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VISAO DETALHADA ORIGEM, FONTES, DIREITO

ADMINISTRATIVO
JURISPRUDÊNCIA

(Súmula 473-STF): A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam
ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade,
respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.

(Súmula 346-STF): A administração pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos.

(Súmula 633-STJ) A Lei 9.784/99, especialmente no que diz respeito ao prazo decadencial para revisão de
atos administrativos no âmbito da administração pública federal, pode ser aplicada de forma subsidiária aos
Estados e municípios se inexistente norma local e específica regulando a matéria.

(Súmula 615-STJ): Não pode ocorrer ou permanecer a inscrição do município em cadastros restritivos fundada
em irregularidades na gestão anterior quando, na gestão sucessora, são tomadas as providências cabíveis à
reparação dos danos eventualmente cometidos.
STJ. 1ª Seção. Aprovada em 09/05/2018, DJe 14/05/2018 (Info 624).

(Súmula vinculante 13-STF): A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou
por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica
investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de
confiança ou, ainda, de função gratificada na Administração Pública direta e indireta em qualquer dos poderes
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios, compreendido o ajuste mediante designações
recíprocas, viola a Constituição Federal.

(STF - Tese de Repercussão Geral - RE 817338): No exercício do seu poder de autotutela, poderá a
Administração Pública rever os atos de concessão de anistia a cabos da Aeronáutica com
fundamento na Portaria nº 1.104/1964, quando se comprovar a ausência de ato com motivação
exclusivamente política, assegurando-se ao anistiado, em procedimento administrativo, o devido
processo legal e a não devolução das verbas já recebidas.

(STF - ADI 3745/GO - Info 706) EMENTA Ação direta de inconstitucionalidade. Parágrafo único do art. 1º
da Lei nº 13.145/1997 do Estado de Goiás. Criação de exceções ao óbice da prática de atos de nepotismo. Vício
material. Ofensa aos princípios da impessoalidade, da eficiência, da igualdade e da moralidade. Procedência da
ação. 1. A matéria tratada nesta ação direta de inconstitucionalidade foi objeto de deliberação por este Supremo
Tribunal em diversos casos, disso resultando a edição da Súmula Vinculante nº 13. 2. A teor do assentado no
julgamento da ADC nº 12/DF, em decorrência direta da aplicação dos princípios da impessoalidade, da
eficiência, da igualdade e da moralidade, a cláusula vedadora da prática de nepotismo no seio da Administração
Pública, ou de qualquer dos Poderes da República, tem incidência verticalizada e imediata, independentemente
de previsão expressa em diploma legislativo. Precedentes. 3. A previsão impugnada, ao permitir (excepcionar),
relativamente a cargos em comissão ou funções gratificadas, a nomeação, a admissão ou a permanência de até
dois parentes das autoridades mencionadas no caput do art. 1º da Lei estadual nº 13.145/1997 e do cônjuge do
chefe do Poder Executivo, além de subverter o intuito moralizador inicial da norma, ofende irremediavelmente
a Constituição Federal. 4. Ação julgada procedente. (STF - ADI: 3745 GO, Relator: Min. DIAS TOFFOLI,
Data de Julgamento: 15/05/2013, Tribunal Pleno, Data de Publicação: ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-148
DIVULG 31-07-2013 PUBLIC 01-08-2013)
(STJ - REsp 1643293/MG) ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL. IMPROBIDADE
ADMINISTRATIVA. VIOLAÇÃO AO ART. 535 DO CPC/1973 NÃO CARACTERIZADA. NEPOTISMO.
ATO CONDENÁVEL POR PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS. SÚMULA VINCULANTE N. 13/2008
DETERMINOU CRITÉRIOS OBJETIVOS PARA CARACTERIZAÇÃO DA CONDUTA. 1. Na origem,
trata-se de Ação Civil Pública proposta pelo Ministério Público do Estado de Minas Gerais contra o Município
de Carangola, da Câmara Municipal de Carangola e demais recorridos a fim de coibir a prática de ato de
nomeação de parentes, caracterizada como nepotismo. 2. Constata-se que não se configura a alegada ofensa ao
artigo 535, II, do Código de Processo Civil de 1973, uma vez que o Tribunal de origem julgou integralmente a
lide e solucionou, de maneira amplamente fundamentada, a controvérsia, tal como lhe foi apresentada. 3. A
Súmula Vinculante 13, aprovada em 2008 pelo STF, determinou critérios objetivos para caracterizar nepotismo,
mas tal prática já é condenada desde a vigência de nossa Constituição Federal, de 1988, que erigiu os princípios
da isonomia, da impessoalidade e da moralidade. 4. A nomeação de parentes para ocupar cargos em comissão
constitui ato de improbidade administrativa e é condenada também em previsão na Lei 8.429/1992, em seu art.
11. 5. Assim, ainda que ocorrido antes da edição da Súmula Vinculante 13 do Supremo Tribunal Federal, o fato
constitui ato de improbidade administrativa, que atenta contra os princípios da Administração Pública.
Precedentes: REsp 1447561/PE, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, DJe 12/09/2016,
AgRg no REsp 1362789/MG, Rel. Ministro Humberto Martins, Segunda Turma, DJe 19/05/2015. 6. Recurso
Especial parcialmente provido. (STJ - REsp: 1643293 MG 2016/0320686-3, Relator: Ministro HERMAN
BENJAMIN, Data de Julgamento: 28/03/2017, T2 - SEGUNDA TURMA, Data de Publicação: DJe
05/05/2017)

