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sistemas de informação

módulo n.º8 – projecto

Curso Técnico de Informática de Gestão


Turma 12ºIG
Data 17 de janeiro de 2014

RECOLHA, SELECÇÃO E TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

No desenvolvimento do teu projecto, ou de outro tipo de trabalho, vais ter de recolher, seleccionar e
tratar uma quantidade muito grande de informação. Por sabermos que nem sempre cumpres os requisitos que
tornam as informações que recolhes verdadeiramente úteis e oportunas, sugerimos -te que analises
cuidadosamente algumas instruções. Vamos abordar brevemente algumas regras que deves cumprir no registo
de dados de fontes muito distintas: livros, artigos, materiais multimédia, filmes, colóquios, programas de
televisão. Há outros meios, mas estes são os mais utilizados.

1. LIVROS

Antes de procurares outras fontes de informação, deves começar por procurar nos livros que tens em tua
casa ou na casa de familiares e amigos As novas tecnologias da informação e comunicação não substituem os
livros e, por isso, propomos-te que inicies a tua pesquisa por eles. A biblioteca da escola é um extraordinário
recurso que está à tua disposição e onde podes até encontrar apoio e orientação na tua pesquisa. Podes ainda
recorrer a bibliotecas públicas que estão cada vez mais apetrechadas e organizadas para disponibilizar materiais
diversificados.

Dicionários e enciclopédias

Muitos autores de livros e artigos começam o seu trabalho de escrita pesquisando nos dicionários os
conceitos, as palavras-chave do seu tema. Um dicionário de Língua Portuguesa pode dar-te pistas para
desenvolveres as tuas ideias: os vários significados de uma palavra, a sua origem etimológica constituem
frequentemente interessantes pontos de partida.

Os dicionários especializados podem também ser muito úteis: são dicionários que exploram os conceitos
fundamentais de determinada área do saber, de determinadas temáticas. Por exemplo, há dicionários de
Literatura Portuguesa, de Psicologia, de Economia, de Filosofia, de Biologia, de Sociologia, de Provérbios e
Adágios, de História, de Matemática, etc.

Enciclopédias

As enciclopédias são livros que “sabem tudo”, isto é, abordam uma grande variedade de temas de todas
as áreas do saber. Há enciclopédias com vários tipos de desenvolvimento, podendo variar entre um e vários
volumes, entre algumas dezenas de entradas e milhares de entradas. Possivelmente, terás em casa enciclopédias
breves, que podem ser muito úteis como apoio ao desenvolvimento do teu trabalho. Contudo, se precisares de
aprofundar a informação, é conveniente consultares um exemplar mais desenvolvido.

Ultimamente, as grandes enciclopédias apresentam também uma versão em CD-ROM, o que torna muito
mais fácil a sua consulta. Informa-te na biblioteca da escola, porque existe mais do que um tipo. Para consultares
este material, se não tiveres computador, poderás utilizar os que tens à tua disposição na escola.
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Livros de consulta

O termo “livros de consulta” remete, geralmente, para todo o tipo de publicações que não sejam os
manuais que utilizas nas aulas. Antes de começares a procurar um livro sobre um assunto, tenta definir o que
pretendes dentro do tema que te propões explorar. A orientação do teu professor, a consulta do ficheiro na
biblioteca ou dos professores responsáveis permitem-te fazer uma consulta mais rápida e eficaz.

1. Deves começar a consulta pelo índice que apresenta as matérias abordadas. Será a partir do índice que
irás seleccionar o capítulo ou capítulos que mais interessam.

2. Analisa outras componentes do livro verificando, por exemplo, se tem um glossári o, bibliografia
especializada ou outros anexos que te possam interessar.

Seleccionada a parte do livro que te interessa, deves fazer uma leitura atenta e cuidada registando notas
dos dados mais relevantes. Deves ter cuidado ao tirar anotações para não adulterares o sentido da informação. Se
aparecer no texto um extracto que consideres particularmente oportuno para o teu trabalho, deves transcrevê -lo
cuidadosamente para depois o poderes incluir como citação. As indicações dadas para a consulta de um livro
aplicam-se à consulta de uma revista, jornal ou outro tipo de publicação. É importante manteres os teus registos
muito organizados para não teres que repetir a consulta. Podes criar um ficheiro no computador onde vais
gravando os teus apontamentos de consulta. Não te esqueças de registar com cuidado os dados bibliográficos
que terás de referir no teu trabalho: nome do autor, título, editora, local e data da edição e as páginas a que as
notas se referem.

