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Seminário IRS
Prof. Tomás Tavares
Mestrado em Direito Fiscal
Ano Letivo: 2018/2019
Incidência Subjetiva
Pessoas singulares
É um imposto sobre o rendimento das pessoas singulares que está organizado em categorias
Art.13º CIRS – distingue residentes e não residentes
Residentes
Art.13º/1 CIRS
Art.15º/1 CIRS
Nos residentes fiscais em PT, o IRS incide sobre a totalidade dos seus rendimentos, quer sejam
auferidos em PT ou em qualquer parte do mundo (= incidência global world wide income)
Neste caso, o elemento de conexão é a residência
Art.16º:
o a) são residentes fiscais as pessoas que tenham vivido em PT mais do que 6 meses (quer
sejam seguidos ou somados) e, portanto, estes são tributados pelo world wide income
o b) aqueles que estão menos de 6 meses em PT, mas que têm uma casa (comprada ou
alugada) que faz supor que é a residência habitual
Não residentes
15º/2 CIRS
Os não residentes são tributados em PT, apenas, em relação aos rendimentos considerados obtidos
em Portugal
Neste caso, o elemento de conexão é a localização do rendimento
Caso jurisprudencial:
1. Emigrante em França, mas tem a sua casa na terrinha em PT. O emigrante só vem a PT
nas férias de Verão de acordo com o primeiro critério (16º/a) ele não é considerado
residente, será que pode ser considerado residente através do segundo critério?
A jurisprudência entendeu que, de facto, existe uma intenção de manter essa residência
como a residência habitual, mas essa intenção não era atual, portanto, neste momento
apenas queriam a casa como casa de férias A intenção de manter como residência
habitual tem de ser uma intenção atual (portanto, não é considerado residente)
2. Casos de emigração recente devido à crise económica – casais em que o marido vai
trabalhar para fora e a mulher e os filhos ficam em PT. Questão: o marido que foi
trabalhar para a Suíça, é residente fiscal em PT? Neste caso, de acordo com o art.16º/5 a
residência fiscal é aferida em relação a cada sujeito passivo do agregado, ou seja, não se
pode contar o facto de a família estar em PT e, excluindo esse facto, então o marido não
tem em PT a intenção de manter a residência atual, logo, não pode ser considerado
como residente em PT
Ex: Pessoa solteira, sem filhos está 200 dias em PT, portanto, é considerado residente fiscal em PT
(16º/1 a), mas também trabalha em ES, tem lá casa e rendimentos. Considerando que a Lei ESP é
idêntica à Lei PT, pode acontecer que, perante a lei interna seja considerado residente fiscal em PT e,
de acordo com a lei interna ESP seja considerado residente fiscal em ES fenómeno da dupla
tributação (casos em que são considerados residentes fiscais de acordo com a lei interna de cada
país)
Nota: se o legislador diz que um determinado rendimento não é tributado em Portugal, então não vai ser
tributado a tributação tem de estar previamente taxativa na lei, logo, o que não está na lei não é
tributado
o Ex: U2 vem a PT dar um concerto – o Estado PT tem um elemento de conexão, portanto vai
poder tributar Mas, a tributação vai ser por substituição, ou seja, o organizador vai
recolher o imposto e entregar ao Estado PT (e não os U2)
É um fenómeno de substituição, é mais fácil de obter a receita e também mais
simples para o sujeito passivo
Em alguns casos, em razão da natureza dos rendimentos o fenómeno de substituição tributaria não
é possível e tem de ser o não residente a entregar o imposto, o que torna mais difícil para o Estado
PT fazer funcionar o contencioso
o Ex: Caso das mais-valias – um Italiano vende o imóvel PT e tem mais-valias e não há ninguém
para fazer a substituição tributária, pelo que, tem de ser o próprio Italiano a entregar o