(STF - Rcl 18564/SP) Decisão: Trata-se de reclamação constitucional, com pedido liminar ajuizada pelo
Ministério Público do Estado de São Paulo MPE/SP contra ato do Tribunal de Contas do Município de São
Paulo TCM/SP consistente na nomeação do Sr. José Berti Kirsten para o cargo de provimento em comissão
de Assessor de Controle Externo. Argumenta o reclamante que o referido servidor, nomeado em julho de 2008,
é sobrinho do Chefe de Gabinete do Conselheiro Edson Simões, Sr. Miguel Roberto Tiacci Kirsten, que
ingressou naquele tribunal em 1997, como Assessor de Gabinete. Alega que a nomeação impugnada configura
hipótese de nepotismo. Sustenta que foi instaurado procedimento interno no TCM/SP para averiguar a
incompatibilidade da nomeação do servidor com a Súmula Vinculante 13 (TCM-SP 72.000.764/09-6), tendo
sido arquivado pelo então Presidente do órgão, Conselheiro Edson Simões,que entendeu não haver relação de
subordinação entre os cargos, nem configuração de privilégio ou favorecimento pessoal. Aduz o MPE/SP que
a nomeação de pessoas com vínculo de parentesco para cargos de provimento em comissão, ainda que ausente
relação de subordinação, nos termos da Sumula Vinculante n. 13, também caracteriza a prática de nepotismo
(eDOC 2, fls.5/8). Pugna pela suspensão liminar da eficácia da nomeação de José Berti Kirsten, bem como pela
proibição de sua nomeação para o exercício de qualquer cargo de provimento em comissão no TCM/SP. No
mérito, requer a anulação do ato administrativo de investidura do referido servidor. Decido. Inicialmente,
ressalto que a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal se firmou no sentido de que o Ministério Público
estadual possui legitimidade ativa autônoma para propor reclamação constitucional perante a Corte. Confira-
se, nesse sentido, o seguinte precedente: Agravo regimental na reclamação. Legitimidade ativa autônoma do
Ministério Público estadual para propor reclamação perante a Suprema Corte. Precedente. Alegado
descumprimento das Súmulas Vinculantes nºs 9 e 10/STF. Feito ajuizado em razão de ato judicial acobertado
pelo trânsito em julgado. Não cabimento. Incidência da Súmula nº 734/STF. Precedentes. Regimental não
provido. 1. É da jurisprudência contemporânea da Corte o entendimento de que o Ministério Púbico estadual
detém legitimidade ativa autônoma para propor reclamação constitucional perante o Supremo Tribunal Federal
(RCL nº 7.358/SP, Tribunal Pleno, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 3/6/11). 2. Impropriedade do uso
da reclamação em face da coisa julgada incidente sobre o ato reclamado, a teor do enunciado da Súmula nº
734/STF. 3. Agravo regimental a que se nega provimento (Rcl 9327-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, Pleno, DJe
1º.8.2013). Quanto ao mérito, é caso de liminar. A jurisprudência desta Corte é firme quanto à incidência da
vedação constitucional ao nepotismo no âmbito dos Poderes Judiciário, Executivo e Legislativo, por decorrer a
referida garantia diretamente do art. 37, caput, da Constituição Federal. Nesse sentido: RE 579.951, Rel. Min.
Ricardo Lewandowski, Pleno, DJ 24.10.2008 e ADC 12, Rel. Min. Ayres Britto, Pleno, DJ 18.12.2009. Assim,
com base nos referidos precedentes é que este Tribunal editou a Súmula Vinculante n. 13, nas Sessões Plenárias
