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162.03 exposição ano 14, jun. 2015

A América Latina existe


A exposição Latin America in Construction: architecture – 1955-1980 no
Museum of Moderen Art de Nova Iorque: uma resenha
Gustavo Rocha-Peixoto

162.03 exposição
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162

162.01
El edén del este
María Elia Gutiérrez
Mozo
162.02
Álvaro Siza: o olhar
enche o espaço
A esferográfica do
arquiteto
Shakil Rahim e Ana
Leonor Madeira
Rodrigues
01. Maquete da sede do Banco de Londres y América del Sur em Buenos Aires,
Argentina, 1966. Arquiteto Clorinda Testa e SEPRA Arquitectos 162.04
Foto Alder Catunda Vitória ES
As potências de uma
A primeira visada é poderosa. paisagem
Martha Machado Campos
A chegada aos amplos salões do sexto andar, ocupados pela mostra Latin
America in Construction: architecture – 1955-1980, não lembra as
exposições mais sofisticadas do MoMA, com paredes cuidadosamente
diagramadas, luz baixa, tons refinados e curadoria altamente estetizada
que muitas vezes associamos às realizações do museu novaiorquino. A
aproximação à exposição latino-americana toma o visitante com uma
sensação de força, de vigor. Logo na entrada, sete telas com projeção
simultânea precipitam sobre o público as imagens e sons de um tempo de
intensa esperança no desenvolvimento. E o projeto, a arquitetura e o
planejamento das cidades vêm animados de um élan épico.

As divisórias internas de dry wall não chegam ao teto alto. A feia


estrutura interna de aço galvanizado foi deixada à mostra acima da porção
fechada pelo gesso acartonado. Sobre as paredes foram dispostas
fotografias, preciosos desenhos originais e cópias heliográficas ao lado
de telas que mostram slides e trechos de filmes sem som. As molduras das
peças expostas não foram uniformizadas. Mais ao alto, aqui e ali, outros
filmes são projetados diretamente na parede. No meio do caminho maquetes
de variadas escalas cumulam o espaço. Em tudo a expografia parece
reafirmar o título ‘em construção’ que fornece a chave proposta pelos
curadores para deslindar o subcontinente.
Planta esquemática da exposição Latin America in Construction: Architecture
1955–1980, MoMA, Nova York, Estados Unidos
Imagem divulgação [MoMA]

A primeira “construção” curatorial da América Latina que nos é proposta


vem da comparação de duas grandes universidades: a da cidade do México e
a de Caracas. A simples justaposição desses projetos – sem que texto
algum seja necessário – articula pontos distantes da América Latina.
Patricio del Real, um dos quatro curadores da mostra, me explica que o
desenho de 1947 feito por Teodoro Gonzáles de León para a Universidad
Nacional Autónoma de México – UNAM é uma das preciosidades expostas. “O
plano era recorrentemente citado na bibliografia, mas não tínhamos
certeza de que o risco existisse realmente”. Foi “descoberto” nos
arquivos da universidade e está disposto lado a lado com o plano de
conjunto de Mario Pani e Enrique del Moral (de 1947-54). Ele permite
entender a gestação das ideias que levaram à construção da maior
universidade latino-americana.

Análise de Brasília, anotações manuscritas de Raúl Villanueva para aulas na


Universidade de Caracas, Venezuela
Foto Gustavo Rocha-Peixoto

Mas a mesma sala exibe o projeto de 1960 elaborado por Raúl Carlos
Villanueva para a Universidad Central de Venezuela em Caracas com a
famosa Aula Magna energizada pelas escamas acústicas coloridas de
Alexander Calder. Outros exemplos poderiam ter sido mencionados de como
as grandes universidades latino-americanas foram pensadas como miniaturas
ideais de cidades modernistas – Universidade do Brasil, São Paulo,
Santiago, Havana... Mas os dois exemplos bastam para introduzir a
magnífica sala seguinte em que se vêem fotos, planos e modelos da
concepção e da construção de Brasília. Logo vemos que os curadores não
estavam interessados apenas em justapor dois bons exemplos de
universidades, mas vislumbravam uma ideia comum de cidade moderna cujo
paroxismo seria alcançado com a nova capital brasileira. Uma idéia de
sistema se insinua na aproximação desses exemplos. E é logo confirmada
pelas anotações manuscritas de Raúl Villanueva para suas aulas na
universidade venezuelana que a curadoria datou em cerca de 1965. O
professor usava então a análise de Brasília como matéria de curso para
seus alunos em Caracas.

