(apontamentos)
Artigo 817.º CC
Artigo 97.º CIRE – sentido da norma é penalizar a inatividade do credor que, por saber
que tem um privilégio creditório, não reage.
Artigo 99.º CIRE – é uma limitação ao direito de compensar. Sabe-se que uma extinção
da obrigação será através da compensação (847.º CC).
Pessoas singulares;
Pessoas coletivas;
Patrimónios autónomos:
Herança jacente;
Comissões especiais;
Condomínio resultante da propriedade horizontal?????
Insolvência
Impossibilidade de cumprir = 3.º/1
Este critério aplica-se a todos os sujeitos passivos (ver infra quem são), mesmo àqueles
que estão abrangidos pelo critério do balanço.
Critério deverá ser observado de forma qualitativa e não quantitativa. Veja-se que pode
existir um grande número de dívidas que, contudo, não contribuam para o risco de
incumprimento. Por outro lado, pode bastar uma só dívida para indiciar uma
incapacidade financeira para o cumprimento, talvez devido ao seu montante.
Devedor não paga dívidas vencidas, mas o credor é beneficiário de uma hipoteca
com um valor duas vezes superior ao valor da dívida. A existência de bens
onerados por garantias (hipoteca) é suficiente para paralisar a declaração da
insolvência com base no critério do fluxo de caixa?
A este respeito, ler o acórdão da página 9 da 3ª aula.
Pessoas coletivas;
Patrimónios autónomos sem pessoas singulares responsáveis pessoal e
ilimitadamente pelas dívidas === patrimónios autónomos de responsabilidade
limitada.
Fatores de correção, isto é, fatores que eliminam a aplicação do artigo 3.º/2 dispostos
no artigo 3.º/3
Insolvência iminente
Apresentação pelo devedor à insolvência 3.º/4
Tramitação subsequente
1. Petição inicial 23.º ss. CIRE
2. 27.º - 29.º CIRE
a. Indeferimento; OU
b. Convite a corrigir; OU
c. Declaração imediata (apresentação pelo devedor)
3. Citação do devedor 27.º - 29.º CIRE
4. Oposição pelo devedor 30.º CIRE
5. Audiência de discussão e julgamento 35.º CIRE
6. .
a. Indeferimento; OU
b. Sentença de declaração de insolvência.
7. Reclamação e verificação de créditos / restituição e separação de bens
8. Liquidação (plano de insolvência)
9. Encerramento
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SANEAMENTO
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A liquidação opera de acordo com o estipulado nos artigos 164.º CIRE e 811.º CPC.
Expressões-chave
O Direito da insolvência é a disciplina jurídica tendente a evitar e a resolver a
insolvência, com especial consideração pelos interesses do devedor e dos credores –
Catarina Serra.
Caso o devedor insolvente celebre negócios sobre os bens da massa, estes são
considerados ineficazes em relação a ela (massa insolvente). Massa insolvente
responderá nos termos do enriquecimento sem causa pelo que lhe tiver sido prestado.
Plano de insolvência é meramente eventual (não aplicável a pessoas singulares que não
sejam empresários – 250.º).
A insolvência pode ser qualificada como culposa OU fortuita. Sendo qualificada como
fortuita, a incapacidade para satisfazer os direitos dos credores assumir-se-á como uma
decorrência dos riscos associados ao exercício comercial, ou seja, existe uma limitação
da responsabilidade.
Se um credor não reclamar o seu crédito no devido tempo, perderá essa hipótese. A
exceção a esta regra consiste na luz do acaso em constar na contabilidade ou o devedor
assumir expressamente a existência desse crédito para ser tomado em conta pelo
Administrador da Insolvência. O normal e diligente é que o credor reclame o seu crédito
no processo de insolvência (não existe um dever jurídico. É um ónus do credor).
Credores
Podem, por maioria, substituir o administrador nomeado – 53.º/1.
Massa insolvente
Abrange todo o património do devedor à data da declaração da insolvência, bem como
os bens e direitos que ele adquira na pendência do processo – 46.º/1.
V.g. bens do domínio público do Estado; objetos cuja apreensão seja ofensiva
dos bons costumes ou careça de justificação económica; animais de companhia; 2/3 da
parte líquida dos vencimentos, salários.
Efeitos imediatos
Transferência dos poderes de administração dos bens do insolvente para o administrador
da insolvência 81.º/1
Regime geral de ineficácia dos atos realizados pelo insolvente após a declaração de
insolvência 81.º/6
Sendo um processo coletivo, todos os credores terão de ir ao processo para fazer valer
as suas pretensões (direitos).
Princípios e deveres
Princípio do inquisitório A decisão do juiz pode ser fundada em factos que não
tenham sido alegados pelas partes = artigo 11.º
Princípio da concentração
GARANTIDOS
Artigo 174.º
PRIVILEGIADOS
Artigo 175.º
SUBORDINADOS
Artigo 177.º = somente são pagos no fim de serem pagos todos os restantes
créditos.
SOB CONDIÇÃO
COMUNS
Acórdãos
STJ 2014 – uniformização de jurisprudência (nº1/2014 de 8 de maio de 2013) =
entendeu que se torna inútil de forma superveniente uma ação logo a seguir a
uma declaração de insolvência
STJ 16 novembro de 2010 (Moreira Alves)
Acórdão importante lavrado à luz da legislação antiga = Relação de Coimbra de
5 de Junho de 2007. Neste acórdão, trata-se de uma renúncia (ato positivo; ato
de vontade expressa) e não de uma omissão.
Legislador dá prevalência clara da resolução em benefício da massa sobre a
impugnação pauliana (que apenas favorece o credor que interpôs a ação – 127º/3
= interpretação à letra da lei – STJ de 11 de julho de 2013 traz interpretação
diferente). A maioria da jurisprudência conclui pela natureza individual da ação
de impugnação pauliana.
Plano de insolvência.
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