2. INTERNET

A Internet é, hoje, cada vez mais usada pelos estudantes para recolher dados porque se pode encontrar
urna imensa quantidade de informações sobre todos os assuntos. Daí que seja um recurso fundamental para
desenvolveres um projecto, um trabalho, ou aprofundar um assunto. Contudo, tens de tornar algu mas
precauções quando fizeres uma consulta, senão corres o risco de te perderes num mar de material! Pode também
acontecer que, depois de horas de consulta, sintas dificuldade em gerir os dados que recolheste. Por isso,
sugerimos-te que sigas alguns conselhos quando procederes a buscas na Internet:

• define claramente o que queres procurar;


• dentro do terna geral, selecciona o aspecto sobre o qual queres obter informação;
• recolhe, antes de iniciar a busca, informações sobre os sites que tratam do tema; • ao consultar um site,
tem sempre presente a informação que pretendes encontrar;
• explora só os links que efectivamente têm a ver com a tua pesquisa;
• regista o endereço dos sites onde recolheste as informações;
• regista a data em que fizeste a consulta porque os materiais que recolhemos na Internet são
frequentemente modificados: melhorados, reorganizados e até suprimidos;
• se encontrares um texto particularmente significativo, faz o seu download e imprime-o se considerares
necessário. Se for material para um trabalho, podes incluí-lo como anexo.

Nos apontamentos que tirares, não te esqueças de indicar o endereço do site onde fizeste a recolha da
informação, a data da publicação, bem como a data da consulta.
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3. MATERIAIS MULTIMÉDIA

Há cada vez mais CD-ROM em português sobre os mais diversos assuntos. Para além das enciclopédias,
dos dicionários e dos correctores ortográficos, existem produtos que abordam as várias áreas do saber e várias
dimensões da vida económica, social e cultural do nosso país e do mundo. Procura na biblioteca da escola os
materiais disponíveis e faz uma lista daqueles que estão mais relacionados com os teus interesses.

4. FILMES

Os filmes — documentários ou filmes de ficção são um recurso muito utilizado, em várias disciplinas, para
se recolher informação. Pode ser também um meio de recolha de informação para os teus projectos. Daí ser
importante recolher apontamentos e fazer a referência da consulta correctamente. Se o filme for sugerido pelo
professor, regista por escrito os dados que te for fornecendo.

À medida que vais vendo o filme, vai tomando notas sobre os aspectos que consideras mais oportunos
para o teu trabalho. Se vires o filme gravado em tua casa, podes, inclusivamente, rever as partes que mais te
interessam ou aquelas que te suscitam dúvidas. Podes organizar as tuas notas dividindo, por exemplo, a página
em duas partes: na da esquerda, registas as imagens ou situações que queres recordar; na da direita, os
comentários que o professor faz à medida que vêem o filme, os comentários que uma situação te sugere, uma
associação com acontecimentos ou conhecimentos que já tens, etc. No teu trabalho, deves incluir a ficha do filme
seguindo as normas indicadas mais à frente.

5. COLÓQUIO

No âmbito do teu projecto, podes ser convidado a assistir a um colóquio ou a uma conferência. Deves ir
sempre preparado com materiais de registo. Muitas pessoas reservam um caderno ou um dossier especial para
reunir as notas que tiram deste tipo de acontecimentos. Se tiveres acesso ao folheto onde se publicitou o
colóquio ou conferência, conserva-o porque tem dados sobre os conferencistas e sobre os assuntos a tratar. Uma
conferência não é uma aula mas estamos perante o mesmo meio de comunicação: uma exposição oral. Sempre
que possível, relaciona o que ouves com o objecto do teu trabalho. Muitas vezes, durante a exposição, serás
surpreendido por relações que estabeleces entre informações e conhecimentos anteriores. Regista essas
relações. É possível que, durante um colóquio ou conferência, surjam novas ideias sobre o tema em debate, sobre
aspectos do teu trabalho ou projecto. Escreve essas ideias. Nas referências que fizeres, sobre o colóquio ou
conferência regista sempre:

• Tema da conferência:
• Data:
• Título da intervenção:
• Nome do conferencista:
• Entidade organizadora:
• Local de realização da conferência:

6. PROGRAMAS DE TV

São vários os programas transmitidos pela TV que se relacionam com temas que podem ter interesse para
o teu projecto. Esses programas podem revestir várias expressões: entrevistas, debates, documentários, etc. Se

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tiveres oportunidade, grava o programa, porque te permite revê -lo ou emprestá-
-lo aos teus colegas. Nos apontamentos que tirares, deves sempre registar:

• O título ou o tema do programa:


• O nome dos intervenientes:
• O nome do realizador:
• A data e o horário em que foi transmitido:
• O canal em que foi transmitido.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

7.1. Referência bibliográfica de obras impressas

Nas publicações impressas, os dados devem ser retirados da página de rosto e não da capa. No caso das
publicações periódicas, como jornais e revistas, deves consultar a ficha técnica.

Autoria

1. O nome do autor deve aparecer tal como está registado no livro, mas invertido: escreve -se o apelido
em maiúsculas, seguido do primeiro nome e restantes apelidos, separado por uma vírgula. Por vezes, o autor é
reconhecido por dois nomes o que implica que os registes. No final do nome, ou dos nomes, do autor, coloca -se
um ponto ou uma vírgula.
Exemplo: SARAMAGO, José
LOBO ANTUNES, António

2. Se a obra tem dois ou três autores, devem ser todos referenciados segundo a ordem de apresentação.
Exemplo: VALA, Jorge, MONTEIRO, Benedita

3. Quando o número de autores é superior a três, indica-se geralmente o primeiro seguido da expressão
et al. - expressão latina, abreviada de et alii que significa “e outros”.