imposto, ou seja, tem de ser autodeclarado pelo não residente
Regime para o não residente e o residente poder ser chamado em caso de incumprimento
Art.27º LGT
A. Gestores de bens ou direitos de não residentes
São responsáveis solidariamente (≠ substituto)
Não depende da iniciativa do próprio, é o fisco que entende se determinada pessoa
é considerada ou não gestor de bens e direitos
Art.130º IRS
B. Figura do representante fiscal
Os não residentes que obtenham rendimentos sujeitos a IRS em PT, têm de nomear
um representante (residente) para a comunicação com o fisco português
O representante não tem obrigações solidárias com o não residente
O representante declara-se ao fisco
Art.130º/2: dentro da UE isto não é necessário
Quem, não tenha residido fiscalmente em PT nos últimos 5 anos, quer seja nacional PT ou não, e
venha residir fiscalmente em PT, tem um grande beneficio fiscal durante 10 anos
Art.16º/9 IRS
Regime de tributação: art.81º/4 e ss IRS
o Para os rendimentos obtidos no estrangeiro, PT não vai tributar porque se tributar os
rendimentos estrangeiros as pessoas não vêm para PT e, portanto, PT criou uma isenção de
tributação dos rendimentos de fonte estrangeira durante 10 anos (se o Estado PT não fizesse
isto, os estrangeiros não vinham)
o Ex: Funcionário Suíço da Google vem para PT e obtém rendimentos estrangeiros da Google
o Estado PT não tributa esses rendimentos estrangeiros
o Art.81º/5 e 81º/6: os residentes não habituais que obtenham rendimentos destas
categorias no estrangeiro, não vão ser tributados em relação a elas porque o Estado PT
abdica da sua tributação
o Art.72º/6: residentes não habituais que obtém rendimentos da fonte PT caso de pessoas
não residentes que vêm trabalhar para PT em profissões importantes/relevantes para o
Estado PT são tributados à taxa de 20%
Ex: Professor não residente vem residir para PT dar aulas muito importantes
Ex: Arquitetos; Diretor Financeiro, etc.
Incidência objetiva
O IRS é o único imposto de rendimento e o seu objetivo é tributar todo e qualquer rendimento das
pessoas singulares, que seja auferido em PT ou em qualquer parte do mundo o IRS é um imposto
único
O IRS é um imposto anual
Hoje em dia, tudo é levado a tributação, mas não significa que tudo seja tributado da mesma
maneira
MAS: há situações excecionais em que o legislador opta por não tributar certas realidades, quer-se
tributar o rendimento quando ele “está colado ao dinheiro” associa-se ao pagamento ou quase
pagamento
o Ex: trabalho como professor na católica, eu só vou ser tributado quando receber o
pagamento associa-se ao pagamento ou quase-pagamento
o Ex: comprei uma casa por 10 e hoje vale 100 só quando vender a casa é que vou ser
tributado, enquanto não vender apesar de estar mais rico (porque a casa vale mais),não vou
ser tributado
Art.1º IRS: o IRS quer tributar todos os rendimentos, mesmo que sejam ilícitos
o Ex: se alguém ganha um rendimento por vender droga, o Estado pode apreender a droga e
tributar essa pessoa pelo rendimento que obteve na venda da droga
Art.23º e 24º IRS: Situações em que há um rendimento não em dinheiro (ex: patrão oferece um
carro) no entanto, o facto de pagar em espécie em vez de dinheiro não exclui a tributação tem
de ser transformar num valor monetário
O rendimento noutra moeda também é tributado, fazendo-se uma conversão
Por regra, todos os rendimentos são tributados, mas têm uma forma distinta de tributação
Rendimentos de trabalho e pensões são tributados a uma taxa progressiva com
englobamento (0% a 50%) – art.104º CRP
Rendimentos de capital (lucros/juros/dividendos) têm outra forma de tributação
em principio, são tributados sem englobamento a uma taxa fixa inferior ao patamar
máximo do englobamento (+/- 28%)