Pouco adiante o visitante brasileiro acha imediata familiaridade em bela


perspectiva aquarelada de Walter Weberhofer Quintana e José Alvarez
Calderón para a sede da Companhia de Seguros Atlas em Lima, Peru. O
projeto de 1953 (a perspectiva é de 55) mostra uma fachada com brises
horizontais à brasileira com pilotis de pé-direito triplo aberto para a
rua com marquises e balanços. O jeitão da fachada evoca o espírito da
melhor verve brasileira da geração dos irmãos Roberto, de Álvaro Vital
Brasil etc.

Sede da Companhia de Seguros Atlas em Lima, Peru, 1955. Aquarela de Walter


Weberhofer Quintana e José Alvarez Calderón
Foto Gustavo Rocha-Peixoto

Na sala seguinte vê-se o projeto de Francisco Méndez Labbé inscrito no


concurso para a escola naval de Valparaíso, no Chile. O conjunto,
previsto para a costaneira sinuosa sobre o Oceano Pacífico, não foi
construído. Seriam cinco edifícios longos de cerca de 300m de comprimento
à meia encosta de um promontório debruçado sobre o mar. Os ventos fortes
no local seriam modulados por uma cobertura curva com aberturas que foi
desenhada como a asa de um avião e estudada em laboratório. A conexão
possível que meu olho brasileiro propõe é com os conjuntos residenciais
cariocas de Affonso Eduardo Reidy para o Pedregulho e a Gávea em que a
forma alongada dos conjuntos se acomoda à topografia. Mas também está
relacionada diretamente com o projeto vizinho na parede do MoMA assinado
pelo Instituto de Arquitectura da Universidad Católica de Valparaíso para
a Avenida del Mar na mesma situação e que, segundo Patricio del Real, foi
elogiada em carta por Lucio Costa como exemplo muito importante que devia
ser levado em consideração.

Também não pode ser ignorada a reincidência dos clusters de pilares que
concentram a estrutura de edifícios altos no andar térreo. O modelo foi
inaugurado pelos pilares em V de Oscar Niemeyer e Hélio Uchoa no Hospital
da Lagoa no Rio de Janeiro (1952-58). O hospital carioca não figura na
exposição, mas pilares conjugados aparecem no Edifício SENA (Servicio
Nacional de Aprendizaje) de Bogotá, Colômbia projetados por German Samper
Gnecco em 1960.

Maquete da FAU USP, São Paulo, Brasil, 1961. Arquitetos Vilanova Artigas e
Carlos Cascaldi
Foto Alder Catunda
Maquete da FAU USP, São Paulo, Brasil, 1961. Arquitetos Vilanova Artigas e
Carlos Cascaldi
Foto Alder Catunda

Da mesma maneira, os pilares e a solução da cobertura unificada do


edifício CEPAL (Comisión Económica para América Latina), projetado por
Emilio Duhart em Santiago do Chile em 1962, lembram a Faculdade de
Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo – construída entre
1966 e 1969 conforme projeto de Villanova Artigas. A icônica faculdade
paulistana tem, esta sim, boa presença na exposição, com direito a
desenhos e uma bela maquete partida ao meio.

A presença da arquitetura brasileira é central na exposição. É o Brasil


que permite articular a experiência moderna na América Latina. Ao
descobrir isso, a gente se lembra que uma bela maquete do edifício do
Ministério da Educação (o antigo MESP) fora disposta na entrada da
primeira sala. O edifício foi inaugurado em 1946, um decênio antes da
data inicial do tempo da mostra. Mas foi essa iniciativa pioneira que
inaugurou o sistema de pensamentos e práticas que articula o discurso
expositivo.

Maquete do Ministério da Educação e Saúde, Rio de Janeiro, Brasil, 1936-45.