de 20 e 21 de agosto de 2008, assim redigida: A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta,
colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma
pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia, ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão
ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta ou indireta em qualquer dos
poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante
designações recíprocas, viola a Constituição Federal. Nesses termos, há presunção objetiva que impede a
nomeação de parentes de servidores já investidos em funções de confiança ou em cargos em comissão, de modo
a evitar que esses também assumam funções diferenciadas no mesmo órgão. Nesse sentido,confira-se o seguinte
precedente: MANDADO DE SEGURANÇA. SERVIDOR EFETIVO DO PODER EXECUTIVO, QUE
EXERCE FUNÇÃO COMISSIONADA EM TRIBUNAL, AO QUAL SEU IRMÃO É VINCULADO COMO
JUIZ. CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. PEDIDO DE PROVIDÊNCIAS. SÚMULA VINCULANTE
N. 13: NEPOTISMO. MANDADO DE SEGURANÇA DENEGADO. 1. Não se faz necessária comprovação
de vínculo de amizade ou troca de favores entre o irmão do Impetrante e o Desembargador Federal de quem
é assistente processual, pois é a análise objetiva da situação de parentesco entre o servidor e a pessoa nomeada
para exercício de cargo em comissão ou de confiança na mesma pessoa jurídica da Administração Pública que
configura a situação de nepotismo vedada, originariamente, pela Constituição da República. 2. A configuração
de afronta ao princípio da isonomia pressupõe identidade de situações com tratamento diverso, o que, à
evidência, não ocorre na espécie. 3. Mandado de segurança denegado . (MS 27.945, Rel. Min. Cármen Lúcia,
Segunda Turma, DJe 4.9.2014). (grifo nosso). A finalidade da Súmula é muito clara, qual seja, evitar nomeações
diretas ou cruzadas de parentes, as quais presumidamente envolvem escolhas pessoais em detrimento dos
princípios constitucionais da impessoalidade, da moralidade, da publicidade e da eficiência administrativas (CF,
art. 37, caput), assim como da garantia fundamental da igualdade de chances (Chancengleichheit). Assim,
verifica-se que a nomeação do Sr. José Berti Kirsten para ocupar cargo em comissão de Assessor de Controle
Externo ocorreu quando seu tio, parente colateral de terceiro grau, já ocupava cargo em comissão de direção,
chefia ou assessoramento,incidindo, aparentemente, o óbice da Súmula Vinculante 13. Presente a plausibilidade
jurídica do pedido e o periculum in mora correspondente à manutenção de servidor investido de forma irregular
em cargo de provimento em comissão, defiro o pedido liminar para determinar a suspensão da nomeação de
José Berti Kirsten para o cargo de provimento em comissão de Assessor de Controle Externo do Tribunal de
Contas do Município de São Paulo. Requisitem-se informações ao Tribunal de Contas do Município de São
Paulo/SP. Após, dê-se vista dos autos ao Procurador-Geral da República. Publique-se. Brasília, 16 de outubro
de 2014.Ministro Gilmar MendesRelatorDocumento assinado digitalmente (STF - Rcl: 18564 SP, Relator: Min.
GILMAR MENDES, Data de Julgamento: 16/10/2014, Data de Publicação: DJe-208 DIVULG
21/10/2014PUBLIC 22/10/2014)