Nota: Esta taxa é mais baixa por razoes tributárias porque, os trabalhadores
em principio, não se deslocalizam se houver muito imposto, enquanto que,
se aumentar a tributação de juros, o investidor muda-se e desaparece o
capital e a tributação (porque passo a ser não residente e, portanto, já não
vou poder tributar) além disso, do ponto de vista económico para haver
trabalho tem de haver capital
Taxas
Progressivas – aumenta a base fiscal /matéria coletável aumenta a taxa
Proporcional ou fixa- aumenta a base fiscal/ matéria coletável a taxa é igual
O IRS globalmente tem de ser progressivo, mas admite-se que haja momentos em que é proporcional ou
fixo
Não englobados:
Regra: taxa fixa (72º) ou liberatória (71º) art.22º/3 IRS
o Categoria E
o Categoria F
o Categoria G
Os rendimentos dos art.71º e 72º são rendimentos de não residentes, exceto nos casos em que os
sujeitos passivos optam pelo englobamento
A taxa fixa pode ser englobada por opção do sujeito passivo, mas os rendimentos englobados não
podem optar por uma taxa fixa
Nota: quando o sujeito passivo exerça a opção do englobamento então vai ser tudo englobado
dentro da mesma categoria (ou engloba tudo ou não engloba nada) – art.22º/5
Taxa liberatória- art.71º IRS
Estão sujeitos a retenção na fonte (= substituição total), a titulo definitivo a uma taxa liberatória
não vão ser levados à declaração
o Ex: depósito a prazo com taxa de juro a 10%. Vou receber 100 000€ (rendimento). O
banco tem a obrigação legal de, em vez de me entregar 100 000€, reter na fonte
28% (=28 000€) e entregar-me o remanescente portanto, o banco substitui-se a
mim e entrega os 28% ao Estado e a mim o remanescente a relação fiscal
extingue-se
É uma obrigação legal – o 3º vai-se substituir ao contribuinte
Vantagem: simplicidade – transformo a relação de 1 000 000 e depositantes em 10 bancos se
houver algum problema é o banco que o Estado vai chatear
Taxa fixa – art.72º IRS
= taxas especiais ou autónomas (há deduções)
Caso em que um determinado rendimento tem taxa fixa, mas essa taxa não está inserida numa
relação de substituição fiscal como a taxa liberatória
Não há um 3º que paga a taxa por mim, eu é que a declaro
o Ex: vendi ações por 100 000 e tenho mais valias de 50 000. Eu é que tenho de declarar,
ninguém me vai substituir, e escolho se quero uma taxa fixa ou se opto pelo
englobamento
Portanto, todos os rendimentos sujeitos a uma taxa fixa podem ser englobados por opção do
sujeito passivo – 72º/8
Depois de aplicar a taxa fixa e progressiva tenho as deduções personalizantes/ deduções à coleta
art.78º
o As deduções têm a ver com razões pessoais; controlo cruzado e benefícios fiscais – olhar
para a situação pessoal do sujeito passivo
Depois das deduções à coleta tenho de atender aos pagamentos antecipados do imposto
o Pagamentos antecipados do imposto: deduz-se o que já foi pago ou, caso se verifique, o
reembolso
Pagamento por conta: Rendimentos da categoria B (art.99º a 102º)
Retenção na fonte: Casos de substituição parcial
Ex: a católica deduz o imposto quando paga o salário ao professor
Retenção na fonte
Retenção na fonte em substituição total: taxa liberatória banco
o Caso dos juros no depósito a prazo o banco entrega e extingue-se a relação fiscal
Retenção na fonte em substituição parcial ou tripartição da relação tributária: retenção na fonte
como pagamento por conta
o Entidade patronal – caso do 3º que, por imposição legal, retém na fonte para entregar ao
Estado este rendimento não está sujeito a taxa liberatória, mas sim ao englobamento
Responsabilidade caso haja uma incorreção na retenção na fonte – quando não há retenção ou não há
entrega
i. Caso em que o Banco ou a Católica retém na fonte, mas não entrega ao Estado