Arquitetos Lúcio Costa, Oscar Niemeyer, Affonso Eduardo Reidy, Jorge Machado
Moreira, Ernani Vasconcellos e Carlos Leão
Foto Alder Catunda

Alguns modelos gigantescos dispostos no meio dos espaços fluidos


acrescentam interesse e potência ao discurso da mostra. Uma descomunal
maquete das Torres del Parque de Rogelio Salmona em Bogotá (1964-70) está
disposta junto à parede do fundo, mas já instiga a visita desde que
começa a se insinuar entre as brechas das divisórias. O enorme conjunto
em altura que domina a paisagem da capital colombiana marca forte
presença vertical nas salas da mostra novaiorquina. Já o modelo de estudo
para as Escuelas Nacionales de Arte em Havana de Vittorio Garatti,
Ricardo Porro e Roberto Gottardi chama atenção por ser o oposto disso:
discreta e delicadíssima intervenção, organicamente integrada à
topografia, à sombra de palmeiras e cujas curvas se confundem com as da
paisagem.

Mas de todas as maquetes a mais impressionante é a do Bank of London and


South America projetado por Clorindo Testa à frente do coletivo SEPRA na
capital Argentina. A maquete grandiosa foi seccionada para que os
visitantes se deixem instigar pelas curvas de concreto aparente e
aveludado que combinam sutileza e força bruta; crueza e refinamento. O
objeto tem na exposição a presença de uma aparição fantasmática. De certa
maneira ele contracena com a FAU paulistana, as torres colombianas, o
MASP e o SESC de Pompéia de Lina Bo Bardi, para definir um modo próprio
do brutalismo latino-americano. A recusa do revestimento deixa de ser
simples expressão de um materialismo moralizante e adquire uma força
poética que não teve paralelo fora do subcontinente.

Maquete da sede do Banco de Londres y América del Sur, Buenos Aires, Argentina,
1966. Arquiteto Clorinda Testa e SEPRA Arquitectos
Foto Alder Catunda

As formas cavernosas do monumental banco portenho hipnotizam os


visitantes. A qualquer momento há um amontoado de cabeças excitadas
comentando o modelo.

A exposição foi denominada Latin America in construction e ganhou um


subtítulo com duas datas limite. O ano de 1955 parece óbvia referência à
exposição Latin American Architecture since 1945 que foi exibida no MoMA
naquele ano. Já não é tão fácil adivinhar o que define o ano final de
1980. Sim, é verdade que o período completa 25 anos – um quarto redondo
de século. Mas essa explicação aritmética não combina com a vontade de
interpretação que comanda o libretto da mostra. A partir de 1980 avançou
a redemocratização da América Latina, mas as economias estavam muito
enfraquecidos e passaram a prevalecer políticas de contenção das despesas
de Estado. O pragmatismo econômico talvez tenha sufocado a pujança que
anima a exposição. Por outro lado, um modismo pós-moderno proliferou a
partir dos Estados Unidos e da Europa. Formalismos prontos em apropriação
comercial tornaram endêmica – do Rio Grande à Terra do Fogo – uma
arquitetura vulgar e emasculada. Idéias importadas foram aplicadas de
modo acrítico na América Latina. O fim das ditaduras teve um custo
econômico elevado e seu fim veio acompanhado de grave crise econômica de
norte a sul com inflação desenfreada que, por mais de década,
inviabilizaria os grandes projetos. Uma era de crítica ácida substituiu a
idade da invenção As realizações modernistas foram recriminadas seus
criadores se viram demonizados. A desconfiança devorou a esperança. O
planejamento entrou em crise e morreu.

A última sala exibe projetos e realizações ‘de exportação’. Uns poucos


casos em que parece que o modernismo da América Latina despertou
interesse fora de casa. Foi uma tentativa de disfarçar o fim do sonho.
Nós sabemos que a sequência da história da arquitetura latino-americana –
depois de 1980 – é bastante deprimente. Mas o gosto final que persiste
longamente na boca após a visita é muito bom. Entre 1955 e 1980 os
curadores redescobriram um continente rico e ousado. Nenhuma outra região
do nosso Planeta testemunhou tanta experimentação em arquitetura,
construção e projetos urbanos nesses 25 anos. Nem nada parecido. Passado
o susto do imediato pós-guerra, o Continente se converteu no palco de um
processo contínuo de urbanização. O sentido de progresso tomou conta de
corações e mentes. Com esse instalou-se a industrialização. E de tudo
isso a arquitetura moderna se afirmou como símbolo e instrumento.