(STF - ADI 524/ES). EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. INCISO VI DO ART. 32 DA


CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO. SERVIDOR PÚBLICO. NEPOTISMO. VEDAÇÃO AO EXERCÍCIO
DE FUNÇÕES SOB A DIREÇÃO IMEDIATA DE CÔNJUGE OU PARENTE ATÉ O SEGUNDO GRAU CIVIL. VIOLAÇÃO
AO INCISO II DO ART. 37 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL E AO PRINCÍPIO DA ISONOMIA. INEXISTÊNCIA.
PROIBIÇÃO QUE DECORRE DO CAPUT DO ART. 37 DA CF. PROCEDÊNCIA PARCIAL PARA EMPRESTAR
INTERPRETAÇÃO CONFORME A CONSTITUIÇÃO. INCIDÊNCIA EXCLUSIVA SOBRE CARGOS DE PROVIMENTO EM
COMISSÃO, FUNÇÃO GRATIFICADA E CARGOS E DIREÇÃO E ASSESSORAMENTO. (SSTF - ADI: 524 DF, rel.
orig. Min. Sepúlveda Pertence, red. p/ o acórdão Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 20/5/2015 (Info 786).

(STJ - REsp 1412433-RS - Info 634 - Tese): "Na hipótese de débito estrito de recuperação de consumo efetivo por fraude
no aparelho medidor atribuída ao consumidor, desde que apurado em observância aos princípios do contraditório e da ampla defesa,
é possível o corte administrativo do fornecimento do serviço de energia elétrica, mediante prévio aviso ao consumidor, pelo
inadimplemento do consumo recuperado correspondente ao período de 90 (noventa) dias anterior à constatação da fraude, contanto
que executado o corte em até 90 (noventa) dias após o vencimento do débito, sem prejuízo do direito de a concessionária utilizar os
meios judiciais ordinários de cobrança da dívida, inclusive antecedente aos mencionados 90 (noventa) dias de retroação."

(STF - MS 31344/DF - Info 703). TRIBUNAL DE CONTAS ATUAÇÃO NATUREZA. A atividade do


Tribunal de Contas é exercida no campo administrativo. CONTRADITÓRIO PRINCÍPIO
CONSTITUCIONAL ADEQUAÇÃO. A exigibilidade do contraditório pressupõe o envolvimento, no
processo administrativo, de acusado ou de litígio. Descabe observá-lo em julgamento implementado pelo
Tribunal de Contas da União ante auditoria realizada em órgão público. DECADÊNCIA ARTIGO 54 DA
LEI Nº 9.784/99 ATO DO TRIBUNAL DE CONTAS ADEQUAÇÃO. Aplica-se à atuação do Tribunal
de Contas o disposto no artigo 54 da Lei nº 9.784/99, presente situação jurídica constituída há mais de cinco
anos. (STF - MS: 31344 DF, Relator: Min. MARCO AURÉLIO, Data de Julgamento: 23/04/2013, Primeira
Turma, Data de Publicação: DJe-089 DIVULG 13-05-2013 PUBLIC 14-05-2013)
(STJ - REsp 1270339-SC - Info 598) PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. ENERGIA ELÉTRICA.
FORNECIMENTO. INTERRUPÇÃO POR RAZÕES DE ORDEM TÉCNICA. COMUNICAÇÃO POR
ESTAÇÕES DE RÁDIO. AVISO PRÉVIO. EXIGÊNCIA LEGAL. ATENDIMENTO. 1. O Plenário do STJ
decidiu que "aos recursos interpostos com fundamento no CPC/1973 (relativos a decisões publicadas até 17 de
março de 2016) devem ser exigidos os requisitos de admissibilidade na forma nele prevista, com as
interpretações dadas até então pela jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça" (Enunciado Administrativo
n. 2). 2. O Superior Tribunal de Justiça considera legítima a interrupção do fornecimento de energia elétrica por
razões de ordem técnica, de segurança das instalações, ou ainda, em virtude do inadimplemento do usuário,
quando houver o devido aviso prévio pela concessionária sobre o possível corte no fornecimento do serviço. 3.
Caso em que a divulgação da suspensão do serviço por meio de três estações de rádio, dias antes da interrupção,
satisfaz a exigência de "aviso prévio" encartado no art. 6º, § 3º, da Lei 8.987/1995 e, por conseguinte, desnatura
a indenização por dano extrapatrimonial reconhecida no aresto recorrido. 4. Recurso especial provido. (STJ -
REsp: 1270339 SC 2011/0185090-0, Relator: Ministro GURGEL DE FARIA, Data de Julgamento: 15/12/2016,
T1 - PRIMEIRA TURMA, Data de Publicação: DJe 17/02/2017)