Neste caso, o único responsável é o Banco – art.28º/1 LGT
ii. Caso em que o Banco/ Católica não retém e paga o bruto
No caso da Católica, o responsável originário é o sujeito X e a Católica é o
responsável subsidiário pelos juros – 28º/2 LGT
Segue esta lógica porque como é o sujeito passivo quem tem o
dinheiro no bolso, é ele quem tem de pagar
No caso do Banco, quando este paga o bruto, é o Banco que vai ser o
responsável originário e o substituído é o responsável subsidiário. Se o banco
pagar depois pode exigir civilmente o dinheiro através do direito de regresso –
28º/3 LGT
Categorias do IRS
Categoria A: trabalho dependente
Categoria B: rendimentos empresariais e profissionais
Categoria E: rendimentos de capitais
Categoria F: Rendimentos prediais
Categoria G: mais valias e incrementos patrimoniais
Categoria H: pensões
o Ex: um trabalhador cujo valor médio das remunerações são 20 000€ e recebe uma
indemnização de rescisão de 30 000€ vai ser tributado em relação aos 10 000€
excedentes
Exceção: casos em que a indemnização é tributada na sua totalidade (normas anti
abuso) casos em que dá a criação de uma relação laboral com a mesma entidade,
nos 24 meses seguintes
Art.2º/10: definição entidade patronal é aquela que paga ou coloca à
disposição remunerações que constituem rendimentos de trabalho
dependente são equiparadas a qualquer outra entidade que esteja em
relação de grupo com ela
o Ex: alguém deixa de trabalhar no continente e passa a trabalhar na
worten ambas as entidades pertencem à SONAE
Art.2º/5: se o patrão anterior tiver uma relação de agregado familiar com o patrão posterior, a
indemnização é toda tributada
o Exceto: se receber menos 50% do que recebia antes
Art.2º/6: os salários e os subsídios de férias são sempre tributados na sua totalidade
Art.2º/7: só posso beneficiar do regime das exceções de não tributação a cada 5 anos, ou seja, vai
ser tributado pela totalidade quando o sujeito passivo tenha beneficiado nos últimos 5 anos da não
tributação total ou parcial prevista no 2º/4
Art.2º/10: conceito de entidade patronal
o A entidade que pague ou coloque à disposição remunerações que, nos termos do artigo
constituam rendimentos de trabalho dependente, ou, qualquer entidade que com ela esteja
em relação de grupo, domínio ou simples participação, independentemente da respetiva
localização geográfica
Art.2-A IRS: delimitação negativa dos rendimentos da Categoria A não há tributação:
o Sobre o ponto de vista fiscal, estes rendimentos não vão ser tributados
Ex: passe social para os trabalhadores, desde que tenha carater geral (seja dado a
todos os trabalhadores) não vai ser tributado
Art.74º: os salários em atraso não são tributados, o imposto só vai existir quando forem pagos
Momento temporal relevante:
É o momento em que as remunerações são pagas ou colocadas à disposição
Colocados à disposição: acontece num momento temporal anterior ao pagamento
o empregador fez tudo o que estava ao seu alcance para que o trabalhador possa
ir buscar o seu salário – apenas depende de um ato material do trabalhador
o Ex: empregador diz que os trabalhadores já podem ir à secretaria
buscar os seus salários
o Ex: empresa coloca o envelope com o salário à disposição do
trabalhador, mas este não o vai buscar – vai ser tributado
Deduções – art.25º IRS
Depois de sabermos qual é o rendimento bruto, vamos deduzir os encargos que as pessoas coletivas
suportam no exercício da sua atividade
Os trabalhadores por conta de outrem não têm encargos diretos e específicos por conta do exercício
da sua profissão
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o Mas, os trabalhadores podem ter despesas para melhor exercer o seu trabalho despesas