No ano inicial desse período, o MoMA exibiu uma mostra de arquitetura


latino americana sob a batuta do crítico e historiador da arquitetura
Henry Russell Hitchcock a que Barry Bergdoll chamou de ‘relatório
fotográfico’. Naquele tempo o Museu contratou o fotógrafo Soichi Sunami
para percorrer o continente registrando a arquitetura moderna em belas
imagens. As fotografias P&B sobre painéis rígidos foram coladas
diretamente sobre as paredes coloridas do MoMA e constituíam um esforço
para enunciar um estilo latino-americano moderno. Nisso ela seguia o
modus operandi de Hitchcock. Em 1932 ele e Phillip Johnson tinham montado
no museu a famosa mostra International Style que pretendeu formular a
gramática de um novo estilo moderno num mundo sem fronteiras. O Mundo de
Johnson e Hitchcock em 1932 não incluía a América Latina. Ao material que
reuniu em 1955, Hitchcock batizou de “Arquitetura latino-americana”. Os
curadores da mostra em exibição foram mais prudentes e evitaram adjetivar
o conjunto. Preferiram falar de uma América Latina que se constrói.
Maquete do Centro Cultural San Martin, Buenos Aires, Argentina, 1964. Arquiteto
Mario Roberto Alvarez
Foto Alder Catunda

A mostra latino-americana de Hitchcock não tinha desenhos, documentos,


filmes. Era uma coleção de imagens exteriores de edifícios fotogênicos
construídos nos 10 anos anteriores. Pois cerca de 10 anos antes o Museu
expusera outra coleção de imagens arquitetônicas: a famosa mostra Brazil
Builds, organizada por Phillip Goodwin e com fotos de Kidder Smith. O
impressionante é que essas três exposições constituem a totalidade do que
o MoMA jamais exibiu de arquitetura na América Latina.

Agora mais de 500 itens foram trazidos de 11 países para abarrotar as


salas luminosas do sexto andar do santuário da arte moderna mundial, no
número 11 West da rua 53 em Manhattan. No meio do labirinto de divisórias
as paredes de gesso acartonado não chegam ao teto e revelam sua
intimidade construtiva. O conjunto parece um galpão de obra em plena
construção. As transparências e a fluidez dos espaços permitem a quem
chega antever o que vem pela frente. E faz o visto ressurgir e
precipitar-se novamente sobre o visitante magnetizado. Não há um percurso
único, mas uma construção aberta e inacabada. Visões sobrepostas e
simultâneas que não se fecham em si, que não se resolvem. A estrela não é
a museografia. O importante não parecem ser nem mesmo as imagens e
documentos. O que a exposição inteligentemente põe em construção é a
idéia positiva de futuro que se aloja por trás das ousadias projetuais.

Uma linha do tempo desenhada na parede amarela do fundo da exposição dá


conta dos eventos históricos extra-arquitetônicos ao longo dos 25 anos.
Foi riscada lá no alto, quase fora do limite visual da mostra, pairando
sobre as iniciativas de habitação social. Essa cronologia mostra com
sutileza a ascensão e queda de ditadores e regimes. E assim, habilmente
exime a exposição de enfrentar essa realidade espinhosa. Pois aí está,
justamente, uma das operações chave que permitiu revelar a força do
conjunto exposto: ignorar as ingerências políticas, as cores dos regimes
e os horrores, não pequenos, das ditaduras. O que fez revelar a força da
arquitetura foi pôr entre parênteses os regimes e as tiranias oscilantes
entre frágeis projetos de democracia e centrar as objetivas no projeto e
nas realizações arquitetônicas e urbanas.