Exemplo: REUCHLIN, M. et a!. (2004) - Psicologia. Rio de Janeiro: Zahar Editores.

4. No caso de o nome do autor não constar do documento ou se for desconhecido, o título da obra será a
primeira referência bibliográfica.

5. Se a autoria da obra for de uma colectividade, o nome transcreve -se como aparece na fonte. No caso
de ministérios, órgãos legislativos, administrativos, religiosos ou outros, ficam subordinados à z ona ou país a que
dizem respeito. Exemplo:

PORTUGAL, Ministério da Educação (2007). — Educação Alimentar em Meio Escolar— referencial para uma oferta
alimentar saudável. Lisboa: ME.

PORTO. Câmara Municipal (1982) — O Cerco do Porto. Porto: CMP.

Data
O ano em que a publicação foi editada escreve-se em algarismos árabes entre parêntesis. No caso de
jornais ou revistas, indica-se a data completa do artigo.
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Título
O título deve aparecer tal como consta na obra. O título deve ser destacado podendo escrever -se em
itálico. Todas as iniciais escrevem-se em maiúsculas. No caso de haver subtítulos, escrevem-se do mesmo modo
separando-se do título principal com um travessão. Se a seguir ao título aparecer um complemento que ajude a
identificar a obra, deve ser transcrito.

Edição
Deve ser indicado o número da edição que se encontrar na ficha técnica.

Local da publicação
O local da publicação deve ser registado após o título, seguido de dois pontos. Se o local da publicação for
desconhecido, escreve-se entre parêntesis rectos [s.l.] que são as iniciais da expressão latina sine loco que
significa “sem lugar, sem local”.

Editora
O nome da editora regista-se tal como consta da folha de rosto. Se o nome do editor não constar na
publicação, escreve-se entre parêntesis rectos [s.n.] que são as iniciais da expressão latina sine nomine que
significa “sem nome”.

Registo de dados
Os dados da publicação devem ser apresentados na seguinte ordem:
ÚLTIMO APELIDO, nome próprio e restantes apelidos. (Ano da publicação) Título. Edição, Local da publicação:
Editora.

Por exemplo:
TOWNSEND, Susan (1994). As confissões de Adrian Mole & Cª. Lisboa: Difel.

Referência bibliográfica de um artigo


Para fazeres o registo de um artigo, de um jornal ou de uma revista, deves registar os elementos
respeitando as seguintes instruções:

ÚLTIMO APELIDO, nome próprio e restantes apelidos, “Título do artigo”, Título da publicação, data
completa.
Por exemplo:
SAMPAIO, Daniel, “Autoridade e Respeito”, Notícias Magazine, 2000-06-11.

Se o artigo for publicado na Internet o registo faz-se conforme se segue:


VELOSO, Paula. “SOS obesidade/SOS publicidade”. www.educare.pt, 2007-07-04 [Consult. 2007 -07-27].

7.2. Referência bibliográfica de obras não impressas


Consideram-se obras não impressas: os filmes, os vídeos e os registos sonoros.

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Filmes
Nas referências bibliográficas de filmes e documentários, devem constar os elementos que se seguem
pela seguinte ordem:

Realizador, título original, título na tradução portuguesa. Local: Produtora, ano da publicação. Designação
do material.
Por exemplo:
RUSSELL, Charles, The Mask, A Máscara, Califórnia, 1994. DVD

Poderás também registar a ficha técnica incluindo outros dados.


• Título original: The Mask
• Título em português: A Máscara
• Realização: Charles Russell
• Intérpretes: Jim Carey, Peter Greene, Amy Yasbeck
• Argumento: Mike Werb
• Ano da produção: 1994

Para além destes, podes incluir outros dados: produtor, autoria da música, da fotografia, da montagem, dos
efeitos especiais, a duração, etc.

Vídeos DVD ou VHS


Nos registos de vídeo deves fazer a referência bibliográfica conforme se segue:
Título. Local de edição: Nome do editor, ano de edição. Designação do suporte (duração).

Por exemplo:
Ciclo da Vinha. Peso da Régua: Museu do Douro, 2003. 1 DVD (25 mm)

Registos sonoros
Estes registos podem assumir diferentes suportes: discos de vinil, CD áudio, rninidisc. Geralmente
escreve-se a referência do seguinte modo:
Nome do compositor/intérprete — Título. Local de edição. Nome do editor, ano. Designação específica do
suporte.
Por exemplo:
LEÃO, Rodrigo — Cinema. Lisboa: Sony Music Entertainment, 2004. 1 disco (CD áudio)

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