de deslocação ou formação profissional
Ex: trabalhador para ter um CV melhor faz o curso, o patrão não lhe paga o curso,
mas o trabalhador faz na mesma e paga ele próprio
Rendimento bruto do ano (-) as deduções especificas da categoria = rendimento liquido
a) deduz-se 4104€ por cabeça
b) quotizações sindicais
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o Contabilidade organizada – quem, tenha tido no ano anterior mais do que 200 000€ 28º/
1 a) IRS
o Regime simplificado – quem, no ano anterior, tenha tido rendimento bruto menor do que
200 000€ - 28º/1 b) IRS
MAS: nestes casos em que o rendimento bruto é inferior a 200 000€, pode-se
escolher entre regime simplificado ou contabilidade organizada – 28º/3
o Art.28º/6:
A aplicação do regime simplificado cessa se, o montante dos 200 000€ for
ultrapassado 2 anos consecutivos, OU, seja ultrapassado apenas uma vez, mas num
montante superior a 25% (= 250 000€)
Quando tal se verifica, significa que, no ano seguinte, vai passar para o
regime de contabilidade organizada
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Deduções:
Os juros não têm deduções
o Rendimento bruto = rendimento líquido
Deste modo, vão ser tributados a uma taxa liberatória
Art.40º-A IRS – dupla tributação económica
o Só para os lucros
Ex: A (pessoa singular) tem 100% do capital de uma empresa – a empresa gera 1
milhão €/ lucro, mas vai ser tributado em IRC por exemplo, a uma taxa de 30% = 300
000€, portanto, só ficam 700 000€ de lucros distribuídos
o Os lucros devidos de pessoas coletivas sujeitas a IRC, no caso de opção por englobamento,
são considerados em apenas 50% a pessoa singular escolhe:
Opção por englobamento – tributação 50%
Ex: nos 750 000€ levo apenas 350 000€ a englobamento
Opção por taxa liberatória 28% sob 100% do rendimento art.71º/1 a)
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Ex: uma venda de um relógio de coleção ou de um quadro valioso não vai ser tributada porque o
legislador não quis tributar
Mais valias tributadas em IRS:
o Mais valias imobiliárias – 10º/1 a)
o Mais valias de valores mobiliários – 10º/1 b)
Só sou tributado pela venda, pelo valor de realização (= valor da venda), até à venda, apenas tenho
uma mais valia potencial/uma expectativa
Tributação da casa de morada de família – 10º/5 IRS
o Não se pode tributar as mais valias decorrentes da venda da casa de morada de família, se
houver uma logica de substituição, isto é, se vender e reinvestir na compra de um outro
imóvel que passe a ser a casa de morada de família (gastando todo o dinheiro da venda da
casa anterior) não sou tributado
Para isso, tenho de reinvestir nos 2 anos antes ou nos 3 anos a seguir estamos
perante uma isenção com uma condição
Se, reinvestir numa casa com um valor inferior ao da venda, então apenas
sou tributado na proporção
NOTA: se estivermos perante uma doação (ex. herança) não entra no IRS
Momento temporal
Regra: no momento da alienação onerosa
Deduções:
Art.42º, 43º e ss IRS
Art.43º:
o Tributa-se o saldo apurado entre as mais-valias e menos-valias realizadas no mesmo ano
o Ora, quanto ao saldo de mais e menos valias respeitantes a imóveis, para residentes, apenas
é considerado em 50% do seu valor
o O saldo relativo a mais valias mobiliarias, é igualmente apurado em 50% para o caso das
micro e pequenas empresas
o No caso de valores mobiliários que não sejam micro e pequenas empresas então a
tributação é de 100%
Art.44º: valor de realização = preço da venda
Art.45º: aquisição a titulo gratuito valor de aquisição para efeitos de IRS = valor base pago no
imposto de selo
Art.46º
Art.48º
Art.50º: desvalorização do dinheiro com o tempo
Ex: vender imóvel em 2018 por 110 000 e ter comprado por 100 000 em 2017 ≠