(STF - ACO 732/AP - Info 825). PROCESSO ADMINISTRATIVO UNIÃO VERSUS ESTADO
CADASTRO DE INADIMPLENTES DIREITO DE DEFESA. Considerada irregularidade verificada na
observância de convênio, há de ter-se a instauração de processo administrativo, abrindo-se margem ao Estado
interessado, antes do lançamento no cadastro de inadimplentes, de manifestar-se. HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS SUCUMBÊNCIA. Verificada a sucumbência, impõe-se a fixação de honorários
advocatícios. (ACO 732, Relator (a): Min. MARCO AURÉLIO, Primeira Turma, julgado em 10/05/2016,
ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-134 DIVULG 20-06-2017 PUBLIC 21-06-2017) (STF - AC 2614/PE, AC 781/PI
e AC 2946/PI, Rel. Min. Luiz Fux, julgados em 23/6/2015 (Info 791).

(STF - ARE 652777/SP - Info 782) EMENTA: CONSTITUCIONAL. PUBLICAÇÃO EM SÍTIO ELETRÔNICO
MANTIDO PELO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, DO NOME DE SEUS SERVIDORES E DO VALOR
DOS CORRESPONDENTES VENCIMENTOS. LEGITIMIDADE. 1. É legítima a publicação, inclusive em sítio eletrônico
mantido pela Administração Pública, dos nomes dos seus servidores e do valor dos correspondentes vencimentos e vantagens
pecuniárias. 2. Recurso extraordinário conhecido e provido. (STF - ARE 652777/SP, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em
23/4/2015 (repercussão geral) (Info 782)

(STJ - CC: 151130 SP): CONFLITO DE COMPETÊNCIA. ARBITRAGEM OU JURISDIÇÃO ESTATAL.


CLÁUSULA COMPROMISSÓRIA. ART. 58 DO ESTATUTO SOCIAL DA PETROBRAS. SUBMISSÃO
DA UNIÃO A PROCEDIMENTO ARBITRAL. IMPOSSIBILIDADE. DISCUSSÃO ACERCA DA
PRÓPRIA CONDIÇÃO DE EXISTÊNCIA DA CLÁUSULA AO ENTE PÚBLICO. COMPETÊNCIA
EXCLUSIVA DA JURISDIÇÃO ESTATAL. INEXISTÊNCIA DE AUTORIZAÇÃO LEGAL OU
ESTATUTÁRIA. PLEITO INDENIZATÓRIO COM FUNDAMENTO NA DESVALORIZAÇÃO DAS
AÇÕES POR IMPACTOS NEGATIVOS DA OPERAÇÃO "LAVA JATO". PRETENSÃO QUE
TRANSCENDE AO OBJETO SOCIETÁRIO. 1.No atual estágio legislativo, não restam dúvidas acerca da
possibilidade da adoção da arbitragem pela Administração Pública, direta e indireta, bem como da
arbitrabilidade nas relações societárias, a teor das alterações promovidas pelas Leis nº 13.129/2015 e
10.303/2001. 2. A referida exegese, contudo, não autoriza a utilização e a extensão do procedimento arbitral à
União na condição de acionista controladora da Petrobrás, seja em razão da ausência de lei autorizativa ou
estatutária (arbitrabilidade subjetiva), seja em razão do conteúdo do pleito indenizatório que subjaz o presente
conflito de competência na hipótese, o qual transcende o objeto indicado na cláusula compromissória em análise
(arbitrabilidade objetiva). 3. Nos exatos termos da cláusula compromissória prevista no art. 58 do Estatuto da
Petrobras, a adoção da arbitragem está restrita "às disputas ou controvérsias que envolvam a Companhia, seus
acionistas, os administradores e conselheiros fiscais, tendo por objeto a aplicação das disposições contidas na
Lei nº 6.404, de 1976, neste Estatuto Social". 4. Em tal contexto, considerando a discussão prévia acerca da
própria existência da cláusula compromissória em relação ao ente público - circunstância em que se evidencia
inaplicável a regra da "competência-competência" - sobressai a competência exclusiva do Juízo estatal para o
processamento e o julgamento de ações indenizatórias movidas por investidores acionistas da Petrobrás em face
da União e da Companhia. 5. Conflito de competência conhecido para declarar a competência do Juízo Federal
suscitado. (STJ - CC: 151130 SP 2017/0043173-8, Relator: Ministra NANCY ANDRIGHI, Data de
Julgamento: 27/11/2019, S2 - SEGUNDA SEÇÃO, Data de Publicação: DJe 11/02/2020)

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