprimento. experimentalmente a relação período,
pêndulo simples • Dependência do período das oscilações de comprimento e massa do oscilante.
• Explicar a relação de proporcionalidade um pêndulo de mola da massa.
entre o período e a massa da um oscilador
de mola
5 e • Explicar o conceito de onda mecânica. • Noção de onda mecânica. Edd.: ondas numa corda.
6 • Caracterizar o movimento ondulatório • Grandezas físicas que caracterizam uma - cartaz (es) com ilustrações de ondas (mares)
onda mecânica (amplitude, frequência, e efeito dominó
período, comprimento de onda).
• Explicar fenómenos relacionados com • Dependência da velocidade de propagação Ficha de Trabalho
7, ondas mecânicas . da onda da frequência e do comprimento de Trabalho em grupo
8 e • Explicar a dependência da velocidade de onda.
9 propagação com a frequência e do o • Exercícios de aplicação
comprimento de onda.
• Distinguir oscilação mecânica de onda
mecânica

8. Tema da Aula: Intensidade de Corrente Eléctrica


a. Objectivos
i. Objectivos cognitivos
No final da minha aula o aluno sabe que:
• A intensidade da corrente eléctrica é a quantidade de carga que atravessa uma secção recta do condutor em cada unidade de tempo;

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• O símbolo que representa a Intensidade da Corrente Eléctrica é I, e sua unidade no SI é o Ampere (A) que equivale à Coulomb por
Segundo (C/s).
• A expressão para determinar a intensidade é: I = Q/△t;
ii. Objectivos
No final da minha aula o aluno sabe:
• Interpretar o conceito de Intensidade de Corrente no contexto tecnológico;
• Aplicar a expressão da intensidade para resolução de exercícios e problemas
iii. Objectivos Psicomotores
Durante a aula o aluno desenvolve espírito de análise e interpretação de fenómenos

b. Orientação dos Objectivos


Para orientar os objectivos o professor pode proceder com breve recapitulação da aula anterior (que aborda sobre corrente e conceito de carga) pois
constitui pré-requisito, e fazer ligação expositiva com a intensidade – que consistirá à relação da quantidade de cargas em movimento com o
intervalo de tempo.

c. Tratamento da matéria nova


À seu efeito, o professor relaciona a quantidade de carga que atravessa uma secção na unidade de tempo, formulando assim o conceito de intensidade
de corrente eléctrica. Ainda a seguir são alguns passos com que o professor pode proceder nesta fase:
Expressar a equação que permite a determinação da intensidade, seu símbolo, sua equação, sua unidade no SI e subsequentes submúltiplos dessa
unidade, para prevenir armadilhas na resolução de problemas.
Interpretar a interpretação nas situações tecnológicas do quotidiano como é o caso da intensidade indicada nos aparelhos, telemóveis e mais
instrumentos com que os alunos convivem no seu dia-a-dia.

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Resolver situações-problemas com os alunos para garanti-los a possibilidade de utilização das equações na resolução de exercícios.
d. Consolidação
Para a realização desta fase, o professor tem cinco formas para proceder, mas antes delas, o professor pode medir apenas expondo questões
problemáticas que servirão para controlar a assimilação da matéria, dependendo dos resultados deste procedimento ele pode seguir com as outras
formas para garantir a segurança de fixação desta aula, ei-las: recapitulação, exercitação, sistematização, síntese e aplicação.

9. Importância da avaliação para o aluno como aprendiz e para o professor como facilitador da aprendizagem.
• A avaliação é procedimento que constitui a base do sucesso do processo de ensino e aprendizagem, é importante quanto para aluno
como para o professor. Dentre as suas importâncias citam-se:
• Através da verificação e qualificação dos resultados da avaliação permite ao professor determinar a correspondência da matéria com os
objectivos propostos, que por sua vez, permite orientam a tomada de decisões em relação às actividades didácticas subsequentes;
• Permite identificar progressos e dificuldades dos alunos e a actuação do professor, para determinar modificações do processo de ensino
com vista a melhor cumprir com os objectivos da aprendizagem;
• Contribui ao aluno o reconhecimento das suas capacidades e habilidades;
• Contribui para a assimilação e fixação, pois a correção dos erros cometidos possibilita o aprimoramento, ampliação e aprofundamento
de conhecimentos e habilidades;
• E enfim, é um termómetro dos esforços do professor — ajuda na auto-percepção do professor.
10. A avaliação e controlo pode ter lugar em qualquer momento da aula. Afirmativo! A avaliação permite medir o desempenho dos alunos e
actuação do próprio professor. E por isso para o efeito o professor tem como recursos pedagógicos: situações-problemas, perguntas e
dissertação, exposição de frases incompletas ou frases evocadas, ou então escolha de uma resposta em meio de muitas, que vão revelar até
que nível os objectivos da aula foram alcançados.

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Bibliografia
CUPANE, A. Felisberto. F9: Física 9ª Classe. 1ª ed. Maputo: Texto. 2008
INSTITUTO NACIONAL DO DESENVOLVIMNETO DA EDUCAÇÃO. Programa do Ensino Básico 8ª, 9ª e 10ª classes. INDE/MINED:
Maputo-Moçambique. 2010
LIBÂNEO, José Carlos. Didáctica. São Paulo: Cortez. 1990
MAVANGA, Gil Gabriel . Sebenta Fundamentos da Didáctica de Física. Universidade Pedagógica, Maputo, Julho de 2010
MENESES, J. Paulo; NHABIQUE, Fabião. Física Para Todos: 8ª classe. 1ª ed. Maputo: ENM. 2009
MENESES, J. Paulo. F10: Física 10ª classe. 2ª ed. Maputo: Texto. 2008
PILETTI, Claudino. Didáctica Geral. 23ª ed. São Paulo: Ática.

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