vende imóvel em 2018 por 110 000, mas ter comprado por 100 000 em 1977
o É necessário fazer uma correção monetária do custo de aquisição
o Se tiverem decorrido mais de 2 anos então tenho de multiplicar o custo de aquisição pelo
coeficiente de desvalorização da moeda
Art.51º: despesas e encargos
o 51º/1 a): ex. tenho um imóvel que comprei por 100 000 e vendi por 1 000 000, mas fiz obras
de 600 000, então vou deduzir os 600 000 obras de valorização nos últimos 12 anos
o 51º/1 b): despesas de comissão da agência imobiliária
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Portanto (esquema):
Nota: Os rendimentos da Cat. E, F e G podem ser englobados por opção do sujeito passivo ´
Na Categoria e nunca há necessidade de declarar, a relação tributaria extinguiu-se simplificação
total
o O código do IRS deseja que as pessoas optem pela não declaração de IRS através da substituição
total, mas por questões de salvaguardar inconstitucionalidade, dá a opção do sujeito passivo
escolher pelo englobamento 104º CRP
Art.22º IRS – Englobamento
A lei impõe que os rendimentos de trabalho (Categoria A; B e H) sejam declarados no IRS e
englobados
o Os rendimentos da Categoria A; B e H são englobados por imposição legal
o Vão ser tributados a uma taxa progressiva art.68º IRS
o Art.68º-A: taxa adicional de solidariedade
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22º/3: não são englobados para efeitos de tributação, os rendimentos auferidos no art.71º e 72º
(Categoria E; F e G), sem prejuízo de poderem optar pelo englobamento rendimentos não de
trabalho, em principio são tributados não por englobamento, mas a uma taxa fixa
o art.71º IRS: Categoria E taxa liberatória retenção na fonte de 28% termina a relação fiscal
o art.72º IRS: Categoria F e G (valores mobiliários) taxa fixa/ especial autónoma de 28%
termina a relação fiscal
Dedução de perdas
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Art.55º/1 d): no caso das mais e menos valias de valores mobiliários, se o contribuinte tem um
resultado negativo, só vai obter a bolsa de prejuízos, se optar pelo englobamento. Se optar pelo
englobamento, então a perda perde-se não pode ser reportada
Art.43º/2
Mínimo de existência
Art.70º IRS
Nota: Até aqui estivemos a presumir que o contribuinte declara os seus rendimentos de forma voluntária e
cumpre espontaneamente, ou através de um controlo cruzado
Mas, pode haver situações em que as pessoas não declaram e não são apanhadas ou, em que a AT
tem grande dificuldade em detetar as situações
o Ex: dou aulas caríssimas à católica espanhola e, em principio a católica de Espanha não
declara ao fisco PT
o Ex: faço um negócio em que peço para não declarar (ex. rendas)
Manifestações de fortuna – art.9º/1 d) IRS
Será que o fisco tem que investigar e apurar detalhadamente aquilo que não tributou quando o
contribuinte não declarou, ou será que pode fazer mais ou menos indiretamente?
o Hoje, há uma regra que diz que se o fisco não deteta o rendimento na sua origem, vai poder
detetar no seu consumo ou no seu património situações de disparidade
Ex. ganhei 500 000 e não declarei e o fisco não detetou. Mas, comprei um Ferrari
aqui o fisco percebe que quem tem um rendimento de salário mínimo não pode ter
um Ferrari
Portanto, o fisco pode perceber que há um rendimento omitido através do
consumo ou património deteta indiretamente
O fisco não tem de provar qual foi o rendimento omitido que ele obteve,
basta haver a disparidade, detetando a disparidade então vai poder tributar
O fisco vai tributar com base numa presunção ilidível não está a tributar a
realidade, está a tributar uma presunção, ou seja, de um facto conhecido vai
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