É fácil achar o que não está exposto. Cada visitante poderá sair da
mostra com sua lista pessoal do que não foi contemplado; com seu
inventário de queixas individuais por não ver consignados seus edifícios
prediletos. Países inteiros ficaram de fora. Diante de um período tão
longo, de um território tão vasto e de uma produção tão significativa as
escolhas são inevitáveis. Nem há, tampouco, grandes novidades. O que está
exposto são os grandes clássicos do continente. Não podia ser diferente.
Perante o silêncio geral dos museus de arte do Mundo sobre arquitetura
latino-americana, a tarefa dessa mostra tinha de ser o reconhecimento e a
consagração do cânon.

A mostra foi organizada por Barry Bergdoll, Curador e Patricio del Real,
Assistente de curadoria, ambos do Departamento de Arquitetura e Design do
MoMA; juntamente com Jorge Francisco Liernur, Universidade Torcuato di
Tella, Buenos Aires e Carlos Eduardo Comas, UFRGS, Porto Alegre com a
assistência de um comitê consultor de vários países da América Latina.

Ao evento efêmero que ficará aberto ao público de 29 de março a 19 de


julho de 2015, complementa um alentado catálogo de 320 páginas que tende
a se tornar referência como os raros exemplares sobreviventes do catálogo
da exposição de Hitchcock e do Brazil Builds. Ele tem importantes textos
dos três curadores principais. O de Bergdoll, que até recentemente foi
curador-chefe de arquitetura do MoMA, se chama Learning from Latin
America e propõe derivar lições do grande laboratório continental para
uma reavaliação histórica e contemporânea do legado arquitetônico do
período. Em seguida vêm as contribuições dos dois curadores convidados. O
texto de Comas dá conta do caso brasileiro em suas vertentes carioca e
paulistana, enquanto Liernur ensaia uma visada das motivações
desenvolvimentistas do projeto urbano e arquitetônico.

No catálogo, as imagens dos edifícios e projetos expostos foram


sistematizadas por país com textos de Silvio Plotquin (Argentina), Ruth
Verde Zein (Brasil), Barry Bergdoll (Caribe), Fernando Pérez Oyarzún
(Chile), Carlos Niño Murcia (Colômbia), Eduardo Luis Rodríguez (Cuba)
Louise Noelle (México) Sharif Kahatt e Jean Pierre Crousse (Peru),
Gustavo Scheps (Uruguai) e Silvia Hernández de Lasala (Venezuela). A
publicação ainda inclui bibliografias comentadas por país.

A magnífica mostra lança novo olhar sobre uma região e um tempo


negligenciados pela Europa e pelos Estados Unidos e para a qual mesmo os
latino-americanos parecíamos olhar enviesados com desconfiança e ironia
desesperançada. Esta belíssima exposição revela uma região forte com
capacidade de realização; grande quantidade de arquitetura de elevada
qualidade e acelerada transformação.

Os curadores evitaram adjetivar a arquitetura do continente, mas o que se


aprende ao visitar a mostra é que, ao contrário do que muitos pensávamos,
a América Latina existe.

nota

NA – Latin America in Construction: Architecture 1955–1980, a complex overview


of the positions, debates, and architectural creativity from the Rio Grande to
Tierra del Fuego, from Mexico to Cuba to the Southern Cone, between 1955 and
1980. Museu de Arte Moderna de Nova York – MoMA, de 29 de março a 19 de julho
de 2015. Exposição organizada por Barry Bergdoll, Curador, e Patricio del Real,
Curador Assistente / Department of Architecture and Design, MoMA; Jorge
Francisco Liernur, Universidad Torcuato di Tella, Buenos Aires, Argentina; e
Carlos Eduardo Comas, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre,
Brasil; com a assistência de um comitê consultivo de toda a América Latina.

sobre o autor

Gustavo Rocha-Peixoto, professor titular da UFRJ, é historiador e crítico de


arquitetura e do patrimônio cultural.

comentários

2 comentários Classificar por Mais antigos

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Fernando Vidal · Brasília, Brazil


Bela mostra.
Curtir · Responder · 13 de junho de 2015 18:31

Carola Barrios · Barcelona, Spain


Muito boa resenha, concordo plenamente Gustavo. Um abraço!
Curtir · Responder · 29 de junho de 2015 08:26

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